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- 1- Curso de Engenharia Mecânica AUTOMAÇÃO DO GONIÔMETRO: APLICAÇÃO NO LNLS (LABORATÓRIO DE LUZ SÍNCROTRON) César Bassetto Gabos Campinas – São Paulo – Brasil Dezembro de 2008

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- 1-

Curso de Engenharia Mecânica

AUTOMAÇÃO DO GONIÔMETRO: APLICAÇÃO NO LNLS

(LABORATÓRIO DE LUZ SÍNCROTRON)

César Bassetto Gabos

Campinas – São Paulo – Brasil

Dezembro de 2008

- 2-

Curso de Engenharia Mecânica

AUTOMAÇÃO DO GONIÔMETRO: APLICAÇÃO NO LNLS

(LABORATÓRIO DE LUZ SÍNCROTRON)

César Bassetto Gabos

Monografia apresentada à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Engenharia Mecânica da Universidade São Francisco, sob a orientação do Prof. Dr. Daniel Ibraim Pires Atala, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação.

Orientador : Prof. Dr. Daniel Ibraim Pires Atala

Campinas – São Paulo – Brasil

Dezembro de 2008

- 3-

AUTOMAÇÃO DO GONIÔMETRO: APLICAÇÃO NO LNLS

(LABORATÓRIO DE LUZ SÍNCROTRON)

César Bassetto Gabos

Monografia defendida e aprovada em 06 de dezembro de 2008 pela Banca

Examinadora assim constituída:

Prof Dr. Daniel Ibraim Pires Atala (Orientador)

USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP.

Prof Dr. Osmar Roberto Bagnato (Membro Interno)

USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP.

Prof Dr. Guilherme Bezzon (Membro Interno)

USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP.

- 4-

"Tudo tem seu tempo e até certas manifestações

mais vigorosas e originais entram em voga ou

saem de moda. Mas a sabedoria tem uma

vantagem: é eterna."

Baltasar Gracián

- 5-

Dedico este trabalho a todos àqueles que

acreditam que a ousadia e o erro são caminhos

para as grandes realizações

- 6-

.Agradecimentos

Agradeço primeiramente ao Professor Dr. Osmar Roberto Bagnato, que me incentivou a

realizar essa pesquisa e apoiou-me durante todo o processo.

Agradeço também ao Professor Dr. Daniel Ibraim Pires Atala, meu orientador, principalmente

pela paciência e apoio técnico que foram indispensáveis para a realização desse trabalho.

Aos técnicos do laboratório que me auxiliaram para a confecção do protótipo.

Não poderia deixar de agradecer imensamente aos meus pais, que em todos os momentos

difíceis estiveram ao meu lado me encorajando e assim possibilitando que mais essa conquista

fosse alcançada.

Meus irmãos queridos, que mais do que nunca se uniram para me ajudar a superar os desafios

dessa etapa da minha vida.

À minha namorada, que compreendeu minha ausência e incentivou minha persistência para

vencer os problemas que surgiram.

Finalmente aos amigos Karel, Ivan e Murilo que fizeram parte dessa etapa inesquecível de

minha vida. Obrigado pelos momentos de descontração e troca de experiências.

Eu agradeço imensamente a todos.

- 7-

Sumário

Lista de Figuras ........................................................................................................................ 8

Resumo ...................................................................................................................................... 9

Abstract ................................................................................................................................... 10

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 11 1.1 Objetivos ..................................................................................................................... 13 1.2 Justificativa.................................................................................................................. 13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 14 2.1 Como funciona o “Síncrotron”.................................................................................... 14 2.2 Partes de um goniômetro............................................................................................. 15

2.2.1 Motor de passo .....................................................................................................15 2.2.2 Driver de controle do motor de passo...................................................................17 2.2.3 Encoder.................................................................................................................18

2.3 LabVIEW .................................................................................................................... 19 2.4 Comunicação RS 232 / RS 485 .................................................................................. 19

3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 21 3.1 Desenho....................................................................................................................... 21 3.2 Desenvolvimento do protótipo.................................................................................... 22

3.2.1 Protótipo ...............................................................................................................22 3.2.2 Instalação do driver / encoder...............................................................................23 3.2.3 Instalação do Motor de passo ...............................................................................25

3.3 Programação em LabVIEW ........................................................................................ 26 3.3.1 Comunicação ........................................................................................................26 3.3.2 Armazenagem dos dados ......................................................................................27 3.3.3 Interface gráfica do programa...............................................................................28

3.4 Resultados ................................................................................................................... 29

4 Conclusão.......................................................................................................................... 31 4.1 Extensões..................................................................................................................... 32 Referências Bibliográficas .................................................................................................... 33

