cse | boletim informativo n.º 35 | novembro 2014
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1 – Ébola
O Ébola é ainda um problema mundial; continua a ser um dos
desafios para o qual teremos de estar preparados, pois existe ainda
a possibilidade de enfrentar, senão uma situação epidémica, pelo
menos casos esporádicos. Estão criadas as infraestruturas mínimas
necessárias à recepção de situações suspeitas; estão garantidos os
equipamentos de protecção individual; estão providenciados os
demais meios necessários à segurança dos prestadores e dos próprios
doentes. Devemos, então, manter e reforçar as linhas mestras de
vigilância, proceder ao treino em serviço, realizar vários exercícios
EDITORIALComo referimos no último editorial, os meses de Novembro e Dezembro são, na CSE, essencialmente momentos de reflexão
sobre o modo como decorreram, ao longo do ano, as nossas actividades nos diferentes locais de trabalho, nos vários níveis.
Como é habitual nestes encontros, procedemos a uma avaliação serena, participativa e transparente sobre os factos,
positivos e negativos, sentidos e expressos, sobre o envolvimento de cada um e sobre os constrangimentos que enfrentámos
para programar o futuro, tendo em vista actualizar as linhas estratégicas de desenvolvimento para 2015 – 2019.
Contudo, outros aspectos, que passamos a citar, têm de continuar a ser referidos:
(continuação na pág. 2)
ANO VI, EDIÇÃO 35 - NOVEMBRO 2014Boletim Informativo
- Editorial - Quando se usa há e quando se usa à? - Reunião do Conselho Alargado de Novembro de 2014 - Prémio CSE - Melhor Trabalho de Investigação Científica de 2013 - 4º WorkShop Internacional de Gestão, Qualidade e Segurança na Saúde - Calendário de Formação Interna Dezembro 2014 - FOGUS II - Formação em Gestão de Unidades de Saúde - O cabaz de Natal 2014 - Reflectindo sobre o Big Brother - Gabinete do Cliente: Elogios e Agradecimentos dos Clientes à CSE
ÍNDICE01030405060708091011
pág.
2
de simulação e prosseguir a pertinente formação intensiva. Estas
acções – voltamos a repetir – permitir-nos-ão estar preparados para
a eventualidade de, surgindo um caso, os nossos profissionais, com
as rotinas trabalhadas, treinadas e já adquiridas para o seu dia-a-dia,
procederem de forma eficiente, eficaz, tranquila, segura e sem pânico.
Recordemos que, em Saúde, uma das palavras de ordem é prevenir!
Voltamos a recordar que a Clínica Sagrada Esperança continua a
ser apenas um dos elos da cadeia de prevenção e controlo da doença,
assumindo, assim, a nossa quota-parte de responsabilidade perante os
nossos clientes.
2 – A qualidade e a segurança – rumo à certificação
A preocupação com a humanização e segurança do doente,
dimensões importantes da qualidade dos cuidados de saúde, continua a
ser um desafio e uma prioridade para a Clínica. Sabemos que os clientes
procuram, cada vez mais, serviços de saúde onde se respire confiança
nascida do facto de possuírem serviços de qualidade comprovada. Ora,
a certificação dos nossos serviços representa um passo incontornável e
desejável para que os clientes se sintam satisfeitos.
Chamamos a atenção para as conclusões e recomendações
resultantes da realização do nosso IV Workshop, mas também para a
importância dos cursos e das acções complementares que ocorreram,
assim como para o trabalho intensivo realizado pelas equipas de
auditoria, internas e externas. O estudo dessa documentação e a prática
quotidiana dessas recomendações serão, certamente, o motor, a nova
energia, a força para atingir melhorias decisivas para o desenvolvimento
e organização dos nossos serviços.
3 – Curso de Formação em Gestão de Unidades de Saúde –
FOGUS II
No corrente mês de Novembro demos inicio ao II curso de Gestão
de Unidades de Saúde, o nosso FOGUS II, programado para que, ao
fim de dois anos, cerca de sessenta técnicos possam estar preparados
para acelerar o processo de desenvolvimento de diferentes instituições
de Saúde, da Clínica, como, igualmente, de outros organismos que
aceitaram este desafio. Esta formação será a continuação do FOGUS I,
o qual, apesar de não estar ainda concluído, já tem influência, de forma
positiva, na nossa organização, pois passará a contar com mais vinte
especialistas em Gestão.
Peter Drucker, professor e consultor, considerado o Pai da Gestão
Moderna, aos 85 anos de idade ainda escrevia, para além de um livro
quase todos os anos, diversos artigos em diferentes publicações (dos 85
aos 94 anos escreveu mais 8 livros). Passamos a referir uma das muitas
das suas citações:
«Não existem Países Desenvolvidos e Países Subdesenvolvidos,
mas sim, Países que sabem administrar a tecnologia existente, os seus
recursos e potenciais, e Países …. que ainda não o sabem fazer.»
Esta citação deve ser tida em conta na nossa vida prática, como um
alvo a atingir em relação a cada uma das nossas unidades de trabalho,
instituição ou mesmo na nossa vida pessoal. Se não soubermos gerir as
tecnologias, os recursos, as oportunidades que se nos deparam, então
em nada iremos evoluir.
4 – Criação de novas áreas
Como referimos no ponto anterior, a CSE poderá contar,
proximamente, com alguns profissionais habilitados em gestão, a
aceitar desafios para o desenvolvimento de distintas áreas da nossa
Instituição.
Temos em curso acções de renovação e criação de novas áreas,
estando praticamente concluída a estrutura central de suporte
às distintas actividades a concretizar no próximo biénio. A esses
profissionais deixamos a nossa mensagem de confiança; a eles
recomendamos muita ponderação e aprendizagem prática, pois estão
apenas no início de uma nova e longa maratona.
É devida uma palavra aos colegas que se reformaram ou que, de uma
ou outra forma, terminaram as suas funções: o nosso agradecimento
sincero aqui fica. Igualmente, o nosso pedido para que connosco
trabalhem no sentido de, se assim entenderem e puderem, venham a
desempenhar novas funções desta grande Família.
