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ALFABETIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO FUNDAMENTAL: o processo de transição

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ALFABETIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO

ENSINO FUNDAMENTAL: o processo de transição

PSICOLOGIA PEDAGOGIA

Leis que regem o desenvolvimento

Leis que regem o processo educativo

Não se separa a educação do desenvolvimento da criança;

Não se substituem, mas se ajudam no desenvolvimento;

PRÁXIS

•AÇÃO INTENCIONAL E CONSCIENTE PARA TRANSFORMAR A REALIDADE

PRÁXIS PEDAGÓGICA

Ensinar para que? Ensinar a quem?

Ensino sobre quais condições?

O que ensina? Como ensina?

Finalidade do projeto

Destinatário

Conteúdo / currículo

Forma / didática

TRÍADE: CONTEÚDO - FORMA - DESTINATÁRIO

conteúdo - objeto de ensino

forma - os encaminhamentos metodológicos destinatário o sujeito que aprende

Pedagogia Histórico-Crítica

A pedagogia histórico-crítica “enquanto método pedagógico” não está reduzida aos procedimentos, técnicas, instrumentos e estratégias

pedagógicas que orientam o ato de ensinar.

Para além disso, e incorporando esses procedimentos, trata-se de um método pedagógico que fundamenta e orienta os procedimentos teóricos e

práticos – práxis - do ato de ensinar na educação escolar.

Método que promova o desenvolvimento da autonomia no(a) aluno(a).

Constituição do ser social do professor e do aluno

Relacionado à prática social – momento do método pedagógico histórico-crítico.

o desenvolvimento psíquico não constitui um processo quantitativo/evolutivo, mas caracteriza-se por rupturas e saltos qualitativos.

Uma proposição Fundamental da Teoria de Vigotski

A cada novo período do desenvolvimento psíquico, muda a lógica de funcionamento do psiquismo infantil, muda a forma pela qual a criança se relaciona com a realidade.

O que é o psiquismo Imagem subjetiva da realidade objetiva.

Fidedignidade na captação da realidade depende das relações sociais estabelecidas e da ação com o objeto – conhecimento empírico e

científico.

subjetivação objetivação sentido pessoal significado social

Relações sociais

Toda função psíquica superior existe antes no plano externo, interpsíquico, como relação social, para então converter-se em “órgão da individualidade da criança” - subjetividade, ou seja, firmar-se como conquista interna do seu psiquismo.

internalização

interpsíquico intrapsíquico

inter = entre na relação com o outro/educador

intra = dentro como conquista da individualidade da criança

Lígia Márcia Martins, em sua tese de livre-docência, defende que os processos funcionais responsáveis pela formação da imagem subjetiva da realidade objetiva são: sensação, percepção, atenção, memória, linguagem, pensamento, imaginação, emoção e sentimentos.

Caso queiram aprofundar seus estudos sobre os processos funcionais, indicamos a leitura da referida tese de livre-docência no Capítulo 3,

“Os processos funcionais e seu desenvolvimento”

Quais são as funções psíquicas superiores?

COMO SE DESENVOLVEM?

Na atividade, em ação, em tarefas, em desafios, em problemas.

Todo homem desenvolverá funções psíquicas superiores se viver sob condições de socialização

humanas.

O que se espera da educação na Perspectiva

Histórico Cultural?

Desenvolvimento humano

Educação – atuar na formação do psiquismo.

Formação do conceito e da própria consciência humana, por meio da interiorização do signo.

Papel do professor – compreender como se constitui a formação da consciência para se desenvolver uma concepção de materialista e dialética do mundo.

APROPRIAÇÃO OBJETIVAÇÃO

PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO

Qual é o trabalho do professor?

Criar, em nível individual, novas estruturas mentais evolutivas.

Para Saviani: passar do senso comum à consciência filosófica. Cabe ao professor partir da prática social buscando alterar, qualitativamente, a prática de seus alunos, para que possam ser agentes de transformação social. Enfim, o professor é aquele que ensina, que direciona, que tem intencionalidade em sua prática pedagógica. Porque o ensino gera o desenvolvimento e não o contrário.