- 8-

Lista de Figuras

FIGURA 1 - APLICAÇÃO DE UM GONIÔMETRO COMERCIAL COMO POSICIONADOR DE UM PORTA

AMOSTRA[3] ......................................................................................................................15

FIGURA 2 - DESENHO DE UM LABORATÓRIO SINCROTRON. [ 2] ................................................15

FIGURA 3 - MOTOR DE PASSO, PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO..................................................16

FIGURA 4 - IMAGEM DAS PARTES QUE COMPÕE O ENCODER, ELETRÔNICA LEITOR E ESCALA DE

VIDRO . [7].........................................................................................................................18

FIGURA 5 - IMAGEM SUPERIOR DO GONIÔMETRO ADAPTADO PARA RECEBER O DRIVER. ............21

FIGURA 6 - IMAGEM INFERIOR DO GONIÔMETRO ADAPTADO PARA RECEBER O DISCO DO

ENCODER. ..........................................................................................................................22

FIGURA 7 - FOTO DO PROTÓTIPO LINEAR. ..................................................................................23

FIGURA 8 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO DRIVER , MOTOR DE PASSO, COMPUTADOR E ENCODER . .....24

FIGURA 9 - ESQUEMA DA PLACA DO “FILTRO” COM ENTRADAS E SAÍDAS..................................25

FIGURA 10 - ESQUEMAS DE FIAÇÃO DO MOTOR DE PASSO..........................................................25

FIGURA 11 – PROGRAMAÇÃO PARA ENVIO DE ALFANUMÉRICOS NA PORTA SERIAL. ..................26

FIGURA 12 - PROGRAMAÇÃO PARA RECEBER A RESPOSTA DE ALGUM COMANDO.......................27

FIGURA 13 – BLOCO UTILIZADO PARA ARMAZENAMENTO DE DADOS. .......................................28

FIGURA 14 – ÁREA DE TRABALHO DO PROGRAMA DE CONTROLE DO GONIÔMETRO. ..................28

FIGURA 15 – GRÁFICO DO ERRO EM µM, PARA CADA DESLOCAMENTO DE 100µM LINEAR. .........29

FIGURA 16 – GRÁFICO DO ERRO EM µM CORRIGIDO COM TOLERÂNCIA DE 1 µM, PARA CADA

DESLOCAMENTO DE 100µM LINEAR. ..................................................................................30

- 9-

Resumo

O Goniômetro é um equipamento muito utilizado no LNLS para o posicionamento

angular de espelhos, fornos, porta amostras, etc. Têm como principal função posicionar

qualquer objeto que necessite de alta precisão angular. No LNLS, existem diversos modelos

de goniômetro que na sua totalidade são importados a elevados preços principalmente da

Alemanha e Japão. Com o intuito de desenvolver tecnologias nacionais o LNLS projetou e

fabricou dois protótipos, porém não tiveram resultados satisfatórios do ponto de vista de

precisão angular quando comparados com os modelos comerciais. Deste modo, o objetivo

deste trabalho foi à automação dispositiva que simula uma aplicação similar ao do

goniômetro, para garantir o posicionamento através do monitoramento da posição e correção

de qualquer erro gerado pelo mecanismo. Portanto, mesmo que a construção mecânica possua

alguma imprecisão, o software de controle possibilita a correção, e o encoder garante o

posicionamento. Para isso foi escolhido o sofware LabView da National instruments para

elaboração da interface homem máquina (IHM) e da estratégia de controle. Foi utilizado

também um encoder óptico para medição da posição da posição da mesa e um driver micro

processado para deslocamento com precisão. Como resultado foi montado e instrumentado o

dispositivo onde o software desenvolvido, permite ao usuário ajustar o deslocamento

desejado, o driver executou o movimento e corrigiu quando foi necessário, com o erro de no

máximo de +/- 1 micron através da informação fornecida pelo encoder

PALAVRAS-CHAVE: Goniômetro, Automação, LNLS.

- 10-

Abstract

The goniometer is an equipment used to measure LNLS (Brazilian Synchrotron Light

Laboratory) for the angular positioning of mirrors, ovens, sampling holders, etc. It has the

main function to position any object that requires high angular precision. In the LNLS, there

are many goniometer models that are mainly imported at high cost from Germany and Japan.

With the aim of developing national technologies, The LNLS projected and built two

prototypes, even though had not a satisfied result from the point of comparing angular

precision with commercial models. This way, the goal of this work was the automation

dispositive that emulates a similar application to the goniometer, in order to ensure a

positioning by the monitoring of the position and correction of any error generated by the

device. However, even that the mechanical makeup has some imperfection, the software

control enables the correction, and the encoder ensures the positioning. For this it was

selected the software LabView from National instruments in order to employ the man

machine interface (MMI) and the control strategy. It was employed also an optic encoder to

measure the table positioning and a micro driver processed for the dislocation with precision.