5 – Agradecimentos
Estamos a terminar mais um ano. O Conselho de Gerência da
CSE agradece, em primeiro lugar, a confiança que os nossos clientes
depositaram em nós, as contribuições que ao longo dos tempos nos
têm feito chegar, um contributo para que a sua Clínica continue a ser
uma referência nacional. E também a compreensão que muitas vezes
têm tido perante situações menos boas que todos nós queremos
eliminar.
Enfim, o nosso muito obrigado a todos os nossos doentes que
connosco tiveram que viver, por vezes situações difíceis, mas que, na
grande maioria de casos, em conjunto conseguimos vencer.
O nosso pedido de perdão àquelas famílias em que o nosso saber
não foi suficiente ou em que, por algum motivo, não podemos ser
suficientemente competentes. Apenas podemos dizer que vamos
continuar a trabalhar para melhorar.
(continuação do editorial pág. 1)
3
ANO VI, EDIÇÃO 35 - NOVEMBRO 2014
Temos também, em segundo lugar, de agradecer a todos aqueles
que, na situação de fornecedores, prestadores de serviços, parceiros
de projectos ou desafios, connosco trabalharam para que os nossos
cuidados tivessem melhor qualidade, os nossos doentes tivessem mais
conforto, os nossos doentes tivessem menor sofrimento.
Em terceiro lugar, uma palavra de apreço aos Sócios da Instituição,
os quais, com o seu saber, compreensão e sentido de visão, têm tornado
possível o crescimento e desenvolvimento da Clínica.
A terminar, o nosso muito obrigado a todos os trabalhadores da
Família Clínica Sagrada Espe rança, aos colaboradores e responsáveis,
de Cabinda ao Cunene, do Mar ao Leste, e os votos de Boas Festas e um
Bom Ano, extensivo às respectivas famílias e amigos.
Podemos, então, referir uma vez mais, e em conclusão:
a) A CSE continuará a confrontar-se, nos próximos anos, com
muitos desafios, cabendo a cada um de nós, com o seu saber, a sua
competência e a sua humildade, no quotidiano, contribuir para um
futuro melhor e sustentável.
b) A satisfação das necessidades e prioridades dos Clientes devem
continuar a ser o foco de toda a nossa actividade, desenvolvimento e
saber.
c) A nossa estratégia de investimento em Formação deverá
continuar a ser um pilar fundamental para o nosso processo de
crescimento, melhoria de qualidade e futura creditação.
d) O aparecimento de novos investidores, em parceria ou não,
poderão, nos próximos anos, ser parte importante da Família CSE –
ENDIAMA.
e) A CSE continuará a ser aquilo que o seu colectivo de trabalhadores
e líderes de cada área e nível de actuação desenvolver.
f) A todos, na condição de doentes, clientes, prestadores de
cuidados, fornecedores, consultores, accionistas ou outros, aqui
deixamos expresso o sincero desejo do Conselho de Gerência da Clínica
Sagrada Esperança no sentido de que as festas de Natal e Fim de Ano
corram bem e que o próximo Ano seja um sucesso.
Luanda, Novembro de 2014
A Direcção da CSE
QUANDO SE USA HÁ E QUANDO SE USA À?
HÁ é uma forma do verbo HAVER. É a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo e geralmente usa-se com o sentido de existir, acontecer e para indicar passagem de um período de tempo. É acentuada com um acento agudo.
Vejamos exemplos:Há muita gente que não gosta de lampreia.Mãe, só há duas maçãs no cesto da fruta.Mãe, só há uma!Há muitas mortes naquela estrada.Há muito que te digo para teres cuidado. Há 3 dias que ela não dá notícias.
À é a contracção da preposição A com o artigo definido feminino A. E, repare-se,
À usa um boné à surfista… Isto é, com acento grave.
Exemplos:Sempre que vou à loja compro mais do que preciso….Ele gosta de fazer as coisas à sua maneira.Voltei à minha Escola e senti saudades.Emprestaste o computador à Helena?
Ora aqui está um par que causa confusão. Mas a verdade é que não se podem usar em alternativa um ao outro.
Comparemos:Acabei de almoçar à uma hora e meia. (eram 13 horas e trinta minutos).Acabei de almoçar há uma hora e meia. (Agora são três horas e eu acabei de almoçar às 13.30h)
4
REUNIÃO DO CONSELHO ALARGADO Novembro 2014
No dia 1 de Novembro de 2014 reuniu
o Conselho Alargado da CSE em que foram
abordados os seguintes temas:
- Plano de Emergência Interno (PEI)
- Ponto de Situação dos Concursos Internos a
decorrer na CSE
- Plano de Formação para Novembro
- Inovação nos Sistemas de Comunicação da
CSE
- Ébola: Ponto de Situação
- Orientações do Presidente do Conselho de
Gerência
1. Plano de Emergência Interno (PEI)
Desde 2009 que a CSE tem estado a trabalhar
no seu PEI. Sendo uma instituição hospitalar, que
é um espaço público especial, que presta diversos
serviços especiais também, e acrescendo o facto de
a CSE estar em contínuo processo de crescimento,
com alteração da sua estrutura nos últimos anos, a
implementação do PEI não tem sido um processo
fácil.
Ao longo deste processo, desde 2009 até à
data, foram realizadas 125 acções de formação, em
604 horas, que contaram com a participação de
2984 formandos.
O PEI tem um Director de Emergência, que é o
Presidente do Conselho de Gerência, e um chefe
de intervenção, que é actualmente o Director de
Manutenção.
Podemos dizer que o PEI tem como
principais objectivos:
- Organizar os recursos disponíveis (materiais
e humanos)
- Classificar as emergências (quanto ao tipo,
ocupação e gravidade)
- Planificar as actuações
O PEI define diversas acções que visam a
limitação das consequências para os seguintes
sinistros:
- Incêndio
- Explosão
- Sismo
- Inundação
- Corte total de energia
- Ameaça de bomba/pacote suspeito
- Incidente de violência/Distúrbio
Foi relembrado, no contexto deste assunto, o
sucedido a 15 de Dezembro de 2013, em situação
de incêndio, tendo sido recordados alguns
procedimentos:
1. Accionar o alarme contactando o 5555
2. Fazer o alarme pessoal aos brigadistas
Foi ainda recordado que, em caso de
emergência, é importante que todos saibam que
o ponto de reunião é o Parque de Estacionamento.
