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CROG - Curso de
Radioperador em GMDSS
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CROG - Curso de Radioperador em GMDSS
Macaé, RJ
Esta apostila está de acordo com a sequência determinada
pelo sumário da Autoridade Marítima Brasileira.
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Nome do Curso
CROG - Curso de Radioperador em GMDSS
Nome do Arquivo
20170407_AP_CROG_PT_REV02
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SUMÁRIO
REGRAS FALCK ...................................................................................................... 9
OBJETIVO DO CURSO E DAS DISCIPLINAS DO GMDSS: ........................................... 10
DIRETRIZES GERAIS DO CURSO ............................................................................ 10
PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE UM SISTEMA DE COMUNICAÇÕES 1.
CONCEITO DE INFORMAÇÃO. OS ASPECTOS QUE COMPREENDEM A 1.1.COMUNICAÇÃO ENTRE DOIS PONTOS: O TRANSMISSOR, O CANAL DE COMUNICAÇÕES E O RUIDO, O RECEPTOR. ..................................................................................... 15
DIAGRAMA EM BLOCO DE UM TRANSMISSOR E DE UM RECEPTOR, 1.2.DESCREVENDO SEUS PRINCIPAIS MÓDULOS. ......................................................... 16
FAIXA DE FREQUÊNCIA, UNIDADE DE MEDIDAS E SUAS SUBUNIDADES: HZ, 1.3.KHZ, MHZ E GHZ. O ESPECTRO DE FREQUÊNCIA E AS SUAS FAIXAS E RESPECTIVA
UTILIZAÇÃO: LF, MF, HF, VHF, UHF, SHF. ............................................................... 18
CONCEITO BÁSICO DE MODULAÇÃO. .......................................................... 20 1.4.
OS TIPOS DE MODULAÇÃO E DE EMISSÃO. ................................................. 20 1.5.
OS VÁRIOS MODOS DE COMUNICAÇÕES: DSC, RADIOTELEFÔNIA, NBDP, 1.6.DADOS. .............................................................................................................. 22
OS FUNDAMENTOS ELEMENTARES DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO. ............... 22 1.7.
AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS: IMPEDÂNCIA, PERDAS E REFLEXÃO. ........ 23 1.8.
OS FUNDAMENTOS ELEMENTARES DA RADIAÇÃO E PROPAGAÇÃO DE ONDAS 1.9.ELETROMAGNÉTICAS E OS EFEITOS DO AMBIENTE NA PROPAGAÇÃO. ....................... 24
PROPAGAÇÃO DE ONDA TERRESTRE, CELESTE E ESPACIAL. O FENÔMENO DA 1.10.
PROPAGAÇÃO EM HF VIA IONOSFERA (MUF E FOT). POSSIBILIDADES DE INTERFERÊNCIA DE RF. ........................................................................................ 25
OS CONCEITOS BÁSICOS MECANISMO DE RADIAÇÃO DE UMA ANTENA. NOÇÕES 1.11.ELEMENTARES SOBRE AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS (EX.: GANHO, DIRETIVIDADE,
PERDA E EFICIÊNCIA). NOÇÕES GERAIS DO DIAGRAMA DE IRRADIAÇÃO. .................. 32
FONTES DE ENERGIA E EMISSÃO DAS ESTAÇÕES ........................................ 34 2.
CARACTERÍSTICAS DA FONTE DE ALIMENTAÇÃO PARA OS EQUIPAMENTOS. ... 34 2.1.
AS FONTES DE ENERGIA PARA ALIMENTAR OS EQUIPAMENTOS DE 2.2.COMUNICAÇÃO: PRINCIPAL, EMERGÊNCIA E RESERVA............................................. 34
CUIDADOS DE MANUTENÇÃO E ARMAZENAMENTO DE BATERIAS. .................. 36 2.3.
AS PRINCIPAIS ANTENAS A BORDO DE NAVIOS E PLATAFORMAS. .................. 39 2.4.
OS FATORES DE LOCALIZAÇÃO, INTERFERÊNCIA E CONGESTIONAMENTO DE 2.5.EMISSÃO. ........................................................................................................... 42
AS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ANTENAS: DIMENSÕES; CONEXÕES E 2.6.
ISOLAMENTO. ..................................................................................................... 44
OS CUIDADOS DE MANUTENÇÃO DAS CONEXÔES, CONDUTORES E ANTENAS EM 2.7.AMBIENTE DE ALTA SALINIDADE E UMIDADE. ......................................................... 44
PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO POR 3.
SATÉLITE ............................................................................................................ 45
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OS CONCEITOS BÁSICOS DE COMUNICAÇÕES VIA SATÉLITE MARÍTIMO 3.1.INTERNACIONAL (INMARSAT). .............................................................................. 45
COBERTURAS E LIMITAÇÕES DO SISTEMA SATÉLITE. ................................... 47 3.2.
FREQUÊNCIAS USADAS PARA COMUNICAÇÃO POR SATÉLITE. ........................ 47 3.3.
TIPOS DE ESTAÇÕES E FUNÇÕES NO SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO POR 3.4.
SATÉLITE: CES/LES; NCS; SES. ............................................................................ 48
CAPACIDADES DOS EQUIPAMENTOS INMARSAT. .......................................... 49 3.5.
COMUNICAÇÕES DE SOCORRO, URGÊNCIA E SEGURANÇA POR MEIO DE 3.6.SATÉLITES. ......................................................................................................... 53
COMUNICAÇÕES ATRAVÉS DO INMARSAT. .................................................. 57 3.7.
PRINCÍPIOS GERAIS E ESTRUTURA BÁSICA DO GMDSS ................................ 59 4.
PRINCIPAIS ASPECTOS QUE DERAM ORIGEM AO GMDSS. ............................. 59 4.1.
PRINCIPAIS VANTAGENS DO GMDSS EM RELAÇÃO AO SISTEMA CONVENCIONAL 4.2.(SOLAS-74). ....................................................................................................... 60
ÁREAS DE COBERTURA MARÍTIMAS. ........................................................... 63 4.3.
FUNÇÕES DO GMDSS. ............................................................................... 65 4.4.
SISTEMAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO GMDSS. ................................. 69 4.5.
SERVIÇOS DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA MARÍTIMA (MSI). .................... 69 4.6.
TIPOS DE COMUNICAÇÕES, ESTAÇÕES E AS FREQUÊNCIAS ATRIBUÍDAS AO 4.7.
SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO. ................................................................................. 70
FREQUÊNCIAS DE ESCUTA DE SOCORRO GMDSS. ........................................ 77 4.8.
MEIOS PARA ASSEGURAR A DISPONIBILIDADE DOS EQUIPAMENTOS DAS 4.9.ESTAÇÕES. ......................................................................................................... 81
SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES GMDSS ....................................................... 82 5.
SISTEMA RADIOTELEFÔNICO E INSTALAÇÕES VHF E MF/HF (SSB). ................ 83 5.1.
ELABORAÇÃO E PROCEDIMENTOS PARA AS COMUNICAÇÕES DE SOCORRO, 5.2.URGÊNCIA, SEGURANÇA, TRANSPORTE MÉDICO, PARECER MÉDICO E ROTINA NO GMDSS. .............................................................................................................. 86
PRINCÍPIOS GERAIS DO SISTEMA NAVTEX (MSI). ........................................ 97 5.3.
PRINCÍPIOS GERAIS DO SISTEMA RADIOTELEX (NBDP). ............................. 103 5.4.
UTILIZAÇÃO DO RADIOTELEX (NBDP) NO SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO E NA 5.5.RECEPÇÃO DE MSI. ............................................................................................ 105
CARACTERÍSTICAS DO INMARSAT. ........................................................... 112 5.6.
REDE E SATÉLITES INMARSAT. ................................................................ 115 5.7.
MENSAGENS PARA SITUAÇÕES DE SOCORRO, URGÊNCIA, SEGURANÇA, 5.8.
TRANSPORTE MÉDICO, PARECER MÉDICO E ROTINA PELO INMARSAT. ..................... 116
ESTAÇÃO TERRENA DE NAVIO INMARSAT- C E F77..................................... 122 5.9.
INMARSAT EGC. ..................................................................................... 123 5.10.
SERVIÇO SAFETYNET INTERNACIONAL (MSI). ............................................ 125 5.11.
SISTEMA DE CHAMADA SELETIVA DIGITAL (DSC). ..................................... 126 5.12.
PRINCIPIOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA DSC. ...................... 127 5.13.
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COMUNICAÇÕES DE SOCORRO, URGÊNCIA, SEGURANÇA E ROTINA DA DSC. 130 5.14.
MODOS DE CHAMADA E O USO DA IDENTIDADE NO SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO 5.15.(MMSI) DA DSC. ................................................................................................ 143
INFORMAÇÕES DE TRÁFEGO DA DSC: ALERTA DE SOCORRO, TIPOS DE 5.16.
CHAMADA E MENSAGENS, E FREQUÊNCIAS E CANAIS DE CHAMADA E DE TRABALHO.145
FACILIDADES E USO DO DSC. .................................................................. 148 5.17.
TRANSCEPTORES PORTÁTEIS VHF. ........................................................... 150 5.18.
AVARIAS MAIS COMUNS NOS EQUIPAMENTOS DE UMA ESTAÇÃO DE 5.19.PLATAFORMA OU NAVIO. .................................................................................... 151
UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DISPONÍVEIS PARA TESTE NOS EQUIPAMENTOS E 5.20.
A IMPORTÂNCIA DE PROCEDER AS VERIFICAÇÕES. ............................................... 152
OUTROS SISTEMAS GMDSS ..................................................................... 155 6.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA EPIRB NO SISTEMA COSPAS–SARSAT. .......... 155 6.1.
TRANSPONDER RADAR DE BUSCA E SALVAMENTO (SART). ......................... 164 6.2.
AIS – SART ............................................................................................ 166 6.3.
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA AS COMUNICAÇÕES GERAIS. .......... 168 7.
TROCA SATISFATÓRIA DE COMUNICAÇÕES IMPORTANTES PARA A SEGURANÇA 7.1.
DA VIDA HUMANA NO MAR, USANDO A LÍNGUA INGLESA, TANTO ESCRITA COMO FALADA. ........................................................................................................... 168
PROCEDIMENTOS OBRIGATÓRIOS DE COMUNICAÇÕES GERAIS. .................. 170 7.2.
PRINCIPAIS REQUISITOS DA ANATEL PARA A OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO PRIVADA.7.3.
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PROTEÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DE SOCORRO ............................................ 190 8.
MEDIDAS PARA EVITAR INTERFERÊNCIAS PREJUDICIAIS. ........................... 190 8.1.
TESTES A SEREM REALIZADOS NAS FREQUÊNCIAS DE SOCORRO. ............... 191 8.2.
PROCEDIMENTOS PARA AS COMUNICAÇÕES, NA CENA DE AÇÃO, DURANTE O 8.3.TRÁFEGO DE SOCORRO. ..................................................................................... 192
CUIDADOS PARA EVITAR ALARMES FALSOS. ............................................. 194 8.4.
PROCEDIMENTOS PARA CANCELAR OS ALARMES FALSOS. .......................... 195 8.5.
BUSCA E SALVAMENTO ........................................................................... 196 9.
ATIVIDADES RELACIONADAS COM A BUSCA E SALVAMENTO. ...................... 196 9.1.
ANEXOS ................................................................................................ 214 10.
FREQUÊNCIAS X CANAIS EM VHF DO SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO – MODO 10.1.INTERNACIONAL ................................................................................................ 214
ANEXO 2 – CÓDIGO DE DOIS DÍGITOS (INMARSAT). .................................. 216 10.2.
ANEXO 3 – CÓDIGO DE PAÍSES (INMARSAT) ............................................. 218 10.3.
ANEXO 4 – CÓDIGO Q ............................................................................. 219 10.4.
ANEXO 5: CÓDIGO FONÉTICO INTERNACIONAL ......................................... 221 10.5.
ANEXO 6 – PROCEDIMENTOS PARA OBTER A CARTEIRA DE OPERADOR RÁDIO 10.6.
TELEFONISTA GERAL DA ANATEL. ........................................................................ 222
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ANEXO 7 – REGIMENTO DE BANDEIRAS DO CIS. ........................................ 226 10.7.
ANEXO 8 – PROCEDIMENTOS PARA CANCELAR ALARMES FALSOS. ............... 229 10.8.
ANEXO 9 – LISTA DE CENTROS DE COORDENAÇÃO DE SALVAMENTO MARÍTIMO 10.9.(MRCCS). ......................................................................................................... 230
ANEXO 10 – GUIA DE OPERAÇÃO GMDSS PARA COMANDANTES EM 10.10.
EMBARCAÇÕES EM SITUAÇÕES DE SOCORRO. ...................................................... 232
ANEXO 11 - GUIA PARA COMANDANTES QUANDO OUTRO NAVIO ESTIVER EM 10.11.PERIGO. ........................................................................................................... 233
ANEXO 12 - AÇÕES DE UMA EMBARCAÇÃO QUANDO RECEBE UM DISTRESS EM 10.12.
VHF OU MF (DSC). ............................................................................................. 234
ANEXO 13 - AÇÕES DE UMA EMBARCAÇÃO QUANDO RECEBE UM DISTRESS EM 10.13.HF (DSC). ......................................................................................................... 235
GLOSSÁRIO ........................................................................................... 236 11.
BASES ELETRÔNICAS DE DADOS .............................................................. 243 12.
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 243 13.
EXERCÍCIO ............................................................................................ 246 14.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPÍTULO 1 ................................................ 246 14.1.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPÍTULO 2 ................................................ 249 14.2.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 3 ................................................ 251 14.3.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 4 ................................................ 253 14.4.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 5 ................................................ 256 14.5.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 6 ................................................ 259 14.6.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 7 ................................................ 260 14.7.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 8 ................................................ 261 14.8.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 9 ................................................ 262 14.9.
EXERCÍCIOS EXTRAS .............................................................................. 263 14.10.
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REGRAS FALCK
Respeite todos os sinais de advertência, avisos de segurança e instruções;
Roupas soltas, jóias, piercings etc. não devem ser usados durante os exercícios práticos;
Não é permitido o uso de camiseta sem manga, “shorts” ou minissaias,
sendo obrigatório o uso de calças compridas e de calçados fechados; Terão prioridade de acessar o refeitório, instrutores e assistentes;
Não transite pelas áreas de treinamento sem prévia autorização. Use o EPI nas áreas recomendadas;
Os treinandos são responsáveis por seus valores. Armários com cadeado e
chaves estão disponíveis e será avisado quando devem ser usados. A FALCK Safety Services não se responsabiliza por quaisquer perdas ou danos;
O fumo é prejudicial à saúde. Só é permitido fumar em áreas previamente demarcadas;
Indivíduos considerados sob efeito do consumo de álcool ou drogas ilícitas
serão desligados do treinamento e reencaminhados ao seu empregador; Durante as instruções telefones celulares devem ser desligados;
Aconselha-se que as mulheres não façam o uso de sapato de salto fino; Não são permitidas brincadeiras inconvenientes, empurrões, discussões e
discriminação de qualquer natureza;
Os treinandos devem seguir instruções dos funcionários da FALCK durante todo o tempo;
É responsabilidade de todo treinando assegurar a segurança do treinamento dentro das melhores condições possíveis. Condições ou atos inseguros
devem ser informados imediatamente aos instrutores; Fotografias, filmagens ou qualquer imagem de propriedade da empresa,
somente poderá ser obtida com prévia autorização;
Gestantes não poderão realizar os treinamentos devido aos exercícios práticos;
Se, por motivo de força maior, for necessário ausentar-se durante o período de treinamento, solicite o formulário específico para autorização de saída. Seu período de ausência será informado ao seu empregador e se extrapolar
o limite de 10% da carga horária da Disciplina, será motivo para desligamento;
A Falck Safety Services garante a segurança do transporte dos treinandos durante a permanência na Empresa em veículos por ela designados, não podendo ser responsabilizada em caso de transporte em veículo particular;
Os Certificados/Carteiras serão entregues à Empresa contratante. A entrega ao portador somente mediante prévia autorização da Empresa contratante.
Alunos particulares deverão aguardar o resultado das Avaliações e, quando aprovados, receberem a Carteira do Treinamento;
Pessoas que agirem em desacordo com essas regras ou que
intencionalmente subtraírem ou danificarem equipamentos serão responsabilizadas e tomadas às providências que o caso venha a exigir.
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OBJETIVO DO CURSO E DAS DISCIPLINAS DO GMDSS:
Qualificar o aluno, não aquaviário, para exercer as tarefas de Radioperador Geral, de acordo com a Regra IV/2 da Convenção
Internacional STCW-1978 e suas emendas e Tabela A-IV/2 da Seção A-IV/2 do Código STCW-1978 e suas emendas e as Normas da Autoridade Marítima Brasileira.
Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre como operar os sistemas de radiocomunicações a bordo.
Proporcionar, por meio da prática intensiva, a operação de variados equipamentos que compõem os diversos sistemas de comunicações existentes a bordo.
DIRETRIZES GERAIS DO CURSO
Quanto à Estruturação do Curso
a) Este currículo contém os conhecimentos mínimos necessários para a
certificação do aluno em conformidade com as exigências especificadas no
"Propósito Geral" deste curso.
b) Este curso será ministrado por Instituição credenciada pela DPC, conforme
NORMAM específica.
c) No início do curso deverá ser feito um teste, simples e objetivo, para verificar
os conhecimentos anteriores que os alunos possuem. Desta forma, o
instrutor poderá direcionar melhor as aulas, visando à proficiência do curso.
Se o nível de conhecimentos aferidos dos alunos não for adequado para a
aprendizagem, durante o curso poderá ser distribuído textos e/ou manuais
para estudos domiciliar, como objetivo de nivelar esses conhecimentos.
d) O curso será composto de aulas teóricas e de exercícios práticos que habilite
os alunos a:
- Operar os equipamentos da estação da plataforma aplicando as técnicas,
normas e acordos nacionais e internacionais.
- Cumprir as normas e procedimentos para transmissão e recebimento de
mensagens de rotina, segurança, urgência e socorro no sistema GMDSS e
outros existentes abordo.
- Executar os testes de funcionamento, ajustes básicos dos equipamentos de
comunicações e seus acessórios da estação no mar.
e) A parte prática é essencial para a qualificação do operador, dessa forma as
aulas práticas deverão ser no máximo com dez (10) alunos. O curso,
abrangendo teoria e prática, poderá ser ministrado para até vinte (20)
alunos, desde que a grade curricular, os instrutores, monitores, e centro de
simulação tenha equipamentos para cumprir a carga horária prescrita de
exercícios práticos.
f) O candidato, no ato da matrícula, deverá apresentar à instituição que vai
ministrar o curso cópia e o original (para verificação) ou cópia autenticada que comprovem:
- conclusão do ensino médio ou profissionalizante; - ter no mínimo dezoito (18) anos de idade no dia da inscrição;
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- atestado de boas condições de saúde física e mental; - apresentar diploma, certificado ou declaração que possui conhecimentos de
inglês e computação, em nível básico, que permita obter conhecimentos visando realizar comunicações a bordo na linguagem técnica internacional.
g) O número básico de tempos-aula diários deverá ser 08 (oito), com duração de 50 minutos cada, seguidos de um intervalo de dez (10) minutos entre eles.
h) Na abertura do curso deverá ser explanado aos alunos detalhes das
atividades do curso e os requisitos obrigatórios de aprovação do curso.
QUANTO ÀS TÉCNICAS DE ENSINO
O curso será desenvolvido utilizando-se as técnicas de aula expositiva, na parte
teórica, e demonstração seguida de operação individual de equipamentos na
parte prática.
QUANTO À FREQUÊNCIA ÀS AULAS
a) A frequência às aulas e às demais atividades programadas é obrigatória. b) O aluno deverá obter o mínimo de 90% de frequência no total das aulas
ministradas no curso. c) Para efeito das alíneas acima, será considerado falta: o não comparecimento às aulas ou o atraso superior a 10 minutos do início de qualquer atividade
programada ou a saída não autorizada durante o seu desenvolvimento.
QUANTO À AFERIÇÃO DO APROVEITAMENTO E À HABILITAÇÃO DO ALUNO
a) A aprendizagem do aluno será aferida por meio de prova (s) escrita (s) versando sobre os conteúdos das disciplinas.
b) Na avaliação teórica será utilizada uma escala de 0 (zero) a 10 (dez), com aproximação a décimos. c) Na avaliação dos exercícios práticos será atribuído conceito satisfatório ou
insatisfatório. Eventualmente, poderá ser identificado aluno com dificuldade de adequação à linguagem e vida a bordo, nesse caso poderá ser indicado uma
orientação pedagógica vocacional. d) Ao final da parte prática, será estabelecido um conjunto de quatro (4) testes de transmissão/recepção em situações críticas de emergência, socorro e
segurança como avaliação da parte prática. Para obter o grau satisfatório o aluno deverá ter realizado a transmissão/recepção com sucesso em 50% dos
testes. Abaixo de 50% será considerado insatisfatório. f) Ao final do curso, o aluno aprovado fará jus a um certificado de acordo com
modelo previsto em NORMAM específica, preparado pela Instituição, onde foi
ministrado o curso, registrado e assinado pelo Agente da Autoridade Marítima da
área.
QUANTO À APROVAÇÃO NO CURSO
a) Será considerado aprovado o aluno que: - obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis), em uma escala de 0 a 10 (zero a
dez) na avaliação teórica e alcançar o conceito satisfatório nas atividades práticas. - Tiver a frequência mínima exigida (90%).
b) Caso o aluno não cumpra as condições descritas nas alíneas acima, será considerado reprovado.
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PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE UM 1.SISTEMA DE COMUNICAÇÕES
Até o século XIX, os salvamentos só podiam ser feitos por embarcações
que estivessem próximas daquelas que pediam socorro. Os pedidos eram
enviados por sinalização sonora e por bandeiras, tendo seu alcance muito
limitado.
Com a invenção do rádio por Guglielmo Marconi em 1895 e a concepção
do primeiro transmissor e receptor pelo russo Popov, as comunicações em geral
tiveram um grande progresso, e em particular o socorro e a segurança no mar,
pondo fim ao isolamento dos navios e a sua tripulação em relação a outras
pessoas no mar, como em terra.
O equipamento rádio foi usado pela primeira vez para salvar vidas no mar
em março de 1899, quando um navio-farol recebeu o sinal radiotelegráfico do
navio “Elbe”, avisando que estava encalhado. Desde então o equipamento rádio
tem sido o fundamento dos sistemas de socorro e segurança usados por navios
no mar.
Em 1901, foi realizada a primeira radiocomunicação entre continentes, de
Poldhu (UK) e a Terra Nova (Canadá) com a transmissão da letra “S” (três
pontos) pelo Código Morse, fato que marcou o início da era da telegrafia sem fio.
Com este desenvolvimento das comunicações rádio, foi verificado que
para ser eficaz, um sistema de socorro e segurança no mar, com o uso do rádio,
teria de ser estabelecido com regras baseadas, em acordos internacionais
considerando os tipos de equipamentos, as frequências rádio usadas e
procedimentos operacionais.
O primeiro acordo internacional foi estabelecido sob os auspícios do
predecessor da União Internacional de Telecomunicações (UIT). Muitos dos
procedimentos operacionais para a Telegrafia Morse estabelecidos na virada do
século XIX têm sido mantidos até o momento.
Em 1974 foi adotada a Convenção Internacional para a Salvaguarda da
Vida no Mar (SOLAS 1974), vindo a tornar-se um dos principais instrumentos da
Organização Marítima Internacional (IMO), para regulamentar a indústria de
construção naval, levando em conta, principalmente a segurança das
embarcações e também a parte de comunicações.
O sistema de socorro e segurança usado pelas empresas de navegação
em todo o mundo até 1992, como definido no capítulo IV da Convenção SOLAS
1974 e pelo Regulamento Rádio da UIT, determinava uma contínua escuta em
Radiotelegrafia Morse em 500 kHz para navios de passageiros, independente do
tamanho, e navios de carga de 1600 tonelagens de arqueação bruta e acima. A
Convenção também estabeleceu uma escuta radiotelefônica em 2182khz e
156,800 MHz (VHF canal 16) em todos os navios de passageiros e navios de
carga de 300 tonelagens de arqueação bruta e acima.
O sistema tendo sido confiável em muitos anos era limitado pelo seu curto
alcance (até cerca de 100 milhas), o alerta era gerado manualmente e com
escuta auditiva, necessitando de operador radiotelegrafista qualificado; diante
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destes fatos, era necessária uma melhora. Com os avanços da tecnologia os
membros governamentais da IMO começaram a estudar como utilizar esta
moderna tecnologia para o ambiente marítimo.
O novo sistema, chamado de Sistema Global Marítimo de Socorro e
Segurança (GMDSS) foi adotado pela IMO em 1988 e substituiu o sistema
radiotelegráfico Morse em 500 kHz. O GMDSS proporciona confiáveis
comunicações navio-para-terra em complemento às comunicações de alerta
navio-para-navio.
O novo sistema é automatizado e usa alertas navio-para-terra por meio
de comunicações terrestres e por satélite e comunicações subsequentes. O
GMDSS se aplica para todo navio de carga de 300 toneladas de arqueação bruta
e acima, e para todos os navios de passageiros, independente do tamanho,
ambos em viagens internacionais.
O GMDSS tem os seguintes propósitos:
Possibilitar que uma embarcação em situação de socorro possa
alertar as autoridades de busca e salvamento (SAR) em terra, bem
como à navegação em sua vizinhança, a fim de obter uma resposta
para ser auxiliada, no menor tempo possível;
Proporcionar aos navegantes informações de segurança marítima
(MSI), a fim de que façam uma navegação segura e/ou sejam
alertados de um incidente SAR na área em que navegam.
As exigências para radiocomunicações no GMDSS estão contidas no novo
capítulo IV da SOLAS 1974, adotado na Conferência sobre o GMDSS em 1988,
com emendas para atender o novo sistema. O período de transição do antigo
para o novo sistema teve início em 1 de fevereiro de 1992 e continuou até 1 de
fevereiro de 1999 e foi estabelecido com este prazo, para que a indústria
superasse quaisquer problemas inesperados, na implementação do novo
sistema.
Com as emendas à SOLAS em 1988 para a instalação dos equipamentos
GMDSS, os principais pontos a serem cumpridos, são os que se seguem:
Todos os navios devem ser equipados com o receptor NAVTEX e
uma EPIRB satélite, a partir de 1/AGO/1993;
Todos os navios construídos após 1/FEV/1992 devem ser equipados
com SART e transceptor portátil em VHF para a embarcação de
sobrevivência até 1/fev/1995;
Todos os navios construídos após 1/fev/1995 têm que cumprir com
as exigências para o GMDSS;
Todos os navios devem ser equipados com, pelo menos, um radar
capaz de operar na banda de 9 GHz até 1/fev/1995;
Todos os navios devem cumprir com todas as exigências
apropriadas ao GMDSS até 1/fev/1999.
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Emendas adotadas em 1995 introduziram as seguintes exigências:
Painel de socorro e painel de alarme de socorro instalados em
navios de passageiros, em local de fácil observação e fácil
compreensão;
Nos navios de passageiros o emprego das frequências aeronáuticas
121,5 MHz e 123,1 MHz, nas radiocomunicações na cena de ação;
Em navios de passageiros terem, durante incidentes de socorro,
pelo menos, uma pessoa designada para somente executar serviços
de radiocomunicações.
Os navios de passageiros terem disponível a informação de posição
continuamente e automaticamente fornecida, para importantes equipamentos de
radiocomunicações e serem incluídas em um alerta de socorro inicial.
Em 1998, foram introduzidas novas emendas à SOLAS, como se segue:
Exigência em todos os navios de um equipamento de atualização
automática de posição nos alertas de socorro;
Exigência de teste anual na EPIRB satélite, principalmente na
estabilidade da sua frequência;
Com o aumento da necessidade de informações em bancos de
dados para auxiliar as atividades de busca e salvamento, foi
atribuída uma adicional incumbência às Administrações Nacionais
em fazer, uma adequada atualização de registro das identidades
dos equipamentos GMDSS embarcados e tornando estas
informações disponíveis para os Centros de Coordenação de
Salvamento, em um banco de dados.
O capítulo V (Segurança de Navegação) da SOLAS foi alterado em 2000
com a introdução de um novo equipamento de navegação conveniente para os
navios e em particular na sua condução, baseado em um Sistema de
Identificação Automática (AIS). Este equipamento a bordo, basicamente é um
transponder AIS, que opera utilizando a faixa de radiotelefonia em VHF.
Em 2002, emendas adotadas à SOLAS, através do Comitê de Segurança
Marítima, não tornam mais obrigatória a escuta permanente em 2182 kHz em
radiotelefonia.
Devido a um grande número de embarcações que não são sujeitas à
Convenção SOLAS e de que muitas ainda não adotaram as técnicas do GMDSS,
o Comitê de Segurança Marítima em 2004, chegou à conclusão que a escuta no
canal 16 deve ser exigida e mantida até um futuro previsível com vista a
fornecer:
Um canal de comunicação e alerta de socorro para embarcações
não-SOLAS;
Comunicações passadiço a passadiço para navios SOLAS. Com isto,
as disposições da regra 12 do capítulo IV da SOLAS, permanecem
inalteradas, de que todos os navios, enquanto no mar, devem
permanecer onde praticável, em contínua escuta no canal 16.
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Emendas também, em 2002, foram adotadas na regra 26 do capítulo III
da SOLAS, em aumentar o número de transponderes radar (SART) a serem
conduzidos em navios de passageiros tipo roll-on roll-off (ro-ro) devido a
dificuldade experimentada em localizar múltiplas balsas salva-vidas, após um
acidente.
Deste modo, agora este tipo de navio terá de ser equipado na razão de
um (1) transponder radar (SART) para cada quatro (4) balsas salva-vidas. Para
navios de passageiros, tipo transatlântico em viagens internacionais, a
proporção é de um (1) SART para cada bote salva- vidas.
Em 2002 foi adotado um novo capítulo XI da SOLAS, referente a medidas
especiais para intensificar a segurança marítima.
Com isso, em particular, foi exigida a instalação de um Sistema de Alerta
de Segurança para o Navio (SSAS), como adicional aos alertas de socorro e
segurança do GMDSS.
Também em 2006, foi adicionado ao capítulo V da SOLAS o Sistema de
Identificação e Acompanhamento de Navios a Longa Distância (L-RIT), que está
operacional desde 31 de dezembro de 2008.
Em 1 de janeiro de 2010, foi adotado o equipamento AIS – SART (Sistema
de Identificação Automática – Transmissor de Busca e Salvamento), para uso no
GMDSS, empregando dois canais em VHF.
CONCEITO DE INFORMAÇÃO. OS ASPECTOS QUE COMPREENDEM A 1.1.
COMUNICAÇÃO ENTRE DOIS PONTOS: O TRANSMISSOR, O CANAL DE
COMUNICAÇÕES E O RUIDO, O RECEPTOR.
A informação é um conjunto organizado de dados (voz, imagens e textos),
que constitui uma mensagem sobre um determinado evento. A informação
permite resolver problemas e tomar decisões, tendo em conta que o seu uso
racional é a base do conhecimento.
Transmissor
Transmissor é um dispositivo eletrônico que, com a ajuda de uma antena,
propaga um sinal eletromagnético, podendo ser de rádio, televisão ou outras
telecomunicações.
Através de um transmissor de rádio é possível comunicar com outra
pessoa que tenha um receptor de rádio e que esteja sintonizado na mesma
frequência de transmissão. Pode transmitir-se voz e dados através de um
transmissor de rádio.
O transmissor pode também transmitir vídeo, mas a sua engenharia é
ligeiramente diferente do transmissor de rádio, possibilitando ao mesmo
transmitir imagens.
P á g i n a | 16
Ruído
É qualquer fator que perturbe, confunda ou interfira na comunicação,
podendo ocorrer em qualquer estágio do processo de comunicação. Pode ocorrer
durante a passagem através do canal. Um sinal de rádio, por exemplo, pode ser
distorcido pelo mau tempo.
O ruído é o resultado da agitação térmica dos elétrons existentes na
matéria, na forma de corrente ou eletromagnética. Possuem amplitudes e fases
variáveis fazendo-se presente em todo o espectro de frequências,
particularmente no canal rádio. Existem dois tipos de ruídos que interferem os
sinais elétricos da informação: Ruídos Externos e Internos.
Os ruídos internos são gerados por equipamentos eletrônicos, por
exemplo, amplificadores e receptores.
Os ruídos externos são captados pela antena e amplificados. Os tipos de
ruídos externos presentes no canal rádio são:
Ruído atmosférico;
Ruído cósmico;
Ruído provocado pelo homem;
Relação sinal / ruído
Receptor
Após captar a onda modulada, o receptor deverá basicamente retirar a
mensagem da onda portadora. Captado pela antena do receptor, a onda
eletromagnética é demodulada e transformada em ondas sonoras, sinais digitais
ou analógicos.
Transceptor
O transceptor funciona de duas maneiras, como transmissor e receptor.
Pois, na sua engenharia ele é composto por ambos os elementos, possibilitando
a recepção e transmissão de sinais de rádio e telefone entre duas estações. Um
exemplo clássico de transceptor é o celular.
DIAGRAMA EM BLOCO DE UM TRANSMISSOR E DE UM RECEPTOR, 1.2.
DESCREVENDO SEUS PRINCIPAIS MÓDULOS.
A figura abaixo mostra o diagrama de bloco do gerador de sinal. O
sistema é feito para transportar vários sinais de áudio digitais junto com sinais
de dados. Sinais áudio e de dados são considerados como componentes de
serviço que podem ser agrupados em serviços.
Cada sinal de serviço é codificado individualmente na fonte, no erro
protegido e no tempo da fonte intercalado no codificador do canal. Então os
sinais dos serviços são amplificados e modulados, de acordo com a configuração
pré-determinada do modulador, podendo também ser ajustável. O sinal de saída
do modulador é combinado com o oscilador aonde será gerado uma oscilação
para impulsionar o sinal e esta oscilação é que gera a frequência.
P á g i n a | 17
O sinal é selecionado no sintonizador passando somente as faixas
destinadas às radiofrequências desejadas, a saída digitalizada é alimentada no
demodulador. Uma parte vai para o decodificador de canal (Channel Decoder)
para eliminar os erros de transmissão e a outra parte é enviada ao FIC que será
repassada para a interface do usuário onde ele irá selecionar o serviço desejado,
ajustando o receptor apropriadamente.
Os dados vindos do demodulador serão enviados para a parte de áudio do
rádio, onde serão produzidos os sons, ou para a parte de dados para ser
apresentado no display do equipamento.
P á g i n a | 18
FAIXA DE FREQUÊNCIA, UNIDADE DE MEDIDAS E SUAS 1.3.
SUBUNIDADES: HZ, KHZ, MHZ E GHZ. O ESPECTRO DE
FREQUÊNCIA E AS SUAS FAIXAS E RESPECTIVA UTILIZAÇÃO: LF,
MF, HF, VHF, UHF, SHF.
Hz (Hertz) é a unidade de medida de frequência recomendada pelo
Sistema Internacional de medidas (para substituir o C/s ciclo por segundo usado
antigamente) e, é uma homenagem a Rudolf Hertz, físico, que provou haver
ondas eletromagnéticas.
Hz = Unidade básica para medida de frequência.
kHz = 1.000Hz;
MHz = 1.000.000Hz;
GHz = 1.000.000.000Hz;
THz = 1.000.000.000.000Hz;
Comprimento de Onda
As ondas de rádio se propagam no espaço, a uma velocidade aproximada
de 300.000 km/s (a velocidade da luz) e o comprimento de onda é:
𝜆 = 𝑐
𝑓
Sendo λ = comprimento de onda, c = velocidade da luz no vácuo e f =
frequência. Poderemos concluir que o comprimento de onda é inversamente
proporcional à frequência
P á g i n a | 19
- Comunicações a média e longa distância
- Radiodifusão
- Comunicações a média e longa distância
- Radiodifusão
- Auxílio à navegação (radionavegação)
- Comunicações a média distância
- Radiodifusão
- Radiotelefonia
- Navtex
- Comunicações a média e longa distância
- Radiotelefonia
- Navtex
- Comunicações a curta distância
- Radiodifusão FM
- Televisão
- Radiocomunicação móvel
- Auxílio à navegação (radionavegação)
- Radar
- Televisão
- Ligação telefônica multi-canal
- Comunicações via satélite
- Radiocomunicação móvel
- auxílio à navegação (radionavegação)
- Radar
- Ligação telefônica multi-canal
- Comunicação via satélite
- Radiocomunicação móvel
- Radar e SART
EHF (30 GHz a 300 GHz) - Comunicação via satélite
- Radar
-Radio enlace com antena diretiva para
transmissão de dados.
-Transmissão de dados em redes
Wireless.
UHF (300 MHz a 3 GHz)
SHF (3 GHz a 30 GHz)
THF (300 GHz a 3000GHz)
Uso das faixas de radiofrequência
VLF (3 kHz A 30 kHz)
LF (30 kHz a 300 kHz)
MF (300 kHz a 4 MHz)
HF (4 MHz a 30 MHz)
VHF (30 MHz a 300 MHz)
Faixa de Frequência
A faixa de MF para as comunicações marítimas à média distância
compreende a faixa de 1605 kHz a 4000 kHz.
A faixa de HF para as comunicações marítimas à longa distância
compreende a faixa de 4000 kHz a 27500 kHz.
A faixa de VHF para as comunicações marítimas à curta distância
compreende a faixa de 156 MHz a 174 MHz.
FAIXA DE FREQUÊNCIA ABREVIATURA
3 kHz a 30 kHz VLF
30 kHz a 300 kHz LF
300 kHz a 4000 kHz MF
4 MHz a 30 MHz HF
30 MHz a 300 MHz VHF
300 MHz a 3000 MHz UHF
3 GHz a 30 GHz SHF
30 GHz a 300 GHz EHF
P á g i n a | 20
CONCEITO BÁSICO DE MODULAÇÃO. 1.4.
A maioria dos sinais, da forma como são fornecidos pelo transdutor, não
podem ser enviados diretamente através dos canais de transmissão.
Consequentemente, uma onda portadora cujas propriedades são mais
convenientes aos meios de transmissão, é modificada para representar a
mensagem a ser enviada.
A modulação é a alteração sistemática de uma onda portadora de acordo
com a mensagem (sinal modulante), e pode incluir também uma codificação, ou
seja, é o processo no qual a comunicação é adicionada a ondas eletromagnéticas
para que seja transportada.
A demodulação ocorre na recepção em que a onda eletromagnética
modulada é separada da informação para que esta seja compreendida.
OS TIPOS DE MODULAÇÃO E DE EMISSÃO. 1.5.
Modulação em Amplitude (AM)
A amplitude (altura) da portadora de um transmissor é variada de acordo
como o sinal modulador. A frequência e a fase da portadora são mantidas
constantes. Um sinal AM é muito sujeito a estática e a outras interferências
elétricas.
Frequência Modulada (FM)
A amplitude da portadora é mantida constante. A FM é menos suscetível
que a AM a certos tipos de interferência, como a causada por temporais e por
correntes elétricas fortuitas de equipamentos e outras fontes relacionadas. Esses
ruídos afetam a amplitude da onda de rádio, mas não sua frequência, assim um
sinal de FM permanece virtualmente inalterado.
Desvantagem: a propagação por frequência modulada (FM) possui um
alcance limitado.
P á g i n a | 21
Modulação por Fase (PM)
É uma modulação que varia a fase da portadora de acordo com os dados a
serem transmitidos. É normalmente utilizada para transmissão de dados.
Tipos de Emissão
Este sistema de designação foi aprovado em 1979 na Conferência Mundial
de Radiocomunicações (WARC 79), e deu origem ao Regulamento das
Radiocomunicações, que entrou em vigor em 1 de janeiro de 1982.
Na modulação de uma onda eletromagnética podemos identificar o tipo de
informação em transformação. Sendo assim encontramos a informação revelada
por sinais de texto, dados digitais, áudio (voz, música) e máquinas.
O primeiro caractere revela a técnica de modulação a ser utilizado, o
segundo revela o tipo de sinal modulado, e o terceiro revela o tipo de informação
existente.
Técnica de Modulação
Temos as seguintes técnicas de modulação:
A = Modulação por Amplitude com Banda dupla;
F = Modulação por Frequência;
G = Modulação por Fase;
H = Modulação por Amplitude com Banda Única, Portadora Cheia;
J = Modulação por Amplitude com Banda Única, Portadora Suprimida;
P á g i n a | 22
R = Modulação por Amplitude com Banda Única, Nível Reduzido ou
Variável.
Quanto a natureza do sinal, temos:
1 = Portadora Chaveada;
2 = Tom Modulado;
3 = Sinal Analógico (voz ou música).
Em relação ao tipo de informação contida:
A = Telégrafo;
B = Sinal de Máquina (automático);
C = Fax;
E = Voz.
Temos como exemplos de classificação de emissão:
J3E = Telefonia com portadora suprimida e banda lateral única;
H3E= Telefonia com portadora cheia e banda lateral única;
R3E= telefonia com portadora reduzida e banda lateral única.
OS VÁRIOS MODOS DE COMUNICAÇÕES: DSC, RADIOTELEFÔNIA, 1.6.
NBDP, DADOS.
Receptores navtex e egc;
Transceptores portáteis de vhf.
Instalação de rádio vhf;
Instalação de rádio mf/hf;
Equipamento de comunicação via satélite;
Chamada seletiva digital (dsc), utilizada nas instalações mf, hf e
vhf.
Observação: Os modos de comunicações supracitados serão conceituados no
capítulo 5.
Como estabelecido pela publicação SOLAS em seu capítulo IV, subitem
4.1: toda embarcação deverá ter condições de transmitir um pedido de socorro
por pelo menos dois meios de comunicação no sentido NAVIO X TERRA, pois os
órgãos em TERRA dispondo de informações detalhadas, tomarão todas as ações
e decisões sobre aquele pedido de socorro.
OS FUNDAMENTOS ELEMENTARES DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO. 1.7.
Uma linha de transmissão é um dispositivo para transmitir ou guiar
energia de RF gerada pelo aparelho transmissor à antena. Sendo desejável
transmitir a energia com um mínimo de atenuação possível, tendo as perdas de
calor e radiação tão pequenas quanto possíveis, tem-se a condução de energia
P á g i n a | 23
de um ponto a outro confinado dentro da linha de transmissão onde a onda
transmitida é unidimensional no sentido em que ela não se espalha pelo espaço,
mas segue percorrendo um caminho ao longo da linha. Dessa forma, o termo
linha de transmissão inclui não somente linhas de transmissão coaxiais ou de
dois fios, (paralelos ou torcidos) mas também guias de onda ou fibra ótica.
Cada tipo de linha de transmissão tem destinação especifica em função da
faixa de frequência e da potência de trabalho, custo e características elétricas e
mecânicas distintas.
Conectores macho e fêmea são utilizados para facilitar a conexão com a
antena, com o rádio, para utilização de aparelhos de medição no circuito ou para
facilitar a manutenção.
Em se tratando da utilização em radiofrequência linha de transmissão
pode servir em dois sentidos, para conduzir a energia eletromagnética que vai
ser emitida pela antena em forma de sinais eletromagnéticos, quanto para
conduzir a energia absorvida pela antena até a unidade receptora.
Infelizmente a linha de transmissão não é perfeitamente eficiente, ocorre
perdas da quantidade de energia que chega a antena à medida que o
comprimento do cabo aumenta. Em um cabo curto o efeito dessa atenuação
geralmente é insignificante.
A linha de transmissão mais utilizada é o cabo coaxial que é composto de
um fio condutor envolvido por um dielétrico isolante no formato cilíndrico o qual
é revestido por uma malha fina de fios trançados, conhecido como shielding,
estando todo o conjunto envolvido por uma capa de proteção.
AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS: IMPEDÂNCIA, PERDAS E 1.8.
REFLEXÃO.
Impedância
Impedância é a resistência que a bobina oferece ao sinal de áudio. Ou
seja, o enrolamento da bobina do alto-falante exerce uma resistência à
passagem da corrente elétrica, dependendo do material, secção transversal,
temperatura e do comprimento do fio. Esta resistência é medida em ohms, da
mesma forma que um resistor.
P á g i n a | 24
A resistência à corrente contínua não é idêntica à resistência à corrente
alternada, que embora sendo medida na mesma unidade (ohms), é chamada
“impedância” e tem como uma de suas características aumentar com a
frequência da corrente, dependendo, porém das características da bobina móvel
e do alto-falante.
A impedância é importante para a adaptação do alto-falante à saída do
amplificador, sendo que a impedância de ambos devem ser iguais para evitar
perder a eficiência ou danificar o próprio aparelho.
Assim, foi criado o termo “casar a impedância” dos equipamentos, ou
seja, igualar a impedância de saída do aparelho com a impedância da bobina do
alto-falante.
Perdas
A perda de retorno está diretamente relacionada a estas variações de
impedância para uma dada frequência provocando reflexões do sinal transmitido
e gerando perda do sinal original que se dirige a carga. Este fenômeno existe em
todos os cabos de transmissão de sinal inclusive nos de transmissão de energia
e não há como evitá-lo, contudo o que os fabricantes podem fazer é através do
aprimoramento de seu processo industrial manter a perda de retorno resultante
dos processos industriais dentro de certos limites.
Reflexão
Quando uma antena e seu cabo de alimentação não estão com as
impedâncias casadas, uma parte da energia elétrica não é transferida para
antena. A energia não transferida então é refletida em forma de uma onda de
volta para o transmissor, criando distorções no equipamento devido a energia
refletida e danos aos circuitos podem ocorrer.
Em condições ideais toda a potência gerada pelo transmissor produz uma
onda progressiva e uniforme que percorre a LT e é dissipada inteiramente na
antena. Para que a antena converta toda a potência de RF em energia radiante,
é necessário o perfeito casamento das impedâncias entre a LT e a saída do
transmissor e entre a LT e a antena. Na prática sempre ocorre algum
descasamento, além, de dissipações térmicas em função da resistividade na LT e
na antena, conforme a resistência desses elementos.
OS FUNDAMENTOS ELEMENTARES DA RADIAÇÃO E PROPAGAÇÃO 1.9.
DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS E OS EFEITOS DO AMBIENTE NA
PROPAGAÇÃO.
Radiação Eletromagnética
A radiação eletromagnética são ondas que se propagam pelo espaço. A
radiação eletromagnética compõe-se de um campo elétrico e um magnético, que
oscilam perpendicularmente um ao outro e à direção da propagação de energia.
A radiação eletromagnética é classificada de acordo com a frequência da onda,
que em ordem decrescente da duração da onda são: ondas de rádios, micro-
P á g i n a | 25
ondas, radiação terahertz (Raios T), radiação infravermelha, luz visível, radiação
ultravioleta, Raios-X e Radiação Gama.
O espectro visível, ou simplesmente luz visível, é apenas uma pequena
parte de todo o espectro da radiação eletromagnética possível, que vai desde as
ondas rádio aos raios gama. A existência de ondas eletromagnéticas foi prevista
por James Clerk Maxwell e confirmada experimentalmente por Heinrich Hertz. A
radiação eletromagnética encontra aplicações como a radiotransmissão, seu
emprego no aquecimento de alimentos (fornos de microondas), em lasers para
corte de materiais ou mesmo na simples lâmpada incandescente.
PROPAGAÇÃO DE ONDA TERRESTRE, CELESTE E ESPACIAL. O 1.10.
FENÔMENO DA PROPAGAÇÃO EM HF VIA IONOSFERA (MUF E
FOT). POSSIBILIDADES DE INTERFERÊNCIA DE RF.
Propagação de Onda Terrestre
A Onda Terrestre é aquela em que recebemos o sinal normalmente
transmitido de uma estação de Radiodifusão, na onda normal, ou seja as Ondas
Médias (MF). Propagam-se diretamente ao solo e terminam sendo absorvidas
pela superfície do terreno, mas sofre menos quando se propaga sobre a
superfície do mar, possibilitando a sintonia de uma estação em Ondas Médias a
vários milhares de milhas náuticas de distância.
Propagação de Onda Celeste
As ondas celestes atravessam a troposfera e atingem as camadas
ionizadas da ionosfera. As transmissões em HF propagam-se desse modo.
Nessas camadas elevadas vão sofrendo refrações e reflexões sucessivas e,
devido à mudança de meios condutores, encurvam-se e voltam para a Terra.
P á g i n a | 26
Propagação de Onda Espacial
As ondas viajam em linhas diretas. Este tipo de onda é chamado de “onda
espacial”. Em outras palavras, as antenas transmissoras e receptoras estão
visíveis entre si. Transmissões em VHF e UHF propagam-se por visibilidade ou
linha de visada.
Fenômeno da Propagação em HF Via Ionosfera (MUF e FOT).
Propagação na atmosfera
Ao contrário do que sucede com as ondas rádio no espaço, as ondas de
rádio ao atravessarem a atmosfera terrestre sofrem muitas influências por parte
desta. Todos já experimentamos problemas com ondas de rádio, causados por
certas condições atmosféricas, estes problemas são causados pela falta de
uniformidade da atmosfera terrestre.
Vários fatores podem influenciar as condições de propagação, tanto
positiva como negativamente. Alguns destes fatores são: altitude, localização
geográfica e tempo (dia, noite, estação, ano).
P á g i n a | 27
Para compreendermos o fenômeno da propagação das ondas de rádio,
temos que conhecer a atmosfera terrestre. A atmosfera está dividida em quatro
regiões separadas, ou camadas. São a troposfera, a estratosfera, a mesosfera e
a ionosfera.
Troposfera
Quase todos os fenômenos meteorológicos ocorrem na troposfera. A
temperatura nesta região decresce rapidamente com a altitude. Formam-se
nuvens, e pode existir muita turbulência devido a variações na temperatura,
pressão e densidade. Estas condições podem ter um efeito pronunciado sobre a
propagação de ondas de rádio.
Estratosfera
A estratosfera situa-se entre a troposfera e a mesosfera. A temperatura
nesta região é quase sempre constante, e existe muito pouco vapor de água.
Como é uma camada relativamente calma e com poucas variações de
temperatura, esta camada quase não influencia a propagação de ondas rádio.
Mesosfera
Esta camada pode apresentar temperaturas abaixo de 120ºC, acarretando
com isso, maiores pressões e por consequência menor taxa de absorção. Como
as densidades eletrônicas são ainda fracas nesta camada, somente as
frequências baixas, tipo VLF e LF são refletidas. Nas demais faixas de
frequências acima de LF, isto é, de MF em diante, esta camada não causa
nenhuma interferência na propagação.
Ionosfera
Esta é a camada mais importante da atmosfera terrestre para as
comunicações via rádio a longa distância. Como a existência da ionosfera
depende diretamente da radiação emitida pelo sol, do movimento da terra em
relação ao sol, ou de mudanças na atividade solar, podem haver variações na
ionosfera. Estas variações podem classificar-se em dois tipos:
As que ocorrem em ciclos mais ou menos regulares, e
consequentemente, podem ser previstas com alguma precisão;
As que são irregulares e que resultam de um comportamento
anormal do sol, e, portanto, não podem ser previstos. Tanto as
variações regulares como irregulares têm efeitos importantes na
propagação das ondas rádio. Como as variações irregulares não
podem ser previstas, vamos concentrar-nos nas variações
regulares.
P á g i n a | 28
Camadas da ionosfera
A ionosfera é composta por três camadas distintas, designadas por D, E e
F sendo a camada D a que se encontra a mais baixa altitude. A camada F ainda
está dividida em duas camadas F1 (mais baixa) e F2 (mais alta).
A presença ou ausência destas camadas na ionosfera e a sua altitude
varia com a posição do Sol.
Ao meio dia, a radiação na ionosfera é máxima, enquanto à noite é
mínima. Quando a radiação desaparece a maior parte das partículas que
estavam ionizadas recombinam-se. No espaço de tempo entre estas duas
condições, a posição e número de camadas ionizadas da ionosfera mudam.
Como a posição do Sol varia diária, mensal e anualmente relativamente a
um determinado ponto na Terra, o exato número de camadas presentes é
extremamente difícil de determinar. No entanto, as seguintes proposições sobre
estas camadas podem ser feitas.
Camada D: Está presente entre 50 e 80 km acima da terra. A
ionização na camada D é baixa porque sendo a camada mais baixa
é a que menos radiação recebe. Para frequências muito baixas, a
camada D e o solo atuam como uma gigantesca guia de ondas,
tornando possível a comunicação através do uso de grandes
antenas e emissores muito potentes. A camada D absorve as
frequências médias e baixas, limitando o alcance diurno para cerca
de 220 milhas náuticas. Comunicação a longa distância é possível
para frequências até 30 MHz. Ondas de rádio com frequências
acima deste valor atravessam a camada D sendo, no entanto
atenuadas. Após o pôr do sol, a camada D desaparece por causa da
rápida recombinação dos íons. Comunicações em baixa e média
frequência tornam-se possíveis. É por esta razão que as estações
em AM, onda média, se comportam de forma diferente à noite.
P á g i n a | 29
Sinais que atravessem a camada D não são absorvidos, mas são
propagados pelas camadas E e F;
Camada E: Situa-se entre 80 e 175 km de altitude
aproximadamente. A recombinação ionosférica é bastante rápida
após o pôr do sol, causando o seu desaparecimento no meio da
noite. A camada E permite comunicações a média distância para
frequências situadas no intervalo entre baixa e muito alta. Por
vezes explosões solares causam a ionização noturna desta camada
sobre determinadas áreas.
A propagação proporcionada por esta camada nestas condições chama-se
"SPORADIC-E". O alcance proporcionado através de SPORADIC-E por vezes
excede as cerca de 100 milhas náuticas, mas o alcance não é tão grande como
através da camada F.
Camada F: Encontra-se entre 175 e 400 km de altitude. Durante o
dia, a camada F separa-se em duas camadas: F1 e F2. Geralmente
durante a noite, a camada F1 desaparece. A camada F produz o
máximo de ionização após o meio dia, mas os efeitos do ciclo diário
são menos pronunciados que nas camadas D e E. Os átomos da
camada F permanecem ionizados por um longo período após o pôs
do sol, e durante o pico de atividade solar, podem permanecer
ionizados durante toda a noite. Dado que a camada F é a mais alta
da ionosfera, é também a que maior alcance permite. Para ondas
horizontais, o alcance obtido num único salto (hop) pode ser de
cerca de 2700 milhas náuticas. Para que os sinais se propaguem a
distâncias maiores, são necessários vários saltos. A camada F é
responsável pela maior parte das comunicações HF de longa
distância. A frequência máxima que a camada F reflete depende do
ponto do ciclo solar em que estamos. Durante o sopé do ciclo solar
a frequência máxima utilizável pode descer até 10 MHz.
Frequência Máxima Utilizável (MUF)
Quanto mais alta a frequência de uma onda de rádio, menor o grau de
refração causada pela ionosfera. Por isso para um determinado ângulo de
incidência e hora do dia, existe uma frequência máxima que pode ser usada na
comunicação entre dois pontos. Ondas rádio com frequência acima da MUF são
refratadas mais lentamente e retornam à terra para um ponto além do local
pretendido ou perdem-se no espaço. Variações na ionosfera podem baixar ou
subir a MUF prevista em qualquer altura.
Frequência Ótima de trabalho (FOT)
A melhor frequência de operação é a que permite comunicação com
menor índice de problemas. Deve ser suficientemente alta para evitar problemas
de desvanecimento, absorção e ruído encontrados nas frequências mais baixas;
P á g i n a | 30
Mas não tão alta que possa ser afetada por mudanças bruscas na ionosfera. A
FOT é cerca de 85% da MUF. Fot = muf . 0,85.
Mecanismo de Propagação Atmosférica
Na atmosfera, as ondas de rádio podem ser refletidas, refratadas, e
difratadas.
Reflexão
A reflexão de uma onda ocorre após incidir num meio de características
diferentes e retornar a se propagar no meio inicial. Qualquer que seja o tipo da
onda considerada, o sentido de seu movimento é invertido. Porém o módulo de
sua velocidade não se altera.
Refração
Uma onda de rádio transmitida através de camadas ionizadas é sempre
refratada. A onda de rádio atravessa a atmosfera terrestre com uma velocidade
constante e à medida em que a onda entra numa camada de diferente
densidade ocorre uma mudança de velocidade, podendo mudar de direção.
P á g i n a | 31
Difração
É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide em um obstáculo e
consegue ultrapassá-lo, contornando-o ou penetrando em sua abertura (sem ser
por refração), e recompondo-se mais à frente. É a difração que permite a
recepção dos sinais de Rádio e Televisão nas grandes cidades, apesar dos
prédios e construções.
Interferência de RF
Este tipo de interferência é causado por sinais de radiofrequência (RF) na
frequência do receptor afetado ou perto dessa frequência. Os sinais de
interferência podem ter sido transmitidos intencionalmente ou não
intencionalmente, como resultado de algum defeito ou característica indesejada
da fonte. Não é necessário que o sinal de interferência esteja exatamente na
mesma frequência para causar problemas. Sinais fortes de RF que estejam perto
da frequência podem afetar a operação do receptor , causando problemas de
áudio e de recepção.
É importante perceber que o que pode ser interferência para um usuário
pode ser diversão ou comunicação essencial para outros. Todos os sistemas de
microfones operam em faixas de frequência que são compartilhadas com
broadcasts de televisão ou vários tipos de radiocomunicações.
Por isso, os usuários de microfones devem ter em mente que não detêm
direitos exclusivos sobre as frequências que estão utilizando. Muitos sistemas de
microfones operam em faixas de frequências usadas para broadcast de TV.
Geralmente, os transmissores de TV são bastante potentes e podem interferir
nos receptores até distâncias consideráveis.
Os sistemas que usam frequências de operação em quaisquer frequências
utilizadas para broadcast de TV ou perto de alguma dessas frequências podem
contar com interferência entre moderada e grave, mesmo em locais além da
distância onde é possível obter boa recepção de TV.
P á g i n a | 32
OS CONCEITOS BÁSICOS MECANISMO DE RADIAÇÃO DE UMA 1.11.
ANTENA. NOÇÕES ELEMENTARES SOBRE AS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS (EX.: GANHO, DIRETIVIDADE, PERDA E
EFICIÊNCIA). NOÇÕES GERAIS DO DIAGRAMA DE IRRADIAÇÃO.
Uma antena é um equipamento com função de irradiar ou receber ondas
eletromagnéticas compreendendo se na região de transição entre uma onda
guiada e uma onda no espaço livre ou vice-versa. Qualquer pedaço de fio pode
ser usado como uma antena, sendo que evidentemente pode não possuir um
bom rendimento.
A explicação porque uma antena transmite ou recebe um campo elétrico,
não é uma tarefa fácil.
A análise e cálculo dos campos irradiados e recebidos de uma antena são
explicados pelas equações de Maxwell, que por meio das quais calculamos os
campos elétricos e magnéticos a uma distância qualquer da antena.
Encontra-se antenas em diferentes formatos com características próprias
para determinadas aplicações, por exemplo, em situações onde é necessária
maior intensidade do sinal que é conseguido usando da propriedade de
diretividade, ou quando é preciso propagar o sinal perifericamente da fonte.
É necessário o entendimento de algumas características da antena para se
selecionar adequadamente uma antena para uma aplicação específica de rádio
enlace. Os parâmetros mais importantes são: Ganho, Diagrama de radiação,
Diretividade e Eficiência.
Ganho
Não devemos esquecer que ganho de antena não é aumento de potência,
e sim diminuição de perdas pelo aumento de eficiência e diretividade desta.
Quanto mais diretiva uma antena melhor é sua distribuição de potência,
portanto, maior seu ganho.
Antena de maior ganho é aquela que tem maior interação com o meio, ou
seja, aquela que irradia ou recebe a maior quantidade de energia. Sempre
devemos adotar uma antena padrão para depois fazermos as comparações com
outras em relação a esta. As antenas padrões devem ser as de mais fácil
construção, podendo desta forma ter um sistema de fácil calibração.
A unidade de medida do ganho é o decibel. Decibel é uma relação
logarítmica utilizada entre tensões, usado para termos parâmetros de ganho, ou
perda, podendo ser positivo ou negativo, dependendo do uso.
Diagrama de Radiação
É um gráfico que representa as propriedades de radiação da antena em
função de um sistema de coordenadas. Cada tipo de antena tem seu próprio
modo de irradiar e o volume de energia pode assumir diferentes formas.
O diagrama de radiação é um dos mais importantes parâmetros das
antenas, pois a partir dele é possível extrair grande quantidade de informação. É
importante salientar uma propriedade das antenas definida pelo chamado
"Teorema da reciprocidade" que consiste no seguinte: “desde que mantida
P á g i n a | 33
constante a frequência, as antenas se comportam igualmente, tanto na
transmissão como na recepção”.
Isso significa que os diagramas de radiação, impedância e outros
parâmetros são iguais nas duas situações. Note-se que certos parâmetros
possuem restrições de ordem construtiva. Como exemplo pode-se citar que uma
antena de recepção não suporta potências elevadas, necessárias às antenas
transmissoras.
O diagrama de radiação é uma maneira de visualizar, e medir, a
densidade de potência irradiada pela antena nas diversas direções.
Diretividade
Normalmente a Diretividade de uma antena é expressa em dBi, ou seja, é
a capacidade de concentração de energia, representando a direção ou caminho
de propagação dos sinais irradiados / recebidos pela antena.
Eficiência
Cada frequência possui um determinado comprimento de onda. Quanto
maior for a frequência, menor será o seu comprimento. A eficiência de uma
determinada antena depende da relação correta entre seu comprimento físico e
o comprimento de onda do sinal transmitido ou recebido.