As a result it was assembled and instrumented the device as the developed software allows the

user to tune the aimed dislocation. The driver executed and corrected the movement as

required at the maximum error of +/- 1 micrometer through the information supplied by the

encoder.

Keywords: goniometer, Automation, LNLS.

- 11-

INTRODUÇÃO

O LNLS, Laboratório de Luz Síncrotron, é um laboratório de pesquisa criado por

pesquisadores de diversas áreas. A maior parte dos equipamentos foram projetados e

produzidos no Brasil. Do projeto até o início de suas atividades passaram-se 10 anos (1987-

1997). O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) investiram na implantação do LNLS. Em

1997 o equipamento começou a ser usado por pesquisadores brasileiros, como um Centro

Nacional de Ciência e Tecnologia, aberto simultaneamente a inúmeras áreas do

conhecimento. Os pesquisadores brasileiros construíram a fonte de Luz Síncrotron e sem

dúvidas possuem total domínio dessa tecnologia não dependendo de capacidades externas

para fazê-la funcionar e mantê-la atualizada tecnologicamente. Além disso, o LNLS fabrica

componentes para outros laboratórios Síncrotron no mundo.[3]

Goniômetro é um mecanismo, que possibilita o posicionamento angular da amostra com

alta precisão. Ele é utilizado no fim das linhas de luz para obter um ângulo de incidência do

feixe de raio X gerado pela radiação Síncrotron.

O goniômetro pode ser dividido em duas partes: A primeira parte é formada pelo motor, o

acoplamento elástico, o eixo sem fim e os rolamentos de esfera, e a segunda parte é formada

pela coroa, o rolamento de rolos cruzados e a mesa. Para que o goniômetro seja eficiente às

duas partes devem desenvolver apenas movimentos angulares mesmo sob esforços.

Esse TCC abordará uma sugestão de automação na aplicação do goniômetro utilizado nas

linhas de luz para posicionamento angular de espelhos, fornos, porta amostras, etc. Terá como

ponto de partida os dois protótipos desenvolvidos no LNLS.

No primeiro foi utilizado um rolamento de rolos cruzados de alta capacidade e montagem

com pré-carregamento. O principal problema encontrado nele foi que a mesa não demonstrou

uma grande resistência mecânica, com isso, o equipamento não apresentou a precisão

esperada. Já no segundo protótipo foi utilizado o rolamento com a coroa integrada a ele e as

pistas de rolagem das esferas foram formadas por arames de aço, nesse caso foi obtido um

resultado razoável, porém longe do esperado.

O projeto proposto inicialmente foi à automação do goniômetro, com as seguintes

modificações:

- Melhoria no processo de fabricação das peças de alta precisão

- Automação do movimento

- Substituição do driver do motor de passo, de placas em bastidores, por uma placa que

ficará instalada no interior do goniômetro.

- 12-

- Instalação de um encoder com disco de vidro para monitorar o movimento e executar

possíveis correções.

- Aquisição de engrenagens comerciais calibradas e fabricação do rolamento com arames

de aço.

O projeto por ser muito extenso, abordará apenas parte dos itens acima listados. Esta

incluso neste trabalho o esboço da adaptação dos desenhos 3D, montagem de uma bancada de

teste e programação em LABView, que consiste em executar as ligações entre o encoder,

drive e o computador. A programação será realizada de tal forma que o usuário efetue e

monitore os movimentos e o software otimize a precisão do mecanismo através de correções.

- 13-

1.1 Objetivos

O projeto de melhoria do goniômetro espera aumentar precisão mecânica, de tal forma

que mesmo com esforços aplicados ele continue com a mesma precisão no movimento

angular, com a garantia do posicionamento. Desenvolver uma automação para manipular e

monitorar o equipamento fora da área susceptível a radiação, com isso o operador poderá

controlar a distância o equipamento com mais precisão no movimento.

1.2 Justificativa

A necessidade de automação do protótipo do goniômetro surgiu pelos seguintes motivos:

a impossibilidade de acesso ao experimento devido à exposição à radiação ali existente, baixa

precisão dos movimentos, falta de repetibilidade dos movimentos, entre outros. Esse trabalho

tem o propósito do desenvolvimento de instrumentação cientifica com a interação entre o

LNLS e a Universidade São Francisco. O novo protótipo pretende aprimorar o já existente

visando aproximar sua qualidade à de produtos internacionais. Desta forma, tem-se um

produto de tecnologia nacional com custos viáveis e acessíveis.

- 14-

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O projeto envolve diversas áreas da engenharia de automação para isso este capítulo tem

como objetivo introduzir os principais conceitos, a respeito do equipamento estudado e

também introduzir alguns conceitos de automação.

