curso de oratoria espen apostila

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1 Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano SUMÁRIO 1. OBJETIVOS DO TREINAMENTO ......................................................................................... 2 2. ORATÓRIA ........................................................................................................................... 2 3. COMUNICAÇÃO E SEUS ELEMENTOS BÁSICOS ............................................................. 2 4. CUIDADOS INDISPENSÁVEIS NA ORATÓRIA ................................................................... 2 4.1. Regras importantes ..................................................................................................... 2 5. O SEGREDO: A PREPARAÇÃO .......................................................................................... 3 6. PREPARAÇÃO FISIOLÓGICA ............................................................................................. 3 6.1. Respiração ideal .......................................................................................................... 3 6.2. Respiração programada .............................................................................................. 4 7. PREPARAÇÃO EMOCIONAL .............................................................................................. 4 7.1. Técnica para eliminar a Timidez ................................................................................. 5 7.2. O branco ....................................................................................................................... 6 8. PREPARAÇÃO TÉCNICA .................................................................................................... 7 8.1. O improviso .................................................................................................................. 7 8.2. Projeto da palestra/discurso ....................................................................................... 7 8.3. Estruturar a palestra/discurso .................................................................................... 8 8.4. Corpo da palestra/discurso ......................................................................................... 9 8.5. Conclusão .................................................................................................................. 10 8.6. Epílogo ....................................................................................................................... 10 8.7. Revisar o conteúdo.................................................................................................... 10 8.8. Treinar diante do espelho ......................................................................................... 10 9. ELEMENTOS ENRIQUECEDORES DA MENSAGEM ........................................................ 11 9.1. Palavras processuais ................................................................................................ 11 9.2. Fonoarticulação ......................................................................................................... 11 9.3. Sistema Periférico Gestual - Gestos......................................................................... 13 9.4. Sistema Periférico Corporal - Postura...................................................................... 17 9.5. Impostação da voz e códigos para-lingüísticos ...................................................... 18 10. EVITE ERROS GRAMATICAIS PERCEPTÍVEIS NA FALA............................................ 22 11. MARKETING PESSOAL ................................................................................................. 26 11.1. Água, alimentação e toalete ...................................................................................... 26 11.2. Como se vestir ........................................................................................................... 27 11.3. Como se dirigir à tribuna........................................................................................... 27 12. A HORA DA VERDADE .................................................................................................. 27 12.1. A quem saudar ........................................................................................................... 27 12.2. Eu ou nós ................................................................................................................... 27 12.3. Como segurar o papel ............................................................................................... 27 12.4. Uso do microfone no pedestal .................................................................................. 27 12.5. Uso do microfone na mão ......................................................................................... 27 13. APRESENTAÇÕES VISUAIS – O PODER DA IMAGEM................................................ 28 13.1. Benefícios das apresentações visuais ..................................................................... 28 13.2. Tornando suas apresentações visuais e sua palestra profissionais ..................... 28 14. COMO USAR O DATA SHOW ........................................................................................ 28 14.1. Dicas para uma apresentação tranqüila com o datashow: ..................................... 29 14.2. Esperando o inesperado ........................................................................................... 29 15. FORMAS DE TRATAMENTO ......................................................................................... 30 16. GLOSSÁRIO ................................................................................................................... 31 17. ANEXO: COMO DAR NÓ EM GRAVATA ....................................................................... 32 18. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................... 32

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Page 1: Curso de Oratoria Espen Apostila

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano SUMÁRIO

1. OBJETIVOS DO TREINAMENTO ......................................................................................... 2

2. ORATÓRIA ........................................................................................................................... 2

3. COMUNICAÇÃO E SEUS ELEMENTOS BÁSICOS ............................................................. 2

4. CUIDADOS INDISPENSÁVEIS NA ORATÓRIA ................................................................... 2

4.1. Regras importantes ..................................................................................................... 2

5. O SEGREDO: A PREPARAÇÃO .......................................................................................... 3

6. PREPARAÇÃO FISIOLÓGICA ............................................................................................. 3

6.1. Respiração ideal .......................................................................................................... 3

6.2. Respiração programada .............................................................................................. 4

7. PREPARAÇÃO EMOCIONAL .............................................................................................. 4

7.1. Técnica para eliminar a Timidez ................................................................................. 5

7.2. O branco ....................................................................................................................... 6

8. PREPARAÇÃO TÉCNICA .................................................................................................... 7

8.1. O improviso .................................................................................................................. 7

8.2. Projeto da palestra/discurso ....................................................................................... 7

8.3. Estruturar a palestra/discurso .................................................................................... 8

8.4. Corpo da palestra/discurso ......................................................................................... 9

8.5. Conclusão .................................................................................................................. 10

8.6. Epílogo ....................................................................................................................... 10

8.7. Revisar o conteúdo .................................................................................................... 10

8.8. Treinar diante do espelho ......................................................................................... 10

9. ELEMENTOS ENRIQUECEDORES DA MENSAGEM ........................................................ 11

9.1. Palavras processuais ................................................................................................ 11

9.2. Fonoarticulação ......................................................................................................... 11

9.3. Sistema Periférico Gestual - Gestos ......................................................................... 13

9.4. Sistema Periférico Corporal - Postura ...................................................................... 17

9.5. Impostação da voz e códigos para-lingüísticos ...................................................... 18

10. EVITE ERROS GRAMATICAIS PERCEPTÍVEIS NA FALA ............................................ 22

11. MARKETING PESSOAL ................................................................................................. 26

11.1. Água, alimentação e toalete ...................................................................................... 26

11.2. Como se vestir ........................................................................................................... 27

11.3. Como se dirigir à tribuna ........................................................................................... 27

12. A HORA DA VERDADE .................................................................................................. 27

12.1. A quem saudar ........................................................................................................... 27

12.2. Eu ou nós ................................................................................................................... 27

12.3. Como segurar o papel ............................................................................................... 27

12.4. Uso do microfone no pedestal .................................................................................. 27

12.5. Uso do microfone na mão ......................................................................................... 27

13. APRESENTAÇÕES VISUAIS – O PODER DA IMAGEM ................................................ 28

13.1. Benefícios das apresentações visuais ..................................................................... 28

13.2. Tornando suas apresentações visuais e sua palestra profissionais ..................... 28

14. COMO USAR O DATA SHOW ........................................................................................ 28

14.1. Dicas para uma apresentação tranqüila com o datashow: ..................................... 29

14.2. Esperando o inesperado ........................................................................................... 29

15. FORMAS DE TRATAMENTO ......................................................................................... 30

16. GLOSSÁRIO ................................................................................................................... 31

17. ANEXO: COMO DAR NÓ EM GRAVATA ....................................................................... 32

18. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 32

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano

1. OBJETIVOS DO TREINAMENTO

Objetivo Geral: - Desenvolver a capacidade de falar bem, corretamente e sem inibições, de maneira mais eficaz e compreensiva para pequenos ou grandes grupos, preparando-se técnica e psicologicamente para um discurso ou palestra.

Objetivo Específico: Ao final do treinamento, os participantes estarão aptos a montar seu discurso devidamente, com introdução, desenvolvimento e conclusão, e sabendo utilizar corretamente os gestos, acompanhados da postura correta, expressão facial e emoção.

Benefícios: Desenvolvimento da personalidade, aquisição de autodomínio, destruição da inibição, melhoria nas relações públicas, visibilidade dentro da empresa e na sociedade.

2. ORATÓRIA

É a arte de falar com elegância, beleza e consistência, na hora certa e na dose certa. É por meio da oratória que conseguimos falar com sabedoria, clareza e objetividade, seja na conversa corriqueira, seja em público. 3. COMUNICAÇÃO E SEUS ELEMENTOS BÁSICOS Comunicação é o processo de transmissão e recuperação de uma mensagem. Mensagem só transmitida, sem recuperação, é comunicação pela metade. A mensagem recuperada provoca nova comunicação e o processo não termina. A comunicação envolve mais do que apenas palavras. Estas são uma pequena parte da nossa capacidade de expressão humana. Em uma apresentação diante de um público, 55% do impacto são determinados pela linguagem corporal (postura, gestos e contato visual), 38% pelo tom da voz (emoção, ritmo, sonoridade, impostação, fonoarticulação) e somente 7% pelo conteúdo da informação. Portanto, não é o que dizemos, mas como dizemos, que faz a diferença. A estrutura do processo contém três elementos básicos: 1. Alguém que comunica: Emissor 2. Alguma coisa que é comunicada: Mensagem 3. Alguém que recebe a comunicação: Receptor

Esses três elementos básicos exigem alguns mecanismos para que se dê o processo: a) Saídas pelas quais a mensagem é transmitida: Canais b) Uma linguagem própria a que se deve submeter a mensagem: Código c) Um contexto que determina a forma de dizer: Campo d) Emissor e receptor têm conceitos comuns para se comunicarem: Repertório

4. CUIDADOS INDISPENSÁVEIS NA ORATÓRIA

• Precisão de objetivos: demonstrar para o público que sabe onde quer chegar. • Organização e liderança: Seu discurso é estruturado e flui de forma lógica. • Informações na medida certa: Você apresenta as idéias de forma técnica e necessária. • Apoio suficiente para suas idéias, concepções e informações: Você apresenta

argumentos fortes e apóia as suas idéias com histórias, exemplos memoráveis. • Voz forte e discurso apaixonado: Você acredita no seu tema e está empolgado com ele; a

sua voz e a maneira de discursar expressam o que realmente está sentindo. • Pense no público e não em si próprio: você se concentra naquilo que seu público está

interessado em ouvir.

4.1. Regras importantes ☺ Ser interessante, apresentar argumentos claros e bem fundamentados. ☺ Ser divertido, eletrizar a platéia, gerar um alto nível de energia, utilizar o recurso

emocional. ☺ Ser memorável, fazer as pessoas memorizarem o que diz e notarem você.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 5. O SEGREDO: A PREPARAÇÃO

A preparação é a chave para o sucesso em oratória. Todos os grandes oradores se caracterizam pela preocupação em se preparar para suas apresentações. O que acontece na tribuna é resultado do trabalho dos bastidores. A causa de fracassos dos oradores normalmente decorre de falhas na preparação, pois se você é convidado a falar sobre determinado assunto é porque o conhece bem. Três tipos de preparação são fundamentais: Fisiológica, Emocional, Técnica.

6. PREPARAÇÃO FISIOLÓGICA

6.1. Respiração ideal A respiração ideal para fonação é a costo-abdominal. O ato respiratório se dá em três

tempos: inspiração-pausa-expiração. Na inspiração o diafragma se contrai, abaixando-se e empurrando o abdômen para frente, provocando aumento do diâmetro vertical e a elevação das costelas, deixando assim maior espaço que é ocupado pelos pulmões cheios de ar. Já na expiração, os órgãos voltam à posição normal, porque o pulmão se contrai e expulsa o ar que contém. O ar expirado é o que se utiliza na emissão vocal.

Os exercícios respiratórios são recomendados para aumentar a capacidade vital. São indispensáveis para a correção de todos os defeitos e deficiências da voz e da palavra, variando de acordo com as necessidades de cada um e as características de seu tipo respiratório. A inspiração deve ser efetuada por via nasal, pois o ar assim é filtrado, aquecido e umedecido. É aconselhável iniciar os exercícios respiratórios em posição horizontal, inspirando suave e profundamente, controlando ao mesmo tempo a dilatação lateral do tórax, o ligeiro abaulamento do ventre, contendo o ar numa pequena pausa e expirando muito lentamente. O tempo de duração da pausa e da expiração deve ser aumentado gradativamente. A retenção do ar não deve ir além de 5 segundos para não forçar a pressão sobre as pregas vocais, e a expiração deverá ser tão prolongada quanto for possível. Visando a emissão vocal, os exercícios serão feitos em combinação com emissão de sons. • Inspiração nasal, lenta e profunda, silenciosa. Pausa. Expiração nasal, lenta, suave,

prolongada. • Inspiração idêntica à anterior. Pausa. Expiração bucal soprando muito suavemente. Lábios

em posição de assoviar. • Inspiração idêntica. Pausa. Expiração em “A” disfônico. • O mesmo exercício expirando em “O” disfônico. • Inspiração rápida e profunda. Pausa. Expiração nasal sonora com a boca fechada, porém

com as maxilas separadas. • Pequenas inspirações rápidas pelo nariz até sentir que os pulmões estão cheios de ar.