O ideal é que as antenas possuam a metade, ou um quarto do
comprimento de onda que transmitem ou recebem. As antenas transmissoras
podem estar no plano vertical ou horizontal. Porém, as antenas receptoras
devem observar o mesmo posicionamento das antenas transmissoras.
P á g i n a | 34
FONTES DE ENERGIA E EMISSÃO DAS ESTAÇÕES 2.
CARACTERÍSTICAS DA FONTE DE ALIMENTAÇÃO PARA OS 2.1.
EQUIPAMENTOS.
Em cumprimento à Convenção SOLAS, os navios deverão possuir recursos
de alimentação de energia elétrica suficientes para manter em operação as
instalações rádio, bem como para carregar todas as baterias elétricas usadas
como fonte de energia de reserva, enquanto estiverem no mar.
AS FONTES DE ENERGIA PARA ALIMENTAR OS EQUIPAMENTOS DE 2.2.
COMUNICAÇÃO: PRINCIPAL, EMERGÊNCIA E RESERVA.
Principal (gerador principal);
Emergência (gerador de emergência);
Reserva (bateria).
As fontes de energia principal e de emergência necessárias para alimentar
os equipamentos de comunicação a bordo são fornecidas por geradores. Os
geradores são aparelhos no qual a energia química, mecânica, solar ou de outra
natureza qualquer é transformada em energia elétrica.
Já as fontes de energia de reserva são fornecidas por baterias ou grupo
de baterias (acumuladores), que quando alimentados pelo sistema de
emergência de 220 V, em corrente alternada (CA), são retificados para 24 V ou
32 V em corrente contínua (cc), provendo alimentação simultaneamente para os
equipamentos do GMDSS, em função da área marítima de operação do navio,
bem como para o equipamento de posicionamento do navio ligado à instalação
rádio, como o receptor GPS e iluminação primordial de emergência para a
instalação rádio.
P á g i n a | 35
Pontos Principais Estabelecidos pela Regra 13 da Parte C do Capítulo IV
da SOLAS com Relação às Fontes de Energia
Enquanto o navio estiver no mar:
Deverá haver suprimento permanente de energia elétrica para
operar as instalações rádio e carregar as baterias e/ou
acumuladores da fonte de energia de reserva;
A fonte de energia de reserva deverá alimentar as instalações
rádio, com o propósito de estabelecer radiocomunicações de
socorro e segurança, principalmente;
A fonte de energia de reserva deverá alimentar simultaneamente a
instalação rádio em uma hora, nos navios que disponham de uma
fonte de energia elétrica de emergência e em seis horas nos navios
que não disponham de fonte de energia de emergência;
A fonte de energia de reserva não necessita alimentar instalações
rádio de MF e HF independentes, ao mesmo tempo;
A fonte de energia de reserva deverá ser independente do sistema
de propulsão e do sistema elétrico do navio.
Quando a fonte de energia de reserva consistir de um acumulador
recarregável de bateria ou baterias, deverá:
Carregar automaticamente essas baterias até a capacidade mínima
exigida em até 10 horas;
A capacidade da bateria ou baterias deverá ser verificada em
intervalos não maiores que 12 meses, quando o navio não estiver
no mar.
A fonte de energia de reserva constituída de acumulador de bateria
ou baterias deve ser posicionada e instalada de forma que garanta:
As mais elevadas condições de serviço;
P á g i n a | 36
Um período de vida razoável; segurança razoável; temperaturas
das baterias dentro das especificações;
Fornecimento de pelo menos o mínimo exigido de horas de
funcionamento, das baterias totalmente carregadas.
CUIDADOS DE MANUTENÇÃO E ARMAZENAMENTO DE BATERIAS. 2.3.
A bateria é constituída por um grupo de células ou elementos químicos
(eletrodos) ligados em série em que a soma total dos elementos, dê a tensão de
alimentação total fornecida pela bateria.
Os elementos que constituem uma bateria são:
Invólucro ou cuba: recipiente de material isolante que comporta os
eletrodos e o eletrólito. Geralmente de ebonite.
Eletrólito: substância líquida ou gelatinosa onde ocorre o processo
de eletrólise (ação química sobre os eletrodos)
Eletrodos: elementos (placas elétricas) que em contato com o
eletrólito mantêm entre si uma diferença de potencial (ddp).
Tipos de Baterias
Baterias primárias
Estas baterias têm um ciclo de vida simples, o que caracteriza que elas
não podem ser recarregadas e com isso necessitam periodicamente ser
substituídas.
A capacidade de uma bateria é denominada Ampere-hora (Ah), que indica
a quantidade de energia que pode ser fornecida por um período de descarga
padrão, geralmente de 10 a 20 horas.
Uma bateria com capacidade de 160 Ah, pode fornecer 16 amperes por 10
horas, 8 amperes por 20 horas ou 4 amperes por 40 horas.
As baterias primárias mais usadas atualmente são:
Baterias alcalinas que utilizam a mesma química no eletrodo zinco-
carbono, empregada nas baterias zinco-carbono. Utiliza eletrólito
alcalino, com melhor densidade de energia e com baixa
temperatura.
Baterias de lítio que utilizam a tecnologia empregada nos anodos de
lítio, permite que estes produzam uma tensão, cerca de duas vezes
P á g i n a | 37
maior que nos anodos de uma bateria de zinco-carbono ou alcalina,
ou seja passando de 1,5 V para 3 V.
Atualmente são empregadas em uma gama variada de equipamentos
portáteis e na indústria eletrônica. Apesar de um custo maior, possuem um
tempo de vida mais longo e maior confiabilidade.
A bordo as baterias de lítio são utilizadas na EPIRB (baliza indicadora de
posição em emergência), no SART (Transponder de Busca e Salvamento) de 9
GHz e no AIS-SART (Sistema de Identificação Automática - Transmissor de
Busca e Salvamento) em canais de VHF.
A troca de bateria na EPIRB e no SART deve ser efetuada a cada 5 anos e
3 anos, respectivamente.
Baterias secundárias
As baterias secundárias podem ser recarregadas repetidamente, apesar
de terem um tempo de vida útil, quando então devem ser substituídas; tal como
ocorre com a bateria de um carro.
As baterias secundárias mais usadas são:
Bateria chumbo-ácido
a) Eletrodos (placas de chumbo);
b) Eletrólito (ácido sulfúrico e água destilada);
c) Permite alimentação em alta temperatura e em espera;
d) Utilizada em carros, caminhões e embarcações de pequeno
porte.
Como baterias alcalinas tem-se dois tipos:
Bateria níquel-ferro
a) Placas anodo de níquel (+);
b) Placas catodo de ferro (-);
c) Eletrólito (solução básica de soda ou potassa);
d) Pode ficar descarregada por um longo período sem que fique
deteriorada.
Bateria níquel-cádmio
a) Placas de hidróxido de níquel (+);
b) Placas de hidróxido de cádmio (-);
c) Eletrólito (hidróxido de potássio);
d) Densidade do eletrólito varia pouco entre a carga e a
descarga;
e) Possui um “efeito memória” durante o ciclo de carga e
descarga devendo ser totalmente descarregada antes de ser
recarregada.
P á g i n a | 38
Estado de Carga da Bateria
É a leitura da densidade específica do eletrólito com o uso de um
densímetro. A densidade específica do eletrólito varia cerca de 1,28 na condição
de estar totalmente carregado para cerca de 1,18 na condição de plenamente
descarregado.
Condição de Uso da Bateria
É a leitura da tensão
nominal da bateria, com e sem
alimentar uma carga
(equipamento).
Utiliza-se um voltímetro
para esta leitura. Por exemplo,
uma bateria de 24 V, quando sem
carga deverá ter uma leitura
mínima de 24 V e quando
alimentando uma carga, a leitura
deve cair de 1 ou 2 V.
Agora, quando esta leitura
cair abaixo de 20 V, significa que a
bateria está em péssima condição de uso e necessita ser trocada. Contudo,
deve-se verificar se os bornes (terminais) da bateria estão livres de impurezas e
firmes, antes da decisão da troca.
Fonte de Reserva de Energia e Manutenção
Sendo a fonte de reserva de energia constituída de baterias recarregáveis,
o sistema de carregamento deve ser capaz de recarregar totalmente as baterias
em cerca de 10 horas.
A verificação da fonte de reserva de energia deve ser feita:
Diariamente: Testar as baterias na condição de totalmente
carregadas;
Semanalmente: Se a fonte de reserva de energia não for uma
bateria, por exemplo, um motor gerador;
Mensalmente: Verificar a segurança do compartimento de baterias,
a sua ventilação, condições das baterias e suas conexões.
Manutenção das Baterias
Quando estiver operando com baterias, deve-se ter os seguintes
cuidados:
Usar ferramentas não condutoras;
Não usar material inflamável ou que cause centelha, próximo à
bateria;
Usar roupa apropriada, luvas e óculos de proteção;
Não usar artigos de metal, tal como aliança, relógio e cordão;
Com o ácido sulfúrico que pode causar sérias queimaduras.
P á g i n a | 39
Manutenção Propriamente dita das Baterias
Atualmente, a tendência mundial, pelas suas características técnicas e
mecânicas, é a utilização de baterias reguladas à válvula (VRLA), que
simplificam muito as instalações e manutenções, reduzindo custos.
Apesar das baterias mais modernas necessitarem de uma menor
manutenção, devemos estar sempre atentos às condições do grupo de baterias.
Em virtude de estarmos trabalhando em uma atmosfera altamente agressiva
(salinidade), devemos realizar inspeções periódicas, testes e simulações para
verificar se o sistema está atendendo as exigências determinadas pela IMO.
Recomenda-se os seguintes cuidados com as baterias reguladas à válvula
(VRLA):
Mantê-las sempre carregadas;
Manter o nível do eletrólito;
Manter os terminais firmes;
Manter os terminais limpos e secos;
Não usar produtos inflamáveis de metal na parte superior dos
elementos.
Embora em alguns navios e plataformas a manutenção das baterias seja
realizada pelo eletricista, o Rádio Operador GMDSS deve acompanhar e
certificar-se de que a manutenção esteja sendo realizada, registrando as
informações no livro “diário do serviço de comunicações” (log book).
AS PRINCIPAIS ANTENAS A BORDO DE NAVIOS E PLATAFORMAS. 2.4.
Antena é uma linha de transmissão aberta, de tamanho finito e
compatível com a faixa de frequências de operação, capaz de irradiar
(transmissão) e interceptar (recepção) sinais de ondas rádio, no modo de
comunicação utilizado; sendo assim o elo de ligação entre o
transmissor/receptor e o espaço livre.
A antena é mais eficiente quando está trabalhando em ressonância, isto é,
quando há o casamento de impedância entre a linha de transmissão e a antena,
ocorrendo assim um fluxo de energia constante.
Pode-se criar antenas com configurações ressonantes com dimensões
físicas de ¼ do comprimento de onda (λ) ou ½ do comprimento de onda (λ) ou
seus múltiplos.
Basicamente, encontramos dois tipos de antenas embora existam vários
modelos de antenas quanto ao ganho, lóbulo de irradiação e polarização.
São elas:
Omnidirecional;
Direcional.
P á g i n a | 40
Antenas usadas a Bordo
Antenas no serviço móvel marítimo
Serão tratadas a seguir quatro tipos de antenas utilizadas no serviço
móvel marítimo.
Antenas VHF
Como o comprimento de onda (λ) na faixa de VHF marítimo (156 MHz a
174 MHz) é cerca de 2 metros, é possível o uso de antenas de ¼ do
comprimento de onda (λ) e ½ do comprimento de onda (λ).
O comprimento de onda (λ) é inversamente proporcional à frequência
utilizada, tendo como constante a velocidade da luz (C): 300.000 Km/seg.
𝜆 = 𝑐
𝑓
Considerando que a onda radioelétrica viaja próxima a esta velocidade. Os
tipos de antenas VHF usados a bordo são:
Antena dipolo (bidimensional) que consiste na divisão de uma linha
de transmissão aberta de ½ comprimento de onda (λ), conectado a
centro em um cabo de alimentação balanceado;
P á g i n a | 41
Antena de haste (omnidirecional);
Antena com aterramento artificial (omnidirecional);
Antenas MF/HF
Antenas chicote (whipp)
(omnidirecional).
P á g i n a | 42
Antenas no serviço móvel marítimo por satélite
A antena do equipamento INMARSAT-C é
omnidirecional, tipo chicote.
Já a antena do equipamento INMARSAT-F77,
bem como das estações terrenas (CES/LES) são
parabólicas (direcionais), ou seja o feixe da onda
radioelétrica é concentrado em uma direção.
OS FATORES DE LOCALIZAÇÃO, INTERFERÊNCIA E 2.5.
CONGESTIONAMENTO DE EMISSÃO.
As antenas devem ser instaladas e posicionadas em locais previamente
determinados. Estes locais foram projetados para que uma antena não interfira
na outra e que sofram o mínimo de interferência externa possível.
A interferência no espectro de radiofrequência é causada comumente
pelos seguintes problemas:
Antena inadequada;
Alto índice de onda estacionária;
Cabo com infiltração, cabo ruim;
Problemas de aterramento;
P á g i n a | 43
Estação transmissora não homologada pela ANATEL;
Blindagem insuficiente ou inexistente no equipamento que recebe a
interferência.
A fonte da interferência pode ser:
Própria:
a) Quando usamos mais de um equipamento rádio em canais muito
próximos;
b) Quando usamos mais de uma antena sem atender os critérios
mínimos quanto à aproximação entre as mesmas, ou porque
alguma ou todas estão com o nível da potência refletida (onda
estacionária) acima do limite aceitável, conexões com defeito,
umidade ou oxidação;
c) Quando usamos potência acima do aceitável pela aproximação dos
equipamentos rádios ou antenas.
De terceiros:
a) Quando vinda de equipamentos de terceiros instalados em local
próximo ou não ao nosso, tendo como motivo os mesmo citados
acima.
Esta interferência é a mais difícil de eliminar, pois poderemos depender da
boa vontade de terceiros. É importante sabermos a fonte de interferência para
sabermos no mínimo como amenizar o problema. Quando a interferência chega
até nosso equipamento por via indireta (frequência refletida por algum objeto),
torna-se difícil identificar sua origem e, consequentemente, sua solução. As
principais fontes de interferências nas formas fixas ou variáveis podem ser:
Potência excessiva, levando em conta todos os equipamentos
instalados no local;
Antenas(s) mal dimensionada(s);
Antena(s) de má qualidade com alto percentual de potência
refletida (ondas estacionárias);
Equipamentos rádios transmitindo em canais muito próximos;
Equipamentos rádio transmitindo em frequências completamente
diferentes, porém operando com alta potência (acima de 500
watts), próximo dos equipamentos afetados.
As antenas de VHF devem ser instaladas tão altas quanto possíveis, em
uma posição livre de obstruções da superestrutura do navio, com isso, utilizando
a onda espacial direta para ter melhores alcances.
P á g i n a | 44
AS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ANTENAS: DIMENSÕES; 2.6.
CONEXÕES E ISOLAMENTO.
A dimensão (tamanho físico da antena) tem relação direta com o
comprimento da onda (Pg.18 item 1.3) que por sua vez tem relação com a
frequência que ela emite ou recebe (Pg.39 item 2.4), ou seja, quanto maior o
comprimento da onda maior será o tamanho físico da antena. Se o comprimento
é inversamente proporcional a frequência (conforme citado no item 1.3)
podemos afirmar que as antenas que transmitem as frequências mais altas são
menores.
As conexões se dão normalmente por cabos coaxiais flexíveis, por se
tratar de um cabo que evita perdas possuindo um excelente isolamento e
permite realizar curvas para facilitar a instalação.
Um elemento fundamental para o bom funcionamento de todos os
sistemas de telecomunicações que fazem uso de ondas de rádio é a antena. Sem
ela o sistema não funciona e com uma má antena, não adianta empregar a
melhor tecnologia do mundo. Dessa forma, é fundamental para todo profissional
das telecomunicações entender como funcionam as antenas e os principais tipos
que existem.
Uma antena é um dispositivo projetado com a finalidade de transmitir ou
receber ondas eletromagnéticas no espaço livre. Todo sistema de
telecomunicações que faz uso de ondas eletromagnéticas tem como elemento
importante para seu funcionamento a antena.
No transmissor, correntes de altas frequências geram as ondas
eletromagnéticas. A função da antena é então transferir a energia gerada pelo
transmissor para o espaço na forma de ondas. No receptor, a antena é usada
para interceptar as ondas que chegam até ele, induzindo correntes que são
levadas então ao circuito de processamento.
OS CUIDADOS DE MANUTENÇÃO DAS CONEXÔES, CONDUTORES E 2.7.
ANTENAS EM AMBIENTE DE ALTA SALINIDADE E UMIDADE.
A penetração de umidade em conectores, cabo e na própria antena, ou
por oxidação destes elementos pode ocasionar queda de potência. Podemos
considerar a água como o maior inimigo de peso nos sistemas de transmissão.
Para se ter uma ideia, 70% dos problemas com queda de sinal em níveis
consideráveis, tem como origem umidade interna em conexões, em cabos e até
mesmo internamente em antenas, ou por oxidação nestes componentes. Tornar
uma emenda hermética através da aplicação de silicone ou fita auto fusão, é de
fundamental importância para evitarmos problemas futuros com perda
acentuada de potência, principalmente em conexões com divisores de potência.
Sempre que tivermos problemas deste tipo, devemos antes de começar a
trocar antenas, rádios ou cabos de transmissão, fazermos uma revisão
minuciosa nas conexões ou nas antenas.
P á g i n a | 45
PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO 3.SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO POR SATÉLITE
OS CONCEITOS BÁSICOS DE COMUNICAÇÕES VIA SATÉLITE 3.1.
MARÍTIMO INTERNACIONAL (INMARSAT).
O INMARSAT (International Marine
Satellite Organization - Organização
Internacional de Telecomunicações
Marítimas por Satélite) é uma organização
internacional com mais de 75 países
membros, cujo objetivo é a prestação de
serviços de comunicação móvel
(aeronáutico, marítimo e terrestre) por
satélite.
Para tal, são utilizados quatro
satélites em quatro regiões de operação:
AOR-E -Atlantic Ocean Region - East; AOR-
W - Atlantic Ocean Region - West; IOR -
Indian Ocean Region; POR - Pacific Ocean
Region (figura 28).
Possui satélites reservas em órbita,
prontos para serem usados, se necessário.
A comunicação com as estações móveis é
realizada em banda L (1GHz-2 GHz).
Estabelecido em 1979 para servir à indústria marítima, desenvolvendo
comunicações via satélite e para atender as aplicações de segurança, a
organização Inmarsat opera atualmente com um sistema global de satélites, que
é usado por fornecedores de serviços independentes, para oferecer
comunicações de voz e multimídia aos dispositivos em movimento e em
localizações remotas.
O sistema INMARSAT compreende três grandes componentes:
Segmento Espacial (Quatro Satélites)
Cada satélite tem uma área de cobertura (também conhecida como
FOOTPRINT) que é definida como a área na superfície terrestre (mar e/ou terra)
dentro da qual uma antena móvel ou fixa pode obter comunicações em linha de
visada com o satélite. A figura abaixo mostra os quatro satélites no espaço e
suas áreas de cobertura.
P á g i n a | 46
Segmento Móvel (SES)
Os equipamentos atuais que operam como uma estação terrena móvel
(SES) são:
INMARSAT-C;
INMARSAT-F77;
Obs.: O INMARSAT – B encerrou seu legado em 30 de dezembro de 2016.
Segmento Terrestre (CES/LES/NCS/NOC)
Estação Terrena Costeira ou de Terra (CES/LES);
Estação Coordenadora de Rede (NCS);
Centro de Operações de Rede (NOC);
O sistema INMARSAT realiza os seguintes serviços:
Internet;
Comunicações de Emergências;
Chamada Telefônica Direta;
Rede de Computadores;
Fax;
Mensagens (Telex ou Dados);
E-mail;
Telemetria.
P á g i n a | 47
COBERTURAS E LIMITAÇÕES DO SISTEMA SATÉLITE. 3.2.
O sistema INMARSAT em seu seguimento espacial consiste de quatro
satélites geoestacionários de comunicações, posicionados a uma altura orbital de
35.786 km (cinturão de Clarke) da linha do equador terrestre. Nesta órbita, cada
satélite move-se exatamente na mesma razão da rotação da Terra. Este
posicionamento projetado sobre a terra (FOOTPRINT) é limitado entre 70º de
latitudes norte e sul e suas longitudes limitadas aos oceanos. Não oferece
cobertura nas calotas polares, como mostrado na figura a seguir.
FREQUÊNCIAS USADAS PARA COMUNICAÇÃO POR SATÉLITE. 3.3.
Uma típica CES/LES consiste de uma antena parabólica de 11 a 14 m de
diâmetro, que é usada para transmitir sinais para o satélite em 6 GHz e para
recepção do satélite em 4 GHz.
A frequência ascendente e a descendente tem valores afastados para
reduzir as interferências. A mesma antena ou outra dedicada antena é usada
para transmissão na banda L em 1,6 GHz e recepção em 1,5 GHz dos sinais de
controle da rede.
No serviço móvel marítimo por satélite utilizam-se as seguintes bandas:
1530 MHz-1544 MHz é usada com a finalidade de propósitos de
rotina, mas também é usada com prioridade para os propósitos de
socorro e segurança no seguimento espaço-terra;
1544 MHz-1545 MHz no seguimento espaço-terra é limitada para
operações de socorro e segurança, incluindo os links necessários à
retransmissão das emissões das balizas de indicação de posição de
emergência (EPIRBs) para as estações terrestres e os links de
banda estreita das estações espaciais para as estações móveis;
1626,5 MHz - 1645,5 MHz é usada com a finalidade de propósitos
de rotina, socorro e segurança no seguimento terra-espaço;
P á g i n a | 48
1645,5 MHz - 1646,5 MHz é limitada a operações de socorro e
segurança no seguimento terra-espaço, incluindo retransmissões
dos alertas de socorro recebidos pelos satélites em órbitas polares
baixas e os satélites geoestacionários.
As bandas de frequências utilizadas em sistemas de comunicação por
satélite, conforme mostradas na figura 30 abrangem as bandas de UHF (Ultra
High Frequency: 300 MHz - 3 GHz) e SHF (Super High Frequency: 3 GHz – 30
GHz), tendo designações específicas herdadas, quer das bandas dos sistemas de
radar, quer das bandas dos sistemas de recepção de TV por satélite (figuras 3.5
e 3.6).
TIPOS DE ESTAÇÕES E FUNÇÕES NO SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO 3.4.
POR SATÉLITE: CES/LES; NCS; SES.
Estação Terrena Costeira ou de Terra (CES/LES)
Cada CES/LES possibilita uma ligação entre os satélites e as redes
nacionais/internacionais de telecomunicações. As imensas antenas usadas nas
CESs/LESs para se comunicar com o satélite da região oceânica são capazes de
gerenciar quaisquer chamadas simultaneamente de e para as estações terrenas
de navios (SES).
P á g i n a | 49
Existem CES/LESs que estão interligadas em mais de um satélite, em
função da sua posição em relação ao FOOTPRINT. Exemplos: LESs Burum e Eik
sintonizadas com os satélites AOR-E, AOR-W e IOR.
A CES/LES é operada tipicamente por companhias de telecomunicações.
Por exemplo, a ex-CES Tanguá no Brasil era operada pela Empresa Brasileira de
Telecomunicações (EMBRATEL).
Estação Coordenadora de Rede (NCS)
Para cada sistema INMARSAT existe uma NCS localizada dentro de cada
região oceânica, para monitorar e controlar o tráfego de comunicações dentro de
sua região oceânica.
Cada NCS comunica-se com as CES/LESs em sua região oceânica, e com
outras NCSs, bem como com o Centro de Operações de Rede (NOC), tornando
possível a transferência de informações através do sistema.
Centro de Operações de Rede (NOC)
O NOC, localizado em Londres, sede do INMARSAT é responsável pelo
ganho dos sinais, pela cobrança de tarifas, pelo monitoramento e
posicionamento dos satélites, bem como pelo comissionamento de uma nova
SES.
Estação Terrena de Navio (SES)
Uma estação terrena de navio (SES) é um dispositivo instalado em um
navio (ou em uma instalação fixa em um ambiente marítimo, tal como um
Centro de Coordenação de Salvamento (RCC)), que permite o usuário
comunicar-se de e para assinantes no ambiente terreno (bordo-bordo/terra-
bordo/bordo-terra), via um satélite selecionado e uma estação terrena
(CES/LES).
Os equipamentos de terminais satélite encontrados no mercado, para
instalação a bordo de navios, compreendem os seguintes tipos:
INMARSAT-C;
INMARSAT- F77.
CAPACIDADES DOS EQUIPAMENTOS INMARSAT. 3.5.
INMARSAT-C
O INMARSAT-C possibilita comunicações globais de baixo custo com um
terminal pequeno, adequado para embarcações de grande e pequeno porte. Não
permite que se façam radiocomunicações telefônicas, mas permite que se envie
mensagens de texto (telex) ou dados de e para uma SES, usando o
procedimento “store and forward” (armazenar e enviar). Esta técnica consiste do
usuário preparar a mensagem/dados em seu terminal, salvar em arquivo e
estabelecer um data-hora (dia, mês, ano e horário) para enviar sua
mensagem/dados. Estando o terminal logado naquele dia e horário a
mensagem/dados será enviada.
P á g i n a | 50
O INMARSAT-C também pode prover os seguintes serviços:
Enviar ou receber mensagens entre SES INMARSAT-C e terminais
telex, computadores pessoais ou serviço de correio eletrônico (E-
mail), baseados em terra;
Enviar mensagens de texto para um terminal fax baseado em terra
(bordo-terra). Existem escritórios especializados em fax, que
transferem mensagens de texto de máquinas fax baseadas em
terra para as SESs INMARSAT-C;
Receber de provedores baseados em terra, serviços EGC
(Enhanced Group Call), de informações para um selecionado grupo
de SESs(estas podem estar dentro de uma área geográfica definida,
ou ser parte de um grupo distinto, tal como companhias de
navegação).
Dois serviços EGC estão disponíveis:
SafetyNET, que é usado na radiodifusão das Informações de
Segurança Marítima (MSI) para os navios;
FleetNET, que é usado tipicamente por companhias para enviar
informações comerciais de caráter comercial para navios de uma
frota ou de uma mesma bandeira (país).
Ajustar um alerta de socorro, pelo terminal telex, através da barra de
menu (DISTRESS) e também digitar uma mensagem de texto/dados,
endereçado ao Centro de Coordenação de Salvamento (RCC) da área em que o
navio está, com prioridade máxima.
O Número Móvel do Inmarsat (IMN) de um INMARSAT-C é constituído de
nove dígitos, assim formado: dígito 4 (tipo do equipamento),três dígitos (MID)
que identifica a bandeira da embarcação ou país onde está instalado e cinco
dígitos que identifica a estação que o dota.
Exemplo: 471009910. Sua antena é onidirecional e estabilizada em uma linha de
visada com o satélite, indiferente aos movimentos do navio.
P á g i n a | 51
Tipo Prioridade
Distress P3
Urgency P2
Safety P1
Outras Comunicações (Geral/Rotina) P0
INMARSAT Fleet 77
Atende todas as necessidades comerciais de voz, fax, e-mail e dados
(pacotes e circuitos chaveados) e usa o mesmo sistema que atende o
estritamente necessário para o GMDSS.
Oferece prioridades nas chamadas em quatro níveis e em tempo real, com
uma hierarquia de pré-aquisição em ambas as direções (terra-bordo e bordo-
terra). São eles:
P á g i n a | 52
Os serviços de dados terão prioridade de rotina (P0) se uma chamada de
voz de maior prioridade for iniciada.
As chamadas que tenham origem em uma SES INMARSAT- F77 com uma
prioridade, pré-adquirirão chamadas originadas em terra e com a mesma
prioridade.
As chamadas de terra para bordo com alta prioridade, quando ocorrerem,
somente serão pré-adquiridas por um órgão, tal como um RCC, levando em
conta claramente a seguinte hierarquia:
Uma chamada de socorro (P3) pré- adquirirá todas as outras
comunicações;
Uma chamada de urgência (P2) pré-adquirirá as chamadas de
segurança (P1) e geral/rotina (P0);
Uma chamada de segurança (P1) pré-adquirirá as chamadas
geral/rotina (P0).
Deste modo, por exemplo, um RCC pode conectar prontamente um navio
em socorro, bem como outros navios que estejam navegando na área do
incidente SAR, passando instruções para os mesmos.
O INMARSAT-F77 utiliza uma antena direcional (parabólica).
O seu Número Móvel do Inmarsat (IMN) é constituído de nove dígitos,
assim formado:
Quando a velocidade de dados for 9,6 kbps: 76 + sete dígitos;
Quando a velocidade de dados for de 56, 64 ou 128 kbps: 60 +
sete dígitos.
Os sete dígitos identificam a estação que dota o equipamento. O
INMARSAT- F77 não possui MID.
P á g i n a | 53
COMUNICAÇÕES DE SOCORRO, URGÊNCIA E SEGURANÇA POR 3.6.
MEIO DE SATÉLITES.
O sistema INMARSAT provê prioridade de alerta para uso em situações
emergenciais. Um alerta com prioridade de socorro aplica-se não somente com
respeito aos canais por satélites, mas também com o direcionamento automático
da chamada para o RCC apropriado. Cada CES/LES no sistema estabelece
comunicação confiável com um RCC. Esses RCCs a nível nacional são conhecidos
como “RCC associados”. Exemplo: CES EIK- RCC STAVANGER na Noruega.
Os meios de interconexão CES/LES – RCC podem variar de acordo com o
país e pode incluir o uso de redes públicas compartilhadas (PSDN e PSTN).
Assim, qualquer alerta de socorro recebido na CES/LES é
automaticamente processado e enviado para um RCC associado.
Os profissionais que trabalham em busca e salvamento sabem que
qualquer atraso em receber um alerta de socorro pode fazer a diferença entre
resgatar os sobreviventes e recolher os corpos. Os alertas de socorro via
INMARSAT são enviados com confiança e automaticamente para o RCC da área
do incidente SAR em menos de dois minutos.
Algumas CES/LESs, conforme suas considerações nacionais podem
executar as seguintes ações:
Passar as mensagens com prioridade de socorro para operadores
especiais, que são responsáveis pelo subsequente direcionamento
da chamada para o RCC apropriado, o qual tomará as providências
necessárias para atender o navio em socorro, em sua área de
responsabilidade SAR;
No sistema INMARSAT – F77, estas CES/LESs podem fornecer uma
opção que permite ao operador a bordo em contatar qualquer RCC,
quando um canal de satélite tenha sido designado com base na
prioridade de socorro.
Alerta de Socorro Pelo INMARSAT- F77
O equipamento possui um botão “DISTRESS” para se efetuar uma
chamada rápida de socorro. No subitem 3.5 é apresentado como efetuar as
chamadas de acordo com a hierarquia das mesmas.
Chamada em telefonia
Em telefonia pode-se fazer a chamada direto para o RCC da área SAR
onde se encontra a embarcação, desde que se tenha o número do telefone do
RCC, encontrado no Manual de Comunicações Marítimas pelo Inmarsat. Não
tendo à mão o número do telefone do RCC, deve-se apertar o botão
“DISTRESS”, então esta chamada de socorro vai passar pelo satélite que o
INMARSAT está sintonizado, chegará à CES/LES que o operador selecionou
previamente. Esta CES/LES enviará automaticamente para o RCC associado a
ela e este reenviará esta chamada para o RCC da área SAR onde a embarcação
se encontra. Então o operador a bordo fará contato ponto-a-ponto com este RCC
P á g i n a | 54
e passará sua mensagem de socorro especificando sua natureza do socorro e
maiores detalhes que sejam necessários para a ajuda.
Um exemplo de chamada telefônica seria 00552121046056 #, onde:
00: chamada com ligação automática;
55: código telefônico do Brasil;
21: código de área (Rio de Janeiro);
21046056: telefone do RCC Brasil;
#: botão “select” que é pressionado quando termina o número
telefônico.
Chamada em Telex
Em telex pode-se, pela barra de menu, com a expressão “DISTRESS”,
abrir um sub-menu e selecionar “ TRANSMIT DISTRESS”. Haverá então um
“aperto de mão” entre a SES INMARSAT e a CES/LES escolhida. Esta CES/LES
verificando que é uma chamada de socorro, repassará para o RCC associado e
este para o RCC da área SAR onde se encontra o navio. Quando o operador a
bordo receber “GA+” estará estabelecido o método de conversação ponto-a-
ponto com o RCC da área SAR, quando então, deverá passar a natureza do
socorro e a assistência requerida. Este canal telex deverá ser mantido ativado
enquanto for necessário.
Nas SESs INMARSAT tem-se a facilidade do Gerador de Mensagem de
Socorro (DMG). Isto permite que se tenha uma pré-programada mensagem
telex de socorro mantida na memória da SES, com a identificação da SES (IMN),
posição, rumo, velocidade, hora atualizada da posição e hora da ativação do
DMG. Após o “GA+” é ativado automaticamente o DMG.
Lembra-se que o DMG não informa a natureza do socorro, o que deverá
ser feito ao ser aberta a conversação.
Em telex também se pode fazer uma mensagem direta para o RCC da
área SAR onde se encontra a embarcação, devendo ter à mão o número telex
(sel call number com cinco dígitos) ou o IMN do equipamento com recurso de
telex (INMARSAT-C ou INMARSAT-F77) instalado no mesmo. Tais dados são
obtidos no Manual de Comunicações Marítimas pelo Inmarsat.
Exemplo de mensagem telex para o RCC da área onde está a embarcação
seria 00581471009910, onde:
00: ligação automática;
58: código para dados;
1: satélite AOR-E;
471009910: IMN do INMARSAT-C do RCC BRASIL.
Alerta de Socorro Pelo INMARSAT-C
O INMARSAT-C faz uso de um canal de sinalização para um alerta de
socorro. Ao apertar o botão “DISTRESS” (em alguns equipamentos são os botões
“ALARM” e “STOP” no transceptor), um alerta curto pré-formatado (IMN da SES
INMARSAT-C, posição e hora da ativação, sem a natureza do socorro) é
P á g i n a | 55
transmitido diretamente para uma CES/LES, designada por uma Estação
Coordenadora da Rede (NCS) para receber a chamada de socorro.
A prioridade de socorro assegura um especial processamento da CES/LES
em transmitir rapidamente a chamada para o RCC associado e deste para o RCC
da área onde se encontra a embarcação.
O alerta de socorro em uma SES INMARSAT-C pode ser ajustado e
atualizado manualmente no terminal do monitor, através da barra de menu, com
a expressão “DISTRESS”. Por este caminho escolhe-se a natureza do socorro.
A atualização automática da posição é feita através de um receptor de
navegação eletrônica integrado ao INMARSAT-C, tipo sistema de posicionamento
global (GPS).
As chamadas de socorro também podem ser feitas por e-mail, utilizando
os equipamentos INMARSAT-C e INMARSAT-F77, direto para o RCC da área SAR
que a embarcação se encontra, já que a maioria dos RCCs tem e-mail.
Exemplo: E-mail do RCC Brasil: [email protected].
As chamadas de socorro, urgência e segurança não são tarifadas pelo
sistema INMARSAT, bem como durante uma operação de busca e salvamento
(SAR).
Os navios equipados com SES INMARSAT podem também contatar
qualquer RCC de sua escolha, seguindo o mesmo procedimento de chamadas de
rotina. Neste caso, é necessário que o número completo internacional de
telefone/telex tenha sido selecionado.
Exemplo de uma chamada telex seria 003327054+ , onde:
00: ligação automática;
33: código telex da Argentina;
27054: número telex do RCC Buenos Aires;
+: fim da seqüência numérica pelo telex.
Alerta de Socorro Terra-Bordo
A chamada para todos os navios na cobertura de um satélite não é
eficiente, tendo em vista as grandes áreas de cobertura dos satélites
geoestacionários.
Chamadas para área geográfica variável: O INMARSAT-F77 pode
aceitar chamadas para áreas quadrangulares ou circulares. São
inseridos no terminal transmissor os dados para estabelecer tais
áreas.
Chamadas em grupos para navios selecionados: Este serviço é
fornecido por um número de CES/LESs no modo operador assistido,
e permite alertar um predeterminado grupo de embarcações. Pode
ser muito usado para alertar, por exemplo, unidades de busca e
salvamento (SAR).
Alerta terra-bordo através o serviço safetynet inmarsat
O receptor EGC (chamada em grupo concentrado) pode ser uma parte
integral de uma SES, ou uma unidade completamente separada, e assegurar
uma alta probabilidade de receber mensagens de alerta de socorro terra-bordo.
P á g i n a | 56
Quando uma mensagem com prioridade de socorro é recebida, soa um
alarme audível, e este somente pode ser desarmado manualmente.
O acesso ao serviço SafetyNET INMARSAT pelos RCCs requer ajustes
similares aos necessários para um alerta de socorro terra-bordo para uma SES.
Aqueles RCCs incapazes de obter uma conexão terrestre confiável com
uma estação terrena (CES/LES) podem instalar uma SES INMARSAT-C no RCC.
Exemplo: O RCC Brasil possui uma SES INMARSAT-C com IMN
471009910.
Neste caso, o RCC então transmite a retransmissão do alerta de socorro,
via sua SES para uma CES/LES, onde ele -o alerta- será retransmitido por meio
de radiodifusão através do serviço SafetyNET. Esta radiodifusão pode ser para
uma ou mais áreas fixas (NAVAREAS/METAREAS) ou para áreas variáveis
(quadrangular ou circular). Hoje existem 21 navareas pelo mundo, sendo a
NAVAREA V a que abrange a área do Brasil. Esta navarea é menor que a área
SAR do Brasil em 10º em longitude.
Comunicações Coordenadas de Busca e Salvamento
Durante o deslocamento das unidades de busca e salvamento (SAR) para
a cena de ação, comunicações do RCC com estas unidades (navios e aeronaves)
são primordiais. Além das comunicações terrestres, as unidades que possuírem
equipamentos INMARSAT, podem utilizar as comunicações por satélites
INMARSAT. Nesta situação as comunicações não são tarifadas e ainda tem a
vantagem da rapidez e comunicações confiáveis, além da recepção das
Informações de Segurança Marítima (MSI).
Comunicações SAR na Cena de Ação
Navios e aeronaves com equipamento INMARSAT podem, se necessário,
usar as comunicações por satélites INMARSAT, para suplementar suas
facilidades em VHF e MF na cena de ação.
Promulgação das Informações de Segurança Marítima Via INMARSAT
A promulgação das MSI é fornecida por meios de capacidade EGC
INMARSAT-C.
Se recepção ininterrupta de MSI é requerida, ou a SES INMARSAT-C é
utilizada para comunicações em quantidade acima da média, então é essencial
para o navio ter uma dedicada capacidade de recepção EGC, para as
radiodifusões MSI.
Um receptor EGC é usualmente integrado como parte de uma SES
INMARSAT-C (classe 3), mas também pode ser instalado como uma unidade
separada (receptor EGC).
Para receber as Informações de Segurança Marítima na NAVAREA V, que
abrange a área do Brasil, através da CES/LES ao qual o Brasil possua contrato,
utilizando o satélite adequado.
P á g i n a | 57
COMUNICAÇÕES ATRAVÉS DO INMARSAT. 3.7.
Comunicação INMARSAT x INMARSAT
1º Grupo – 00 (ligação automática).
2º Grupo – Tipo de serviço: 58 (dados) e 87 (voz).
3º Grupo – Satélite:
AOR-E = (1);
POR= (2);
IOR= (3);
AOR-W= (4).
Note: caso o tipo de serviço a ser realizado seja “VOZ (87)”, o número que
representará o satélite será sempre o número “ZERO (0)”.
4º Grupo – equipamento
INMARSAT-C = 4;
INMARSAT FLEET-77 = 60 ou76;
5º Grupo – MID
Argentina – 701;
Austrália – 503;
Brasil – 710.
6º grupo
5 números finais, após o MID, para identificação do INMARSAT-C;
7 números finais, após a identificação do FLEET-77 (60 ou 76),
lembrando que o referido equipamento não possui MID.
Exemplo:
00581670102026
Comunicação automática(00) a dados (58), através do satélite
AOR-E (1), para o equipamento INMARSAT-C (4) com MID (701),
para a estação (02026).
Comunicação INMARSAT( bordo) X TELEFONE (terra).
1º Grupo – 00 (ligação automática)
2º Grupo – Código do país (telefone)
49: Alemanha;
55: Brasil;
33: França.
3º Grupo – (DDD)
79: SE;
31: MG;
67: MS;
21: RJ.
P á g i n a | 58
4º Grupo – Telefone
9292-9191;
2323-3132;
7663-4142;
2104-6056.
Exemplo:
00552121046056#
Comunicação automática (00), para o código telefônico do país
Brasil (55), para o código telefônico de área do Rio de Janeiro
(DDD-21) e para o telefone do RCC Brasil (2104-6056)
#: fim de seqüência numérica ( botão select).
Comunicação INMARSAT (bordo) X TELEX (terra).
1º Grupo – 00 (ligação automática)
2º Grupo – Código do país (telex)
Noruega: 56;
Argentina: 33;
Brasil: 38;
Holanda: 44.
3º Grupo – (DDD)
27: ES;
71: BA;
81: PE;
21: RJ.
4º Grupo = Telex (sel call number)
27054;
71088;
33163;
32127.
Exemplos:
a) 005633163
00 – ligação automática
56 – código telex da Noruega
33163 – nº telex do RCC Stavanger (Noruega)
b) 00382132127
00 – ligação automática
38 – código telex do Brasil
21 – código telex de área do Rio de Janeiro
32127 – nº telex de uma empresa no Rio de Janeiro
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PRINCÍPIOS GERAIS E ESTRUTURA BÁSICA DO GMDSS 4.
PRINCIPAIS ASPECTOS QUE DERAM ORIGEM AO GMDSS. 4.1.
O afundamento do Titanic em 1912 ressaltou a necessidade de operadores
de rádio em ficar o tempo todo na escuta de pedidos de socorro (figura abaixo).
Após o desastre, constatou-se que o navio Californian estivera a apenas alguns
quilômetros de distância, e centenas de vidas poderiam ter sido salvas se o
operador de rádio do navio estivesse de serviço e, assim, pudesse receber o
pedido de socorro "SOS" do Titanic.
Na primeira Convenção Internacional de Segurança de Vida no Mar
(SOLAS), realizada em Londres em 1914, chegou-se ao acordo de que os
grandes navios deveriam ter escuta de rádio 24 horas, isto é, ter
permanentemente um operador rádio de serviço na sala de rádio.
Na Conferência de 1948 (SOLAS 48) foram apresentadas propostas
concretas na melhoria das comunicações no mar, pela França, Inglaterra e
Estados Unidos. Neste ano também foi criada a - "IMCO - Organização
Consultiva Marítima Intergovernamental", posteriormente alterada em 1983
para - "IMO - Organização Marítima Internacional".
Desde a sua criação, a IMO, exigiu melhoras nas radiocomunicações,
visando a segurança da vida humana no mar.
Sendo assim, foram estabelecidas as seguintes necessidades de
melhorias nas radiocomunicações, no ambiente marítimo:
Possuir um recurso adicional de energia de reserva (bateria);
Possuir recursos de contato direto entre a ponte de comando e a
sala de rádio;
Possuir um equipamento rádio que possibilitasse transmissão e
recepção até cerca de 100 milhas, alcance em MF;
A sala de rádio ter guarnecimento contínuo durante 24 horas;
Novas normas nas legislações para credenciar os operadores de
rádio.
P á g i n a | 60
Em 1966 a UIT (União Internacional de Telecomunicações) e a IMCO
passaram a estudar um sistema de comunicações por satélite. Em 1979 foi
criado o consórcio INMARSAT.
Em 1983 a IMO criou o GMDSS (Sistema Global Marítimo de Socorro e
Segurança) para suprir a deficiência de prestação de socorro no mar, com a
introdução de comunicações via satélite e novas técnicas de envio automático de
mensagens de socorro.
Estas regras permanecem desde então, com as subsequentes convenções
"SOLAS" introduzindo gradualmente novas regras para acompanhar o
desenvolvimento da tecnologia das comunicações.
O advento da tecnologia de comunicações por satélite levou a
Organização Marítima Internacional (IMO) a emendar a convenção SOLAS em
1988, e introduzir no GMDSS (Global Maritime Distress and Safety System -
Sistema Global Marítimo de Socorro e Segurança), um sistema automático de
comunicação de emergência baseada em ligações por satélite e por rádio.
A IMO estabeleceu a data de 1 de fevereiro de 1992, como o início do
cronograma para a instalação do sistema GMDSS em todos os navios de carga
que excedam 300 toneladas de arqueação bruta e navios de passageiros,
transportando 12 ou mais passageiros, ambos em viagens internacionais (os
proprietários de navios menores podem instalar o equipamento, se desejarem).
No dia 01 de fevereiro de 1999, o sistema entrou definitivamente em
vigor. Após essa data, todos os navios devem cumprir com todos os requisitos
do sistema de GMDSS.
PRINCIPAIS VANTAGENS DO GMDSS EM RELAÇÃO AO SISTEMA 4.2.
CONVENCIONAL (SOLAS-74).
A figura abaixo apresenta o conceito básico do GMDSS, abrangendo as
comunicações terrestres e por satélite.
P á g i n a | 61
O GMDSS proporciona confiáveis comunicações navio-para-terra em
adição às comunicações de alerta navio-para-navio. O novo sistema é
automatizado e usa alertas navio-para-terra por meio de comunicações
terrestres e por satélite e comunicações subseqüentes. O GMDSS se aplica para
todo navio de carga de 300 toneladas de arqueação bruta e acima, e para todos
os navios de passageiros com mais de 12 passageiros, independente do
tamanho, ambos em viagens internacionais.
O GMDSS tem os seguintes propósitos:
Possibilitar que uma embarcação em situação de socorro possa
alertar as autoridades de busca e salvamento (SAR) em terra, bem
como à navegação em sua vizinhança, a fim de obter uma rápida
reação ao seu auxílio;
Proporcionar aos navegantes informações de segurança marítima
(MSI), a fim de que façam uma navegação segura e/ou sejam
alertados de um incidente SAR na área em que navegam.
Além disso:
Provê alerta navio para terra em todo o mundo – independente se
há navios que estejam passando próximo ao sinistrado;
Simplifica a operação de rádio - os alertas podem ser emitidos por
duas simples ações (ligar o equipamento e acionar o botão de
socorro);
Assegura a redundância das comunicações - o sistema requer dois
sistemas separados para alerta;
Melhora a busca e o resgate - as operações são coordenadas a
partir dos centros de controle em terra;
Minimiza as emergências no mar - as radiodifusões sobre segurança
marítima estão incluídas;
Elimina a dependência em uma única pessoa para comunicações - o
sistema requer no mínimo dois operadores de GMDSS
credenciados.
Considerando as deficiências do sistema de socorro e segurança marítimo,
até então, a IMO iniciou estudos nos anos 70, com a colaboração da União
Internacional de Telecomunicações (UIT), da Organização Meteorológica Mundial
(WMO), da Organização Hidrográfica Internacional (IHO), da Organização
Internacional de Satélites Móveis (INMARSAT) e dos países associados à rede
COSPAS-SARSAT, para programar um novo Sistema Global Marítimo de Socorro
e Segurança (GMDSS).
Novas técnicas de telecomunicações foram incorporadas ao GMDSS, são
elas:
As comunicações por satélite com os sistemas INMARSAT, COSPAS-
SARSAT e a Chamada de Grupo Aprimorada (EGC);
O sistema de radiodifusão NAVTEX utilizando a impressão direta em
banda estreita (NBDP);
A Chamada Seletiva Digital (DSC) nas bandas de MF, HF e VHF.
P á g i n a | 62
Nas Conferências Rádio Administrativas Mundiais para o serviço móvel em
1983 e 1987 (WARC-Mob 83 e 87) foram aprovadas emendas ao Regulamento
de Radiocomunicações da UIT e como consequência foi criado um novo capítulo
IX, com as disposições sobre novos procedimentos e das frequências para as
radiocomunicações de socorro e segurança para o GMDSS.
Entre as diversas resoluções adotadas, a que se destaca, trata da
continuação do sistema antigo, com relação às comunicações de socorro e
segurança e a responsabilidade das estações costeiras manterem escuta
permanente nas frequências do antigo e do novo sistema.
Em 1988 a Convenção SOLAS 74 sofreu emendas, para se adequar ao
Regulamento de Radiocomunicações que também fora alterado, fruto das
WARC-Mob 83/87. Com isso, foram alterados na SOLAS 74, nos capítulos
I (vistoria e certificação), II (instalações elétricas), III (meios de salvatagem), IV
(radiocomunicações) e V (segurança da navegação).
Em 1 de fevereiro de 1992 entrou em vigor o cronograma para
implementação do GMDSS pelas Organizações Governamentais e empresas de
navegação, com os seguintes pontos principais:
Até 1 de agosto de 1993, todos os navios deveriam estar equipados
com o receptor NAVTEX e uma EPIRB satélite;
Até 1 de fevereiro de 1995, todos os navios teriam pelo menos um
radar de 9 GHz, bem como navios construídos após 1 fevereiro de
1992, seriam equipados com SART e transceptor portátil de VHF
para os botes salva-vidas;
Todos os navios construídos após 1 de fevereiro de 1995, teriam de
cumprir com as necessidades apropriadas para o GMDSS;
Até 1 de fevereiro de 1999 todos os navios deveriam cumprir com
todos as exigências apropriadas ao GMDSS.
Emendas adotadas em 1995 introduziram as seguintes exigências:
Painel de socorro e painel de alarme de socorro instalados em
navios de passageiros em um local de fácil observação;
Nos navios de passageiros o emprego nas radiocomunicações na
cena de ação, das frequências aeronáuticas 121,5 MHz e 123,1
MHz;
Em navios de passageiros terem, pelo menos, uma pessoa
designada para somente executar serviços de radiocomunicações
durante incidentes de socorro;
Os navios de passageiros terem disponível a informação de posição
continuamente e automaticamente fornecida para importantes
equipamentos de radiocomunicações e serem incluídas em um
alerta de socorro inicial.
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Em 1998, foram introduzidas novas emendas à SOLAS 74, como se
segue:
Exigência em todos os navios de um equipamento de atualização
automática de posição nos alertas de socorro
Exigência de teste anual na EPIRB satélite, principalmente na
estabilidade da sua frequência.
Com o aumento da necessidade de informações em bancos de dados para
auxiliar as atividades de busca e salvamento, foi solicitada uma adicional
incumbência às Administrações Nacionais em fazer uma adequada atualização de
registro das identidades dos equipamentos GMDSS embarcados (MMSI dos
equipamentos DSC, IMN dos equipamentos INMARSAT e os quinze caracteres
alfanuméricos das EPIRBs do COSPAS-SARSAT) e tornando estas informações
disponíveis para os Centros de Coordenação de Salvamento (RCCs).
ÁREAS DE COBERTURA MARÍTIMAS. 4.3.
O GMDSS é baseado no conceito de quatro (4) áreas marítimas de
operação.
Sendo especificado para cada uma delas requisitos próprios de
equipamentos de comunicação e qualificações para o pessoal que as opera. São
assim definidas:
Área A1 como sendo a área dentro da cobertura de um sistema de
radiotelefonia de no mínimo, uma estação costeira que opere em
VHF, na qual esteja disponível o alerta DSC contínuo, conforme
definição do governo contratante;
Área A2 como sendo a área, excluindo a área A1, dentro da
cobertura de um sistema de radiotelefonia de no mínimo, uma
estação costeira que opere em MF, na qual esteja disponível o
alerta contínuo em DSC, conforme definição do governo
contratante;
P á g i n a | 64
Área A3 como sendo a área, excluindo as áreas A1 e A2, dentro da
cobertura de um satélite geoestacionário Inmarsat, na qual esteja
disponível um alerta contínuo;
Área A4 é a área fora das áreas A1, A2, A3, por exemplo: áreas
polares.
As áreas A1 e A2 são definidas pelos Governos, que devem
informar a IMO sobre a sua localização.
Para o estabelecimento da área A1, o alcance das comunicações pelas
estações costeiras, operando na banda de VHF é limitado pela altura das antenas
e não pela potência dos transmissores, uma vez que é considerada a propagação
em VHF através da onda espacial direta.
Para o estabelecimento da área A2 consideram-se os sinais de rádio na
banda de 2 MHz. O alcance é limitado pelas condições de propagação e pelo
ruído atmosférico, que dependem da posição geográfica, da hora do dia e da
potência irradiada.
Equipamentos de Navio por Área Marítima de Operação
Todo o navio deve possuir instalações radioelétricas capazes de satisfazer
as funções do sistema global marítimo de socorro e segurança, na área, ou
áreas marítimas, que atravessará durante a sua viagem.
Para o estabelecimento dos requisitos dos equipamentos de
radiocomunicações que deverá portar os navios, foram usados os seguintes
princípios gerais:
Cada navio terá pelo menos dois sistemas de radiocomunicações
independentes e separados, para executar a função de alerta;
Os equipamentos destinados aos navios serão simples de operar e,
sempre que apropriado, serão desenhados para evitar operações
erradas;
As embarcações salva-vidas terão equipamento capaz de efetuar
comunicações na área do acidente pelo menos por um sistema de
radiocomunicações. Terão ainda equipamento capaz de transmitir
sinais de localização.
Na Área A1 todo o navio que navegue nesta área terá de ser equipado
com os seguintes equipamentos:
Um equipamento de VHF, que permita transmitir e receber em DSC
(canal 70), e radiotelefonia (canais 01 a 28 e 60 a 88 do VHF
marítimo);
Um receptor de NAVTEX, para receber as informações de segurança
marítima (MSI);
Uma radio baliza de indicação de posição de emergência (EPIRB),
capaz de transmitir um alerta de socorro para os satélites do
sistema COSPAS/SARSAT, na frequência de 406 MHz;
Um equipamento EGC, se o navio navegar numa área onde não
esteja assegurado um serviço NAVTEX.
P á g i n a | 65
Na Área A2, além dos equipamentos referidos para os navios que
naveguem exclusivamente na área marítima A1, todo o navio que navegue na
área A2 deve ter mais o seguinte equipamento:
Um transmissor/receptor, em MF, que utilize o DSC, fonia e telex
(NBDP), na banda de 1605 kHz a 4000 kHz do MF marítimo.
Na Área A3, além dos equipamentos referidos nas áreas A1 e A2, todo o
navio que navegue na área marítima A3 e que opte por uma instalação
INMARSAT, terá:
Uma estação terrena de navio (INMARSAT-C ou INMARSAT F77);
Como opção, todo o navio pode ter instalado em substituição da
estação terrena de navio, um equipamento de HF, que tenha DSC,
radiotelefonia e telex (NBDP), operando na banda de 4000 kHz a
27500 kHz do HF marítimo.
Na Área A4 todo o navio que navegue em todas as áreas marítimas, deve
dispor dos equipamentos referidos nas áreas A1, A2 e A3. Se o navio navegar só
na área A4, será dispensado da estação terrena de navio. Todos os navios
devem possuir meios de radiocomunicações de salvamento para serem utilizados
nas suas embarcações salva-vidas. Esses meios são:
Radiotelefonia em VHF;
Transponder radar (SART).
Os transceptores de VHF serão do tipo portátil e poderão ser usados nas
comunicações na área do acidente entre embarcações salva-vidas, ou entre
estas e as unidades de busca e salvamento, ou navios. Estes transceptores
portáteis de VHF devem ficar prontos e carregados no passadiço e não podem
ser usados para as comunicações de rotina do navio (ponte-proa-popa).
Todos os navios de passageiros definidos como GMDSS, devem dispor de
um (1) SART para cada bote salva-vidas e três (3) transceptores de VHF e todos
os navios de carga, também GMDSS, com uma arqueação bruta igual ou
superior a 500 toneladas, devem dispor de pelo menos três (3) transceptores de
VHF e de dois (2) SART. Os navios de carga GMDSS, de arqueação bruta igual
ou superior a 300, mas inferior a 500 toneladas devem dispor, no mínimo, de
dois (2) transceptores de VHF e de um (1) SART.
A dotação de EPIRB 406 MHz do sistema COSPAS-SARSAT é de apenas
uma (1) unidade na embarcação.
FUNÇÕES DO GMDSS. 4.4.
Funções específicas do GMDSS que todos devem desempenhar
independentemente da área marítima em que se encontrem:
Transmissão de alertas de socorro Navio-Terra;
Recepção de alertas de socorro Terra-Navio;
Transmissão e recepção de alerta de socorro Navio-Navio;
P á g i n a | 66
Transmissão e recepção de comunicações necessárias à
coordenação das operações SAR;
Transmissão e recepção de radiocomunicações na cena de ação;
Transmissão e recepção de sinais destinados à localização de
navios/balsas salva-vidas em perigo;
Transmissão e recepção de informações de segurança marítima
(MSI);
Transmissão e recepção de radiocomunicação em geral;
Transmissão e recepção de comunicações passadiço-passadiço.
Alerta de Socorro
Existem três tipos de alertas:
Navio-navio;
Navio-terra;
Terra-navio.
O alerta de socorro destina-se a uma unidade, que poderá ser um navio
na vizinhança, ou a um centro de coordenação de salvamento (RCC), os quais
poderão fornecer, ou coordenar o salvamento. Quando o alerta é recebido por
um centro de coordenação de salvamento, normalmente através de uma estação
costeira, este fará a retransmissão do alerta para as unidades SAR (navios e
aviões) e para os navios na vizinhança do acidente.
O alerta navio-navio deve ser efetuado numa distância de cerca de 100
milhas marítimas. Quando não houver nenhum navio a essa distância do navio
sinistrado, o sistema permite que a assistência possa ser enviada para outros
navios pelos meios de terra, usando os satélites geoestacionários e/ou
comunicações por HF.
Os navios navegando nas áreas A3 e A4 transmitem o alerta navio-navio
na frequência de 2187.5 kHz em DSC. O alerta navio-terra na área A3 é feito via
satélite pela estação terrena de navio, e/ou nas frequências de HF em DSC. Na
área A4 o alerta é sempre feito nas frequências de HF em DSC. A EPIRB de
satélite COSPAS/SARSAT será utilizada em caso de afundamento do navio ou na
impossibilidade de operação da estação rádio do navio.
Navios navegando na área A1 transmitem os alertas navio-navio e navio-
terra na frequência 156.525 MHz (canal 70) em VHF pelo sistema DSC.
Navios navegando na área A2 transmitem o alerta navio-navio e navio-
terra na frequência 2187.5 kHz em DSC.
A retransmissão dos alertas de socorro, feita pelos RCC para os navios na
vizinhança do acidente, será efetuada via satélite e/ou via terrestre (VHF, MF e
HF).
Comunicações de Coordenação SAR
As comunicações de coordenação SAR são comunicações para a
coordenação de navios e aviões que participam das operações de busca e
salvamento, resultantes de um alerta de socorro.
P á g i n a | 67
Incluem-se nesta coordenação, as comunicações entre os centros de
coordenação de busca e salvamento (RCC’s) e qualquer comando no local do
sinistro (OSC, - On-Scene Commander) ou o coordenador de busca de superfície
(CSS, Coordinator Surface Search). O OSC é sempre um navio pertencente às
unidades SAR enquanto o CSS é sempre um navio mercante.
As comunicações são processadas em radiotelefonia ou em telex, nas
frequências de tráfego de socorro.
Estas comunicações podem ser por via satélite ou terrestre, dependendo
dos equipamentos que os navios possuem e da área onde ocorre o sinistro.
Comunicações na Cena de Ação
Estas comunicações ocorrem entre os navios que prestam auxílio, ou
entre estes e o navio sinistrado, e estão relacionadas com a coordenação na
área de operações e a assistência ao navio, ou ao salvamento de náufragos.
As comunicações têm lugar em VHF e MF, nas frequências designadas
para o tráfego de socorro, por radiotelefonia ou telex.
Quando aeronaves estão envolvidas nestas comunicações, utilizarão
normalmente as frequências de 3023, 4125 e 5680 kHz. As aeronaves SAR
poderão possuir equipamento que lhes permita comunicar-se na frequência de
2182 kHz e/ou canal 16 em VHF, assim como em outras frequências do serviço
móvel marítimo.
Sinais de Localização
Os sinais de localização destinam-se a facilitar a determinação exata da
posição do navio sinistrado e/ou dos sobreviventes em embarcações salva-vidas.
Baseiam-se no emprego dos transponderes SART (Search and Rescue
Transponders) utilizando a frequência de 9 GHz (banda X), em conjunto com os
radares dos navios que operam na mesma banda e AIS-SART, desde 1 de
janeiro de 2010,operando nos canais VHF AIS 1 (161,975 MHz) e VHF AIS 2
(162,025 MHz), em conjunto com qualquer equipamento que receba um sinal de
AIS.
Na EPIRB do sistema COSPAS-SARSAT com duas frequências (406 MHz e
121,5 MHz), a frequência de 121,5 MHz emite na camada da troposfera para
efeito de localização, já que esta frequência é a de socorro em VHF no Serviço
Móvel Aeronáutico, mantida em escuta contínua por todas as aeronaves em voo.
Informações de Segurança Marítima
As informações de segurança marítima (MSI) são informações de caráter
meteorológico, avisos aos navegantes e informações urgentes para os navios,
por meios automáticos em diferentes bandas de frequências para assegurarem a
máxima cobertura.