2.1 Como funciona o “Síncrotron”

O caminho dos elétrons se inicia no canhão de elétrons. Eles são acelerados

retilineamente por um campo elétrico até energias da ordem de centenas de milhares de

elétron-volts, mediante aplicação de uma alta tensão. Para acelerar elétrons as energias de

ordem de 1 MeV (Mega elétron-volts), é utilizado os aceleradores lineares (LINACs), nos

quais a energia é fornecida por uma fonte de microondas. Ainda na etapa de aceleração os

pacotes de elétrons são direcionados por campos magnéticos para o booster. Desta forma,

quando os pacotes de elétrons entram em órbita no interior do booster, ele elevada a corrente

do feixe. [ 4]

Já acelerados, os pacotes de elétrons são guiados por campos magnéticos para a órbita do

anel de armazenamento. O anel de armazenamento existente no LNLS tem capacidade para

24 linhas de luz.

No anel existem ramificações logo após os dipolos, onde o feixe de elétrons faz as curvas

e é nessa mudança de trajetória que é gerada a radiação Síncrotron. Em cada ramificação são

instaladas as linhas de luz e em cada uma existe uma estação experimental. Cada estação é

formada por equipamentos e instrumentação que permitem ao cientista realizar pesquisas

utilizando a luz Síncrotron. Uma estação experimental inclui o sistema porta-amostra no qual

é colocada a amostra do material que se quer analisar, aparelho goniométrico permite

posicionar a amostra para receber adequadamente a incidência da luz Síncrotron e detectores

de feixes de fótons espalhados ou transmitidos que registram os acontecimentos físicos que

ocorrem nos átomos e moléculas do material em estudo.

- 15-

Figura 1 - Aplicação de um goniômetro comercial como posicionador de um porta amostra[3]

Figura 2 - Desenho de um Laboratório Sincrotron. [ 2]

2.2 Partes de um goniômetro

2.2.1 Motor de passo

FUNCIONAMENTO BÁSICO DO MOTOR DE PASSO [6]

Os motores de passo são projetados com enrolamento em mais de uma fase. A quantidade

de passos por volta é determinado pela quantidade de pólos. O deslocamento depende da

corrente aplicada nas bobinas (denominado como pulsos), essa seqüência de pulsos pemite ao

motor desenvolver o deslocamento desejado.

- 16-

1- O solenóide do topo (1) está ativado, atraindo o dente

superior do eixo

2- O solenóide do topo (1) é desativado, e o solenóide da

direita (2) é ativado, movendo o quarto dente mais

próximo à direita. Isto resulta em uma rotação de 3.6°.

3- O solenóide inferior (3) é ativado; outra rotação de 3.6°

ocorre.

4- O solenóide à esquerda (4) é ativado, rodando

novamente o eixo em 3.6°. Quando o solenóide do topo (1)

for ativado novamante, o eixo terá rodado em um dente de

posição, como existem 25 dentes, serão necessários 100

passos para uma rotação completa.

Figura 3 - Motor de passo, princípio de funcionamento.

O motor de passo converte energia elétrica em movimento controlado através de

pulsos, o que possibilita o deslocamento por passo. Uma vantagem do motor de passos em

relação aos outros motores é a estabilidade. Quando quiser obter uma rotação específica, basta

calcular o número de rotações por pulsos, o que nos possibilita uma boa precisão no

movimento.

Principais características de um motor de passo são:

• Graus por Passo = É calculado através do número de passos por volta. Os valores

mais comum para esta característica, também referida como resolution, são 0.72, 1.8,

3.6, 7.5, 15 e até 90 graus.

• Momento de Frenagem = É o momento máximo que o motor agüenta com o rotor

bloqueado, sem perda de passos.

• Momento (Torque) = Efeito rotativo de uma força, medindo a partir do produto da

mesma pela distância perpendicular até o ponto em que ela atua partindo de sua linha

de ação.

• Taxa de Andamento = regime de operação atingido após uma aceleração suave.

- 17-

• Momento de Inércia = medida da resistência mecânica oferecida por um corpo à

aceleração angular.

• Tensão de trabalho = A tensão em que trabalha o motor é fundamental na obtenção do

torque do componente. A tensão de trabalho do motor não necessariamente deve ser a

tensão utilizada na lógica do circuito. Os valores normalmente encontrados variam de

5V à 48V.

2.2.2 Driver de controle do motor de passo

Para funcionar um motor de passo, é necessário algum equipamento que controle o envio

de pulsos nas bobinas, de tal forma que o motor faça os movimentos desejados. Esse controle

é feito normalmente por um driver. Existem muitos tipos de driver, nesse trabalho foi

utilizado o do tipo micro-processado.

