curso de extensÃo turma 02 nutrientes, substâncias ... · em situações em que se persegue a...
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Prof. Me. Paulo Marconi
Nutrientes, Substâncias Isoladas
e Exercício Físico
CURSO DE EXTENSÃO – TURMA 02
Compêndio de Atividades Físicas: uma
contribuição aos pesquisadores e
profissionais em Fisiologia do Exercício
Paulo de Tarso Veras Farinatti, 2003
Em situações em que se persegue a
perda de peso com diminuição do
percentual de gordura corporal, é
fundamental compatibilizar a ingestão
com o dispêndio calórico, atingindo-se
os objetivos sem prejuízo de processos
fisiológicos.
Individualidade Biológica
VIAS DE SINALIZAÇÃO
Aluno busca..
NUTRIÇÃO
DESCANSO TREINO
(PRESCRIÇÃO)
MACRONUTRIENTES CARBOIDRATOS
LIPÍDEOS PROTEÍNAS
MICRONUTRIENTES VITAMINAS MINERAIS
ÁGUA
CONTRAÇÃO
TEMPERATURA
RESPIRAÇÃO
CIRCULAÇÃO
SISTEMA NERVOSO
SÍNTESE E DEGRADAÇÃO
EXCREÇÃO
Fontes de energia devem ser fornecidas
regularmente para atender às necessidades
de energia para sobrevivência do corpo
Energia
Síntese e manutenção dos tecidos
Condução elétrica nervosa
Trabalho mecânico muscular
Produção de calor –
manutenção TCI Lactação
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DA CÉLULA
Necessidade Energética
É a quantidade de calorias provenientes dos
alimentos necessárias para a manutenção da
saúde, compatíveis com o funcionamento fisiológico
e social satisfatório
(OMS, 1997)
Os estudos científicos vêm demonstrando que a performance e a saúde de atletas podem ser
beneficiadas com a modificação dietética.
Pode-se afirmar que o atleta que deseja otimizar sua performance, antes de qualquer
manipulação nutricional, precisa adotar um comportamento alimentar adequado ao seu
esforço, em termos de quantidade e variedade, levando em consideração o que está
estabelecido como alimentação saudável.
Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do
Esporte - 2009
Estimativas das necessidades
energéticas
Crucial no acompanhamento nutricional
Várias referências: FAO/OMS,
Harris-Benedict, IOM
Considerar a individualidade
Balanço energético
BALANÇO ENERGÉTICO é o equilíbrio entre o
consumo de calorias provenientes de alimentos
(carboidratos, proteínas, lipídeos) e o gasto energético
total pelo organismo.
Energia
consumida
Energia
gasta
Peso
Insulina
GH
T3 E T4
CORTISOL
Aldosterona Angio II
NORA
Adrenalina
Glucagon
Diferentes tempos de regeneração de diversos sistemas biológicos
Reação 1: PCr + ADP + H+ ATP + Creatina
Reação 2: ADP + ADP ATP + AMP
Reação 3: AMP + H2O + H+ IMP + NH3
Acúmulo de IMP se dá: Regeneração do AMP não é capaz de superar a desaminação a IMP durante o exercício físico contínuo e intenso.
Concentração de PCr muscular Concentração de lactato em várias velocidades
RECURSO NUTRICIONAL
PERFORMANCE
PROTEÍNAS
CARBOIDRATO
LIPÍDEOS
MACRONUTRIENTES
Carboidrato
Papel central em todos os metabolismos;
Substrato energético universal para as células humanas;
Fonte de carbono para a síntese de muitos outros compostos;
Hormônios contra-reguladores.
Diferenças de Carboidratos para o Treino
Monossacarídeo
Dissacarídeo
Oligossacarídeo
Polissacarídeo
GLICOGÊNIO
GLICOGÊNIO
GLICOGÊNIO FOSFORILASE
FOSFOGLICOMUTASE
GLICOSE-1-FOSTATO
GLICOSE-6-FOSTATO (G6P)
Carboidratos Ingeridos – Antes do Treino e/ou Competição
Não induza um pico Glicêmico
Índice glicêmico baixo ou moderado
Tempo de consumo e quantidade
Glicose e Exercício Físico
A oxidação da glicose responde por 75-89% da oxidação de CHO durante exercício leve prolongado até a exaustão.
