criação de deus
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Criação de Deus
E o trabalho do homem
Repensar atitudes e decisões
Deus quer, o homem sonha a obra nasceDeus quis que a Terra fosse toda uma.Que o mar unisse, Não separasse.Sangrou-te e foste Desvendando a espuma.E a obra branca foi de Ilha em continenteClareou correndo, até o Fim do mundo.E viu-se a Terra Inteira de repenteSurgir redonda do azul profundo. Fernando Pessoa
Reino Mineral Reino Mineral == atraçãoatração
Reino Vegetal Reino Vegetal == sensaçãosensação
Reino Animal Reino Animal == instintoinstinto
Reino Hominal Reino Hominal == livre-arbítriolivre-arbítrio
pensamento contínuopensamento contínuo razão/sentimentorazão/sentimento
“A percepção do desconhecido é a mais
fascinante das experiências. O homem que não tem os
olhos abertos para o misterioso passará pela vida
sem ver nada”.
A verdade para Agostinho vem diretamente de Deus, pois este criou todas as coisas, e Agostinho entende que o homem só pode entender a verdade unindo a fé e a razão.
E sendo o homem uma criatura e não sendo parte da mesma essência de Deus, só pode entendê-lo através da iluminação divina.
Sendo o homem parte de Deus só pode entender a verdade divina se tiver o contato e a experiência da fé juntamente com a razão, pois a verdade absoluta pertence somente a Deus.
A verdade está no interior do homem. “Não queiras sair para fora; é no interior do homem que habita a verdade”. E há verdades constantes, inalteráveis, para sempre. Dois mais dois serão sempre quatro. Santo Agostinho tenta esclarecer de onde pode vir essa verdade. Não das sensações, diz, porque essas são e não são, são mutáveis, efêmeras. Tampouco do espírito humano, que, por profundo que seja, é limitado. Essas verdades eternas só podem ter por autor Aquele que é eterno: Deus.
São reflexos da verdade eterna, que nos ilumina e nos permite ver. Nisso consiste o que depois ficou conhecido como “doutrina da iluminação”; porém, desde já é preciso dizer que Santo Agostinho não a apresenta nunca como uma “teoria”, mas como uma comprovação. Já no final da sua vida, diz nas Retractationes que o homem tem em si, enquanto é capaz, “a luz da razão eterna, na qual vê as verdades imutáveis”.
A BUSCA DE DEUS Em Santo Agostinho, não existem provas formais para
demonstrar a existência de Deus. Ainda que toda a sua obra seja uma espécie de itinerário em direção a Deus. Tudo fala de Deus; basta abrir os olhos. Ele é intimior intimo meo, mais íntimo ao homem que a própria intimidade humana. As coisas falam-nos todo o tempo de Deus. Perguntamos-lhes: “Sois Deus?” E respondem: “Não, fomos feitas. Continua a buscar”. De forma retórica – retórica de grande qualidade –, encontramos aí a prova da existência de Deus pela contingência das realidades humanas. A mutabilidade exige o imutável; os graus de perfeição exigem o Ser perfeito.
Deus é Aquele que é; as coisas são criadas. Deus é quem lhes deu o ser. Por quê? Por pura bondade. “Porque Deus é bom, somos.” A razão da criação é a bondade de Deus. Deus não pode ter, no seu querer, outro fim que não o seu próprio ser. Só em relação a si mesmo pode querer mais. A criação é gratuita. Não há nada preexistente. Santo Agostinho acaba com as dúvidas de Orígenes e com o universo grego, eterno.
Compreender e evoluir...
Em todo instante, confio em Deus.No que faço, penso em Deus.Com quem vivo, amo a Deus.Por onde sigo, sigo com Deus.No que acontece, Deus faz o melhor.Tudo o que tenho, é bênção de Deus.”Emmanuel (Ação e Caminho – Chico Xavier)