O driver modelo EZHR17EN do fabricante All Motion, possibilita controlar o motor de

passo com alta resolução. Driver conta com um controlador com entrada para encoder

Feedback, ou seja, ele possibilita controlar a posição real do motor de passo.

Características:

- Com 4-fios simples interliga até 16 drives

- 2A de corrente reversível (PWM) driver passos

- Operado de 10V a 40V

- Comunicação RS232, RS485 or USB

- Instalado EEPROM para armazenagem do programa

- Opcional operação independente sem estar conectado ao PC

- Opcional segundo motor de passo ou motor DC “daughter card”

- Equipado com opto-chaves inputs

- 1/2 a 1/256 step de controle bipolar

- Mais de 16 milhões microsteps/segundos

- Cavro DT ou OEM protocolo compatível

- Corrente auto selecionável após a conclusão

- Passo com 4 MHz freqüência.

- Modo encoder secundário

- 18-

- Totalmente programáveis rampas e velocidades

- Saídas quatro digitais I/O; e duas 1A On/Off driver para acionar relé, motores DC,

solenóide, etc.

- Chave selecionadora de endereço do dispositivo (16 possíveis endereços).

- Software-configurável "Mover" e "Parado"

2.2.3 Encoder

Encoder é um sensor que converte movimentos lineares ou angulares em informações

para um sistema, permitindo assim, saber qual a posição atual do robô, motor, ou qualquer

que seja o dispositivo monitorado. Essas informações detectadas pelo encoder são

transformadas em sinais elétricos binários, com isso um sistema que esteja recebendo esses

sinais pode converter em informações como posição, velocidades e aceleração.

Dentre os diversos tipos de encoder, o que será utilizado é um sensor óptico micro

processado. Ele é composto pelo vidro raiado, pela cabeça óptica e pela eletrônica, sua

instalação é feita no equipamento de tal forma que o sensor óptico corra sobre o vidro raiado,

com isso ele transmite para a eletrônica o sinal de movimento. A eletrônica trata esse sinal de

acordo com as configurações pré-estabelecidas.

O encoder escolhido para se utilizar no protótipo foi o modelo Mercury 3000 do

fabricante MicroE Systems.

Figura 4 - Imagem das partes que compõe o encoder, eletrônica leitor e escala de vidro . [7]

- 19-

2.3 LabVIEW

O LabVIEW (Laboratory Virtual Instruments Engineering Workbench) é uma

linguagem de programação diferente pois ao invés de utilizar linhas de códigos, utiliza-se uma

linguagem gráfica, composta por muitos módulos conectados. O LabVIEW é considerado um

instrumento virtual, devido ao fato de poder simular instrumentos, como osciloscópio

multímetros etc. Ele possui ferramentas para análises, monitoramento e armazenagem de

dados.

No LabVIEW o usuário desenvolve seu painel de monitoramento com indicadores,

botões, potenciômetros, discadores e mostradores de saída entre outros. Depois de construir a

interface são construídas as estruturas de controles. A comunicação de entradas e saídas pode

ser feitas por GPIB, PXI, VXI, RS232, RS485, TCP/IP e USB entre outros .

Os programas no LabVIEW são chamados de Virtual Intruments (VI’s) porque a

aparência e as operações simulam instrumentos reais

2.4 Comunicação RS 232 / RS 485 [5]

A interface de comunicação é definida de acordo com a aplicação, a porta serial do

computador se comunica através do RS232, que surgiu na década de 60, para padronização de

transferência de dados entre equipamentos. Essa interface que foi criada para comunicação de

curta distância entre o computador central (mainframe) e terminais de computador remotos,

ou entre dois terminais. Em muitos casos ela não atende as necessidades das indústrias.

No RS 232 os sinais são representados por níveis de tensão referentes ao terra. Ele possuí

3 fios, um para transmissão, outro para recepção e o fio terra para referência dos níveis de

tensão. A necessidade do terra comum entre os dois circuitos limita o comprimento do cabo

em aproximadamente dez metros, os principais fatores são a resistência do cabo e

interferências ao longo do cabo.

No RS 485 utiliza-se um princípio diferente, no qual apenas dois fios são utilizados, não

necessitando do terra. Nesse caso tem-se nível lógico 1 quando, A for positivo e B negativo,

conseqüentemente tem-se nível lógico 0 quando B for positivo e A negativo.Verifica-se que o

nível lógico é determinado pela diferença de tensão entre os fios, daí o nome de modo de

operação diferencial. Essa configuração permite que o cabo possua longas distâncias, sem

perdas do sinal.

- 20-

Uma vantagem do padrão RS-485 é que ele é facilmente convertido para o padrão RS-

232, com um circuito utilizando um CI, assim tem-se a compatibilidade. Existem dispositivos

no mercado, visto que a maioria dos computadores já possui saída RS-232.