2. Ponto de Situação dos Concursos Internos
a decorrer na CSE
A Direcção do Gabinete de Gestão de
Competências recordou aos presentes que os
concursos internos continuam a decorrer, ainda
sem resultados para os Chefes de Serviço de UCI,
Atendimento Permanente, Bloco Operatório,
Hemodiálise e Hemodinâmica.
Ainda não há também resultados para
os Coordenadores de Cárdio-Pneumologia,
Radiologia, Farmácia, Fisioterapia e Terapias de
Reabilitação e SO.
3. Plano de Formação para Novembro
A responsável pelo Centro de Formação
apresentou o Plano de Formação para o mês de
Novembro e Dezembro. Neste período, a CSE
contará com:
- 3 Cursos de SAV
- Emergências Médicas
- Início do Curso Fogus 2
- 3 Cursos de SAV em Obstetrícia
- 1 Curso de Abordagem Avançada da Via
Aérea
- 5 Formações no Âmbito da Qualidade
4. Inovação nos Sistemas de Comunicação
da CSE
A partir de Novembro/Dezembro deste ano,
o Sistema de Comunicação Interna irá sofrer
algumas alterações:
1- Número único para a CSE
2- Nova rede móvel da CSE
3- Criação de um contact center
4- Implementação de emails institucionais e
intranet
Os chefes devem contactar o Gabinete de
Comunicação e Marketing para que se faça o
levantamento de necessidades.
5. Ébola: Ponto da situação
Os surtos do vírus de ébola da Nigéria e Senegal
estão controlados.
A esta altura, o Plano de Contingência da CSE,
que foi formalmente apresentado à Direcção
Nacional de Saúde Pública e aprovado a 8 de
Setembro, está a ser actualizado e repaginado
para que possa ser divulgado a todas as estruturas
e parcerias da CSE.
6. Orientações do Presidente do Conselho
de Gerência
a) Chegou o momento da concretização das
reuniões de balanço anual. Os chefes devem
preparar as reuniões com as suas equipas, não
esquecendo:
- O que foi feito em 2014
- SWOT
- Propostas para o biénio seguinte
- Referir os melhores e os que devem
melhorar o seu desempenho
b) Os registos ainda têm que melhorar. Os
chefes devem actualizar as suas check-lists.
c) É importante lembrar que o paradigma
do cliente está a mudar com a entrada das
seguradoras no nosso mercado. Devemos
melhorar a nossa conduta para não corrermos
riscos
d) Depois de consultar o Gabinete Jurídico
e outros advogados externos, a Administração
reforça que o horário de trabalho são 44 horas
semanais
e) Para o próximo ano, devemos melhorar
a nossa metodologia de Avaliação de
Desempenho
f) Todos os serviços devem preparar os seus
planos de actuação para 2015 e 2016 de acordo
com o instrumento Balanced Score Card
g) Este ano, os inventários iniciam-se antes:
15 de Novembro.
5
ANO VI, EDIÇÃO 35 - NOVEMBRO 2014
PRÉMIO CSE - MELHOR TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA DE 2013Com vista a cumprir uma das missões
da Clínica Sagrada Esperança, que é de
“desenvolver acções de investigação clínica,
quer na área de Saúde Pública quer na
Área Hospitalar” foi criado o prémio para o
“Melhor Trabalho de Investigação Científica
na Clínica Sagrada Esperança”.
Os trabalhos podem estar escritos em
português, inglês e/ou em espanhol.
Para o ano de 2013 candidataram-se ao
prémio, após abertura de candidaturas, 14
trabalhos de investigação científica, todos
realizados por internos da Clínica Sagrada
Esperança.
Foi criado um Juri composto por 10 equipas diferentes,
representativas de todas as áreas/ serviços da Clínica Sagrada
Esperança, que preencheu uma grelha que avaliou os 8 itens que
apresentamos a seguir:
1- Pertinência do tema/ caso clínico
2- Inovação/ originalidade do trabalho
3- Adequação do trabalho aos objectivos
4- Qualidade e organização do texto
5- Qualidade da justificação/ enquadramento do trabalho
6- Metodologia de investigação bem empregue? Caso clínico
apresentado de forma clara?
7- Resultados bem apresentados/ Caso clínico bem documentado.
8- Conclusões respondem aos objectivos/ reflectem os resultados
encontrados.
Para o prémio referente a 2014, a Direcção de Formação, Pós-
Graduação e Investigação da Clínica Sagrada Esperança já anunciou a
abertura do “call for papers” para o referido prémio.
Todos os interessados deverão enviar os seus trabalhos de
investigação para o correio electrónico [email protected], até ao
próximo dia 10 de Dezembro de 2014 às 23:59.
CLASSIFICAÇÃO NOME DO AUTOR TEMA DO TRABALHO VALOR DO PRÉMIO
1º Classificado Nádia Velez Risco de mortalidade em doentes com níveis elevados de interleucina 6
na fase aguda da Sepsis Grave e Choque Séptico 5000 USD
2º Classificado Stela Quaresma Incidência do dialitrauma em doentes submetidos a CRRT 2500 USD
3º Classificado Vanda Goulão Evaluation of functional differences between two anticoagulation methods
used in CRRT in critical patients 1500 USD
6
1
CONCLUSÕES DO 4.º WORKSHOP INTERNACIONAL DE GESTÃO, QUALIDADE E SEGURANÇA NA SAÚDE 1. A Estratégia para a melhoria da qualidade na saúde em Angola assenta num conjunto de dimensões,
entre as quais se destaca:
a. a centralidade no doente,
b. a aposta contínua no empenho e desenvolvimento dos nossos profissionais,
c. A melhoria do acesso aos cuidados de saúde, salientando o dever deontológico de prestar
auxilio de emergência a quem de nós necessita, independenteemnte de se tratar de um
serviço público ou privado.
d. Mas também a avaliação e medição da qualidade, para a qual a existência de sistemas de
informação fiáveis assume um papel preponderante e incontornável.