Pausa. Expirar rapidamente com força. • Inspiração nasal rápida e profunda. Pausa. Expirar emitindo sons de consoantes fricativas:

ssssssssssssssssss, zzzzzzzzzzzzzzzzzz, jjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjj, ch ch ch ch ch ch ch ch ch ch. • Inspiração idêntica. Pausa. Expirar contando em voz alta: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10, etc. • Respiração com a finalidade de desobstruir as vias respiratórias: iniciar profundamente por

uma das fossas nasais; reter o ar durante longa pausa; expirar muito lentamente pela outra narina, repetindo o exercício e alternando sucessivamente as fossas nasais para a inspiração e para expiração; para facilitar, comprimir o conduto esquerdo com o anular e o direito com o polegar, trocando de cada vez.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano

6.2. Respiração programada Respiração programada – Leia o texto e só inspire onde está determinado. Pronuncie claramente todas as sílabas de cada palavra. � Analisando o problema do buraco na camada de ozônio percebemos, na prática,

como se realiza a crise ambiental planetária (inspire). Os países industriais, principalmente os Estados Unidos da América, são os principais responsáveis pela emissão de gases tóxicos que prejudicam a camada de ozônio (inspire). No entanto, sem ainda sabermos o porquê, o buraco apresentou-se em grandes dimensões em regiões como a Patagônia, na Argentina, e em outras regiões não industrializadas.

� “A gata branca capenga que gostava de pegar camundongos na copa da casa de campo do conde Gutinguetacal corre atrás da bola que rebola e bate no peito do papagaio que grita e depois no bico do galo pedrês que bebe água no balde da bica do quintal e também no papo do pato pintado que dá bicadas na pata do pacato boi preto e branco que pasta no gramado”.

� Quadrilha (Carlos Drumond de Andrade)

João amava Teresa que amava Raimundo Que amava Maria que amava Joaquim Que amava Lili que não amava ninguém João foi para os Estados Unidos Teresa para o convento Raimundo morreu de desastre Maria ficou para tia Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes Que não tinha entrado na história.

7. PREPARAÇÃO EMOCIONAL

O que cada um pensa a respeito de si próprio como orador, antes de iniciar a apresentação, terá um efeito determinante em seu desempenho. Assumir o comando dos seus pensamentos é uma necessidade contínua. Você é o(a) dono(a) dos seus pensamentos e pode pensar naquilo que você quiser.

Crie uma imagem mental de você fazendo uma apresentação de sucesso. Visualize-se mentalmente falando com entusiasmo e determinação, sendo claro(a) e convincente na sua apresentação. Visualize o auditório atento e interessado e cumprimentando-o(a) no final do discurso.

Para vencer o medo do público e ter mais segurança: Estude: Faça seu dever de casa, pesquise e se prepare. Quanto mais completos os seus

preparativos, mais você estará convencido de que o material é bom. Conheça bem o material novo: Os oradores geralmente têm medo de tentar alguma

coisa nova; mudar uma abertura que sempre funcionou. Acrescentar um material novo é perigoso? O importante é sempre assumir riscos adicionais.

Utilize acessórios visuais: são sistemas que possuem a informação organizada, incluindo todos os assuntos que o orador precisa abordar. Eles fornecem uma sensação de controle ao que geralmente parece uma situação difícil de lidar. Poupam tempo, criam interesse, adicionam variedade, ajudam os ouvintes a recordar seus pontos principais.

Crie rapport (harmonia de relação). Chegando ao ambiente onde se dará a palestra, cumprimente as pessoas que estão ali presentes e procure saber algo sobre elas.

Contagie as pessoas. Concentre-se em dizer aos ouvintes algo que você realmente ache digno do seu tempo e do tempo deles. Lembre-se de mostrar sempre ao público o quanto é vital para eles o que você está transmitindo.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano

Comporte-se como especialista. Você foi indicado(a) para falar, e por isso deve saber mais a respeito do seu tema do que a platéia. Você está lá porque é o(a) mais capaz, o(a) mais indicado(a), o(a) mais importante para aquele momento.

7.1. Técnica para eliminar a Timidez

Esta técnica, utilizada para alcançar um alto nível de segurança, irá auxiliá-lo(a) a acelerar o acesso a recursos conscientes e inconscientes. 1. Integrando o seu corpo físico. Sente-se confortavelmente em uma cadeira. Feche os olhos. Respire profundamente. Segure o ar por um momento. Exale devagar e ao mesmo tempo sinta três diferentes partes do seu corpo, enquanto repete mentalmente a palavra “relaxe”. Este é o seu sinal para o relaxamento físico. Progressivamente relaxe os músculos de seu corpo, da cabeça aos dedos dos pés, imaginando uma confortável onda de relaxamento fluindo por todo o corpo. Agradeça a cada parte do seu corpo físico, o trabalho que cada uma delas desenvolve por você e que, na maioria das vezes, passa despercebido. Converse, com carinho, com cada membro/órgão do seu corpo, tanto quanto possível. 2. Integrando sua mente. Respire profundamente. Segure o ar por um momento. Exale devagar, visualize duas cenas agradáveis de sua vida, enquanto repete mentalmente a palavra “relaxe”. Este é o seu sinal para o relaxamento mental. Deixe os pensamentos do passado e do futuro abandonarem sua mente. Mantenha sua atenção no presente momento. Imagine que, ao exalar, quaisquer tensões, ansiedades ou problemas vão indo embora. Imagine que, ao inalar, está recebendo paz e tranqüilidade para todas as partes de seu corpo. Agradeça às partes de sua mente, tanto as conscientes quanto as inconscientes, por tudo o que têm realizado por você. Elas sempre trabalharam a seu favor. Reconheça-as e se mantenha em contato com elas. 3. Acessando seu nível de recursos. Respire profundamente. Segure o ar por um momento. Exale e mentalmente ouça o seu pensamento favorito e imagine uma linda paisagem. Neste instante você dirigiu sua atenção para o seu nível de recursos e acabou de entrar no nível de aprendizagem de busca de seus recursos internos, despertando suas habilidades sensoriais. Imagine-se em um lugar bonito e tranqüilo. Reviva, o quanto possível, as experiências positivas de sua vida e mantenha consigo as sensações, imagens e sons dessas experiências, trazendo-os para o seu momento presente e mantendo-os também presentes em suas experiências futuras. Ouça, veja e sinta como é estar neste local, imagine que uma hora já tenha se passado. Agora busque em qualquer momento de sua vida uma ou mais experiências de segurança que você viveu e reviva-as. Reviver a experiência é passar por ela novamente, como se estivesse acontecendo agora. Retenha as sensações, as imagens e os sons que a experiência trouxer novamente para você, para usá-los a seu favor. 4. Afirmando e reafirmando. Reafirme sua vontade com pensamentos positivos para desenvolver, com êxito, as habilidades que irão ajudá-lo(a) a alcançar o seu objetivo. Para reforçar, deve-se autoafirmar o seguinte: “Estou completamente seguro(a) e confiante diante do público”. “Eu tenho total domínio sobre o espaço onde me apresentarei”. “Eu desejo a segurança necessária para me comunicar bem em qualquer tempo e em qualquer lugar”.

5. Retorno. Quando estiver pronto para voltar a um estado maior de atenção externa, saia do relaxamento pelo procedimento padrão. Oriente-se para o exterior de uma maneira confortável, simplesmente contando de 1 até 5. No número “5”, abra os olhos e se sinta disposto(a), alerta e relaxado(a). Mantenha com você este espírito de entusiasmo, estímulo e boa expectativa. É um exercício que você deverá praticar, até quatro vezes por dia, durante 30 dias. Cada sessão deve tomar 4 ou 5 minutos, no máximo. Você pode praticar, por exemplo: 1ª sessão - pela manhã, antes do desjejum, ainda na cama; 2ª sessão - antes do almoço; 3ª sessão - ao entardecer; 4ª sessão - na cama, antes de dormir.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano Conclusão: Prepare-se emocionalmente. Prepare-se tecnicamente. Aproveite as oportunidades: aniversários, reuniões, clubes, comunidade, festas. Faça escola em falar ao público.

7.1.1. Vencendo a timidez através do ridículo Exercício - Os meus direitos

1. Não sou, e não estou revoltado(a), mas... 2. Eu tenho direito a todos os momentos felizes que eu procurei nestes anos e não os obtive. 3. Eu tenho direito a ser feliz nesta vida, neste lugar, neste momento – não por uma

momentânea sensação de euforia, mas algo muito subsistente. 4. Eu tenho direito ao relaxamento, à diversão de maneira não destrutiva. 5. Eu tenho direito a ir em busca de pessoas, lugares e situações que me auxiliem a atingir uma

vida digna.

6. Eu tenho direito a dizer “não” sempre que eu não me sentir seguro(a) e não estiver preparado(a).

7. Eu tenho direito a não participar, de maneira ativa ou passiva, do comportamento “maluco” dos meus pais, parentes e amigos.

8. Eu tenho direito a assumir riscos calculados e experimentar novas estratégias e mudanças. 9. Eu tenho direito a mudar minha sintonia com as coisas e pessoas, meu modo agir e pensar

e minhas equações pessoais. 10. Eu tenho direito a me enganar, errar, explodir, a desapontar a mim mesmo(a) e ter de

começar de novo.

11. Eu tenho direito a me afastar da companhia de pessoas que, deliberada ou inadvertidamente, me arrasam, jogam culpas sobre mim, tentam me manipular ou me humilhar, inclusive os meus familiares que assim agirem.

12. Eu tenho direito a pôr um fim nas conversas com pessoas que me fazem sentir arrasado(a) e tentam depreciar-me.

13. Eu tenho direito a todos os meus sentimentos e emoções. 14. Eu tenho direito a confiar em meus sentimentos, meus julgamentos e minha intuição. 15. Eu tenho direito a me desenvolver como ser total, emocional, espiritual, mental, física e

psicologicamente.

16. Eu tenho direito a expressar meus sentimentos e emoções de maneira positiva, em tempo e lugar oportunos.

17. Eu tenho direito a quantas vezes eu puder, e quiser, experimentar novos conhecimentos e idéias que possam trazer mudanças à minha vida.

18. Eu tenho direito à saúde mental, um modo de vida saudável, ainda que eu me desvie, em parte, ou no todo, da filosofia de vida prescrita por meus pais e parentes.

19. Eu tenho direito a conseguir meu lugar neste mundo. 20. Eu tenho direito a seguir todos os direitos acima, a viver a minha vida do modo que eu

decidir, sem esperar que meus pais sintam-se bem, estejam felizes, precisem de ajuda, ou admitam que há, ou havia, um problema.

7.2. O branco Está relacionado com a má preparação emocional ou técnica. Quanto mais nervoso(a)

e inseguro(a) você está, mais fácil é de acontecer "o branco", isto é, quando as idéias fogem. Porém, se a palestra está bem estruturada, bem treinada, se fizer a preparação

emocional, dificilmente acontecerá "o branco". Caso ele ocorra, apesar de tudo, não insista em querer lembrar a palavra, ou a idéia que faltou. Adapte e vá em frente. Um grande macete é retornar ao ponto recém abordado, repetindo as frases num tom de voz diferente, como se estivesse enfatizando aquela idéia. Nunca dê explicações sobre seus brancos. Faça como se eles fizessem parte da palestra.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano

8. PREPARAÇÃO TÉCNICA

Nas primeiras palestras sua preparação é bastante demorada e exige muito trabalho. Não existem atalhos; não adianta procurá-los. Uma palestra não surge naturalmente da inspiração do momento, sem preparação prévia. Não se deve acreditar na sorte e na inspiração, mas sim na preparação. Se estivermos preparados, mais facilmente seremos inspirados naquele momento. O palestrante que não se organiza, levanta sem saber o que vai dizer e senta sem saber o que disse.

8.1. O improviso "Nemo dat quod non habet". - Ninguém dá o que não tem. Há uma crença equivocada de que muitos conseguem falar durante horas, de improviso. Não é bem assim. Essas pessoas já falaram dezenas de vezes sobre o assunto e já se prepararam muito bem. Subir à tribuna e falar desordenadamente, nada tem ver com o improviso. Quem pensar em improvisar um discurso deve, antes de qualquer coisa, possuir respeitada preparação intelectual, princípios sólidos, conhecimento da realidade dos fatos e grande vivência, que lhe servirão de fonte onde recorrer. Falar de improviso é fazer um discurso que não tenha sido previamente organizado. Quando for convidado(a) a alguma reunião, evento, obtenha o máximo de informações sobre o mesmo e seus participantes. Forme a sua opinião a respeito do assunto e, se for chamado(a), diga ao público o que pensa.

8.2. Projeto da palestra/discurso

� O texto todo escrito: quando você escreve o texto todo, como se fosse fazer uma apresentação lida. Redige a palestra com todos os detalhes.

� Esboço: quando você faz uma seqüência de tópicos. Várias partes que compõem a palestra.