- 21-

3 MATERIAL E MÉTODOS

O objetivo deste capítulo é apresentar o funcionamento do goniômetro e expor as

melhorias desenvolvidas por esse trabalho, de forma detalhada em cada etapa.

3.1 Desenho

O desenho foi feito baseado na última versão do protótipo do LNLS. Como se pode

observar na figura 4 e 5, o desenho do equipamento foi modificado nos seguintes aspectos:

- Foi adicionado um compartimento para instalação da placa do driver e receber os plugs

(de entrada e de saída), indicado com a letra “A”.

- Na parte inferior foi feito uma adaptação para fixar o disco raiado de vidro do encoder

na base móvel, indicado com a letra “B”.

- Na base fixa, foi desenhado um suporte para o leitor óptico do encoder.

Um detalhe é que toda a fiação ficará interna e toda comunicação será por apenas dois

plugs, um de entrada e outro de saída já que a placa do driver permite a instalação de até 16

motores em série. Isso é possível, pois o cabo de comunicação além de transmitir dados

alfanuméricos é utilizado para alimentar o sistema, isso simplifica a instalação possibilitando

que qualquer usuário a faça.

Figura 5 - Imagem superior do goniômetro adaptado para receber o driver.

A

- 22-

Figura 6 - Imagem inferior do goniômetro adaptado para receber o disco do encoder.

3.2 Desenvolvimento do protótipo

3.2.1 Protótipo

Não foi possível a fabricação do protótipo do goniômetro proposto nesse trabalho, então

foi utilizada uma mesa de teste linear, para desenvolver a lógica de programação a montagem

com os componentes.

O protótipo de testes é constituído por um motor de passo instalado em uma base

metálica. O eixo do motor foi acoplado ao ‘Parafuso micrométrico’ e o parafuso é preso em

uma mesa de deslocamento linear. Para realizar as medições foi istalado um encoder na lateral

da mesa. Na base fixou-se o leitor óptico e na mesa a escala de vidro como pode-se observar

na figura 6.

B

- 23-

Figura 7 - Foto do protótipo linear.

No goniômetro, o giro do motor de passo é reduzido de acordo com a relação de

engrenagem da coroa e a rosca sem fim, já na mesa linear utilizada a rotação do motor será

tranformada em movimento linerar de acordo com a relação do parafuso micrométrico.

O parafuso micrométrico possui a relação de 500 microns por volta, ou seja, cada 360° do

motor a mesa percorrerá 500 microns. Essa relação será utilizada na programação para

converter o giro do motor em movimento linear.

3.2.2 Instalação do driver / encoder

O driver é responsável por toda a comunicação entre o protótipo e o computador. Para

isso, ele necessita ser ligado ao computador, ao motor de passo e ao encoder. Como se pode

ver no esquema na figura 7, foram feitas as seguintes ligações:

- O drive da Allmotion modelo EZHR17EN, se comunica pela RS485, para ligar-se

diretamente ao computador, visto que o computador de comunica com o RS232, necessitou-

se de um conversor de RS485 para RS232, disponibilizado pelo fabricante. O conversor foi

Leitor óptico (encoder)

Motor de passo Driver Mesa em X

- 24-

ligado ao computador na porta serial. Nele é ligado uma fonte de 12 a 40V e o cabo de

comunicação até a placa do driver.

- O encoder foi ligado primeiramente a um “filtro” e depois a placa do driver. O filtro tem

como objetivo transformar os sinais do encoder em sinais diferenciais, que, a princípio, são

menos sensíveis a ruídos. Se o aterramento de todo o conjunto for bom, ela pode ser

desnecessária. A montagem do “filtro” seguiu as recomendações do fabricante do encoder.

Foi utilizado um circuito integrado DS26C32A, para instalação conforme figura 8. A direita

da imagem são as entradas vindas do encoder e a esquerda são as saídas para o driver.

Figura 8 - Esquema de ligação driver , motor de passo, computador e encoder .

- 25-

Figura 9 - Esquema da placa do “filtro” com entradas e saídas

3.2.3 Instalação do Motor de passo

O motor de passo que foi ligado diretamente no driver contém 4 bobinas, portanto sua

saída possuí oito fios, o que possibilita trabalhar independentemente as 4 bobinas.

O driver trabalha com apenas duas bobinas, portanto para utilizar esse motor deve-se

ligar as bobinas em série, 2 e 2 de acordo com a figura 9. Foram ligados os fios 2 e 3 e

também 7 e 6, com isso tem-se as bobinas em série nos fios 1-4 e 5-8. Cada bobina do motor

tem 5ohms, ligando em série tem-se 10ohms. Como a tensão de trabalho é de 10 volts a

corrente será de 1A, em média, desta forma atende a corrente máxima do driver que é de 2A.