2. Os profissionais de saúde estão efetivamente no centro das nossas preocupações, mas as entidades
pagadores necessitam conhecer o valor e o resultado do seu investimento.
3. A experiência de implementação do Balaced Score Card numa organização de saúde portuguesa de
grandes dimensões permitiu constatar a importância em definirmos um caminho, refletindo sobre
aquilo que somos enquanto organização, e decidindo o que aspiramos ser.
4. Estas aspirações devem ser traduzidas num planeamento estratégico, suportado por objectivos e
indicadores claros, por sua vez alinhados em todos os níveis, intra e supra-organizacionais.
5. Ficou claro que, no percurso estratégico alicerçado pelo balanced score card, é fundamental definir
metas e monitorizar e acompanhar os constantes desenvolvimentos e mudanças, de forma a garantir
que nos mantemos no rumo certo, e que eventuais desvios são atempadamente corrigidos.
6. Foi consensual reconhecer que para melhorar, é imperativo medirmos, para sabermos em que
estado de evolução nos encontramos.
7. A mudança gradual de paradigma, transformando a medição de uma “luta” para uma efectiva forma
de trabalho, com a consequente implementação de medidas correctivas, sempre que tal se mostra
necessário, demonstra a melhoria sustentável de resultados.
8. A utilização de check-lists como ferramenta de melhoria da qualidade, apesar da sua utilização com
sucesso na aeronáutica, é ainda pouco disseminada na área da saúde.
9. Ficou claro que tão ou mais importante que a existência de check-lists, enquanto ferramenta de
melhoria da qualidade, é a forma como esta é entendida e utilizada na prática, pelo que se torna
preponderante na sua implementação o acompanhamento, monitorização e sensibilização
constantes.
CONCLUSÕES1. A Estratégia para a melhoria da qualidade na saúde em Angola
assenta num conjunto de dimensões, entre as quais se destaca:
a - a centralidade no doente,
b - a aposta contínua no empenho e desenvolvimento dos
nossos profissionais,
c - A melhoria do acesso aos cuidados de saúde, salientando
o dever deontológico de prestar auxilio de emergência a quem
de nós necessita, independenteemnte de se tratar de um serviço
público ou privado.
d - Mas também a avaliação e medição da qualidade, para a
qual a existência de sistemas de informação fiáveis assume um
papel preponderante e incontornável.
2. Os profissionais de saúde estão efectivamente no centro das
nossas preocupações, mas as entidades pagadores necessitam
conhecer o valor e o resultado do seu investimento.
3. A experiência de implementação do Balaced Score Card numa
organização de saúde portuguesa de grandes dimensões permitiu
constatar a importância em definirmos um caminho, refletindo
sobre aquilo que somos enquanto organização, e decidindo o que
aspiramos ser.
4. Estas aspirações devem ser traduzidas num planeamento
estratégico, suportado por objectivos e indicadores claros, por sua
vez alinhados em todos os níveis, intra e supra-organizacionais.
5. Ficou claro que, no percurso estratégico alicerçado pelo
balanced score card, é fundamental definir metas e monitorizar
e acompanhar os constantes desenvolvimentos e mudanças, de
forma a garantir que nos mantemos no rumo certo, e que eventuais
desvios são atempadamente corrigidos.
6. Foi consensual reconhecer que, para melhorar, é imperativo
medirmos, para sabermos em que estado de evolução nos
encontramos.
7. A mudança gradual de paradigma, transformando a medição de
uma “luta” para uma efectiva forma de trabalho, com a consequente
implementação de medidas correctivas, sempre que tal se mostra
necessário, demonstra a melhoria sustentável de resultados.
8. A utilização de check-lists como ferramenta de melhoria da
qualidade, apesar da sua utilização com sucesso na aeronáutica,
é ainda pouco disseminada na área da saúde. 9. Ficou claro que
tão ou mais importante que a existência de check-lists, enquanto
ferramenta de melhoria da qualidade, é a forma como esta é
entendida e utilizada na prática, pelo que se torna preponderante
na sua implementação o acompanhamento, monitorização e
sensibilização constantes.
10. Percebemos que os eventos adversos, decorrentes de
erros ou falhas, podem ser muitas vezes evitados, fazendo uso
de ferramentas que permitam uma análise dos processos e a
consequente identificação de falhas que possam vir a ocorrer,
com a introdução de ações que aumentem a fiabilidade desses
processos.
11. Ainda no que se refere a eventos adversos, é reconhecido
internacionalmente que o número de erros cometidos por
profissionais, por muito dedicados e zelosos que sejam, é
consideravelmente grande.
12. Torna-se imperativo apostar numa cultura de segurança,
razão pela qual foi realizada uma avaliação desta cultura na clínica
sagrada esperança, tendo por base uma metodologia da AHRQ,
cujos resultados foram partilhados com os congressistas,
13. Esta avaliação demonstrou a importância que este tema
assume para a Clínica Sagrada Esperança, enquadrado no seu
posicionamento relativo à qualidade da prestação de cuidados de
saúde.
14. O trabalho de implementação das metas internacionais de
segurança do doente torna-se mais fácil quando é realizado desde
a génese de um serviço. Simultaneamente a organização de um
novo serviço também beneficia se for alicerçada nestas premissas
basilares de segurança do doente, concluindo-se uma relação
mutuamente benéfica, com impacto positivo quer para o doente,
quer para os profissionais.