Esses meios são o NAVTEX, que utiliza as frequências 518 kHz, 490 kHz e
4209,5 kHz e para os navios que naveguem além da cobertura NAVTEX, o
sistema INMARSAT (EGC), conhecido como sistema SafetyNet. E por HF,
utilizando a telegrafia de impressão direta em banda estreita (NBDP).
P á g i n a | 68
Radiocomunicações Gerais
Designa o tráfego relativo à exploração e à correspondência pública,
excluindo o de socorro, de urgência e de segurança, encaminhados por meios
radioelétricos.
Estas comunicações poderão ter influência na segurança de um navio
entre as estações de navio e as estações costeiras, relativas à gestão e operação
do navio.
As comunicações serão feitas em frequências consignadas para esse
efeito, incluindo as de correspondência pública. Como exemplo, teremos:
reparos de qualquer espécie necessários ao navio, substituição de cartas de
navegação, pedido de pilotos para a entrada de portos e os serviços de
rebocadores.
Comunicações Passadiço - a- Passadiço
São comunicações de segurança entre navios, estabelecidas de uma
posição na qual o navio é normalmente conduzido. Geralmente são executadas
em radiotelefonia em VHF. Exemplo: atracação, reboque e transferência de
carga.
Documentos de um Rádio Operador GMDSS
Para exercer o ofício de Rádio Operador GMDSS é preciso adquirir as
certificações e habilitações abaixo:
Certificação GMDSS (obtida em uma escola reconhecida e
credenciada pela Marinha do Brasil);
Certificação ANATEL (Habilitação como rádio telefonista geral);
Autorização do Representante da Unidade (Bandeira ou CIR);
Certificação da OEA CNS 014 ( Operador de Estação Aeronáutica).
Para conseguir a certificação da OEA CNS 014, dependerá do
agendamento realizado junto à Força Aérea Brasileira , em São José dos Campos
- SP.
O agendamento só pode ser realizado por pessoa jurídica, ou seja,
somente a empresa contratante é que pode encaminhar o Rádio Operador para
realizar esse curso.
Utilização do Livro GMDSS (LOG BOOK)
É um livro que deverá ser mantido nas Estações Rádios de navios e
plataformas, onde deverão ser registradas todas as ocorrências relativas ao
período de serviço do Rádio Operador. O LOG BOOK divide-se em 3 partes:
1ª Parte – Particularidades do navio: O nome do navio; Indicativo
de chamada do navio; Porto de Registro; Tonelagem; Número da
IMO; Áreas em que o navio opera; A data de validade do
Certificado de Segurança de Rádio; Métodos utilizados para a
manutenção da estação; e Nome e endereço do armador;
P á g i n a | 69
2ª Parte – Detalhes dos operadores: Nome; Data de embarque;
Número do Certificado; Classe de Certificado; e Nomes dos
operadores designados para as radiocomunicações;
3ª Parte – Registro de comunicações: No diário da estação GMDSS,
serão registradas as ocorrências, juntamente com a hora em que
elas ocorrerem. O comandante do navio ou o gerente da
plataforma, deve assinar o diário todos os dias.
SISTEMAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO GMDSS. 4.5.
Após 1º de Fevereiro de 1999, todas as embarcações sujeitas à
Convenção SOLAS devem atender às prescrições relativas aos equipamentos que
devem ter a bordo e ao serviço de monitoramento que devem realizar. Os
equipamentos de comunicações exigidos pela SOLAS compõem o Sistema Global
Marítimo de Socorro e Segurança (GMDSS) e compreendem:
MF/HF (DSC);
RADIOTELEX (NBDP);
VHF (DSC);
VHF (Portátil);
MF/HF (SSB);
INMARSAT-C;
INMARSAT-F77
NAVTEX;
EPIRB;
SART.
SERVIÇOS DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA MARÍTIMA (MSI). 4.6.
São informações de caráter urgente de interesse a uma navegação segura
e à salvaguarda na vida humana no mar, as quais, juntamente com as
Informações Meteorológicas, Navegacional e Avisos-Rádio SAR, relacionadas à
segurança da navegação, constituem o que se denomina “Informações de
Segurança Marítima” (MSI- Maritime Safety Information).
No Brasil, os órgãos responsáveis pela elaboração das MSI, com o
propósito de informar os navios que se encontram dentro da área navegacional
brasileira (NAVAREA V) são a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) e o
Salvamar Brasil.
Os meios de recebimento das MSI são os equipamentos NAVTEX,
INMARSAT-C (EGC) e Radiotelex. No Brasil recebemos as MSI através dos
equipamentos INMARSAT-C (EGC) e Radiotelex, por intermédio da Les Ansaguel
(Holanda) e Estação Rádio da Marinha no Rio de Janeiro (PWZ-33),
respectivamente.
Em nível de comunicação terrestre existem dois tipos de radiodifusão das
MSI:
Serviço NAVTEX para avisos em navarea e costeiros.
P á g i n a | 70
HF NBDP/TELEX para longa distância, com características similares
ao NAVTEX.
Para comunicações por satélites, existe o serviço Safetynet (EGC)-para
longa distância e áreas não cobertas pelo NAVTEX. Não há serviço NAVTEX na
área marítima do Brasil (NAVAREA V).
TIPOS DE COMUNICAÇÕES, ESTAÇÕES E AS FREQUÊNCIAS 4.7.
ATRIBUÍDAS AO SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO.
Os tipos de comunicações no serviço móvel marítimo estão descritos
abaixo.
Comunicações de Socorro, Urgência e Segurança
O sinal radiotelefônico de socorro é formado pela palavra MAYDAY,
repetida três vezes e pronunciada como a expressão francesa <<m’aider>>.
Este sinal significa que um navio, aeronave ou outro veículo se encontra em
perigo grave ou eminente e necessita de auxílio imediato. Transmite-se antes da
chamada de socorro.
O sinal radiotelefônico de urgência consiste na transmissão do grupo de
palavras PAN PAN, repetido três vezes e pronunciada cada palavra do grupo
como a expressão francesa “panne”. Este sinal indica que a estação que chama
tem para transmitir uma mensagem muito urgente relativa à segurança de um
navio ou embarcação, de uma aeronave, de qualquer veículo ou de uma pessoa.
Transmite-se antes da chamada de urgência.
O sinal radiotelefônico de segurança consiste na transmissão da palavra
SECURITÉ, repetida três vezes e pronunciada claramente em francês. Este sinal
anuncia que a estação vai transmitir uma mensagem que contém um aviso
importante aos navegantes ou um aviso meteorológico importante. Transmite-se
antes da chamada de segurança.
Correspondência Pública
Os membros da UIT (União Internacional de Telecomunicações)
reconhecem ao público o direito de comunicar-se por meio do Serviço
Internacional de Correspondência Pública. Os serviços, as taxas e as garantias
serão os mesmos, em cada categoria de correspondência, para todos os usuários
sem prioridade nem preferência alguma.
Serviço de Operações Portuárias
Serviço móvel marítimo efetuado num porto ou na vizinhança de um
porto, entre estações costeiras e estações de navios e, em caso de urgência, de
salvaguarda das pessoas. Excluem-se dessas mensagens as que têm caráter de
correspondência pública.
P á g i n a | 71
Serviço de Movimento de Navios (VTS)
Serviço móvel marítimo de segurança distinto do serviço de operações
portuárias, entre estações costeiras e estações de navios, ou entre estações de
navio, cujas mensagens se referem unicamente ao movimento dos navios. Ficam
excluídas deste serviço as mensagens de correspondência pública.
Comunicações Entre navios
Comunicações navio-navio utilizando o transceptor de VHF com a
finalidade de assegurar a segurança do movimento de navios.
Estação de Comunicações a Bordo
Estação móvel de baixa potência do serviço móvel marítimo destinada às
comunicações internas a bordo de um navio, ou entre um navio e suas
embarcações e balsas salva-vidas, durante exercícios ou operações de
salvamento ou para as comunicações dentro de um grupo de navios empurrados
ou rebocados, assim como para as instruções de amarração e atracação.
Tipos de Estações no Serviço Móvel Marítimo - Termos Gerais
Estação é um ou vários transmissores ou receptores, ou um conjunto de
transmissores e receptores, incluindo os equipamentos acessórios, necessários
para assegurar um serviço de radiocomunicação em um dado local. Cada
estação é classificada segundo o serviço em que participa de modo permanente
ou temporário.
Estação Terrena é a estação situada na superfície da terra ou na
parte principal da atmosfera terrestre destinada a estabelecer
comunicação:
a) Com uma ou várias estações espaciais;
b) Com uma ou várias estações da mesma natureza, mediante o
emprego de um ou vários satélites refletores ou outros
objetos espaciais.
A Estação costeira é a estação terrestre do serviço móvel marítimo.
Estação costeira terrena (CES) é a estação do serviço fixo por
satélite (LES), ou em alguns casos do serviço móvel por satélite
(SES), localizada num ponto fixo ou numa área específica em terra,
efetuando a ligação com o serviço móvel por satélite.
Estação de navio é a estação móvel do serviço móvel marítimo
instalada a bordo de um navio.
Estação terrena de navio (SES) é a estação móvel do serviço móvel
marítimo por satélite instalada a bordo de um navio
Estação de aeronaves é a estação móvel do serviço móvel
aeronáutico, a bordo de uma aeronave.
Estação de práticos é a estação costeira do serviço de práticos;
conhecida no Brasil como Atalaia.
Estação portuária é a estação costeira do serviço de operações
portuárias.
P á g i n a | 72
Estação RCC é a estação do centro de coordenação de salvamento
responsável por promover a organização eficiente dos serviços de
salvamento e pela coordenação da condução das operações de
salvamento dentro de uma área de socorro.
Frequências Atribuídas ao Serviço Móvel Marítimo
490 kHz – No serviço móvel marítimo, a frequência de 490 kHz é
usada exclusivamente para a transmissão pelas estações costeiras
de boletins meteorológicos, avisos aos navegantes e informações
urgentes aos navios, através do uso de telegrafia de impressão
direta em banda estreita (NBDP – Narrow-Band Direct-Printing),
usando o sistema internacional NAVTEX
518 kHz – No serviço móvel marítimo, a frequência de 518 kHz é
utilizada exclusivamente para transmissão (telegrafia de impressão
direta em banda estreita (NBDP – Narrow-Band Direct-Printing))
pelas estações costeiras de boletins meteorológicos, avisos aos
navegantes e informações urgentes aos navios, usando o sistema
internacional NAVTEX.
2174.5 kHz – A frequência de 2174.5 kHz é usada exclusivamente
para o tráfego de socorro e segurança, através do uso de telegrafia
de impressão direta em banda estreita.
2182 kHz – A frequência da portadora de 2182 kHz é usada para o
tráfego de socorro e segurança radiotelefônico, utilizando a classe
de emissão J3E.
2187.5 kHz – A frequência de 2187.5 kHz é usada exclusivamente
para as chamadas de socorro e segurança, através do uso de
chamada seletiva digital (DSC – Digital Selective Calling).
3023 kHz – A frequência da portadora aeronáutica de 3023 kHz
deverá ser usada para comunicações entre estações de aeronaves
quando estejam envolvidas em coordenação de operações de busca
e salvamento e para comunicações entre estas estações e estações
terrestres que participem destas operações.
4125 kHz – A frequência da portadora de 4125 kHz é usada para o
tráfego de socorro e segurança radiotelefônico. A frequência da
portadora de 4125 kHz pode ser utilizada por estações de
aeronaves para comunicar-se com estações do serviço móvel
marítimo em situações de socorro e segurança, incluindo operações
de busca e salvamento.
4177.5 kHz – A frequência de 4177.5 kHz é usada exclusivamente
para o tráfego de socorro e segurança, através do uso de telegrafia
de impressão direta em banda estreita.
4207.5 kHz – A frequência de 4207.5 kHz é usada exclusivamente
para as chamadas de socorro e segurança, através do uso de
chamada seletiva digital (DSC – Digital Selective Calling).
4209.5 kHz – No serviço móvel marítimo, a frequência de 4209.5
kHz é utilizada exclusivamente para transmissão (telegrafia de
P á g i n a | 73
impressão direta em banda estreita (NBDP – Narrow- Band Direct-
Printing) pelas estações costeiras de boletins meteorológicos, avisos
aos navegantes e informações urgentes aos navios, usando o
sistema internacional NAVTEX.
4210 kHz – A frequência de 4210 kHz é usada exclusivamente para
a transmissão pelas estações costeiras de informações de
segurança marítimas, através do uso de telegrafia de impressão
direta em banda estreita.
5680 kHz – A frequência da portadora aeronáutica de 5680 kHz
deverá ser usada para comunicações entre estações de aeronaves
quando estejam envolvidas em coordenação de operações de busca
e salvamento e para comunicações entre estações e estações
terrestres que participem destas operações.
6215 kHz – A frequência da portadora de 6215 kHz é usada para o
tráfego de socorro e segurança radiotelefônico.
6268 kHz – A frequência de 6268 kHz é usada exclusivamente para
o tráfego de socorro e segurança, através do uso de telegrafia de
impressão direta em banda estreita.
6312 kHz – A frequência de 6312 kHz é usada exclusivamente para
as chamadas de socorro e segurança, através do uso de chamada
seletiva digital (DSC – Digital Selective Calling).
6314 kHz – A frequência de 6314 kHz é usada exclusivamente para
a transmissão pelas estações costeiras de informações de
segurança marítimas, através do uso de telegrafia de impressão
direta em banda estreita.
8291 kHz – A frequência da portadora de 8291 kHz é usada para o
tráfego de socorro e segurança radiotelefônico.
8376.5 kHz - A frequência de 8376.5 kHz é usada exclusivamente
para o tráfego de socorro e segurança, através do uso de telegrafia
de impressão direta em banda estreita.
8414.5 kHz – A frequência de 8414.5 kHz é usada exclusivamente
para as chamadas de socorro e segurança, através do uso de
chamada seletiva digital (DSC- Digital Selective Calling).
8416.5 kHz – A frequência de 8416.5 kHz é usada exclusivamente
para a transmissão pelas estações costeiras de informações de
segurança marítimas, através do uso de telegrafia de impressão
direta em banda estreita.
12290 kHz – A frequência da portadora de 12290 kHz é
usada para o tráfego de socorro e segurança radiotelefônico.
12520 kHz – A frequência de 12520 kHz é usada
exclusivamente para o tráfego de socorro e segurança, através do
uso de telegrafia de impressão direta em banda estreita.
12577 kHz – A frequência de 12577 kHz é usada exclusivamente
para as chamadas de socorro e segurança, através do uso de
chamadas seletiva digital (DSC- Digital Selective Calling).
P á g i n a | 74
12579 kHz – A frequência de 12579 kHz é usada exclusivamente
para transmissão pelas estações costeiras de informações de
segurança marítimas, através do uso de telegrafia de impressão
direta em banda estreita.
16420kHz – A frequência da portadora de 16420 kHz é usada para
o tráfego de socorro e segurança radiotelefônico.
16695 kHz – A frequência de 16695 kHz é usada exclusivamente
para o tráfego de socorro e segurança, através do uso de telegrafia
de impressão direta em banda estreita.
16804.5 kHz – A frequência de 16804.5 kHz é usada
exclusivamente para as chamadas de socorro e segurança, através
do uso de chamada seletiva digital (DSC – Digital Selective Calling).
16806.5 kHz – A frequência de 16806.5 kHz é usada
exclusivamente para a transmissão pelas estações costeiras de
informações de segurança marítimas, através do uso de telegrafia
de impressão direta em banda estreita.
19680.5 kHz – A frequência de 19680.5 kHz é usada
exclusivamente para transmissão pelas estações costeiras de
informações de segurança marítimas, através do uso de telegrafia
de impressão direta em banda estreita.
22376 kHz – A frequência de 22376 kHz é usada exclusivamente
para transmissão pelas estações costeiras de informações de
segurança marítimas, através do uso de telegrafia de impressões
direta em banda estreita.
26100.5 kHz – A frequência de 26100.5 kHz é usada
exclusivamente para a transmissão pelas estações costeiras de
informações de segurança marítimas, através do uso de telegrafia
de impressão direta em banda estreita.
121.5 MHz e 123.1MHz – A frequência de emergência aeronáutica
de 121.5 MHz é usada em situações de socorro e urgência por
estações do serviço móvel aeronáutico usando frequências da
banda de 117.975 MHz a 137 MHz. E a frequência aeronáutica
auxiliar de 123.1MHz é usada por estações do serviço móvel
aeronáutico, somente em situações de socorro e urgência, quando
estejam envolvidas na coordenação de operações de busca e
salvamento. A classe de emissão A3E é usada em ambas as
frequências.
156.3 MHz – A frequência de 156.3 MHz (canal 6) deverá ser usada
para comunicações entre as estações de navios e estações
aeronáuticas, quando envolvidas na coordenação de operações de
busca e salvamento. Esta frequência pode também ser usada por
estações aeronáuticas para comunicação com estações de navios
em situações de segurança.
156.525 MHz – A frequência de 156.525 MHz (canal 70) é usada
exclusivamente no serviço móvel marítimo para as chamadas de
P á g i n a | 75
socorro e segurança, através do uso de chamada seletiva digital
(DSC – Digital Selective Calling).
156.650 MHz – A frequência de 156.650 MHz (canal 13) é usada
para comunicações navio-navio em situações de segurança da
navegação.
156.8 MHz – A frequência de 156.8 MHz (canal 16) é usada
para o tráfego de socorro e segurança radiotelefônico. Esta poderá
ser usada por estações de aeronaves somente em situações de
segurança.
A Banda 406 MHz – 406.1 MHz é utilizada exclusivamente por
baliza de indicação de posição de emergência (EPIRB) via satélite,
no segmento terra-espaço.
A Banda 1530 MHz – 1544 MHz é utilizada com a finalidade de
propósitos de rotina. Esta banda também é usada com prioridade
para os propósitos de socorro e segurança no segmento espaço-
terra no serviço móvel marítimo por satélite.
A Banda 1544 MHz – 1545 MHz tem seu uso limitado a operações
de socorro e segurança, incluindo:
Os links necessários à retransmissão das emissões das balizas de
indicação de posição de emergência (EPIRB’s) para as estações
terrestres;
Os links de banda estreita das estações espaciais para as estações
móveis.
A Banda 1626.5 MHz – 1645.5 MHz é utilizada com a finalidade de
propósitos de rotina, de socorro e segurança no segmento terra-
espaço no serviço móvel marítimo por satélite.
A Banda 1645.5 MHz – 1646.5 MHz tem seu uso limitado a
operações de socorro e segurança, incluindo retransmissões dos
alertas de socorro recebidos pelos satélites em órbitas polares
baixas e os satélites geoestacionários.
A Banda 9200 MHz – 9500 MHz é usada pelo transponder radar
(SART) para facilitar as operações de busca e salvamento.
Estações de Embarcações de Salvamento
O equipamento radiotelefônico usado nas estações de embarcações de
salvamento deverá ser capaz de operar na banda de 156 MHz a 174 MHz,
transmitindo e recebendo na frequência de 156.8 MHz (canal 16) e pelo menos
uma outra frequência desta banda.
O equipamento de transmissão de sinais de localização (SART) das
estações de embarcações de salvamento deverá ser capaz de operar na faixa de
9200 MHz a 9500 MHz (3 cm ou banda X).
O Sistema de Identificação Automática – Transmissor de Busca e
Salvamento (AIS-SART) deverá operar na faixa de VHF nos seguintes canais:
P á g i n a | 76
O equipamento de chamada seletiva digital instalado nas estações de
engenho e salvamento deverá ser capaz de operar:
Transmitir na frequência de 2187.5 kHz, na faixa de 1605 kHz a
2850 kHz;
Transmitir na frequência de 8414.5 kHz, na faixa de 4000 kHz a
27500 kHz;
Transmitir na frequência de 156.525 MHz (canal 70), na faixa de
156 MHz a 174 MHz.
Proteção das Frequências de Socorro e Segurança GMDSS
Qualquer emissão capaz de causar interferência prejudicial às
comunicações de socorro, urgência e segurança, nas frequências de 500 kHz,
2174.5 kHz, 2182 kHz, 2187.5 kHz, 4125 kHz, 4177.5 kHz, 4207.5 kHz, 6215
kHz, 6268 kHz, 6312 kHz, 8291 kHz, 8376.5 kHz, 8414.5 kHz, 12290 kHz,
12520 kHz, 12577 kHz, 16420 kHz, 16695 kHz, 16804.5 kHz, 121.5 MHz,
156.525 MHz, 156.8 MHz ou na frequência das bandas 406 MHz – 406.1 MHz,
1544 MHz – 1545 MHz e 1645.5 MHz – 1646.5 MHz é proibida.
Qualquer emissão capaz de causar interferência prejudicial às
comunicações de socorro e segurança em qualquer outra frequência identificada
no item anterior é proibida.
Os testes de transmissão devem ser de curta duração nas frequências
identificadas anteriormente e serão coordenados por uma autoridade
competente, se necessário, quando tal for praticável, utilizando uma potência
reduzida ou uma antena artificial (dummy antenna).
Antes de uma transmissão como correspondência pública, em qualquer
das frequências de socorro e segurança indicadas no item anterior, uma escuta
prévia deverá ser feita para evitar interferir numa transmissão de socorro que
possa estar em curso.
Na banda 2173.5 kHz – 2190.5 kHz, todas as transmissões são proibidas
nas frequências de banda de 2173.5 kHz a 2190.5 kHz, exceto as transmissões
autorizadas nas frequências da portadora de 2182 kHz, 2187.5 kHz e 2189.5
kHz.
Na banda 156.7625 MHz – 156.8375 MHz, todas as emissões na banda de
156.7625 MHz a 156.8375 MHz capazes de causarem interferência prejudicial às
transmissões autorizadas das estações do serviço móvel marítimo, na frequência
de 156.8 MHz, são proibidas.
P á g i n a | 77
FREQUÊNCIAS DE ESCUTA DE SOCORRO GMDSS. 4.8.
As estações costeiras que tenham responsabilidades no GMDSS deverão
manter uma escuta automática nas frequências DSC (chamada seletiva digital),
por períodos de tempo publicados na Lista de Estações Costeiras.
As estações costeiras terrenas que tenham responsabilidades no GMDSS
deverão manter uma escuta automática nas frequências de retransmissão de
alertas de socorro, através das estações espaciais.
As estações de navios, de acordo com as indicações dos pontos 4.14.1 e
4.14.2, enquanto estiverem no mar, deverão manter uma escuta automática nas
frequências de socorro e segurança DSC (chamada seletiva digital), nas bandas
de frequências em que operem.
As estações de navio, quando equipadas, deverão manter uma escuta nas
frequências de recepção automática de transmissões de boletins meteorológicos,
avisos aos navegantes e outras informações urgentes aos navios.
As estações de navio, de acordo com as indicações dos pontos 4.14.1 e
4.14.2, quando praticável, deverão manter uma escuta na frequência de
156.650 MHz (canal 13) para comunicações relativas à segurança da navegação.
As estações terrenas de navios, para receber retransmissão de alertas de
socorro no sentido terra-navio, deverão manter escuta exceto quando em
comunicação em uma frequência de trabalho.
Resumo das Frequências GMDSS
Frequências usadas em chamadas de socorro e segurança (DSC) e no
tráfego de socorro e segurança (Voz e NBDP).
Tráfego de Socorro e Segurança Via Telex NBDP
2174.5 kHz;
4177.5 kHz;
6268 kHz;
8376.5 kHz;
P á g i n a | 78
12590 kHz;
16695 kHz
Modo ARQ = 2 caminhos (Canais duplex) com recibo
Modo FEC = 1 caminho (Canais simplex) sem recibo
Frequências de Trabalho com Estações Costeiras
Navio-terra:
a) 2046 kHz;
b) J3E / 2049 kHz;
c) J3E.
Navio-navio ou Navio-terra
a) 2053 kHz;
b) J3E / 2056 kHz;
c) J3E.
Frequências para Comunicação com Aeronaves nas Operações SAR
(Busca e Salvamento)
3023 kHz;
5680 kHz;
121.5 MH;
123.1 MHz (auxiliar);
156.3 MHz (ch. 06, VHF).
Navio-navio para segurança da navegação:
156.650 MHz (ch. 13, VHF)
Frequência para transponder RADAR (SART):
a) Banda X: 9200 MHz – 9500 MHz
b) 9 GHz (Radar 3 cm)
Frequências para Sistema de Identificação Automática – Transmissor de
Busca e Salvamento (AIS-SART)
Canal AIS 1: 161,975 MHz;
Canal AIS 2: 162,025 MHz.
Frequências para Comunicação Via Satélite
As Frequências de rotina ,segurança e socorro
1530 MHz a 1544 MH (satélite-terra);
1626.5 MHz a 1645.5 MHz (terra-satélite).
P á g i n a | 79
Frequências para EPIRB Satélite.
COSPAS-SARSAT EPIRB
EPIRB/Satélite: 406 MHz – 406.1 MHz
Satélite/ LUT: 1544.5 MHz
Frequências para transmissão de informação de segurança
marítima (MSI) usando NBDP
MSI – HF (NBDP) modo FEC:
4210 kHz
6314 kHz
8416.5 kHz
490 kHz
518 kHz
4209.5 kHz
(NAVTEX nacional)
(NAVTEX internacional)
(NAVTEX nacional)
modo FEC
P á g i n a | 80
12579 KHz
16806.5 kHz
19680.5 kHz
22376 kHz
26100.5 kHz
Todas as frequências são dedicadas exclusivamente a MSI.
Frequência de Escuta de Socorro e Segurança GMDSS
Frequências de HF utilizadas somente no Brasil, para transmissão de MSI
por telex (NBDP), através da Estação Rádio da Marinha no Rio de Janeiro (PWZ-
33):
4266,0 kHz;
6448,0 kHz;
8580,0 kHz;
12709,9 kHz
16974,0 kHz.
Deverá ser consultada a Lista de Estações Costeiras para obter os horários
de radiodifusão das MSI.
Estações Costeiras
As estações costeiras que tenham responsabilidade no GMDSS deverão
manter uma escuta automática nas frequências DSC (chamada seletiva digital),
por períodos de tempo publicados na Lista de Estações Costeiras.
VHF: DSC canal 70;
MF: DSC frequência na banda 2 MHz;
HF: DSC frequências nas bandas 4, 6, 8, 12 e 16 MHz.
Estações Costeiras Terrenas
As estações costeiras que tenham responsabilidades no GMDSS deverão
manter uma escuta automática nas frequências de retransmissão de alertas de
socorro, através das estações espaciais.
Estações de Navios
As estações de navios deverão manter uma escuta automática nas
frequências de socorro e segurança DSC (chamada seletiva digital). A convenção
SOLAS estabelece escuta como segue:
VHF: canal 70;
MF: 2187.5 kHz;
HF: 2187.5 kHz/ 8414.5 kHz.
Mais uma frequência das bandas 4, 6, 12 e 16 MHz.
Escuta de radiodifusões MSI para a área onde o navio navegue, na
frequência apropriada.
P á g i n a | 81
Estações Terrenas de Navio
As estações terrenas de navios deverão manter escuta permanente,
quando no mar, capacitando-as a receberem retransmissão de alertas de socorro
no sentido terra-navio, através do sistema Safetynet com o receptor EGC, ou
diretamente ponto a ponto de um RCC.
A seguir é apresentado um resumo das frequências para o GMDSS.
MEIOS PARA ASSEGURAR A DISPONIBILIDADE DOS 4.9.
EQUIPAMENTOS DAS ESTAÇÕES.
Os requisitos de manutenção de estações de navio estabelecidos
permitem flexibilidade da escolha pela Administração Nacional de um dos
seguintes métodos:
Manutenção em terra;
Manutenção a bordo;
Duplicação do equipamento.
Nas áreas oceânicas A1 e A2, pode-se escolher uma destas modalidades,
ou combinações delas conforme aprovado pela Administração Nacional.
Nas áreas oceânicas A3 e A4, a Administração Nacional deverá utilizar, no
mínimo, duas das três das modalidades referidas, isto é.
Manutenção em terra mais a manutenção a bordo;
Manutenção em terra mais a duplicação do equipamento;
Manutenção a bordo mais a duplicação do equipamento.
P á g i n a | 82
Caso o Armador opte pelo método da manutenção baseada em terra, esta
deverá ser sempre feita por profissionais habilitados pelos fabricantes dos
equipamentos eletrônicos e com os recursos técnicos especificados por estes
(ferramentas, peças sobressalentes, documentação técnica, equipamentos para
testes etc.). A comprovação do cumprimento dessa alínea deverá ser feita
mediante um contrato firmado entre o Armador e o fabricante do equipamento
ou empresa credenciada por este último.
A manutenção a bordo pode ser efetuada pelos operadores com
certificados de 1ª e 2ª classes, ou por um detentor de um certificado aprovado
pela Administração Nacional, com as habilitações necessárias, munido com todos
os recursos de teste e componentes eletrônicos, com o propósito de realizar,
quando necessário, o reparo dos equipamentos.
Deverá também ser levado em conta que, em certas áreas de tráfego,
embora o operador dedicado às radiocomunicações possa ser um oficial piloto,
poderá ser recomendável que o armador determine a existência de um radio
eletrônico.
A duplicação do equipamento não é total.
Além de todas as medidas que devem ser tomadas para manter o
equipamento em eficiente estado de funcionamento, para assegurar todas as
funções do GMDSS, o deficiente funcionamento do equipamento, destinado a
assegurar as radiocomunicações gerais, não deve ser considerado como
impeditivo de o navio se fazer ao mar, ou como razão suficiente para reter este
navio num porto, onde não existem facilidades prontamente disponíveis para
proceder à reparação, desde que o navio possa assegurar todas as funções de
socorro e segurança.
Um navio não deve partir de qualquer porto, até que esteja apto para
assegurar todas as comunicações de socorro e segurança.
O operador deverá também executar os testes nos equipamentos,
diariamente, semanalmente e mensalmente, quando o navio se encontrar no
mar, de acordo com o manual do fabricante.
Se algum equipamento de rádio não estiver operacional, o operador
deverá informar ao comandante e registrar a avaria no diário da estação.
SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES GMDSS 5.
VHF é a sigla para o termo inglês Very High Frequency (Frequência Muito
Alta) que designa a faixa de radiofrequências de 30 MHz a 300 MHz.
A faixa de VHF atribuída ao Serviço Móvel Marítimo é de 156 MHz a 174
MHz, abrangendo os canais 01 a 28 e 60 a 88. O anexo 1 apresenta os canais
em VHF do Serviço Móvel Marítimo e respectivas notas sobre a tabela.
P á g i n a | 83
Estação costeira Cerca de 60Navio com antena cerca de
90 m acima do nível do mar
Estação costeira Cerca de 35Navio com antena cerca de 9
m acima do nível do mar
Estação costeira Cerca de 15Embarcação pequena com
TC portátil de VHF
Navio com antena cerca de 9
m acima do nível do marCerca de 15
Navio com antena cerca de 9
m acima do nível do mar
Navio com antena cerca de 9
m acima do nível do marCerca de 10
Embarcação pequena com
TC portátil de VHF
Embarcação pequena com
TC portátil de VHFCerca de 5
Embarcação pequena com
TC portátil de VHF
SISTEMA RADIOTELEFÔNICO E INSTALAÇÕES VHF E MF/HF (SSB). 5.1.
O transceptor rádio VHF é o mais usado em navegação próxima da costa e
seu alcance pode variar de 20 milhas a 30 milhas, dependendo da potência
utilizada e das condições atmosféricas.
Os alcances de transmissão e recepção em VHF são limitados, na teoria,
pela linha de visada. Isto acontece porque a onda rádio em VHF, normalmente
não acompanha a curvatura da terra. O alcance pode ser afetado pela variação
da pressão atmosférica e/ou aumento da umidade, mas raramente oferecendo
maiores alcances que o normalmente obtido. A refração atmosférica acarreta
que as ondas rádio sejam mais curvadas que o padrão em linha reta.
A refração ocorre devido a uma mudança da velocidade da onda. Como as
ondas se propagam através da atmosfera, estas mudam de direção para uma
região de menor velocidade. O grau de refração depende da razão em que a
velocidade da onda muda, sendo definido pelo índice de refração do ar, que
varia com a altura da camada de ar, e, por conseguinte depende da pressão,
temperatura e umidade do ar.
Outro fator significante para determinar o alcance em VHF é, geralmente,
a altura acima do nível do mar das antenas transmissoras e receptoras. Deve
também ser levado em conta que o fato do transmissor e o receptor estando
dentro da linha de visada rádio, não garante automaticamente, que um aceitável
sinal será recebido no outro ponto.
Isto dependerá, entre outras coisas, da potência do transmissor, da
sensibilidade do receptor e da qualidade e da posição das antenas transmissoras
e receptoras. A tabela a seguir ilustra os típicos alcances em VHF entre estações
transmissoras e receptoras.
Típicos Alcances em VHF (Milhas Náuticas)
As características de propagação do VHF são ideais para comunicações
terrestres a curta-distância. Ao contrário das altas frequências (HF), a ionosfera
não reflete geralmente as ondas rádio VHF e as transmissões ficam restritas,
assim, à camada da troposfera, que compreende até cerca de 15 km acima do
solo terrestre.
P á g i n a | 84
Um transceptor de VHF compõe-se basicamente do seguinte:
Controle de volume que permite regular o som audível
Limitador de ruídos (Squelch) que permite um ajuste do ruído na
recepção, para conforto do operador.
Memória que permite que se armazenem canais específicos para
determinado serviço. Geralmente são oito memórias (0 a 7)
Varredura automática que permite que os canais selecionados em
uma memória sejam varridos.
Seletor de canais que permite escolher o canal de chamada ou/e de
trabalho;
Seletor de potência que permite selecionar a potência de emissão
do aparelho, normalmente entre a potência mínima (1 watt) e a
máxima (25 watts). Entre estações à vista a potência mínima é
suficiente;
Dupla escuta (DUAL WATCH) que permite que o transceptor rádio
escute dois canais alternadamente, normalmente o 16 (conforme o
aparelho) e outro.
O canal 70 deve ser utilizado exclusivamente para chamada seletiva
digital para socorro, segurança e chamada e não possui áudio frequência (AF).
O canal 06 é utilizado para comunicações de segurança entre navios.
Entre navios e aeronaves é usado em uma operação SAR.
O canal 13 é reservado mundialmente às comunicações de segurança da
navegação, principalmente para as comunicações de segurança da navegação
entre navios.
O transceptor de VHF destina-se prioritariamente a ser usado em
emergências, por isso deve sempre manter escuta no canal 16. Ao ser usado
para chamadas em correspondência pública, não deve ser ocupado mais que um
(1) minuto.
P á g i n a | 85
MF
MF é a sigla para o termo inglês Medium Frequency, que significa
Frequência Média. A frequência média (MF) refere-se às radiofrequências (RF) na
escala de 300 kHz a 4000 kHz (figura 42).
A faixa de frequências MF no serviço móvel marítimo varia de 1605 kHz a
4000 kHz. A frequência 2.182,0 kHz, apesar de não ser mais obrigatória sua
escuta contínua, é utilizada em radiotelefonia e a de 2.187,5 kHz é utilizada com
o recurso DSC, ambas para chamadas de segurança e alertas de socorro. A
frequência de 2174,5 kHz é usada para tráfego de socorro em radio telex.
O sistema Navtex, que radio difunde as MSI, utiliza as faixas de 518 kHz e
490 kHz para o texto digital.
HF
HF é a sigla para o termo inglês High Frequency e significa "frequência
alta". As radiofrequências (HF) de alta frequência estão entre 4 MHz e 30 MHz.
Devido à característica do comprimento de onda, as transmissões podem se
propagar até grandes distâncias, através de saltos onde há a refração e
consequente reflexão nas camadas da ionosfera.
São designadas frequências para o transceptor HF nas faixas de 4, 6, 8,
12 e 16 MHz.
Nas faixas de 4 e 6 MHz a potência utilizada é 5 kW (low).Na faixa de 8
MHz a potência é 10 kW (medium) e nas faixas acima de 12 MHz a potência é 15
kW (high).
A faixa de frequências HF no serviço móvel marítimo é de 4MHz a 27,5
MHz.
O sistema Navtex emprega a frequência 4209,5 kHz para radio difundir as
MSI, nas áreas tropicais e subtropicais.
As faixas de 18, 22 e 25 MHz são também usadas para radio difusão por
rádio telex.
P á g i n a | 86
Propagação e características
A ionosfera reflete frequentemente as ondas de rádio de HF
completamente bem (um fenômeno conhecido como a propagação da skywave).
Esta faixa é usada extensivamente para a radiocomunicação a longa distância.
Entretanto, a conformidade desta parcela do espectro para tal comunicação varia
extremamente com uma combinação complexa de fatores, tais como:
Luz solar/escuridão no local da transmissão e da recepção;
Proximidade do transmissor/receptor ao terminal;
Estação do ano (Ciclo do ponto solar);
Atividade solar;
Frequência útil máxima;
A mais baixa alta frequência útil;
Frequência de operação dentro da faixa do HF.
ELABORAÇÃO E PROCEDIMENTOS PARA AS COMUNICAÇÕES DE 5.2.
SOCORRO, URGÊNCIA, SEGURANÇA, TRANSPORTE MÉDICO,
PARECER MÉDICO E ROTINA NO GMDSS.
As comunicações referentes a caso de socorro e segurança farão uso das
radiocomunicações terrestres em MF, HF e VHF e das comunicações espaciais
por satélites.
O alerta de socorro pode ser lançado por intermédio de um satélite, em
prioridade absoluta nas vias de comunicações gerais, nas frequências exclusivas
de socorro e segurança, ou ainda pelo meio da chamada seletiva digital (DSC),
nas frequências de MF, HF e VHF.
Importante: O alerta de socorro não pode ser emitido sem autorização do
Comandante do navio. Todas as estações que recebam um alerta de socorro
emitido por DSC devem cessar imediatamente toda a emissão suscetível de
causar interferências no tráfego de socorro e ficarem em escuta até que tenha
sido acusada a recepção do alerta.
P á g i n a | 87
Alerta de Socorro
A emissão de um alerta de socorro indica que uma unidade móvel (navio,
aeronave) ou uma pessoa se encontra em perigo grave e iminente e requer
ajuda imediata.
O alerta de socorro é uma chamada seletiva digital usando um formato de
chamada, nas bandas utilizadas para as radiocomunicações terrestres, ou sob a
forma de uma mensagem de socorro, em que, neste caso, ela é enviada via
satélite.
O alerta de socorro fornece a identificação da estação em perigo e a sua
posição. Pode também fornecer informações sobre a natureza do perigo, o tipo
de assistência requerida e a hora em que estas informações foram registradas.
Transmissão do Alerta de Socorro por uma Estação de Navio ou uma
Estação Terrena de Navio
Os alertas de socorro emitidos no sentido navio-terra são utilizados para
alertar os Centros de Coordenação de Salvamento (RCC), via uma estação
costeira ou uma estação terrena (CES/LES), que um navio está em perigo. Estes
alertas são baseados na utilização de transmissões via satélite (de uma estação
terrena de navio ou de uma EPIRB de satélite) e dos serviços terrestres (de uma
estação de navio).
O alerta de socorro navio-navio é utilizado para alertar outros navios que
se encontram na vizinhança do navio em perigo. Ele será dado usando a
chamada seletiva digital nas bandas VHF e MF. Adicionalmente, pode ser
utilizada em HF.
A transmissão de um alerta de socorro em radiotelefonia (chamada e
mensagem) terá o seguinte formato, normalmente em VHF e/ou MF):
A expressão “MAYDAY” pronunciada três (3) vezes.
A expressão “THIS IS”, que corresponde ao “AQUI” em português
O indicativo de chamada ou o nome do navio pronunciado três (3)
vezes
A expressão “MAYDAY”
A posição do navio em socorro (geralmente latitude, longitude e
hora)
A natureza do socorro
O auxílio necessário
A expressão “Over” que corresponde ao “Câmbio” em português.
Exemplo:
- MAYDAY MAYDAY MAYDAY;
- THIS IS;
- MV YOKOHAMA/JKDS MV YOKOHAMA/JKDS MV YOKOHAMA/JKDS;
- MAYDAY;
- MY POSITION LATITUDE 23º 45’S LONGITUDE 042º 37’W TIME
1425Z;
- I AM FIRE IN ENGINE ROOM;
- I REQUEST IMMEDIATE ASSISTANCE;
P á g i n a | 88
- OVER.
Quando o alerta de socorro for transmitido através de um equipamento
INMARSAT por radiotelefonia, deve-se seguir o seguinte procedimento:
Levantar a proteção do botão “DISTRESS”;
Pressionar por cerca de 6 segundos o botão “DISTRESS”;
Pressionar a tecla # ou aguardar 15 segundos para iniciar o socorro
automaticamente.
Quando o operador do RCC associado à CES/LES sintonizada pelo seu
navio, atender, fale pausadamente, e passe a seguinte mensagem:
- MAYDAY MAYDAY MAYDAY;
- THIS IS;
- SHIP NAME AND IDENTITY;
- CALLING ON INMARSAT FROM POSITION (LAT/LONG/TIME);
- MY INMARSAT MOBILE NUMBER (IMN) IS USING SATELLITE
(OCEAN REGION);
- MY COURSE AND SPEED ARE;
- NATURE OF DISTRESS;
- ASSISTANCE REQUIRE;
- OTHER INFORMATION;
- OVER.
Após a resposta do operador do RCC, siga suas instruções e coloque o
fone na base para aguardar futuras chamadas. Mantenha o telefone com a linha
livre de modo que o RCC possa chamar você quando necessário.
Os INMARSAT –B/ M e F77 possuem recurso de radiotelefonia.
Conhecendo o número telefônico do RCC da área em que seu navio navega,
pode-se ligar diretamente para ele, como uma ligação normal.
Exemplo de mensagem de socorro pelo INMARSAT, após o operador do
RCC atender, falar:
- MAYDAY MAYDAY MAYDAY
- THIS IS
- BOW OCEANIC/ 9VNN3 CALLING ON INMARSAT FROM POSITION
- 25º 34’S 043º 12’W TIME 1345Z
- MY INMARSAT MOBILE NUMBER IS 356544561 USING EAST
ATLANTIC SATELLITE
- MY COURSE AND SPEED ARE 270º 10 KNOTS
- I AM FLOODING
- I REQUEST IMMEDIATE ASSISTANCE
- 35 PERSONS ON BOARD
- I ACTIVATED EPIRB
- OVER.
P á g i n a | 89
Retransmissão de um Alerta de Socorro no Sentido Terra-Navio
Uma estação ou um centro de coordenação de salvamento (RCC), que
receba uma chamada de socorro deve retransmitir o pedido de socorro no
sentido terra-navio dirigindo-o, ou a todos os navios, ou a um grupo
determinado de navios, ou a um navio específico, utilizando os meios de satélite
e/ou terrestres.
A retransmissão do alerta de socorro deve ter a identificação da unidade
móvel em perigo, a sua posição e qualquer outra informação que poderá facilitar
o salvamento.
Transmissão de um Alerta de Socorro por uma Estação Que Não Está em
Perigo
Uma estação do serviço móvel, ou móvel por satélite, que ouça que uma
unidade móvel está em perigo, deverá iniciar e emitir um alerta de socorro em
qualquer dos seguintes casos:
Quando a unidade móvel em perigo não está em condições de
emitir o alerta de socorro;
Quando o Comandante do navio que não está em perigo, considerar
que uma ajuda suplementar seja necessário.
Uma estação que retransmita um alerta de socorro deve indicar que não
se encontra em perigo, para não causar confusão.
Recepção e Reconhecimento dos Alertas de Socorro
Os reconhecimentos poderão ser dados pelos seguintes métodos:
DSC;
Via satélite (INMARSAT);
Radiotelefonia;
Telegrafia de impressão direta em banda estreita (NBDP).
O reconhecimento de um alerta de socorro transmitido por uma estação
de navio, ou de uma estação terrena de navio, é dado em radiotelefonia da
seguinte maneira:
Sinal de socorro MAYDAY;
Indicativo de chamada ou outra identificação da estação que emite
a mensagem de socorro (transmitido três (3) vezes);
THIS IS ou DE (utilizando as palavras do código DELTA ECHO, em
caso de dificuldade de idioma);
Indicativo de chamada ou outra identificação da estação que acusa
a recepção (transmitido três (3) vezes);
RECEIVED ou RRR (soletrando com o auxílio do código fonético,
Romeo, Romeo, Romeo, em caso de dificuldade de idioma);
Sinal de socorro MAYDAY.
OVER (corresponde à expressão “câmbio” em português)
P á g i n a | 90
Exemplo:
- MAYDAY
- MOTOR VESSEL ZENITH/WDU73 (X3)
- THIS IS
- MOTOR VESSEL YOKOHAMA/JKDS (X3)
- RECEIVED MAYDAY
- OVER
O reconhecimento de um alerta de socorro transmitido por uma estação
de navio, em telegrafia de impressão direta, é dado da seguinte maneira:
Sinal de socorro MAYDAY;
Indicativo de chamada ou outra identificação do navio que emite a
mensagem de socorro;
DE;
Indicativo de chamada, ou outra identificação da estação que acusa
a recepção;
o sinal RRR;
Sinal de socorro MAYDAY.
Exemplo:
- MAYDAY
- 9HXM8
- DE
- A8MY4
- RRR
- MAYDAY
O reconhecimento de um alerta de socorro efetuado por uma estação
terrena de navio, usando a telegrafia de impressão direta, é dado por uma
estação terrena costeira, que tenha recebido tal alerta, retransmitindo a seguir,
o alerta (este procedimento refere-se às estações terrenas de navio e estações
costeiras terrenas que utilizam o INMARSAT-C), para o RCC associado.
Recebimento por uma estação costeira, estação terrena costeira ou um
centro de busca e salvamento.
As estações costeiras e as estações terrenas costeiras, que recebam os
alertas de socorro, devem retransmiti-los o mais rapidamente possível para o
RCC associado. A estação costeira, ou o RCC, que receba um alerta de socorro,
deve dar o recibo o mais rapidamente possível.
O recebimento, por DSC, é emitido pela estação costeira, na frequência
em que foi emitido o alerta. O reconhecimento deverá ser endereçado a todos os
navios. A identificação do navio que tenha lançado o alerta de socorro deve ser
incluída.
Recebimento por uma estação de navio ou por uma estação terrena de
navio.
Quando da recepção de um alerta de socorro, o comandante deverá ser
informado o mais rapidamente possível, do conteúdo do mesmo.
P á g i n a | 91
Se o navio navegar em áreas, onde as comunicações com as estações
costeiras são confiáveis, deverá deixar passar um curto intervalo de tempo,
antes de dar o reconhecimento, para que as estações costeiras o possam fazer
em primeiro lugar.
Em áreas, onde as comunicações com as estações costeiras não são
confiáveis, e ao receber o alerta de socorro de um navio, que se encontre na sua
vizinhança, deve o mais rapidamente possível, dar o recebimento e informar a
um centro de busca e salvamento, através de uma estação costeira ou uma
estação terrena costeira.
Os métodos utilizados, pelos navios descritos nos dois últimos parágrafos
são:
Recebimento em radiotelefonia, numa frequência reservada para o
tráfego de socorro e segurança, na mesma faixa onde foi iniciado o
alerta;
Em DSC, na mesma frequência do alerta, se o reconhecimento foi
infrutífero e o pedido de alerta continuar (o alerta de socorro é
sempre repetido automaticamente cerca de 4 minutos e só será
desligado, se for recebido um reconhecimento em DSC ou
manualmente cancelado).
Se o alerta de socorro for transmitido em HF, não deverá ser dado o
reconhecimento. Se uma estação costeira não der o reconhecimento após 5
minutos, deverá a estação de navio, transmitir uma retransmissão de alerta de
socorro para todas as estações.
Nos alertas de socorro terra-navio, deverá a estação de navio (ou SES)
dar o reconhecimento e estabelecer comunicação, com a referida estação em
socorro, e preparar-se para a assistência apropriada e requerida.
Preparação para o Tráfego de Socorro
Desde a recepção do alerta de socorro pelo sistema DSC, as estações de
navio e costeiras devem escutar em radiotelefonia, nas frequências de tráfego
de socorro, associadas às frequências onde foi recebido o alerta de socorro.
As estações de navio e costeiras devem escutar em radiotelegrafia de
impressão direta, nas frequências de tráfego de socorro associadas às
frequências do alerta de socorro, se for indicado este sistema, para o tráfego de
socorro. Se praticável, deve-se adicionalmente escutar a frequência de
radiotelefonia, associada à frequência de alerta de socorro.
O tráfego de socorro compreende todas as mensagens que dizem respeito
ao socorro necessário ao navio em perigo. Compreende as comunicações, com
respeito à busca e salvamento, e às do local do sinistro.
O tráfego de socorro é realizado nas frequências dedicadas para tal efeito.
O sinal de socorro é constituído pela palavra Mayday, pronunciada como a
expressão francesa “m’aider”.
No tráfego em radiotelefonia, todas as chamadas devem ser precedidas do
sinal de socorro Mayday.
P á g i n a | 92
O tráfego de socorro por telegrafia de impressão direta será em modo FEC
(correção de erro posterior sem recibo). Todas as mensagens são precedidas no
mínimo com um retorno de cursor, um espaçamento de linha e um
deslocamento de letra e do sinal de socorro Mayday.
O Centro de Coordenação de Salvamento (RCC), encarregado pelo
controle das operações de salvamento, deve igualmente coordenar o respectivo
tráfego, ou designar outra estação para fazê-lo.
As estações controladoras podem impor silêncio às estações que
interferem com o tráfego. Estas instruções devem ser endereçadas a todas as
estações, ou somente a uma estação. Nos dois casos, ela é feita do seguinte
modo:
Em radiotelefonia, o sinal SEELONCE MAYDAY, pronunciada como a
expressão francesa “silence m’aider”;
Em telegrafia de impressão direta, o sinal SILENCE MAYDAY.
Qualquer estação do serviço móvel próxima do navio, da aeronave ou do
veículo em perigo e que não participa da operação SAR pode igualmente impor
silêncio. Empregará para esse efeito a palavra SEELONCE, pronunciada como a
palavra francesa silence seguida da palavra DISTRESS e do seu indicativo de
chamada.
Qualquer estação de navio, que não participe no tráfego de socorro, fica
proibida em transmitir na frequência em que o tráfego de socorro tenha lugar,
até receber uma mensagem indicando que o tráfego normal possa recomeçar.
Uma estação de navio, enquanto segue o tráfego de socorro, está em
condições de continuar o seu serviço normal, quando verifique que o tráfego
esteja bem estabelecido e não interfira com o mesmo.
Quando o tráfego de socorro cessar, o RCC, ou a estação que controlava
as operações de busca e salvamento, enviará uma mensagem na mesma
frequência, indicando que o respectivo tráfego terminou. Em radiotelefonia a
mensagem consiste:
Sinal de socorro MAYDAY;
Chamada a todos os navios “ALL STATIONS” ou CQ (CHARLIE
QUEBEC), pronunciado três (3) vezes;
A palavra THIS IS ou DE (utilizando as palavras do código DELTA
ECHO, em caso de dificuldade de idioma);
Indicativo de chamada, ou outra identificação da estação que envia
a mensagem;
Hora da transmissão da mensagem;
Nome e o indicativo de chamada do navio que estava em perigo;
As palavras SEELONCE FEENEE, pronunciadas como as palavras
francesas “silence fini”
Exemplo:
- MAYDAY
- ALL STATIONS (x3 )
- THIS IS
P á g i n a | 93
- MOTOR VESSEL ALBACORA
- 1730Z
- MOTOR VESSEL ALIANZA LQBU
- SEELONCE FEENEE
Em radiotelegrafia de impressão direta, a mensagem consiste:
Sinal de socorro MAYDAY;
A chamada CQ;
A palavra DE;
Indicativo de chamada, ou outra identificação da estação que envia
a mensagem;
Hora da transmissão da mensagem;
Nome e o indicativo de chamada do navio que estava em perigo;
SILENCE FINI.
Exemplo:
- MAYDAY;
- CQ;
- DE;
- CSDF;
- 1720 UTC;
- ARABELLA/GFOT;
- SILENCE FINI
Comunicações na Cena de Ação
O controle das comunicações é da responsabilidade do navio que controla
as operações de busca e salvamento e é também responsável pela escolha e da
designação da frequência a utilizar, levando em conta a disponibilidade do navio
sinistrado.
Nestas comunicações utiliza-se o modo de transmissão simplex, com a
finalidade de que, todas as estações participantes, possam tomar conhecimento
das informações pertinentes que digam respeito ao incidente de socorro.
Se for utilizada a radiotelefonia serão usados o canal 16 (VHF) e 2182 kHz
(MF). A frequência 2174,5 kHz (MF), pode também ser utilizada para as
comunicações em radiotelegrafia de impressão direta (telex).
As frequências que podem ser utilizadas nas comunicações navio-
aeronave em radiotelefonia, além do canal 16 em VHF e 2182 kHz, são:
3023 kHz;
4125 kHz;
5680 kHz;
Canal 6 (VHF)
Sinais de radio localização
Os sinais de localização são utilizados para facilitar a localização de uma
unidade móvel em perigo, ou a localização dos sobreviventes. Estes sinais
podem ser transmitidos por:
Estação móvel em perigo;
P á g i n a | 94
Balsa salva-vidas;
EPIRB;
Transponder de radar (SART);
Unidades de busca.
Os sinais de radio localização (homing) são os sinais de localização
emitidos pelas unidades móveis em perigo, ou pelas balsas salva-vidas. Estes
sinais têm por finalidade ser utilizados pelas unidades que efetuam as buscas,
para determinar o rumo a ser tomado em direção à estação transmissora
(estação em perigo).
Urgência e Segurança
As comunicações de urgência e segurança incluem:
Avisos aos navegantes e meteorológicos e informações urgentes;
Comunicações de segurança à navegação navio-navio;
Comunicações de informações de operação de movimento de
navios;
Comunicações de apoio para as operações de busca e salvamento;
Comunicações relativas à navegação, movimentos e necessidades
dos navios, assim como as mensagens de observação
meteorológica destinadas a um serviço meteorológico oficial.
Comunicações de Urgência
No serviço em comunicação terrestre, a mensagem de urgência deve ser
anunciada por meio da chamada seletiva digital e no formato previsto para as
chamadas de urgência, utilizando as frequências de chamada de socorro e
segurança.
Para as transmissões através do serviço de comunicação por satélite
(INMARSAT), não é necessário um anúncio para a transmissão da mensagem, a
seleção de urgent priority, dá prioridade de acesso ao sistema.
O formato da chamada e o respectivo sinal de urgência indicam que a
estação que faz a chamada tem uma mensagem muito urgente a transmitir, com
relação à segurança de um navio, ou de uma pessoa.
O sinal e mensagem de urgência devem ser emitidos nas frequências
previstas para o tráfego de socorro.
O sinal de urgência é constituído pelo grupo das palavras PAN PAN, em
radiotelefonia, e a palavra PAN deve ser pronunciada como a palavra francesa
“PANNE”.
Em radiotelefonia, a mensagem de urgência deve ser precedida pelo sinal
de urgência, repetido três (3) vezes, e da identificação da estação que transmite
e transmitida no canal 16.
A mensagem de urgência, só pode ser transmitida, com a autorização do
Comandante.
Um exemplo de uma mensagem de urgência:
- PAN PAN PAN PAN PAN PAN;
- ALL STATIONS ALL STATIONS ALL STATIONS;
P á g i n a | 95
- THIS IS;
- MV ADMIRAL;
- MY POSITION (…);
- I HAVE DAMAGE ABOVE WATERLINE;
- I REQUIRE TUG ASSISTANCE;
- OUT
Em radiotelegrafia de impressão direta, a mensagem de urgência, deve
ser precedida de um retorno de cursor, um espaçamento de linha, um
deslocamento de letra e pelo sinal de urgência e da identificação da estação que
transmite.
As comunicações de urgência em radiotelegrafia de impressão direta
deverão ser efetuadas no modo FEC.
Exemplo de uma mensagem de urgência em radiotelegrafia de impressão
direta (telex):
- PAN PAN;
- DE;
- MV ADMIRAL;
- MY POSITION IS 180 DEGREES FOUR MILES FROM POINT SAN
PEDRO;
- I HAVE DAMAGE ABOVE WATERLINE;
- I REQUIRE TUG ASSISTANCE.
Transportes Médicos
O termo “transportes médicos”, segundo a Convenção de Genebra de
1949 e os protocolos adicionais, refere-se a qualquer meio de transporte por
terra, água ou ar, militar ou civil, permanente ou temporário, destinado
exclusivamente ao transporte médico e controlado por uma autoridade
competente de uma parte da zona de conflito.
Com o propósito de anunciar e identificar os transportes médicos
protegidos pela Convenção referida, a transmissão completa dos sinais de
urgência descritos nos parágrafos anteriores é seguida da palavra medical.
A mensagem deve conter os seguintes dados:
Indicativo de chamada, ou outro meio de identificação;
Posição do transporte médico;
Número e tipo dos transportes médicos;
Rota prevista;
Duração estimada da viagem e a hora prevista da saída e da
chegada conforme o caso;
Qualquer outra informação, como altura do voo, frequência de
escuta, idioma a utilizar, etc.
A identificação e a localização dos transportes médicos podem ser
efetuadas por meio dos SART’s.
P á g i n a | 96
A utilização das radiocomunicações para anunciar e identificar os
transportes médicos são facultativas.
Segurança
No serviço em comunicação terrestre, a mensagem de segurança deve ser
anunciada por meio da chamada seletiva digital e no formato previsto para as
chamadas de segurança, utilizando as frequências de chamada de socorro e
segurança.
Para as transmissões através do serviço de comunicação por satélite
(INMARSAT), não é necessário um anúncio para a transmissão da mensagem.
O formato da chamada e o respectivo sinal de segurança indicam que a
estação que faz a chamada tem um aviso à navegação, ou aviso meteorológico
importante a transmitir.
O sinal de segurança é constituído pela palavra SECURITÉ, em
radiotelefonia, e deve ser pronunciada como a palavra francesa “saycuretay”
A chamada de segurança em radiotelefonia é transmitida no canal 16,
informando para os navios sintonizarem no canal 13, por onde será transmitida
a mensagem de segurança.
Um exemplo de chamada de segurança:
- SECURITÉ SECURITÉ SECURITÉ;
- ALL SHIPS ALL SHIPS ALL SHIPS;
- THIS IS;
- PPOI PPOI PPOI;
- NAVIGATIONAL WARNING;
- SWITCH TO VHF CHANNEL 13;
- OUT.
Em radiotelefonia, a mensagem de segurança deve ser precedida pelo
sinal de segurança, repetido três (3) vezes, e da identificação da estação que
transmite.
Um exemplo de mensagem de segurança:
- SECURITÉ SECURITÉ SECURITÉ;
- ALL SHIPS, ALL SHIPS, ALL SHIPS;
- THIS IS;
- PPOI PPOI PPOI;
- NAVIGATIONAL WARNING;
- GREEN BUOY ADRIFT. DANGEROUS TO NAVIGATION;
- POSITION: LATITUDE: 23º46’ S LONGITUDE: 045º28’ W TIME:
1245Z;
- OUT.
Em radiotelegrafia de impressão direta, a mensagem de segurança deve
ser precedida de um retorno de cursor, um espaçamento de linha, um
deslocamento de letra pelo sinal de segurança e da identificação da estação que
transmite.
P á g i n a | 97
As comunicações de segurança em radiotelegrafia de impressão direta
deverão ser efetuadas no modo FEC.
Exemplo:
- SECURITÉ;
- DE;
- ALIANÇA MANAUS;
- GREEN BUOY ADRIFT. DANGEROUS TO NAVIGATION;
- POSITION: LATITUDE: 2346 S, LONGITUDE: 04528 W TIME 1245Z.
Parecer Médico
Diversas estações costeiras oferecem durante 24 horas serviço de parecer
médico aos navios. Na lista de Radio determinação e Estações com Serviço
Especiais, vem especificando quais os países e respectivas estações que prestam
este serviço.
Os navios podem solicitar parecer médico a cerca de uma doença ou
ferimento de um tripulante, através de telex ou radiotelefonia à estação
apropriada. Este parecer médico, não é taxado. A permuta das chamadas em
telex ou radiotelefonia, relativas ao parecer é também livre de taxa.
Numa situação que requer um parecer muito rápido o uso do sinal de
urgência “PAN PAN”, transmitido três (3) vezes, é recomendado para haver uma
prioridade da mesma. As mensagens referentes aos pareceres médicos deverão
ser concisas e conter certas informações básicas, a cerca do doente. A
mensagem deverá indicar:
Nome e nacionalidade;
O sexo do paciente;
Idade;
Os sintomas;
A data do acidente ou o início da doença;
A temperatura, pulsação e condições gerais do doente;
Outras informações importantes: tipo de alergia e terapia já
administrada ao paciente, etc.
A utilização da língua inglesa é normal, mas as administrações podem
especificar a língua a ser utilizada na troca das mensagens. Quando existir
dificuldades linguísticas, poder-se-á utilizar o Código Internacional de Sinais
(Seção Médica), relativo ao parecer médico. As mensagens devem ser assinadas
pelo Comandante.
PRINCÍPIOS GERAIS DO SISTEMA NAVTEX (MSI). 5.3.
A designação do sistema automático de comunicações NAVTEX deriva das
palavras inglesas Navigational Warnings Radiotelex. Trata-se de um sistema de
informação de segurança marítima que compreende avisos aos navegantes,
avisos meteorológicos e informações urgentes, incluindo informações de busca e
salvamento (SAR).