Figura 10 - Esquemas de fiação do motor de passo

- 26-

3.3 Programação em LabVIEW

A linguagem de programação escolhida para o projeto foi o LabVIEW (Laboratory

Virtual Instruments Engineering Workbench). Trata-se de uma linguagem de programação

desenvolvida pela National Instruments. A escolha se justifica por diversos fatores, como a

facilidade de desenvolver a programação, possibilidade de comunicação via serial,

necessidade de interface gráfica com o usuário.

3.3.1 Comunicação

A programação no LabVIEW é feita através de blocos, isso facilita tanto a programação

quanto a visualização. Ele possui blocos para comunicação com diversas portas do

computador. Neste trabalho foi utilizada a porta serial.

Para isso, foi desenvolvida a programação conforme a figura 10. Ela começa com um

bloco chamado “VISA serial”, nele é feita a configuração da porta serial. O próximo passo é a

escrita do comando através de uma “string” no outro bloco chamado “VISA abc W” que envia

o comando para a porta serial.

Figura 11 – Programação para envio de alfanuméricos na porta serial.

- 27-

A partir do comando enviado, o driver executa alguma ação que pode ser algum

movimento seguido de um resposta de feedback ou apenas uma resposta. Essa resposta será

lida por um outro bloco chamado “VISA abc R”, nele tem uma saída de informação no

formato “string”. Pode-se observar na figura 11 um exemplo de leitura da resposta do driver.

Figura 12 - Programação para receber a resposta de algum comando.

3.3.2 Armazenagem dos dados

Para que seja possível um registro dos dados coletados é utilizado um bloco que possibilita

gravar qualquer informação em um determinado instante. Ele gera um arquivo com todas as

informações do layout definido pelo programador. Com isso, pode-se exportar esse arquivo

para qualquer software que tenha compatibilidade com a extensão gerada.

O bloco “Write to Measurement File”, como pode-se observar na figura 12, possui varias

entradas que configuram a gravação do arquivo. As mais importantes são as “Signal” e

“Enable” que é a entrada dos sinais que serão gravados e a entrada que indica o instante a ser

gravado, respectivamente.

- 28-

Figura 13 – Bloco utilizado para armazenamento de dados.

3.3.3 Interface gráfica do programa

A interface gráfica do programa, foi desenvolvida para que o usuário, em uma tela,

tenha acesso a todos os comandos e configurações. Foi utilizada uma estrutura chamada

“TabControl” do LABView (são as “abas” que facilitam a navegação no programa).

Pode-se verificar na Figura 13 que a área de trabalho foi dividida em duas partes, a de

monitoramento e a de controle. Desta forma, pode-se verificar todas as informações em tempo

real e executar as ações.

Figura 14 – Área de trabalho do programa de controle do goniômetro.

- 29-

3.4 Resultados

Para analisar a resposta do sistema, foi utilizado o protótipo já com a programação

pronta. Para isso foi realizada 10 medições de movimentação linear, em deslocamentos de 100

em 100 µm. Desse movimento foi calculado o erro do sistema. Analisando, a média foi

relativamente baixa, em média 0,025µm, mas como se pode observar no figura 14, o erro de

cada ponto medido é alto chegando a mais de 10 µm.

-15

-10

-5

0

5

10

15

1 9 17 25 33 41 49 57 65 73 81 89 97 105

Pontos medidos a cada 100micrometro

Err

o em

mic

rom

etro

s

Série1

Série2

Série3

Série4

Série5

Série6

Série7

Série8

Série9

Série10

Figura 15 – Gráfico do erro em µm, para cada deslocamento de 100µm linear.

Para se conseguir erros em menor amplitude, foi desenvolvida uma rotina na

programação para correção do erro, quando este for maior que a tolerância indicada pelo

usuário. Lembrando que a tolerância mínima depende da construção mecânica, ou seja, é

impossível que conseguir uma precisão no posicionamento menor que um limite definido pela

construção mecânica.

A programação foi feita da seguinte forma: primeiramente o usuário realiza a

movimentação desejada após a execução do movimento, então é feita uma subtração da

- 30-

posição que a mesa móvel está fisicamente e a posição onde ela deveria estar. Desta forma se

tem o erro naquele instante.

O erro é analisado e caso seja maior que a tolerância, então é realizada a correção. Na

correção é feito um movimento de 100µm para um sentido oposto ao movimento. Aguarda-se

500mili segundos e então retorna-se a mesa a distância calculada para corrigir o erro no outro

sentido, quantas vezes for preciso.

Essa manobra é realizada na tentativa de amenizar o erro causado pela folga que existe na

rosca do parafuso micrométrico. Ele retorna no sentido oposto ao movimento e depois é

posicionado corretamente, dessa forma esse efeito é amenizado.