� Anotações: quando anotamos tópicos básicos e comentários de cada um deles. Um esboço melhorado com a colocação de palavras e frases chaves.

A preparação técnica de uma palestra compreende as seguintes partes:

8.2.1. Definir o tema O tema deve ser benéfico, ou seja, quando sua mensagem contém algo que atenda a necessidade do público. Coloque o benefício que terão, se adotarem sua idéia. Ao elaborar sua palestra pergunte-se: - Como o conteúdo desta se aplica à vida das pessoas?

8.2.2. Definir o público Um aspecto importante é saber quem será o público, pois de posse desta informação

será possível adaptar a linguagem e mensagem ao público receptor. As informações sobre o público nós obtemos com quem nos convidou, visitando o lugar e conversando com as pessoas antes. Formule-se algumas perguntas:

a. Quais são as maiores necessidades e interesses da platéia? b. Qual o nível de instrução, vocabulário e conhecimento do assunto? c. Qual a média de idade e o percentual de homens e mulheres? d. Qual a finalidade da reunião, seminário, convenção? e. Qual a profissão, religião e tendência política predominante no auditório? f. Que coisas convencerão minha platéia? Demonstrações, estatísticas, historinhas, vídeos?

8.2.3. Definir o objetivo Primeira e mais importante das partes. Com a definição clara do objetivo, não estará

colocando nada sem importância na sua palestra. Para elaborar o objetivo, pergunte-se: � O que espero conseguir com o meu público? � O que espero que eles sintam e pensem após eu ter terminado? � Que efeito minhas palavras poderão ter sobre eles?

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano O importante é saber claramente o que se quer alcançar, para organizar o que fazer. Quando o objetivo de comunicação está bem definido, fica fácil determinar o que dizer ao redigir a mensagem. Torne o seu objetivo bem específico. Exemplo:

� Eu quero que o público aceite esta nova idéia. � Quero que participem de uma campanha solidária que programei. � Quero que aceitem e passem a adotar uma nova postura no trabalho. � Quero informar como é feito o processo de curtume do couro de peixe.

8.2.4. Definir o tempo

Pergunte-se: Qual o tempo de duração de minha palestra? Não tente colocar o conteúdo de uma hora de apresentação em quinze minutos de que dispõe. O resultado é ruim. Se o seu tempo é pouco, selecione duas ou três idéias essenciais e apresente-as com clareza, abandonando o restante. 1. Use somente o tempo programado. A qualidade da palestra tende a cair na proporção em

que o palestrante ultrapasse o tempo. Atraso no tempo mostra desorganização. 2. Programe uma reserva técnica. É importante saber muito mais do que se vai expor.

Prepare-se para falar, por exemplo, por 20 minutos, mas tenha assunto para mais 10 minutos, caso seja solicitado a estender sua exposição além do tempo previsto.

3. Bom senso quanto ao tempo de duração de uma palestra. Um discurso para muitas pessoas não deve ultrapassar 10 minutos. Exemplo: paraninfos, igrejas, palanques. Em palestras encomendadas sobre determinados assuntos, o tempo varia de 20 a 45 minutos, e depois se passa às perguntas. É também de se observar se o público está mal acomodado, se as condições são inadequadas ou já é muito tarde. Pare de falar quando sua platéia espera que você continue.

8.3. Estruturar a palestra/discurso A estrutura a seguir serve para qualquer tipo de palestra com mais de 5 minutos de duração. Partes da palestra:

8.3.1. Introdução Objetivo da introdução: Conseguir a atenção e aceitação inicial do auditório. É usada para motivar e estabelecer um relacionamento de confiança com o auditório. Serve para tornar clara a idéia do assunto central, desenvolvida pelo orador. - Dizer sobre o que irá discorrer e mostrar a importância para a platéia. - Valorizar o tema destacando alguns benefícios que o público terá ouvindo a palestra. - Criar uma expectativa favorável por parte do auditório em ouvi-lo(a).

8.3.2. Introduções negativas

a) Justificativas e pedidos de desculpas: Embora comum, é extremamente prejudicial, pois reforça os pontos negativos na maioria das pessoas, enquanto deveríamos realçar os pontos positivos. Exemplos: - Desculpem, mas o trânsito atrasou-me... - Desculpem. Não me preparei devidamente, pois estava viajando desde a data do convite até ontem à noite. - Fui convidado hoje de manhã para dar a palestra e não me preparei a contento. - Não tive condições de arrumar eslaides e transparências melhores... Sem desculpas é mais elegante, pois a desculpa não altera o resultado da palestra.

b) Desvalorizar-se diante do público: "Sinto-me honrado de estar aqui, embora na platéia existam pessoas mais gabaritadas para falar sobre este tema". Observe a diferença: "Sinto-me honrado de estar aqui para tratar deste assunto e sendo prestigiado por pessoas tão inteligentes e importantes como vocês".

c) Palavras que sugerem dúvida, falta de convicção: Vou procurar abordar...Vou tentar falar...Acho que o tema vai... Fale com firmeza: Vou abordar um tema que considero de muita importância para todos.

d) Iniciar com piada: Alguns, para quebrar o gelo, tentam começar com uma piada, mas isso é muito perigoso. Piadas geralmente ferem algumas pessoas ou expressam

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preconceitos. Não são todos que sabem contar uma piada, e devido a esta dificuldade não devemos usar este expediente. Uma história ou fato bem humorado que esteja no contexto é uma bela introdução.

e) Cacoetes verbais iniciais: "Bem", "muito bem", "é o seguinte", "bem pessoal", “tipo assim” e outros, correspondem ao "né", "tá", "aí", "então", que muitas pessoas usam no meio da palestra. São expressões desnecessárias e devem ser eliminadas. Se, por exemplo, iniciarmos com uma pergunta, não temos necessidade de "bengalas".

8.3.3. Introduções positivas

1. Valorizar a presença do público: Descubra alguma coisa interessante sobre seu público e comente a respeito. Veja esta introdução:

"Quero agradecer a presença dos senhores por terem comparecido nesta tarde, para tratarmos de um assunto tão importante para nossa comunidade. Isto retrata bem o espírito social e de engajamento dos senhores na busca de soluções para os problemas do nosso bairro. Sinto-me sinceramente feliz em vê-los aqui. Vamos tornar este encontro produtivo e agradável".

2. Votação:- Por favor, levante a mão quem já ouviu falar deste produto? 3. Usar uma citação: Mostra o preparo e qualificação do palestrante. Em qualquer parte da

palestra, a citação é um recurso que enriquece e valoriza a apresentação. “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos

acontecimentos políticos. Desconhece que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito ao dizer que odeia política. Não sabe o imbecil que de sua ignorância nascem a prostituta, o menor abandonado, o assaltante, e o pior de todos os bandidos: o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das elites nacionais e internacionais.” Este é um trecho de O Analfabeto Político de Bertold Brecht. É a melhor introdução para o tema de minha palestra. Um tema da maior importância para todos nós: - A participação política. 4. Relatar um fato ou contar um caso: É um recurso eficaz para prender a atenção logo no

início. Os fatos pessoais são mais poderosos. Pode-se usar ainda uma descoberta científica ou fato histórico, uma historinha, uma parábola.

Exemplo: Graham Bell, o grande descobridor, estava procurando criar um aparelho para diminuir a surdez de seu pai e errou. E ao errar descobriu o telefone. Este fato demonstra o quanto o erro pode ser útil ao tema que hoje vamos apresentar para vocês: a Criatividade. 5. Mostrar algo: As imagens têm poder de comunicação muito grande. Destaque um jornal, um

livro, um objeto. Exibindo algo ao público, conseguirá imediatamente sua atenção. 6. Capitalizar a situação: observar um fato acontecido no próprio local ou noticiado pela

imprensa, que seja mais oportuno usar como introdução a seu favor.

8.4. Corpo da palestra/discurso É a razão de ser da palestra e deve tomar, em média, 80% do tempo da mesma.

Introdução e conclusão são partes complementares. Dois aspectos a serem considerados no assunto central:

8.4.1. Divisão

Dividi-lo em quantas partes forem necessárias, tornando sua apresentação mais fácil. A divisão dá mais segurança ao orador, evitando os brancos e omissões de informações. A divisão é anunciada com a preparação.

8.4.2. Argumentação São os recursos usados para dar credibilidade e compreensão aos argumentos. Fazem a diferença de um discurso. É o algo mais. Alguns tipos de argumentação:

Dado estatístico: "Segundo o IBGE, pesquisa de 1990, no Brasil havia 24.420.548 analfabetos". Use informações específicas e fundamentadas. Cuidado para não colocar só números em sua palestra.

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Exemplo: Torna a linguagem mais concreta e contribui para a compreensão da mensagem. Os ouvintes compreendem melhor os exemplos do que as idéias abstratas e as generalidades. Valorize as experiências pessoais, mas não se vanglorie. Use exemplos atuais e do passado. Isto demonstra preparo e valoriza a mensagem.

Comparação: Compare o que você precisa explicar com algo que o público conheça. Compare o presente com o passado, o Brasil com outros países, o custo de um apartamento com o custo de um carro.

Depoimento: Faça uma afirmação e em seguida use um depoimento de uma autoridade na matéria, que venha ao encontro da afirmação. Isso reforçará o argumento.

Demonstração: É mais eficaz, pois se trabalha com os sentidos da audição e da visão. Quando falamos e fazemos, as pessoas entendem mais facilmente.

Vivência: É a melhor forma de convencimento. Se quisermos convencer a platéia de que certo alimento é delicioso e saboroso, pediremos que ela prove. Se quisermos convencer a platéia de que o carro é macio, deixe a platéia dirigi-lo. Fazer o grupo participar de alguma atividade que exija movimentação física e raciocínio.

8.5. Conclusão Observar dois pontos nesta parte:

Recapitulação: Significa repetir o assunto de forma sintetizada, com um resumo dos principais pontos abordados.

Responder às perguntas formuladas pela platéia.

8.6. Epílogo O clímax é atingido no final. Por isso devemos falar com mais vibração, imprimindo um ritmo

mais acentuado na pronúncia das palavras e aumentando a intensidade da voz. Fazer uma apreciação/agradecimento ao auditório: "Encerro esta palestra feliz pela

certeza de ter contribuído em alguma coisa para o patrimônio cultural de todos. Mais feliz ainda, por ter a certeza de sair engrandecido, ou pelo menos maior do que cheguei. Isto porque levo um pouco da experiência de cada um dos senhores. Obrigado".

Deixar uma reflexão: - “Portanto, após estas colocações, deixo as seguintes perguntas para reflexão: - Será que devemos aceitar passivamente tudo o que se nos impõe? Será a participação como voluntários que irá salvar as nossas instituições filantrópicas?”.

Fazer um chamamento à ação: Num discurso persuasivo, o mais comum é fazer um chamamento à ação. Se quisermos que as pessoas contribuam para uma campanha, devemos pedir exatamente aquilo que queremos, facilitando ao máximo as adesões.

Aproveitar as circunstâncias: Pode ser um comentário que alguém fez. Se o utilizarmos, estaremos demonstrando criatividade em nossa apresentação.

8.7. Revisar o conteúdo Significa fazer uma avaliação final para ver como está o conjunto da palestra. Verificar se

existe interdependência natural entre as partes, unidade, mensagem coerente, ordenada e consistente.