P á g i n a | 98
Este sistema utiliza a recepção automática a bordo, de uma distância
entre 200 e 400 milhas da costa, por intermédio de radiotelegrafia de impressão
direta (NBDP), numa frequência dedicada de 518 kHz (NAVTEX Internacional).
Também foram atribuídas as frequências 490 kHz que só poderá ser
utilizada no NAVTEX Nacional, isto é, a difusão das mensagens em língua
nacional e a frequência 4209.5 kHz, que deverá ser utilizada nos países situados
nas zonas tropicais e subtropicais, devido ao forte ruído atmosférico existente
naquelas áreas, que limita fortemente o alcance nas frequências de ondas
médias (MF), também utilizada para o NAVTEX Nacional.
A figura mostra um exemplo de Sistema NAVTEX com estações NAVTEX.
O NAVTEX vem a substituir o sistema convencional de transmissão deste
tipo de informações que, desde o princípio do século XX, utilizava a
radiotelegrafia e a partir dos anos 50, a radiotelefonia.
Estes métodos de transmissão convencionais necessitavam de um
operador qualificado e tinha o inconveniente de ficar dependente da atenção
prestada por este operador e do seu conhecimento das várias frequências e
P á g i n a | 99
horário de emissão. Por vezes, certas informações não eram recebidas a tempo,
o que poderia causar graves acidentes marítimos. Outro grave inconveniente era
a possibilidade de deturpação das mensagens (mais fácil de ocorrer na emissão
em radiotelefonia).
O conceito geral do sistema NAVTEX que poderá ser utilizado por navios
de todos os tamanhos e diferentes tipos está ilustrado na figura a seguir:
Detalhes dos serviços de radiodifusão NAVTEX existentes são publicados
na Lista das Estações que efetuam Serviços Especiais e Rádio determinação,
publicada pela UIT, sendo reeditada a intervalos determinados. Também na
publicação Lista de Estações Costeiras, podemos encontrar as estações que
realizam o serviço NAVTEX.
Características do Sistema NAVTEX
Como principais características do sistema, pode-se assinalar o seguinte:
As estações transmissoras são agrupadas por NAVAREAS;
Um código (B1 B2 B3 B4), que existe no preâmbulo de cada
mensagem;
O operador poderá selecionar os tipos de mensagens que desejar
receber.
P á g i n a | 100
O fato de certas classes de informações marítimas, tais como avisos aos
navegantes e meteorológicos e mensagens de busca e salvamento, não poder
ser rejeitadas pelo operador de bordo, com a finalidade de se assegurar, que nos
navios seja sempre recebida a informação essencial para a segurança da
navegação.
O operador poderá escolher as mensagens de uma só estação que sirva a
área em que navega, ou ainda, de outras estações desde que estejam ao seu
alcance e apropriadas às suas conveniências de navegação.
O receptor deve ficar localizado no passadiço do navio, o que possibilita o
oficial de quarto a ter permanente conhecimento das informações de segurança
marítima e mensagens de busca e salvamento.
A figura abaixo apresenta um moderno receptor NAVTEX, que possibilita
receber as MSI tanto em forma digitada na tela, quanto na forma impressa em
papel térmico, além de poder imprimir em uma impressora se tiver conectada ao
mesmo. O receptor é de pequenas dimensões, de operação silenciosa, sendo
controlado por microprocessador.
Possui alarme para assinalar a recepção das mensagens de avisos aos
navegantes, avisos meteorológicos e informações de busca e salvamento e
pirataria e não recebe as mensagens que já tenham sido difundidas.
Tem memória para armazenamento de cerca de 200 mensagens recebidas
por períodos de 48 a 72 horas, consoante a marca do equipamento. A sua
alimentação poderá ser feita pela rede de energia principal do navio, e, se esta
vier a faltar, por baterias. Deverá estar sempre ligado, quando o navio estiver
navegando em áreas onde há uma cobertura do sistema NAVTEX.
Quando um caractere é recebido errado, devido às interferências de ruído,
ele será impresso com um “*”. Quando os caracteres errados excederem 33%, a
mensagem será rejeitada. As mensagens, devido ao sistema NAVTEX ser um
serviço internacional, tem um formato padrão, como se segue:
ZCZC B1 B2 B3 B4;
Origem da mensagem; Texto da mensagem;
NNNN.
P á g i n a | 101
Cada mensagem começa sempre com o grupo de quatro letras ZCZC, que
é o indicativo de começo e sincronização da mensagem, seguida de um
preâmbulo constituído por um grupo de quatro caracteres (B1B2B3B4).
O fim da mensagem é indicado pelo grupo NNNN.
Carácter B1 de Identificação do Transmissor
O caractere B1 consiste numa só letra, de A a Z, que identifica cada
estação transmissora, e é usado para selecionar a estação desejada e rejeitar as
que não se pretendem (o operador escolhe a estação desejada, colocando no
receptor a letra respectiva). A IMO escolhe este caractere com uma seqüência
alfabética em cada região NAVAREA não existindo duas estações com o mesmo
caractere na mesma região. A mínima distância entre dois transmissores com o
mesmo caractere B1 deverá ser a suficiente para assegurar que um receptor de
navio nunca esteja ao alcance das duas estações, com o mesmo horário, ao
mesmo tempo. A IMO estabeleceu um painel coordenador, onde dividiu por cada
área NAVAREA, as estações em 4 grupos, tendo cada grupo 6 estações, tendo a
duração de cada transmissão de 10 minutos, período este especificado a cada 4
horas.
Carácter B2 de Identificação de Assunto da Mensagem
O caractere B2 é usado para o receptor identificar as diferentes classes de
mensagens, que interessem ao navio e rejeitar as desnecessárias. As letras
identificadoras dos assuntos são as seguintes:
A: Avisos aos navegantes;
B: Avisos meteorológicos;
C: Informações sobre gelos;
D: Informações de busca e salvamento marítimo e avisos de
ataques piratas;
E: Previsões meteorológicas;
F: Mensagens de informação de portos (serviço de praticagem);
J: Mensagens de informação do “SATNAV”;
K: Mensagens de informação de auxílios eletrônicos à navegação;
L: Avisos aos navegantes;
Z: Inexistência de serviço (serve para aferir o receptor).
As mensagens de tipo A, B, D e L não podem ser rejeitadas pelo receptor,
e quando são recebidas, acionam o alarme do mesmo. Se o operador desejar
não receber alarme para as mensagens tipo A, B e L poderá fazê-lo, mas para as
mensagens tipo D o alarme manter-se-á sempre ativo.
As mensagens do tipo L são uma continuação do grupo A.
Os caracteres v, w, x e y são para serviços especiais atribuído pelo painel
NAVTEX.
P á g i n a | 102
Caracteres B3 e B4 Identificadores da Numeração das Mensagens
NAVTEX
Os caracteres B3 e B4 indicam o número da mensagem (numeração de 01
a 99), de cada assunto, identificado pelo caractere B2. Esta numeração tem
início às 0000 horas HMG do dia 1 de janeiro de cada ano.
Ao atingir o número 99 a numeração recomeça de novo em 01. Quando
necessário, os avisos aos navegantes com o caractere B2 = L pode ser utilizado,
quando haja excesso, no caractere B2 = A.
Certas mensagens são designadas pela série 00 que indica tráfego
urgente (mensagem inicial de socorro ou aviso de tempestade) e serão
recebidas (impressas no equipamento) esteja ou não o receptor programado
para elas.
Segue-se na mensagem NAVTEX a data, hora, o mês e ano (a hora
utilizada é a UTC). Vindo depois o texto em inglês.
Exemplo de um aviso meteorológico, emitido pela Estação Rádio Bahia
Blanca na Argentina:
ZCZCPE24;
300550NOV2011;
BAHIA BLANCA RADIO LPW;
NO WARNINGS;
WEATHER SUMMARY 300000 UTC;
HIGH 1025 40S58W;
STATIONARY NO CHANGE;
FORECAST VALID T 310800 UTC;
FROM CAPE INDIO TO CAPE PIEDRAS:
NORTHWEST 3 BECOMING 4 TO BY THE;
AFTERNOON, NORTHWEST SWELL 2 METRES.
FROM CAPE PIEDRAS TO CHIQUITA BEACH:
NORTHWEST 3 BECOMING 4 TO 5 BY THE
AFTERNOON NORTHWEST SWELL 2 METERS
FROM CHIQUITA BEACH TO BEACH GRANDE:
NORTH 2 TO 3 SOUTHEAST SWELL 1 METER.
NNNN
Exemplo de um aviso aos navegantes, referente à estação Mar Del Plata
na Argentina:
ZCZCQA87;
290247JUL2011;
MAR DEL PLATA RADIO LPM;
BUENOS AIRES HARBOUR;
BUOY NR 1 FREEWAY UNLIGHT;
SINCE 290130 JUL;
NNNN.
P á g i n a | 103
Controle da Informação pelas Estações NAVTEX
As mensagens são transmitidas pelas estações pela ordem inversa de
recepção, isto é, a última a ser recebida deverá ser a primeira a ser transmitida.
As mensagens de cancelamento deverão ser radiodifundidas só uma única
vez.
Os avisos aos navegantes que digam respeito aos avisos costeiros e
avisos de NAVAREA, são normalmente repetidos em cada transmissão de
horário, enquanto estiverem em vigor.
Os avisos importantes e de caráter urgente para a navegação devem ser
transmitidos logo que recebidos e nas subseqüentes radiodifusões seguintes.
Os boletins meteorológicos para as áreas NAVTEX são rádio difundidos
duas (2) vezes por dia.
As informações de serviço de prático, só são radiodifundidas para
alterações temporárias do serviço de prático pelo que poderá incluir mensagens
que notifiquem o movimento ou suspensão temporária de um serviço de prático,
devido ao mau tempo, ou a outro fator. São informações só para os navios que
se aproximem de um porto.
Prioridades da Informação
Existem três prioridades de mensagens, que são usadas para indicar a
ordem de rádio difusão das mensagens pelas estações do serviço NAVTEX:
Vital: Para transmissão imediata;
Important: Para transmissão no primeiro período de silêncio
(período entre duas transmissões);
Routine: Para rádio transmissão nos horários normais.
Estas indicações não serão transmitidas pelas estações do serviço
NAVTEX.
As mensagens vital incluem as informações de extrema urgência, como os
alertas de socorro e levarão o caractere B2=D, com a finalidade de alertar os
navios para a situação de socorro. O uso dos caracteres B3B4=00 é apropriado
para as mensagens de socorro.
As mensagens Important incluem todas as informações de caráter
urgente, como um aviso meteorológico sobre um iminente temporal.
As mensagens Routine incluem todas as informações aos navegantes e os
boletins meteorológicos.
A IMO recomenda que o receptor NAVTEX seja ligado 8 horas antes de
qualquer navio sair de um porto, quando dentro da cobertura de uma estação
NAVTEX, para assegurar que sejam recebidas todas as informações de
segurança marítima.
PRINCÍPIOS GERAIS DO SISTEMA RADIOTELEX (NBDP). 5.4.
O telex marítimo é também conhecido como impressão direta em banda
estreita NBDP (Narrow Band Direct Printing), e em certos casos como radio
teletipo (RATT). Consiste numa técnica utilizada entre um navio e um terminal
P á g i n a | 104
de telex nacional/internacional, ou entre estações de navios e estações
costeiras, ou na rádio difusão de avisos.
Nos dois primeiros casos o sistema funciona no modo-A de correção de
erros por pedido de repetição ou modo ARQ (Automatic Request Repeat) e no
último caso, para a difusão funciona com correção de erros sem via de retorno
no modo-B, ou modo FEC (forward Error Correction).
A velocidade de modulação para o radiotelex nas bandas de MF e HF tem
uma velocidade de transmissão de 100 bit/s e o sistema utiliza um código de
detecção de erros.
No modo A-ARQ, a estação que chama e a estação chamada, durante o
processo de estabelecimento da comunicação, devem permanecer,
respectivamente, como estação principal e estação secundária, até que se
verifique todo o escoamento do tráfego, permitido deste modo a repetição de
caracteres mal recebidos.
No serviço de radio difusão de informação de segurança marítima,
existem canais de comunicação dedicados, a uma frequência em cada faixa,
obrigando à utilização de receptores específicos para o seu funcionamento. Este
método constitui uma alternativa ao serviço EGC do Inmarsat.
O equipamento de NBDP deverá:
Possuir meios de codificar e decodificar mensagens;
Possuir meios de digitação e de verificação de mensagens a serem
transmitidas;
Possuir meios de armazenamento de mensagens recebidas.
Além dos requisitos anteriores não deverá ser fácil ao utilizador alterar
dados das mensagens recebidas. A figura abaixo apresenta um equipamento
radio telex para comunicações terrestres.
P á g i n a | 105
UTILIZAÇÃO DO RADIOTELEX (NBDP) NO SERVIÇO MÓVEL 5.5.
MARÍTIMO E NA RECEPÇÃO DE MSI.
Procedimentos gerais para operação do radiotelex no serviço móvel
marítimo:
Antes de efetuar uma transmissão, a estação deve tomar
precauções para assegurar-se que a sua emissão não vai interferir
com comunicações em curso;
Caso se verifique a ocupação do canal, a estação deve esperar por
uma interrupção apropriada na comunicação em andamento e
tentar nova chamada.
Esta obrigatoriedade não se aplica às estações onde a operação
pretendida é possível através de meios automáticos.
Modos de Emissão de Radiotelex
Todos os navios equipados com equipamento de rádio telex na faixa de
415 kHz a 533 kHz devem ser capazes de:
Enviar e receber na classe de emissão FIB ou J2B nas frequências
de trabalho necessárias à execução do seu serviço;
Receber a classe de emissão FIB emitida em 518 kHz de acordo
com o GMDSS;
Todos os navios equipados para trabalhar com telex nas bandas dos
1605 kHz a 4000 kHz e dos 4000 kHz a 27500 kHz devem ser
capazes de transmitir e receber nas classes de emissão FIB ou J2B
nas frequências de trabalho necessárias à execução das suas
funções e serviços.
Para comunicações entre apenas duas estações o modo ARQ deve ser
utilizado sempre que possível. Para transmissões de uma estação costeira ou de
uma estação de navio para duas (2) ou mais estações, o modo FEC deve ser
utilizado quando possível.
Observação: O modo FEC é geralmente o mais utilizado em telex para
recepção e transmissão de informação de socorro, urgência e segurança.
Os serviços fornecidos por cada estação costeira aberta à correspondência
pública devem ser indicados nas publicações Lista de Estações Costeiras
juntamente com a informação das taxas aplicadas.
Cada estação de navio e estação costeira com rádio telex é identificada
por um número (Sel-Call Number) além do seu identificador de chamada. O(s)
primeiro(s) número(s) identificam o país ao qual pertence à estação. O número
de telex identificador das estações costeiras é constituído por 4 algarismos.
Os números de identificação das estações podem ser obtidos nas
publicações Lista de Estações de Navio e Lista de Estações Costeiras. Algumas
administrações podem introduzir a utilização dos 9 algarismos MMSI para rádio
telex em substituição dos 5 algarismos de rádio telex para as estações de navio.
P á g i n a | 106
Procedimentos para Operação Manual de Rádiotelex
Quando se utiliza o telex nas faixas marítimas, a chamada deve ser
efetuada numa frequência de trabalho disponível neste serviço.
Chamada em telex navio-terra
O operador da estação de navio estabelece comunicação por rádio
telefone, por DSC ou por qualquer outro meio, utilizando os procedimentos
normais de chamada. O operador do navio solicita o uso de telex, quais as
frequências apropriadas e o número de telex. Em seguida a estação costeira
estabelece comunicação em rádio telex na frequência acordada. Do mesmo
modo, o operador do navio chama a estação costeira no seu número de telex. A
estação costeira deve responder na frequência de transmissão emparelhada com
a do navio.
Chamada de telex terra-navio
O operador da estação costeira chama o navio em radiotelefonia, DSC ou
por qualquer outro meio, utilizando os procedimentos normais de chamada. Uma
vez em comunicação com o navio deve seguir os procedimentos descritos
anteriormente.
Comunicação navio-navio em radiotelex
O operador da estação que chama estabelece comunicação em
radiotelefonia, por DSC ou por qualquer outro meio, utilizando os procedimentos
normais de chamada. O operador requer telex e dá informação das frequências a
serem utilizadas e dos números de telex.
O operador do navio chamado, em seguida estabelece a comunicação nas
frequências acordadas utilizando o número de telex de chamada do navio que o
chamou inicialmente.
Procedimentos para a Operação Automática em Telex
Chamada automática navio-terra
A estação do navio chama a estação costeira na frequência pré-
determinada utilizando o equipamento de rádio telex e o número de chamada de
telex da estação costeira. O equipamento telex da estação costeira detecta a
chamada e responde no canal emparelhado apropriado, automaticamente ou
manualmente.
Chamada automática terra-navio
A estação costeira chama a estação de navio na frequência pré-
determinada e no número de telex do navio. Se o equipamento do navio
detectar a chamada, a resposta pode ser dada de dois modos:
A estação do navio responde de imediato na frequência
emparelhada correspondente, ou numa última etapa utilizando os
procedimentos já descritos anteriormente para a operação manual;
O transmissor da estação do navio sintoniza automaticamente na
frequência de transmissão correspondente e envia sinais de
P á g i n a | 107
controle apropriados para indicar que está preparado para receber
automaticamente.
Formato de transmissão em Telex
Quando são concedidas as facilidades apropriadas pelas estações
costeiras, o tráfego deve ser passado através da rede telex:
Em modo de “conversação”, onde as estações estão ligadas
diretamente quer em modo automático quer em modo manual;
Em modo de “armazenamento e de seguimento”, onde o tráfego é
armazenado pela estação costeira até que o circuito para a estação
que chamou possa ser estabelecido, quer automaticamente quer
em modo manual, então a mensagem seguirá.
Formato da mensagem telex
Na direção terra-navio o formato da mensagem deve estar em
conformidade com a prática normal da rede de telex. Na direção navio-terra o
formato da mensagem deve estar em conformidade com os procedimentos
operacionais especificados nas recomendações relevantes do CCIR.
Operação no Modo FEC
As mensagens no modo FEC devem ser enviadas após arranjo prévio de
uma estação costeira ou de uma estação de navio para uma ou mais estações de
navios nos seguintes casos:
Quando a estação de navio não está apta a utilizar o seu
transmissor, ou não está autorizada a sua utilização;
Quando a mensagem é endereçada a mais de um navio;
Quando a recepção da mensagem é necessária e desatendida e a
acusação do recibo automático não é pedida.
Nota: Todas as mensagens no modo FEC devem ser precedidas no mínimo de
um retorno de cursor (CR) e no mínimo de um deslocamento de linha (LF-line
feed).
Acusação do recibo a uma mensagem FEC
As estações de navio devem acusar o recibo de mensagens no modo FEC
por telefonia ou por qualquer outro meio.
Frequências de Telex NBDP
Os operadores devem ler atentamente as instruções de operação dos
fabricantes dos equipamentos de radio telex, a fim de se certificarem se existe
ou não uma diferença de 1,5 kHz, 1,7 kHz ou de 1,9 kHz a ser subtraída às
frequências de transmissão ou de recepção em relação aos valores atribuídos,
antes de ser feita qualquer tentativa para receber ou enviar sinais de telex. Nos
equipamentos mais recentes, microprocessadores já controlam estas diferenças
automaticamente, quando o modo de telex é selecionado. Todas as frequências
a seguir citadas são frequências atribuídas internacionalmente:
P á g i n a | 108
490 kHz: Esta frequência é usada exclusivamente para transmissão
pelas estações costeiras de avisos meteorológicos, avisos aos
navegantes e para divulgação de informação de caráter urgente
para navios por meio de telex (Navtex nacional);
518 kHz: Esta frequência é usada exclusivamente para transmissão
pelas estações costeiras de avisos meteorológicos, avisos aos
navegantes e de informação urgente para navios por meio de telex
(Navtex Internacional);
2174.5 kHz: Frequência reservada exclusivamente para tráfego de
socorro e de segurança em telex na faixa de MF. Também deverá
ser utilizada nas comunicações navio-navio em telex no local do
acidente e no modo FEC;
4209.5 kHz: Esta frequência é utilizada exclusivamente pelas
estações costeiras para transmissão de avisos meteorológicos,
avisos aos navegantes e informações urgentes a navios utilizando o
mesmo modo de transmissão Navtex. Usada nas áreas tropicais e
subtropicais;
4177,5 kHz, 6268 kHz, 8376,5 kHz, 12520 kHz e 16695 kHz: Estas
frequências estão reservadas exclusivamente para comunicações de
socorro e segurança por meio de telex;
4210 kHz, 6314 kHz, 8416,5 kHz, 12579 kHz, 16806,5 kHz, 22376
kHz e 26100,5 kHz: Estas frequências estão reservadas
exclusivamente para as estações costeiras para transmissão de
informação de segurança marítima em HF por telex e no modo FEC.
No litoral brasileiro, a Estação Rádio da Marinha no Rio de Janeiro
(PWZ33) faz radio difusão telex das MSI, em horários determinados, utilizando
as seguintes frequências: 4266,0 kHz; 6448 kHz; 8580,0 kHz; 12709,9 kHz e
16974 kHz. Na publicação Lista de Auxílio Rádio da Diretoria de Hidrografia e
Navegação encontra-se maiores detalhes sobre horários de radio difusão.
Todos os navios que utilizem telex devem permitir o envio e a recepção de
tráfego de socorro e de segurança nas frequências designadas anteriormente e
referentes a cada uma das faixas de HF de operação.
Qualquer emissão que possa causar interferência nos alertas de socorro,
nas comunicações de socorro, nas comunicações de urgência e nas
comunicações de segurança, em qualquer uma das frequências de telex
referidas anteriormente é expressamente proibida.
Nas comunicações por telex, os testes de transmissão devem ser
minimizados nas frequências de socorro e de segurança e devem sempre que
possível ser realizados com antena artificial ou com potência reduzida.
Respostas no Serviço de Telex
Para assegurar-se que um operador está em ligação com a estação
costeira correta e uma estação de navio ou um assinante de telex em terra, é
normal a troca de retorno de resposta no início da ligação de telex.
P á g i n a | 109
Cada instalação de telex tem uma resposta única para se identificar a si
própria, a qual está programada no próprio equipamento.
Quando por exemplo o rádio telex automático controlado por Rio rádio é
solicitado, esta estação emite a seguinte resposta à solicitação: 3750AUTO BR,
onde 3750 é o número de identificação da estação Rio rádio (selcall), AUTO
indica as facilidades de telex automático que foram solicitadas e BR indica o país
da estação costeira (neste caso Brasil).
Do mesmo modo a resposta de um navio a uma solicitação de telex é:
47579 GFCV X, onde 47579 indica o número de identificação de telex do navio
(selcall), GFCV é o indicativo de chamada e X indica que se trata de uma estação
móvel marítima.
Os assinantes de telex em terra têm respostas às solicitações que incluem
o seu número de telex seguido por uma curta palavra ou grupo de letras
indicando o nome da companhia ou organização e finalmente a identificação do
país. Por exemplo: 987321 LLOYDS G.
Modos de Operação em Telex
Os sistemas de radiocomunicações estão sujeitos a múltiplas
interferências, a desvanecimentos, a multitrajetos e a outros tipos de
perturbações, que podem mutilar a mensagem de telex, tornando-se necessário
um modo efetivo de detecção e de correção de erros. Existem dois modos de
operação: o ARQ e o FEC.
Pedido de repetição automática (ARQ)
O modo ARQ (Automatic Repeat Request), consiste no pedido de repetição
automática e providencia a detecção de erros e a correção de erros. No entanto,
a comunicação entre as duas estações, somente, se realizará se os seus
transmissores e os receptores estiverem simultaneamente ativos.
Correção automática de erros (FEC)
O modo FEC (Forward Error Correction) consiste na correção de erros
automática, providenciando apenas a detecção de erros. Se por qualquer motivo
um caractere não foi bem recebido, um espaço ou um asterisco (*) é impresso
no texto. No modo FEC as estações de recepção não necessitam ter o seu
transmissor ativo, sendo este modo de operação o ideal para a difusão de
informação a diversas estações em avisos meteorológicos e de avisos aos
navegantes. Este modo é em certos casos designado como “modo de difusão”
sendo também o modo preferencial para as comunicações de socorro e
mensagens de urgência e de segurança em telex.
Nota: quando se transmite no modo FEC, torna-se muito importante que a
preparação da chamada inicial tenha uma duração mínima de 10 segundos e
depois enviar no mínimo um retorno de cursor (CR), seguido de pelo menos uma
linha de espaçamento (LF). Se isto não for feito, o equipamento de recepção
poderá não responder à transmissão em curso.
P á g i n a | 110
SELFEC
Uma derivação do modo FEC é o chamado SELFEC muito similar ao modo
FEC, mas onde a transmissão é endereçada a uma estação particular de
recepção, isto é, endereçando a chamada ao número de identificação apropriado
(selcall). Este modo evita que o transmissor tenha de estar ativado, sendo o
modo ideal de transmissão para navios em porto que queiram receber
mensagens de telex e onde o uso do transmissor seja restringido ou proibido.
DIRECT
O modo direto (Direct) existe apenas em certas instalações de telex, não
possuindo qualquer técnica de detecção ou de correção de erros.
Procedimentos para Iniciar o Circuito de Radiotelex com uma Estação
Costeira
Em primeiro lugar devem ser selecionadas as frequências de telex
apropriadas das estações costeiras, utilizando as publicações da ITU
referentes à Lista de Estações Costeiras ou o volume-1 da ALRS
(Admiraly List of Radio Signals);
Decidir qual o canal de telex a utilizar e sintonizar o receptor na
frequência de transmissão da estação costeira. Algumas estações
costeiras emitem sinais livres seguidos do indicativo de chamada no
código Morse. Se forem recebidos sinais fortes, o operador de navio
pode entender que a estação costeira ouvirá a sua chamada no
mesmo canal;
Assegurando-se de que o canal está livre na frequência de recepção
da estação costeira, sintonizar o transmissor na frequência de
emissão emparelhada referente ao canal escolhido e iniciar a
chamada no modo ARQ;
Se a chamada for escutada pela estação costeira, será recebida
uma resposta a qual pode ser visualizado no vídeo ou na
impressora;
Selecionar o código de serviço requerido;
Quando ligado a um assinante distante, trocar inicialmente códigos
de respostas a perguntas e só depois iniciar a transferência do
tráfego;
Quando acabar o serviço com o assinante, transmitir KKKK para
desligar o circuito. Em seguida, será impresso o grupo data-hora
seguido do tempo da duração da chamada e do convite para
prosseguir com a próxima chamada em radio telex (Ga+). Deve se
notar que isto não quebra a ligação com a estação costeira;
Quando todo o tráfego estiver completo, transmitir BRK+ para
quebrar a ligação de rádio telex com a estação costeira, devendo o
equipamento transmissor de telex ser comutado para STANDBY,
caso contrário o canal de telex ficará bloqueado e impedirá a outros
utilizadores o seu acesso.
P á g i n a | 111
Código SignificadoABS assinante ausente
ADD por favor adicione seu número telex internacional
BCT chamada em radiodifusão (geral)
BRK eu cortei o circuito telex
CFM por favor confirme/eu confirmo
CI conversação impossível
CRV você recebe bem?/ eu recebo bem
GA você pode transmitir/posso eu transmitir?
MNS minutos
MOM aguarde/aguardando
NA correspondência com este assinante não está autorizada
NC sem circuitos
NCH o número do assinante deve ter mudado
NI nenhuma linha de identificação disponível
NR indique seu número de chamada/meu nº de chamada é....
OCC assinante ocupado
RPT repita/eu repetirei
SVP por favor
T pare sua transmissão
TEST MSGpor favor, envie uma mensagem de teste
WRU quem está aí? solicitação para a estação se identificar
XXXXX erro
EEEEE erro
Taxas Aplicadas às Chamadas em Rádiotelex
As taxas aplicadas às chamadas de correspondência pública efetuadas em
rádio telex dependem de 3 fatores:
Tempo de duração da chamada de telex;
Localização do assinante a partir da estação costeira (taxa de linha
terrestre);
Faixa de frequência utilizada (HF é mais cara que MF).
As chamadas automáticas são taxadas no mínimo de 6 segundos,
seguidas de incrementos de 6 segundos.
As chamadas manuais são taxadas com um mínimo de 3 minutos,
seguidas de incrementos de um minuto.
Quando os assinantes estiverem ligados a um contador automático, é
usado o tempo registrado.
Contudo se existirem más condições na comunicação, o contador para,
enquanto que o equipamento solicita a repetição do texto corrompido.
Enviando KKKK ou BRK+ no final do serviço de rádio telex, impõe-se ao
equipamento que imprima a duração da chamada.
Principais códigos usados no serviço Telex internacional e seus
significados:
P á g i n a | 112
Código SignificadoABS assinante ausente
ADD por favor adicione seu número telex internacional
BCT chamada em radiodifusão (geral)
BRK eu cortei o circuito telex
CFM por favor confirme/eu confirmo
CI conversação impossível
CRV você recebe bem?/ eu recebo bem
GA você pode transmitir/posso eu transmitir?
MNS minutos
MOM aguarde/aguardando
NA correspondência com este assinante não está autorizada
NC sem circuitos
NCH o número do assinante deve ter mudado
NI nenhuma linha de identificação disponível
NR indique seu número de chamada/meu nº de chamada é....
OCC assinante ocupado
RPT repita/eu repetirei
SVP por favor
T pare sua transmissão
TEST MSGpor favor, envie uma mensagem de teste
WRU quem está aí? solicitação para a estação se identificar
XXXXX erro
EEEEE erro
CARACTERÍSTICAS DO INMARSAT. 5.6.
O sistema Inmarsat (International Mobile Satellite Organization) é
constituído por quatro satélites geoestacionários.
Este sistema dá prioridade às comunicações de socorro.
A prioridade nas chamadas de socorro não se aplica só à atribuição dos
canais de satélite, mas também às chamadas automáticas encaminhadas para
os RCCs (Rescue Coordination Centre, ou seja, centro de coordenação e
salvamento) apropriados. Assim, qualquer chamada de socorro enviada por uma
SES (Ship Earth Station, ou seja, estação terrena de navio) que é recebida pela
CES/LES (Coast / Lend Earth Station, ou seja, estação costeira terrena / Estação
Terrena de Terra) é encaminhada automaticamente para o respectivo RCC
associado.
Para assegurar um correto funcionamento das comunicações de socorro as NCSs
(Network Coordination Station, ou seja, estação de coordenação da rede
P á g i n a | 113
Inmarsat) verificam todas as comunicações das CES/LES numa determinada
região e escala uma para receber prioritariamente a chamada de socorro.
As áreas de cobertura dos satélites estão ilustradas na figura a seguir.
Satélites e Sistemas INMARSAT
O sistema Inmarsat é constituído por quatro satélites, geoestacionários,
correspondendo a quatro regiões oceânicas que são:
Atlantic Ocean Region-East (AOR-East);
Atlantic Ocean Region-West (AOR-West);
Indian Ocean Region (IOR);
Pacific Ocean Region (POR).
Sistema INMARSAT
Consiste em duas partes: equipamentos acima do convés (ADE) e
equipamentos abaixo do convés (BDE). O ADE inclui uma antena parabólica com
diâmetro entre 0,85m e 1,2m, montada na plataforma e estabilizada de modo
que a antena permaneça apontada para o satélite independente do movimento
do navio. Inclui também, um amplificador de potência na banda L, um
amplificador de baixo ruído na banda L, um duplicador de sinal e uma cobertura
de proteção com baixa perda. O BDE consiste de uma unidade de controle da
antena, equipamentos eletrônicos usados para transmissão, recepção, controle
de acesso e sinalização. Este sistema proporciona serviços de comunicação
global em voz, telex, fax, e-mail, vídeo conferência e outras. As figuras a seguir
apresentam os equipamentos acima do convés (ADE) e equipamentos abaixo do
convés (BDE), respectivamente.
Sistema INMARSAT-C
Este sistema foi introduzido em 1991, tornando possíveis as comunicações
a baixo custo num pequeno terminal. Como o tamanho destes equipamentos é
pequeno e têm pouco peso, são especialmente adequados para pequenos navios
tais como, por exemplo, iates e navios de pesca. Este sistema, no entanto, não
P á g i n a | 114
permite comunicações em fonia, sendo possível apenas enviar mensagens em
texto ou dados.
Um dos maiores benefícios deste sistema foi tornar desnecessário ter
disponíveis frequências para as comunicações de segurança e socorro. Assim
estas comunicações são transmitidas nos canais gerais usando um sistema de
prioridades.
Neste sistema, para enviar ou receber mensagens é necessário fazer o
“Log-in” depois de ligar o equipamento, isto é, sintonizar a um satélite
INMARSAT. No entanto, alguns equipamentos fazem-no automaticamente. Assim
o sistema sabe que a SES está pronta para qualquer comunicação e
simultaneamente é sintonizada a SES para o canal comum da NCS, para a região
do oceano em causa.
No caso de se desejar desligar o equipamento deve-se fazer o “Log-out”
primeiro para que o sistema saiba que não está disponível para qualquer
comunicação. Quando aparecer na tela do monitor “Logged Out” o equipamento
pode ser desligado.
Sistema INMARSAT-F77
Os detalhes do equipamento também estão relacionados no subitem 3.5
do capítulo 3. Proporciona os seguintes serviços, além do GMDSS:
Telefonia;
Transferência de arquivos;
Acesso à internet;
Correio eletrônico;
Monitoramento remoto;
Atualização de cartas eletrônicas e cartas de tempo e tele medicina.
Possui botão “DISTRESS”.
Sua característica marcante é a sua capacidade de pré- aquisição de uma
chamada, levando em conta uma hierarquia na prioridade da chamada a ser
executada.
Possui quatro níveis de prioridades:
Socorro (3);
Urgência (2);
Segurança (1);
Rotina (0).
Possui quatro velocidades de dados:
9,6 kbps;
56 kbps;
64 kbps;
128 kbps.
Seu IMN de nove dígitos não possui MID.
P á g i n a | 115
REDE E SATÉLITES INMARSAT. 5.7.
O INMARSAT (International Marine Satellite Organization - Organização
Internacional de Telecomunicações Marítimas por Satélite) é uma organização
internacional com mais de 75 países membros, cujo objetivo é a prestação de
serviços de comunicação móvel (aeronáutico, marítimo e terrestre) por satélite.
A comunicação com as estações móveis é realizada em banda L (1-2
GHz).Estabelecido em 1979 para servir à indústria marítima desenvolvendo
comunicações via satélite e para atender as aplicações de segurança, o
INMARSAT opera atualmente um sistema global de satélites que é usado por
fornecedores de serviços independentes para oferecer comunicações de voz e
multimídia para dispositivos em movimento e em localizações remotas.
O sistema foi expandido para o uso de comunicação terrestre e
aeronáutica. A rede INMARSAT compreende:
Os quatro satélites geoestacionários descritos a seguir;
Equipamento instalado nas estações de navios conhecidas como
SES (Ship Earth Stations) ou MES (Mobile Earth Stations);
Equipamento instalado nas estações costeiras terrenas conhecidas
como LES (Land Earth Stations) ou CES (Coast Earth Stations);
É uma estação coordenadora de rede (NCS – Network Coordination
Station) em cada região oceânica;
A sede do sistema INMARSAT em Londres que controla todo o
sistema.
Um Centro de Operações de Rede (NOC), em Londres, responsável pelo
ganho dos sinais, pela tarifação, pelo monitoramento e posicionamento dos
satélites e também pelo comissionamento das SES.
O sistema INMARSAT possui quatro (4) satélites geoestacionários com
uma altura orbital média de 35.786 km. Cada satélite cobre até 1/3 da superfície
terrestre e são posicionados na linha do equador estrategicamente acima de
uma das quatro regiões do oceano. Este posicionamento projeta sobre a terra
uma cobertura, denominada “FOOTPRINT”, que não ultrapassa os 70º de
latitude Norte e Sul, tendo suas longitudes limitadas aos oceanos.
P á g i n a | 116
Na terra, estão distribuídas em torno do mundo as antenas gigantes de
comunicação responsáveis pela recepção dos sinais de retorno dos satélites e
distribuição para as redes de telecomunicações.
As antenas dos equipamentos devem estar apontadas para o satélite
escolhido que corresponde à região oceânica em que o navio se localiza. Deve-se
verificar frequentemente se a antena não está obstruída, por exemplo, pela
estrutura do navio ou montanhas. Nesse caso deverá ter que selecionar outro
satélite que não esteja obstruído, visto que existem muitas regiões em que há
dois ou mais satélites a cobrir a mesma área. A figura abaixo mostra uma
CES/LES.
MENSAGENS PARA SITUAÇÕES DE SOCORRO, URGÊNCIA, 5.8.
SEGURANÇA, TRANSPORTE MÉDICO, PARECER MÉDICO E ROTINA
PELO INMARSAT.
Qualquer SES tem a possibilidade de iniciar um pedido de socorro que é
recebido pela CES/LES sendo-lhe automaticamente atribuído um canal de
satélite.
As NCSs além de corrigirem qualquer anomalia nas comunicações
verificam a identificação da CES/LES e a posição do navio que vem na
mensagem de socorro. A NCS interceptará a chamada caso a CES/LES não
esteja operativa para a região do oceano em que o navio se encontre, enviando-
a para o RCC correspondente.
São normalmente colocadas instruções junto ao equipamento, de como
iniciar um pedido de socorro, que devem ser lidas por todos os utilizadores. No
equipamento é instalado um “software” que depois da ligação ter sido
estabelecida envia uma mensagem pré-formatada de socorro. Esta mensagem
contém a identificação do navio, a sua posição e o tipo de socorro pretendido.
Em algumas SES pode-se iniciar uma chamada de socorro apertando apenas um
P á g i n a | 117
botão. Em outras, este botão muda a prioridade da chamada (Prioridade 3).
Neste caso o operador tem ainda que iniciar o pedido de socorro.
Ao iniciar-se um pedido de socorro é transmitida uma mensagem através
do satélite para a CES/LES (ou NCSs) fazendo-se uma ligação automática para
as autoridades competentes, evitando assim que o operador do navio use o
telefone ou o telex do RCC. Em alguns países é necessário que o operador
introduza o número de telefone ou telex do RCC selecionado. Se o operador não
souber o número ou se atrasar a introduzi-lo, a NCS interceptará a chamada e
neste caso a comunicação faz-se sob o controle do operador da CES.
Para enviar uma chamada de socorro deve-se proceder do seguinte modo:
Selecionar o modo de operação (Telefone ou Telex);
selecionar Distress Priority (Prioridade 3);
selecionar a CES/LES desejada.
Se não receber qualquer resposta dentro de 15 segundos repete-se a
chamada de socorro. Quando o contato for estabelecido envie a sua mensagem
onde deve incluir a seguinte informação:
MAYDAY;
Nome ou indicativo de chamada ou outra identificação do navio em
perigo;
Posição do navio (Latitude e longitude) e hora UTC;
Natureza do perigo e tipo de socorro desejado;
Qualquer outro tipo de informação que seja relevante.
Comunicações de Urgência e Segurança
Para se enviar por via telefônica ou por telex um pedido de urgência
(Urgency) ou segurança (Safety) deve-se proceder do seguinte modo:
Selecionar o modo de operação (Telefone ou Telex);
Selecionar Routine Priority (Prioridade 0);
Selecionar a CES/LES desejada.
Depois de receber indicação para fazer a seleção do serviço, digite os dois
dígitos apropriados seguinte, seguido de # (para telefone) e + (para telex):
MEDICAL ADVICE (32) – serve para pedir pareceres médicos e usa-
se dando a palavra MÉDICO seguida da informação abaixo descrita;
MEDICAL ASSISTANCE (38) – Serve para pedir assistência
imediata, como por exemplo, evacuação de um doente;
MARITIME ASSISTANCE (39) – Serve para pedir assistência
imediata das autoridades no caso de, por exemplo, um homem ao
mar, poluição ou um pedido de reboque.
Depois de estabelecida a comunicação, deve identificar a chamada como
URGENCY ou SAFETY e dar as informações necessárias seguintes:
Nome do navio;
Indicativo de chamada e o número de identificação;
Posição exata do navio (latitude e longitude) e hora UTC;
P á g i n a | 118
As condições da pessoa doente ou acidentada, ou no caso da
assistência marítima, detalhes do sinistro;
Qualquer outro tipo de informação que seja relevante.
Comunicações Comerciais Via Telex
Para enviar uma mensagem por telex é conveniente prepará-la
previamente usando o editor de texto do terminal. Para estabelecer a
comunicação via telex há duas etapas a percorrer: Primeiro é necessário
escolher uma CES/LES sintonizada com o satélite da região oceânica onde se
encontra o navio, para depois poder enviar a mensagem através da rede
internacional de telex para o seu destinatário. Concretamente, para enviar um
telex deve proceder-se do seguinte modo:
Selecionar o modo telex;
Selecionar rotina (Routine Priority);
Selecionar a CES/LES através da qual se vai estabelecer a
chamada;
Pedir o canal de telex de acordo com as instruções do fabricante da
sua SES.
Dentro de alguns segundos acontecerá uma das seguintes situações:
Atribuição de um canal de telex;
Impossibilidade de comunicar com a CES/LES;
Atribuído um canal telex aparecerá no terminal o cabeçalho da
CES/LES seguido de GA+ (GO AHEAD), o que significa que foram
bem sucedidas as comunicações com a CES/LES através do satélite.
Reiniciar o pedido de canal para enviar o telex se dentro de alguns
segundos não se receber qualquer indicação da CES./LES
Introduzir o código de serviço de telex de dois dígitos (Anexo 2);
Introduzir o código de destino, que tanto pode tratar-se do código
do país para telex (Anexo 3), como pode ser o código da região
oceânica no caso de outra SES (Tabela 1);
Introduzir o número de telex do destinatário;
Introduzir o caracter + para terminar.
Por exemplo, se fizer um telex para o número 920327 INMHLP G em
Londres terá, depois de receber GA+, de introduzir no terminal 00 51 920327 +.
Onde “00” é o código de dois dígitos para uma chamada automática de Telex e
“51” é o código de acesso ao país (Inglaterra).
Dentro de alguns segundos deverá receber a resposta do destinatário
indicando que a ligação foi estabelecida (neste exemplo será INMHLP G).
Introduzir o comando para ser enviada a mensagem.
A CES/LES dá o entendido, significando que a mensagem foi recebida.
P á g i n a | 119
Na tabela acima, o código 58 é para telex e dados. Para identificar os
satélites o critério é:
AOR-East dígito 1
POR dígito 2
IOR dígito 3
AOR-West dígito 4
Comunicações Comerciais Via Telefone
Para fazer uma chamada telefônica há duas etapas a percorrer para
estabelecer a comunicação entre o navio e o destinatário: primeiro, estabelecer
a comunicação com a CES da sua região oceânica via satélite e depois,
estabelecer a comunicação entre a CES e o destinatário em terra através da
rede telefônica internacional ou para outra SES.
Para tal deve proceder-se do seguinte modo:
Selecionar a opção de chamada telefônica;
Selecionar rotina (Routine Priority) e o tipo de canal 01 que
normalmente está por default (padrão);
Selecionar a CES com a qual quer estabelecer contato;
Pedir o canal para fazer a chamada telefônica de acordo com as
instruções do fabricante da sua SES.
Recebe-se uma das seguintes possibilidades algum tempo depois:
Atribuição de um canal para fazer a chamada telefônica;
Impossibilidade de comunicar com a CES;
Um sinal audível, indicando que o canal está liberado e pode fazer a
chamada;
Se não se receber qualquer indicação da CES deverá repetir-se o
procedimento.
Selecionar o serviço e o destinatário desejado da seguinte forma:
Código com dois dígitos do serviço telefônico (Anexo 4);
Código de destino que pode ser o código do país para telefone
(Anexo 5), ou o código da região oceânica no caso de outra SES
(Tabela 2);
Número de telefone do destinatário;
Digitar o caracter select ( #) para terminar a seqüência de
chamada;
Dentro de alguns segundos ouve-se o toque do telefone do
destinatário até o destinatário atender, podendo então iniciar a
Atlantic Ocean Region East (AOR-E) 581
Pacific Ocean Region (POR) 582
Indian Ocean Region (IOR) 583
Atlantic Ocean Region West (AOR-W) 584
P á g i n a | 120
conversação. A cobrança da chamada começa a contar a partir
deste momento.
Por exemplo, se quiser fazer uma chamada para um órgão em terra no
Rio de Janeiro, cujo número é o 22573048, discar, depois de ouvir o sinal sonoro
o número 00552122573048 #. Onde “00” é o código de dois dígitos e significa
tratar-se de uma chamada telefônica automática e o “55” é o código telefônico
do Brasil, “21” código do Rio de Janeiro.
Atlantic Ocean Region East (AOR-E) 870
Pacific Ocean Region (POR) 870
Indian Ocean Region (IOR) 870
Atlantic Ocean Region West (AOR-W) 870
Sendo que:
O código 87 é para telefonia.
O dígito para os satélites são utilizados neste caso sempre 0. Para a
ligação em radiotelefonia usa-se o código automático dos satélites
(0).
Sistema INMARSAT-C
Este sistema foi introduzido em 1991, tornando possíveis as comunicações
a baixo custo num pequeno terminal. Como o tamanho destes equipamentos é
pequeno e têm pouco peso, são especialmente adequados para pequenos navios
tais como, por exemplo, iates e navios de pesca. Este sistema, no entanto, não
permite comunicações em fonia, sendo possível apenas enviar mensagens em
texto ou dados.
Um dos maiores benefícios deste sistema foi tornar desnecessário ter
disponíveis frequências para as comunicações de segurança e socorro. Assim,
estas comunicações são transmitidas nos canais gerais usando um sistema de
prioridades.
Neste sistema, para enviar ou receber mensagens é necessário fazer o
“log-in” depois de ligar o equipamento, isto é, sintonizar ao satélite. No entanto,
alguns equipamentos fazem-no automaticamente.
Assim o sistema sabe que a SES está pronta para qualquer comunicação e
simultaneamente é sintonizada a SES para o canal comum da NCS, para a região
do oceano em causa. No caso de se desejar desligar o equipamento deve-se
fazer o “Log-out” primeiro para que o sistema saiba que não está disponível para
qualquer comunicação.
Comunicações de Socorro
Para se iniciar um pedido de socorro para o RCC pode-se usar o terminal,
ou apertando simplesmente um botão (ou uma combinação de botões), sendo
assim transmitida automaticamente para a CES/LES uma mensagem já
formatada de socorro. As informações para a mensagem de socorro, como por
P á g i n a | 121
exemplo, a posição do navio, podem ser manualmente introduzidas ou vêm
através dos equipamentos eletrônicos de navegação, tipo receptor GPS. No
entanto, pode-se contatar qualquer RCC procedendo como para as chamadas de
rotina que consiste em utilizar os números internacionais de telex. De qualquer
modo, para evitar o envio de falsos alertas, nunca se deve pressionar o botão de
alarme, exceto no caso de uma emergência real, quando se estiver em perigo
iminente. Recomenda-se assim, o uso do terminal para enviar um pedido de
socorro porque desta forma, é possível atualizar as informações a quem
coordena a operação de busca e salvamento. Para acessar ao terminal deve
proceder-se do seguinte modo:
Selecionar o menu de pedido de socorro (DISTRESS), de acordo
com o manual de instruções do fabricante;
Introduzir nos espaços correspondentes, a posição do navio e
outras informações que não sejam fornecidas automaticamente
pelos equipamentos eletrônicos de navegação;
Caso seja solicitado, especificar o socorro como marítimo;
Selecione a natureza do socorro, caso contrário será considerado
como não especificado;
Selecionar a CES/LES mais próxima dentro da sua região oceânica,
que vai estar atenta às operações de busca e salvamento feitas
pelo RCC mais próximo do seu navio. Pode-se, no entanto, escolher
qualquer CES/LES dentro da sua região oceânica desde que seja
conveniente usar, por exemplo, por razões linguísticas;
Confirmar o desejo de enviar o pedido de socorro, pressionando
uma tecla apropriada. A SES transmitirá automaticamente o seu
pedido de socorro através da CES/LES selecionada para o seu RCC
associado;
Aguardar pela confirmação de recebimento da CES/LES. Caso não
se receba esta confirmação dentro de 5 minutos, devem-se repetir
as instruções acima descriminadas.
Mensagens Comerciais
Para enviar uma mensagem (Telex/Dados) do navio para a rede de
telecomunicações internacional, é necessário preparar a mensagem no editor de
texto do terminal, salvá-la e só depois enviá-la, sendo recebida com um atraso
de alguns minutos.
Concretizando, para enviar a sua mensagem deverá seguir os seguintes
procedimentos:
Digitar a mensagem no editor de texto, salvá-la ou editar uma
existente;
Selecionar o modo de transmissão.
Introduzir o destinatário da mensagem, ou selecionar um destinatário já
existente na SES, da seguinte forma:
Nome (opcional);
P á g i n a | 122
Código de destino com um código de dois dígitos para telex (Anexo
2),
Código do país para telex (Anexo 3), ou um código de acesso à
região oceânica (Tabela 1 para telex e Tabela 3 para dados);
Número do telex;
Selecionar rotina (Routine priority);
Selecionar confirmação da recepção da mensagem pelo
destinatário, se desejado (Atenção que a estação costeira terrena
pode taxar este serviço);
Apertar o botão para enviar a mensagem começando a SES a
enviar a sua mensagem automaticamente;
Minutos depois da SES ter iniciado a transmissão da mensagem, a
CES/LES confirmará se recebeu bem ou não a mensagem para o
destinatário (confirmation RQ);
No caso de se pedir confirmação do recebimento pelo destinatário,
deverá receber-se essa confirmação através da CES/LES cerca de
dez minutos depois, caso esta não esteja muito ocupada.
(confirmation OK). Estes dados são vistos na barra de menu “LOG”
do terminal telex;
Atlantic Ocean Region East (AOR-E) 1111
Pacific Ocean Region (POR) 1112
Indian Ocean Region (IOR) 1113
Atlantic Ocean Region West (AOR-W) 1114
Os códigos para dados são representados pelos dígitos: 111 e os dígitos
que representam os satélites, como já definido acima: 1, 2 ,3 e 4.
ESTAÇÃO TERRENA DE NAVIO INMARSAT- C E F77. 5.9.
INMARSAT-C
Os pequenos e relativamente baratos terminais INMARSAT-C são de longe
os terminais de maior uso em todo o sistema INMARSAT. Através de serviços
especiais, é possível enviar e receber e-mails diretamente dos terminais.
O INMARSAT-C é ideal para rastreamento, realização de coleta e
distribuição de informações em frotas ou para o uso em embarcações e demais
veículos comerciais. Os terminais móveis podem ser programados para enviar
mensagens em intervalos fixos ou de acordo com alguma solicitação. O
INMARSAT-C também suporta Broadcasting (Chamadas em Grupos mais
avançadas), uma maneira eficiente de enviar mensagens a toda ou parte de sua
frota.
P á g i n a | 123
INMARSAT – F77
O INMARSAT Fleet 77 é o mais avançado equipamento no serviço
marítimo por satélite, proporcionando serviços de telefonia, transferência de
arquivos, acesso à internet, correio eletrônico (E-mail), monitoramento remoto,
atualizações de cartas eletrônicas e de tempo, tele medicina e GMDSS.
O terminal F77 é uma pequena SES autocontrolada que compreende
equipamentos acima do convés (ADE), contendo uma antena parabólica com
cerca de 0,85 a 1,32 m de diâmetro e sistema de estabilização da antena e
equipamentos abaixo do convés (BDE)contendo unidades eletrônicas, fonte de
alimentação e conexões de interligação para outros equipamentos, tais como:
telefones, computadores, adaptadores para o terminal de rede internacional
comutada de dados (ISDN).
INMARSAT EGC. 5.10.
O sistema Inmarsat tem disponível o serviço EGC (Enhanced Group Call,
ou seja, chamada em grupo concentrado), cuja finalidade é enviar informação de
segurança marítima MSI (Maritime Safety Information) de terra para o navio.
Existem três tipos de informação que podem ser enviados como se descriminará
a seguir:
SafetyNet: Serve para transmitir informação de segurança marítima
MSI para todos os navios de uma determinada NAVAREA/METAREA
ou, por exemplo, na proximidade de uma operação de busca e
salvamento. O MSI contém avisos aos navegantes, previsões e
avisos meteorológicos e outras informações relacionadas com a
segurança como, por exemplo, retransmissões de chamadas de
socorro.
FleetNet: Serve para transmitir informação comercial para
determinados navios de uma mesma empresa ou de uma mesma
bandeira (país). Serviço efetuado através de um provedor e é
taxado.
Mensagens do sistema INMARSAT: servem para obter informação
sobre o sistema, como novas CES/LESs operacionais ou notícias
sobre alterações no sistema. Para receber o serviço EGC é
necessário selecionar a região do oceano apropriada na SES, e
sintonizar o receptor para o canal da NCS daquela região do
oceano, podendo os navios serem chamados numa das seguintes
situações:
Chamada para todos os navios Significa chamar todos os navios numa
determinada área de cobertura do satélite. No entanto, devido ao fato da
cobertura dos satélites geoestacionários serem em uma área muito grande esta
chamada não é muito eficaz, podendo ser justificada em circunstâncias
excepcionais.
Chamada para área geográfica Cada área de cobertura do satélite é
dividida em regiões baseadas nas NAVAREA/METAREA. Existe um código de
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região de dois dígitos (01 a 21) para cada uma das 21 NAVAREA / METAREA,
apresentadas na figura abaixo:
Chamada para áreas geográficas variáveis: A SES aceita chamadas numa
determinada região definida pela posição do navio que foi introduzida no
terminal.
Chamada para grupos de navios: A CES/LES tem um código para chamar
determinado grupo de navios podendo ser muito útil para chamar unidades de
busca e salvamento ou um grupo de navios em pesquisas.
O receptor EGC assegura o envio de informações de segurança marítima
de terra para o navio. Quando uma mensagem de prioridade de socorro é
recebida, é acionado um sinal acústico que só é desligado manualmente. Este
receptor pode fazer parte integral de uma SES, ou ser uma unidade separada.
A concepção deste sistema pode ser dividida em quatro classes diferentes,
como a seguir:
Classe 0, Opção 1: Só pode receber mensagens EGC;
Classe 0, Opção 2: Trata-se de um receptor EGC acoplado a uma
SES Inmarsat usando a mesma antena;
Classe 1: Não pode receber mensagens EGC;
Classe 2: O operador pode selecionar dois modos de operação:
a) Receber mensagens EGC se não estiver ocupado com tráfego
comercial;
b) Receber exclusivamente mensagens EGC.
Classe 3: Tem dois receptores independentes a operar
simultaneamente, um capaz de receber mensagens EGC e outro
para transmitir/ receber demais mensagens.
A figura abaixo apresenta um equipamento INMARSAT-C com recurso EGC
para receber o Serviço SafetyNET Internacional.
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SERVIÇO SAFETYNET INTERNACIONAL (MSI). 5.11.
O SafetyNET é um serviço de
comunicação que transmite os
mesmos assuntos recebidos pelo
NAVTEX, mas por satélite. Opera em
âmbito mundial destinado a difusão
de informações marítimas de
segurança, e trabalha nas áreas fora
da cobertura do sistema NAVTEX.
No Brasil, a Diretoria de
Hidrografia e Navegação (DHN) e o
Centro de Coordenação de
Salvamento (Salvamar Brasil)
possuem a responsabilidade sobre as
comunicações MSI (Informações de
Segurança Marítimas) dentro da área
SAR do Brasil.
Estas informações estão
divididas em três partes: Informes e
Boletins Meteorológicos; Informações
Marítimas e Informações SAR.
São transmitidas pela CES/LES ao qual o Brasil possua contrato para
recebimento no INMARSAT-C, dos navios que navegam na área navegacional
brasileira (NAVAREA V).
A figura a seguir mostra o Conceito Básico do Serviço SafetyNET
Internacional.
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A EGC (Enhanced Group Calling / chamada em grupo aprimorada) foi
desenvolvida pela organização INMARSAT, permitindo o endereçamento
automático de mensagens a grupos de embarcações pré-definidos em área
geográficas fixas ou variáveis. As mensagens oriundas dos serviços de
informação de segurança marítima de qualquer parte do mundo são difundidas
para cada região oceânica através da estação costeira CES/LES apropriada e de
acordo com a prioridade de socorro, urgência, segurança ou rotina.
O sistema EGC SafetyNET, permite uma difusão global de avisos em
NAVAREA ou Costeiros aos navegantes, de avisos e boletins meteorológicos e do
alerta de socorro de terra para navio, em qualquer região com cobertura de
satélite INMARSAT. A recepção das mensagens pode ser feita utilizando um
receptor dedicado, ou através de um receptor integrado a um equipamento SES
INMARSAT – C.
SISTEMA DE CHAMADA SELETIVA DIGITAL (DSC). 5.12.
O sistema DSC (digital selective calling) é um sistema de chamada que
pode ser usado para os propósitos de socorro, segurança e chamadas gerais. O
equipamento DSC é geralmente chamado de controlador DSC que pode operar
com um receptor (decodizador DSC) e um transmissor (codizador DSC). O
sistema pode ser manual, semi-automático ou totalmente automatizado.
A informação pertinente em uma mensagem DSC é mostrada no
equipamento receptor e pode ser impressa se uma impressora estiver
conectada. O sistema DSC pode ser usado para operar remotamente de um
transceptor a bordo de um navio se o equipamento for designado para operação
automatizada.
Nas faixas de MF e HF, há frequências dedicadas para chamadas de
socorro e segurança. É importante lembrar que chamadas comerciais ou de
rotina não são permitidas serem transmitidas nessas frequências, mas somente
em frequências designadas para essas categorias de chamadas. Na faixa de VHF,
entretanto, a mesma frequência (canal 70=156, 525 MHz) é usada para todas as
categorias de chamada DSC.
Na faixa de MF, a frequência de 2177 kHz é designada para chamadas
DSC navio para navio e costeira para navio.
Na frequência de 2189,5 kHz o navio transmite para a costeira.
Tecnicamente, um navio pode chamar outro navio em qualquer frequência de
chamada de rotina nas faixas de MF-HF. Entretanto, chamadas DSC em HF navio
para navio não são muito usadas. Antes de uma chamada DSC de rotina ser
transmitida, deve ser verificado se a frequência está Livre. Em VHF isto é feito
automaticamente pelo equipamento, que impede a transmissão para a
frequência ficar livre para outras chamadas tipo de socorro e segurança.
Uma das funções do operador rádio é assegurar que o DSC VHF está
fazendo escuta automática no canal 70, e que o DSC MF-HF está programado
para fazer varredura pelo menos em três (3) das seis (6) frequências de socorro
e segurança; que são nas faixas de 2 MHz, 8 MHz e uma outra frequência
julgada adequada no momento (exemplo, condições de propagação).
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Se um alerta de socorro é enviado por DSC, as comunicações
subsequentes são sempre conduzidas na frequência de socorro na mesma faixa.
Por exemplo, se um alerta de socorro é enviado em 8 MHz, a subsequente
mensagem MAYDAY por voz será enviada em 8MHz, em radiotelefonia na
frequência de 8291 kHz (canal 833).
O subsistema DSC também proporciona chamadas nas categorias de
urgência e segurança. Estas chamadas anunciam que uma transmissão de uma
mensagem de urgência ou segurança seguirá. A chamada de urgência ou
segurança é sempre enviada na frequência DSC apropriada de socorro e
segurança.
Entretanto, em contraste com o alerta de socorro DSC, o formato DSC
para chamadas de urgência e segurança, permite a possibilidade de especificar a
frequência de trabalho para a transmissão da mensagem a seguir, em vez da
frequência de socorro.
Estações costeiras raramente têm mensagens longas de urgência ou
segurança para transmitir e pode assim, por conseguinte estabelecer uma das
frequências de trabalho em radiotelefonia ou radio telex para a subsequente
mensagem. O operador rádio a bordo, deve então selecionar a frequência
correspondente para receber a mensagem.
PRINCIPIOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA DSC. 5.13.
A chamada seletiva digital DSC (Digital Selective Calling), também
designada por chamada numérica seletiva, constitui uma parte muito importante
do GMDSS, sendo utilizada para a transmissão de alertas de socorro de navios e
para a transmissão dos recibos de alertas a partir das estações costeiras, ou de
navios caso nenhuma estação costeira dê o recibo. É também utilizado pelos
navios e estações costeiras para a retransmissão de alertas de socorro e para a
transmissão de mensagens de urgência e de segurança marítima. Um receptor
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de DSC dedicado é necessário para manter escuta contínua na frequência ou nas
frequências de socorro, de acordo com as áreas em que o navio opere.
Cada chamada seletiva digital consiste num pacote de informação
digitalizada com quatro possíveis prioridades: socorro, urgência, segurança e
rotina. As mensagens podem ser endereçadas a todas as estações, a um grupo
de estações, ou apenas a uma estação.
Para tal cada estação possui pelo menos um código de identificação de
chamada seletiva, normalmente designado por MMSI (Maritime Móbile Service
Identify), constituído de 9 dígitos.
A chamada numérica seletiva digital é um sistema síncrono que utiliza um
código de dez bits com detecção e correção de erros, sendo cada caractere
transmitido duas vezes. A informação na chamada consiste na combinação de
sequências de sete bits cada. É um sistema de comunicação telegráfica, mas que
difere do telex, uma vez que não possui a via de retorno permanente para a
repetição de caracteres mal recebidos.