Durante o exercício prolongado, quando o glicogênio torna-se depletado, o consumo de glicose responde a 100% do metabolismo dos CHO.
Como Preparo uma Bebida a base de Carboidrato?
Qual a concentração de Carboidrato?
6 a 8%
9% ou mais
Esvaziamento gástrico comprometido
Homens e mulheres fisicamente ativos – 50 a 60% (CHO complexos) não refinados. (400 a 600g)
Durante treinamento até 70% VC Total.
Para otimizar a recuperação muscular de atletas, recomenda-se o consumo de 5 a 8gr/Kg/dia e em atividades de longa duração ou, em período de treinamento intenso até 10gr/Kg/dia.
Recomendações
Dieta com variação de Carboidrato
A quantidade de glicogênio muscular, avaliado por biópsia, após 24h de recuperação foi maior para as refeições de alto índice glicêmico (106 ± 11,7mmol/Kg de peso seco) do que para as de moderado índice glicêmico (71,5 ± 6,5mmol/Kg de peso seco) (BURKE et al., 1993).
“Muscle Glycogen storage after prolonged exercise: Effect of the glycemic index of carbohydrate feedings’. Journal of Applied Physiology, v. 75, 1993, p. 1019-23
Carboidratos Vendidos Sacarose
Mel
Melaço
Mel de abelha
Mel Karo
Carb up
Maltodextrina
Dextrose
Waxi Maize
Palatinose
Outras fontes de Carboidratos – Alimentos
Sólidos
Palatinose
A Palatinose é um carboidrato branco, puro e cristalino, derivado da fonte natural de sacarose. Ele pode ser encontrado , por exemplo, em mel e extrato de cana-de-açúcar.
Totalmente digerível e lentamente liberado; fornece glicose de uma forma mais equilibrada, fornecendo assim energia prolongada.
Além de ser de baixo índice glicêmico, baixo índice insulinêmico.
Palatinose
O nome genérico deste isômero da sacarose é isomaltulose.
Palatinose é feita a partir da sacarose por rearranjo enzimático, combinando ainda a molécula a glicose e a molécula de frutose.
Produzida num processo biotecnológico.
Protaminobacter rubrum garante a sua fonte de alimento, criando o seu próprio carboidrato que não pode ser usado como uma fonte de energia pela maioria dos microorganismos concorrentes.
Palatinose
O Protaminobacter rubrum é capaz de reorganizar este vínculo, resultando em um novo carboidrato com uma maior estabilidade da articulação e uma estrutura tridimensional que é "menos atraente" para os outros microorganismos. O carboidrato resultante é palatinose.
Palatinose
A hidrólise lenta, mas completa , e a absorção de palatinose é refletida em sua resposta característica de glicose no sangue.
A Palatinose apresenta muito baixo índice glicêmico , com um índice glicêmico (IG) de 32.
Fornece mais energia por mais tempo: proporciona uma liberação de energia sustentável.
Ela é hidrolisada e absorvida de quatro a cinco vezes mais lentamente que a sacarose, devido à forte ligação de sua glicose e frutose componente
Palatinose
Desta forma, importantes reservas de glicogênio hepático e muscular ficam disponíveis para serem utilizadas quando são realmente necessárias.
A palatinose é lentamente, mas totalmente digerida e absorvida no intestino.
A clivagem e absorção é lenta, mas a tolerância total, gastrintestinal é comparável a da sacarose, mesmo em elevados níveis de ingestão.