8.8. Treinar diante do espelho Após elaborar a palestra, visualize o público e treine, treine e treine até dominar

completamente o assunto. Uma boa sugestão é nos prepararmos em grupos, ou seja, dar a palestra para um pequeno grupo e receber o feedback de sua atuação. Valorize o treinamento. Não tenha vergonha de treinar. Ali você vai se corrigir para não errar à frente do público.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 9. ELEMENTOS ENRIQUECEDORES DA MENSAGEM

9.1. Palavras processuais São palavras que ativam um processo neurofisiológico nas pessoas. O processamento das palavras é feito, pelas pessoas, de acordo com o seu canal de preferência, repetindo-as como se fossem sinônimos. É a representação interna do seu canal preferencial: visual, auditivo e cinestésico. É bom usar uma mistura de predicados quando se dirigir ao público. As pessoas com tendência mais visual verão o que você está dizendo, as mais auditivas ouvirão claramente e se coloque no lugar das pessoas mais cinestésicas, para que elas possam sentir o significado daquilo que você está dizendo. Se você usar apenas um sistema representacional, provavelmente dois terços do público não conseguirão acompanhar o que você diz. Algumas sugestões de expressões/palavras processuais Visuais: à luz de, a olho nu, veja bem, deu um branco, ponto de vista, fazer uma cena, às claras, memória fotográfica, olhar vago, perceber de relance, idéia obscura, retrato mental, exibindo-se, dar uma olhada, olho por olho, deixei bem claro que, olho da mente, vista panorâmica, brilhante, ler, leitura, ver, olhar, espiar, visão, flash, cor, contraste, visualizar, enxergar, clarear, escurecer, escuro, brilhar, opaco, iluminar, perspectiva, cristalino, transparente, sombra, imagem, palavras derivadas ou ligadas a estas e outras ligadas à visão. Auditivas: sou todo ouvidos, alto e bom tom, declare sua intenção, fale com franqueza, palavra por palavra, poder da palavra, conversa mole, dobre a língua, reprimenda, maneira de dizer, porta-voz, deixe-me explicar, ouça, escute, anunciar, gritar, rumores, audível, tom, balbuciar, volume, barulho, ressoar, sussurrar, silêncio, ecoar, berro, harmonia, música, cantar, ritmo, batucar, sintonia, quieto, palavras derivadas ou ligadas a estas e outras ligadas à audição. Cinestésicas: agüente firme, cabeça quente, cabeça fresca, de pernas para o ar, entrou em contato com, por baixo do pano, pôr as cartas na mesa, luta corpo a corpo, puxar o tapete, manter o controle, começar do nada, assim...assim, sinto que, pegue, firme, concreto, reconhecer, localizar, tato, paladar, olfato, toque, segurar, sensação, sentir, quente, morno, frio, gostoso, andar, contato, mexer, mole, duro, pesado, umidade, leve, bloquear, correr, mover, sentar, cheiro, macio, áspero, perfume, amargo, azedo, odor, doce, abraçar, choque, palavras derivadas ou ligadas a estas e outras ligadas à cinestesia, movimentação.

9.2. Fonoarticulação

Os órgãos fonoarticulatórios são o canal de saída da fala. O aparelho fonador é composto pelos órgãos: pregas vocais, palato mole (parte posterior e superior da boca), língua e cavidade bucal, inclusive a cavidade nasal. A voz é produzida pela passagem do ar nas pregas vocais. Voz é o ar transformado em som. Os sons produzidos são modulados pela regulagem da saída gutural, abertura da boca, posição da língua. À medida que esses órgãos se articulam o som de cada letra do alfabeto vai se formando. Ao emitirmos a letra “b”, por exemplo, fazemos um som bilabial explodido. O som da letra “n” já é linguopalatal e com ressonância nasal. A letra “t” tem som linguodental explodido. Algumas pessoas acham que sua voz é horrível; porém normalmente trata-se de pequenas incorreções na utilização da voz, que provocam as distorções. Isto é, às vezes a pessoa não abre a boca como deveria, fala rápido demais, fala sempre com o mesmo tom de voz, sem vida. Somente o especialista irá corrigir todos os nossos defeitos. Apresentamos a seguir alguns exercícios que nos ajudam, a princípio, a melhorar nossa dicção. Pronunciar bem é expressar-se com clareza, correção e precisão. A pronúncia depende diretamente da articulação e esta é que controla o ritmo e a modulação da palavra. a) Não falar muito depressa. Acentuar a articulação. b) Evitar os vícios de pronúncia. Ex.: T e D que muitas pessoas pronunciam Tchi e Dji. c) Não colocar vogal onde não existe. Ex.: Nois, em lugar de nós; vois, em lugar de vós.

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9.2.1. Treino articulatório com trava-língua

1. Uma rua paralelepipedizada por um bom paralelepipedizador é uma rua paralelepipédica; quem paralelepipedizadamente conseguir desparalelepipedizá-la, bom desparalelepipedizador será. 2. Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos. Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos tem uma paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem seis mil paralelogramos. Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia? 3. A casa foi enladrilhada por um bom enladrilhador, e para desenladrilhá-la, será necessário um hábil desenladrilhador. 4. Quando lhe fala da falha, falha-lhe a fala. 5. Se Pedro paca cara compra, Pedro paca cara pagará. Se Pedro compra paca cara pagará cara paca. 6. Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros. 7. O arcebispo de Constantinopla deverá ser desarcebispoconstantinopolizado. Quem o desarcebispoconstantinopolizará? Aquele que o desarcebispoconstantinopolizar, será um esperto desarcebispoconstantinopolizador. 8. Um ninho de mafagafos tem seis mafagafinhos. Somente serão desmafagafizados, se o desmafagafizador tiver persistência em desmafagafizar. 9. O mafagafo casou-se com a mafalagrifa e tiveram mafagafalagrifofinhos que faziam mafagafalagrifolias. 10. Sou um original que nunca se desoriginalizará, mesmo que todos os originais estejam desoriginalizados. 11. O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as cavidades que deveriam ser desinquivincavacadas. 12. Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, nem ornitorrinco com ornitologista, muito menos ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco, é ornitorrinco, ornitologista, é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista. 13. Agindo anticonstitucionalissimamente, o médico pediu um exame de pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose, e pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente falando, nada encontrou. 14. O papai do papibaquígrafo papibaquigrafaria papibaquigrafadamente as papibaquigrafias papibaquigrafadas pelo papibaquigrafólogo. Observar as letras sublinhadas e acentuar a articulação

9.2.2. Articulação de encontros consonantais

BR – As bruzundangas do bricabraque do Brandão abrangem broquéis de bronze brunido, brocados bruxuleantes, brochuras, breviários, abraxas, brasões, abrigos e brinquedos. Brito britou brincos de brilhantes, brincando de britador. CR – O acróstico cravado na cruz de crisólitas da criança acriana criada na creche é o credo cristão.

Belmira Bárbara Brás, bordadeira baiana, Bordava num barco bela blusa branca; Aborda o barco num bote, o barítono brejeiro Bertoldo Barreto Brito. E brada a Belmira: Bravo, beleza! Bonita blusa! A galinha cacareja, quando o galo cocorica. Coca a coroca na igreja, e o cascudo toca cuíca. O cricri do grilo pragueja que quer cuscuz com canjica.

Não sei se é fato ou se é fita, Não sei se é fita ou se é fato, O fato é que ela me fita, E me fita mesmo, de fato! Há quatro quadros três e três quadros quatro. Sendo que quatro destes quadros são quadrados, um dos quadros quatro e três dos quadros três. Os três quadros que não são quadrados são dois dos quadros quatro e um dos quadros três.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano DR – A hidra, a dríade e o dragão, ladrões do dromedário do druida foram apedrejados. As pedras da pedreira de Pedro Pedreiras são os pedregulhos com que Pedro apedrejou três odres podres. FR – A frota de frágeis fragatas fretadas por frustra dos francos atiradores, enfreados de frio, naufragou na refrega com frementes frecheiros africanos. Franqueia-se o frango frito frio, frigorificado à francesa, no frigorífico do frade. GR – O grumete desgrenhado gritava na gruta de granito, gracejando com o grupo grotesco de grileiros. O grude da gruta gruda a grua da gringa que grita e, gritando, grimpa a grade da grota grandiosa. TR – A entrada triunfal da tropa de trezentos truculentos troianos em trajes tricolores, com seus trabucos, trombones e triângulos transtornou o tráfego outrora tranqüilo. Luiza lustrava o lustre listrado: o lustre lustrado luzia. PR – O prato de prata premiado é precioso e sem preço; foi presente do preceptor da princesa primogênita, probo Primaz, procurador da Prússia. O prestidigitador prestativo e prestatário está prestes a prestar a prestidigitação prodigiosa e prestigiosa. PT – O réptil sub-repticiamente picou o copta que cooptava aptos pteridógrafos no pteroma do aptério. VR – O lavrador lavraense estudou os livrilhos e a lavração no livro do livreiro de Lavras. FT – As aftas produziram no aftartodoceta uma aftenxia e o oftalmologista detectou uma oftalmagia que causou uma oftalmoplegia oftalmorrágica. BL – No tablado oblongo os emblemas das blusas das oblatas estava obliterado pela neblina oblíqua. CL – O clangor dos clarins dos ciclistas do clube eclético eclodiu no claustro. FL – A flâmula flexível no florete do flibusteiro flutuava fluorescente na floresta de Flandres. GL – A aglomeração na gleba glacial glosava a inglesa glamorosa que glotorava com o gladiador glutão. PL – Na réplica a plebe pleiteia planos de pluralidade plausíveis na plataforma do diploma plenipotenciário. Plana o planador em pleno céu e, planando por cima do platô, contempla as plantas plantadas na plataforma do planador. TL - O atleta atravessou o Atlântico com o atlas. GN – O magnetismo ignorado do insignificante gnomo gnatodonte do gnaisse é maligno. MN – O amniomante utilizava sistemas mnemônicos para corrigir sua dismnésia a respeito dos gimnocéfalos. PN - O pneumatologista prescreveu um exercício pneumático ao paciente com pneumatocele, para não precisar fazer uma pneumonectomia. LR – O chalreio do chalreador em meio à chalreada espantou as jandaias do chalrote. A bilreira bilra os bilros. O melro comeu todos os pilritos do pilriteiro. Por que palras pardal pardo? Palro, palro e palrarei, porque sou o pardal pardo palrador d´El Rei. DJ – A adjutora adjazia adjudicando a adjunção adjacente. DM – O administrador admoestou e admitiu com admirabilidade o adminículo do admonitor. DV – O advento do adversante advinculou advertência adverbial ao advogado. BS – O obscurantista observava a obsecração obsediante do obsignador. PS – O pseudopsicólogo encapsulou a pepsina e psicologizou sobre psicolépticos, prescrevendo psicofármacos psicodélicos ao psicótico da apside. CT – A actinomante previu o impacto das características do octano nas octocnemáceas e nos octandros por uma octaetéride.

9.3. Sistema Periférico Gestual - Gestos O Sistema Periférico Gestual (SPG) é a saída da forma de expressar mímica. Ao faltar a fala, comunicamo-nos com gestos. Os significados e as simbologias dos gestos são mais universais do que a fala. Complementamos a fala com o gestual e assim nos expressamos melhor. Ao dramatizarmos a comunicação, ela tem mais qualidade. A gesticulação faz a sincronia entre as palavras e o orador. Sem os gestos o discurso torna-se apenas uma voz no ar e o orador uma figura cenicamente apagada. Quando o gesto combina com a palavra, ele é concordante. Quando o gesto e a palavra não combinam, ele é discordante. Muitas pessoas falam alguma coisa e gesticulam de forma discordante, enquanto falam. Os gestos têm alguns benefícios bem específicos:

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� Dão maior ênfase à comunicação. � Ajudam a prender a atenção do auditório. � Ajudam a desinibir. � Tornam a idéia mais clara, ou seja, complementam a informação.

O gesto tem de induzir à idéia e deve sugerir o sentido da mensagem da frase. Não fazemos gesto para cada palavra, mas para cada idéia contida na frase.

9.3.1. Sistema Periférico Gestual Discordante Por excesso ou erro de gesticulação, o orador pode perder a atenção do público, ou

tornar-se cômico indevidamente. Quando o orador não sabe o que fazer, as mãos começam a cuidar de si mesmas, assumindo alguns comportamentos, como por exemplo: cruzar os braços, apoiar o queixo, coçar qualquer parte do corpo, esfregar os olhos, passear pelos cabelos, arrumar a gravata constantemente, puxar a calça ou arrumar a camisa. Vejamos outros comportamentos: � Mãos atrás das costas: Falar gesticulando com uma mão e colocar a outra nas costas.

Colocar as duas mãos atrás e ficar fixo nesta posição. � Mãos nos bolsos: Atitude deselegante. Mostra que o orador não está à vontade. É a falha

mais freqüente em grande parte dos oradores, tanto iniciantes como veteranos. � Braços cruzados: Indicam, via de regra, uma atitude defensiva. Pode ser usada esta

posição quando você precisa demonstrar a idéia de desafio ou de espera. � Gestos acima da linha da cabeça: São movimentos exagerados e prejudicam a imagem e

comunicação do orador. A exceção é quando você deve falar para a multidão em um palanque ou local muito amplo. Seus gestos devem ser visíveis por todos, pois devem visar mais a emoção do que a razão. Nesta hora devem-se fazer gestos largos e quase sempre acima da cabeça.

� Gesto só com o antebraço: grudar o braço no corpo e só movimentar o antebraço, geralmente só tocando levemente as palmas das mãos ou as pontas dos dedos.

� Gestos alheios e repetitivos: Muitas pessoas produzem movimentos alheios à mensagem. A impressão que temos é de que executam atividades distintas: uma com as mãos, outra com as palavras. Qualquer que seja a mensagem, alegre ou triste, rápida ou lenta, agressiva ou calma, o orador realiza sempre o mesmo tipo de gesto.