Por causa dos sinais DSC serem códigos binários (digital), são
enormemente afetados por interferência estática, porém mais resistentes para
ruídos atmosféricos com baixas flutuações. Assim, o sistema de modulação DSC
é mais resistente ao ruído que os sinais modulados em amplitude (AM).
Adicionalmente, a largura de faixa de um sinal DSC transmitido é
substancialmente menor que o sinal de voz (300 Hz a 3 kHz). Assim, uma
chamada DSC com sucesso não indica que sinais subsequentes em radiotelefonia
na mesma faixa de frequências serão de qualidade inteligível. Com isto em
mente, uma chamada DSC pode ser certificada por uma chamada de retorno
DSC. Tal como um recibo pode incluir uma sugestão de troca de frequência para
as comunicações subsequentes.
Em MF e em HF a velocidade de transmissão é de 100 bit/s, classe de
emissão é FIB ou J2B e o desvio de frequência de 1700 Hz. A duração de uma
chamada simples em DSC varia de 6,2 a 7,2 segundos.
Em VHF a velocidade de transmissão é de 1200 bit/s em modulação de
frequência, com desvio de frequência compreendido entre 1300 Hz e 2100 Hz,
sendo a subportadora de 1700 Hz. A duração de uma chamada simples em DSC
varia de 0,45 a 0,63 segundos. Observação:
Modo FIB: Modulação de frequência (FM) utilizando um canal
simplex contendo informação quantizada ou digital sem utilização
de uma subportadora modulada;
Modo G2B: Modulação de fase (PM) num canal simplex contendo
informação quantizada ou digital com a utilização de subportadora
modulada;
Modo J2B: Banda lateral única com portadora suprimida contendo
informação quantizada ou digital com utilização de subportadora
modulada.
A fim de aumentar a probabilidade de uma mensagem em DSC ou de uma
retransmissão da mensagem em DSC ser recebida, esta é repetida diversas
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vezes, constituindo a tentativa de chamada de socorro. Em MF e HF são
utilizados dois tipos de tentativas de chamada:
Tentativa de chamada única utilizando apenas uma frequência,
constituído por cinco chamadas sucessivas em DSC;
Tentativa de chamada variada utilizando diversas frequências,
constituída por seis chamadas consecutivas em DSC em cada uma
das seis frequências de socorro em DSC, uma em MF e cinco em
HF.
Em VHF é utilizada apenas uma chamada em uma única frequência (156,
525 MHz).
Todas as chamadas de socorro em DSC transmitidas em MF ou HF contêm
no início de cada chamada singular 200 bits de sincronismo, a fim de que os
receptores com varredura de frequências possam fazer a aquisição da frequência
em causa. Deste modo todas as seis frequências de socorro em DSC devem ser
mostradas dentro de dois segundos com distribuição de tempo por cada
frequência de forma a assegurar a detecção de qualquer alerta.
Para as mensagens de socorro existe um formato específico: a mensagem
de socorro contém quatro elementos sucessivos que indicam a natureza do
acidente, as coordenadas do navio, a hora e o tipo de comunicação (telefone ou
telex) preferido para o estabelecimento da ligação a efetuar posteriormente.
As outras mensagens compreendem dois elementos: O sinal de
telecomando, indicando o modo de transmissão escolhido e a frequência
escolhida. As mensagens de socorro compreendem ainda um formato específico
(alerta de socorro a todos os navios e seletividade), um endereço (para as
chamadas seletivas), o grau de prioridade da chamada e a identificação da
estação que chama.
Ao fim da sequência de chamada, a estação solicitada deve emitir uma
resposta acusando a recepção e indicando se está em condições ou não de
estabelecer uma comunicação. Se uma estação não responder, o processo
deverá ser repetido automaticamente a cada quatro minutos ou deverá ser
tentada outra frequência.
Para o desempenho do DSC existem três classes de equipamento:
Classe-A: onde o equipamento é concebido de forma a dar resposta
a todas as solicitações de escoamento de tráfego de GMDSS e deve
obedecer às especificações do CCIR;
Classe-B: o equipamento funciona unicamente em MF/HF para
pequenas embarcações;
Classe-C: O equipamento assegura a função de alerta apenas em
VHF dando apenas a identificação do navio.
Qualquer equipamento DSC deverá:
Possuir meios de codificar e de decodificar mensagens em DSC;
Possuir os meios necessários para compor uma mensagem em
DSC;
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Possuir meios de verificação da mensagem DSC antes desta ser
transmitida;
Possuir meios que permitam a visualização da informação contida
numa chamada recebida em linguagem clara;
Possuir meios para a entrada manual do grupo: data, hora, minuto,
referentes à posição introduzida anteriormente e também devendo
ser mantida adicionalmente, uma entrada automática;
Possuir meios para a entrada manual do grupo: data, hora, minuto,
referentes à posição introduzida anteriormente e também se deve
manter uma entrada de dados automática.
Os procedimentos para as comunicações em DSC tanto em VHF como em
MF são bastante semelhantes, no entanto para as comunicações em HF existem
algumas diferenças que são explicadas mais adiante.
Observação:
MMSI (Maritime Móbile Service Identity), constituído por 9
algarismos que identificam uma estação de navio ou conjunto de
estações de navios;
MID (Maritime Identification Digits) são os 3 primeiros dígitos do
MMSI que identificam a nacionalidade da estação de navio.
Os MIDs são encontrados no Apêndice 43 do Manual do Serviço Móvel
Marítimo e Serviço Móvel Marítimo por Satélite. Os 6 dígitos seguintes
correspondem à estação de navio. O MMSI para uma estação costeira é
constituído de: 00+MID+4 dígitos. Os 4 dígitos identificam a estação costeira.
Para um grupo de navios o MMSI se constitui: 0+MID+5 dígitos. Os 5 dígitos
identificam o grupo de navios.
COMUNICAÇÕES DE SOCORRO, URGÊNCIA, SEGURANÇA E 5.14.
ROTINA DA DSC.
Transmissão do Alerta de Socorro em DSC
O alerta de socorro deve ser transmitido se, na opinião do comandante, o
navio ou uma pessoa está em perigo e necessita de assistência imediata.
O alerta de socorro em DSC deve tanto quanto possível incluir a última
posição do navio conhecida e o tempo (UTC) referente à obtenção dessa
posição.
A posição e o tempo podem ser atualizados automaticamente pelos
equipamentos de posicionamento do navio, ou pode ser introduzida
manualmente.
O alerta de socorro em DSC MF e VHF devem ser transmitidos da seguinte
forma:
Sintonizar o transmissor para o canal de socorro em DSC (2187,5
kHz) em MF e no canal 70 (156, 525 MHz) em VHF;
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Se o tempo permitir, deve se introduzir na mensagem de socorro e
de acordo com as instruções do fabricante do equipamento de DSC
os seguintes elementos:
a) A causa do acidente (natureza do socorro);
b) A última posição conhecida do navio (latitude e
longitude);
c) O tempo (UTC) de validação da última posição;
d) O tipo de comunicação escolhida para o tráfego de
socorro (radiotelefonia é a opção mais utilizada). No DSC
MF a comunicação subsequente pode ser radio telex ou
radiotelefonia. No DSC VHF somente em radiotelefonia.
Transmitir o alerta de socorro em DSC;
Preparar-se para o tráfego de socorro seguinte, sintonizando o
transmissor e o receptor de rádio para o canal de socorro referente
à mesma faixa, (2182 kHz em MF radiotelefonia e canal 16 em
VHF), enquanto se espera pela acusação do recibo do alerta de
socorro em DSC.
Este alerta será repetido automaticamente, aproximadamente, a cada 4
minutos até que seja recebida a acusação do recibo por outra estação ou quando
seja desligado manualmente pela estação transmissora.
Observação: Alguns transmissores marítimos de radiotelefonia em MF devem ser
sintonizados numa frequência 1700 Hz abaixo de 2187,5 kHz, ou seja, em
2185,8 kHz, de forma a transmitir o alerta em DSC em 2187,5 kHz.
Acusar o Recibo de um Alerta de Socorro
A resposta de recebimento de um alerta de socorro transmitido em DSC é
feita também em DSC na mesma frequência e apenas por uma estação costeira.
Na situação de nenhuma estação costeira ter acusado o recibo ao alerta
de socorro, e verificando-se a continuação da repetição do pedido de alerta de
socorro em DSC, o navio deve acusar o recibo utilizando o seu equipamento de
DSC, de forma a terminar a chamada de alerta de socorro. Logo em seguida o
navio utilizando qualquer meio de comunicação praticável, deverá informar a
uma estação costeira ou uma estação terrena (CES/LES) do sucedido. No
entanto, os navios que recebam o alerta de socorro em DSC de outro navio e
que estejam dentro de uma área marítima com cobertura de uma ou mais
estações costeiras em DSC, devem esperar durante algum tempo, antes de
procederem à transmissão da acusação do recibo pelo DSC, de forma a darem
tempo suficiente para que uma estação costeira acuse o recibo do alerta de
socorro.
Os navios que recebam o alerta de socorro em DSC de outro navio
devem:
Preparar-se para receber as comunicações de socorro seguintes,
devendo proceder à sintonia do receptor de rádio na frequência do
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tráfego de socorro indicada na mensagem de socorro recebida,
(radiotelefonia MF em 2182 kHz e em VHF canal 16);
Acusar o recibo do alerta de socorro utilizando a frequência para o
tráfego de socorro na mesma banda onde foi recebido o alerta de
socorro em DSC (radiotelefonia MF em 2182 kHz e VHF canal 16)
devendo transmitir a seguinte mensagem:
- “MAYDAY”;
- Os 9 dígitos de identificação(MMSI) ou o indicativo de
chamada ou outra identificação do navio acidentado (repetido
3 vezes);
- Aqui (This is);
- Os 9 dígitos de identificação(MMSI) ou o indicativo de
chamada ou outra identificação do nosso navio (repetida 3
vezes);
- Recebido Mayday (Received Mayday)
- Câmbio (Over).
Tráfego de Socorro
Ao receber a acusação de recibo ao alerta de socorro em DSC, o navio em
perigo deve iniciar o tráfego de socorro em radiotelefonia na frequência de 2182
kHz em MF ou no canal 16 em VHF, da seguinte forma:
- “MAYDAY”;
- Aqui (This is);
- Os 9 dígitos de identificação e o indicativo de chamada ou outra
identificação do navio;
- A posição do navio se não foi incluída na mensagem de socorro em
DSC;
- A causa do acidente e a assistência requerida;
- Qualquer outra informação que possa facilitar a busca e o
salvamento.
Retransmissão do Alerta de Socorro em DSC (Relay)
Um navio sabendo que outro navio se encontra em perigo deve
retransmitir o alerta de socorro nas seguintes condições:
O navio em perigo não possui meios para transmitir o alerta de
socorro;
O comandante do navio considera que é necessária uma maior
assistência.
Para a retransmissão do alerta de socorro deve proceder-se da seguinte
forma:
Sintonizar o transmissor no canal de socorro em DSC (MF em
2187,5 kHz e em VHF no canal 70);
Selecionar no equipamento o formato de chamada de retransmissão
em DSC (distress relay);
Introduzir ou selecionar nas teclas do equipamento;
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Chamada a todos os navios ou os 9 dígitos de identificação de uma
estação costeira apropriada;
Os nove dígitos de identificação do navio em perigo, se conhecidos;
A causa do acidente (natureza do socorro);
A última posição do navio em perigo, se conhecida;
O tempo UTC de validação da posição, se conhecida;
O tipo de comunicações subsequentes para o tráfego de socorro;
Transmissão da retransmissão da chamada de socorro em DSC.
Acusar o Recibo de uma Retransmissão de DSC Recebido de uma
Estação Costeira
As estações costeiras depois de terem recebido e acusado a recepção a
um alerta de socorro em DSC, normalmente devem retransmitir a informação
recebida como uma chamada de retransmissão de socorro em DSC, dirigida a
todos os navios ou apenas a um navio específico.
Os navios que recebam a chamada de retransmissão de socorro
transmitida por uma estação costeira devem acusar a recepção da chamada em
radiotelefonia, no canal de tráfego de socorro referente à mesma banda na qual
a chamada de retransmissão foi recebida (em radiotelefonia MF 2182 kHz e em
VHF no canal 16).
Para acusar o recibo de uma retransmissão, deve proceder-se da seguinte
forma:
- “MAYDAY”;
- Os 9 dígitos de identificação ou o indicativo de chamada ou outra
identificação da estação costeira chamada;
- Aqui (This is);
- Os 9 dígitos de identificação ou o indicativo de chamada ou outra
identificação do próprio navio;
- “Received Mayday”.
Acusar o Recibo de uma Retransmissão de Socorro em DSC Recebido de
Outro Navio
Os navios que recebam uma chamada de retransmissão de alerta de
socorro em DSC de outro navio devem seguir os mesmo procedimentos para
acusar o recibo a um alerta de socorro, já referidos anteriormente.
Comunicações de Urgências em DSC
A transmissão de mensagens de urgência deve ser efetuada em duas
etapas:
Anúncio da mensagem de urgência;
Transmissão da mensagem de urgência.
O anúncio é feito pela transmissão da chamada de urgência no canal de
socorro em DSC (2187,5 kHz em MF e no canal 70 em VHF).
A mensagem de urgência é transmitida em radiotelefonia no canal de
tráfego de socorro (2182 kHz em MF e no canal 16 em VHF).
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A chamada de urgência em DSC pode ser dirigida a todos os navios ou a
um navio específico. A frequência onde vai ser transmitida a mensagem de
urgência deve ser incluída na chamada de urgência em DSC.
Para a transmissão de uma mensagem de urgência deve proceder-se da
seguinte forma:
Anúncio: Sintonizar o transmissor no canal de socorro em DSC
(2187,5 kHz em MF e no canal 70 em VHF);
Introduzir ou selecionar no teclado do equipamento: Chamada a
todos os navios ou os 9 dígitos de uma estação.
A categoria da chamada (urgência);
A frequência ou o canal no qual vai ser transmitida a mensagem de
urgência;
O tipo de comunicação no qual a mensagem de urgência será
transmitida (radiotelefonia);
De acordo com as instruções do fabricante do equipamento de DSC:
Transmissão da mensagem de urgência:
Sintonizar o transmissor na frequência ou no canal indicado na
chamada de urgência em DSC.
Transmitir a mensagem de urgência do seguinte modo:
“PAN PAN” repetido 3 vezes;
“Chamada geral” (All Ships) ou estação chamada, repetido 3 vezes;
Aqui (This is);
Os 9 dígitos de identificação e o indicativo de chamada ou outra
identificação do próprio navio;
O texto da mensagem de urgência.
Recepção de uma mensagem de urgência
Os navios que recebam uma chamada de urgência em DSC, anunciando
uma mensagem de urgência dirigida a todos os navios não devem dar o recebido
à chamada em DSC, mas devem sintonizar o receptor radiotelefônico na
frequência indicada na chamada e escutar a mensagem de urgência.
Comunicações de Segurança em DSC
A transmissão de mensagens de segurança deve ser efetuada em duas
etapas:
Anúncio da mensagem de segurança;
Transmissão da mensagem de segurança.
O anúncio é feito pela transmissão da chamada de segurança no canal de
socorro em DSC (2187,5 kHz em MF e no canal 70 em VHF).
A chamada de segurança em DSC pode ser dirigida a todos os navios, a
todos os navios dentro de uma área geográfica específica, ou a uma estação
específica. A frequência na qual vai ser transmitida a mensagem de segurança
deve ser incluída na chamada de segurança em DSC.
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Para a transmissão de uma mensagem de segurança deve proceder-se da
seguinte forma:
Anúncio;
Sintonizar o transmissor no canal de socorro em DSC (2187,5 kHz
em MF e no canal 70 em VHF);
Selecionar o formato de chamada apropriado no teclado do
equipamento DSC (todos os navios; área geográfica; chamada
individual);
Introduzir ou selecionar nas teclas do equipamento DSC:
A área específica ou os 9 dígitos de uma estação individual, se
apropriado;
A categoria ou o canal no qual vai ser transmitida a mensagem de
segurança;
O tipo de comunicação no qual a mensagem de segurança será
transmitida (radiotelefonia).
De acordo com as instruções do fabricante do equipamento de DSC.
Transmissão da mensagem de segurança:
Sintonizar o transmissor na frequência ou no canal indicado na
chamada de segurança em DSC;
Transmitir a mensagem de segurança do seguinte modo;
“SECURITE” repetido 3 vezes;
“Chamada geral” (ALL STATIONS) ou estação chamada, repetido 3
vezes;
Aqui (This is);
Os 9 dígitos de identificação e o indicativo de chamada ou outra
identificação do próprio navio;
O texto da mensagem de segurança.
Os navios que recebam uma chamada de segurança em DSC, anunciando
uma mensagem de segurança dirigida a todos os navios não devem dar o recibo
à chamada em DSC, mas devem sintonizar o receptor radiotelefônico na
frequência indicada na chamada em DSC e escutar a mensagem de segurança.
Correspondência Pública em DSC
Em VHF
O canal 70 em DSC VHF é utilizado para o tráfego de socorro em DSC,
para fins de segurança e também para a correspondência pública em DSC.
Em MF
Em MF a frequência de socorro e de chamada de segurança em DSC é
2187,5 kHz, No entanto, a chamada seletiva digital para correspondência pública
em MF utiliza canais nacionais ou internacionais separados.
Os navios que queiram chamar uma estação costeira em DSC MF para
correspondência pública devem utilizar, de preferência, o canal DSC nacional
dessa estação costeira.
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O canal DSC internacional para a correspondência pública, como regra
geral, deve ser utilizado entre navios e estações costeiras de diferentes
nacionalidades. A frequência de transmissão do navio é de 2189,5 kHz e a
frequência de recepção é de 2177 kHz. A estação costeira transmite em 2177
kHz e recebe em 2189,5 kHz.
A frequência 2177 kHz é também utilizada para a chamada seletiva digital
entre navios para radiocomunicações gerais.
Transmissão de uma chamada DSC de correspondência
pública para uma estação costeira ou outro navio
A transmissão de uma chamada de correspondência pública para uma
estação costeira ou outro navio deve ser feita do seguinte modo:
Sintonizar o transmissor no canal DSC apropriado;
No equipamento DSC, selecionar o formato da chamada para uma
estação específica.
Introduzir ou selecionar no teclado do equipamento:
Os 9 dígitos de identificação da estação que se pretende chamar;
A categoria da chamada (rotina);
O tipo de comunicação seguinte (normalmente radiotelefonia);
Canal de trabalho proposto se foi chamado outro navio. O canal de
trabalho proposto NÃO deve ser incluído nas chamadas para
estações costeiras; A estação costeira, na acusação do recibo em
DSC, deve indicar qual o canal de trabalho disponível.
Transmitir a Chamada DSC.
Repetição da chamada
Uma chamada DSC para correspondência pública pode ser repetida
no mesmo canal ou em outro canal DSC, se não for dado o recibo,
dentro de 5 minutos;
Novas tentativas de chamada devem ter períodos de espera no
mínimo de 15 minutos, se continuar a não haver acusação de ter
sido recebida a chamada.
Acusar o recibo a uma chamada e preparação para a
recepção do serviço
Ao receber uma chamada DSC de uma estação costeira ou de outro navio,
a acusação do recibo em DSC é feita do seguinte modo:
Sintonizar o transmissor na frequência de transmissão em DSC
correspondente ao canal em que a chamada foi recebida;
Selecionar no equipamento DSC o formato de acusação de recibo;
Transmitir a acusação de recibo, indicando quando é que o navio
está disponível para comunicar, de acordo com a chamada, (tipo de
comunicação e frequência de trabalho);
P á g i n a | 137
Se a comunicação pretendida for possível de imediato, sintonizar o
equipamento na frequência de transmissão e na frequência de
recepção do canal de trabalho indicado, e preparar-se para receber
o serviço.
Recepção da Acusação de Recibo e Seguintes Ações
Ao receber uma acusação de recibo indicando que a estação chamada
está disponível para receber o tráfego, a preparação para a transmissão do
tráfego deve ser feita do seguinte modo:
Sintonizar o transmissor e o receptor nas frequências do canal de
trabalho indicado;
Iniciar a comunicação no canal de trabalho da seguinte forma:
a) Os 9 dígitos de identificação ou o indicativo de chamada ou
qualquer outra identificação do próprio navio.
b) Aqui (This is);
c) Os 9 dígitos de identificação ou o indicativo de chamada ou
qualquer outra identificação do próprio navio.
Teste do Equipamento de MF e de VHF Utilizado Para Socorro e
Segurança
Os testes nas frequências de socorro, de urgência e de segurança em DSC
MF 2187,5 kHz devem ser evitados sempre que possível pela utilização de outros
métodos. Em DSC VHF (canal 70), também não devem ser transmitidos testes.
As chamadas de teste devem ser transmitidas pela estação do navio e
recebidas pela estação costeira chamada. Normalmente não há mais qualquer
comunicação entre as duas estações envolvidas. Uma chamada de teste de um
navio para uma estação costeira em MF é feita do seguinte modo:
Sintonizar o transmissor na frequência de socorro e de segurança
em DSC (2187,5 kHz);
Introduzir ou selecionar o formato da chamada de teste no
equipamento DSC de acordo com as instruções do fabricante;
Introduzir os 9 dígitos de identificação da estação costeira a ser
chamada;
Transmitir a chamada DSC depois de se certificar de que não
existem chamadas em curso na mesma frequência;
Esperar pela acusação do recibo.
Comunicações DSC em HF
Os procedimentos para as comunicações DSC em HF são bastante
semelhantes aos que já foram descritos anteriormente para as comunicações
DSC em MF e VHF.
As frequências de socorro e segurança, no DSC em HF são: 4207,5 kHz,
6312 kHz, 8414,5 kHz,12577 kHz e 16804,5 kHz.
P á g i n a | 138
Transmissão do alerta de socorro em HF
Os alertas de socorro em DSC HF devem ser enviados às estações
costeiras dentro das áreas marítimas A3 e A4 em HF e também em MF e VHF a
outros navios que se encontrem na vizinhança.
O alerta de socorro em DSC deve sempre que possível incluir a última
posição conhecida e o tempo UTC de validação dessa posição. Se a posição e o
tempo não forem introduzidos automaticamente pelo equipamento de navegação
do navio, deverão ser introduzidos manualmente.
Alerta de socorro navio-terra e escolha da faixa
As características de propagação das ondas de rádio em HF variam de
acordo com a estação do ano e a hora do dia, pelo que devem ser tidas em
conta na escolha da faixa de HF apropriada para a transmissão do alerta de
socorro em DSC HF.
Como regra geral, o canal de socorro em DSC HF na banda de 8 MHz
(8414,5 kHz), deve em muitos casos ser a primeira escolha.
A transmissão do alerta de socorro em DSC em mais de uma faixa de HF,
deve normalmente aumentar a probabilidade de sucesso na recepção do alerta
de socorro, pelas estações costeiras.
O alerta de socorro em DSC HF pode ser enviado de duas maneiras
diferentes:
Transmissão do alerta de socorro em DSC numa faixa de HF, e
esperar alguns minutos pela acusação do recibo por parte de uma
estação costeira. Se não for recebida qualquer acusação de
recepção do alerta de socorro dentro de três minutos, o processo é
repetido pelo envio de um novo alerta de socorro em outra faixa de
HF apropriada;
Transmissão do alerta de socorro em DSC HF num número de
faixas de HF com ou sem pequenas pausas entre chamadas, sem
esperar pela acusação do recibo entre chamadas.
O procedimento da alínea a) é recomendado em todos os casos onde o
tempo disponível o permita. A vantagem deste método é de permitir simplificar a
escolha apropriada da faixa de HF para inicialização das comunicações
subseqüentes ao alerta de socorro DSC, com a estação costeira, no canal de
tráfego de socorro correspondente a essa faixa.
Transmissão do alerta de socorro
Para a transmissão do alerta de socorro em DSC devem seguir-se os
seguintes procedimentos:
Sintonizar o transmissor no canal de socorro DSC em HF
selecionado (4207,5 kHz, 6312 kHz, 8414,5 kHz, 12577 kHz,
16804,5 kHz);
Seguir as instruções para introduzir ou selecionar informação
relevante, utilizando as teclas do equipamento DSC;
Transmitir o alerta de socorro em DSC.
P á g i n a | 139
Observação: O alerta de socorro navio-navio é geralmente feito em MF
e/ou VHF, utilizando os procedimentos para a transmissão do alerta de socorro
em MF/VHF, já descritos.
Em casos especiais, por exemplo, nas zonas tropicais, a transmissão dos
alertas de socorro em DSC HF deve acrescentar-se ao alerta navio-terra e a o
alerta navio-navio em MF/VHF.
Preparação para o próximo tráfego de socorro
Após ter transmitido o alerta de socorro em DSC nos canais apropriados
em HF, MF e/ou VHF, deve preparar-se para o tráfego de socorro subsequente,
sintonizando o equipamento de radiocomunicações no canal de tráfego de
socorro correspondente à faixa utilizada no alerta.
Se foi utilizado o alerta de socorro em várias faixas de HF deve proceder-
se do seguinte modo:
Ter atenção em qual das faixas de HF se obteve a acusação do
recibo ao alerta por parte de uma estação costeira;
Se houve acusação do recibo em mais de uma faixa de HF, iniciar a
transmissão do tráfego de socorro numa dessas faixas, mas se não
for obtida qualquer resposta da estação costeira então deve passar-
se a outra faixa alternativa.
As frequências para o alerta e para o tráfego de socorro são as descritas
na tabela seguinte:
Observação: Alguns transmissores marítimos de HF devem ser sintonizados
numa frequência 1700 Hz abaixo da frequência DSC, de forma a transmitirem o
alerta em DSC na frequência correta.
Tráfego de socorro (Radiotelefonia e Radiotelex)
Os procedimentos para o tráfego de socorro em HF Radiotelefonia são os
mesmos que os utilizadores em MF e VHF já descritos anteriormente.
No entanto quando o tráfego de socorro é feito em rádio telex em HF ou
MF, devem seguir-se os seguintes procedimentos:
P á g i n a | 140
Utilizar o modo de correção direta de erros FEC (Forward Error
Correction), enquanto não seja recebida qualquer outra informação
em sentido contrário;
Todas as mensagens devem ser precedidas de:
a) No mínimo um retorno de cursor;
b) Uma linha de espaçamento;
c) Um deslocamento de letra;
d) O sinal de socorro MAYDAY.
O navio em perigo deve iniciar o tráfego de socorro em radio telex no
canal apropriado e do seguinte modo:
Retorno do cursor, linha de espaçamento e deslocamento de letra;
O sinal de socorro “MAYDAY”;
A palavra “aqui” (This is);
Os 9 dígitos de identificação e o indicativo de chamada ou qualquer
outra identificação do navio;
A posição do navio se não foi incluída no alerta de socorro
transmitido em DSC;
A natureza do Socorro;
Qualquer outra informação que possa facilitar a busca.
Procedimentos a tomar na recepção de um alerta de socorro
de outro navio
Os navios que recebam o alerta de socorro em DSC HF de outro navio não
devem acusar o alerta de socorro, mas devem esperar pela recepção da
acusação do recibo ao alerta de socorro por parte de uma estação costeira.
Enquanto esperam pela acusação do recibo ao alerta de socorro por parte
de uma estação costeira devem preparar-se para a recepção das comunicações
de socorro subseqüentes, sintonizando o equipamento de radiocomunicações
(transmissor e receptor) no canal de tráfego de socorro em DSC que foi
recebido, respeitando as seguintes condições:
Se for indicado o modo de radiotelefonia no alerta de socorro em
DSC, o equipamento de radiocomunicações de HF deve ser
sintonizado no canal do tráfego de socorro em radiotelefonia e na
faixa de HF correspondente;
Se for indicado o modo de radio telex no alerta de socorro em DSC,
o equipamento de radiocomunicações de HF deve ser sintonizado
no canal no tráfego de socorro em radio telex e na faixa de HF
correspondente;
Se o alerta de socorro em DSC foi recebido em mais de uma faixa
de HF, o equipamento de radiocomunicações de HF deve ser
sintonizado no canal do tráfego de socorro na faixa de HF,
considerando ser o melhor no momento atual.
Se o alerta de socorro foi recebido com sucesso na faixa de 8 MHz,
esta faixa é em muitos casos a escolha apropriada;
P á g i n a | 141
Se nenhum tráfego de socorro for recebido no canal de HF dentro
de 1 a 2 minutos, sintonizar o equipamento de radiocomunicações
de HF no canal de tráfego de socorro em outra faixa de HF julgada
apropriada no momento atual.
Se não for recebida nenhuma acusação ao alerta de socorro em DSC por
parte de uma estação costeira no prazo de 3 minutos, e se não forem escutadas
comunicações de socorro entre uma estação costeira e o navio em perigo deve-
se:
Retransmitir o alerta de socorro em DSC;
Informar a um Centro de Coordenação de Salvamento (RCC)
utilizando uma via apropriada de radiocomunicações, terrestre ou
por satélite.
Retransmissão do alerta de socorro.
No caso de ser considerada apropriada a retransmissão do alerta de
socorro em DSC, deve ter-se em conta:
Considerar a situação atual e decidir em qual das faixas de
frequências (MF, HF ou VHF) em DSC, o(s) alerta(s) de socorro
deve(m) ser retransmitido(s), tendo em conta o alerta navio-navio
(MF e VHF) e o alerta navio-terra;
Sintonizar o transmissor no canal de socorro DSC, seguindo os
procedimentos descritos anteriormente;
Seguir as instruções para introduzir ou selecionar o formato de
chamada e informações relevantes, utilizando o teclado do
equipamento e de acordo com as instruções do fabricante;
Retransmitir o alerta de socorro em DSC.
Acusar o recibo a uma chamada de retransmissão de socorro
em DSC recebida de uma estação costeira
Os navios que recebam a retransmissão do alerta de socorro em DSC de
uma estação costeiras em HF, endereçada a todos os navios dentro de uma área
geográfica, não devem acusar a recepção desta retransmissão em DSC, mas sim
por radiotelefonia, no canal do tráfego de socorro da mesma faixa em que a
retransmissão do alerta de socorro foi recebida.
Comunicações de Urgência em HF
A transmissão de mensagens de urgência em HF é normalmente
endereçada a:
Todos os navios dentro de uma área geográfica específica;
Uma estação costeira específica.
O anúncio da mensagem de urgência é feito através de uma chamada
DSC com a categoria de urgente num canal de socorro apropriado.
P á g i n a | 142
A transmissão da mensagem de urgência em HF é feita em radiotelefonia
ou em radio telex no canal do tráfego de socorro apropriado e correspondente à
mesma faixa na qual foi transmitido o anúncio em DSC.
Chamada de urgência
Escolher a faixa de HF considerada a mais apropriada, levando em conta:
As características de propagação das ondas de rádio em HF:
A época do ano e a hora do dia;
A faixa de 8 MHz é em muitos casos a escolha correta.
Então:
Sintonizar o transmissor de HF no canal de socorro em DSC na
faixa de HF escolhida;
Introduzir ou selecionar o formato de chamada referente a uma
chamada para uma área geográfica ou de uma chamada individual,
seguindo as instruções do fabricante do equipamento de DSC;
No caso de ser uma chamada para uma área, introduzir as
especificações da área geográfica;
Seguir as instruções para a introdução ou seleção de informação
relevante no equipamento DSC, incluindo o tipo de comunicação em
que a mensagem de urgência vai ser transmitida (em radiotelefonia
ou radio telex);
Transmitir a chamada em DSC.
Se a chamada em DSC é endereçada a uma estação específica, esperar
pela acusação de recibo por parte desta estação. Se não for obtida a acusação
de recebido dentro de alguns minutos, repetir a chamada DSC em outra faixa de
frequência de HF julgada conveniente.
Transmissão da mensagem de urgência
Sintonizar o transmissor de HF no canal do tráfego de socorro indicado na
chamada efetuada em DSC (radiotelefonia ou radio telex).
Se a mensagem de urgência é para ser transmitida em radiotelefonia,
seguir os mesmos procedimentos já descritos anteriormente para radiotelefonia
MF e VHF.
Se a mensagem de urgência é para ser transmitida em radio telex, devem
ser seguidos os procedimentos seguintes:
Utilizar o modo de correção direta de erros (FEC), a não ser que a
mensagem seja endereçada apenas a uma única estação e cujo
número de identificação em radio telex seja conhecido, então usar o
método ARQ;
Iniciar a mensagem de telex do seguinte modo:
No mínimo um retorno de cursor, um espaçamento de linha e um
deslocamento de letra;
O sinal de urgência “PAN PAN”;
A palavra Aqui (This is);
P á g i n a | 143
Os 9 dígitos de identificação do navio e o indicativo de chamada ou
qualquer outra identificação do navio;
O texto da mensagem de urgência.
O anúncio e transmissão de uma mensagem de urgência dirigida a todos
os navios equipados com HF dentro de uma área específica devem ser repetidos
num número de faixas de HF julgadas apropriadas no momento da urgência.
Recepção de uma mensagem de urgência
Os navios que recebam uma chamada de urgência em DSC anunciando
uma mensagem de urgência não devem acusar o recibo da chamada DSC, mas
sim sintonizar o receptor de radiocomunicações na frequência e no modo de
comunicações indicado na chamada em DSC e receber a respectiva mensagem.
Comunicações de Segurança em HF
Os procedimentos para a chamada de segurança em DSC e para a
transmissão da mensagem de segurança são os mesmo que os utilizados para as
comunicações de urgência já descritas anteriormente, tendo atenção que:
No anúncio em DSC é usada a categoria de segurança;
Na mensagem de segurança é usado o sinal “Securité”.
Correspondência pública em HF
Os procedimentos para comunicação DSC em HF para correspondência
pública são os mesmos que para MF e já descritos anteriormente. No entanto as
características de propagação devem ser levadas em conta para HF.
Nas comunicações nacionais e internacionais em DSC HF para
correspondência pública, são utilizados canais diferentes aos canais de socorro e
de segurança em DSC.
Os navios que chamarem uma estação costeira em DSC HF para
correspondência pública devem preferencialmente utilizar o canal de chamada
DSC nacional da estação costeira pretendida. Estas informações são encontradas
na publicação Lista de Estações Costeiras.
Testes do equipamento de HF utilizado para socorro e
segurança
Os procedimentos para testar o equipamento do navio, utilizado para o
socorro e segurança em DSC HF, incluem a transmissão de testes de chamada
em DSC nos canais de socorro em DSC HF, do mesmo modo que os testes de
DSC MF, já descritos anteriormente.
MODOS DE CHAMADA E O USO DA IDENTIDADE NO SERVIÇO 5.15.
MÓVEL MARÍTIMO (MMSI) DA DSC.
A chamada DSC consiste de nove (9) partes que serão detalhadas a
seguir.
P á g i n a | 144
Ponto Padrão
É simplesmente uma série de tons alternados em alto e baixo, que
causará no equipamento receptor a parada da varredura e a escuta da chamada
DSC que está chegando. O ponto padrão é também usado para a sincronização
do bit da chamada. Quer ou não, ele imprime ou mostra os detalhes da
chamada, dependendo do endereço. Em MF/HF o ponto padrão dura 2 segundos,
e consequentemente os receptores fazem escuta, varrendo todas as seis (6)
frequências de socorro dentro de 2 segundos.
Sinal de Faseamento
O sinal chegando ao receptor DSC é não mais que um fluxo de tons altos
e baixos, a uma razão constante e pré-determinada (100 Baud (bits/seg) em
MF/HF DSC e em 1200 Baud (bits/seg) em VHF DSC).
Os receptores têm de romper este sinal de faseamento que é em grupo de
dez (10) bits, iniciando o ponto correto. Tendo encontrado este ponto, ele
continua a separar o fluxo de entrada de altos e baixos de tons em grupos de 10
bits, exatamente nos locais corretos.
Formato Específico
Pode ser qualquer uma das seguintes alternativas:
Socorro;
Estação individual (costeira ou navio);
Estações em uma área geográfica;
Todos os navios;
Grupo de estações;
Chamada telefônica automática.
Diferentes tipos de chamadas contêm diferentes números de símbolos e
em diferentes sequências. Em outras palavras, cada tipo de mensagem tem um
diferente formato.
Endereço
É simplesmente o indicador do serviço móvel marítimo (MMSI) da estação
receptora (ou grupo de estações). Os receptores DSC detectando os formatos
específicos de socorro, todos os navios ou a posição dentro de uma área
geográfica, automaticamente mostrará a mensagem recebida. Assim para esses
formatos, a transmissão não tem endereçados (MMSI).
O MMSI é formado por nove (9) dígitos, da seguinte forma:
Navios: MID + 6 dígitos;
Estações costeiras: 00+MID+4 dígitos;
Grupo de estações: 0+MID+5 dígitos.
O Dígito de Identificação Marítima (MID) identifica a nacionalidade da
estação (costeira ou navio) e é constituído de três (3) dígitos. Os dígitos
seguintes (6,4,5) identificam a estação.
Exemplos:
P á g i n a | 145
MMSI: 710023045.......710 (MID do Brasil) e 023045......(estação
de navio).
MMSI:007100001......00(estação costeira)....710(MID)......0001.....
Rio Rádio.
Categoria
Indica ao operador ao receber a mensagem DSC, o grau de importância
da mesma. Existem cinco (5) categorias, são elas:
Socorro;
Urgência;
Segurança;
Comercial;
Rotina.
O receptor DSC mostrará a categoria como parte da mensagem.
Identificação Própria
O MMSI da estação transmissora é automaticamente incluído em todas as
chamadas DSC, independente do formato. Isto vem atender o Regulamento de
Radiocomunicações que estabelece que todas transmissões móveis marítimas
devem ser acompanhadas pela identificação da estação.
Informações Adicionais Digitadas Pelo Rádio Operador
De acordo com a situação da mensagem a ser transmitida
Fim de Sequência (EOS)
Se o transmissor requerer um recibo DSC, o EOS é sinalizado com “RQ”.
Como mencionado acima, isto ocorre automaticamente se a posição foi enviada
no lugar da frequência de trabalho. Uma estação recebendo o grupo “RQ” é
obrigada a enviar um recibo DSC, automaticamente ou manualmente. O símbolo
EOS no recibo mandatório é sinalizado como “BQ”. Assim o transmissor original
conhece que a chamada DSC foi recebida corretamente. Se o emissor enviou a
posição, então a frequência de trabalho deve ser incluída no recibo “BQ”.
Símbolo de Verificação de Erro
Às vezes conhecido como caracter de verificação de erro (ECC) indica se a
paridade com erro tenha sido detectada na mensagem recebida.
INFORMAÇÕES DE TRÁFEGO DA DSC: ALERTA DE SOCORRO, 5.16.
TIPOS DE CHAMADA E MENSAGENS, E FREQUÊNCIAS E CANAIS
DE CHAMADA E DE TRABALHO.
O formato da chamada de socorro, quando preparada pelo operador rádio,
contém quatro campos, como se segue:
P á g i n a | 146
Natureza do Socorro
Selecionada pelo operador rádio de uma lista de 12 itens, incluindo
“pirataria” e “pessoa ao mar”. Note que “pessoa ao mar” tem condição de
socorro para os propósitos de DSC; entretanto o subsequente procedimento
radiotelefônico, todavia usa o sinal de urgência PAN PAN. Alguns exemplos de
natureza do socorro:
Colisão, encalhe, afundando, sem governo e à deriva, fogo, explosão,
alagamento, etc.
Posição do Navio em Socorro
A posição deve ser atualizada automaticamente, mas pode ser colocada
manualmente em equipamentos antigos ou quando o receptor GPS está avariado
ou o sistema GPS (satélites) está desativado. Se os dados de posição não são
conhecidos, ou incorretos, o caracter deve consistir de somente dígitos “9” dez
vezes, indicando que os dados de posição não estão disponíveis.
Hora em UTC
Significa a hora que a posição foi validada.. Note que esta hora não é a
mesma do ajuste interno do equipamento em data e hora, o qual não necessita
ser mostrado em UTC. Se a hora em UTC está incorreta, os participantes da
busca podem iniciar a busca em uma posição errada. Se o relógio interno está
incorreto, a data e a hora mostrados com as chamadas DSC que chegam, serão
incorretos, porque o DSC não inclui o grupo data e hora dentro da sua própria
chamada; uma mensagem que chega é dado a data e hora do equipamento
receptor. O caracter de hora será o dígito “8” quatro vezes, indicando que a hora
está incorreta.
Comunicações Subsequentes
Serão selecionadas em radiotelefonia (J3E) ou radio telex (F1B-FEC) pelo
navio em socorro, dentro de suas possibilidades.
Se o operador rádio não entrar com qualquer das informações acima, o
equipamento automaticamente enviará o seguinte:
Natureza do socorro: não designado
Posição: 9999999999
Hora: 8888
Os operadores rádios devem estar cientes que a chamada de socorro DSC
é enviada cinco vezes sem interrupção. Isto é feito para aumentar a
possibilidade que será recebida na primeira tentativa e é essencialmente este
aspecto, junto com um único formato, que caracteriza um “alerta de socorro” e
não uma “chamada de socorro”.
Como consequência de ser repetido cinco vezes em uma simples emissão,
um alerta de socorro em MF/HF dura 35 segundos, em lugar de
aproximadamente 7 segundos para outras chamadas (12 vezes mais rápido em
VHF). Além do mais, a não ser que a transmissão seja manualmente terminada
pelo emissor, estes 35 segundos do alerta de socorro serão automaticamente e
P á g i n a | 147
repetidamente retransmitidos com intervalos aleatórios de 3,5 a 4,5 minutos
entre as chamadas, até que um recibo de socorro DSC seja recebido.
Outros Formatos
Contém três “mensagens”, como se segue:
Dois telecomandos
O primeiro telecomando é selecionado de uma lista de 26. Usualmente
indica a classe de emissão a ser usada nas comunicações subsequentes.
Também pode indicar que a chamada é um recibo de socorro ou uma
retransmissão de socorro. Eles não são alerta de socorro, como definido acima,
porque eles seguem o formato para “outras chamadas”. Entretanto, eles incluem
os detalhes da embarcação em socorro e, como tal, devem somente ser
enviados com autorização do comandante ou seu representante legal.
O segundo telecomando é selecionado de uma diferente lista de 26. Para
muitas chamadas DSC, somente quatro dessas são oferecidas. Os dois primeiros
são para uso em zonas de guerra. Um indica que a embarcação é um navio
neutro de acordo com a resolução 18 para navios e aeronaves do Regulamento
de radiocomunicações da UIT.
O outro indica que a embarcação é um navio hospital utilizado em
transportes médicos, coberto pelo regulamento de Radiocomunicações.
O terceiro é usado com o formato de auto fone, onde remotamente o
equipamento receptor passa para discagem automática. O quarto e mais
comumente usado é “nenhuma informação”. Alguns dos demais 22
telecomandos são usados por estações costeiras quando respondendo a uma
chamada DSC comercial de um navio, por exemplo, “incapaz de cumprir”,
“ocupado”, “não pode usar o canal”, etc.
Posição ou frequência de trabalho
Se a frequência de trabalho é inserida pelo operador, o equipamento DSC
da estação receptora pode automaticamente ser ajustado para o canal ou
frequência enviado pelo emissor. Obviamente esta facilidade deve ser usada com
certo cuidado para evitar interferência com outro equipamento em outras
embarcações.
Se a posição é inserida, a estação chamada (receptora) é obrigada a
responder pelo DSC e indicar a frequência de trabalho, ou indicar estar
inabilitado e a razão para declinar da comunicação.
Chamadas telefônicas automáticas
Se o formato específico indicar chamadas automáticas ou semi-
automáticas, os símbolos aparecendo nesta parte da mensagem serão
direcionados para o equipamento de discagem automática.
Note que o operador rádio não necessariamente tem de digitar cada item
de cada chamada DSC. O equipamento DSC é designado para inserir
componentes essenciais automaticamente.
P á g i n a | 148
FACILIDADES E USO DO DSC. 5.17.
O DSC (Digital Selective Call) ou Chamada Seletiva Digital é um sistema
padrão internacional, utilizado para estabelecer chamada rádio marítima em VHF
e MF/HF. Este sistema possui frequências específicas e sinais de chamada, que
estabelece comunicação automática entre navios x navios e terra x navios. Entre
suas principais vantagens podemos destacar:
Rápido alerta em situações de emergência;
A transmissão das informações é realizada automaticamente;
A utilização dos canais de emergência é minimizada;
Contato sigiloso e seguro.
Procedimentos Operacionais Para Chamadas DSC
São cinco pontos importantes estabelecidos pela IMO:
Retransmissões e recibos de socorro pelo DSC de todos os tipos
devem somente ser enviados com autorização do comandante ou
seu representante legal;
Os navios não devem dar recibo em DSC de alertas DSC, enviando
uma chamada DSC de retorno. Eles devem dar recibo somente em
radiotelefonia, no canal selecionado pelo navio que emitiu o alerta;
Navios recebendo um alerta de socorro DSC no canal 70 em VHF ou
2187,5 kHz em MF, não são permitidos de retransmitir a chamada
pelo DSC, sob quaisquer circunstâncias (eles podem retransmitir
por outros meios);
Navios recebendo um alerta de socorro DSC em HF devem aguardar
por um período de cinco (5) minutos de um recibo manual, para
apurar se tenha sido dado o recibo por DSC, radiotelefonia ou radio
telex, antes de retransmitir manualmente e somente para uma
estação costeira;
Navios devem somente enviar uma retransmissão de alerta de
socorro DSC (alerta de socorro em nome de outro navio), se as
duas condições seguintes, ambas se aplicarem:
a) O navio em socorro não está apto de transmitir seu próprio
alerta de socorro;
b) O comandante do navio considerar que posterior auxílio é
necessário.
A chamada de retransmissão de socorro deverá ser endereçada para
“todos os navios” ou para uma estação costeira apropriada.
A seguir são apresentadas as ações que uma embarcação deverá tomar
ao receber um alerta de socorro em VHF ou MF (DSC) e HF (DSC),
respectivamente.
P á g i n a | 149
Ações de uma Embarcação Quando Recebe um Distress em VHF ou MF
(DSC).
P á g i n a | 150
Ações de uma Embarcação Quando Recebe um Distress em HF (DSC)
TRANSCEPTORES PORTÁTEIS VHF. 5.18.
A dotação deste tipo de equipamento para as embarcações GMDSS é:
Para embarcações de carga entre
300 e 500 AB – dois transceptores
portáteis com carregador;
Para embarcações de carga acima de
500 AB e navios de passageiros –
três transceptores portáteis com
carregador.
Características técnicas do TC portátil (VHF):
Deve suportar variações de
temperatura de -20º C a +55º C;
Deve suportar choques térmicos
(variações bruscas de temperatura);
Deve suportar vibrações (típicas a
bordo);
Ser resistente a uma queda de cerca de 1m a bordo.
P á g i n a | 151
Manter suas características de construção inalteradas até 1m de
profundidade na água do mar;
Ter potência de saída mínima de 0,25 w e máxima de 2 w;
Ter capacidade de operação de 8 horas, sem recarregar;
Usar bateria de Lítio (para a embarcação de sobrevivência). Para o
TC de uso geral a bordo (geralmente de cor preta) deve-se usar a
bateria de Níquel-Cádmio, com menor capacidade;
Tem que operar com o canal 16 e sintonizar, pelo menos, mais dois
canais do serviço móvel marítimo;
Ter cor amarela ou laranja.
AVARIAS MAIS COMUNS NOS EQUIPAMENTOS DE UMA ESTAÇÃO 5.19.
DE PLATAFORMA OU NAVIO.
Para o INMARSAT-C Verifique
Se a impressora não liga:
Verificar o cabo de alimentação;
Verificar o cabo de interligação com o transceiver.
Se o papel de impressora não corre (toca um alarme):
Verificar o correto posicionamento da bobina de papel;
Verificar se o papel está no final (sensor na bobina);
Verificar se a pressão da cabeça impressora no rolo pressor está
demasiada para o tipo de papel utilizado (ver manual da impressora
para ajuste).
Após correção da falha, desligar e religar o equipamento.
No transceptor do INM-C, na condição normal de funcionamento, as
lâmpadas verdes “power” e “login” estão acesas todo o tempo:
Lâmpada “login” piscando significa que o equipamento está fazendo
novo login e / ou perdeu o contato com a estação coordenadora da
rede (NCS). Por ser um terminal marítimo, o equipamento fará
novo “login” automaticamente;
Caso a lâmpada “Power” apagada:
a) Verificar fusível na parte posterior
b) Verificar cabo de alimentação
c) Verificar alimentação geral para a fonte fornecedora de
tensão DC
d) Verificar fusível interno da fonte
e) Verificar se a chave de alimentação geral está desligada.
Equipamento não transmite:
Acessar o menu STATUS e verificar os valores de corrente de
recepção e transmissão, checando com os valores dos parâmetros
do comissionamento da SES;
P á g i n a | 152
Verificar o nível do sinal de recepção, que deve ser geralmente 5/5.
Sistema não atualiza a posição do navio:
Verificar se o receptor GPS está ligado e funcionando;
Verificar a conexão do cabo do sinal na parte posterior do
transceptor e o receptor GPS;
Verificar a programação do receptor GPS (ver manual do GPS);
Caso o receptor GPS não esteja funcionando, deve-se colocar
manualmente a cada 4 horas a posição conhecida do navio, no
menu Position do terminal telex.
Tela do terminal telex com a mensagem: “Transceiver not connected”:
Verificar se o transceiver está ligado;
Verificar possível mau contato no cabo que interliga o transceptor e
o terminal telex.
Terminal telex:
Condição normal: lâmpada “power” ligada 24 horas por dia;
Se a lâmpada estiver apagada, verificar se o cabo de alimentação
está conectado.
Tela congelada do terminal telex:
Em certas circunstâncias é possível do programa “congelar” e não
se conseguir alterar ou acessar o menu principal através do teclado.
Isto ocorre, geralmente quando se toca em determinadas teclas no
teclado, simultaneamente;
Para voltar a operar com a tela, basta desligar o terminal telex por
1 minuto. Ao ser religado, o sistema volta ao normal.
Outros problemas em outros equipamentos podem ocorrer, tais como:
Interferência nas comunicações;
Queima de fusíveis;
Problema com o PTT (Press To Talk) no fone;
Defeito ou mau contato nas antenas devido à salinidade e umidade.
UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DISPONÍVEIS PARA TESTE NOS 5.20.
EQUIPAMENTOS E A IMPORTÂNCIA DE PROCEDER AS
VERIFICAÇÕES.
Equipamentos em Radiotelefonia (VHF/MF/HF)
Deve-se fazer uma chamada nas frequências correspondentes para
socorro em cada faixa, não ocupando mais de um (1) minuto. Se a luz Tx
acender, está transmitindo. Aguardar o atendimento da estação chamada. Dar o
“ciente. É só” (Roger Out). Está terminado o teste.
DSC-VHF
É proibido fazer teste com o botão DISTRESS;
P á g i n a | 153
Para testar o equipamento faz-se uma chamada individual para
uma estação costeira ou navio, como uma chamada em
correspondência pública.
DSC MF/HF
Os testes devem ser sempre com uma estação costeira. Cumprir a
seguinte seqüência:
Sintonizar o transceptor para a frequência/canal DSC apropriado
para a chamada de teste;
Ajustar o controlador DSC do navio, usando o seguinte
procedimento geral (veja o manual do fabricante para orientação
específica).
a) Selecione “Tx CALL”
b) Selecione “TEST”
c) Entrar com o MMSI da estação costeira.
d) Pressione “CALL” (ou SEND / TRANS)
e) Aguarde pelo recibo da estação costeira.
Normalmente não ocorre nenhuma comunicação subsequente, após o
recibo de teste DSC, dado pela estação costeira.
Para o Receptor NAVTEX
Efetuar a seqüência:
Calcar o controle MENU quatro vezes e aparecerá impresso no papel
térmico ou na tela: “SELF DIAGNOSTIC”;
Calcar o controle “SELECT” e o equipamento fará o auto teste com
as seguintes informações: controle do estado da impressora,
imprimindo o que está na memória, o alarme acústico soará e sua
lâmpada vermelha acenderá e por último, apresentará as condições
da bobina de papel.
Para SART
Deve ser testado mensalmente como se segue:
Ligar o radar de 9 GHz (banda X);
Chavear o SART para o modo TEST;
Manter o SART no campo de visão da antena do radar;
Checar se o indicador visual da luz está operando;
Checar se o sinal audível do alarme está operando;
Observar na tela do radar a apresentação de círculos concêntricos.
Checar a data de validade da bateria.
Para EPIRB
A EPIRB deve ser testada mensalmente, como se segue:
Pressione e libere o botão de teste;
A lâmpada vermelha deve piscar uma vez;
P á g i n a | 154
Dentro de 30 segundos as lâmpadas vermelha e estroboscópica
devem piscar várias vezes.
Depois de decorridos 60 segundos a EPIRB desligará
automaticamente.
Há um teste anual com a EPIRB, para verificar a estabilidade da
frequência (406 MHz), executado por pessoal credenciado, através
de sociedades classificadoras.
Para o INMARSAT
O equipamento INMARSAT-C não permite que sejam testes de alarme
DISTRESS. Este teste foi feito durante o comissionamento da SES.
No INMARSAT-C não podem ser acionados os botões STOP e ALARM no
transceptor (MODEM) para teste.
No INMARSAT-C há o teste de ligação com o satélite selecionado, através
do menu “distress” no terminal telex e em seguida no sub-menu “link test”
Nos equipamentos INMARSAT há como verificar o STATUS do sistema e
onde serão apresentados parâmetros de ajustes, que devem ser os mesmos da
cópia que o navio possui desde o comissionamento da SES. Caso haja
parâmetros diferentes, deve-se consultar o fabricante do equipamento.
Como recomendação geral devem-se fazer inspeções periódicas nos
seguintes pontos:
Transmissores / receptores;
Linhas de transmissão;
Baterias;
Quadros elétricos;
Quadros de fusíveis.
Antenas e seus circuitos. Verificando o tipo de alimentação, suas conexões
e limpeza dos contatos. Deve-se fazer uso das recomendações dos manuais dos
equipamentos. Alguns possuem recursos de teste no próprio equipamento
chamado “built-in” que facilitam a pesquisa de avarias.
P á g i n a | 155
OUTROS SISTEMAS GMDSS 6.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA EPIRB NO SISTEMA COSPAS–6.1.
SARSAT.
O sistema foi inicialmente desenvolvido em 1976 pelos USA e Canadá ao
criarem o programa de busca e salvamento por satélites (SARSAT). Em 1977, a
França incorporou-se ao programa.
Em 1978, a então União Soviética criou o sistema espacial para busca a
embarcações em socorro (COSPAS). O sistema passou a chamar COSPAS-
SARSAT em 1979, quando os quatro países assinaram um Memorando de
Cooperação.
Em 1985, o sistema foi declarado operacional. E em 1988, foi assinado
um acordo de programa para assegurar a continuidade do sistema e torná-lo
disponível a todos os países sem discriminação. Muitos países contribuem com o
programa com estações receptoras terrestres (LUT). O Brasil participa com um
MCC e três LUTs.
O sistema COSPAS-SARSAT é um sistema de auxílio à busca e salvamento
por satélite com a finalidade de localizar balizas que transmitam na frequência
de 406 MHz um alerta de socorro. É planejado para servir a todas as
organizações no mundo com responsabilidade em operações SAR quer o socorro
seja no mar, no ar ou na terra.
O sistema COSPAS-SARSAT tem demonstrado que a detecção e
localização de sinais de socorro podem ser facilitados pelo monitoramento global
baseado nos satélites de baixa altitude em órbita polar. Mais recentemente o
sistema foi reforçado com a adição de satélites geoestacionários, para cobrir
áreas não cobertas pelos satélites de baixa altitude.
Além disso, são planejados esforços para adicionar o uso de satélites de
órbita terrena em média altitude providos pelos satélites GPS americanos,
satélites GLONASS russos e os satélites GALILEU europeus.
O sistema tem sido usado com sucesso em grande número de operações
SAR em todo o mundo.
A China tem seu próprio sistema de navegação por satélites, chamado de
BEIDOU (bússola), que deverá estar totalmente operacional em 2020.
A condução de uma EPIRB satélite com flutuabilidade livre, operando na
frequência de 406 MHz, no sistema COSPAS-SARSAT é obrigatória para todos os
navios SOLAS (capítulo 4, regra 7.1.6.1).
Conceito Básico do Sistema
Existem três tipos de balizas satélites, como apresentado na figura
anterior
ELT: Transmissor localizador de emergência (aéreo).
EPIRB: baliza rádio indicadora de emergência (marítimo).
PLB: baliza localizadora de pessoa (terrestre).
P á g i n a | 156
Estas balizas transmitem os sinais de alerta de socorro que são
detectados pelos satélites COSPAS-SARSAT equipados com adequados
receptores / processadores. Os sinais são, então, retransmitidos para uma
estação receptora em terra, chamada terminal do usuário local (LUT), que
processa os sinais para determinar a localização da baliza.
Um alerta é então retransmitido, junto com os dados da localização e
outras informações, via um centro de controle da missão (MCC), ou para um
RCC nacional, para outro MCC ou para a apropriada autoridade SAR para iniciar
as operações SAR.
P á g i n a | 157
Seguimento Espacial do COSPAS - SARSAT
O sistema COSPAS-SARSAT inclui dois tipos de satélites, aqueles em
órbita terrena em baixa altitude que forma o sistema LEOSAR e aqueles em
órbita terrena geoestacionária que forma o sistema GEOSAR, como apresentado
na figura abaixo.
Existem satélites LEOSAR COSPAS e SARSAT em operação. Cada satélite
faz uma órbita completa em torno da Terra passando pelos pólos em cerca de
100 minutos, viajando a uma velocidade de 7 km / seg. O satélite vê uma faixa
da Terra de aproximadamente 4000 km de extensão em forma de círculos.
Quando visto da Terra, o satélite cruza o céu em cerca de 15 minutos. Cada
satélite, circulando os pólos, vê a superfície total da Terra rotacionando embaixo
dele. Ele alcança metade da rotação da Terra (12 horas) para qualquer posição
ao passar sob o satélite. Com os seis satélites a média de tempo de espera para
um satélite alcançar a visão da baliza é 45 minutos, que pode se estender por
mais 45 minutos para a mensagem ser reencaminhada para uma LUT. O sistema
LEOSAR é capaz de calcular a posição dos sinais de socorro de uma baliza
usando técnicas de processamento Doppler.
O COSPAS-SARSAT se constitui de satélites GEOSAR em operação,
providos pelos USA (série GOES), um pela Índia (séries INSAT) e um pela
organização de satélites meteorológicos europeus EUMETSAT (séries MSG). Eles
têm uma cobertura global (de 70º norte a 70º sul em latitudes), exceto para as
regiões polares. O sistema GEOSAR não pode calcular a posição, mas provê
quase imediato alerta, dando a identificação da baliza. Na verdade, o sistema
GEOSAR tem capacidade de fornecer a informação de posição se tal informação
estiver codizada na mensagem da baliza. Novos tipos de EPIRBs contêm
receptores GPS para fornecer a informação de posição. Elas são conhecidas
como balizas com protocolos de posição ou GPS-EPIRBs. O sistema GEOSAR é
P á g i n a | 158
mais suscetível de obstruções que podem bloquear o sinal da baliza em uma
dada direção, porque o satélite não está continuamente se movimentando com
relação à baliza, como no sistema LEOSAR.
Com os satélites em órbita polar LEOSAR, o efeito Doppler (usando o
movimento relativo entre o satélite e a baliza) é usado para localizar as balizas.
A frequência portadora transmitida pela baliza é razoavelmente estável durante
o período de mútua visibilidade baliza-satélite. A frequência correntemente em
uso está na faixa de 406 a 406,1 MHz. As balizas 406 MHz incluem códigos de
identificação nas transmissões. Para aperfeiçoar a localização Doppler,
transpondes SAR são colocados nos satélites LEOSAR. A baixa altitude resulta
em uma necessidade de baixa potência de subida, uma pronunciada mudança
Doppler e curtos intervalos entre sucessivas passadas.
O conceito de localização Doppler fornece duas posições para cada baliza:
a posição verdadeira e a imagem espelhada relativa à obtenção terrestre do
satélite. Esta posição ambígua é resolvida pelos cálculos que levam em conta a
rotação da Terra. Se a frequência tem estabilidade suficientemente boa como
acontece na baliza 406 MHz, a solução verdadeira pode ser determinada na
primeira passada. O avançado desempenho das EPIRBs satélites 406 MHz é a
razão porque esses equipamentos foram selecionados para o GMDSS. Para
atender a esta estabilidade na frequência é que as EPIRBs têm vistoria anual
realizada por órgãos credenciados.
O equipamento a bordo dos satélites consiste dos seguintes subsistemas:
Receptor / processador 406 MHz e unidade de memória;
Transmissor de descida em 1544,5 MHz.
As funções do receptor / processador são:
Demodular (transformar o sinal digital em analógico) as mensagens
digitais recebidas das balizas;
Medir a frequência recebida;
Medir o tempo de amarração.
Todos estes dados incluídos na composição do sinal de saída são
modulados e encaminhados para as LUT na velocidade de modulação de 2,4
kbits / segundo. A LUT reencaminha estes dados para o Centro de Controle da
Missão (MCC) associado.
Modos de Cobertura do Sistema LEOSAR.
O sistema LEOSAR proporciona dois modos de cobertura para a detecção
e localização das balizas; cobertura em tempo real e cobertura global.
Modo em tempo real em 406 MHz.