15. A implementação de sistemas de gestão da qualidade
tem um impacto significativo na eficiência e efectividade de
uma organização de saúde, nomeadamente com a promoção da
comunicação, do envolvimento, da utilização do conhecimento
intrínseco da organização, e com a sistematização de práticas e
harmonização de procedimentos,
16. Ao nível especifico da certificação pela ISO 9001, cerca
de 60 entidades certificadas são de Angola, sendo que a CSE foi
igualmente pioneira com a certificação do seu Centro de Formação
17. A realização de um estudo de prevalência da infecção
nosocomial na Clinica Sagrada Esperança, em Junho de 2014,
permitiu a identificação de algumas áreas de oportunidade de
melhoria, seja em termos de registos clínicos, seja em termos de
adequação continuada da prescrição antimicrobiana
18. O desenvolvimento de diretrizes e normas internacionais na
área da prevenção e controlo de infecção tem sido considerável,
7
ANO VI, EDIÇÃO 35 - NOVEMBRO 2014
mas continuam a existir barreiras e dificuldades na forma como as
organizações implementam as mesmas
19. É importante modificar a forma como se trabalha na
prevenção e controlo de infecção, devendo ser baseada em
modelos de gestão da qualidade, onde a organização e o
planeamento são pedras basilares nesta mudança.
20. A implementação do método unidose no sistema de
distribuição de medicamentos, facilita o trabalho dos profissionais,
permite redução de desperdício, bem como aumenta a segurança
no circuito do medicamento,
21. A realização de auditorias, de forma periódica e sistemática,
é uma ferramenta de grande utilidade, não apenas para a
medição e avaliação da qualidade já referidas anteriormente, mas
também enquanto mecanismo de reflexão multidisciplinar, de
envolvimento dos profissionais, de sensibilização e pedagogia na
melhoria das práticas de trabalho,
22. As reclamações são uma fonte de informação priveligiada
para a melhoria dos serviços de saúde, e a criação de sistemas de
gestão das mesmas permite sistematizar esta informação,
23. A existência de um gabinete do cliente permite formalizar
respostas adequadas aos utentes, afirmando a importância
das suas opiniões, e do seu envolvimento na implementação
continuada de boas práticas.
24. Os processos de certificação da qualidade permite uma melhor
organização dos serviços e a sustentabilidade da sua evolução
RECOMENDAÇÕES
Ficam também para reflexão as seguintes recomendações:
a. A qualidade como filosofia de gestão é o meio de qualquer
organização ser credível ou socialmente útil, pois implica a
procura sistemática das expectativas do doente, melhorando
a organização dos processos de trabalho e a produção de
resultados em saúde
b. A gestão organizacional deve assentar num planeamento
estratégico, suportado por ferramentas objectivas e envolventes
c. É necessário medir os processos organizacionais,
monitorizando os indicadores da qualidade e segurança
d. É necessário sensibilizar os profissionais de saúde para a
criação de uma cultura de segurança
e. Deve ser incentivada a utilização de ferramentas da
qualidade, simples mas estruturadas, como apoio para a
melhoria da prestação de cuidados
f. Devem-se utilizar modelos de gestão da qualidade como
ferramenta basilar na mudança e melhoria das práticas
g. A implementação de projectos inovadores em angola,
nomeadamente na Clínica Sagrada Esperança, fomenta a
mudança e a melhoria contínua, e demonstra uma posição
de inconformismo resiliente e saudável desta organização
relativamente à qualidade e segurança em saúde.
2014 DEZEMBRO
0581
_DR_
CF
Acção de Formação Destinatários Duração Formadores Datas Valor Propina
ALSO – Suporte Avançado de Vida em Obstetrícia
Médicos / Enfermeiros 16 h CESPU / CSE Curso I – 1 e 2 Dezembro Curso II – 3 e 4 Dezembro Curso III – 5 e 6 Dezembro
Com aproveitamento – 35.000 AKZ Sem aproveitamento – 70.000 AKZ Falta – 140.000 AKZ
CRM – Gestão de Recursos da Equipa – “Da Aviação para a Saúde”
Profissionais de Saúde 14 horas Rui Santos e Paulo Sousa 2 e 3 Dezembro
Com aproveitamento – 10.000 AKZ Sem aproveitamento – 20.000 AKZ Falta – 40.000 AKZ
Módulo Médico-Cirúrgico – Recrutamento e Selecção
Médicos – recém licenciados 20 horas Internos CSE 1 a 5 Dezembro Presença - 15.000 AKZ
Emergências Médicas Médicos – recém licenciados 32 horas Internos CSE 8 a 13 Dezembro
Com aproveitamento – 32.000 AKZ Sem aproveitamento – 64.000 AKZ Falta – 96.000 AKZ
2014 DEZEMBRO
0581
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CF
Acção de Formação Destinatários Duração Formadores Datas Valor Propina
ALSO – Suporte Avançado de Vida em Obstetrícia
Médicos / Enfermeiros 16 h CESPU / CSE Curso I – 1 e 2 Dezembro Curso II – 3 e 4 Dezembro Curso III – 5 e 6 Dezembro
Com aproveitamento – 35.000 AKZ Sem aproveitamento – 70.000 AKZ Falta – 140.000 AKZ
CRM – Gestão de Recursos da Equipa – “Da Aviação para a Saúde”
Profissionais de Saúde 14 horas Rui Santos e Paulo Sousa 2 e 3 Dezembro
Com aproveitamento – 10.000 AKZ Sem aproveitamento – 20.000 AKZ Falta – 40.000 AKZ
Módulo Médico-Cirúrgico – Recrutamento e Selecção
Médicos – recém licenciados 20 horas Internos CSE 1 a 5 Dezembro Presença - 15.000 AKZ
Emergências Médicas Médicos – recém licenciados 32 horas Internos CSE 8 a 13 Dezembro
Com aproveitamento – 32.000 AKZ Sem aproveitamento – 64.000 AKZ Falta – 96.000 AKZ
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Acção de Formação Destinatários Duração Formadores Datas Valor Propina
ALSO – Suporte Avançado de Vida em Obstetrícia
Médicos / Enfermeiros 16 h CESPU / CSE Curso I – 1 e 2 Dezembro Curso II – 3 e 4 Dezembro Curso III – 5 e 6 Dezembro