Foi realizado um teste idêntico ao anterior para se comparar os resultados. Pode-se

observar na figura 16, que o erro de cada ponto medido ficou abaixo de 1,0µm, um resultado

aproximadamente 10 vezes mais baixo, isso representa que utilizando a correção do software

pode-se ter um sistema com maior precisão. Não foi observado nenhuma seqüência lógica do

erro os sinais ficaram dispersos.

-1,5

-1

-0,5

0

0,5

1

1,5

1 10 19 28 37 46 55 64 73 82 91 100

Pontos medidos a cada 100micrometros

Erro

em m

icro

met

ros

Série1

Série2

Série3

Série4

Série5

Série6

Série7

Série8

Série9

Série10

Figura 16 – Gráfico do erro em µm corrigido com tolerância de 1 µm, para cada deslocamento de 100µm linear.

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4 CONCLUSÃO

A proposta do trabalho foi desenvolver a automação do goniômetro utilizado nas linhas

de luz do LNLS. Neste trabalho foi realizado a adaptação dos desenhos 3D, montagem de

uma bancada de teste e programação em LABView.

Foi possível a comunicação entre o encoder, drive e o computador. A programação foi

feita de tal forma que se pode garantir por intermédios de medidas coletadas em tempo real a

posição da mesa móvel. Desta forma possibilitou a correção de qualquer erro fora da

tolerância mecânica do equipamento.

Pode-se concluir então que foi atingido o objetivo de automação inicialmente proposto,

esse trabalho foi realizado em um protótipo linear, porém o mesmo princípio pode ser

aplicado também a movimentos angulares, que é o caso do goniômetro com a melhoria na

precisão do equipamento, como exposto tecnicamente nos resultados.

- 32-

4.1 Extensões

O desenho realizado foi executado a partir do último protótipo fabricado no LNLS, para

atingir uma melhor precisão mecânica, como foi constatado em relatório interno do LNLS,

deve-se utilizar engrenagens comerciais calibradas e fabricação do rolamento com arames.

Com isso o goniômetro terá uma construção mecânica com maior precisão, permitindo que

com a automação, atinja níveis de precisão de equipamentos comerciais.

Para obter equipamento proposto no inicio deste projeto, deve-se primeiramente

detalhar o desenho com as modificações proposta nesse trabalho. Fabricar as peças, comprar

os componentes de precisão e montar o protótipo.

Com a parte mecânica do protótipo montado, as instalações devem seguir a proposta

deste trabalho. E a partir daí é necessário adaptar o programa para controlar e monitorar o

goniômetro.

A programação LABView, realizada nesse trabalho está contemplando as funções

básicas de movimentações, configurações e monitoramento do movimento. A programação

juntamente com os comandos do driver, permite desenvolver funções mais complexas que

podem ser funcionais para o usuário que utilizará do goniômetro.

O programa foi desenvolvido para controlar o motor e calcular o movimento. De acordo

com a rotação corresponderá um movimento linear, através de uma relação conhecida do

parafuso micrométrico. No caso do goniômetro terá a relação entre a rosca sem fim e a coroa.

Essa entre outras modificações permitirá que o programa controle o goniômetro.

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Referências Bibliográficas

[1]BORTNYANSKY,A.; KLOPENKOV, M. M.; PAVLOVETS, M. S. Microprocessor

Controlled Four-Axis Goniometer. Efremov Research Institute of Electrophysical Apparatus,

Petersburg, Russia, 1996.

[2]http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/60/Sch%C3%A9ma_de_principe_du_s

ynchrotron.jpg. Acesso em 24/05/2008.

[3]http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4a/Synchrotron_radiation.jpg Acesso

em 21/09/2008.

[4]http://www.canalciencia.ibict.br/pesquisas/pesquisa.php?ref_pesquisa=92. Acesso em

24/05/2008.

[5]www.coinfo.cefetpb.edu.br/professor/leonidas/irc/apostilas/comun_serial.pdf Acesso em

20/06/2008.

[6]http://www2.eletronica.org/artigos/outros/estudo-do-motor-de-passo-e-seu-controle-digital.

Acesso em 08/06/2008

[7]MicroE Systems DS-M3000 Rev E © 2006 Disponível via URL em:

www.microesys.com Acesso em 10/05/2008.

[8]LNLS, Laboratório Nacional de Luz Sincrotron. Relatório interno do desenvolvimento de

um goniômetro para as linhas de luz, Grupo de Projetos, 2007.

[9]LNLS, Laboratório Nacional de Luz Síncrotron. URL www.lnls.br. Acesso em

15/05/2008.

[10]THOMAZINI, Daniel; ALBUQUERQUE, Pedro U. B. de. Sensores industriais:

fundamentos e aplicações. 4. ed., rev. São Paulo: Érica, 2007 220 p.