Após o satélite receber os sinais da EPIRB 406 MHz, o efeito Doppler é
medido e os dados digitais da baliza que incluem a identificação do navio, etc,
são recolhidos do sinal da baliza. Esta informação é amarrada no tempo,
formatada como dados digitais e transferida para o repetidor de ligação de
descida com transmissão em tempo real para qualquer LUT que esteja à vista do
P á g i n a | 159
satélite. Os dados são simultaneamente armazenados na memória de satélite
para posterior transmissão no modo de cobertura global.
A cobertura completa proporcionada pelo sistema COSPAS-SARSAT no
modo em tempo real é determinada pelo número e posições das LUTs.
Modo de cobertura global em 406 MHz.
A EPIRB 406 MHz proporciona cobertura global armazenando os
dados da baliza a bordo dos satélites LEOSAR para posterior descarregamento e
recepção pelas LEOLUTs. Cada EPIRB satélite pode, consequentemente, ser
localizada por qualquer das LUT em operação. No modo de cobertura global,
usando EPIRBs satélites 406 MHz, completa cobertura mundial é obtida.
Terminal do Usuário Local (LUT)
Este terminal recebe os sinais dos satélites LEOSAR e GEOSAR, que os
recebeu das EPIRBs 406 MHz e após processados são enviados para os MCCs
associados e então encaminhados para os RCCs, que providenciarão as
operações SAR em sua área de responsabilidade. Existem dois tipos de LUT no
sistema COSPAS-SARSAT:
LEOLUT que operam com os satélites LEOSAR;
GEOLUT que operam com os satélites GEOSAR.
LEOLUT
A configuração e capacidade de cada LEOLUT podem variar de acordo com
as necessidades específicas dos países participantes. Independentes disto, todos
P á g i n a | 160
os LEOSAR interagem operativamente com todas as LEOLUT, atendendo as
especificações do COSPAS – SARSAT.
A capacidade da LEOLUT é determinada pelos canais de satélite LEOSAR
que foram designados para processar. Estes canais podem ser dos seguintes tipos:
Processador de busca e salvamento (SARP) em 406 MHz. Este canal
envia para as LEOLUT as informações da EPIRB 406 MHz atualizadas, todas as vezes que o satélite LEOSAR avistá-las em
sua órbita, enquanto a EPIRB estiver emitindo. Atende, assim, ao modo de cobertura global;
Repetidor de busca e salvamento (SARR) em 406 MHz. Este canal
recebe os sinais da EPIRB 406 MHz no satélite e retransmite imediatamente para a LEOLUT, não retendo na memória, estes
dados. Este é o modo de cobertura em tempo real (a EPIRB e a LEOLUT sendo vistos simultaneamente pelo satélite LEOSAR).
Neste caso, o satélite não processando os dados da EPIRB, a LEOLUT o
fará. O Brasil possui três LEOLUT nas seguintes cidades:
Manaus, Recife e Brasília, operados pela Aeronáutica; As LEOLUT são interligadas pelo menos a um MCC.
GEOLUT
É uma estação receptora em terra que opera com os satélites GEOSAR.
Ela recebe e processa os sinais da EPIRB 406 MHz que tenham sido
retransmitidos pelo satélite geoestacionário.
A GEOLUT consiste dos seguintes componentes:
Antena e subsistema de radiofrequência;
Processador;
Subsistema de referência de tempo;
Interligação ao MCC.
Devido à grande área de cobertura proporcionada por cada satélite
geoestacionário, as GEOLUT são capazes de produzir um alerta quase
instantâneo sobre áreas extremamente grandes. Entretanto, pelo fato de que os
satélites permanecem estacionários em relação às balizas, as GEOLUTs não são
capazes de determinar a localização da baliza usando a técnica de
processamento Doppler. Em vista disto, as EPIRBs 406 MHz com protocolos de
localização (GPS) permitem colocar em código os dados da posição na
mensagem transmitida, desta forma proporcionando um alerta quase em tempo
real, via sistema GEOSAR. No Brasil há duas GEOLUTs: uma em Brasília e outra
em Recife, também operadas pela Aeronáutica.
Centro de Controle da Missão (MCC)
Os MCC estão instalados em vários países e operam com pelo menos uma
LUT. As principais funções do MCC são: coletar, armazenar e selecionar os dados
provenientes das LUT e de outros MCCs, prover troca de dados com o sistema
COSPAS-SARSAT e fornecer dados para as redes de busca e salvamento (SAR).
P á g i n a | 161
No Brasil, há um MCC, localizado em Brasília (CINDACTA 1) que é operado
pela Aeronáutica.
EPIRB Satélite 406 MHz
Existem EPIRBs no GMDSS com duas frequências 121,5 / 406 MHz na
mesma baliza. A frequência de 406 MHz é que irá para o satélite. A transmissão
em 121,5 MHz na troposfera (até cerca de 15 km de altitude), serve para efeito
de localização, permitindo orientar as unidades SAR bem como, as aeronaves
que estejam sobrevoando o local e que monitorem esta frequência (121,5 MHz),
que pertence ao Serviço Móvel Aeronáutico.
As EPIRBs podem ser ativadas manualmente ou automaticamente. Elas
são equipadas com um dispositivo hidrostático de liberação que
automaticamente liberará as balizas a uma profundidade de 4 m. As EPIRBs
também possuem um cabo de 10 m, para amarrá-las à embarcação de
sobrevivência, ao bote salva vidas ou a uma pessoa na água. Nunca amarre as
EPIRBs ao navio em socorro, porque se
afundar o dispositivo não será liberado e
não devem ser colocadas dentro do bote
salva vidas para não prejudicar a linha de
visada com o satélite.
As EPIRBs transmitem pulsos de
radiofrequência de 0,5 segundos a cada
ciclo de 50 segundos, com potência de 5
watts.
As EPIRBs têm pelo menos 48 horas
de tempo de bateria (feitas de Lítio) e o
prazo de troca da bateria são cinco anos.
Elas também passam por uma vistoria anual para verificação da estabilidade da
frequência (406 MHz) e de outros fatores. Também suportam temperaturas de –
20ºC a +55ºC.
Existem duas categorias de EPIRBs, que serão descritas a seguir.
Categoria I
Operam em 406 MHz e 121,5 MHz;
Possuem auto flutuação e ativação automática;
São detectáveis por quaisquer satélites, em qualquer parte do
globo;
São aprovados pelo GMDSS;
Após 1998 alguns modelos foram dotados de GPS.
Categoria II
Operam em 406 MHz e 121,5 MHz;
São similares ao de categoria I;
Possuem livre-flutuação;
São ativados manualmente;
Após 1998 alguns modelos foram dotados de GPS.
P á g i n a | 162
Teste com EPIRBs 406 MHz
As EPIRBs 406 MHz só devem ser ativadas quando um navio, aeronave ou
pessoa estiver em grave e iminente perigo. Não obstante, para assegurar que os
equipamentos estejam em perfeito estado de funcionamento, eventualmente,
torna-se necessária a ativação para a realização de testes. Neste particular,
ressalta-se que o operador rádio poderá realizar o auto teste da baliza, sem
causar prejuízos para o Sistema de Busca e Salvamento, da seguinte forma:
ELT, EPIRB e PLB podem ser testados a qualquer hora usando o
modo auto teste, sem a necessidade de notificar o MCC da
realização do teste;
Certifique-se sobre as instruções do fabricante para a realização
dos testes, bem como a correta interpretação dos resultados;
EPIRB e PLB não podem ser testados no modo operacional.
Registro da EPIRB
É importante registrar a EPIRB de modo que as informações contidas na
mesma e que quando acionada são enviadas para os satélites, estejam
disponíveis para as autoridades SAR todo o tempo, em um banco de dados, para
rapidamente analisar os dados e desencadear uma operação SAR.
O registro da EPIRB caracteriza-se em um número identificador com 15
caracteres alfanuméricos, podendo incluir o identificador do serviço móvel
marítimo (MMSI) do navio, o seu sinal de chamada (prefixo) ou número de série.
Para fazer o registro da EPIRB são necessárias as seguintes informações,
a serem preenchidas em modelo próprio:
Identificação do comprador (nome, endereço, telefone, etc.);
Dados da embarcação (nome, MMSI e empresa proprietária);
Dados para contato de emergência (nome e telefone);
Modelo e fabricante;
Categoria (I-ativação automática; II - ativação manual);
Assinatura do responsável pela embarcação e data.
P á g i n a | 163
No Brasil, a EPIRB é registrada no Centro Integrado de Defesa Aérea e
Controle do Tráfego Aéreo – CINDACTA (autoridade de registro). O site
www.406registration.com auxilia no registro da EPIRB, onde não há autoridade
de registro.
Desempenho do Sistema COSPAS – SARSAT
Probabilidade de detecção da EPIRB – 98%
A probabilidade de detecção da EPIRB é definida como a probabilidade de
detecção pelo LUT de, pelo menos uma mensagem com código identificador
correto na primeira aquisição pelo satélite.
Probabilidade de localização da EPIRB – 98%
A probabilidade de localização da EPIRB é definida como a probabilidade
de detecção e decodificação de, pelo menos, quatro pulsos de mensagens
individuais durante uma única passagem do satélite.
Precisão de localização da EPIRB – 90 %
A precisão da localização da EPIRB é definida como a diferença entre a
localização calculada pelo sistema, usando os recursos do Efeito Doppler e a
posição real.
Para os satélites do sistema LEOSAR a precisão de localização é de cerca
de 2.3 milhas náuticas (cerca de 5 km).
No sistema GEOSAR quando processando balizas com protocolo de
localização (GPS – EPIRB) alcançam precisões de localização em torno de 0.05
milhas náuticas (cerca de100m).
Probabilidade de resolução de ambiguidade – 95%
A probabilidade de resolução de ambiguidade é definida como a habilidade
do sistema de selecionar a localização “real”, em vez da “imagem espelhada” da
EPIRB.
Capacidade – 90
A capacidade é definida como o número de EPIRBs no mesmo campo de
visão do satélite, as quais o sistema de satélites pode processar em sua
memória simultaneamente, sem se confundir.
Tempo de notificação
Varia de uma (1) a duas (2) horas. Período desde a ativação da baliza até
a recepção de uma mensagem válida por um RCC.
É composto pelo tempo de espera da passagem do primeiro satélite, do
tempo de processamento da passagem do primeiro satélite e deste para o LUT e
deste para o MCC, e do tempo de transmissão do MCC para o RCC.
P á g i n a | 164
Este período varia de uma (1) hora nas altas latitudes até cerca de duas
(2) horas no equador terrestre. O tempo médio é de 44 minutos na passagem
do primeiro satélite e de 43 minutos para processamento e transmissão.
TRANSPONDER RADAR DE BUSCA E SALVAMENTO (SART). 6.2.
Este equipamento é o principal recurso no GMDSS para localizar navios
em socorro, os sobreviventes em botes salva vidas e até mesmo pessoas no
mar. Ao ser levado para o bote salva vidas deve ser colocado na posição de
“stand by”, aguardando um pulso radar de 9 GHz.
É obrigatório que os navios o porte a bordo, de acordo com os capítulos
III e IV da SOLAS. Navios de passageiros em viagens internacionais deverão ter:
Um (1) SART por bote salva vidas. Navios de carga em viagens
internacionais entre 300 e 500 de Arqueação Bruta;
Uma (1) unidade e acima de 500 de Arqueação Bruta, duas (2)
unidades.
Ele opera na faixa de 9 GHz (também conhecida como faixa X ou faixa
radar de 3 cm) e somente transmite, assumindo a posição de ligado, quando é
interrogado por um radar de 9 GHz.
O SART responderá ao pulso radar de um navio com antena de 15 metros
acima do nível do mar, quando o mesmo tocar a antena do SART, dando uma
distância de detecção de cerca de 5 milhas náuticas. Neste instante, também
soa no SART um alarme acústico, dando a informação aos náufragos que há um
radar de 9 GHz emitindo nas proximidades.
Pode-se ter uma detecção com maior alcance ao se utilizar uma aeronave
que esteja à cerca de 3000 pés de altitude; nesta situação a resposta do SART
será a cerca de 40 milhas náuticas. A transmissão do SART produz na tela do
radar do navio ou da aeronave, doze (12) pontos padrões estendidos para fora,
em que o primeiro ponto é a localização do SART, mostrando uma linha de
marcação, que será o rumo que o navio assumirá para se aproximar do SART.
O navio ao se aproximar, estes pontos vão se transformando em arcos
concêntricos e quando estiver a cerca de uma (1) milha do SART, serão vistos
P á g i n a | 165
na tela do radar, círculos concêntricos. A figura abaixo apresenta a seqüência de
pontos que aparece na tela do radar.
Para assegurar que o SART ao responder ao pulso radar, será recebido em
um alcance conveniente, é essencial que o SART seja montado tão alto quanto
possível. A fim de aumentar ao máximo a probabilidade de detecção, o SART
deve ser montado a uma altura de, pelo menos, 1 metro acima do nível do mar.
Para ter uma melhor apresentação da resposta do SART na tela do radar,
é recomendado que ao ser ligado, os controles “ANTI-CLUTTER SEA” e “ANTI-
CLUTTER RAIN” do radar, sejam ajustados no máximo e a escala do radar
ajustada para 6 ou 12 milhas náuticas.
Características Operacionais do SART
É de fácil ativação e desativação manual por qualquer pessoa;
Possui recursos visuais e audíveis, para indicar a operação correta e
alertar os náufragos que um radar detectou o SART;
Resistente à pressão hidrostática até cerca de 10 m de
profundidade por cerca de 5 minutos;
Suporta choques térmicos de até 45º C;
Resistente à prolongada exposição à luz solar;
Possui cor laranja ou amarela, para facilitar sua localização;
Tempo de bateria: 96 horas em STAND BY e 8 horas na fase de
transmissão;
Após iniciar a transmissão funciona automaticamente;
Suporta as seguintes faixas de temperatura:
Ambiente: -20º C a +55º C;
Armazenado: -30º C a +70º C.
Opera com polaridade horizontal, que é a mesma do radar;
Tem flutuabilidade livre.
P á g i n a | 166
Com o AIS – SART desde 1º de janeiro de 2010 fazendo parte do GMDSS,
é possível que o SART 9 GHz venha a ser retirado do mercado gradativamente.
A seguir é apresentado o AIS – SART.
AIS – SART 6.3.
O AIS-SART é um Sistema de Identificação Automática com um
Transmissor de Busca e Salvamento, que trabalha acoplado a um receptor GPS.
É usado para localizar uma embarcação de sobrevivência ou navio em
dificuldades, através do envio de relatórios de posição atualizada usando um
padrão de sistema de identificação automática (AIS).
O dispositivo funciona semelhante ao SART 9 GHz , mas, ao invés de
mostrar a posição de um bote salva-vidas no radar de 3cm, irá transmitir as
coordenadas a todos os dispositivos AIS habilitados dentro da faixa VHF, nas
frequências: 161,975 MHz (AIS 1) e 162,025 MHz (AIS 2), em uma série de oito
(8) mensagens por minuto, sendo quatro (4) em cada canal VHF-AIS. Inicia a
transmissão um (1) minuto após a ativação.
O AIS-SART depois de ativado envia as seguintes informações:
Coordenadas geográficas (latitude e longitude);
Hora GMT;
Marcação e distância;
P á g i n a | 167
Número de Identificação.
Nas cartas eletrônicas a apresentação AIS - SART é mostrada com uma
cruz dentro de um pequeno círculo.
Identificação do AIS – SART.
O AIS – SART possui um código de identificação de nove dígitos. Os três
primeiros (970) identificam o equipamento AIS-SART, o 4º e o 5º dígitos servem
para identificar o fabricante e os quatro últimos dígitos identificam o número de
série. A combinação de dígitos do AIS - SART não identifica o navio.
Exemplo:
9 7 0 9 9 0 0 0 4
970 são dígitos que identificam o AIS – SART.
99 identificam o fabricante.
0004 são os dígitos de série.
Características do AIS – SART
Ser capaz de ser facilmente ativado por pessoal não qualificado;
Ser equipado com meios para prevenir ativação acidental;
Ser equipado com um meio que seja visual ou sonoro, ou ambos
visual e audível, para indicar a operação correta;
Ser capaz de ativação e desativação manual;
Ser estanque à água do mar a uma profundidade de 10 m, por pelo
menos 5 minutos;
Ser resistente à deterioração pela exposição prolongada à luz solar;
Ter um arranjo para colocar a antena AIS - SART a um nível de pelo
menos 1 metro acima do nível do mar, para melhorar seu
desempenho;
Ser capaz de transmitir com um intervalo de notificação de 1
minuto ou menos;
Deve ter capacidade de bateria suficiente para funcionar por 96 h;
Suportar as seguintes faixas de temperatura:
a) Ambiente: de -20 ° C a +55 ° C;
b) Armazenado: de -30º C a + 70º C.
Distância de detecção por navios e aeronaves
Navio com antena de 17 a 19 m acima do nível do mar 8 a 9,5 milhas
náuticas:
Helicóptero com altitude de 300 a 1000 pés 32,5 a 40 milhas
náuticas;
Avião com altitude de 5000 a 20.000 pés 79 a 129 milhas
náuticas.
P á g i n a | 168
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA AS 7.COMUNICAÇÕES GERAIS.
TROCA SATISFATÓRIA DE COMUNICAÇÕES IMPORTANTES PARA A 7.1.
SEGURANÇA DA VIDA HUMANA NO MAR, USANDO A LÍNGUA
INGLESA, TANTO ESCRITA COMO FALADA.
O Código Internacional de Sinais (CIS) tem por objetivo fornecer a todos
os utilizadores os métodos e os meios de comunicação, em diversas situações
relacionadas essencialmente, para a salva guarda da navegação e de pessoas,
em particular sempre que se verifique dificuldade de idioma.
O CIS possui um regimento de bandeiras composto por 26 bandeiras
alfabéticas, 10 galhardetes numerais, 3 cornetas substitutas e 1 galhardete de
resposta ou distintivo do código, conforme apresentado no Anexo 10.
Os sinais utilizados no código compreendem:
Sinais de uma só letra, atribuídos às significações consideradas
muito urgentes, importantes ou de uso corrente. Por exemplo,
bandeira H significa que tenho prático a bordo. Poderá ser
atopetada no mastro a bandeira de pano ou pronunciado por
radiotelefonia a expressão “flag hotel”;
Sinais de 2 letras, para a seção geral (sinal básico+ complemento
numérico). Por exemplo, MD 350 significa que meu rumo atual é
350º. Poderá ser atopetado no mastro ou pronunciado por
radiotelefonia a expressão “mike delta three five zero”;
Sinais de 3 letras começando por um “M”, para a seção médica
(com ou sem complemento). Por exemplo, MDF11significa que o
paciente queixa-se de dor no coração. Poderá ser atopetado no
mastro ou pronunciado por radiotelefonia “mike delta foxtrot one
one”.
Os sete métodos de sinalização que podem ser utilizados no CIS são :
Sinalização por bandeiras (26 bandeiras alfabéticas, 10 galhardetes,
3 cornetas substitutas e um galhardete de resposta);
Sinalização por Morse luminoso;
Sinalização por Morse acústico;
Sinalização por voz com a utilização de amplificadores de som;
Radiotelegrafia;
Radiotelefonia;
Sinalização por Morse com bandeiras de mão ou com os braços.
Quando houver dificuldade de idioma, deve-se utilizar a palavra
“INTERCO”, que significa: segue(m) grupo(s) do Código Internacional de Sinais.
Todos os navios em concordância com a Convenção SOLAS devem ter a
bordo o Código Internacional de Sinais. Os outros navios dependem do critério
P á g i n a | 169
Answer
Palavra Chave Palavra chave para resposta
Instruction receivedIntention
Instruction received
Instruction received
Instruction received
Instruction received
Instruction received
Question
Request
Information
Advice
Instruction
Warnings
da Administração Nacional de ser necessário usá-lo. (regra 21 do capítulo V da
SOLAS 74 / revisão 88).
Considerando que os sinais pelo CIS comprometem o requisito rapidez das
comunicações, na montagem dos sinais por bandeiras e na codização e
decodização dos mesmos, e com o advento das comunicações por satélite e a
flexibilidade que trouxe o novo sistema GMDSS, a sua utilização tem sido
relegada, apesar de continuar em vigor.
As Frases Padrões para Comunicação Marítima (SMCP) foram compiladas
para:
Ajudar no aumento da segurança da navegação e da condução dos
navios;
Normalizar a linguagem utilizada nas comunicações para a
navegação no mar, nas proximidades do porto e em portos.
Não é intenção do SMCP suprimir o Código Internacional de Sinais, nem
superar a prática normal de radiotelefonia, como vem expresso no Regulamento
de Radiocomunicações. Desta maneira, é intenção deste código ser uma
linguagem aceitável, utilizando a língua inglesa, para a compreensão entre todos
os marítimos, nas mais variadas situações.
Um meio útil de fazer a linguagem mais simples é indicar no início, da
mensagem, que tipo de mensagem vai usar. Por exemplo, se uma pergunta vai
ser feita, o operador diz somente a palavra “QUESTION”, antes da pergunta a
que se refere. Se um conselho vai ser dado, o operador diz a palavra “Advice”,
antes da sua mensagem. Existem sete (7) destas palavras chaves. Para cada
palavra chave de uma mensagem, existe uma palavra chave para resposta.
Exemplos:
Instruction: I intend to reduce speed, new speed five knots.
Instruction received: You intend to reduce speed, new speed 5Kn.
Question: What is your position?
Answer: My position is
Quando se utiliza o SMCP, deve-se indicar sempre a seguinte mensagem:
Please use the SMCP;
P á g i n a | 170
I will use the SMCP.
Abreviaturas Padrões Reconhecidas e Códigos de Serviço (CÓDIGO Q)
Normalmente Usados.
Código “Q”
Para facilitar as comunicações, as abreviaturas constantes do Glossário e
no código “Q”, dado no Anexo 6 poderão ser utilizadas nas comunicações.
As abreviaturas disponíveis para o serviço móvel marítimo são da série
QOA a QUZ. O código “Q” é encontrado no Apêndice 14 do Manual do Serviço
Móvel Marítimo e Serviço Móvel Marítimo por Satélite.
Exemplo: abreviatura QSA
Pergunta: QSA, Qual a intensidade dos meus sinais?
Resposta: QSA5, A intensidade dos seus sinais é muito boa.
Código Fonético Internacional
Quando for necessário soletrar nomes, indicativos de chamada,
abreviaturas e palavras, deverá ser utilizado o código fonético constante no CIS,
bem como no Manual do Serviço Móvel Marítimo e Serviço Móvel Marítimo por
Satélite e apresentado no Anexo 7. A pronúncia dos números é dada no Anexo
PROCEDIMENTOS OBRIGATÓRIOS DE COMUNICAÇÕES GERAIS. 7.2.
Uso de Publicações e Documentos Obrigatórios
Os navios que tenham uma instalação radiotelefônica deverão ser
providos dos seguintes documentos/publicações:
Licença de estação;
Certificado de operador;
Diário da estação;
Lista de Estações Costeiras;
Manual para o Serviço Móvel Marítimo e Móvel Marítimo por
Satélite.
Código Internacional de Sinais (CIS).
Os navios que tenham uma instalação GMDSS deverão ser providos dos
seguintes documentos/publicações:
Licença da Estação;
Certificado de operador;
Diário da estação;
Lista dos indicativos de chamada das Estações Costeiras e Navios;
Lista de Estações Costeiras;
Lista de Estações de Navio;
Lista de Radio determinação e Serviços Especiais das Estações;
Manual do Serviço Móvel Marítimo e Móvel Marítimo por satélite;
Código Internacional de Sinais (CIS).
P á g i n a | 171
Volume I Estações Costeiras;
Volume II Auxílio à Navegação;
Volume III Avisos de Tempo e Avisos aos Navegantes;
Volume IV Estações Meteorológicas;
Volume V GMDSS;
Volume VI Operações de portos, Tráfego de navios e Serviços de práticos
Estes documentos e publicações deverão estar na sala de rádio para
pronta consulta do operador rádio.
Os navios também poderão ter as listas “ALRS”. As listas do Admiralty
Lists of Radio Signals (ALRS), são publicadas a cada dois anos pelo Instituto
Hidrográfico da Marinha Inglesa, de interesse para os navios.
São compostas por 6 volumes. Mensalmente as correções são introduzidas
para manter as informações sempre atualizadas. Conteúdo dos volumes é listado
a seguir:
A Lista de Auxílios Rádio, editada pela Diretoria de Hidrografia e
Navegação, da Marinha do Brasil, que fornece informações sobre frequências e
características das estações costeiras da Rede Nacional de Estações Costeiras
(RENEC) da Embratel, bem como das estações rádio costeiras da Marinha do
Brasil.
Diário da estação (Radio LOG BOOK)
O diário da estação GMDSS deverá ser mantido nas estações de navios e
deve ser preenchido pelo operador rádio de serviço. O diário compreende três
(3) seções:
Seção A – Particularidades do navio:
O nome do navio;
Indicativo de chamada do navio;
Porto de Registro;
Tonelagem;
Número da IMO;
Áreas em que o navio opera;
A data de validade do Certificado de Segurança de Rádio;
Métodos utilizados para a manutenção da estação;
Nome e endereço do armador.
Seção B – Detalhes dos operadores:
Nome;
Data de embarque;
Número do Certificado;
Classe de Certificado;
Nome da pessoa nomeada para os testes apropriados e controle
dos equipamentos.
P á g i n a | 172
Seção C – Registro de comunicações
No diário da estação GMDSS, serão registradas as ocorrências,
juntamente com a hora em que elas ocorrerem:
Um sumário das radiocomunicações relativas ao tráfego de socorro,
urgência e segurança;
Registro dos incidentes importantes no serviço de rádio;
Quando apropriado, a posição do navio uma vez por dia.
O Comandante deve assinar o diário todos os dias. Os detalhes dos testes
realizados diariamente, semanalmente e mensalmente nos equipamentos
também deverão ser lançados no diário.
Diário da estação radiotelefônica para navios não GMDSS
De acordo com as normas internacionais, é necessário que sejam
anotadas com a indicação da hora UTC, as seguintes ocorrências:
Resumo das comunicações entre o navio e as estações costeiras ou
navios;
Resumo das comunicações relativas ao tráfego de socorro, urgência
e segurança;
Resumo das ocorrências de interferências, tais como: violação do
procedimento radiotelefônico, etc.
Registro diário de:
Posição do navio;
Operações de conservação de todas as baterias de bordo para
comunicações, incluindo as cargas necessárias para mantê-las
carregadas.
Registro semanal de:
Testes realizados com os transceptores portáteis de VHF da
embarcação salva-vidas, enquanto o navio estiver no mar.
No final de cada viagem:
Assinatura do comandante e do operador.
Identificação das estações:
Todas as transmissões devem ser identificadas por meio de sinais
de identificação, ou por outros meios.
São proibidas todas as transmissões com sinais de identificação
falsos ou que possam induzir a engano.
Formação dos indicativos de chamada
Para formar os indicativos de chamada, podem empregar-se as letras do
alfabeto, assim como os algarismos, nos casos que se indicarão a seguir. No
entanto, não deverão ser empregados como indicativos de chamada, as
combinações seguintes:
P á g i n a | 173
As que possam confundir-se com os sinais de socorro ou com
outros de igual natureza;
As reservadas para as abreviaturas que se empregam nos serviços
de radiocomunicações (ex. Código Q/ CIS).
A série de indicativos de chamada alocados para o Brasil é PPA a PYZ (ver
Apêndice 42 do Manual do Serviço Móvel Marítimo e Serviço Móvel Marítimo por
Satélite).
Estações Costeiras:
Dois caracteres e uma letra;
Dois caracteres e uma letra, seguidos de três algarismos no
máximo (não sendo o 0 nem o 1 que segue imediatamente à letra);
Nome geográfico do lugar, tal como consta na Lista das Estações
Costeiras, seguido da palavra rádio.
Exemplos:
PPR – Estação costeira Rio Rádio;
PWZ33 – Estação rádio da Marinha no Rio de Janeiro;
Rio rádio; Salvador rádio; Mar Del Plata rádio.
Estações de Navios:
Dois caracteres e duas letras, ou;
Dois caracteres, duas letras e um algarismo diferente de 0 ou 1;
Nome oficial do navio, geralmente com a finalidade.
Exemplo:
PPLH – CBO Campos
XJJ6 – Maersk Chieftin
Números de Chamada Seletiva do S. M. M. (Utilizado nas Comunicações
Rádiotelex)
Os números de chamada seletiva formam-se com os algarismos de 0 a 9:
Números de identificação das estações costeiras (rádio telex) –
Quatro algarismos. Exemplo: Número telex da estação costeira Rio
Rádio: 3750.
Números de identificação das estações de navio (rádio telex) –
Cinco algarismos.
Grupos de estações de navios determinados (rádio telex) –
Cinco algarismos constituídos:
Por um só algarismo, repetido cinco vezes ou
Por dois algarismos distintos alternados.
Números identificação de empresa e órgãos em terra (rádio telex) –
Cinco algarismos. Exemplo, número telex do RCC Buenos Aires:
27054.
P á g i n a | 174
Identificação no Serviço Móvel Marítimo (MMSI) (Utilizado nas
Comunicações Automáticas)
As identificações no Serviço Móvel Marítimo (MMSI) são constituídas por
uma série de nove (9) dígitos, transmitidos pelo método radioelétrico, com a
finalidade de identificar as estações de navio, as estações costeiras, as
chamadas para grupo de navios e as EPIRBs do sistema COSPAS/SARSAT.
Identidade da estação de navio (ID)
O código de nove (9) dígitos que constitui a identidade da estação de
navio é formado como se segue: M I D X X X X X X.
O MID (Dígitos de Identificação Marítima) representa o grupo de
identificação da nacionalidade, e é constituído por três (3) dígitos. O primeiro
dígito do MID de cada estação de navio serve para identificar o continente
geográfico, do qual pertence a nacionalidade de registro do navio. Assim temos:
2: Europa;
3: América do Norte;
4: Ásia (exceto o sudoeste asiático);
5: Oceania e o sudoeste Asiático;
6: África;
7: América do Sul.
Os MID dos diversos países são encontrados no Apêndice 43 do SMM e
SMM por Satélite. Exemplos de MID:
Brasil – O MID é 710;
Argentina – O MID é 701;
Austrália – O MID é 503.
Exemplos de MMSI de navio:
710000160 – Navio de nome “CBO VITÓRIA” de bandeira brasileira,
onde, 710 – MID do Brasil e 000160 – identificam a estação de
navio “CBO VITÓRIA”.
Cada letra X representa um algarismo compreendido entre 0 e 9. Os
últimos três X poderão ser zeros, quando o navio realiza ligações automáticas
através das redes públicas telefônicas ou telex, como no exemplo acima.
Identidade de chamada para grupo de navios
A identidade de chamada para grupo, para chamar simultaneamente mais
de um navio, é formada como se segue, 0 M I D X X X X X.
O primeiro caracter é um zero, e cada X, corresponde a um dígito
compreendido entre 0 e 9.
Exemplo: MMSI de um grupo de navios japoneses: 071000007. Sendo o
MID do Brasil 710.
O MID representa somente o país atribuído ao grupo de navios para a
chamada para grupo e, por isso, não prevê chamadas para grupo de frotas
contendo mais que uma nacionalidade de navio.
P á g i n a | 175
Identidade da estação costeira
É formado como se segue: 0 0 M I D X X X X. Os dois primeiros caracteres
são sempre zeros, e o X corresponde a um dígito compreendido entre 0 a 9.
Exemplo: MMSI da estação costeira brasileira Rio Rádio: 007100001.
Identidade de equipamento INMARSAT
Esta identidade é conhecida como Número Móvel do INMARSAT (IMN) e
sempre constituída de nove (9) dígitos:
No INMARSAT-C a identificação é constituída da seguinte maneira:
4+MID+cinco (5) dígitos. O 4 identifica que é INMARSAT-C.
No INMARSAT F77 a identificação pode ser: 76+sete (7) dígitos
(para 9,6 Kbps) ou 60+ sete (7) dígitos (para 64 ou 128 Kbps).
Este equipamento não tem MID.
Os dígitos finais identificam a estação.
Autoridade do Comandante
O serviço de uma estação móvel depende da autoridade máxima do
Comandante, ou da pessoa responsável pelo navio.
A pessoa investida desta autoridade deverá exigir, não só que cada
operador rádio observe as prescrições do Manual do Serviço Móvel Marítimo e
Serviço Móvel Marítimo por satélite, como também que a estação móvel seja
sempre utilizada como estipulado neste Manual.
O comandante ou a pessoa responsável, assim como as pessoas que
possam ter conhecimento do texto ou simplesmente da existência de
mensagens, ou qualquer outra informação obtida por intermédio do serviço de
radiocomunicações, ficam obrigadas a guardar e assegurar o sigilo das
correspondências.
Sigilo
As administrações são obrigadas a tomar as medidas para proibir e
reprimir:
A interceptação, sem autorização, de radiocomunicações que não se
destinam ao uso geral do público;
A divulgação do conteúdo ou simplesmente da existência, a
publicação, ou qualquer outro uso sem autorização, das
informações de qualquer natureza obtidas pela interceptação das
radiocomunicações mencionadas acima.
Interferências
São proibidas a todas as estações:
A transmissão desnecessária;
A transmissão de sinais e de correspondência supérflua; e
A transmissão de sinais sem sua identificação.
Todas as estações devem limitar a potência irradiada ao mínimo
necessário para assegurar um serviço satisfatório.
P á g i n a | 176
As potências estabelecidas para os equipamentos, em função da faixa
utilizada, são:
TC VHF de bordo 1 W ou 25 W;
TC portátil de VHF 0,25 kW a 2 W;
4 MHz e 6 MHz 5 kW;
8 MHz 10 kW;
De 12 MHz a 26 MHz 15 kW.
Testes nos Equipamentos
Os navios deverão efetuar testes nos equipamentos de rádio das estações,
como se segue:
Navios com estações GMDSS
Testes Diários:
a) Funcionamento do equipamento DSC, sem irradiar o sinal;
b) Verificar as cargas das baterias e fornecimento de energia,
para os equipamentos;
c) Verificar as impressoras e subsequente existência de papel.
Testes Semanais:
a) Funcionamento do equipamento DSC, fazendo uma chamada
de teste, com uma estação costeira. Quando o navio se
encontrar fora do alcance de uma estação costeira, deverá
fazê-lo na primeira oportunidade;
b) Quando a energia de reserva não é por baterias (um
gerador), a energia deve ser testada semanalmente;
c) Os transceptores VHF portáteis deverão ser testados, numa
frequência, que não a do canal 16.
Testes Mensais
a) A EPIRB deverá ser testada, para se determinar a capacidade
de funcionamento, sem irradiar;
b) Os SART’s;
c) Os transceptores VHF portáteis;
d) As ligações e o compartimento das baterias.
Navios com estação radiotelefônica
Testes Diários:
a) Testar a carga das baterias e o fornecimento correto para o
equipamento que esteja ligado;
b) Quando a energia de reserva não for de baterias, testar o
gerador.
Testes Semanais:
a) O alarme radiotelefônico de socorro no transmissor, sem
irradiar;
b) As baterias dos VHF portáteis.
Teste Mensal:
a) A capacidade das baterias, com o densímetro.
Teste Anual:
P á g i n a | 177
a) Testar e inspecionar o funcionamento da EPIRB.
b) Este teste é feito por pessoal credenciado pela Administração
Nacional.
Teste de Transmissão
Os testes de transmissão deverão ser evitados no mínimo nas frequências
de socorro e segurança e, quando não for praticável, serem executados com
uma antena artificial ou com redução da potência.
Quando for necessário fazer testes de sinais, para ajustes do transmissor,
antes de se fazer uma chamada, a duração de emissão desses sinais não deve
ser superior a dez segundos.
Tempo Universal Coordenado
Com o objetivo de facilitar a aplicação das regras relativas às horas de
escuta, as estações do Serviço Móvel Marítimo deverão estar equipadas com um
relógio de precisão regulado com o Tempo Universal Coordenado (UTC).
O Tempo Universal Coordenado é considerado desde as 0000-2359 horas,
começando à meia-noite, e deverá ser usado para todos os registros das
radiocomunicações, no diário da estação.
Horário de Serviço das Estações Costeiras e das Estações Terrenas
Costeiras
O serviço destas estações costeiras deverá ser contínuo (dia e noite-24
horas). Certas estações poderão ter um serviço que não seja contínuo. As horas
de serviço dessas estações são publicadas na Lista das Estações Costeiras, da
UIT.
Horário das Estações de Navio
Para efeito de Serviço Internacional de Correspondência Pública, as
estações de navio classificam-se em quatro categorias:
Estações de 1ª categoria que realizam um serviço permanente –
H24;
Estações de 2ª categoria que efetuam um serviço de 16 horas
diárias – H16;
Estações de 3ª categoria que efetuam um serviço de 8 horas diárias
– H08;
Estações de 4ª categoria que efetuam um serviço de menor
duração que as estações de 3ª categoria e cuja duração não está
prevista no Regulamento de Radiocomunicações – Hx.
Toda a estação de navio que chegar a um porto deverá:
Avisar a estação costeira mais próxima a sua chegada ao porto e,
se achar conveniente, as outras estações costeiras com que
geralmente se comunique;
P á g i n a | 178
Não dar por terminado o seu serviço antes de ter despachado o
tráfego pendente, a não ser que a disposição em vigor no país em
que faça escala, o impeça.
Ao sair do porto, a estação de navio comunicará às estações
costeiras interessadas, a reabertura do seu serviço, tanto quanto as
disposições em vigor do país o permitam.
Escutas
Todos os navios com estações GMDSS, enquanto estiverem no mar,
deverão manter uma escuta contínua:
No canal 70 (socorro, segurança e chamada de rotina) em VHF DSC;
Na frequência de socorro e segurança 2187,5 kHz se o navio
possuir uma instalação de MF DSC;
Nas frequências de socorro e segurança de 8414,5 kHz e também
pelo menos em uma outra frequência de HF DSC, apropriada à hora
do dia e à posição geográfica do navio. Esta escuta é mantida por
varredura automática no receptor (scanning);
Nos alertas de socorro via satélite CES / SES, se o navio possuir
uma estação INMARSAT;
Os navios deverão também manter escuta, para receberem as
informações de segurança marítima (MSI), na(s) frequência(s)
apropriada(s), nas quais as informações são radio difundidas para a
área, onde o navio navegue;
Todos os navios deverão manter uma escuta contínua no canal 16
em VHF, quando no mar.
PRINCIPAIS REQUISITOS DA ANATEL PARA A OPERAÇÃO DE 7.3.
ESTAÇÃO PRIVADA.
As estações costeiras, as estações a bordo de navios e as estações
portuárias estão associadas ao Serviço Móvel Marítimo e sua autorização para
operar é formalizada pela expedição da LICENÇA PARA FUNCIONAMENTO DA
ESTAÇÃO, ato administrativo por meio do qual a Agência Nacional de
Telecomunicações (ANATEL) reconhece ao autorizado o direito de funcionamento
de uma estação rádio. O prazo de validade da licença para funcionamento da
estação é de, no máximo, 10 anos, prorrogável com pagamento das taxas de
renovação.
Regulamentação do Serviço Móvel Marítimo
Instrução 4 – Dentel, de 16/07/1981. Estabelece procedimentos
para execução do Serviço Móvel Marítimo para estações de navio.
Instrução 10 – Dentel, de 17/07/1981. Estabelece procedimentos
para autorga e licenciamento do Serviço Limitado Móvel Marítimo:
estações costeiras e estações portuárias.
Os documentos a seguir tratam das licenças para estação de navio:
P á g i n a | 179
Decreto 2197 de 08/04/1997.
Portaria 455 de 18/09/1997;
Decreto 2736 de 13/08/1998.
Procedimentos Administrativos:
Requerimento de licença de estação;
Alteração na licença;
Prorrogação da licença;
Transferência de licença; e
Cancelamento de licença.
Para os casos acima, deve-se preencher o Formulário de Serviço Móvel
Marítimo, que depois de preenchido, deve ser assinado e entregue (ou enviado
pelo correio) a uma das representações estaduais da ANATEL, juntamente com
as cópias dos documentos e as taxas pagas, relativas a cada caso.
Carteira de Radioperador Telefonista Geral
A obtenção da carteira da ANATEL para Operador radio telefonista classe
Geral, dependerá do cadastro que é feito no próprio site da ANATEL, e
necessitará do agendamento de uma data para uma avaliação, que será feita
pelo candidato a operador de rádio em qualquer capital dos estados do Brasil.
Para realização da avaliação é necessário que o candidato possua os
seguintes conhecimentos:
Conhecimentos técnicos;
Legislação;
Operação radiam telefônica.
O site da ANATEL – www.anatel.gov.br – possui apostilas com o conteúdo
para ser estudado. O passo a passo para a obtenção da carteira de Radioperador
Telefonista Geral é dado no anexo 9.
Procedimentos de Comunicações Gerais
Os métodos de transmissão, também conhecidos por modos de
modulação, nas radiocomunicações (chamada seletiva digital, radio telex,
radiotelefonia e por INMARSAT) são os seguintes:
P á g i n a | 180
Em radiotelefonia, na banda 1605 – 4000 kHz, (MF) teremos a
classe de emissão J3E;
Na banda 156 – 174 MHz, (VHF) teremos a classe de emissão G3E;
Em radio telex a classe de emissão é F1B;
Na chamada seletiva digital a classe de emissão é J2B;
Nas comunicações por satélite, temos em radiotelefonia a
modulação FM / SCPC (único canal por portadora), e em telex a
modulação TDMA no sentido navio / costeira e TDM no sentido
costeira / navio.
Listas de Tráfego das Estações Costeiras
As estações costeiras chamam normalmente os navios em intervalos de
tempo, durante o dia, na forma de listas de tráfego, nas frequências de escuta
das mesmas. Estas chamadas consistem no nome ou indicativos de chamada de
todos os navios para o qual as estações tenham serviço. As listas são
transmitidas em frequências designadas pelas estações costeiras e que poderão
ser encontradas na Lista de Estações Costeiras, da UIT.
Quando os navios ouvirem o seu nome, responderão às estações
costeiras, para receberem o seu respectivo tráfego.
Os navios deverão normalmente escutar as estações da sua
nacionalidade, estações na vizinhança do destino do navio, ou outras que
possam ter tráfego para o navio.
Os navios podem obter o tráfego, utilizando as bandas de MF, HF e VHF,
por comunicações terrestres, ou por via satélite, através de radio telegrama,
ligações telefônicas ou mensagens telex.
Tráfego de Rotina (TR)
As estações costeiras podem solicitar às estações de navio, por meio de
abreviatura TR (soletrando as palavras TANGO ROMEO), que lhes forneçam as
seguintes informações:
Posição, rumo e velocidade;
Próximo porto de escala.
Exemplo:
COSTEIRA: TR YOKOHAMA
NAVIO: TR YOKOHAMA / A8MY4/ LATITUDE 2345S LONGITUDE
O4527W TIME 1645Z/COURSE 020 /SPEED 10 KNOTS /HALIFAX.
Chamadas Radiotelefônicas
As expressões básicas utilizadas nos procedimentos em comunicações
radiotelefônicas devem ser entendidas e utilizadas da seguinte maneira:
Affirmative (afirmativo), significa que o que uma pessoa transmitiu
está correto.
Break (separa), é utilizada para separar trechos de uma
mensagem, ou uma mensagem de outra.
P á g i n a | 181
Figures (numeral), é falada imediatamente antes de serem dados
números em uma mensagem.
I spell (soletrando), é utilizada imediatamente antes de soletrar
foneticamente uma palavra, como um nome próprio.
Negative (negativo), significa "não".
Out (é só), indica o fim de uma transmissão, quando não for
esperada nem solicitada qualquer resposta.
Over (câmbio), indica o fim de uma transmissão, quando se espera
uma resposta imediata.
Roger (ciente), significa "Recebi sua transmissão
satisfatoriamente".
Silence (silêncio), é falada três vezes e significa "cessar todas as
transmissões imediatamente".
Silence fini (fim do silêncio), significa "o silêncio está suspenso" e é
utilizada para significar o fim de uma emergência e o reinício do
tráfego normal.
This is (aqui), é dita antes do nome ou do indicativo de chamada da
estação, que é dito imediatamente após.
Wait (aguarde), significa "Devo fazer uma pausa de alguns
segundos; fique atento para uma nova transmissão".
Uso da radiotelefonia em VHF no mar.
Apesar de estas orientações serem voltadas para a faixa de VHF, devido
ao seu maior uso, estas também se aplicam para as faixas de MF e HF em
radiotelefonia. São elas:
Preparação – Antes de transmitir, ter prontos os assuntos a serem
comunicados e, se necessário, preparar por escrito para evitar
interrupções desnecessárias e assegurar que nenhum tempo valioso
será despendido no canal ocupado.
Escuta – Escutar antes de começar a transmitir, para ter certeza
que o canal não está ocupado.
Repetição – Repetições de palavras e frases devem ser evitadas, a
não ser que solicitadas especificamente pela estação receptora;
Redução de potência – Quando possível, a mais baixa potência do
transmissor que satisfaça a comunicação, deve ser usada.
Disciplina – Os equipamentos de radiotelefonia devem ser usados
corretamente e de acordo com o Regulamento de
Radiocomunicações.
Os seguintes pontos devem ser evitados:
Chamar no canal 16 para propósitos que não sejam comunicações
de socorro, urgência e breve relato de segurança, quando outro
canal apropriado esteja disponível. Por exemplo:
a) Canal 6 (156,300 MHz) para tráfego de segurança entre
navios;
P á g i n a | 182
b) Canal 13 (156,650 MHz) para tráfego de segurança da
navegação entre navios.
Comunicações não relacionadas com a segurança e a navegação,
em canais de operação de porto;
Transmissões não essenciais. Por exemplo, sinais desnecessários,
supérfluos e seus correspondentes;
Transmitir sem a correta identificação.
Ocupar um canal em condições desfavoráveis.
Uso de linguagem ofensiva.
Comunicações com Estações Costeiras
As estações costeiras quando derem instruções relativas às comunicações,
devem ser obedecidas.
As comunicações devem ser conduzidas no canal indicado pela estação
costeira. Quando uma mudança de canal é solicitada, deve o navio dar o recibo à
estação costeira.
Ao receber instruções de uma estação costeira para cessar uma
transmissão, nenhuma outra comunicação deve ser feita até que seja notificada
de outra forma A estação costeira pode estar recebendo mensagens de socorro
ou segurança e qualquer outra transmissão pode causar interferência.
Comunicações com outros Navios
Durante as comunicações navio – navio, o navio chamado (receptor) deve
indicar o canal onde as comunicações devem ser feitas. O navio que chamou
(transmissor) deve dar o recibo antes, aceitando a troca de canais e então ir
para o novo canal.
O procedimento de escuta relatado acima deve ser seguido antes de
iniciar a comunicação no canal escolhido.
Comunicações de Socorro
Chamadas e mensagens de socorro têm absoluta prioridade sobre todas
as outras comunicações. Quando ouvidas, todas as transmissões devem cessar e
ser mantido um guarnecimento de escuta neste canal.
Qualquer chamada e mensagem de socorro devem ser registradas no livro
de registro do navio (Rádio Log Book) e passadas para o comandante ou seu
representante legal.
Ao receber uma mensagem de socorro em radiotelefonia, se estiver
próximo, certifique o recibo imediatamente (desde que o comandante autorize).
Se não estiver próximo, deixe passar um curto intervalo de tempo antes de dar
o recibo da mensagem, a fim de permitir que navios mais próximos do navio em
socorro, o façam.
P á g i n a | 183
Chamada
Sempre que possível, uma frequência de trabalho deve ser usada. Se
uma frequência de trabalho não está disponível, o canal 16 pode ser usado,
desde que não esteja ocupado com uma chamada/mensagem de socorro.
Em caso de dificuldade para estabelecer contato com outro navio ou
estação costeira, espere um adequado tempo antes de repetir a chamada. Não
ocupe o canal desnecessariamente e tente outro canal.
Troca de canais
Se as comunicações no canal não são satisfatórias, indique a troca de
canal e aguarde a confirmação da estação interlocutora.
Soletrar
Se soletrar torna-se necessário (por exemplo: nomes descritivos e
palavras de difícil compreensão, sinais de chamada) use o código fonético (letras
e números) existente no CIS e no Manual do Serviço Móvel Marítimo e Serviço
Móvel Marítimo por satélite.
Endereço
As expressões “eu” e “ você” devem ser usadas prudentemente. Indica a
quem se refere.
Exemplo:
MV Zenith
This is
Santos rádio
Do you have a pilot?
-----------------------
Santos rádio
This is
MV Zenith
Yes, I do have a pilot.
Guarnecimento de escuta
Navios equipados somente com equipamento VHF, devem manter
escuta no canal 16, quando no mar.
Outros navios, onde praticável, devem fazer escuta no canal 16,
quando dentro da área de serviço de uma estação costeira, capaz
de operar naquele canal.
Em certos casos as Administrações Nacionais podem solicitar aos
navios, que façam escuta em outros canais.
Método de Chamada por uma Estação por Radiotelefonia
Uma chamada em radiotelefonia de um navio para uma estação costeira
ou costeira para um navio transmite-se do seguinte modo:
O nome da estação chamada, (três vezes no máximo);
P á g i n a | 184
A palavra Aqui ou This is ou DE (utilizando o código fonético);
O nome da estação que chama, três vezes.
A expressão Câmbio/ Over.
Depois de estabelecido o contato, o nome da estação que chama e a que
é chamada será emitida somente uma vez.
Quando uma estação chamada não responder à chamada emitida três
vezes com intervalos de dois minutos, a chamada deverá cessar e poderá ser
renovada depois de um intervalo de três minutos.
Em VHF, onde é possível estabelecer ligações seguras com as estações
costeiras, a estação de navio pode repetir a chamada desde que se assegure que
a estação chamada não está em comunicação com outra estação.
Após a finalização da ligação telefônica, o fim de trabalho entre duas
estações, deverá ser indicado pela expressão É só/ Out.
Facilidades especiais nas chamadas
As chamadas em correspondência pública são todas aquelas que não
sejam chamadas de socorro, segurança e urgência.
Nas Listas de Estações Costeiras vêm especificadas as informações das
facilidades que cada estação oferece no serviço radiotelefônico.
No serviço radiotelefônico internacional, por acordo entre as
administrações interessadas, as facilidades adicionais a uma chamada
radiotelefônica pública, podem ser garantidas através:
Chamadas pessoais (personal calls);
Chamadas a pagar no destino (collect calls);
Chamadas com cartão de crédito (credit-card calls), utilizadas no
INMARSAT;
Chamadas em conferência;
Chamadas para transmissão de dados.
Estes serviços só são válidos na direção navio / costeira. As chamadas
pessoais e a pagar no destino têm uma taxa suplementar:
Chamadas pessoais são as realizadas entre o número do solicitante,
que poderá indicar o seu nome e uma pessoa específica. A pessoa
solicitada deverá ser adequadamente descrita (pelo nome, cargo,
etc.). Deverá ser levado em conta que as chamadas feitas na
direção costeira / navio, são consideradas chamadas pessoais e que
não ocorre nenhuma taxa suplementar;
Chamadas a pagar no destino são aquelas em que o solicitante
especifica, ao pedir a comunicação, o seu desejo de que seja paga
pelo assinante solicitado;
Chamadas com cartão de crédito – são as realizadas geralmente
nos transatlânticos, pelos passageiros ao usufruírem das várias
facilidades nas cabines, existentes no navio.
P á g i n a | 185
NAVIO ESTAÇÕES COSTEIRAS
4208 kHz 4219.5 kHz
6312.5 kHz 6331 kHz
8415 kHz 8436.5 kHz
12577.5 kHz 12657 kHz
16805 kHz 16903 kHz
18898.5 kHz 19703.5 kHz
23374.5 kHz 22444 kHz
25208.5 kHz 26121 kHz
Métodos para chamar uma estação costeira DSC
Além das comunicações de socorro e segurança, o DSC poderá ser
utilizado para as chamadas de rotina navio / estação costeira, estação costeira /
navio e navio / navio, utilizando as faixas de MF, HF e VHF, para se efetuarem
posteriormente as radiocomunicações de correspondência pública em
radiotelefonia ou em radio telex.
Nas chamadas em VHF, só se pode utilizar a radiotelefonia para as
radiocomunicações de correspondência pública.
Uma vantagem do DSC é quando uma estação costeira deseja entrar em
comunicação com um navio específico, e o pode fazer numa frequência comum
de chamada, isto é, por exemplo, 8415 kHz.
Embora todos os navios que estejam dentro do alcance da frequência
emitida pela estação costeira, recebam a chamada, somente o navio chamado
responderá à chamada e aparecerá no monitor de vídeo uma indicação de
chamada recebida, sendo rejeitada pelos outros navios.
A razão disto acontecer é que cada navio ou estação costeira tem uma
identificação de serviço móvel marítimo (MMSI), que é um código de nove
dígitos que só identifica o navio ou a estação costeira, ou um grupo de estações
(navios pertencentes a uma companhia particular ou nacionalidade).
As frequências utilizadas pelos navios e estações costeiras estão
associadas nas várias faixas, como é mostrado no quadro a seguir (frequências
internacionais em DSC-HF).
As frequências nacionais são atribuídas a cada estação costeira nas faixas
de 1605 – 4000 kHz e 4000 – 27500 kHz.
A frequência 2177 kHz é utilizada para as chamadas navio / navio e
para os navios responderem às estações costeiras, se não
utilizarem as frequências nacionais;
As estações costeiras podem também utilizar essa frequência para
chamar os navios de outra nacionalidade;
A frequência 2189.5 kHz é designada para os navios chamarem as
estações costeiras, se não utilizarem as frequências nacionais;
As frequências de escuta e o respectivo horário das estações
costeiras nas faixas de MF, HF e VHF, vêm indicadas nas Listas das
Estações Costeiras.
Frequências internacionais de chamada navio – costeira em
DSC-HF.
P á g i n a | 186
Uma chamada deve conter a informação da estação ou estações para a
qual a respectiva chamada é dirigida e a identificação da estação que chama. A
chamada deverá também conter a informação da indicação do tipo de
comunicação, como a frequência ou o canal de trabalho (radiotelefonia ou radio
telex). Esta informação deverá ser sempre incluída nas chamadas das estações
costeiras, que têm prioridade na seleção das frequências de trabalho.
Quando se chama uma estação de navio, as estações costeiras podem
transmitir a sua chamada numa sequência de 2 vezes com um intervalo de 45
segundos entre elas. Se a chamada for realizada nas frequências nacionais
consignadas, a estação costeira poderá transmitir uma chamada, cinco vezes,
numa mesma frequência.
Se a estação chamada não der o reconhecimento, a chamada será feita
novamente após um período de 5 minutos de intervalo. Normalmente o intervalo
poderá ser de 15 minutos.
Um navio quando inicia uma chamada a uma estação costeira, deverá
utilizar, de preferência, a frequência nacional de chamada consignada à estação
costeira ou a frequência de 2189,5 kHz ou numa das frequências do quadro
acima.
A chamada só será feita uma vez.
Numa chamada seletiva teremos os seguintes passos a introduzir no
equipamento:
Formato (endereço):
a) Chamada seletiva (selective call) (navio ou costeira);
b) Chamada de grupo (group call) (navios ou costeiras);
c) Chamada de área geográfica (geographic área call) (navios).
Prioridade (categoria):
a) Rotina (routine);
b) Exploração do navio (comunicações relativas à navegação,
movimento e necessidades dos navios) (ship business).
Telecomando (messages):
a) Classe de emissão (class of emission);
b) Canal ou frequência (channel or frequency).
Fim de seleção (end-of-sequence):
a) Selecionado automaticamente.
Chamada Radiotelefônica Automática
As chamadas radiotelefônicas automáticas serão feitas através do sistema
INMARSAT. Alguns equipamentos de DSC também têm possibilidades de fazer. A
chamada é dividida em duas etapas:
1º Estabelecer uma ligação com uma estação terrena (CES/LES), via um
satélite:
a) Selecionar a prioridade rotina;
b) Selecionar o indicativo da CES/LES (dois dígitos);
c) Selecionar o modo telefone (normalmente levantando o
telefone da base);
P á g i n a | 187
d) Iniciar o pedido de canal telefônico, seguindo as instruções
do manual do fabricante;
e) Dentro de 12 segundos ouvirá um tom (indica que a ligação
foi estabelecida).
2º Estabelecer ligação com o telefone do assinante:
a) Selecionar os dois dígitos de chamada telefônica automática
(00);
b) Selecionar o código de acesso do país de destino (55);
c) Selecionar o código da área (dois ou um dígito) (21);
d) Selecionar o número de telefone do assinante desejado
(22531177);
e) Selecionar o sinal de fim de seqüência (#).
Exemplo: 00552122531177#
Para uma chamada navio / navio, teremos após o primeiro passo anterior,
o seguinte procedimento:
Selecionar os dois dígitos de chamada telefônica automática (00);
Selecionar o código telefônico para a região oceânica do satélite,
onde se encontre o outro navio (873);
Selecionar os 9 dígitos do navio desejado (IMN do equipamento
INMARSAT com radiotelefonia)
Selecionar o sinal de fim de seqüência (#).
Exemplo: 00873123456789#
Chamadas Radiotelex
No capítulo 5 são apresentados os procedimentos telex tanto nas
comunicações terrestres quanto nas comunicações por satélite INMARSAT.
A seguir são apresentados, com alguns detalhes a mais, os procedimentos
básicos para operação do rádio telex em comunicação terrestre.
A comunicação terrestre em telex utiliza frequências MF e HF do Serviço
Móvel Marítimo (SMM).
Modos de operação
ARQ, para comunicações entre duas estações;
FEC, para comunicações para todas as estações. Conhecido como
radiodifusão FEC (B – FEC) ou coletivo FEC. Este modo é usado
para tráfego de socorro e na radiodifusão NAVTEX;
SELFEC, usado para transmissão de uma estação para outra
específica estação. Similar em operação ao B – FEC, mas
normalmente usado por uma estação costeira para transmitir para
um navio no porto, em que o transmissor não está disponível ou
não pode ser usado no porto, para não causar interferências.
P á g i n a | 188
Técnicas de chamadas.
Chamadas telex para estações costeiras podem ser feitas manualmente,
entrando com o número SELCALL da estação (4 dígitos) e então entrando
manualmente com as frequência de transmissão e recepção. Em alguns
equipamentos é possível entrar com o número do canal da UIT, para operação
em HF.
Quando a comunicação tenha sido estabelecida, vários códigos de
comando podem ser usados, dependendo do propósito da chamada ou o serviço
requerido. Um exemplo é mostrado adiante, de uma chamada telex direta
(DIRTLX) para um assinante em terra.
Chamadas totalmente automáticas podem também ser feitas em que o
operador rádio seleciona primeiro a estação costeira, de uma lista pré-
programada; em seguida escolhe a mensagem já salva em arquivo, para
transmissão e então a hora de transmissão. O equipamento então escolhe o
canal livre mais apropriado e envia a mensagem.
Com modernos terminais telex é usual programar as estações com as
quais o navio mais se comunica, de modo que a estação requerida pode ser
simplesmente selecionada de uma lista.
Similarmente, as frequências das estações são também armazenadas e o
equipamento pode recomendar uma frequência apropriada, da hora do dia e do
percurso do sinal. Os manuais dos fabricantes deverão ser consultados para
maiores detalhes.
Se possível, a mensagem deve ser preparada com antecedência, sendo
digitada no terminal telex no modo “local” e salva na memória. Isto permite
editar antes da transmissão. Os modernos tipos de terminais telex com VDU
(unidade mostradora de vídeo) e memória eletrônica podem prover excelentes
facilidades de edição.
O formato da mensagem telex, deve geralmente incluir as seguintes
informações:
A companhia destinatária e/ou o nome do destinatário;
O nome e o título da origem da mensagem;
O número de referência da mensagem e/ou o assunto da chamada;
O texto da mensagem.
Parte da técnica de boa comunicação é escolher o melhor momento para
fazer as chamadas telex, sempre que possível, considerando os seguintes
fatores:
Evitar congestionamento, fazendo chamadas nos horários de pico;
Verificar a diferença da hora local entre o navio e o assinante
chamado, a fim de evitar inconvenientes e atrasos.
Procedimento de chamada telex
Para estabelecer comunicações com uma estação costeira, use os
seguintes procedimentos:
Selecione os canais com os pares de frequências, usando a Lista de
Estações Costeiras, da UIT;
P á g i n a | 189
Digitar o número do SELCALL da estação costeira, por exemplo
3750;
Iniciar a chamada telex no modo ARQ. Se a chamada foi aceita,
deverá receber da estação a resposta (ANSWERBACK), por exemplo
a estação Rio Rádio tem resposta 3750AUTOBR;
Envie a resposta da estação de navio (normalmente feito
automaticamente).
Um exemplo de uma resposta de um navio:
45656GBLWX, onde:
45656 – número telex do navio (SELCALL)
GBLW – sinal de chamada do navio
X – unidade móvel
Este procedimento de apresentação das estações é conhecido como um
“aperto de mão”. O navio então recebe, por exemplo, uma indicação se ou não
está mantido o tráfego telex para aquela estação costeira. Se mantido virá o
convite que é representado pelo código GA+? (Go Ahead) para ir adiante com a
comunicação.
Assim que a comunicação tenha sido estabelecida, os serviços fornecidos
pela estação costeira podem ser acessados, enviando o código de comando do
serviço solicitado. Estes códigos de comando são encontrados no Manual do
Serviço Móvel Marítimo e SMM por satélite.