Fonte: Alberts, 2004
10
20
30
40
50
60
70
0 15 30 45 60 75 90 105
Glicose
Sulfonilureias
Aminoácidos
Alguns Hormônios
Fase 1: Aguda
Glicose
Insulina pré-formada
Insulina recém-formada
Pré-insulina
Fase 2: Lenta
Tempo: Minutos
Secreção de Insulina - BIFÁSICA
Fonte: Devlin 2007
FIGURA 2 Inter-relações metabólicas dos principais tecidos no estado de jejum inicial.
METABOLISMO
Somatório de todas as transformações químicas que ocorrem em uma determinada célula ou organismo, compreende uma série de reações catalisadas enzimaticamente, as quais constituem as vias metabólicas, onde o precursor é transformado em produto por meio de uma série intermediários denominados METABÓLITOS.
Glicogênio
Glicose-6-fosfato
Síntese do glicogênio Degradação do glicogênio
Glicose
Gliconeogênese Glicólise
Piruvato
Aminoácidos Acetil-CoA Lactato
Aeróbios – 2,5mmol.Kg-1dm.s-1 de ATP.
Anaeróbios - 11mmol.Kg-1dm.s-1 de ATP, porém restrita somente ao citoplasma e podendo ser mantida por alguns minutos apenas.
Fonte: Tirapegui, 2012
A utilização da glicose não se restringe somente ao citoplasma, o maior saldo de ATP´s é proveniente da oxidação deste nutriente pela mitocôndria oferecendo cerca de 32,5 ATP´s por mol de glicose oxidada (saldo de ATP´s revisado recentemente dado o novo rendimento de ATP por cada NADH e FADH2 na cadeia respiratória: 1 NADH = 2,25ATP´s e 1 FADH2 = 1,5 ATP´s). Fonte: Tirapegui, 2012
Gliceraldeído 3-fosfato
Diidroxiacetona fosfato
Glicose 6- fosfato
GLICOSE
Hexoquinase
ATP
ADP
Frutose 6- fosfato
Fosfoglicose isomerase
ADP Frutose 1,6-bifosfato
Fosfofrutoquinase
ATP
Gliceraldeído 3-fostato Aldolase
Triose fostato isomerase
1a – FASE DA GLICÓLISE
Gliceraldeído 3-fostato
Gliceraldeído fosfato desidrogenase
NAD+
1,3-Bifosfoglicerato NADH Pi
3-Fosfoglicerato
ADP
Fosfoglicerato quinase
ATP
2-Fosfoglicerato
Fosfoglicerato mutase
Fosfenolpiruvado
Enolase
PIRUVATO
Piruvado quinase
ADP ATP
MITOCÔNDRIA
2a – FASE DA GLICÓLISE
GLICOSE
GLICOSE
PIRUVATO
ACETIL CoA
O2
GLICOSE
PIRUVATO
O2
Ácido Lático
H+ + Lactato Saldo : 2 ATP´s
Anaeróbio
Aeróbio
Gliceraldeído-3-fosfato
NAD+
Pi
NADH + H+
1,3 bifosfoglicerato
PIRUVATO
LACTATO DESIDROGENASE-LDH
O2
↓O2
ÁCIDO LÁTICO
H+ LACTATO
32,5 ATP´s
2 ATP´S
(-) PFK-1
pH (↓)
Ácido Lático Lactato
Ácido Lático
H+ + Lactato
A medição de lactato no sangue tem sido um parâmetro metabólico frequentemente utilizado para quantificar a intensidade do esforço realizado pelo atleta durante treinamentos e competições em diversas modalidades esportivas.
Lactato
Pode ser definido como a intensidade de exercício em que a concentração sanguínea de lactato começa a aumentar abruptamente ou com a intensidade de exercício em que uma concentração sanguínea fixa de lactato é atingida, que é de 2,0 a 2,5 mMol/L.
Limiar de Lactato
RELAÇÃO LACTATO VS INTENSIDADE DE EXERCÍCIO
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
VELOCIDADE (Km/h)
0
2
4
6
8
10
12
14 L
AC
TA
TO
(M
m)
Limiar Anaeróbio
(Lan)
FIM