Com aproveitamento – 35.000 AKZ Sem aproveitamento – 70.000 AKZ Falta – 140.000 AKZ
CRM – Gestão de Recursos da Equipa – “Da Aviação para a Saúde”
Profissionais de Saúde 14 horas Rui Santos e Paulo Sousa 2 e 3 Dezembro
Com aproveitamento – 10.000 AKZ Sem aproveitamento – 20.000 AKZ Falta – 40.000 AKZ
Módulo Médico-Cirúrgico – Recrutamento e Selecção
Médicos – recém licenciados 20 horas Internos CSE 1 a 5 Dezembro Presença - 15.000 AKZ
Emergências Médicas Médicos – recém licenciados 32 horas Internos CSE 8 a 13 Dezembro
Com aproveitamento – 32.000 AKZ Sem aproveitamento – 64.000 AKZ Falta – 96.000 AKZ
2014 DEZEMBRO
0581
_DR_
CF
Acção de Formação Destinatários Duração Formadores Datas Valor Propina
ALSO – Suporte Avançado de Vida em Obstetrícia
Médicos / Enfermeiros 16 h CESPU / CSE Curso I – 1 e 2 Dezembro Curso II – 3 e 4 Dezembro Curso III – 5 e 6 Dezembro
Com aproveitamento – 35.000 AKZ Sem aproveitamento – 70.000 AKZ Falta – 140.000 AKZ
CRM – Gestão de Recursos da Equipa – “Da Aviação para a Saúde”
Profissionais de Saúde 14 horas Rui Santos e Paulo Sousa 2 e 3 Dezembro
Com aproveitamento – 10.000 AKZ Sem aproveitamento – 20.000 AKZ Falta – 40.000 AKZ
Módulo Médico-Cirúrgico – Recrutamento e Selecção
Médicos – recém licenciados 20 horas Internos CSE 1 a 5 Dezembro Presença - 15.000 AKZ
Emergências Médicas Médicos – recém licenciados 32 horas Internos CSE 8 a 13 Dezembro
Com aproveitamento – 32.000 AKZ Sem aproveitamento – 64.000 AKZ Falta – 96.000 AKZ
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FOGOS II - INÍCIO DE 2ª EDICÃO DA FORMAÇÃO EM GESTÃO DE UNIDADES DE SAÚDE
Em primeiro lugar, recordemos que foi o
protocolo celebrado entre a Escola Nacional
de Saúde Pública (ENSP), da Universidade
Nova de Lisboa e a Clínica Sagrada Esperança
(CSE), de Luanda, que tornou possível,
através da realização de cursos de gestão,
a desejável melhoria das competências de
profissionais.
O Curso FOGUS, já na sua II Edição, (que
teve início no dia 17 de Novembro de 2014)
insere-se na continuação da estratégia
de formação da CSE, procurando alargar
e difundir o conhecimento, segundo
o conceito de oportunidade justa e de
igualdade de oportunidades.
A ENSP, enquanto entidade formadora
idónea, assume a responsabilidade de
garantir a plena execução das actividades
formativas, no âmbito das suas competências
pedagógicas e científicas.
A CSE, enquanto entidade receptora que
pretende inovar a sua gestão, promove as
diligências necessárias de natureza logística
e de apoio directo ou indirecto à formação.
ENQUADRAMENTO
O Curso FOGUS destina-se a providenciar
conhecimentos científicos, técnicos e
competências especializadas que habilitem
os formandos para o exercício de funções de
gestão em unidades de saúde. É constituído
por um conjunto de disciplinas do domínio
da gestão adequadas ao sector da saúde
e tem em vista propiciar a formação e/
ou o aperfeiçoamento de quadros de
gestão intermédia ou de topo da CSE e de
outras instituições de saúde de Angola,
contribuindo para a promoção da qualidade
dos cuidados de saúde no País segundo os
princípios da boa governação clínica.
DURAÇÃO E COMPONENTES
O curso tem a duração total de 980 horas,
correspondendo a 35 ECTS e compreende
três componentes:
- Tronco comum, que consiste em 18
unidades curriculares, com a carga horária
total de 380 horas, distribuídas por 5
sessões diárias, de 4 horas cada unidade
Excepcionalmente o curso pode ser
organizado com dois módulos semanais.
- Seminário da Especialidade, podendo
os alunos escolher um de entre quatro
seminários, de aprofundamento de grandes
áreas temáticas, com a carga horária de 40
horas cada (os seminários decorrerão em
simultâneo), distribuídas por 10 sessões, de
4 horas cada unidade.
- Trabalho de campo/projecto, que
compreende, para além de um período
de formação em metodologias de
investigação em organizações de saúde
(Seminário de Projecto), a apresentação
de um trabalho de projecto no domínio da
gestão em saúde e sua discussão ou, em
alternativa, a realização de um trabalho de
campo com apresentação e discussão do
respectivo relatório realizado em hospitais/
clínicas ou em outras organizações de
saúde predeterminadas e sobre temas
previamente definidos.
O FOGUS contempla, ainda,
duas disciplinas extracurriculares,
designadamente, Português-Técnico em
Saúde (PT) e Inglês-Técnico em Saúde (IT).
ATRIBUIÇÃO DE DIPLOMA
Os alunos que completarem com sucesso
o FOGUS terão direito a um Diploma de
estudos de pós-graduação em Gestão de
Unidades de Saúde emitido pela ENSP/UNL.
Aos que não concluírem com sucesso o
FOGUS poderá ser entregue um Certificado
de Frequência das Unidades Curriculares em
que tenham assistido com aproveitamento
a, pelo menos, 75% das dessas Unidades.
A SESSÃO DE ABERTURA DO 2º CURSO
A sessão de abertura deste 2º Curso
decorreu no Anfiteatro da Clínica Sagrada
Esperança, 4º piso, no dia 17 de Novembro
de 2014, e foi Presidida pelo Dr. Rui Pinto,
Presidente do Conselho de Gerência, a que se
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ANO VI, EDIÇÃO 35 - NOVEMBRO 2014
juntaram os Vice-Presidentes do Conselho
de Gerência, Dra. Conceição Pitra e Dr. João
Martins, e a Professora Celeste Gonçalves,
em representação da ENSP.
O Presidente do Conselho de Gerência
deu as boas vindas aos formandos e, de
forma simples, disse aos presentes que
“gerir é fazer coisas, em determinados
locais, com as pessoas. O que deve
cimentar esta relação entre as pessoas é
o trabalho. Todos devem trabalhar para
seja um êxito…” Este curso vai transmitir
ferramentas para os formandos, mas vai ser
um processo de ensino e aprendizagem.