� Ladrões de atenção: Pulseiras reluzentes, grandes anéis e outros objetos que sobressaiam muito aos olhos da platéia e servem para desviar a atenção do público, devem ser evitados. O melhor é não usar nada. Cuidado especial com ponteira a laser, réguas e demais objetos usados para apontar o quadro ou transparências e álbuns seriados.

9.3.2. Sistema Periférico Gestual Concordante

Funções dos gestos: usar os braços, mãos, cabeça, corpo, para reger o seu discurso/palestra.

� Interpretar o sentimento: Os gestos facilitam a compreensão da platéia. Muitas vezes as palavras não são totalmente compreendidas e os gestos auxiliam a exata transmissão.

� Determinar a informação importante: Além da ênfase colocada na voz para determinar a palavra com maior importância, o auxílio do gesto é praticamente essencial. Exemplo: - Vocês estão aqui porque a idéia de cada um já está embutida, já está amadurecida, já está latente e, portanto, pronta para ser aflorada.

� Corresponder ao tom de voz: O gesto deve estar em sincronia com a mensagem e principalmente com o tom de voz. Exemplo: Se comunicar à platéia algo que ocorreu serenamente, a idéia deve ser representada por um movimento lento e suave com as mãos. Porém, se necessitar de ênfase, o movimento deve ser largo e rápido (com energia).

� Tomar o lugar das palavras não pronunciadas: As mensagens devem chegar aos ouvintes de maneira completa e compreensível, mesmo que algumas palavras não sejam pronunciadas. Para tanto é necessário um gesto. Exemplo:

- Todos os cidadãos estão preocupados com o bem-estar coletivo? (faz-se o gesto com a cabeça, com as mãos e o rosto - "não") - continua-se então: Mas isto não importa, pois temos um grupo consistente preocupando-se para encontrar a solução, que beneficie nossa cidade.

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9.3.3. Descoberta do Sistema Periférico Gestual – SPG

1. Enumeração de partes. - O dedo indicador de uma das mãos mostrando separadamente cada um dos dedos da

outra mão. - Mão direita (ou esquerda) pegando na ponta dos dedos da outra mão, um a cada vez. - Colocando o dedo indicador sobre a quantidade de dedos da outra mão aberta. - Levantando a mão (as mãos) com os dedos na quantidade mencionada. - A idéia de metade pode ser indicada com a mão simulando cortar ao meio a outra mão

aberta. 2. Idéia de separação.

- Mãos juntas e depois separá-las. - Movimentos das mãos abertas, paralelas ao tórax, no sentido de afastar-se do corpo. - Unir as pontas dos dedos de cada mão, encostar uma na outra e depois separá-las. - Dedos indicadores unidos em paralelo e depois se separando.

3. Idéia de união. - Todos os gestos anteriores feitos (idéia de separação), voltando ao ponto de partida. - Enganchamento dos dedos das mãos. - Entrelaçamento dos dedos das mãos.

4. Idéia de força. - O gesto característico é com uma ou duas mãos fechadas e com o dedo polegar

pressionando o dedo médio (fechar as mãos para dar o soco). - Já a idéia de poder é fecharmos a mão com o polegar pressionando o indicador e a mão

fazendo uma pequena torção (como se pegasse a chave para fechar a porta). 5. Mão fechada.

- Querer, potência, rigidez, heroísmo, virtude, bravura, energia, valor, competência, valentia, capacidade, saúde, talento, tensão, índole, virilidade, raiva, rigor, dever, certeza, determinação, robusto, invencível, valoroso.

6. Idéias de negação. - A cabeça ou o dedo indicador balançando de um lado para outro. - Balançar os braços negativamente, com a palma da mão voltada para baixo, fazendo

com que eles se cruzem. 7. Idéias de afirmação

- Usar o indicador voltado para baixo, no meio da palma da outra mão, fazendo movimentos rápidos.

- Batendo as costas de uma mão na palma da outra, virada para cima. - Com a ponta dos dedos unidos, descendo da altura da cabeça.

8. Idéia de tempo. - Passado: polegar apontando para trás. Ou gestos para trás. - Presente: mão ou indicador apontando para baixo. Ou gestos para baixo. - Futuro: indicador voltado para frente. Ou gestos para frente.

9. Idéia de distância. - O mais usado é o braço estendido para frente, com a mão aberta, parado ou deslizando

num movimento que acompanha o braço de dentro para fora. - Dentro: mãos com as pontas dos dedos unidas e voltadas para baixo ou em um

movimento descendente. - Fora: contrário ao dentro. - Aqui, próximo: indicador para baixo. - Ali: indicador para frente.

10. Idéia de dimensão. - Altura: abrir a mão com a palma voltada para baixo. - Baixo: o gesto é feito na altura da cintura. - Alto: o gesto é feito na altura dos ombros ou da cabeça. - Pequeno: podemos usar os dedos polegar e indicador da mesma mão levemente

afastados. Pode ser feito ainda com as duas mãos abertas e as palmas voltadas uma para a outra.

- Estreito: o mesmo gesto de pequeno executado com as mãos.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano

- Grande: as duas mãos abertas, com as palmas voltadas para dentro, porém bem afastadas.

- Grosso: use as duas mãos para mostrar o diâmetro bastante grande. - Profundidade: mão aberta, com a palma para cima, dedos unidos, apontando para o

chão e a mão abaixando. - Raso: palma da mão voltada para baixo num movimento deslizante, como se estivesse

alisando uma superfície. 11. Idéia de movimento.

- Mãos espalmadas para frente, abrindo do centro pra fora, na altura do ombro. - Mãos voltadas para cima em movimento ascendente. - O gesto de velocidade: abrindo e fechando os dedos da mão. - As mãos em rotação.

12. Outros tipos de idéias. - Idéia de acalmar: Mãos com as palmas voltadas para baixo, com movimentos curtos e

rápidos de subir e descer as mãos. - Idéia de controlar: O gesto clássico de quem segura as rédeas de um animal com as duas

mãos. - Idéia de sentido ou direção: Indicador apontando para a direção falada. A linha reta pode

ser representada pelo braço estendido à frente, e a curva mostrando a mesma com a mão ou com o indicador.

- Idéia de próprio: Uma ou as duas mãos apontadas para o próprio peito. - Idéia de pensar: mãos na cabeça, ou apontar a cabeça com o indicador. - Idéia de desconhecer: Afastar um pouco um ou os dois braços, colocados à frente do corpo

ou abaixo da linha da cintura, com a palma da mão voltada para cima ou para frente, ao mesmo tempo em que se levantam um pouco os ombros.

- Idéia de atenção: dedo indicador apontando para cima com energia. - Idéia de pedir: Mãos à frente, com o corpo um pouco inclinado para frente. - Idéia de interrogar: Uma das mãos com as pontas dos dedos unidas, voltadas um pouco

para cima, e à altura da boca. - Idéia de ouvir: Mão à altura do ouvido. - Idéia de cheirar: Ponta dos dedos na altura do nariz. - Idéia de silêncio: Dedo indicador na altura da boca. - Idéia de poder, ameaça, indicação: dedo em riste.

9.3.4. Saber colocar-se em cena O trânsito - Ponha-se em pé, num lugar onde haja espaço para se movimentar. Pronuncie cada frase do exercício colocando a emoção e o gesto correspondente nas palavras sublinhadas.

“Eu dirigia com um reboque numa estrada reta e estava quase ultrapassando um carro de passageiros. Havia duas entradas de fazenda, a pouca distância à frente, uma para a esquerda e outra, mais adiante, para a direita”. O carro que eu estava seguindo acendeu o pisca-pisca para a direita. Quando eu me preparava para a ultrapassagem pelo lado certo (lado esquerdo), notei três crianças ajoelhadas no assento, olhando-me assustadas pelo vidro traseiro.

A visão das crianças lembrou-me de ser cauteloso(a), pois certamente não queria ver-me envolvido(a) em um acidente. Assim, reduzi a marcha e deixei o outro carro seguir à frente. No primeiro cruzamento, o motorista da frente, de repente fez a conversão à esquerda, ao invés de entrar à direita, como indicava o seu sinal luminoso“.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano Exercício: ler comunicando-se visualmente com a platéia

9.3.5. O olhar Os olhos demonstram o que você está sentindo. O olhar pode comunicar alegria, tristeza, raiva, amor, ódio, reprovação, espanto, dúvida, nervosismo. Olhos brilhantes denotam conhecimento, vibração e entusiasmo. Através dos olhos você percebe se sua mensagem está sendo bem recebida, se existe interesse, se estão entendendo, se concordam com suas afirmações, se apresentam resistência a determinadas idéias. Se não existir comunicação visual, iremos enfrentar grandes resistências na comunicação. Seu olhar pode comunicar para o seu público o seguinte: “Estou feliz por estar com vocês”.

9.3.6. Como olhar? Olhe não apenas com os olhos, mas com todo o corpo. Sinta como está a platéia,

demonstre interesse nela, não prolongue demais. Olhe para todos os que estão na primeira, como os que estão na última fila. Se o orador olhar muito para determinado ponto da platéia, em pouco tempo todos estarão olhando para lá também. Você pode conduzir o olhar da platéia para algo que está dizendo naquele momento. Se no local existe uma mesa de honra, olhe várias vezes para ela. Adapte seu olhar à sua comunicação e ao ambiente em que você está, para que todos, sem exceção, tenham a impressão de estarem sendo olhados. Quando começar a falar, encarar a última fileira para que possa condicionar a voz a ela.

9.4. Sistema Periférico Corporal - Postura

Junto ao Sistema Periférico Gestual (SPG) atua o Sistema Periférico Corporal (SPC), que é o canal de saída do corpo. O corpo também tem uma linguagem própria. A nossa forma inconsciente de linguagem é expressa no corpo. Cada postura expressa algo e a pessoa preparada consegue fazer a leitura dessa linguagem. Quando a linguagem do corpo combina com a fala, nós a chamamos postura concordante. Quando a fala e o gesto combinam, mas o corpo discorda, nós a chamamos postura discordante. Muitas pessoas falam alguma coisa e se comportam (tomam postura) de forma contrária àquilo que falam.

A postura é um elemento importante, pela imagem que passa. É importante antes mesmo de começar a falar. A platéia percebe tudo: maneira de se sentar, olhar ou analisar o ambiente, cruzar e descruzar as pernas, o tamborilar dos dedos. O orador deve comportar-se de modo a passar uma imagem positiva ao público, antes mesmo de se dirigir à frente do auditório.

9.4.1. Sistema Periférico Corporal Discordante Pernas - Erros mais comuns 1. Movimentação desordenada: • Ficar movimentando as pernas para frente e para trás. Bater os pés no chão. • Ficar balançando as pernas em movimentos ritmados.

2. Apoio incorreto: • Apoiar o peso do corpo totalmente sobre uma das pernas, deixando a outra levemente

flexionada. • Apoiar sobre as duas pernas, mas demasiadamente afastadas. • Permanecer com os pés totalmente juntos, pois tira o equilíbrio e impede a mobilidade.

3. Cruzamento dos pés em forma de X (tanto em pé, como sentado) • Prejudica a imagem do orador. Demonstra que o orador não está à vontade.

9.4.2. Sistema Periférico Corporal Concordante

Postura correta em pé: quando precisamos ficar parados: (perante um microfone fixo). • Fique de frente para o público, posicionado sobre as duas pernas, possibilitando um bom

equilíbrio. Deslocar para frente levemente uma das pernas, não flexionada, deixando o peso do corpo sobre uma ou outra perna.

Quando é necessário nos movimentarmos: • O deslocamento deve ser o mais natural possível. • A aproximação do público deve ser feita tanto para frente como para as laterais.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano • Até adquirir confiança, a maior parte do tempo você deve procurar ficar parado. Se estiver

falando rápido, movimente-se mais rápido. Se estiver falando devagar, movimente-se mais devagar.

Postura correta sentado a) Coloque os dois pés no chão, demonstrando firmeza e permanecendo esteticamente correto. b) Cruzar as pernas, deixando uma delas firmemente postada no chão. c) As posições acima não são fixas. É necessário alternarmos as duas, para não haver cansaço. Falar em pé ou sentado? Quando você tem a oportunidade de optar pela forma de falar, deverá fazê-lo como achar mais conveniente e como se sentir melhor. Não existem regras que obriguem a uma atitude ou outra, mas ao falar em pé, você tem mais domínio da platéia e mais facilidade para usar os sistemas periféricos. Postura correta ao iniciar a palestra: Seja natural! Use a postura em que você passe uma mensagem positiva e de empatia com o público e assim está ótimo. Esta postura será só no momento inicial, pois logo a seguir você vai precisar gesticular. Não existe uma regra fixa e rígida para a posição inicial dos braços e das mãos. As posturas mais usadas são: a) Braços ao longo do corpo: sem se movimentar a princípio e naturalmente iniciar a gesticulação. Os movimentos devem ser firmes, indicando certeza e convicção. b) Utilizar a "ficha" de anotação: Quando você precisa fazer um vocativo mais extenso, tendo de usar nomes de muitas pessoas presentes à mesa de honra e mesmo na platéia. Além disso, o uso de uma pequena ficha, mesmo em branco, é um macete interessante, com a finalidade de ter o que fazer com as mãos. c) Apoiar-se sobre a mesa, a cadeira, a tribuna: Até estarmos tranqüilos para falar com desenvoltura, devemos apoiar as mãos desde que o gesto não seja ostensivo, nem indique relaxamento. Com o passar do tempo, saia desta posição, procure ser natural. Cuidado para não se apoiar com os cotovelos. d) Início sem apoio: Começa-se a fala naturalmente, realizando os gestos sem nenhum apoio inicial. Isso requer segurança extrema e consciência de sua capacidade de expressão oral.