Por exemplo, uma conexão telex direta para um assinante em terra será
usado o código de comando, DIRTLX mais o código do país, mais o número telex
nacional do assinante.
Exemplo:
DIRTLX3327054+ onde:
DIRTLX – código de comando para ligação direta
33 – código telex da Argentina
27054 – número telex do RCC Buenos Aires
+ - caracter que termina o número telex e inicia a chamada
Após troca de respostas, e ao receber o código de comando MSG+
(mensagem) o navio envia seu tráfego. Usualmente, as mensagens previamente
preparadas serão selecionadas para transmissão, seguindo as instruções na tela
do terminal telex.
Para desconectar o circuito telex com o assinante em terra, o operador
rádio deve digitar o código KKKK+ .
A estação costeira então responderá com o grupo data hora e a duração
da chamada, seguido do convite para continuar, isto é, GA+?
Para encerrar a ligação com a estação costeira, o operador rádio deve
digitar o código BRK+ e retornar o terminal telex para a condição de “STAND
BY”.
P á g i n a | 190
Alguns exemplos de códigos de comando telex:
DATA (NÚMERO) – mensagem a ser encaminhada pela estação
costeira, usando as facilidades de dados, para o número do
assinante da Rede Pública Comutada de Telefone (PSTN);
FAX (NÚMERO) – mensagem a ser encaminhada como fac-símile,
via PSTN, para o número fax do assinante indicado;
MED – segue uma mensagem de urgência médica;
POS – mensagem contem a posição do navio;
STS (SELCALL/MMSI) – mensagem é para ser enviada, via estação
costeira, com facilidade “armazena e envia” para um específico
navio identificado pelo número SECALL telex ou pelo MMSI.
Taxação das chamadas telex
As cobranças nas ligações telex levam em conta três fatores:
Tempo de duração da chamada telex;
Localização do assinante (taxa de linha terrestre). Exemplo: Uma
ligação para Manaus é mais cara que uma para São Paulo,
considerando usar a estação costeira Rio Rádio como intermediária;
A faixa de frequência usada (HF é mais cara que MF).
As chamadas automáticas são taxadas com o mínimo de seis (6)
segundos, com incrementos de seis (6) segundos. E, as chamadas manuais são
taxadas com o mínimo de três (3) minutos, com incrementos de um (1) minuto.
PROTEÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DE SOCORRO 8.
MEDIDAS PARA EVITAR INTERFERÊNCIAS PREJUDICIAIS. 8.1.
A fim de evitar interferência, a escolha e uso de transmissores e
receptores devem ser de modo que atendam ao que estabelece o Manual do
Serviço Móvel Marítimo e Serviço Móvel Marítimo por satélites e as
características técnicas dos equipamentos, recomendadas pela IMO.
Todas as estações devem irradiar somente com a potência mínima
necessária, de modo que assegure um serviço satisfatório.
Qualquer emissão capaz de causar interferência mútua nas comunicações
de socorro, urgência e segurança nas frequências: 500 kHz; 2174,5 kHz; 2182
kHz; 2187,5 kHz; 4125 kHz; 4177,5 kHz; 4207,5 kHz; 6215 kHz; 6268 kHz;
6312 kHz; 8291 kHz; 8376,5 kHz; 8414,5 kHz; 12290 kHz; 12520 kHz; 12577
kHz; 16420 kHz; 16695 kHz; 16804,5 kHz; 121,5 MHz.
156, 525 MHz; 156, 800 MHz; ou nas faixas 406 a 406,1 MHz; 1544 a
1545 MHz e 1645,5 a 1646,5 MHz são expressamente proibidas.
Todas as emissões na faixa 156, 7625 a 156, 8375 MHz que possam
causar interferência mútua, nas estações que estão autorizadas a transmitir no
serviço móvel marítimo em 156, 800 MHz (canal 16) são proibidas.
P á g i n a | 191
Para facilitar a recepção de chamadas de socorro, as transmissões em
156, 800 MHz devem ser feitas no menor tempo possível e não devem exceder
um (1) minuto.
Todas as estações estão proibidas de efetuar:
Transmissões de sinais sem identificação da estação;
Transmissões de sinais supérfluos e seus correspondentes
(brincadeiras);
Transmissões desnecessárias;
Transmissões de sinais falsos ou enganosos.
TESTES A SEREM REALIZADOS NAS FREQUÊNCIAS DE SOCORRO. 8.2.
Os testes de transmissão devem ser feitos o mínimo possível nas
frequências de socorro, principalmente em radiotelefonia, e devem, sempre que
possível, serem conduzidos com antenas artificiais ou com potência reduzida.
Uma prática comum é chamar uma estação (costeira ou navio) como uma
comunicação de rotina em radiotelefonia, e quando a estação atender dar o
“ciente. É só”. Estará feito o teste de transmissão e recepção.
Não é permitido transmitir sinais de alarme completos, com o propósito de
teste em qualquer frequência de socorro, exceto se houver testes essenciais
coordenados por autoridades competentes.
Os equipamentos DSC têm um controle para teste individual com estação
costeira ou navio.
Testes na frequência 2.187,5 kHz, exclusiva de chamada de socorro e
segurança DSC-MF, devem ser evitadas, tanto quanto possível, devendo-se usar
outros métodos.
Nenhuma transmissão de teste é conveniente no canal de chamada do
VHF DSC (canal 70).
Chamadas de teste devem ser transmitidas pela estação de navio e
confirmadas pela estação costeira chamada. Normalmente não haverá nenhuma
outra comunicação entre as duas estações envolvidas.
A chamada de teste em 2187,5 MHz, para uma estação costeira deve ser
transmitida do seguinte modo:
Sintonizar o transmissor para chamada de socorro e segurança DSC
na frequência de 2.187,5 kHz e, sempre que possível, utilizar
antenas artificiais ou com potência reduzida;
Selecionar o formato para a chamada de teste no equipamento
DSC, de acordo com as instruções do fabricante do equipamento
DSC;
Inserir a identidade de nove (9) dígitos (MMSI) da estação costeira
a ser chamada;
Transmitir a chamada DSC após verificação, tanto quanto possível,
que não há chamadas em progresso na frequência;
Aguardar a confirmação do recibo do teste.
P á g i n a | 192
Os equipamentos INMARSAT ao serem ligados, fazem um auto-
diagnóstico nos seus sistemas operacionais, que funciona como teste.
As EPIRBs também têm uma chave “TEST” que ao ser acionada faz o teste
interno, mas não libera o sinal para o satélite.
PROCEDIMENTOS PARA AS COMUNICAÇÕES, NA CENA DE AÇÃO, 8.3.
DURANTE O TRÁFEGO DE SOCORRO.
O tráfego de socorro consiste de todas as mensagens relativas à
assistência imediata solicitada por um navio em socorro, incluindo a própria
mensagem de socorro, as comunicações de busca e salvamento durante o
deslocamento para a cena de ação e as comunicações na cena de ação.
O controle do tráfego é inicialmente de responsabilidade da estação em
socorro, mas é usualmente transferido, quando apropriado, para uma estação
equipada adequadamente, tal como uma estação costeira local. Normalmente, o
RCC, quando toma conhecimento do incidente SAR, passa a controlar o tráfego
de socorro até que o comandante da cena de ação (OSC), quando designado,
passe a fazê-lo.
Procedimento Radiotelefônico Durante a Operação de Socorro
O sinal de socorro MAYDAY deve preceder todo o tráfego de socorro.
A estação controladora pode impor silêncio em quaisquer estações que
interfiram, usando o termo:
SEELONCE MAYDAY. Outras estações próximas ao incidente SAR,
mas que não participem da operação SAR;
Também podem impor silêncio, usando o termo: SEELONCE
DISTRESS.
Quando um completo silêncio não é mais necessário, a estação
controladora pode indicar que o ‘trabalho restrito“ pode ser reiniciado, enviando
o seguinte:
- MAYDAY
- ALL STATIONS (x3) (ou CQ em caso de dificuldade de idioma (x3))
- THIS IS (ou DE com dificuldade de idioma)
- IDENTIFICAÇÃO DA ESTAÇÃO TRANSMISSORA (ou sinal de
chamada)
- HORA que está transmitindo a mensagem (HMG)
- NOME e SINAL DA CHAMADA da estação em socorro.
- PRUDONCE
“PRUDONCE” significa: O socorro está em vigor, mas o trabalho restrito
pode ser recomeçado, com prudência. Quando o “trabalho normal” puder ser
recomeçado, a estação controladora transmitirá uma mensagem similar, mas
finalizada com “SEELONCE FEENEE” no lugar de “PRUDONCE”.
P á g i n a | 193
Procedimentos radio telex durante a operação de socorro
A estação controladora deve também impor silêncio nas estações que
interferirem, enviando uma mensagem radio telex com a expressão: SILENCE
MAYDAY
Qualquer outra estação pode também impor silêncio, se for necessário,
enviando a mensagem rádio telex, com a expressão:
SILENCE DISTRESS
O formato da mensagem rádio telex usado para indicar que o “trabalho
normal” pode se recomeçado é:
“MAYDAY CQ de identificação da estação transmissora (ou sinal de
chamada);
HORA da transmissão da mensagem (HMG);
NOME e SINAL DE CHAMADA da estação em socorro;
SILENCE FINI”.
Chamada Suplementar Durante a Operação de Socorro
As frequências 4125 kHz e 6215 kHz podem também ser usadas no modo
simplex para os propósitos de retransmissão e chamada geral, pelas estações
costeiras e de navios desde que a potência de transmissão não exceda de um
(1) Kwatt. O uso destas frequências fora do tráfego de socorro e segurança está
sujeito às condições de que nenhuma interferência mútua seja causada nas
comunicações de socorro, urgência e segurança.
Comunicações na Cena de Ação
São comunicações entre o navio em socorro e as outras unidades móveis
(navios e aeronaves) envolvidas na busca e salvamento. Normalmente são
efetuadas nas bandas de VHF e MF.
O Coordenador da Missão SAR (SMC) estabelecerá as frequências
destinadas às comunicações com o Comandante da Cena de Ação (OSC), para
receber relatórios da situação (SITREP) sobre as operações SAR, durante o
deslocamento para a cena de ação e na própria cena de ação, bem como para
comunicações com RCCs envolvidos e com as Agências de origem das unidades
SAR.
O controle das comunicações na Cena de Ação, durante a operação SAR, é
de responsabilidade do Comandante da Cena de Ação (OSC) ou do Coordenador
da Busca de Superfície (CSS), sendo uma das suas funções a designação das
frequências a serem usadas na cena de ação, levando em conta a disponibilidade
de comunicação do navio em socorro. Transmissões simplex devem ser usadas
de modo que todas as informações sejam compartilhadas (todas as estações
envolvidas e dentro do alcance da frequência, ouvirão).
Devem ser designadas uma frequência principal e outra secundária para
as comunicações na cena de ação. As frequências mais usadas em
radiotelefonia, para comunicações na cena de ação são o canal 16 (156, 800
MHz) e 2182 kHz.
P á g i n a | 194
A frequência 2174,5 kHz no modo de correção do erro posterior (FEC)
pode também ser usada para comunicações navio para navio na cena de ação,
usando o radio telex.
Estações de navios podem comunicar-se com estações de aeronaves com
propósitos de socorro e segurança. Em complemento ao canal 16 e 2182 kHz, as
seguintes frequências para comunicações na cena de ação entre navios e
aeronaves, podem ser usadas:
3023 kHz;
4125 kHz;
5680 kHz
Canal 6.
As frequências 3023 kHz e 5680 kHz são do Serviço Móvel Aeronáutico. A
frequência 4125 kHz deverá normalmente ser usada como primeira opção entre
aeronaves SAR e navios. Se o contato com a aeronave nesta frequência não for
possível, deve se usar a frequência 3023 kHz.
As frequências aeronáuticas 121,5 MHz e 123,1 MHz também podem ser
usadas na classe de emissão A3E, para propósitos de socorro e urgência
somente. Devem ser a última opção para as operações SAR. A publicação
IAMSAR vol III, para navios e aeronaves, dá maiores detalhes das comunicações
durante uma operação SAR.
CUIDADOS PARA EVITAR ALARMES FALSOS. 8.4.
É de conhecimento geral que todo alarme é gerado manualmente e
também é certificado manualmente.
Alarmes falsos causados por uma operação inadvertida ou incorreta de
equipamentos do GMDSS podem colocar uma responsabilidade significativa, nos
Centros de Coordenação de Salvamento (RCC). As chances de um falso alarme
coincidir com uma situação de socorro real, são muito possíveis de ocorrer e
como consequência, os recursos de busca e salvamento podem ser retardados
para responder a um socorro real.
Muitos alarmes falsos são causados por erro humano. Nenhuma ação
normalmente será tomada contra qualquer navio ou tripulante por reportar e
cancelar um alarme falso de socorro. Entretanto, em vista das sérias
consequências de alarmes falsos, e na possível interdição em sua transmissão,
os governos podem processar o navio em casos de repetidas violações.
Os principais cuidados que se devem tomar a bordo para evitar alarmes
falsos são:
Manter contínuo adestramento do pessoal de bordo, principalmente
quando embarcando, durante sua adaptação, mostrando a
importância de se conhecer os controles que, quando acionados
possam gerar um alerta de socorro;
Manter as capas de proteção fechadas nos controles “DISTRESS”
nos equipamentos DSC VHF e DSC MF / HF;
P á g i n a | 195
Manter uma placa com instruções junto ao transceptor do
INMARSAT-C onde estão os controles “STOP” e “ALARM”, de como
acioná-los.
Ter atenção quando a EPIRB for retirada da sua base, na ponte
aberta, seja passada antes, da posição de AUTO (automático) para
OFF (desligado).
PROCEDIMENTOS PARA CANCELAR OS ALARMES FALSOS. 8.5.
Ao se notar que um alarme falso foi executado em um dos equipamentos
abaixo, deve-se adotar os procedimentos listados a seguir.
Para VHF DSC (canal 70) / MF DSC (2187, 5 kHz):
Se o alarme falso foi verificado ainda durante a transmissão
(geralmente entre 3,5 e 4,5 minutos), desligue imediatamente o
transmissor DSC;
Ligue os transmissores e sintonize na frequência de radiotelefonia
na faixa correspondente:
a) VHF Canal 16;
b) MF 2182 kHz.
Faça a seguinte radiodifusão:
a) “ALL STATIONS (repetido três (3) vezes)
b) THIS IS
c) NOME DO NAVIO / SINAL DE CHAMADA (PREFIXO) DO
NAVIO
d) NÚMERO DO DSC (MMSI)
e) POSIÇÃO (LATITUDE, LONGITUDE E HORA (UTC))
f) CANCEL MY DISTRESS ALERT OF (DATA, HORA (UTC))
g) MASTER (NOME DO COMANDANTE)
h) NOME DO NAVIO / SINAL DE CHAMADA (PREFIXO) DO
NAVIO
i) NÚMERO DO DSC (MMSI)
j) DATA, HORA (UTC).”
Para HF DSC:
Se o alarme falso foi verificado ainda durante a transmissão (ente
3,5 e 4,5 minutos), desligue imediatamente o transmissor DSC;
Ligue o transmissor de HF e sintonize consecutivamente para todas
as frequências de socorro em radiotelefonia em que o alarme falso
foi transmitido, como se segue:
a) 4 MHz 4125 kHz
b) 6 MHz 6215 kHz
c) 8 MHz 8291 kHz
d) 12 MHz 12290 kHz
e) 16 MHz 16420 kHz
P á g i n a | 196
Faça a mesma radiodifusão acima para cada frequência em que foi
transmitido o alarme falso.
Para equipamento INMARSAT:
Deve-se notificar o RCC apropriado (geralmente da área em que se
está navegando) para cancelar o alarme, enviando uma mensagem
com prioridade de socorro via a mesma estação terrena (CES/LES)
através da qual o alarme falso foi enviado.
Faça uma nova mensagem telex (FILE / NEW TELEX) como se
segue:
a) “NAME / CALL SIGN
b) INMARSAT(TIPO:B/C/F77) IDENTITY NUMBER (INM)
c) POSITION (LATITUDE, LONGITUDE E TIME (UTC))
d) CANCEL MY INMARSAT (TIPO) DISTRESS ALERT OF DATE,
TIME UTC
e) MASTER”
Para EPIRB:
Se, por qualquer razão, uma EPIRB for ativada acidentalmente.
Faça contato com a mais próxima estação costeira ou CES/LES
apropriada ou RCC apropriado e cancele o alerta de socorro. Na
mensagem a ser enviada para cancelamento devem constar: o
nome e prefixo do navio, o número da EPIRB (protocolo
alfanumérico de quinze (15) dígitos) e a posição do navio.
Atenção: Deve ser mantida a EPIRB ligada até receber o recibo do cancelamento
do alerta falso.
Nota: Nada impede que qualquer navio possa usar qualquer frequência em
qualquer sistema, para informar as autoridades apropriadas e/ou a navios, que
um alarme falso tenha sido transmitido e deve ser cancelado.
BUSCA E SALVAMENTO 9.
ATIVIDADES RELACIONADAS COM A BUSCA E SALVAMENTO. 9.1.
Um navio ao fazer um pedido de socorro poderá executá-lo nas seguintes
maneiras:
Fazer uma chamada geral (a todos os navios e a todas as estações
costeiras), em comunicação terrestre, em radiotelefonia e / ou pela
chamada seletiva digital (DSC), nas frequências de socorro;
Acionar a EPIRB 406 MHz do COSPAS-SARSAT;
Estabelecer uma comunicação direta ponto a ponto para uma
estação costeira ou estação de navio por radiotelefonia, por radio
telex ou chamada seletiva digital (DSC), em comunicação terrestre;
P á g i n a | 197
Executar via satélite INMARSAT uma chamada direta para o RCC da
área em que navega, através da CES/LES com a qual o navio está
sintonizado, no INMARSAT Fleet F77 e botões STOP e ALARM no
INMARSAT-C (botão DISTRESS nos mais modernos) ou efetuando
uma chamada radiotelefônica, digitando o número telefônico do
RCC (pelo INMARSAT Fleet F77) ou uma mensagem telex, digitando
o número telex do RCC ou o IMN do INMARSAT com recurso telex
do RCC (pelo INMARSAT-C).
Um navio que esteja navegando em uma área que tenha ocorrido um
incidente SAR poderá ser notificado, nas seguintes formas:
Por radiodifusão pelo serviço NAVTEX;
Por radiodifusão pelo serviço SAFETYNET (mensagens EGC);
Por retransmissão para o mar, por uma estação costeira ou mesmo
outro navio;
Diretamente, ponto a ponto, por uma estação costeira ou por um
Centro de Coordenação de Salvamento (RCC).
Para atender os dois principais propósitos do salvamento no mar:
rapidamente alertar os navios na área de um incidente SAR e desencadear uma
operação de busca e salvamento (SAR) com um mínimo de atraso, as
Administrações Nacionais, bem como a IMO verificaram a necessidade de criar
uma estrutura de um Serviço de Busca e Salvamento Marítimo.
Serviços de Busca e Salvamento Marítimo
As Administrações Nacionais desde 1958 na Conferência das Nações
Unidas sobre o Direito do Mar foram incentivadas a criar e manter um Serviço de
Busca e Salvamento adequado e eficaz.
A Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar
(SOLAS), de 1974, em seu capítulo V, regra 15 especifica que: “Cada Governo
Contratante se obriga a garantir que serão tomadas todas as disposições
necessárias para a vigilância em suas costas e para o salvamento das pessoas
em perigo no mar, ao longo dessas costas”.
Em abril de 1979, a Organização Marítima Internacional (IMO), agência
especializada das Nações Unidas, que trata dos assuntos marítimos, convocou
uma conferência onde foi aprovada a Convenção Internacional de Busca e
Salvamento Marítimo conhecida como “Convenção de Hamburgo”.
Esta Convenção criou uma organização padrão para os serviços de busca
e salvamento marítimos, em função das necessidades do tráfego marítimo e que
possibilitasse, em nível internacional, aumentar a cooperação entre os serviços
dos diversos Estados vizinhos.
Foram estabelecidas também as áreas de responsabilidade SAR de cada
país. Cada país comprometeu-se a criar um sistema de acompanhamento de
navios em sua área de responsabilidade SAR.
P á g i n a | 198
Estrutura de uma organização SAR
As operações de busca e salvamento consistem de procurar e fornecer a
ajuda no menor tempo possível, para as pessoas que necessitam.
As duas operações – busca e salvamento – podem ser de várias formas,
dependendo de sua necessidade, tamanho ou complexidade das operações, do
pessoal e instalações disponíveis. É necessário que os recursos disponíveis sejam
organizados e coordenados para que operações eficazes e abrangentes sejam
garantidas.
Isso requer o estabelecimento de uma organização de busca e salvamento
com um plano SAR e dos meios para realizar as operações.
A Organização de Busca e Salvamento na sua forma mais simples deve
conter:
CES = Estação Costeira Terrena
CRS = Estação Rádio Costeira.
RCC = Centro de Coordenação de Salvamento.
RSC = Subcentro de Salvamento.
OSC = Comandante da Cena de Ação.
A figura abaixo apresenta a estrutura de uma organização SAR.
As Administrações Nacionais deverão, individualmente ou em cooperação
com outros Estados, criar Centros de Coordenação de Salvamento para os seus
serviços de busca e salvamento e tantos Subcentros de Salvamento quantos
forem necessários.
Cada Centro de Coordenação de Salvamento e Subcentro de Salvamento
deverão tomar medidas para o recebimento de alertas de perigo proveniente da
P á g i n a | 199
sua região de busca e salvamento. Todos estes centros deverão também tomar
medidas para estabelecer comunicações com pessoas em perigo, com os meios
de busca e salvamento e com outros Centros de Coordenação de Salvamento ou
Subcentros de Salvamento.
Cada Centro de Coordenação de Salvamento deverá operar 24 horas por
dia e estar constantemente guarnecido por pessoal treinado, que tenha
conhecimento do idioma inglês.
Se uma situação ocorrer onde uma missão de Busca e Salvamento tenha
que ser iniciada, o curso normal dos eventos é que o pedido de socorro chegue
ao RCC da área e ao tomar conhecimento assuma o controle total da missão. No
entanto, na indústria de petróleo, as instalações presentes na área podem lidar
com qualquer missão em escala menor. Seu próprio pessoal irá coordená-la, a
menos que a missão se torne complexa o suficiente, a ponto de ser necessário
requisitar ao RCC que assuma o controle.
Serviço de Busca e Salvamento no Brasil
Em 20 de fevereiro de 1970, por Aviso Ministerial, foi criado o Serviço de
Busca e Salvamento da Marinha do Brasil, voltado para a salvaguarda da vida
humana no mar.
O Serviço de Busca e Salvamento da Marinha (SALVAMAR) tem a missão
de prover o salvamento de pessoas em perigo no mar, no interior da área
marítima de responsabilidade brasileira, bem como nas vias navegáveis
interiores da Bacia Amazônica e do rio Paraguai.
A supervisão das atividades de Busca e Salvamento nas áreas marítimas e
interiores, sob responsabilidade brasileira cabe ao RCC do Brasil, denominado
P á g i n a | 200
SALVAMAR BRASIL, que integra a estrutura orgânica do Comando de Operações
Navais (ComOpNav/CON). O Sistema de Alerta é constituído pela Rede de
Estações Costeiras (RENEC) da Empresa Brasileira de Telecomunicações
(EMBRATEL), tendo como estação principal a estação Rio Rádio. Este sistema de
alerta estará associado à uma CES/LES que o país possua contrato e com os
demais RCCs.
A área de busca e salvamento marítimo sob a responsabilidade brasileira
abrange a área do Oceano Atlântico compreendido entre a costa brasileira e o
meridiano de 10º W, denominada Área Marítima SAR do Brasil e está dividida
em cinco subáreas. São elas:
• 1º Distrito Naval - SALVAMAR SUESTE no Rio de Janeiro, RJ;
• 2º Distrito Naval - SALVAMAR LESTE em Salvador, BA;
• 3º Distrito Naval - SALVAMAR NORDESTE em Natal, RN;
• 4º Distrito Naval - SALVAMAR NORTE em Belém, PA; e
• 5º Distrito Naval - SALVAMAR SUL em Rio Grande, RS.
Para as vias navegáveis interiores da Bacia Amazônica e do rio Paraguai
que constitui a Área SAR Interior, existem dois Centros de Coordenação SAR,
que são:
• 6º Distrito Naval – SALVAMAR OESTE em Ladário, MS;
• 9º Distrito Naval – SALVAMAR NOROESTE em Manaus, AM.
A figura a seguir mostra a Área Marítima SAR e a Área SAR das vias
navegáveis interiores do Brasil, assim como suas divisões.
P á g i n a | 201
A coordenação das atividades SAR é da competência dos Distritos Navais
com jurisdição sobre as áreas marítimas, que executam as funções de Centro de
Coordenação de Salvamento Marítimo (MRCC).
Os Centros de Coordenação SAR são conhecidos internacionalmente pela
sigla “MRCC” – Maritime Rescue Coordination Centre. O Anexo 12 apresenta
uma relação dos MRCC associados com as Estações Terrenas (CES/LES). Esta
relação é encontrada no Manual de Comunicações Marítimas pelo INMARSAT.
Os órgãos que também participam, de alguma forma da estrutura SAR no
Brasil são:
Os navios subordinados aos Distritos Navais e da Esquadra
Brasileira.
Os Hospitais Navais Distritais que oferecem orientação médica a
navios no mar.
O COMCONTRAM que fornece informações sobre Tráfego Marítimo
na área SAR do Brasil, passando para o SALVAMAR os navios que
estão próximo do navio em socorro.
O Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), conforme solicitação de
um Centro de Coordenação SAR, de um navio ou grupo de navios
executando uma missão SAR, fornece previsão meteorológica
especial (BE- Boletins Especiais) para as áreas onde estão sendo
realizadas as operações de busca e salvamento.
Quando houver a necessidade de se ativar uma unidade de coordenação
transitória, a fim de que uma missão SAR possa ser coordenada por um órgão
localizado mais próximo da área de operação, os Distritos Navais podem delegar
tais atribuições às Capitanias e Delegacias localizadas nas áreas sob sua
respectiva jurisdição, que assumirão a responsabilidade de Subcentros de
Coordenação SAR (RSC).
Dependendo do tipo da missão SAR, poderão ocorrer operações conjuntas
com o SALVAERO, Serviço de Busca e Salvamento da Aeronáutica, com o
emprego de seus meios aéreos.
Sistemas de Acompanhamento de Navios
Várias organizações em todo o globo terrestre estão envolvidas de forma
direta e indireta na busca e salvamento no mar, como por exemplo, os Centros
de Coordenação de Salvamento (RCC).
Com o propósito de apoiar essas organizações, existe em operação um
considerável número de sistemas de acompanhamento de navios em todo o
globo.
Como exemplos, temos, entre outros:
AMVER
JASREP
AUSREP
SISTRAM
P á g i n a | 202
AMVER
Em termo mundial, a organização AMVER (Automated Mutual Assistance
Vessel Rescue System), operada pela guarda costeira americana, provê auxílio
para os esforços SAR. O AMVER iniciou em 1958 como um sistema de
informações de busca e salvamento baseados em computador para o Oceano
atlântico Norte, mas tem agora em terra uma rede de segurança em todo o
mundo cobrindo todos os oceanos.
Todos os navios são incentivados a enviar detalhes da sua viagem e
informações periódicas da posição para o centro AMVER em Nova Iorque, via
estações costeiras relacionadas ou via uma estação terrena (CES/LES)
INMARSAT. Quando um pedido de socorro ocorrer, o computador AMVER pode
informar à autoridade SAR pertinente sobre quais navios estão próximos na
área.
Qualquer embarcação mercante de 1.000 toneladas de arqueação bruta
ou mais, em qualquer viagem com duração superior a 24 horas, poderá
participar.
As informações fornecidas voluntariamente por embarcações ao AMVER
são protegidas pela Guarda Costeira dos EUA como sendo dados de propriedade
comercial e só são disponibilizadas para autoridades SAR ou para outras
especificamente autorizadas pelo navio envolvido.
Existem quatro tipos de mensagens no sistema AMVER:
Plano de viagem (SP) que contém informação completa das rotas e
deve ser enviada poucas horas antes de deixar o porto;
Informação de posição (PR) que é enviada dentro de 24 horas da
partida e atualizada pelo menos a cada 48 horas até a chegada ao
porto;
informação de desvio (DR) que deve ser enviada sempre que uma
mudança considerável da rota planejada ocorrer, afetando a
precisão das informações supridas previamente;
Informação de chegada (FR) que deve ser enviada após a chegada
ao porto.
JASREP
O sistema japonês de acompanhamento de navios (JASREP) provê um
serviço paralelo e voluntário de informação de navios para o AMVER, em torno
do Japão. Todos os navios navegando na área do serviço JASREP são
conclamados a participar. Navios com intenção de participar em ambos os
sistemas JASREP e AMVER podem enviar suas informações para um ou outro,
desde que as informações possam ser trocadas entre ambos os sistemas, após
solicitação. As mensagens JASREP têm os mesmos formatos do AMVER.
AUSREP
O sistema australiano de acompanhamento de navios (AUSREP) é
obrigatório para navios convencionais com registro australiano e para navios
estrangeiros em viagens entre portos australianos. Para os navios que
P á g i n a | 203
participam do AUSREP, mensagens podem ser endereçadas para o AMVER, após
solicitação.
As mensagens AUSREP têm mais possibilidades de informações, mas seu
formato também é similar ao AMVER.
Informações para o AMVER, AUSREP e JASREP são livres de cobrança para
estações de navios participantes, se enviadas através de estações costeiras que
tenham um acordo declarado de não cobrança. Entretanto, as solicitações dos
detalhes da estrutura da mensagem, frequência de uso e formas de cobranças
estão sujeitos a cobrança.
SISTRAM
No Brasil, o sistema de acompanhamento de navios, tem a denominação
de Sistema de Informações sobre o Tráfego Marítimo (SISTRAM) operado pelo
Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo (COMCONTRAM), órgão da
Marinha do Brasil.
Propósito do sistema
Acompanhar a navegação de navios mercantes na área marítima SAR de
responsabilidade do Brasil, através de informações padronizadas de navegação,
fornecidas pelos próprios navios participantes, quando navegando naquela área.
Em caso de um incidente SAR, o SISTRAM possibilita que se faça uma
rápida verificação das embarcações que estão em condições de prestar auxílio,
além do fornecimento ou orientação de assistência médica de caráter urgente.
Comunicação dos navios / Plataformas
Os navios de bandeira brasileira e os afretados por armadores
brasileiros, em navegação de longo curso ou de cabotagem,
navegando em qualquer área marítima do mundo, são obrigados a
participar do SISTRAM, enviando as mensagens contidas no Anexo
1-B da NORMAM-08, ao CONCOMTRAM;
Os navios de bandeira brasileira e os afretados por armadores
brasileiros, envolvidos em atividades de apoio marítimo às
plataformas de exploração de petróleo e gás natural localizadas nas
Áreas Jurisdicionais Brasileiras (AJB) (atividades offshore), quando
em trânsito entre portos nacionais, são obrigados a participar do
SISTRAM, enviando também ao CONCOMTRAM as mensagens do
Anexo 1-B da NORMAM-08;
Os navios mercantes de bandeira estrangeira são convidados a
participar voluntariamente do SISTRAM, enviando as mensagens do
anexo anterior.
Porém, quando estiverem navegando no mar territorial (12 milhas
náuticas) ou em águas interiores brasileiras são obrigados a
integrarem ao SISTRAM;
As embarcações autorizadas a realizar aquisição de dados
referentes à atividade do petróleo e do gás natural, ou quaisquer
P á g i n a | 204
outras que utilizam reboques de petrechos em suas atividades em
AJB são obrigadas a se integrarem ao SISTRAM.
Embarcações e plataformas em faina de reboque devem:
Aderir ao SISTRAM, enviando informação periódica da mensagem
de posição e intenção de movimento nas próximas 24 horas e suas
alterações.
Enviar à Capitania dados referentes à embarcação / plataforma com
antecedência mínima de 72 horas de modo a permitir sua
publicação nos Avisos aos Navegantes pelo Centro de Hidrografia
da Marinha (CHM).
O controlador das movimentações e posicionamento de plataformas,
navios sonda, FPSO, FSU e demais construções que venham alterar suas
posições nas águas jurisdicionais deve:
Aderir ao SISTRAM, enviando informação periódica da mensagem
de posição e intenção de movimento para as próximas 24 horas;
Enviar, mensalmente, para o Comando do Distrito Naval e Capitania
dos Portos da área, uma relação com a posição de todas as
plataformas, navios sonda, FPSO, FSU, etc..., com antecedência
mínima de 72 horas, para que seja publicado nos Avisos aos
Navegantes.
Escuta Permanente
Toda embarcação nacional ou estrangeira, quando navegando no mar
territorial brasileiro, deverá fazer escuta permanente no canal 16 (156,800 MHz)
VHF em radiotelefonia.
Tipos de mensagem no SISTRAM
Tipo 1 – Plano de Viagem.
É transmitida quando a embarcação suspende de um porto brasileiro,
quando retornando de portos estrangeiros entrar na área SAR brasileira ou
quando aderir ao SISTRAM.
Exemplo:
SISTRAM/1/040935ZAGO11//
A/URRR/SEBASTOPOL/UR/TMO/
B/041035ZAGO11//
G/SANTOS/2355S/04619W//
I/VITORIA/2019S/04018W/082000ZAGO11//
L/2310S/04427W/060900ZAGO11//
L/2248S/04230W/071200ZAGO11//
L/2150S/04112W/081700ZAGO11//
V/NONE//
M/PPS/PPR// e X/INMARSAT 327324321//
P á g i n a | 205
Tipo 2 – Mensagem de Posição
É a confirmação da informação que a embarcação suspendeu ou que suas
coordenadas geográficas estão de acordo com o Plano de Viagem. Deverá ser
transmitida até 24 horas após o início da movimentação ou da entrada na área
SAR brasileira. Uma embarcação sob mau tempo ou em condições adversas
poderá transmitir mensagens com coordenadas geográficas, dando sua posição,
nos intervalos de tempo e no número de vezes que lhe convier.
Exemplo:
SISTRAM/2/051015ZAGO11//;
A/URRR/SEBASTOPOL/UR/TMO/;
B/050900ZAGO11//;
C/2346S/04445W//;
E/022//;
F/150//;
M/PPR.
P á g i n a | 206
Tipo 3 – Mensagem de Alteração de Rota
É a informação que é enviada caso haja alteração no porto de destino,
quando afastar-se mais que 25 milhas da rota original ou qualquer outra
mudança que altere o seu Plano de Viagem.
Exemplo:
SISTRAM/3/061000ZAGO11//;
A/URRR/SEBASTOPOL/UR/TMO/;
I/SALVADOR/1358S/03531W/091400ZAGO11//;
L/1816S/03828W/060900ZAGO11//;
L/1730S/03720W/071200ZAGO11//;
L/1543S/03624W/082000ZAGO11//;
M/PPR//.
Tipo 4 – Mensagem Final.
É a informação que finaliza a participação no SISTRAM. Deverá ser
transmitida até uma hora antes do momento estimado de chegada (ETA) ao
porto de destino (para embarcações mercantes nacionais e estrangeiras) ou
quando sair da área SAR brasileira (para embarcações mercantes estrangeiras).
Exemplo:
SISTRAM/4/101200ZAGO11//;
A/URRR/SEBASTOPOL/UR/TMO/;
K/SALVADOR/1358S/03531W/091430ZAGO11//.
P á g i n a | 207
Procedimentos importantes
Grupo Data – Hora
Deve ser expresso em grupos de 6 dígitos, sendo os dois primeiros
correspondentes ao dia do mês, e os quatro seguintes às horas e aos minutos. O
grupo data-hora deve utilizar o tempo universal coordenado (UTC), seguido de
"Z". Exemplo: 301200Z -->1200 horas do dia 30 (UTC).
No preenchimento da data-hora da transmissão, deve ser acrescentado o
mês, representado pelas três letras iniciais, e o ano, representado pelos dois
últimos algarismos. Exemplo: 301200ZNOV11
Tipo do Navio
TM - Carga Geral; TMO - Tanque; TMB - Graneleiro; TMF - Ferry; TU -
Pesqueiro ; TMT- Rebocador; TMC - Porta-contêineres; TME - RO-RO; TMM –
Pesquisa; PLAT – Plataforma; TMGB – Quebra-gelos; TMK – Cabos submarinos;
TMH – Grúa; TMOS – Líquidos Especiais; FPSO – Navio Plataforma.
Latitude e Longitude
Latitude é expressa em grupo de 4 dígitos, em graus e minutos, e
sufixados por "N" para norte ou "S" para sul.
Longitude é expressa em grupo de 5 dígitos, em graus e minutos, e
sufixados por "E" para leste ou "W" para oeste.
Exemplo: 2830S para lat. 28° 30`S, e 04815W para long. 048° 15`W.
Informações de Rota
A informação da rota planejada, nas linhas L, é expressa entre os pontos
de guinada, no mínimo três pontos.
Um navio, ao entrar na área SAR, deve expressar na primeira linha L da
mensagem tipo 1 a lat/long desse ponto e a data-hora de entrada.
Nas mensagens de Alteração de Rota (tipo 3), na primeira linha L são
expressos os dados do ponto de guinada ou do primeiro ponto observado que
confirma o afastamento (maior que 35 milhas) da rota planejada.
P á g i n a | 208
Recursos Médicos de Bordo
Selecionar apropriadamente como a seguir:
MD – médico;
PA – assistente de médico ou supervisor de saúde;
NURSE – enfermeiro;
NONE – nenhum.
Dados Opcionais
Estes são dados úteis, porém não obrigatórios. Na mensagem tipo 2, o
rumo atual é expresso na linha E, em grupo de 3 dígitos, e a velocidade média
estimada na linha F, em grupo de 3 dígitos, em nós e décimos de nós.
Exemplo:
E/214// para rumo 214°;
F/143// para velocidade de 14.3 nós.
Linhas X e Y (Comentários)
Preenchimento opcional.
Normalmente é incluído na linha X dados de referência úteis para o
SISTRAM, como a data-hora estimada da próxima transmissão, o tipo de carga,
o número do INMARSAT e da EPIRB, etc.
A linha Y pode ser usada para qualquer comunicação, a critério do navio.
Itens de Alteração de Rota
A linha I especifica mudança no porto de destino, na mensagem tipo 3.
Exemplo: I/SALVADOR/1358S/03531W/051800ZNOV11//, para o caso do
porto de destino ser mudado para Salvador.
As mensagens para o SISTRAM deverão ser destinadas ao COMCONTRAM,
órgão da Marinha do Brasil, por fac-símile, telex ou e-mail. Este último modo (e-
mail) é preferível, em virtude da facilidade de processamento no sistema.
Os números telex são: (21) 36931 / (21) 30933 e o FAX é (55-21) 2104-
6341. O e-mail para contato é: [email protected]. No site
www.comcontram.mar.mil.br está disponível para download um software
formatador de mensagens do SISTRAM e folheto de instruções completas sobre
o SISTRAM.
Controle do Tráfego Marítimo no Brasil
As Normas da Autoridade Marítima para Tráfego e Permanências de
Embarcações em Águas Jurisdicionais Brasileiras – NORMAM – 08 da Diretoria de
Portos e Costas (DPC) estabelece os seguintes sistemas de acompanhamento de
embarcações:
Sistema de Informações sobre o Tráfego Marítimo (SISTRAM),
conforme verificado anteriormente;
Sistema de Identificação e Acompanhamento de Navios de Band
eira Brasileira a Longa Distância (L-RIT).
P á g i n a | 209
Sistema de Identificação e Acompanhamento de Navios de
Bandeira Brasileira a Longa Distância (L-RIT)
A resolução MSC 202 (81) da IMO, criou o Sistema de Identificação e
Acompanhamento de Navios a Longa Distância (L-RIT) que entrou em vigor a
partir de 31 de dezembro de 2008. Estas informações de posicionamento de
embarcações são transmitidas para os Centros de Dados do Sistema L-RIT.
A criação do L-RIT e seus respectivos Centros de Dados possibilitam o
intercâmbio de informações entre os sistemas de controle do tráfego marítimo
das nações signatárias da convenção SOLAS, para uso em seus sistemas SAR e
para a identificação do tráfego marítimo de interesse.
As embarcações SOLAS de nacionalidade brasileira, quando singrando em
qualquer região marítima do mundo, devem enviar a cada seis horas, para o
Centro de Dados Nacional (CDNLRIT), localizado no COMCONTRAM, os seguintes
dados:
Nome e número da IMO;
Coordenada geográfica;
Data-hora da coordenada geográfica.
Observação: O número da IMO é formado da seguinte forma: “IMO+7 dígitos”,
estabelecido pelo Lloyd Register, por delegação da IMO.
Exemplo: Navio mercante YOKOHAMA Número da IMO: IMO9322346.
As mensagens devem ser transmitidas em forma de e-mail para a caixa
postal [email protected], por meio de seus respectivos provedores de
serviço de acompanhamento, a cada seis horas ou devido a um evento SAR.
Sistema de Monitoramento Marítimo às Embarcações de
Apoio às Atividades do Petróleo, operando nas AJB em
proveito da indústria do petróleo (SIMMAP).
Este sistema tem por finalidade identificar e acompanhar o tráfego
marítimo relacionado à indústria do petróleo e gás, através do rastreamento dos
navios empregados nessa atividade.
O SIMMAP é um conjunto de hardwares e softwares, instalados em
Organizações Militares da Marinha do Brasil, com capacidade de receber e
decodificar mensagens e / ou arquivos fornecidos por um sistema de
rastreamento.
Após a decodificação, as informações são armazenadas em banco de
dados, em que as informações de coordenadas geográficas são plotadas sobre
uma carta náutica digitalizada.
Sistema de Rastreamento
Envolve o conjunto de hardware e software, instalados no navio e na
Estação Base, com capacidade de receber os dados oriundos de bordo e
retransmiti-los para o SIMMAP, adequadamente formatados, via Internet.
A estação de bordo deve ser dotada de um sistema de localização
automático associado a um sistema de comunicação com capacidade de gerar e
P á g i n a | 210
enviar seus dados de coordenada geográfica para uma Estação Base, da
seguinte forma:
Suporte marítimo: uma vez a cada duas horas;
Transporte de petróleo, gás e seus derivados: a cada seis horas;
Recebimento de dados relacionados à indústria do petróleo: a cada
duas horas;
Navio Sonda: a cada 12 horas.
Além dos sistemas acima, ainda há três outros:
1. Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras
por Satélites (PREPS)
Criado em 4 de setembro de 2006 aumentará a capacidade de
acompanhamento dos barcos de pesca, tendo em vista que a maioria das
ocorrências SAR na área de responsabilidade do Brasil envolvem a frota
pesqueira.
A Central de Rastreamento é operada pelo COMCONTRAM. Funciona
semelhante ao sistema de rastreamento do SIMMAP.
2. Sistema de Identificação Automática (AIS)
O AIS é um sistema integrado de componentes, em especial o
transponder AIS, que possibilita a transmissão e recepção de mensagens de
dados digitais padronizadas através de rádio VHF. É conectado ao equipamento
de navegação, fornecendo automaticamente informações que incluem a
identidade do navio, tipo, posição, rumo, velocidade, condição da navegação e
outras informações de segurança. Estas informações são trocadas
continuamente na estação com estações costeiras e com outros navios em
intervalos que variam de 2 segundos a 3 minutos, dependendo da velocidade do
navio e de seu ângulo de guinada.
O projeto AIS na Marinha foi iniciado em 2005 e hoje funciona integrado
ao SISTRAM, permitindo que as mensagens de contatos sejam enviadas pelos
navios militares às estações rádio da Marinha em telex / HF, e em seguida,
reencaminhadas por e-mail, via intranet / Internet para o COMCONTRAM.
O Transponder AIS é obrigatório que seja conduzido a bordo para atender
as regras do capítulo V da SOLAS.
3. Sistema de Alerta de Proteção do Navio (SSAS)
O SSAS não faz parte do GMDSS, mas a sua condução a bordo é
obrigatória para atender às regras do capítulo XI da SOLAS.
Tem o propósito de transmitir um alerta de segurança para a terra, a fim
de indicar à autoridade competente que a segurança do navio está sob uma
ameaça ou tenha sido comprometida.
O SSAS permite uma ativação sigilosa de modo que só a autoridade em
terra toma conhecimento. Não tem semelhança com o alerta de socorro feito
pelo DSC, que é uma chamada geral.
A bordo deve-se ter o mínimo de dois pontos de ativação, sendo que um
deles deve ser no passadiço.
P á g i n a | 211
O alerta de segurança do navio pode ser efetivado pelos seguintes meios:
Uso de um botão do sistema de comunicação GMDSS que fornecerá
ao pessoal em terra uma clara indicação de que a ativação sigilosa
foi usada;
Uso em separado, de um dedicado sistema de alerta;
Uso de comunicações de rotina, que caracterizam uma segurança,
estabelecidas entre o comandante e o pessoal designado em terra
(tipo uma palavra-chave ou uma senha).
Manual Internacional Aeronáutico e Marítimo de Busca e Salvamento
(IAMSAR) - VOLUME III - Meios Móveis
Este manual tem como propósito auxiliar os
países a atender às suas próprias necessidades de
busca e salvamento (SAR) e a desempenhar as
obrigações de acordo com a Convenção sobre Aviação
Civil Internacional, Convenção Internacional de Busca e
Salvamento Marítimo e Convenção SOLAS, bem como
propiciar uma cooperação mútua entre países vizinhos.
Este manual é publicado em conjunto pela
Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) e
pela Organização Marítima Internacional (IMO) em três
volumes, a saber:
O volume I – Organização e Administração
trata do conceito global do sistema SAR;
fica nos Centros de Coordenação SAR.
O volume II – Coordenação da Missão –
auxilia o pessoal que planeja e coordena as operações e os
exercícios de SAR; fica nos Centros de Coordenação SAR e nos
Subcentros de Coordenação SAR;
O volume III – Meios de Salvamento Móveis – levado a bordo das
unidades de salvamento, aeronaves e embarcações, para auxiliar
no desempenho das funções de busca, salvamento e de
coordenador da cena de ação, bem como nos aspectos relacionados
com sua situação caso seja a unidade em socorro.
O IAMSAR VOL III apresenta vários tópicos importantes para os navios e
aeronaves que venham a participar de uma operação SAR, bem como para o
navio em socorro.
Dentre outros, pode-se destacar:
A coordenação SAR;
A ação inicial de uma embarcação ao prestar socorro;
A formação de uma operação SAR;
O deslocamento para o local do incidente SAR;
As comunicações na cena de ação;
P á g i n a | 212
Os padrões de busca a serem realizados, em função de vários
fatores;
Os procedimentos para operar com aeronaves;
As providências internas dos navios da operação SAR bem como do
navio sinistrado, em função do tipo de incidente SAR;
Os métodos padrões de recolhimento de pessoas no mar.
O sistema SAR possui três níveis gerais de coordenação:
Coordenadores SAR (SC)
É o nível mais elevado dos administradores de SAR. Cada país possui um
órgão para esta função. No Brasil é exercida pelo Comando de Operações
Navais.
São responsáveis por:
Estabelecer, guarnecer, equipar e administrar o sistema SAR;
Estabelecer o RCC e Subcentros de Salvamento (RSC);
Fornecer ou obter meios SAR.
Coordenadores de missão SAR (SMC)
É desempenhada pelo chefe do RCC que realiza toda a operação
SAR.
Esta função existe somente durante o incidente SAR. Pode ter uma
equipe para auxiliá-lo.
Estabelecer o datum e o padrão de busca.
Coordenadores na cena de ação (OSC)
Quando dois ou mais meios SAR estiverem operando juntos na mesma
missão, pode ser necessário que uma pessoa que estiver na cena de ação
coordene as atividades de todos os meios participantes.
O SMC geralmente designa um comandante de navio com
experiência, na função de OSC;
Normalmente, a pessoa encarregada do primeiro meio (navio ou
aeronave) que chegar à cena de ação assume as funções de OSC,
até que o SMC providencie a sua substituição;
O OSC estabelece a frequência principal e secundária para o tráfego
de socorro, levando em conta as disponibilidades de comunicação
do navio em socorro;
Geralmente são usadas faixas de VHF / MF, nada impedindo que
use comunicações por satélites na cena de ação.
Emergência a bordo
Os comandantes de embarcações e aeronaves não devem retardar o envio
de informações ao sistema SAR, se estiver ocorrendo, ou se puder vir a ocorrer,
um problema que possa envolver a necessidade de socorro.
No Anexo 13 é apresentado um guia de operações do GMDSS para
Comandantes de navios em situações de socorro, onde a participação do
Radioperador poderá ser fundamental no assessoramento ao Comandante.
P á g i n a | 213
Procedimento para prestar socorro
De acordo com a regra 10 do Capítulo V da SOLAS, todo o comandante de
um navio no mar, que esteja numa posição em que seja capaz de prestar
auxílio, ao receber um sinal enviado por qualquer fonte, informando que há
pessoas em perigo no mar, é obrigado a se dirigir em alta velocidade em seu
socorro, se possível informando a estas pessoas ou ao serviço de busca e
salvamento da área de que o navio está fazendo isto.
Caso o comandante considere que naquelas circunstâncias não seja lógico
nem necessário se dirigir para prestar sua assistência, deve informar tal fato ao
serviço de busca e salvamento da área.
No Anexo 14 é apresentado um guia para comandantes sobre como
proceder quando souberem que outro navio está em perigo.
P á g i n a | 214
ANEXOS 10.
FREQUÊNCIAS X CANAIS EM VHF DO SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO 10.1.
– MODO INTERNACIONAL
Ch. Tx Rx
Ch. Tx Rx 1 156.050 160.650
60 156.025 160.625
2 156.100 160.700
61 156.075 160.675
3 156.150 160.750
62 156.125 160.725
4 156.200 160.800
63 156.175 160.775
5 156.250 160.850
64 156.225 160.825
*6 156.300 156.300
65 156.275 160.875
7 156.350 160.950
66 156.325 160.925
*8 156.400 156.400
*67 156.375 156.375
*9 156.450 156.450
*68 156.425 156.425
*10 156.500 156.500
*69 156.475 156.475
*11 156.550 156.550
*70 156.525 156.525
*12 156.600 156.600
*71 156.575 156.575
*13 156.650 156.650
*72 156.625 156.625
*14 156.700 156.700
*73 156.675 156.675
*15 156.750 156.750
*74 156.725 156.725
*16 156.800 156.800
*75 156.775 156.775
*17 156.850 156.850
*76 156.825 156.825
18 156.900 161.500
*77 156.875 156.875
19 156.950 161.550
78 156.925 161.525
20 157.000 161.600
79 156.975 161.575
21 157.050 161.650
80 157.025 161.626
22 157.100 161.700
81 157.075 161.675
23 157.150 161.750
82 157.125 161.725
24 157.200 161.800
83 157.175 161.775
25 157.250 161.850
84 157.225 161.825
26 157.300 161.900
85 157.275 161.875
27 157.350 161.950
86 157.325 161.925
28 157.400 162.000
*87 157.375 157.375
*88 157.425 157.425
P á g i n a | 215
Segue abaixo algumas notas referentes à tabela.
Notas Gerais:
As administrações nacionais podem designar frequências dos
serviços interativos, de operação portuária e de movimentação de
navios para uso de aeronaves leves e helicópteros, para
comunicação com navios e estações costeiras em operação de apoio
marítimo.
Os canais desta tabela, exceto os canais 06, 13, 15, 16, 17, 70, 75
e 76, também podem ser usados para transmissões de dados em
alta velocidade e fac-similar, desde que cumpram acordos entre as
administrações afetadas.
Os canais desta tabela, mas preferencialmente o canal 28 e com
exceção dos canais 06, 13, 15, 16, 17, 70, 75 e 76, podem ser
usados para telegrafia em impressão direta e transmissões de
dados.
As frequências desta tabela também podem ser usadas para
radiocomunicação em águas interiores.
Notas Específicas:
O canal 06 também pode ser usado para comunicação entre
estações de navios e estações de aeronaves envolvidas em
operação SAR.
Os canais 15 e 17 também podem ser usados em comunicações
interiores a bordo, desde que sua potência não seja superior a 1 W.
Os canais preferenciais para o propósito indicado na nota a) são os
de número 09, 72 e 73.
O canal 13 é designado como canal de comunicação de segurança
da navegação.
Esse canais podem ser operados como canais em uma frequência,
sujeito a acordos especiais entre as administrações interessadas ou
afetadas.
O uso desses canais (75 e 76) deve ser restrito somente ás
comunicações relativas à navegação e todas as precauções devem
ser adotadas a fim de evitar interferência no canal 16, por exemplo,
limitando a potência de saída em 1 W.
Esse canais podem ser usados para proverem faixas para testes
iniciais e a possível introdução futura de novas tecnologias, sujeito
a acordos especiais entre as administrações interessadas ou
envolvidas.
P á g i n a | 216
Código de dois
dígitosServiço de Telex Comentários
0 Automático
Utiliza-se este código para fazer uma chamada de telex
automática utilizando os códigos de países de telex
Internacional.
11 Operador InternacionalUtiliza-se este código para obter informação do Operador
Internacional do país onde a CES está situada.
12 Informação Internacional
Utiliza-se este código para obter informações sobre os
assinantes localizados em outros países, exceto o país
onde a CES está situada.
13 Operador Nacional
Utiliza-se este código para obter assistência para fazer
ligação aos assinantes dentro do país onde a CES está
situada. Nos países que não tenham um Operador
Internacional, utiliza-se este código em vez do código 11.
14 Informação Nacional
Utiliza-se este código para obter informação acerca dos
assinantes localizados no país, no qual a CES está
situada.
15Serviço de
Radiotelegramas
Este código ligará o operador que faz a chamada ao
serviço de radiotelegramas para a transmissão de
radiotelegramas com origem em telex.
17Chamadas Telefônicas
Manuais
Este código pode ser usado via algumas CESs para
chamadas telefônicas manuais.
21Unidade de Retrasmissão
(Internacional)
Este código é utilizado para obter acesso a uma unidade
de retransmissão para chamadas internacionais.
22Unidade de Retrasmissão
(Nacional)
Este código é utilizado para obter acesso a uma unidade
de retransmissão para chamadas nacionais.
23Número de Telefone
Abreviado
Este código é usado por algumas CESs para permitir aos
assinantes equipados com INMARSAT utilizar códigos de
telefone abreviados para as suas chamadas telefônicas
regulares.
24Serviço de
Correspondência Via Telex
Este código é utilizado para transmitir diretamente uma
mensagem a partir de uma SES, para um posto telegráfico
selecionado, para expedição por correio ou meios
apropriados.
31 Perguntas MarítimasEste código pode ser utilizado para perguntas especiais
tais como localização de navios, etc.
32 Informação Médica
Utiliza-se este código para obter informação médica.
Alguns CESs têm ligações diretas com os hospitais locais
quando este código é usado.
33 Assistência Técnica
Utiliza-se este código para sanar problema técnico com o
terminal INMARSAT. A equipe técnica das CESs tem
normalmente capacidade para resolver o problema.
36 Cartão de CréditoUtiliza-se este código para debitar o preço da chamada
de Telex no cartão de crédito ou credifone.
ANEXO 2 – CÓDIGO DE DOIS DÍGITOS (INMARSAT). 10.2.
P á g i n a | 217
37 Tempo e Duração
Este código deve se marcado no início da chamada em
vez do código 00 da chamada automática. Este serviço
permite que o operador da SES seja avisado do tempo e
da duração da chamada. Este aviso é feito por uma
chamada telefônica ou mais normalmente numa
mensagem de telex contendo o tempo e a duração da
chamada referida. Normalmente o operador da SES deve
terminar a chamada de Telex usando 5 pontos finais
(.....). O tempo e duração da chamada serão
automaticamente enviados.
38 Assistência médica
Este código deve ser usado na condição da pessoa
doente ou ferida a bordo necessitar a evacuação urgente,
ou assistência médica a bordo do navio. Este código
assegura que a chamada siga para a agência/autoridade
costeira apropriada para resolver a situação.
39 Assistência marítimaEste código deve ser usado para obter assistência,
reboque, derramamento de óleo, etc.
41 Informação Metereológica
Este código deve ser usado pelos navios que fazem
observações meteorológicas para enviar as suas
observações meteorológicas. Na maioria dos casos onde
este serviço é utilizável, o serviço está livre de taxas para
o navio, sendo a Autoridade Meteorológica Nacional que
paga as taxas.
42Advertências e Perigos do
navio
Este código permite uma ligação a uma repartição
marítima para transmitir informação para o navio sobre
qualquer obstáculo que possa pôr em risco a segurança
da navegação, tais como naufrágios, navios à deriva,
obstáculos flutuantes, radiofaróis inoperantes, icebergs,
minas flutuantes etc.
43Informação da Posição do
Navio
Este código permite a ligação a um centro nacional ou
internacional apropriado, para receber informação do
movimento de navios por motivos de busca e salvamento
(Ex: AMVER, etc.)
6(x)Administração
Especializada
Para ser usado pelas administrações para uso
especializado sendo muitas vezes usado para linhas
reservadas etc. O dígito “X” a seguir ao 6 será localizado
numa base nacional e normalmente não será o mesmo
para serviço/linhas reservadas para mais do que uma
CES.
70 Base de Dados
Este código será usado normalmente pela CES para
permitir acesso automático à informação de uma base de
dados, se disponível.
91 Teste automático de Linha
Este código deve ser para testar o receptor de telex. A
CES normalmente transmite o seguinte: THE QUICK
BROWN FOX JUMPS OVER THE LAZY DOG 12345567890
92 Testes de Licenciamento
Este código deve ser usado quando o navio está pronto
para começar testes de licenciamento do equipamento
INMARSAT. O código deve ser usado somente para este
propósito, e depois apenas usado pela CES através da
qual o licenciamento tenha sido atribuído.
P á g i n a | 218
País ou área geográficaCódigo do
País (Telex)País ou área geográfica
Código do
País (Telex)
Afeganistão 79 Chad (República do) 976
África do Sul 95 Chile 34
Alaska (USA) 200 Chile (TELEX CHILE) 342
Albânia (república da) 604 Chile (VTR) 343
Argélia (República da) 408 Chile (VTR/CM) 344
América Central 37 Chile (ENTEL) 345
África Central (República da) 971 Chile (TEXCOM) 346
Americana (Samoa) 770 China (República Popular da) 85
Angola (República da) 991 Colômbia (República da) 35
Anguila 391 Comoros (República Federal Islâmica) 994
Antígua e Barbuda 393 Congo (República do) 981
Argentina (República da) 33 Cook (Ilhas) 772
Armênia (republica da) 684 Costa Rica 376
Aruda 303 Costa de Ivoire (República de) 983
Ascenção 939 Croácia (República da) 599
Austrália 71 Cuba 28
Austrália (territórios externos Australianos) 766 Chipre (República do) 605
Áustria 47 Czech (República do) 66
Azerbaijão (República do) 784 Coréia (República Democrática da) 899
Bahamas 297 Dinamarca 55
Bahrain 490 Diego Garcia 938
Bangladesh 780 Djibouti (República de) 979
Barbados 392 Dominicana (República) (AACR) 202
Belarus (República do) 681 Dominicana (República) (MIRADOR) 241
Bélgica 46 Dominicana (República) (CDT) 201
Belize 371 Equador 308
Benin (República do) 972 Egito (República Árabe do) 91
Bermuda 290 El Salvador (República de) 373
Bhutam 890 Eslováquia 66
Bolívia (República do) 309 Eslovênia 598
Bósnia Herzegovina 600 Espanha 52
Botswana (República do) 962 Estônia (República da) 537
Brasil (República Federativa do) 38 Etiópia 980
Brunei Darussalan 809 Estados Unidos da América 23
Bulgária (República da) 67 Estados Unidos da América 246
Burkina Faso 978 Emirados Árabes Unidos 893
Burundi (República do) 903Estados Unidos da América (Ilhas Virgens
de Santa Cruz e São Tomas)208
Camboja 807 Falkland (Ilhas Malvinas) 306
Camarões (República dos) 970 Faraó (Ilhas) (Dinamarca) 502
Canadá 21 Fiji (República do) 701
Canadá (TWX) 26 Finlândia 57
Cabo Verde (república de) 993 Guiné Equatorial (República da) 999
ANEXO 3 – CÓDIGO DE PAÍSES (INMARSAT) 10.3.
P á g i n a | 219
Abrv Pergunta Resposta ou aviso
QRA Qual é o nome do seu navio (ou da sua estação)?O nome do meu navio (ou da minha estação)
é...
QRCPor que órgão particular (ou administração de Estado) as
contas das taxas da sua estação,são liquidadas?
As contas das taxas da minha estação são
liquidadas pelo órgão particular... (ou pela
administração de Estado...)
QRJ Quantas chamadas radiotelefônicas têm pendentes? Tem ... chamadas radiotelefônicas pendentes.
QRL Está ocupado?
Estou ocupado [ou estou ocupado com...
(nome ou indicativo de chamada ou ambos)].
Favor não interferir
QRM A minha emissão está interferida?
A sua emissão está interferida:
1. De modo nenhum
2. Fracamente
3.Moderadamente
4.Fortemente
5. Muito fortemente
QRN Está sendo interferido pelos efeitos atmosféricos?