A Professora Celeste Gonçalves, de
seguida, em nome do Professor João
Pereira, Director da ENSP, desejou as boas
vindas aos formandos e referiu que a ENSP
tem prazer em manter a parceria com a
CSE. Fez uma breve resenha do que é a
ENSP, criada em 1966, e desejou a todos
um bom trabalho.
O Dr. Paulo Salgado realçou a
O CABAZ DE NATAL DE 2014
Como habitualmente, a Clínica Sagrada Esperança oferece aos seus colaboradores
um Cabaz de Natal, com dois objectivos primordiais: ajudar a enriquecer a mesa de
todos e tornar mais festivo e solidário este tempo das festas natalícias.
Estamos a falar de um cabaz em que os artigos alimentares estão fortemente
representados – são 26 produtos num total de 35 – sendo que os restantes são
bebidas.
Gostaríamos de realçar que, de entre aqueles, não foram esquecidos os
mimos mais dedicados às crianças: bolo-rei, bolachas, caramelos, frutos
secos, sumos, etc. Esperamos que em breve o nosso cabaz de Natal se volte
ainda mais para os mais novos, integrando livros infantis e juvenis assim
como brinquedos.
Entretanto, o Boletim Informativo aproveita a
oportunidade para desejar a todos os seus leitores, sejam ou
não colaboradores da CSE, um Bom Natal e um Feliz Ano de
2015.
necessidade de organização e apresentou ideias de organização interna.
Seguiu-se o depoimentos de 3 formandos da 1ª edição do Curso
- Enfª Luísa, Sr. Hipólito Calulu e Enfº Tinta - que consideraram
um privilégio a participação no curso, uma fonte de conhecimentos
e de aquisição de ferramentas importantes de gestão, e apontaram
como factores que poderão servir de ajuda o espírito de equipa, a
entrega, a coragem e a determinação de cada formando.
Foram seguidamente ouvidos os presentes, entre os quais
alunos de grande parte das províncias do país, e foi feita a
abertura formal do curso.
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REFLECTINDO SOBRE O BIG BROTHERO BigBrother tem chamado a atenção de muitas pessoas,
aparentemente pelas piores razões: falta de preparação de alguns dos
participantes, tanto a nível de postura pública como a nível cultural e os
prováveis resultados negativos que o seu comportamento causaria em
termos sociais, especialmente junto dos jovens espectadores.
Parece-nos interessante apresentar algumas informações sobre
o BigBrother, que é, tão-somente, uma personagem do livro 1984,
publicado em 1949 e da autoria de George Orwell, nome literário de
Eric Arthur Blair. Esta obra é uma metáfora literária sobre o poder e
as sociedades contemporâneas, em que nos é mostrado um regime
político totalitário e fortemente repressivo que, supostamente,
aconteceria em 1984 (note-se que este ano é o reverso de 1948, ano em
que foi concluído).
O aspecto mais representativo da obra é o poder absoluto exercido
por um estado através de vigilância contínua e total sobre os seus
cidadãos e como consegue reprimir qualquer opositor. Os habitantes
deste país vivem obcecados pelo terror de serem apanhados pelo seu
dirigente supremo, o BigBrother, o Grande Irmão, que é preciso amar,
reverenciar e cujos desejos e ordens é necessário cumprir, sob pena de
se ser preso, torturado e até reciclado contra sua vontade para se tornar
no cidadão-autómato como lhe é exigido.
O BigBrother talvez até nem exista, nunca ninguém o viu em pessoa,
embora o seu retrato esteja por todo o lado acompanhado da inscrição
“O Grande Irmão está a observar-te”. Esta imagem aparece representada
em teletelas (uma palavra nova criada por Orwell), e que é como que
um televisor bidireccional, isto é, permitie ver e ser visto. Quando não
havia nenhum programa a ser transmitido, aparecia a figura do líder
máximo, isto é, o BigBrother. Este autocrata, em quem alguns querem
ver a figura de Estaline mas que, na verdade, simboliza qualquer líder
totalitário, pode não existir sequer como pessoa. Afinal, como diz
Winston Smith, o funcionário que é a figura principal, afirma que nunca
ninguém o viu nem conhece ninguém que se lembre de o ter visto.
Até outra personagem, O’Brien, um fanático do regime, ao afirmar que
o BigBrother nunca vai morrer, ajuda a construir a teoria de que ele é
apenas o símbolo do partido e não uma pessoa real.
Como temos estado a ver, era esta vigilância contínua,que suprimia
qualquer veleidade de privacidade e dos direitos de cada um que se
tornava impossível de suportar. Estranhamente o realityshow com o
nome de BigBrother baseia-se precisamente no contrário: as pessoas
sujeitam-se às maiores humilhações, aceitam fazer seja o que for
para servirem de isco à insaciável sede de diferença e novidade das
audiências. E todas essas humilhações e acções que ainda há pouco
tempo eram consideradas indecorosas são apresentadas publicamente,
pois os participantes estão a ser continuamente filmados por câmaras
espalhadas por todos os cantos da casa onde se encontram. A fama
que querem atingir e que em breve desaparecerá como um nevoeiro
quando o sol brilha, parece-lhes justificar tudo: a pouca roupa, os
comportamentos dúbios, a linguagem descuidada, a liberdade sexual
pública e explicitamente mostrada.
Este realityshow foi desenvolvido pelo holandês John de Mol e tem
como referência a personagem criada por Orwell. Foi estreado em 2000
nos Estados Unidos mas em breve fazia parte das programações das
televisões de vários países e Brasil e Portugal estão entre os que primeiro
aderiram. Sabe-se que em todos os países onde é apresentado, em
edições sucessivas, têm ocorrido duas reacções: as críticas dos cidadãos
que o consideram um espectáculo degradante em termos sociais,
por um lado e os excessos cada vez maiores a que os participantes se
obrigam para permanecer na casa e não serem expulsos, por outro. Para
o evitar nada é demasiado.