9.5. Impostação da voz e códigos para-lingüísticos O sucesso e o bom relacionamento entre as pessoas dependem, em grande parte, do tom de voz e do jeito de falar. Por isso é necessário que se torne consciente a importância da maneira de como falar e usar corretamente a voz, sobretudo às pessoas que a usam como instrumento de trabalho, tais como professores, atores, cantores, locutores, advogados. O segredo de uma boa voz está na coordenação da respiração com a emissão sonora. Impostar é o ato de emitir corretamente a voz. É a emissão natural, sem esforço, produzida por uma pressão expiratória bem dosada contra as pregas vocais, língua frouxa, músculos relaxados.

É necessário que cada som seja emitido em condições fonatórias normais, atingindo seu ponto exato de ampliação nas cavidades de ressonância sem encontrar obstáculos à sua passagem. As interferências que prejudicam a boa emissão são produzidas por contrações dos órgãos vocais, má posição da língua, do véu paladar, dos lábios, pela rigidez da mandíbula e por contrações dos músculos do pescoço.

As pregas vocais devem submeter-se docilmente às solicitações do cérebro executando os movimentos coordenados com as atitudes dos órgãos móveis, pois o aparelho vocal é formado por um conjunto pneumo-fono-ressoante inseparável, cujo entrosamento é imprescindível para a emissão correta de todos os sons da voz humana. Esta é a emissão fisiológica, a única forma natural de fonação, a que proporciona maior sonoridade, clareza do timbre e projeção da voz. Os códigos para-lingüísticos (emoção, ritmo, sonoridade), são elementos essenciais na apresentação da mensagem; muitas vezes, de fato, através destes sinais, se dá ao interlocutor a chave para decodificar corretamente aquilo que estamos falando. O fato merece reflexão porque utilizamos quase sempre o microfone, que reproduz e amplia as características negativas da voz. Hoje os ouvintes são mais exigentes, porque estão acostumados a ouvir os profissionais da dicção no cinema, rádio e TV.

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9.5.1. Falar com tranqüilidade Além do problema da má articulação das palavras, outro defeito muito comum é o desejo

de falar rápido. É extremamente cansativo acompanhar alguém que fala rápido demais. A tendência é prestar atenção no começo e depois desistir. Alguns exercícios que podem ser feitos em casa e que nos auxiliam muito: 01- Leia diariamente em voz alta. A leitura, porém, deverá ser feita pausadamente. 02- Grave o que vai falar e veja a velocidade que está colocando, regrave e compare, para ver se conseguiu diminuir. Pratique diariamente frases, pronunciando-as de forma bem articulada, soletrando-as separadamente. Praticando com regularidade podemos diminuir a velocidade da voz, alterar o ritmo e valorizar mais a mensagem.

9.5.2. Sonoridade Ter boa articulação, falar corretamente, sem erros de dicção, é importante. Porém, se falar sempre no mesmo tom de voz, sua comunicação será péssima. As idéias que constam de sua fala, possuem diferentes graus de importância. Algumas precisam ser destacadas. E o modo de fazer isto é modulando a voz, falando mais alto ou mais baixo, falando mais rápido ou mais vagarosamente. Destaque verbalmente pontos importantes. Os gregos antigos tinham um pequeno truque para destacar frases. A palavra-chave era gritada pelo menos duas vezes, para despertar maior atenção. A palavra repetida provoca um efeito triplicado. O impacto é naturalmente aumentado. Você pode conseguir destaques verbais repetindo as palavras que considera importantes, na sua palestra/discurso. Desabafo contagiante 1. Fomos criados com princípios morais comuns. Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões, e nossa única preocupação em relação à segurança era a de que os "lanterninhas" dos cinemas nos expulsassem, devido às batidas com os pés no chão, quando uma determinada música era tocada no início dos filmes, nas matinês de domingo. Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos, e/ou mais velhos, mais afeto. 2. Inimaginável responder deseducadamente a policiais, mestres, aos mais idosos, autoridades. Confiávamos nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade. Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror. Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo que perdemos. Por tudo que meus filhos um dia temerão. Pelo medo no olhar de crianças, jovens, velhos e adultos. Matar os pais, os avós, violentar crianças, seqüestrar, roubar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidades de notícias policiais, esquecidas após o primeiro intervalo comercial. 3. Agentes de trânsito multando infratores são exploradores, funcionários de indústrias de multas. Policiais em blitz são abuso de autoridade. Regalias em presídios são matéria votada em reuniões. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem é ser otário. Pagar dívidas em dia é bancar o bobo, anistia para os caloteiros de plantão. Ladrões de terno e gravata, assassinos com cara de anjo, pedófilos de cabelos brancos. O que aconteceu conosco? Professores surrados em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas portas e janelas. Crianças morrendo de fome, gente com fome de morte. Que valores são esses? 4. Carros que valem mais que abraço, filhos querendo-os como brindes por passar de ano. Celulares nas mochilas dos que recém largaram as fraldas. TV, DVD, telefone, videogame, o que vai querer em troca desse abraço, meu filho? Mais vale um Armani do que um diploma. Mais vale um telão do que um papo. Mais vale um baseado do que um sorvete. Mais valem dois vinténs do que um gosto. Que lares são esses? Bom dia, boa noite, até mais. Jovens ausentes, pais ausentes, droga presente e o presente uma droga. O que é aquilo? Uma árvore, uma galinha, uma estrela. Quando foi que tudo sumiu ou virou ridículo? Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho?

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 5. Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede roupa, comida, calçado sem sentir medo? Quando foi que fechei a janela do meu carro? Quando foi que me fechei? Quero de volta a minha dignidade, a minha paz. Quero de volta a lei e a ordem, a liberdade com segurança. Quero tirar as grades da minha janela para tocar as flores. Quero sentar na calçada e ter a porta aberta nas noites de verão. Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho no olho. Quero a vergonha, a solidariedade e a certeza do futuro. Quero a esperança, a alegria. Teto para todos, comida na mesa, saúde a mil. 6. Não quero listas de animais em extinção. Não quero clone de gente, quero cópia das letras de música, cultura e ciência. Eu quero voltar a ser feliz! Quero dizer basta a esta inversão de valores e ideais. Quero xingar quem joga lixo na rua, quem fura a fila, quem rouba, quem ultrapassa a faixa, quem não usa cinto, quem não dignifica meu/seu voto. Quero rir de quem acha que precisa de silicone, lipoaspiração, dieta, cirurgia plástica, carro zero, laptop, bolsa XYZ, calça ZYX para se sentir inserido no contexto ou ser "normal". 7. Abaixo o "TER", viva o "SER"! E viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa como um céu de abril, leve como a brisa da manhã! E definitivamente comum, como eu. Adoro o meu mundo simples e comum. Vamos voltar a ser "gente"? Ter o amor, a solidariedade, a fraternidade como base. A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito... Discordar do absurdo. Construir sempre um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Não... se você e eu fizermos nossa parte e contaminarmos mais pessoas, e essas pessoas contaminarem mais pessoas... hein?! Quem sabe?... "Por um mundo mais humano!!!

9.5.3. Ritmo Faça pequenos intervalos com duração de dois a quatro segundos, entre frases, em momentos apropriados, para ajudar o público a absorver as idéias expostas. O ritmo propicia:

• Ordenação e conjugação de todos os elementos que integram a apresentação, tornando a palestra/discurso viva(o), dinâmica, atraente, repousante e alegre.

• Equilibrar as partes e detalhes em função do conjunto; harmonizar bem movimento rápido e lento, impulso e descanso; dar tempo para se entender as palavras e seu conteúdo.

Resultado dos exames - Imagine-se passando essa mensagem para duzentas pessoas. Atenção, alunos! Saiu o resultado dos exames vestibulares. Vejam a relação no quadro que fica no parlatório central da universidade. Ler em tom grave e pausado

O mundo inteiro está profundamente chocado com o ocorrido. Cinqüenta mil mortos já foram identificados. Infelizmente, muito mais gente morreu tragada pelas grandes ondas do mar. Não se tem idéia completa do desastre. Procuram-se sobreviventes nos escombros dos prédios atingidos. Festa das crianças Mais de cinqüenta mil pessoas compareceram à festa trazendo seus filhos para ver o show infantil. É um espetáculo maravilhoso, e muitas crianças estão vibrando de emoção.

Habeas pinho Em Campina Grande, na Paraíba, em 1955, um grupo de boêmios fazia serenata numa madrugada do mês de junho, quando chegou a polícia e apreendeu o violão. Decepcionado, o grupo recorreu aos serviços do advogado Ronaldo Cunha Lima, então recentemente saído da faculdade e que também apreciava uma boa seresta. Ele peticionou em Juízo, para que fosse liberado o violão. Esse petitório ficou conhecido como "Habeas Pinho" e enfeita as paredes de escritórios de muitos advogados e bares em praias do Nordeste. Mais tarde, Ronaldo Cunha Lima foi eleito deputado estadual, prefeito de Campina Grande (cassado no golpe de Estado de 1964), senador da República, governador do Estado e deputado federal. Veja a famosa petição:

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano Meritíssimo Sr. Dr. Juiz de Direito da 2ª Vara desta Comarca O instrumento do crime que se arrola neste processo de contravenção não é faca, revólver, nem pistola: é simplesmente, doutor, um violão. Um violão, doutor, que na verdade não matou nem feriu um cidadão. Feriu, sim, a sensibilidade de quem o ouviu vibrar na solidão. O violão é sempre uma ternura, instrumento de amor e de saudade. O crime a ele nunca se mistura. Inexiste entre eles afinidade. O violão é próprio dos cantores, dos menestréis de alma enternecida, que cantam as mágoas que povoam a vida e sufocam suas próprias dores. O violão é música e é canção, é sentimento, vida e alegria, é pureza, é néctar que extasia, é adorno espiritual do coração. Seu viver como o nosso é transitório, mas seu destino, não, se perpetua. Ele nasceu para cantar na rua e não para ser arquivo de cartório. Mande soltá-lo pelo amor da noite, que se sente vazia em suas horas, p'ra que volte a sentir o terno açoite de suas cordas leves e sonoras. Libere o violão, Dr. Juiz, em nome da Justiça e do Direito. É crime, porventura, o infeliz, cantar as mágoas que lhe enchem o peito? Será crime, e afinal, será pecado, será delito de tão vis horrores, perambular na rua um desgraçado, derramando na rua as suas dores? É o apelo que aqui lhe dirigimos, na certeza do seu acolhimento. Juntada desta aos autos nós pedimos. E pedimos também de-fe-ri-men-to.

Ronaldo Cunha Lima, advogado.

9.5.4. Emoção

Comunicação é essencialmente emoção. Se tirarmos o sentimento, restará muito pouco. A energia tem que iniciar com o palestrante e, a partir dele, contagiar a platéia. Quando ele fala, o coração tem de ir junto. A voz tem que ser um sopro na sua alma. Uma voz sem emoção é uma flor sem perfume. Para que a emoção seja transmitida, são necessárias autenticidade e naturalidade. Use também o entusiasmo. Quando o orador está totalmente envolvido com seu tema, as faltas cometidas em outros aspectos da comunicação tornam-se menos relevantes. Preciso de alguém (Charlie Chaplin) Preciso de alguém que me olhe nos olhos quando falo. Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência. E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos. Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado; alguém amigo o suficiente para me dizer as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso. Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: a amizade. Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa. Preciso de um amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida. Mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades. Preciso de um amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e nas alegrias, e que no meio da tempestade, grite comigo: “Nós ainda vamos rir muito disso tudo” e ria muito. Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher meu Amigo. E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano O amor – Fazer o exercício alternando os estilos: dramático e coloquial. “Não consintas que as ondas do mar nos separem e que os anos que conosco passaste tornem-se uma lembrança. Andaste entre nós como um espírito, e tua imagem tem sido uma luz que nos iluminou as faces. Muito te temos amado. Mas silencioso foi o nosso amor, e com véus tem estado coberto. Agora, porém, ele grita e chama-te em alta voz e quer revelar-se a ti. Pois assim tem sido sempre com o amor: ele só conhece a sua profundidade na hora da separação”. (O profeta – Gibran Khalil Gibran).