Estou sendo interferido pelos efeitos
atmosféricos:
1. De nenhum modo
2.Fracamente
3.Moderadamente
4.Fortemente
5.Muito fortemente
QRO Devo aumentar a potência de emissão? Aumente a potência de emissão
QRP Devo diminuir a potência de emissão? Diminua a potência de emissão
QRQ Devo transmitir mais depressa?Transmita mais depressa (...) palavras por
minuto)
QRS Devo transmitir mais devagar?Transmita mais devagar (...) palavras por
minuto)
QRT Devo parar a transmissão? Pare a transmissão
QRU Tem alguma coisa para mim? Não tenho nada para você
QRV Está pronto? Estou pronto
QRX Quando tornará a me chamar?Torno a chamá-lo às... horas em... kHz (ou
MHz)
QRY Qual é a minha vez? (refere-se às comunicações)
A sua vez é o número... (ou consoante
qualquer outra indicação) (refere-se às
comunicações)
QRZ Por quem estou sendo chamado?Está sendo chamado por ... [em ... kHz (ou
MHz)
QSAQual é a intensidade dos meus sinais [ou dos sinais de ...
(nome ou indicativo de chamada ou ambos)]?
A intensidade dos seus sinais [ou dos sinais
de... (nome ou indicativo de chamada ou
ambos)] é:
QSD Os meus sinais estão entrecortados? Os seus sinais estão entrecortados
QSG Devo transmitir... Telegramas a seguir? Transmita... Telegramas a seguir
QSJ Qual é a taxa a cobrar para... Incluída a sua taxa interna?A taxa a cobrar para... é de ... Francos (ou
SDR), incluída a minha taxa interna
QSKPode me receber entre os seus sinais? Em caso afirmativo
posso interrompê-lo na sua transmissão?
Posso recebê-lo entre os meus sinais; pode
interromper a minha transmissão
ANEXO 4 – CÓDIGO Q 10.4.
P á g i n a | 220
QSL Pode me dar o entendido? Dou-lhe o entendido
QSMDevo repetir o último telegrama que lhe transmiti (ou um
telegrama precedente)?
Repita o último telegrama que me transmitiu
[ou o(s) telegrama(s) número(s)...]
QSOPode comunicar com... (nome ou indicativo de chamada ou
ambos) diretamente (ou por retransmissão)?
Posso comunicar com... (nome ou indicativo
de chamada ou ambos) diretamente (ou por
intermédio de...)
QSPQuer retransmitir gratuitamente a ... (nome ou indicativo de
chamada ou ambos)?
Vou retransmitir gratuitamente a ... (nome ou
indicativo de chamada ou ambos)
QSS Que frequência de trabalho vai utilizar?
Vou utilizar a frequência de trabalho ... kHz
[ou MHz (em ondas decamétricas (HF)
bastará, como regra geral, indicar os três
últimos algarismos da frequência)]
QSVDevo transmitir uma série de V (ou de sinais) para ajuste
nesta frequência [ou em ... kHz (ou MHz)]?
Transmita uma série de V (ou de sinais) para
ajuste nesta frequência [ou em ... kHz (ou
MHz)]?
QSWQuer transmitir na frequência atual [ou em ... kHz (ou MHz)]
(em emissão da classe ...)?
Vou transmitir na frequência atual [ou em ...
kHz (ou MHz)] (em emissão da classe...)
QSZ Devo transmitir cada palavra ou grupo várias vezes?Transmita cada palavra ou grupo duas vezes
(ou ... vezes)
QTA Devo anular o telegrama (ou a mensagem) número ...?Anule o telegrama (ou a mensagem) número
...
QTB Está de acordo com a minha contagem de palavras?
Não estou de acordo com sua contagem de
palavras. Repita a primeira letra de cada
palavra e o primeiro algarismo de cada
número
QTC Quantos telegramas têm para transmitir?Tenho ... Telegramas para você [ou para ...
(nome ou indicativo de chamada ou ambos)]
QTHQual é a sua posição em latitude e longitude (ou referente a
qualquer outra indicação)?
A minha posição é ... latitude ... longitude (ou
referente a qualquer outra indicação)
QTO Saiu do cais (ou do porto)? Saí do cais (ou do porto)
QTP Vai entrar no cais (ou no porto)? Vou entrar no cais (ou no porto)
QTR Qual é a hora exata? A hora exata é ...
QUM Posso recomeçar o trabalho normal (sem restrições)?Pode recomeçar o trabalho normal sem
restrições
QUZ Posso recomeçar o trabalho normal (com restrições)?Pode recomeçar o trabalho normal com
restrições
Abreviaturas do código Q mais utilizadas no serviço móvel marítimo
Notas:
As abreviaturas entre QAA e QNZ são exclusivas do Serviço
Aeronáutico;
As abreviaturas entre QOA e QUZ são exclusivas do Serviço Móvel
Marítimo;
As abreviaturas entre QRA e QUZ são utilizadas por todos os
serviços.
P á g i n a | 221
ANEXO 5: CÓDIGO FONÉTICO INTERNACIONAL 10.5.
P á g i n a | 222
ANEXO 6 – PROCEDIMENTOS PARA OBTER A CARTEIRA DE 10.6.
OPERADOR RÁDIO TELEFONISTA GERAL DA ANATEL.
A: Obtendo o material para estudo (Radioperador):
Vá ao endereço www.anatel.gov.br .. Comunicações via rádio,
Radiotelegrafista e Radiotelefonista;
Na tela que surge existirão três (3) documentos com os títulos:
Manual de questões - Legislação –Radiotelefonista e
Radiotelegrafista , de 15/12/2006;
Manual de questões: Conhecimento Técnico Radiotelefonista e
Radiotelegrafista, de 15/12/2006;
Manual de questões – Operação Radiotelefônica - Radiotelefonista e
Radiotelegrafista, de 15/12/2006.
Basta clicar sobre cada um deles e imprimir ou salvar.
B: Cadastrando o usuário:
Acessar o sistema SEC no caminho
http://sistemas.anatel.gov.br/sec/
Caso não seja cadastrado, preencher o CPF, e clicar em “Ainda não
sou cadastrado”.
Cadastrar os dados, como e-mail, identidade, CPF, telefones (fixo,
celular e fax) e endereço.
Ao final, clicar em CONFIRMAR.
Sua senha será enviada para o e-mail informado.
Retornar ao caminho http://sistemas.anatel.gov.br/sec/
Inserir o CPF e a senha recebida por e-mail e clicar em ENTRAR.
Se desejar corrigir os dados pessoais, clicar antes em “ALTERAR
MEUS DADOS”.
Importante: Não compartilhe sua identificação e senha com terceiros, pois
através delas poderão ser realizadas diversas transações junto à Anatel.
C: Inscrição para a prova:
Acessar o sistema SEC no caminho
http://sistemas.anatel.gov.br/sec/;
Inserir o CPF e a senha e clicar em ENTRAR;
Para descobrir as datas de provas agendadas, vá ao menu Agenda
>> Consultar;
Insira o período desejado para consulta (primeiro e último dias), a
UF
(estado) e clique CONFIRMAR;
Serão exibidas as datas disponíveis no período que vc informou;
Colocando o mouse sobre o ícone na última coluna vc será
informado sobre qual o tipo de prova será aplicada;
Procure pelas provas do tipo “CORTF” para Radioperador;
Escolha a data desejada;
P á g i n a | 223
Para realizar a inscrição na data selecionada, vá ao menu Inscrição
>>Incluir;
Preencha o CPF (se não vier preenchido), selecione a UF (estado) e
o tipo de certificado/categoria “Certificado de Operador
Radiotelefonista - Geral (ou restrito)”, conforme desejado;
Clique em CONFIRMAR;
Serão exibidas as datas disponíveis; Clique sobre a data desejada;
Clique OK na tela que solicita a confirmação do agendamento;
Compareça no dia e hora marcados com antecedência mínima de
30 minutos, levando caneta azul, senha de acesso ao sistema SEC,
documento de identidade e CPF. Os Estrangeiros devem apresentar
a carteira de identidade emitida pela Polícia Federal;
a) A não apresentação dos documentos de identificação
impossibilitará a realização da prova;
b) Para as provas feitas em computador, é imprescindível portar
a senha de acesso ao sistema SEC.
D: Verificando resultado da prova e gerando certificado:
Antes de iniciar esta etapa, desabilite o “bloqueador de pop-ups” ou
“filtro de pop-ups” em seu navegador internet;
Vá também ao menu: ferramentas .. opções da internet, na aba
segurança, botão “nível personalizado”, e marque todas as opções
da seção “Plug-ins e controles ActiveX” como ATIVAR ou
HABILITAR. Clique OK para confirmar em todas as janelas;
Após finalizada a realização da prova na ANATEL, acesse o sistema
SEC no caminho http://sistemas.anatel.gov.br/sec/;
Inserir o CPF e a senha e clicar em ENTRAR;
Vá ao menu Prova .. Resultado;
Preencha o CPF (se não vier preenchido) e selecione o tipo de
certificado como “Certificado de Operador Radiotelefonista”;
Clique sobre a data em que vc realizou a prova. Verifique o
resultado da prova e caso desejado clique em “SOLICITAR
CERTIFICADO”;
Confirme a inclusão do certificado;
Para emissão do boleto vá agora ao menu Certificado .. Certificar;
Preencha o CPF (se não vier preenchido) e selecione o tipo de
certificado como “Certificado de Operador Radiotelefonista”;
Verifique seus dados e clique em CONFIRMAR para gerar o boleto.
(Siga as orientações da tela);
Imprima o boleto:
Verifique antes se sua impressora está ligada e funcionando.
(sugestão: imprima uma página de teste qualquer para verificar);
Pague-o em qualquer agência bancária;
No dia seguinte ao pagamento continue na etapa “E”.
P á g i n a | 224
E: Imprimindo certificado (carteirinha):
No dia seguinte ao pagamento do boleto retorne ao sistema SEC
para impressão do seu certificado;
Vá ao menu Certificado .. Imprimir;
Verifique se sua impressora está ligada e funcionando. (sugestão:
imprima antes uma página de teste qualquer para verificar);
É necessário que esta impressora seja colorida e esteja em boas
condições de impressão;
Qualquer tipo de papel pode ser utilizado, embora um papel mais
resistente seja recomendado (tipo couché ou vergé);
Preencha o CPF (se não vier preenchido) e selecione o tipo de
certificado como “Certificado de Operador Radiotelefonista”;
Confirme a impressão do certificado e o certificado será impresso.
F: Se você possui algum outro dado cadastrado com erro:
Acessar o sistema SEC no caminho
http://sistemas.anatel.gov.br/sec/;
Inserir o CPF e a senha recebida por e-mail e clicar em ALTERAR
MEUS DADOS;
Altere as informações pessoais que desejar;
Ao final clique CONFIRMAR.
G: Se você perdeu ou não sabe sua senha:
Acessar o sistema SEC no caminho
http://sistemas.anatel.gov.br/sec/;
Inserir o CPF e clicar em ESQUECI MINHA SENHA;
Uma nova senha será enviada ao e-mail do seu cadastro.
H: Se não tem ou não sabe o e-mail cadastrado na Anatel:
Primeiramente você precisará ter um endereço de e-mail;
Com este endereço em mãos, preencha o Requerimento apropriado,
assinalando a opção ALTERAÇÂO, e informando o endereço de e-
mail desejado (além dos demais dados);
Não esqueça de assinar;
Envie o documento para a Anatel, acompanhado de cópia
autenticada da Identidade e CPF.
I: Obtendo 2ª via do certificado:
Acessar o sistema SEC no caminho
http://sistemas.anatel.gov.br/sec/;
Inserir o CPF e a senha (ver acima como recuperar senha perdida);
Vá ao menu Certificado .. Segunda via.
Preencha o CPF (se não vier preenchido), selecione o tipo de
certificado como “Certificado de Operador Radiotelefonista” ou
“Certificado de Operador de Estação de Radioamador” e clique
CONFIRMAR;
P á g i n a | 225
verifique os dados na próxima tela e solicite a geração da 2ª via
clicando no botão apropriado;
Será gerado boleto referente à taxa de 2ª via do certificado.
Imprima-o e realize o pagamento em qualquer agência bancária;
No dia seguinte ao pagamento do boleto, para impressão do
certificado siga as orientações descritas em “Imprimindo certificado
(carteirinha)”.
J: Problemas com a impressão do boleto ou licença (mensagem de
“componente de impressão” não instalado):
Desabilite o “bloqueador de pop-ups” ou “filtro de pop-ups” em seu
navegador internet;
Vá também ao menu: ferramentas .. opções da internet, na aba
segurança, botão “nível personalizado”, e marque todas as opções
da seção “Plug-ins e controles ActiveX” como ATIVAR ou
HABILITAR. Clique OK para confirmar em todas as janelas;
Finalize com OK para todas as janelas até retornar à tela do
sistema SEC;
Realize novamente os procedimentos de impressão de boleto ou
licença.
Fone: Central de informações da ANATEL (1331)
P á g i n a | 226
ANEXO 7 – REGIMENTO DE BANDEIRAS DO CIS. 10.7.
P á g i n a | 227
P á g i n a | 228
P á g i n a | 229
ANEXO 8 – PROCEDIMENTOS PARA CANCELAR ALARMES FALSOS. 10.8.
P á g i n a | 230
No CES PAÍSREGIÕES
OCEÂNICASMRCC ENDEREÇO DETALHES PARA CONTATO
Australian Maritime Safety
Authority,Tel: +61 2 6230 6811
Level 3, 25 Constitution Ave Fax: +61 2 6230 6868
GPO Box 2181 E-Mail: [email protected]
Canberra, ACT 2601
Australia
AOR-E (M)RCC Gris-Nez CROSS Gris-Nez Tel: +33 3 21 87 21 87
AOR- W (SARNET*) Audinghen Fax: +33 3 21 87 78 55
IOR F-62179 WISSANT Telex:+42 130680 CROSS GN
France E-Mail: [email protected]
Inm C: 422799256
IOR 11 Jianguomennei Ave Tel: +86 10 652 92221
POR Beijing Fax: +86 10 652 92245
China 100736 Telex: +85 222258 CMSAR CN
E-Mail: [email protected]
AOR-E (J)RCC Den
HelderNetherlands Coastguard Tel: +31 9 000 111, +31 223 542 300
AOR-W (SARNET*) P.O.Box 10000 Fax: +31 223 658 358
IOR Den Helder 1780 CA Tlx: +44 71088 KUSTW NL
The Netherlands E-Mail: [email protected]
AOR-E (J)RCC Stavanger Sikkringbygget Tel: +47 515 17000, +47 516 46000
AOR-W (SARNET*) Sola N-4050 Fax: +47 516 52334
IOR Norway Tlx: +56 33163 RCCS N
E-Mail: [email protected]
AOR-E Bezeq, NETS/Transmissions Tel: +972 4 869 9016
IOR Northern Dev. Fax: +972 4 869 9017
Solel Bobe Building Tlx: n/a
Huir 1, Haifa E-Mail: [email protected]
Israel
AOR-E Italian Coast Guard Tel: +39 6 592 3569/4145
IOR Viale dell’Arte, 16 Fax: +39 6 592 2737/590 84793
Rome I-00144 Tlx: +43 611172, 61456 COGECAP I
Italy E-Mail: [email protected]
AOR-E (M)RCC Falmouth HMCG Tel: +44 1326 317575
AOR-W (SARNET*) Pendennis Point Fax: +44 1326 315610
IOR Castle Drive Tlx: +51 45126 UKMRCC G
Falmouth, Cornwall E-Mail: [email protected]
TR11 4WZ,UK
IOR 5th Floor, Vinamarine Building Tel: +84 4 768 3050
POR No 8, Phan Hung Str. Fax: +84 4 768 3048
Mai Dich Ward Tlx: +805 311282
Cau Giay District, E-Mail: [email protected]
Hanoi, Vietnam
IOR Korea Coast Guard, Tel: +82 32 8352352
POR 3-8 Songdo-Dong, Fax: +82 32 8589595
Yeonsu-Gu, Tlx: +801 24920 ROKNP K
Incheon 406 741 E-Mail: [email protected]
Republic of Korea
123 Rue Tripoli Hussein Dey Tel: +213 21 853256
BP-428 Fax: +213 21 853260
Alger, E-Mail:[email protected]
Algeria
11 Lakhadaria Algeria AOR-E RCC D’Alger
9 Hai Phong Vietnam RCC Vietnam
10 Kumsan S. Korea
KOMCC (Korea
Mission Control
Center)
7 Fucino Italy (M)RCC Rome
8Ex Goonhilly
@ BurumNetherlands
Eik Norway
6 Emeq Haela IsraelHaifa Coast Radio
Station
1 Auckland New Zealand POR RCC Australia
2 Aussaguel France
3
4 BurumThe
Netherlands
5
Beijing China (M)RCC China
ANEXO 9 – LISTA DE CENTROS DE COORDENAÇÃO DE 10.9.
SALVAMENTO MARÍTIMO (MRCCS).
P á g i n a | 231
State Maritime Rescue
Co‑ordination CentreTel: +7 4232 495522, 227782
Nizhne-Portovaya Str. 3 Fax: +7 4232 495895
Vladivostok 690019 Tlx: +64 213115 MRF RU
Russian Fed. E-Mail: [email protected]
AOR-EState Maritime Rescue
Co‑ordination CentreTel: +7 495 626 1052
IOR Bldg 1, Fax: +7 495 6926 7476
1 Rozhdestvenka Str. E-Mail: [email protected]
Moscow 109012
Russian Fed.
IORAustralian Maritime Safety
Authority,Tel: +61 2 6230 6811
POR Level 3, 25 Constitution Ave Fax: +61 2 6230 6868
GPO Box 2181 E-Mail: [email protected]
Canberra, ACT 2601
Australia
AOR-EPolish Maritime Search and
Rescue ServiceTel: +48 58 6610196 +48 58 4985745
IOR P.O. Box 186 Fax: +48 58 6610197
10 Hryniewickiego Str. Tlx: +63 54262 RCC PL
81-340 Gdynia E-Mail: [email protected]
Poland
Indian Coast Guard Region
WestTel: +91 22 2431 6558
Golfa Devi Temple Road Fax: +91 22 2431 6558 (same number)
Prabha Devi Post Tlx: +81 1171381 BMCG IN
Mumbai 400025 E-Mail: [email protected]
India
Pac Area Command Central Tel: +1 510 4373700
Building 51-2, Coast Guard
IslandFax: +1 510 437 3017
Alameda CA 94501-5100 Tlx: +230 172343 AAB CG ALDA
USA E-Mail: [email protected]
IOR POCC,21st Storey, Tel: +65 622 65539, 632 52493, 632 52394
POR Tanjong Pagar Complex Fax: +65 622 79971, 622 45776
7B Keppel Rd. Tlx: +87 20021 RS20021
Singapore 089055 E-Mail: [email protected]
Singapore
AOR-E Commander (ACC) Tel: +1 757 3986321
AOR-W Atlantic Area Fax: +1 757 3986392
US Coast Guard Tlx: +230 127775 USCG RCC NYK
431 Crawford St. E-Mail: [email protected]
Portsmouth VA 23704
USA
Comando de Operações
NavaisTel: +55 21 21046056
Salvamar Brasil Fax: +55 21 21046038
Praça Barão de Ladário S/N Inmarsat C: 471009910
Edificio Almirante Tamandaré E-Mail: [email protected]
7º Andar
Rio de Janeiro R.J.
CEP: 20.091-000
Ministry of Mercantile Marine Tel: +30 210 411 2500, 422 0772
150 G Lambraki Ave Fax: +30 210 413 2398, 411 5798
Piraeus GR 185 18 Tlx: +601 0211588 RCC GR,
Greece + 601 0211254 RCC GR
E-Mail: [email protected]
IOR Operations Centre Tel: +81 3 359 19000
POR2-1-3 Kasumigaseki Chiyoda-
kuFax: +81 3 358 18701
Tokyo 100-8918 E-Mail: [email protected]
Japan
21 Thermopylae* Greece AOR-E (J)RCC Piraeus
22 Yamaguchi JapanJapan Coast
Guard
19 Southbury USA USCG Norfolk
20 Aussaguel Brazil AOR-E(M)RCC Brasil
SALVAMAR
17 Santa Paula USA POR USCG Alameda
18 Sentosa SingaporePort Operations
Control Centre
15 Psary Poland (M)RCC Gdynia
16 Pune India IOR (M)RCC Mumbai
13 Nudol Russian Fed. SMRCC Moskva
14 Perth Australia RCC Australia
12 Nakhodka Russia PORMRCC
Vladivostok
P á g i n a | 232
ANEXO 10 – GUIA DE OPERAÇÃO GMDSS PARA 10.10.
COMANDANTES EM EMBARCAÇÕES EM SITUAÇÕES DE
SOCORRO.
P á g i n a | 233
ANEXO 11 - GUIA PARA COMANDANTES QUANDO OUTRO 10.11.
NAVIO ESTIVER EM PERIGO.
P á g i n a | 234
ANEXO 12 - AÇÕES DE UMA EMBARCAÇÃO QUANDO RECEBE UM 10.12.
DISTRESS EM VHF OU MF (DSC).
P á g i n a | 235
ANEXO 13 - AÇÕES DE UMA EMBARCAÇÃO QUANDO RECEBE UM 10.13.
DISTRESS EM HF (DSC).
P á g i n a | 236
GLOSSÁRIO 11.
A
AAIC – Código de identificação da autoridade de cobrança.
ACK – Acknowledgement - recibo
ADE – equipamento acima do convés – referente ao INMARSAT.
AGC – Controle automático de ganho, usado para variar a amplificação da rádio
frequência no receptor para sintonizar o sinal em um nível usável.
AIS-SART – Sistema de Identificação Automático- Transmissor de Busca e
Salvamento.
AJB – Águas Jurisdicionais Brasileiras.
AM – Modulação da frequência em amplitude.
AMVER – Sistema de acompanhamento automático de navios com a finalidade
de assistência e busca operado pela guarda costeira americana, para qualquer
navio de 1000 toneladas brutas e acima em viagem com período maior que 24
horas, de e para qualquer lugar no globo.
AOR-E – Região Leste do Oceano Atlântico, coberta pelo Satélite INMARSAT.
AOR-W – Região Oeste do Oceano Atlântico, coberta pelo satélite INMARSAT.
ARQ – Solicitação automática para repetição. Processo de correção de erro
usado entre duas estações no modo telex.
ASC II – troca de informação por código padrão americano. Caractere
alfanumérico padrão baseado em códigos de 7 bit no modo telex.
ATU – Unidade de Sintonia Automática da antena; usada para “casar” as
características da antena com os estágios amplificadores do sinal em um
transmissor/receptor.
AUSREP – Sistema de acompanhamento de navios, similar ao AMVER, operador
pela marinha australiana.
B
BAUD – Medida da velocidade de transferência das mensagens na forma binária
(1 baud = 1 bit/seg).
BDE – equipamento abaixo do convés – referente ao INMARSAT
Bit – a unidade básica das comunicações digitais; pode ser 1 ou 0. O sistema
INMARSAT- C, por exemplo, usa diferentes formatos de bit.
BPS_ Bits por segundo – unidade de medida de velocidade ou transferência de
dados através de um sistema. O sistema INMARSAT – C correntemente usa 600
bps para transferir dados pela ligação por satélite.
Byte – Um byte é comprimido em oito bits. Dependendo das circunstâncias, um
byte pode representar um caractere alfanumérico, ou uma informação numérica
coletada por um terminal, ou dados de sinalização usados pelo sistema
INMARSAT-C. Tipicamente, no sistema INMARSAT-C, quinze bytes são contidos
em um pacote.
C
CCIR – Comitê Consultivo Internacional de Radiocomunicação.
P á g i n a | 237
CES – Estação Costeira Terrena – estação costeira que participa das
comunicações no serviço móvel marítimo por satélite. Também conhecida como
LES (estação terrena terrestre).
CG – Guarda Costeira.
Ch – Canal.
CINDACTA – Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo.
CIRM – Comitê Marítimo Internacional de Radiocomunicação.
CLARIFIER – Um controle de sintonia fina que permite uma sintonia exata de
um sinal requerido, especialmente em receptores em banda lateral simples
(SSB).
CMC – centro de controle da missão do satélite COSPAS em Moscou.
COSPAS – Sistema espacial para busca a navios em perigo, administrado pelos
russos e que opera em conjunto com o sistema SARSAT, americano.
CRS – Estação costeira rádio.
CSS – Coordenador da busca de superfície.
D
DNIC – Código de identificação da rede de dados.
DNID – código de identificação da rede de informações de dados.
DSC – Chamada seletiva digital.
E
EGC – Chamada em grupo concentrado – Os serviços proporcionados pelo
sistema INMARSAT-C são: EGC SafetyNet, EGC FleetNet e sistema INMARSAT de
mensagens;
EGC FleetNet – Este serviço é proporcionado por provedores de informação,
que distribuem informações comerciais para SES pertencentes a um grupo
FleetNET, identificados por um único código de acesso (ENID);
EGC Receive Capability – É a capacidade proporcionada na SES com
equipamento INMARSAT-C classe 2 ou classe 3, para receber radiodifusões EGC;
EGC SafetyNET – Este serviço é proporcionado por provedores de informação
SafetyNET para distribuir informações de segurança marítima (MSI) para as SES
equipadas com capacidade de recepção EGC;
ELT – Transmissor localizador de emergência, usado nas aeronaves e que opera
com o sistema COSPAS-SARSAT;
E-mail – Correio eletrônico – é um sistema global de manuseio de mensagens
onde assinantes de serviços comerciais de E-mail podem trocar mensagens e
arquivos de dados eletrônicos entre computadores.
Serviços de E-mail são proporcionados por algumas CES INMARSAT-C e por
algumas organizações privadas. O acesso aos serviços de E-mail pode ser pelas
redes PSTN ou PSDN;
ENID – Código de identificação da rede EGC FleetNET;
EPIRB – Baliza radioindicadora de posição em emergência;
Enlace por satélite – enlace radioelétrico efetuado entre uma estação terrena
transmissora e uma estação terrena receptora, por meio de satélite;
ETA – Hora estimada de chegada.
P á g i n a | 238
ETD – Hora estimada de partida.
F
FAX – Abreviatura de fac-símile, um equipamento usado para transmitir uma
cópia fac-símile de um documento original. O sistema INMARSAT-C é limitado na
direção bordo-para-terra, permitindo a SES enviar mensagem de texto somente
(sem figuras e gráficos para um terminal fax em terra);
FEC – Correção de erro anterior. Técnica de correção de erros em radiotelex,
quando em radiodifusão;
FM – Frequência modulada;
Footprint – a área de superfície da Terra (mar e terra) dentro da qual uma
antena pode obter comunicações em linha de visada com um satélite. No
sistema INMARSAT esta área corresponde a uma região oceânica. É também
conhecida como área de cobertura;
FOT – Frequência ótima de trabalho;
FSK – Mudança de frequência por chaveamento;
Fx – Frequência;
G
Gateway – É a interligação entre sistemas de comunicação, tal como o sistema
INMARSAT-C e redes de telecomunicações nacionais / internacionais;
GHz – Gigahertz;
GLONASS – Sistema de navegação global por satélite. Proporciona informações
tridimensionais de posição, velocidade e hora, disponível para uso civil e
reconhecido pela IMO, usando satélites russos;
GMDSS – Global Maritime Distress and Safety System;
GMT – hora média de Greenwich. O mesmo que HMG;
GOC – certificado de Radioperador geral, que certifica a competência para
operar equipamentos dentro do GMDSS;
Gold Franc (GF) – É a moeda nominal usada pelas CESs e Autoridades de
Cobrança para calcular as taxas de comunicação efetuadas por uma SES. Um
índice fixado de troca existe entre o GF e a moeda nominal (SDR). 1 SDR =
3,061 GF;
GPS – Sistema de posicionamento global – proporciona informações
tridimensionais de posição, velocidade e hora, disponível para uso civil e
reconhecido pela IMO, usando satélites americanos.
H
H – Hora (s);
H24 – Serviço contínuo em todo o dia;
HF – Alta frequência;
HJ – Somente serviço diário;
HN – Somente serviço noturno;
Homing Signals – Sinais transmitidos por um navio em socorro ou uma
embarcação de sobrevivência, a fim de fornecer a marcação para os navios e
aeronaves que estão na busca. A EPIRB do COSPAS-SARSAT 406/121, 5 MHz,
transmite sinais “homing” em 121,5 MHz na altura da troposfera;
P á g i n a | 239
Hz – Hertz;
I
ICAO – Organização Internacional de Aviação Civil;
IHO – Organização Hidrográfica Internacional;
IMN- número do equipamento INMARSAT, constituído de nove dígitos;
IMO – Organização Marítima Internacional;
INMARSAT – Organização cooperativa que inclui cerca de 60 países,
estabelecida pela convenção da Organização Internacional de Comunicações
Móveis por Satélite;
Int – Internacional;
IOR – Região do Oceano Índico, coberta pelo satélite INMARSAT;
IPSS – Sistema Internacional de comunicação por pacotes de dados;
ISDN- Rede Internacional Comutada de Dados;
ISL – Ligações de sinalização entre estações. Estes canais de sinalização são
usados entre uma NCS e as CESs em uma região oceânica para passar
informações do sistema;
ITU – União Internacional de Telecomunicações.
J
JASREP – Sistema de informação de posição de navios. Similar ao AMVER,
porém operado por autoridades japonesas.
K
Kbyte – 1024 bits ou 128 caracteres;
kHz – KiloHertz;
KW – Kilowatts;
L
LCD – Mostrador a cristal líquido;
LES – Estação terrena terrestre – O mesmo que CES;
LF - Baixa frequência;
Localização - É a descoberta de navios, aeronave, unidades ou pessoas em
perigo;
Log-in – É a ação executada por uma SES INMARSAT-C para informar a NCS
em uma região oceânica que a SES está disponível para comunicações;
LUT – Terminal do Usuário Local – é uma estação de recepção terrena que
recebe dados de alerta provenientes dos satélites do sistema COSPAS-SARSAT,
obtidos de uma EPIRB 406 MHz; calcula a posição da baliza, processa e checa o
código de informação da mesma e encaminha para o MCC associado, os
resultados obtidos;
LT – Hora local;
P á g i n a | 240
M
MCC – Centro de controle da missão – elemento terreno do sistema COSPAS-
SARSAT que recebe os elementos de um dado de alerta proveniente de uma LUT
e distribui para as autoridades SAR;
MRCC – Centro de coordenação de salvamento marítimo;
MF – Média frequência;
MHz – MegaHertz;
MID – Dígitos de identificação marítima;
MMSI – Código identificador de chamada seletiva no serviço móvel marítimo;
MUF – Máxima frequência usável.
N
NAVAREA/METAREA – Uma das 21 áreas marítimas fixas, definidas pela IMO,
em que os oceanos em todo o mundo foram divididos para a disseminação dos
avisos aos navegantes e meteorológicos;
NAVTEX – Sistema de telegrafia com impressão direta em banda estreita que
transmite em 518 kHz, 490 kHz e 4209,5 kHz avisos aos navegantes, avisos
meteorológicos e informações urgentes para os navios;
NBDP – Impressão direta em banda estreita;
NCC – Centro de Controle da Rede, localizado na sede do INMARSAT, em
Londres, que se comunica com as NCSs em cada região oceânica, tornando
possível a transferência de informação através do sistema INMARSAT. Também
conhecido como Centro de Controle de Operações (OCC);
NCS – Estação coordenadora da rede (INMARSAT);
NM – Navio mercante ou também pode significar notícias para os navegantes;
O
OCC _ Centro de Controle de Operações do sistema INMARSAT;
OSC – Comandante da cena de ação.
P
Par de Frequências – São frequências associadas em pares; cada par consiste
de uma frequência de transmissão e outra de recepção. Empregado no sistema
duplex em forma de canal;
Petrechos- Quaisquer objetos necessários à execução de algo. O mesmo que
apetrechos;
PLB – Baliza localizadora de pessoas. Usada na parte terrestre para operar com
o sistema COSPAS-SARSAT;
POR – Região do Oceano Pacífico, coberta pelo satélite INMARSAT;
Posicionamento – Estabelecimento de um local geográfico de uma unidade em
perigo (normalmente expresso em graus e minutos em latitude e longitude);
PREPS – Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por
Satélites;
Protocolo – um conjunto de regras padronizadas estabelecidas para completar-
se uma troca de informações;
PSDN – Rede pública de dado comutada;
P á g i n a | 241
PSTN – Rede pública de telefone comutada;
PTS – Proceder à seleção (discagem);
PTT – Pressione para falar.
R
RCC – Centro de Coordenação de Salvamento. No Brasil é conhecido como
Salvamar Brasil;
RENEC – Rede nacional de estações costeiras, administrada pela Embratel;
RF – Rádio frequência;
Rx – Receptor;
S
SAR – Busca e Salvamento;
SARSAT – Satélite auxiliador no acompanhamento da busca e salvamento;
SART – Transponder radar de busca e salvamento que opera na banda de 9
GHz. Equipamento usado para auxiliar na localização;
SATNAV – Sistema de navegação por satélite;
SDR – Direito de cobrança especial;
SES – estação terrena de navio. Um terminal INMARSAT conduzido a bordo de
navio;
Serviço fixo por Satélite – Serviço de radiocomunicação entre estações
terrenas situadas em pontos fixos determinados, quando se utilizam de um ou
mais satélites;
Serviço de Operações Portuárias – Serviço móvel marítimo em um porto ou
em suas imediações, entre estações costeiras e estações de navio, ou entre
estações de navios, cujas mensagens se refiram unicamente nas operações,
movimentos e segurança dos navios e em caso de urgência, na salvaguarda das
pessoas;
Serviço de Radiodifusão por Satélite – Serviço de radiocomunicação através
da utilização de um ou mais satélites, cujas emissões se destinam a ser
recebidas diretamente pelo público em geral. Tal serviço abrange emissões
sonoras, de televisão ou de outros gêneros;
Serviço de Radiocomunicação – Serviço que implica na emissão ou na
recepção de ondas radioelétricas para fins específicos de telecomunicação;
Serviço entre Satélites – Serviço de radiocomunicação que estabelece enlace
entre satélites artificiais da Terra;
Serviço Móvel Marítimo – serviço móvel entre estações costeira e estações de
navio e entre estações de navio;
Serviço Móvel Marítimo por Satélite – Serviço de radiocomunicação entre
estações terrenas costeiras (CES) e estações terrenas de navios (SES), quando
se utilizam um ou mais satélites;
SIMMAP - Sistema de Monitoramento Marítimo de Apoio às Atividades do
Petróleo;
Sistema de Satélite – Sistema espacial que compreende um ou vários satélites
artificiais da Terra;
SIMPLEX – Sistema que usa a mesma frequência para transmissão e recepção;
P á g i n a | 242
SISTRAM – Sistema de informações sobre o tráfego marítimo;
SOLAS – Convenção para a salvaguarda da vida no mar;
SRR – Região de busca e salvamento;
STCW – convenção internacional em padrões de certificação de treinamento e
manutenção de escuta para os homens do mar;
Strobe Light – Uma luz que pisca com alta intensidade como na EPIRB e SART;
T
TC- Transceptor; possui unidade de transmissão e recepção no corpo do
equipamento. Exemplo: celular;
TDM- Múltipla Divisão de Tempo. Processo pelo qual múltiplos sinais podem
compartilhar o mesmo canal de comunicações, em que cada um usa uma
diferente estrutura de tempo. Usado para controle do sistema INMARSAT e
transferência de mensagem para as SESs;
TDMA- Acesso por Múltipla Divisão de Tempo. Processo pelo qual as SESs
comunicam-se com as CESs ou NCSs;
Telecomunicação – toda transmissão, emissão ou recepção de símbolos,
sinais, imagens, sons ou informações de qualquer natureza por métodos
elétricos, métodos radioelétricos, meios óticos ou outros sistemas
eletromagnéticos;
Tentativa de Chamada – Uma ou limitado número de sequências de chamadas
dirigidas para a mesma estação ou chamada geral (em caso de socorro), em
uma ou mais frequências e dentro de um relativo curto período de tempo
(alguns minutos). É considerada sem sucesso se não houver recibo naquele
período;
THz – Terahertz. Faixa de frequências de 300 GHz a 3000 GHz;
Transponder - A peça de um equipamento que responde a algum tipo de
interrogação, tal como o SART;
Tx – Transmissor.
U
USCG – Guarda costeira dos Estados Unidos;
UT – Tempo universal;
UTC – Tempo coordenado universal – por propósitos práticos tem o mesmo
significado de hora média de Greenwich (HMG);
V
VDU – Unidade mostradora visual;
VHF – Muito alta frequência;
VLF – Muito baixa frequência;
VTS – Serviço de tráfego de navios;
W
W – Watt ( unidade de potência);
WARC – Conferência radio administrativa mundial;
WHIP – Antena tipo chicote;
P á g i n a | 243
WMO – Organização meteorológica mundial;
WRU – “Quem é você?” – um sinal de telex usado para obter o sinal de retorno
de um assinante telex distante;
WWNWS – Um serviço estabelecido pela IMO e IHO com o propósito de
coordenar as transmissões rádio de avisos aos navegantes e outras informações
necessárias em determinadas áreas geográficas.
X
X. 25 – É um protocolo de comunicação usado nas redes PSDN nacionais /
internacionais para troca de dados digitais entre terminais conectados com elas;
X. 400 – É um protocolo de manuseio de mensagem usado nas redes X.25
(PSDN) nacionais / internacionais pelos serviços de correio eletrônico (E-mail)
em todo o mundo para troca de mensagens e arquivos eletrônicos entre
assinantes.
Z
ZEE – Zona Econômica Exclusiva.
2 – Digit Codes – São códigos especiais de acesso em radiotelex e
radiotelefonia no sistema INMARSAT.
BASES ELETRÔNICAS DE DADOS 12.
Diretoria de Portos e Costas: www.dpc.mar.mil.br
Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo:
www.comcontram.mar.mil.br
Centro de Coordenação de Salvamento Marítimo do Brasil:
www.salvamarbrasil.mar.mil.br
Organização COSPAS-SARSAT: www.cospas-sarsat.org
União Internacional de Telecomunicações: www.itu.int
Organização Marítima Internacional: www.imo.org
Organização INMARSAT: www.inmarsat.com
USA Coast Guard: www.navcen.uscg.gov
Organização Marine Traffic : www.marinetraffic.com/ais
Agência Nacional de telecomunicações: www.anatel.gov.br
BIBLIOGRAFIA 13.
ADMIRALTY LIST OF RADIO SIGNALS, Vol. 5, 2006/07. BRASIL, Marinha do – Diretoria de Portos e Costas. Normas da Autoridade
Marítima para Tráfego e Permanência de Embarcações em Águas Jurisdicionais Brasileiras – NORMAM-08. RJ: DPC, 2003.
BRASIL, Marinha do - Diretoria de Portos e Costas. Ensino profissional marítimo,
EROG. RJ: DPC, 2011.
P á g i n a | 244
INMARSAT. Maritime Communication Handbook. London, 1995.
International Aeronautic Maritime Search and Rescue Manual. Vol. III.
(IAMSAR). London: IMO, 2005. International Code of Signals (CIS). London: IMO, 2005.
International Convention on the Safety of Life at Sea 1974 (SOLAS)
Amendments. London: IMO, 2006. INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION. GMDSS Handbook. London: IMO,
1995.
International SafetyNet Manual. London: IMO, 2003. INTERNATIONAL TELECOMMUNICATION UNION. Manual for use by the Maritime
Mobile and Maritime Mobile-Satellites Services. Geneva, 2005.
List of Call Signs and Numerical Identities of Stations used by the Maritime Mobile and Maritime Mobile-Satellite Services. Geneva, 2003.
List of Coast stations. Geneva, 2008.
List of Radiodetermination and Special Service Stations. Geneva, 2008.
Map of Coast Stations open to Public Correspondence. Geneva, 1994. Maritime Safety Information (MSI) Manual. London: IMO, 2003.
Maritime Search & Rescue Administration. London: IMO, 2003.
Model Course 1.25. General Operator’s Certificate for the Global Maritime
Distress and Safety System. London: IMO, 2004.
NAVTEX Manual. London: IMO, 2005.
Operational Use of AIS. London: IMO. 2006.
Radio Regulations. Geneva, 2008.
Standard Marine Communication Phrases (SMCP). London: IMO, 2002. UNITED KINGDOM HYDROGRAPHIC OFFICE. Admiralty List of Radio Signals
(ALRS) Volume 5 GMDSS. United Kingdom, 2006/2007.
UNITED STATES OF COAST GUARD. U.S. GMDSS Model Courses. New York, 1998.
P á g i n a | 245
CROG – CURSO DE RADIOPERADOR
EM GMDSS
Exercícios
EXERCÍCIO 14.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPÍTULO 1 14.1.
01) Qual é a faixa de frequência principal para comunicações por onda celeste de longa
distância no período diurno?
a) 4 – 30 MHz.
b) 300 – 4000 kHz.
c) 30 – 300 MHz.
d) 3 – 30 MHz.
02) Qual é a faixa de frequência VHF?
a) 4 -30 MHz.
b) 300 - 4000 kHz.
c) 30-300 MHz.
d) 3 -30 MHz.
03) Qual é a faixa de frequência que possui propagação terrestre apenas no período
diurno?
a) 4 -30 MHz.
b) 300 - 4000 kHz.
c) 30-300 MHz.
d) 3 -30 MHz.
04) Quais das opções abaixo são tipos de modulação?
a) AMPLITUDE, FASE, FREQUENCIA.
b) TRANSMISSOR, RECEPTOR e RUÍDO.
c) AMPLITUDE, FASE, VOLTAGEM.
d) HZ, KHZ e MHZ.
05) Informe os tipos de modulações e comente sobre cada um:
_______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
06) Informe o tipo de modulação que utiliza o equipamento:
VHF Portátil:______________________________________________________
SART: __________________________________________________________
EPIRB:__________________________________________________________
MF/HF (SSB):_____________________________________________________
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Radiotelex NBDP:__________________________________________________
Navtex: __________________________________________________________
07) faça uma ligação entre equipamento e faixa de frequência (pode ser utilizado varias frequências para um mesmo equipamento).
SART VHF
EPIRB MF
NAVTEX HF
RADIOTELEX SHF
AIS-SART UHF
INMARSAT LF
COSPAS-SARSAT EHF
08) Navios equipados com GMDSS serão requeridos a executar quais tipos de
comunicação:
a) NAVIO - TERRA
b) NAVIO - NAVIO
c) TODAS AS ANTERIORES
d) NENHUMA
09) Quantos tipos de comunicações existem, quais são e qual é a mais importante explicando o por quê?
_______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
10) Cite informações sobre os seguintes equipamentos:
MF
MODULAÇÃO:
PROPAGAÇÃO:
COBERTURA GEOGRÁFICA:
FAIXA DE FREQUENCIA:
FREQUÊNCIA DE CHAMADA (VOZ):
(DADOS):
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HF
MODULAÇÃO:
PROPAGAÇÃO:
COBERTURA GEOGRÁFICA:
FAIXA DE FREQUENCIA:
FREQUÊNCIA DE CHAMADA (VOZ):
(DADOS):
VHF
MODULAÇÃO:
PROPAGAÇÃO:
COBERTURA GEOGRÁFICA:
FAIXA DE FREQUENCIA:
FREQUÊNCIA DE CHAMADA (VOZ):
(DADOS):
11) Comente em poucas palavras em um processo de transmissão o que seria:
Linha de Transmissão:_______________________________________________
_________________________________________________________________
Impedância:_______________________________________________________
_________________________________________________________________
Perdas:___________________________________________________________
_________________________________________________________________
Reflexão:__________________________________________________________
_________________________________________________________________
Radiação Eletromagnética:____________________________________________
_________________________________________________________________
12) Cite os modos de propagação de ondas e dê um exemplo de transmissão em cada modo:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
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13) Um Rádio Operador estava na Bacia de Campos guarnecendo sua estação GMDSS. Por volta de 10:00 hs UTC ele ligou seu NAVTEX na freq. 518 kHz no intuito de receber
mensagens, porem ele não obteve sucesso imediato. Por volta de 20:00 UTC chegou uma mensagem da estação Buenos Aires. Por que o operador não obteve sucesso imediato no recebimento da mensagem pelo NAVTEX? Explique fundamentando a
resposta em propagação de ondas.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________
14) Defina:
Reflexão:__________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________
Refração:__________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________
Difração:_________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPÍTULO 2 14.2.
15) Qual das seguintes opções é tipo de fonte energia?
a) Reserva
b) Emergência
c) Principal
d) Todas acima
16) Qual o período deve ser respeitado para realização de teste de blackout na fonte de energia de uma embarcação que possui fonte de emergência.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
17) Se tratando de uma embarcação que possui fonte de emergência. Quanto tempo no mínimo a bateria deve ter de autonomia?
_______________________________________________________________________
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18) Defina bateria Primária e Secundária dando exemplo de um equipamento para cada tipo.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
19) Correlacione:
( ) VHF DSC
( ) INM-B ( 1 ) OMNIDIRECIONAL
( ) MF/HF SSB
( ) INM-C
( ) VHF PORTÁTIL
( ) SART
( ) INM-FLEET 77
( ) AIS-SART
( ) INM-M ( 2 ) DIRECIONAL
( ) EPIRB
20) Sua embarcação precisa enviar um alerta de socorro pelo sistema INMARSAT e começou a adernar, qual o equipamento do sistema INMARSAT você deve utilizar para enviar o alerta? Explique por quê?
_______________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________________________________________________
21) Qual seria o tamanho físico de uma antena que irradia uma frequência na banda de
100 MHz?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
22) O que deve ser feito para alcançar maiores distâncias em uma transmissão:
VHF: _____________________________________________________________
MF: ______________________________________________________________
HF: ______________________________________________________________
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P á g i n a | 251
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 3 14.3.
23) As estações INM SES e CES/LES, correspondem respectivamente a:
a) Segmentos espacial e terrestre
b) Segmentos móvel e espacial
c) Segmentos móvel e terrestre
d) Nenhuma acima
24) O INMARSAT é um sistema que pode ser usado para:
a) DISTRESS
b) Comunicação
c) Localização
d) Todas acima
25) O sistema formado por satélites em órbita geoestacionária que é utilizado para
realização de comunicações gerais e de emergência chama-se:
a) Safetynet
b) INMARSAT
c) Beacons
d) Cospas-sarsat
26) Em se tratando de uma ligação do INMARSAT-C, na opção dados, com a embarcação
navegando no atlântico oeste e sendo americana o padrão é:
a) 00870436612345#
b) 00584671012345#
c) 00870336612345#
d) 00584436612345#
27) Qual dos seguintes números é apropriado para uma chamada a um terminal INMARSAT-C para um navio logado no AOR-E?
a) 00582425064239#
b) 00581495064239#
c) 00581432264239#
d) 00581772506423#
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28) Qual das opções abaixo deverá ser utilizada para enviar comunicações através de voz, via INMARSAT - FLEET “77, corretamente formatado para um navio trafegando no
POR?
a) 00872765029270#
b) 00582315029271#
c) 00870601002923#
d) 00584415502924#
29) Monte uma ligação no INMARSAT-C, para um navio trafegando no Brasil, que recebe MSI através da LES Burum cujo número INMARSAT é: 471010101
_______________________________________________________________________
30) Monte uma ligação de vídeo conferência para um navio americano trafegando próximo a costa leste da Austrália.
_______________________________________________________________________
31) Defina o sistema INMARSAT:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
32) Cite os nomes dos satélites geoestacionários INMARSAT´s e suas limitações geográficas:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
33) Em caso de Pirataria devemos pedir socorro utilizando qual sistema do GMDSS? Por quê?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________
34) Informe o que é o sistema EGC, com qual equipamento ele funciona e para que serve?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________
35) Sua embarcação foi invadida por homens armados e começou a adernar, qual o equipamento você deve utilizar para pedir socorro? Explique por que?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________
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EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 4 14.4.
36) Defina:
Área A1: ________________________________________________________
_______________________________________________________________
Área A2: ________________________________________________________
_______________________________________________________________
Área A3: ________________________________________________________
_______________________________________________________________
Área A4: ________________________________________________________
_______________________________________________________________
37) Qual a área marítima fica fora das áreas A1, A2 e A3 e quais equipamentos podemos
utilizar nesta região?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________
38) Em que pais está inserida a NAVAREA V e em que Área marítima ela se enquadra?
Cite os equipamentos obrigatórios para trafegar nesta área.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
39) Uma embarcação certificada para serviço na Área Marítima A2 é requerida a manter guarda ou escuta em:
a) 156,525 MHz
b) 2187,5 kHz
c) 156,8 MHz.
d) Todas as anteriores
40) Uma embarcação certificada para serviço na Área Marítima A3 é requerida a manter guarda ou escuta em:
a) 8414,5 kHz
b) 2187,5 kHz
c) CH 70
d) Todas as anteriores
41) Informe 2 equipamentos principais para pedido de socorro nas áreas:
A1- __________________ ____________________
A2- __________________ ____________________
A3- __________________ ____________________
A4- __________________ ____________________
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42) Você está na embarcação NUTEC STAR – PPDE, nas coordenadas 22º 30’S 040º 10’W na Bacia de Campos. Quando uma embarcação te chama no canal 16:
- Atento Nutec Star, aqui embarcação Falck;
Você – Ok Falck canal 10
Ele – 10
Já no canal 10:
Ele – bom dia Nutec Star acabo de dar entrada as 11:30 (horário de Brasília) fornecer água para vocês, ao termino do fornecimento te chamo novamente, câmbio final
Tempo depois no “Canal 10”:
- Atento Nutec Star, aqui embarcação Falck, Foi fornecido 100 m3 de água, saída as 13:00 (horário de Brasília) com destino ao porto do Rio de janeiro (PRIO) com
ETA 23:30 (horário de Brasília), grato final 16.
Preencha o Log Book com as informações fornecidas, com abertura e fechamento
da página diária.
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43) Certo ou Errado:
a) Sempre que estou em uma área A1 estou relativamente próximo da costa.
Certo ( ) Errado ( )
b) As embarcações que estão acima de 70º estão sempre na área A4.
Certo ( ) Errado ( )
c) Toda embarcação até 30 milhas da costa está em uma área A1.
Certo ( ) Errado ( )
d) Área A4 localiza-se sempre próximo as calotas polares
Certo ( ) Errado ( )
e) Uma embarcação navegando no Brasil está sempre em uma área A3.
Certo ( ) Errado ( )
44) O que é MSI, quais os órgãos a elaboram aqui no Brasil e em quais equipamentos podemos receber aqui no Brasil?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
45) Para que são utilizadas as frequências NAVTEX a seguir?
518 kHz:________________________________________________________
490 kHz:________________________________________________________
4209.5 kHz:_____________________________________________________
46) Sua posição é em algum lugar no Mar do Norte e você recebeu a seguinte mensagem no seu receptor NAVTEX:
ZCZCPE24
300550NOV2011
BAHIA BLANCA RADIO LPW
WEATHER SUMMARY 300000 UTC
HIGH 1025 40S58W …
NNNN
- Que letra indica o tipo de mensagem? _______________________________
- Qual letra indica a estação que transmitiu essa mensagem? ______________
- Qual é a horário de transmissão dessa mensagem? ____________________
- Qual a data de transmissão dessa mensagem? ________________________
- Qual o número desta mensagem? __________________________________
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47) Complete:
A DHN enviou um MSI para a LES ____________ no intuito de que ela repasse
para as embarcações que trafegam na ____________ e estão logadas no satélite _________ a fim de assegurar a navegação na costa do ___________.
48) Um navio operando na área oceânica A1 deverá optar por qual forma de manter seus equipamentos GMDSS operacionais?
a) Manutenção em bases terrestres.
b) Duplicação de equipamentos.
c) Manutenção em alto mar.
d) Qualquer uma das anteriores.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 5 14.5.
49) Qual é a frequência de chamada radiotelefônica no Brasil, em se tratando de um equipamento MF/HF?
_______________________________________________________________________
50) Em qual(s) equipamento(s) recebemos as mensagens MSI´s e qual(s) letra(s) não devemos excluir no recebimento?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________
51) Monte uma mensagem de MAY DAY em dados no padrão da IMO levando em consideração que sua embarcação está afundando e precisa de ajuda.
Emb.: CORA Posição: S - 22º 33.782’ / W - 039º 47.323’ 13:30 UTC POB: 90 MMSI:710457621 IMN: 471056821 Call Sing: AMGU.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
52) Defina com suas palavras o sistema “DSC”, frisando uma vantagem deste sistema.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
53) A IMO, na intenção de minimizar falhas e automatizar o sistema de comunicações implantou o sistema DSC; cite quais equipamentos utilizam este sistema e as frequências principais utilizadas?
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____________________________________________________________________________________________________________________________________________
54) Que tipos de informações contem um Distress via DSC?
______________________________________________________________________
55) Uma chamada de socorro (distress alert) em DSC é recebida em 8414.5 kHz o que deve ser feito?
a) Se o RCC já sabe então: lanço no log book os detalhes e rearmo o sistema.
b) Se o RCC não sabe então: entro em contato com a embarcação em perigo, informo o RCC os fatos, lanço no log book os detalhes e rearmo o sistema.
c) Todas as anteriores.
d) Nenhuma.
56) Conforme o padrão da IMO qual atitude deve ser tomada quando você recebe um DSC de emergência no canal 70 e o seu superior informa que você pode prestar auxilio?
a) RCC – LOG BOOK – REARMO.
b) LOG BOOK – REARMO.
c) EMBARCAÇÃO – RCC – LOG BOOK – REARMO.
d) EMBARCAÇÃO – LOG BOOK – REARMO.
57) Conforme o padrão da IMO qual atitude deve ser tomada quando você recebe um DSC de emergência na frequência 2187,5 kHz e foi observado a existência do tráfego em
andamento e você não pode prestar auxilio.
a) RCC – LOG BOOK – REARMO.
b) LOG BOOK – REARMO.
c) EMBARCAÇÃO – RCC – LOG BOOK – REARMO.
d) EMBARCAÇÃO – LOG BOOK – REARMO.
58) Sua embarcação recebeu alerta DSC em 4207,5 kHz e após ter mantido a espera por
04 minutos você percebeu o reconhecimento do alerta por uma estação RCC, informe qual atitude você tomará após receber a informação de seu máster sobre a disponibilidade de prestar auxílio?
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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59) Foi recebido um Distress na frequência 12577,0 kHz após 7 minutos de espera o seu comandante informou a indisponibilidade de prestar auxilio e você observou que neste
tempo não houve tráfego em andamento e nem relay de uma CS. Informe quais atitudes você tomará e qual frequência deverá ser utilizada nestes procedimentos.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
60) Após o recebimento de um alerta DSC em VHF não foi identificado o andamento de tráfego, nem foi recebido retorno de uma RCC e a chamada não prosseguiu; Qual a ação seguinte a ser realizada levando em consideração que sua unidade não pode prestar
auxilio?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
61) O operador GMDSS encontra-se de serviço em sua estação rádio, quando seu
equipamento VHF recebe um alerta DSC contendo apenas o número identificador móvel marítimo; quais dados estão faltando nesta mensagem, qual ação devera tomar este
operador ao perceber que a chamada prossegue e não existe tráfego de comunicação em andamento, considerando que sua unidade encontra-se na bacia de campos e não pode prestar auxílio?
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
62) Sua embarcação recebeu um alerta em VHF, MF e HF/DSC da mesma embarcação, após 5 minutos de espera foi percebido tráfego de comunicação em andamento mas a
chamada de perigo foi encerrada. Seu Máster informa a disponibilidade de prestar auxilio mesmo com a RCC ciente do ocorrido; Quais são os procedimentos de comunicação
neste caso?
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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63) Considerando que a sua embarcação tenha recebido um alerta DSC no canal 70 complete o fluxograma com as frequências Utilizadas.
64) Considerando que a sua embarcação tenha recebido um alerta DSC na frequência
6312,0 kHz complete o fluxograma com as frequências utilizadas.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 6 14.6.
65) Defina o sistema satelital COSPAS-SARSAT:
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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66) Qual das opções abaixo informa o nome do sistema internacional de satélites móveis marítimos?
a) SSB
b) EPIRB
c) INMARSAT
d) COSPAS- SARSAT
67) Qual ação deve ser adotada quando acionamos a EPIRB em se tratando de um alarme falso?
_______________________________________________________________________
68) Quantas categorias de EBIRB existem, qual a exigida para as unidades off-shore?
Comente sobre esta categoria exigida nas unidades off-shore.
_______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
69) Em que frequência opera o RADAR que capta o sinal do SART?
a) 3 GHz.
b) 09 GHz.
c) S – band.
d) 09 MHz.
70) Defina e cite características do SART.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
71) O AIS-SART opera com quantas frequências e em que faixa de frequência?
_______________________________________________________________________
72) O AIS-SART opera em conjunto com qual equipamento?
_______________________________________________________________________
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 7 14.7.
73) Qual das seguintes opções abaixo é verdadeira?
a) Os primeiros 3 dígitos do MMSI de um navio representam o MID.
b) Todos os MMSI das estações costeiras devem começar com 2 zeros.
c) Um grupo de chamada deve começar com um zero seguido do MID.
d) Todas as anteriores.
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74) Qual opção abaixo é um MMSI da estação de um navio?
a) 003372694
b) 623944326
c) 030356328
d) 822314672
75) Qual opção abaixo é um MMSI válido para uma chamada DSC para um grupo de embarcações?
a) 093664523
b) 030327931
c) 338462941
d) 003036483
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 8 14.8.
76) Uma embarcação operando na área 2 envia um pedido de socorro para terra via DSC caso tenha sido sanado o Distress em qual frequência devera ser cancelada a
emergência?
_______________________________________________________________________
77) Uma embarcação operando na área 1 envia um pedido de socorro para terra via DSC caso tenha sido sanado o Distress em qual canal devera ser cancelada a emergência?
_______________________________________________________________________
78) Caso você tenha recebido um DISTRESS em 4207,5 kHz, em qual frequência deverá ser mantido a escuta?
_______________________________________________________________________
79) Em um caso de acionamento inadvertido de uma EPIRB qual deverá ser o
procedimento para cancelamento?
_______________________________________________________________________
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P á g i n a | 262
80) Complete com as frequências utilizadas.
EXERCÍCIOS REFERENTES AO CAPITULO 9 14.9.
81) Qual o nome da equipe SAR do Brasil?
_______________________________________________________________________
82) A SAR Brasileira está divida em 7 distritos navais regionais, informe quais são:
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
83) O Brasil possui um sistema de acompanhamento das embarcações nacionais ou
afretados por armadores Brasileiros e embarcações na área SAR Brasileira a fim de assegurar a navegação das mesmas, sendo assim informe o nome do sistema que faz
este controle das embarcações aqui no Brasil.
_______________________________________________________________________
84) Complete com o nome dos sistemas responsáveis pelo acompanhamento das embarcações:
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85) O sistema de acompanhamento das embarcações no Brasil possui 4 tipos de mensagens para alimentar o sistema, para que serve cada tipo?
Tipo1:_____________________________________________________
Tipo2:_____________________________________________________
Tipo3:_____________________________________________________
Tipo4:_____________________________________________________
EXERCÍCIOS EXTRAS 14.10.
86) Correlacione:
(1) NAVTEX (4) MF
(2) EPIRB (5) VHF
(3) HF (6) SART
( ) Equipamento utilizado para comunicação a longas distancias que utiliza ondas celeste
a qualquer hora do dia.
( ) Equipamento do sistema GMDSS para uso exclusivo de recebimento de MSI.
( ) Equipamento utilizado para comunicações à média distancia que utiliza onda terrestre no período diurno e celeste no período noturno.
( ) Equipamento utilizado nas comunicações à curtas distancias tanto na FONIA quanto
na função DSC e utiliza onda espacial e modulação por frequência.
( ) Equipamento utilizado para informar a localização via satélite em caso de DISTRESS
e abandono de uma unidade em perigo.
( ) Equipamento que é captado por um radar que opera em uma frequência de 9 GHz e é um rádio localizador para ser usado em caso de DISTRESS.
87) Correlacione:
( 1 ) É um sistema de localização via satélite utilizado em caso de emergência.
( 2 ) É uma baliza de localização utilizado em caso de emergência que envia informações para MCC.
( 3 ) “rápido alerta em situações de emergência e transmissão automática de informações”; são vantagens oriundas da implantação de qual sistema pela IMO?
( 4 ) Utiliza a ionosfera para refratar-se somente no período noturno
( ) MF ( ) COSPAS-SARSAT
( ) DSC ( ) EPIRB
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P á g i n a | 264
88) Grife os erros:
A embarcação “SEAHORSE”, indicativo de chamada WDB5560, MMSI 0710577897,
solicita socorro informando a emergência “ADERNANDO”; a mesma encontra-se em uma
área marítima A3 a 20 milhas náuticas da costa nas coordenadas: Latitude. 80º 12´ 55”-
S e Longitude. 133º 10´09”-W; o operador GMDSS solicitou socorro via DSC em VHF,
após 05 minutos de espera, nenhum reconhecimento de terra foi recebido, o operador
então realizou uma chamada via radiotelefonia em MF na frequência 2187,5 kHz, em HF
na frequência 4125,0 kHz e em VHF no canal 70, novamente após 05 minutos de espera
nenhum reconhecimento foi recebido de terra e de embarcações próximas então o
operador aperta o botão de “DISTRESS” no inmarsat-B solicitando ajuda para as
embarcações. Neste momento o operador recebe a informação de abandono da unidade,
então manda um pedido de socorro pelo NAVTEX ativa o SART para que a LUT receba o
sinal e auxilie o resgate, então juntamente com a tripulação evacua a embarcação
levando consigo a EPIRB para ativá-la após alguns minutos no intuito de enviar o sinal
de localização para o radar de uma unidade próxima.