Tem sido assim em todo o mundo e, claro, também em Angola. E
é, realmente, nosso dever chamar a atenção dos participantes, que
são jovens na sua enormíssima parte, para o facto de estarem, quase
sempre a ser usados para captar audiências. Com outra consequência
negativa: os espectadores são sujeitos a situações quase sempre pouco
edificantes. E como são trazidos pela TV, podem parecer exemplos a
seguir.
Que fazer? Como exigir que a TV cumpra a sua função pedagógica?
Como convencer os jovens a encarar a necessidade de Valores realmente
importantes, como a Cultura, a Dignidade, a Verdade? Até que ponto os
pais e encarregados de educação devem agir a bem dos seus filhos?
Estas são apenas algumas das questões que se nos devem pôr.
Porque reclamar sem nada fazer é pura perda de tempo.
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ANO VI, EDIÇÃO 35 - NOVEMBRO 2014
GABINETE DO CLIENTE:Elogios e Agradecimentos dos Clientes pelo Bom Atendimento Prestados na CSE no IIIº Trimestre 2014
Data Ficha Nº Serviço Utilizado Exposição do Doente Profissional Citado
02/Jul/14 1166 At. Permanente Fui excelentemente bem atendido pela Recepcionista
Dalila Manica, tem qualidades profissionais. Recepcionista
17/Jul/14 1195 Suites Neonatologia Gostaria de agradecer por ter encontrado um médico
com carisma, profissionalismo e honestidade, bem como muito
carinho ao atender o paciente. Porque não é fácil ter um
atendimento desse género. Dr. Armando
17/Jul/14 1195 Suites Neonatologia De facto, a sua honestidade abrangia até os Enfermeiros
e outros trabalhadores das crianças e a área das Suites Neonatologia.
Dr. Armando
22/Jul/14 1202 Suites Neonatologia Quero agradecer a toda equipa da Clínica Sagrada Esperança
Ilha do Cabo, aos Drs. : Dr. Pedro, Dr. Álvaro, Dr. David, e Dr. Zacarias,
e aos seus auxiliares, aos Enfermeiros Helena, Piedade, Isabel, Adelaide,
Zanzambi, Belchoir e Miguel sem esquecer a equipa da copa, Sr. Fernando,
Sr. Ngola e o auxiliar de limpeza Sr. Felix, pela atenção e disponibilidade,
alegria, delicadeza, amor e carinho prestado. Estamos perplexos com tanto
profissionalismo, amor por parte do Grupo de Assistência
Social, que também quero parabenizar. Dr. Pedro Miguel e sua equipa.
Enfermeiros Assistentes Sociais,Copeiros e Auxiliares
24/Jul/14 1206 CSE As condições de higiene, alimentação, terapêuticas são boas.
Auxiliares
09/Ago/14 1230 Imagiologia Uma recepcionista da clínica veio e com muita simpatia disse-me,
“Vou falar com a médica caso ela aceite, a Sra. faz, se não vamos marcar lá”.
Eu aceitei! A Dr.ª chegou e aceitou! Fui bem atendida, gostei muito e penso
em fazer as minhas consultas e exames cá. Continuem assim.
Ela chama-se Edna. Recepcionista
06/Set/14 1273 Neonatologia Espero que continuem assim empenhados em salvar vidas,
principalmente os bebés prematuros. É um orgulho para mim ver o
trabalho prestado aos bebés, o amor aparece em primeiro lugar nos
olhos dos médicos e enfermeiros; isto me faz ter muita confiança no
vosso trabalho. Muito obrigado por tudo. Continuem com este amor,
é com amor que nasce a esperança. Médicos / Enfermeiros
19/ Set/14 1352 Bloco Operatório Quero dizer que fui operada neste hospital no dia 11 de Julho 2014
com sucesso e uma estável recuperação. Quero alertar e felicitar o
Dr. Boris Polyakov pelo trabalho que me prestou, bem como os
conselhos, atenção, o carinho e até a disposição de atender-me ao
telefone nos momentos em que precisei. Dr. Boris
EDITORIAL
E-mail da CSE:
E-mail do Boletim:
Website da CSE:
www.cse-ao.com
FICHA TÉCNICABárbara Mesquita
Esmael Tomás
Hipólito Calulu
Marta Leal
Narciso Mbangui
REDACÇÃO E REVISÃO
Maria do Carmo Cruz
DESIGN E PAGINAÇÃO
Eduardo Brock
imagem cooporativa
A NOSSA CLÍNICA A saúde é o bem mais precioso. Cuidar dela é a nossa razão de ser.
A CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA é uma instituição de serviço público, dotada de
personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com
fins não-lucrativos. Tem a sua sede em Luanda e está localizada na Ilha de Luanda,
Avenida Mortala Mohamed.
Inaugurada em 1991, foi premiada em Abril de 2005 com a Medalha de Ouro da
Foundation for Excellence and Business Practice, situada em Genebre Suíça.
MISSÃOPrestar cuidados de saúde diferenciados em regime de ambulatório e internamento,
com qualidade, em tempo útil, na perspectiva de eficiência e eficácia, promovendo
a melhoria contínua das prestações de cuidados, o aperfeiçoamento profissional e a
satisfação dos seus colaboradores.
Participar no ensino e formação de quadros superiores, designadamente no
ensino pré e pós-graduado de médicos e enfermeiros, na formação de farmacêuticos
e bioquímicos, de quadros médios técnicos de saúde, em regime de estágios, em
colaboração com as entidades públicas e privadas de educação em Saúde, bem como
na formação de quadros de higienização, de serviços gerais e de logística.
Desenvolver acções de investigação clínica, quer na área de Saúde Pública quer na
Área Hospitalar.
VISÃOA CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA pretende ser, cada vez mais e de forma gradual
e segura, uma verdadeira, justa e adequada referência na prestação de serviços de
Saúde em Angola, visando: a satisfação dos clientes, o desempenho interno enquanto
instituição de Saúde, a qualidade dos cuidados prestados, o envolvimento dos
funcionários, a responsabilidade social.
IMCS-730/B/2014