10. EVITE ERROS GRAMATICAIS PERCEPTÍVEIS NA FALA

Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior freqüência, merecem atenção redobrada. Veja os mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles. 1 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. Fazia dois séculos. Fez quinze dias. 2 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. Havia muitas pessoas. Deve haver muitos casos iguais. 3 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. Bastariam dois dias. Faltavam poucas peças. Restaram alguns objetos. Sobravam idéias. 4 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer. 5 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. Entre eles e ti. 6 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás. 7 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido. 8 - Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. Aspirava ao cargo de diretor. Pagou ao amigo. Respondeu à carta. Sucedeu ao pai. Visava aos estudantes. 9 - Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória. 10 - Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias. 11 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me. 12 - Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. Não o convidei. A mulher o deixou. Ela o ama. 13 - "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. Fazem-se consertos. É assim que se evitam acidentes. Compram-se terrenos. Procuram-se empregados.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 14 - "Tratam-se" de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. Precisa-se de empregados. Apela-se para todos. Conta-se com os amigos. 15 - Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. Vai amanhã ao cinema. Levou os filhos ao circo. 16 - Atraso implicará "em" punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. Promoção implica responsabilidade. 17 - Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. Trabalho em via de conclusão. 18 - Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres. 19 - O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe: só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.

20 - Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal. 21 - Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. Ninguém lhe fez nenhum reparo. Nunca promoveu nenhuma confusão. 22 - A feira "inicia" amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã. 23 - Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. Nenhum dos presentes se pronunciou. Quando se falava no assunto... Como as pessoas lhe haviam dito... Aqui se faz, aqui se paga. Depois o procuro. 24 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho). 25 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos? 26 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. Obrigado pela atenção. Muito obrigado por tudo. 27 - O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc. 28 - Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga. 29 - "Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a terceira pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. Venha pra Caixa você também. Chegue aqui. 30 - A corrida custa cinco "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa cinco reais.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 31 - Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas. 32 - Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). Era um dos que sempre vibravam com a vitória. 33 - "Cerca de dezoito" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de vinte pessoas o saudaram. 34 - Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. O jogador negou que tivesse cometido a falta. Ele talvez o convide para a festa. Embora tente negar, vai deixar a empresa. 35 - Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado. 36 - Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas. 37 - Queria namorar "com" o colega. O com não existe: Queria namorar o colega. 38 - O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco. A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon. 39 - As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos. 40 - Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá-se"). Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um presente. Tendo-me formado (e nunca tendo "formado-me"). 41 - Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira. 42 - A artista "deu à luz a" gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu "a luz a" gêmeos. 43 - Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. Éramos seis. Ficamos cinco na sala. 44 - Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. Sentou ao piano, à máquina, ao computador. 45 - Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu. 46 - O time empatou "em" dois a dois. A preposição é por: O time empatou por dois a dois. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 47 - À medida "em" que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem. 48 - Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam). 49 - A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo). 50 - Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas. 51 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. Toda nação (qualquer nação) tem inimigos. 52 - "Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. Era difícil apontar todas as contradições do texto. 53 - Favoreceu "ao" time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. A decisão favoreceu os jogadores. 54 - Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quando equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. As vítimas mesmas recorreram à polícia. 55 - Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos"). 56 - Vou sair "essa" noite. É este que designa o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século vinte). 57 - A temperatura chegou a zero "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora. 58 - A promoção veio "de encontro aos" seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria. 59 - Comeu frango "ao invés de" peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu. 60 - Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos. 61 - Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 62 - A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. O livro em que... A faixa em que ele canta... Na entrevista em que... 63 - Já "foi comunicado" da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. A decisão foi comunicada aos empregados. 64 - A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito). 65 - O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar. 66 - Comprou uma TV "a cores". Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV "a" preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores. 67 - A realidade das pessoas "podem" mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso: A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não "foram punidas"). 68 - O fato passou "desapercebido". Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido. 69 - "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. Haja vista seus esforços. Haja vista suas críticas. 70 - A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu. 71 - Já "é" oito horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são oito horas. Já é (e não "são") uma hora, já é meio-dia, já é meia-noite. 72 - Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás. 73 - "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.

11. MARKETING PESSOAL Por que chegar adiantado? Decidir qual a melhor disposição da sala ou de você ficar. Verificar e testar equipamentos;

testar microfones. Deixar o cd (dvd) no ponto certo; preparar-se psíquica e mentalmente para a palestra.

11.1. Água, alimentação e toalete

Não existe contra-indicação nenhuma em se tomar água durante a palestra. Apenas verifique se já está à disposição antes do início, evitando interromper a palestra para solicitá-la. Evite, se possível, a alimentação imediatamente antes de sua palestra. Mas se não puder evitar, seja moderado. Não se esqueça de ir à toalete antes de iniciar a apresentação.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano

11.2. Como se vestir � Cuidado especial deve ser dado aos sapatos, que devem estar limpos, e apresentar uma

boa condição de uso. � As calças devem ter um bom caimento, não sendo muito compridas ou muito curtas. � Estar bem vestido, de acordo com os padrões da época em que a pessoa se apresenta. O

terno deve ser usado, seja o clássico, seja o da moda, para os homens. � Seja discreto. Você é mais importante do que a roupa que está usando. � Mulheres, cuidado com os excessos. Roupas transparentes, grandes decotes. Vestidos

curtos ou colantes devem ser evitados. Procure vestir-se de forma adequada ao evento e à sua proposta de comunicação. Pense no público, no ambiente onde irá se apresentar e adapte seus trajes a esta situação. A sua roupa declara o tipo de pessoa que você é.

11.3. Como se dirigir à tribuna

Ao ser anunciado, respire, levante e caminhe até a tribuna com segurança. Não seja rápido e precipitado. Isto demonstra insegurança. Quando você surge no recinto, o público faz sua primeira avaliação. É a melhor chance de mostrar ao público sua simpatia e sua calma.

12. A HORA DA VERDADE

Ao compor a mesa, geralmente as pessoas já sabem o posicionamento. Para nosso

conhecimento é importante saber que o Orador ocupe o lado direito do presidente. A primeira autoridade à esquerda do presidente, a segunda à direita do orador e assim em seqüência.

12.1. A quem saudar

Havendo mestre de cerimônia, caberá a ele anunciar a composição da mesa e oradores. Na ausência, este trabalho cabe ao presidente da mesa. Não há problema em saudar cada autoridade presente à mesa, começando pelo presidente. Só devemos tomar cuidado com a pronúncia correta dos nomes. Quando temos vários oradores, basta dizer: "Senhor presidente, fulano de tal, demais autoridades, prezados participantes" e iniciar a palestra. Mas, se a reunião for política, o vocativo é praticamente parte integrante do discurso.

12.2. Eu ou nós

Se estiver falando de você diga: EU. Caso esteja falando em nome de uma equipe, diga: NÓS. Cuidado quando estiver falando em nome de uma empresa.

12.3. Como segurar o papel Quando não há tribuna e seu discurso está escrito, você deve ler como a seguir:

• Segure o papel não muito baixo, para que possa ser lido, nem muito alto, que chegue a esconder seu rosto.

• Durante a leitura os gestos devem ser moderados. Para não se perder nas linhas, digite em letras grandes e espaço duplo.

12.4. Uso do microfone no pedestal

� Acerte a altura do microfone, deixando-o à altura da boca e não na frente do rosto. O ideal é um a dois centímetros do queixo. Porém, se o microfone é de alto ganho, deixe-o mais afastado. Evite segurar a haste do pedestal ao falar e fale sempre olhando por cima do microfone. Não se curve para aproximá-lo da boca.

� Ao falar com as pessoas na lateral, gire o corpo obedecendo à regra de falar olhando por cima do microfone. Cuidado se, além de falar, tiver de segurar o papel. Não se enrosque! Os gestos não devem derrubar o microfone.

12.5. Uso do microfone na mão Cuidado para que o gesto não o faça afastar o microfone da boca. Segure-o com naturalidade. Não fique segurando o fio. Prefira microfones sem fio. Procure ler discursos sempre com o microfone fixo, isto porque é muito difícil segurar o papel, o microfone e ainda fazer gestos. Seja natural e calmo.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 13. APRESENTAÇÕES VISUAIS – O PODER DA IMAGEM

Na pós-modernidade o que vale é a imagem. Para que suas palavras sejam lembradas, junte-as a algo que o povo possa ver. Recordamos 50% mais do que vimos e ouvimos do que aquilo que só ouvimos. Por que usar as apresentações visuais? Porque “...uma imagem vale mil palavras”, segundo Dorothy Leeds. Uma imagem retrata, num instante, coisas que exigiriam horas para serem explicadas verbalmente.

13.1. Benefícios das apresentações visuais • Poupam tempo • Criam interesse • Adicionam variedade • Ajudam os ouvintes a recordar seus pontos principais

Bem treinados irão acentuar bastante o seu profissionalismo e a sua exposição. Porém, uma apresentação visual não passa disso. Ela não é um substituto para uma parte do seu discurso. Planeje sempre as apresentações visuais para desempenharem uma função específica. Esteja certo de que cada uma se explique por si mesma e cumpra sua função. Uma apresentação visual de que você não precisa só vai atrapalhar. Como saber se uma apresentação visual irá somar à sua palestra? Faça-se perguntas como: - Posso me sair bem sem ela? Palavras impressas num mapa não são apresentações visuais. Use um mínimo possível de letras quando criar apresentações visuais. Pergunte-se: É um acessório visual ou um visual verbal?

13.2. Tornando suas apresentações visuais e sua palestra profissionais � Use suas apresentações visuais regularmente, mas não monótonas. Faça os títulos todos do

mesmo tamanho e não varie desordenadamente os tipos gráficos. Nunca use mais de três cores em uma apresentação visual.

� Mantenha a apresentação visual fora de vista até a hora de usá-la. Ela é seu apoio e não deve aparecer mais do que você.

� Fale sempre para a platéia, não para a apresentação visual. Evite deixar que a apresentação visual se torne sua muleta. Mantenha contato visual com o público.

� Procure ficar ao lado da apresentação que está mostrando, não diante dela. � Leve em conta o tamanho do auditório onde o publico ficará. Certifique-se de que suas

apresentações visuais estão altas o bastante para serem vistas pelo pessoal das últimas fileiras.

� Pratique usar suas apresentações visuais enquanto treina sua palestra/discurso completa. É um erro treinar seu discurso primeiro e acrescentar as apresentações visuais depois. Tenha certeza de que elas funcionam a seu favor.

14. COMO USAR O DATA SHOW

A vantagem deste tipo de mídia é que permite animações nas figuras ou textos apresentados. Para utilizá-lo, você deve ter um pouco de familiaridade com o computador, ou ter à sua disposição um técnico que, instruído por você, faça o papel de assessor ao exibir as transparências eletrônicas.

• As transparências não devem conter muitas palavras ou textos. • Evite ficar lendo as transparências de costas para o público. • Elas são importantes porque utilizam o canal visual, auxiliando na retenção da informação. • Ter conhecimento básico do PowerPoint ou que alguém faça para você suas transparências

eletrônicas.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano • Embora de grande efeito nas apresentações visuais, não abuse. É o que temos de mais

avançado em termos de recursos para apresentações. Mas, lembre-se: é apenas um acessório.

14.1. Dicas para uma apresentação tranqüila com o datashow:

�Você é o controlador. Se deixar uma imagem na tela, você vai concorrer com sua transparência, pois a atenção do público ficará dividida entre você e a tela. Você controla ativando ou desativando o datashow de acordo com a sua programação. Mostre a transparência aos poucos, escondendo os pontos ainda não discutidos, liberando-os um a um.

�Deixe de olhar para a tela e ficar apontando para ela. Quando você faz isso, perde o contato visual com a platéia. Para enfatizar alguma coisa, use um apontador a laser.

�Decida como irá usar o equipamento e o coloque de acordo. Em geral o melhor lugar é o canto diagonal, estrado direito para uma pessoa destra e estrado esquerdo para uma pessoa canhota.

14.2. Esperando o inesperado Detalhes de logística para evitar os problemas mais comuns com retroprojetores: � Chegue cedo para supervisionar procedimentos de organização. � Faça a verificação de tudo pessoalmente. Só você conhece os detalhes de sua

apresentação. Não confie na promessa de outras pessoas. � Cada aparelho possui suas peculiaridades. Localize os interruptores liga-desliga. � Fio de extensão, fita adesiva, tsão suprimentos de que você pode precisar. � Monte e teste o equipamento. � Tenha um plano emergencial.

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 15. FORMAS DE TRATAMENTO

A forma identificada com (a) é chamada forma vocativa e a identificada com (b) é chamada forma de tratamento.

Abades e Superiores de ConventosAbades e Superiores de ConventosAbades e Superiores de ConventosAbades e Superiores de Conventos Reverendíssimo Senhor (a) Vossa Paternidade (V. P.) (b)

Arcebispos e BisposArcebispos e BisposArcebispos e BisposArcebispos e Bispos Reverendíssimo Senhor (a) Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Revma.) (b)

CardeaisCardeaisCardeaisCardeais Eminentíssimo Senhor (a) Vossa Eminência Reverendíssima (V. Ema. Revma.) (b)

Chanceler de UniversiChanceler de UniversiChanceler de UniversiChanceler de Universidadedadedadedade Senhor Chanceler (a) Vossa Excelência (V. Exa.) (b)

CônsulesCônsulesCônsulesCônsules Senhor Cônsul (a) Vossa Excelência (V. Exa.) (b)

Deputados Federais e EstaduaisDeputados Federais e EstaduaisDeputados Federais e EstaduaisDeputados Federais e Estaduais Senhor Deputado (a) Vossa Excelência (V. Exa.) (b)

Desembargador da JustiçaDesembargador da JustiçaDesembargador da JustiçaDesembargador da Justiça Senhor Desembargador Vossa Excelência (V. Exa.)

Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e MunicipaisDiretores de Autarquias Federais, Estaduais e MunicipaisDiretores de Autarquias Federais, Estaduais e MunicipaisDiretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais Senhor Diretor Vossa Senhoria (V. Sa.)

Doutor (P.h.D.)Doutor (P.h.D.)Doutor (P.h.D.)Doutor (P.h.D.) Senhor Doutor Vossa Senhoria (V. Sa.)

EmbaixadoresEmbaixadoresEmbaixadoresEmbaixadores Senhor Embaixador Vossa Excelência (V. Exa.)

EmpresEmpresEmpresEmpresas de um modo geralas de um modo geralas de um modo geralas de um modo geral Prezados Senhores Vossas Senhorias (V. Sas.)

Freiras, Padres e outras Autoridades EclesiásticasFreiras, Padres e outras Autoridades EclesiásticasFreiras, Padres e outras Autoridades EclesiásticasFreiras, Padres e outras Autoridades Eclesiásticas Reverendíssimo Senhor Vossa Reverência (V. Rva.)

Governadores de EstadoGovernadores de EstadoGovernadores de EstadoGovernadores de Estado Senhor Governador Vossa Excelência (V. Exa.)

Juiz de DireitoJuiz de DireitoJuiz de DireitoJuiz de Direito Meritíssimo Juiz Vossa Excelência (V. Exa.)

MadresMadresMadresMadres Reverendíssima Madre Vossa Reverência (V. Reva.)

Marechais, Almirantes, Brigadeiros e GeneraisMarechais, Almirantes, Brigadeiros e GeneraisMarechais, Almirantes, Brigadeiros e GeneraisMarechais, Almirantes, Brigadeiros e Generais Senhor (patente) Vossa Excelência (V. Exa.)

MestresMestresMestresMestres Senhor Professor Vossa Senhoria (V. Sa.)

Ministros de EstadoMinistros de EstadoMinistros de EstadoMinistros de Estado Senhor Ministro Vossa Excelência (V. Exa.)

Núncio ApostólicoNúncio ApostólicoNúncio ApostólicoNúncio Apostólico Eminentíssimo Senhor Vossa Eminência (V. Ema.)

Outras Patentes MilitaresOutras Patentes MilitaresOutras Patentes MilitaresOutras Patentes Militares Senhor (patente) Vossa Senhoria (V. Sa.)

PapaPapaPapaPapa Santíssimo Padre Vossa Santidade (V. S.)

Pessoas em GeralPessoas em GeralPessoas em GeralPessoas em Geral Prezado Senhor Vossa Senhoria (V. Sa.)

Prefeitos MunicipaisPrefeitos MunicipaisPrefeitos MunicipaisPrefeitos Municipais Senhor Prefeito Vossa Excelência (V. Exa.)

Presidente da RepúblicaPresidente da RepúblicaPresidente da RepúblicaPresidente da República Excelentíssimo Senhor Presidente da República Vossa Excelência (V. Exa.)

Presidente do Congresso NacionalPresidente do Congresso NacionalPresidente do Congresso NacionalPresidente do Congresso Nacional Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional Vossa Excelência (V. Exa.)

Presidente do Supremo Tribunal FederalPresidente do Supremo Tribunal FederalPresidente do Supremo Tribunal FederalPresidente do Supremo Tribunal Federal Excelentíssimo Senhor Pres. do Supremo Tribunal Federal Vossa Excelência (V. Exa.)

Presidente de Empresa PrivadaPresidente de Empresa PrivadaPresidente de Empresa PrivadaPresidente de Empresa Privada Prezado Senhor Vossa Senhoria (V. Sa.)

Príncipes e DuquesPríncipes e DuquesPríncipes e DuquesPríncipes e Duques Sereníssimo Senhor Vossa Alteza (V. A.)

Reis e ImperadoresReis e ImperadoresReis e ImperadoresReis e Imperadores Sereníssimo Senhor Vossa Majestade (V. M.)

Reitores de UniversidadesReitores de UniversidadesReitores de UniversidadesReitores de Universidades Magnífico Reitor Vossa Magnificência (V. Mag.ª)

Secretários de Estado e de MunicípioSecretários de Estado e de MunicípioSecretários de Estado e de MunicípioSecretários de Estado e de Município Senhor Secretário Vossa Excelência (V. Exa.)

Senadores da RepúblicaSenadores da RepúblicaSenadores da RepúblicaSenadores da República Senhor Senador Vossa Excelência (V. Exa.)

VereadoresVereadoresVereadoresVereadores Senhor Vereador Vossa Senhoria (V. Sa.)

ViceViceViceVice----Reitores de UniversidadesReitores de UniversidadesReitores de UniversidadesReitores de Universidades Magnífico Vice-Reitor Vossa Magnificência (V. Mag.ª)

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 16. GLOSSÁRIO

AbraxasAbraxasAbraxasAbraxas = pedra preciosa que era usada como amuleto Acróstico = poesia em que as primeiras letras (às vezes, as do meio ou do fim) de cada verso formam, em sentido vertical, um ou mais nomes ou um conceito Actinomante = quem adivinha por meio das irradiações das estrelas Adjudicar = estabelecer vínculo com, ligar Adjunção = junção Adjutor = aquele que ajuda, auxilia Adminículo = auxílio, subsídio Admonitor = aquele que se encarrega de exortar os outros à observância de certas regras Aftartodoceta = adepto de uma seita herética do século VI que sustentava a idéia de que o corpo de Cristo era imortal Aftenxia = incapacidade de falar Amniomante = suposto adivinhador da personalidade Apside = arco, abóboda Aptério = na Grécia antiga, edifício desprovido de colunas BilroBilroBilroBilro = peça de madeira ou metal, usada para fazer rendas em almofada própria Breviário = compêndio Bricabraque = cômodo cheio de objetos usados Brocado = tecido bordado a ouro/prata Broquel = pequeno escudo redondo Brunido = lustrado Bruxuleante = oscilante Bruzundanga = ninharia ChalreioChalreioChalreioChalreio = soltar a voz, como a arremedar a fala Chalrote = casca do pinheiro Cinestesia = sentido da percepção de movimento, peso, resistência e posição do corpo, provocado por estímulos do próprio organismo Clangor = som forte, estridente Clarim = instrumento musical semelhante à corneta Copta = aquele que descende do povo do antigo Egito Cooptar = aliciar, atrair Coroca = indivíduo velho e feio, caduco, decrépito, rabugento Crisólita = espécie de pedra preciosa cor de ouro DismnésiaDismnésiaDismnésiaDismnésia = distúrbio da memória Dríade = ninfa dos bosques e da selva Druida = sacerdote celta, de grande influência política, que acumulava funções de educador e juiz EcléticoEcléticoEcléticoEclético = composto de elementos colhidos em diferentes fontes Enfreado = moderado, reprimido FlandresFlandresFlandresFlandres = metal, condado medieval da Bélgica Flibusteiro = aquele que é desonesto, aventureiro, trapaceiro Florete = arma branca semelhante à espada, porém mais comprida, de lâmina flexível Fragata = navio de guerra Fremente = vibrante, apaixonado, agitado Frustra = falha GimnocéfaloGimnocéfaloGimnocéfaloGimnocéfalo = que tem a cabeça nua, sem pelos ou penas Glosar = exercer censura, criticar Glotorar = soltar a voz (a cegonha) Glutão = que come em excesso e com avidez

Gnaisse = rocha metamórfica feldspática, constituída por mica, quartzo e outros minerais Gnatodonte = que possui os dentes inseridos na espessura das maxilas Gnomo = pequeno gênio deformado que habita a terra Grimpar = galgar, trepar, escalar Gringa = estrangeira loura ou ruiva Grua = fêmea do grou, guindaste Grumete = criado, homem de posição inferior HidraHidraHidraHidra = serpente cujas sete cabeças renasciam ao ser cortadas, destruída por Hércules LavraçãoLavraçãoLavraçãoLavração = o preparo e o cultivo da terra Livrilho = a parte interna da casca dos vegetais MelroMelroMelroMelro = ave parecida com o pássaro-preto Mímica = maneira de expressar o pensamento por meio de gestos, expressões corporais e fisionômicas do organismo Mnemônico = relativo à memória OblataOblataOblataOblata = oferenda piedosa, freira de uma ordem religiosa Obliterado = desaparecido, apagado Oblongo = alongado, cujo comprimento é maior que a largura Obscurantista = adepto do obscurantismo Obsecração = preces públicas, súplicas Obsediante = obsessivo Obsignador = testemunha para um testamento Octaetéride = no calendário da Grécia antiga, ciclo de oito anos no transcurso do qual se intercalavam três meses de trinta dias, para estabelecer uma concordância periódica entre o ano lunar, de doze meses, e o ano solar

Octandro = que apresenta oito estames iguais e livres Octano = qualquer hidrocarboneto saturado de cadeia aberta Octocnemácea = arbusto com folhas simples Odre = saco feito de pele, usado para transporte de líquidos Oftalmagia = dor no globo ocular Oftalmoplegia = paralisia de um ou mais músculos do olho Oftalmorrágica = referente a hemorragia no olho PalatoPalatoPalatoPalato = divisão óssea e muscular entre as cavidades oral e nasal Parlatório = espécie de balcão onde as autoridades se apresentam para discursar Pilrito = fruto do pilriteiro Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose = doença pulmonar aguda causada pela aspiração de cinzas vulcânicas Preceptor = educador, mentor, instrutor Prestidigitador = que tem agilidade com as mãos para iludir os demais Primaz = que está em primeiro lugar, em importância Probo = honrado, honesto, reto Psicodélico = que produz efeitos alucinógenos Psicoléptico = o que exerce efeito sedativo sobre o psiquismo Pteridógrafo = estudioso de plantas, da espécie das pteridófitas Pteroma = na arquitetura grega antiga, ala (de um edifício) RefregaRefregaRefregaRefrega = luta, confronto SubSubSubSub-repticiamente = feito às ocultas, furtivo, dissimulado, clandestino TruculentoTruculentoTruculentoTruculento = que usa de violência, cruel, bárbaro

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Oratória, Gestos e Posturas Francisco Teixeira - Soluções para o Potencial Humano 17. ANEXO: COMO DAR NÓ EM GRAVATA Como se dá nó em gravata? Aqui é que está o pulo do gato! Atente ao desenho e pratique em casa: Nó simples Nó duplo Nó Semi-Windsor Nó Windsor

18. BIBLIOGRAFIA a) Polito, Reinaldo, Gestos e posturas para falar melhor, São Paulo, Saraiva, 1993. b) Marcon, Leoclides, Falar em público, Porto Alegre, Editora CDP, 1992. c) Leeds, Dorothy, Power Speak - O poder da fala, Rio de Janeiro, Editora Record, 1998. d) Moreira, Itamar, Conversando com o inconsciente, Contagem, Ed. Meditar Ltda, 1996. e) Ervilha, A. J. Limão, Vendas com aplicação de neurolingüística, São Paulo, Nobel, 2002. f) Martins, L.C.Martins, Como corrigir a timidez, Rio de Janeiro, BrLetras, 2005.