“[...] com o ingresso na escola, a criança começa a assimilar os

rudimentos das formas mais desenvolvidas da consciência social, ou seja, a ciência, a arte, a moral, o direito, os que estão ligados com a

consciência e o pensamento teórico das pessoas.” (VIGOTSKI)

Conhecimento e realidade Para conhecer a realidade podemos nos utilizar de

conhecimentos cotidianos e não cotidianos. Conhecimentos cotidianos Conhecimentos científicos

anéis – idade das árvores células

preservação arte

Conhecimento e realidade

CONCEITOS ESPONTÂNEOS

1. formas rudimentares de construção de significados;

2. assimilados na vida cotidiana

do indivíduo; 3. se caracterizam pela ausência

de uma percepção consciente de suas relações, são orientados pelas semelhanças concretas e por generalizações isoladas;

4. são a base dos conceitos

científicos.

CONCEITOS CIENTÍFICOS

1. formas de categorização e generalização avançadas;

2. assimilados por meio da

colaboração sistemática, organizada entre o prof. e a criança;

3. ensinados com a formalização

de regras lógicas, sua assimilação envolve análise, que se inicia com uma definição verbal, operações mentais de abstração e generalização;

4. apoiam-se em conceitos

espontâneos já apropriados.

Ao ter contato com os conteúdos científicos é possível desenvolver a capacidade de generalização e operar com conceitos abstratos, havendo a superação das propriedades naturais, “elementares”, das funções psíquicas, em direção à conquista de propriedades “superiores”, culturalmente formadas papel da educação escolar!!!

Como o ser humano se desenvolve?

Antes de responder a esta questão, vamos entender o Jogo de Papéis...

Na primeira infância a criança começa por examinar os objetos, manipulam-no

individualmente e não se

interessam pela brincadeira

de outras crianças.

Objeto – ação – palavra

Com as crianças menores, o objeto em si determina o seu uso.

Quando a criança começa a utilizar seu próprio nome, ou seja, identifica-se com alguém que

executa uma ação realizada pelos adultos, são os primeiros indícios para a preparação para o

jogo de papéis.

palavra – objeto – ação

Há um nexo entre a palavra e o sistema de ações nela implícitas.

Significado social e sentido lúdico

Significado do objeto – propriedade conhecida, modo de possível uso e da possível ação a ser executada com ele.

Sentido lúdico – ações com o objeto diferentes de seu significado social.

Busca então controlar o seu próprio comportamento, subordinado a um

propósito definido.

Jogo de papéis e as regras

O brinquedo evolui para uma situação em que a regra torna-se explícita e a situação imaginária e o papel, latentes, os jogos simbólicos transformam-

se em jogos de regra.

A motivação para o jogo muda. Não descobre somente a relação do adulto com o objeto, mas

descobre também a relação das pessoas entre si.

O jogo de papéis ou jogo protagonizado é somente fonte de liberdade e prazer para a criança?

O jogo satisfaz certas necessidades infantis e motivações que se encontram na esfera afetiva.

Por meio do jogo protagonizado a criança realiza desejos impossíveis de serem atendidos. Para tanto, ela recorre a uma situação imaginária.

Esta situação imaginária contém regras implícitas para a sua realização. É uma liberdade ilusória!

Portanto... Temos que quebrar a crença de que o jogo é somente fonte

de liberdade e prazer para a criança, uma atividade na qual exercita livremente sua imaginação e deixa fluir sua fantasia.

Qual a relação do Jogo de Papéis com o desenvolvimento?

“O que determina diretamente o desenvolvimento da

psique de uma criança é sua própria vida e o

desenvolvimento dos processos reais desta vida

– em outras palavras: o desenvolvimento da

atividade da criança, quer a atividade aparente, quer

a atividade interna. Mas seu desenvolvimento, por

sua vez, depende de suas condições reais de vida.”

(LEONTIEV, 2001, p.63).

Dessa forma, o Jogo de Papéis possibilita:

desenvolvimento da consciência das regras fixas em determinados tipos de jogos;

desenvolvimento da autoavaliação e seu desenvolvimento moral;

desenvolvimento de atividades cognitivas relevantes para atividades escolares.

O principal na atividade de jogo de papéis é se apropriar das relações humanas ao reproduzi-las.

O jogo provém de uma

fantasia?

• O conteúdo do processo da brincadeira é a ação real – tirada da vida real, mas que necessita de uma situação imaginária.

• Portanto, o jogo não é arbitrário ou alucinatório.

• Não provém de uma situação imaginária.

Qual o papel do professor no

jogo de papéis?

O papel do professor é o de interventor no brincar

• Planejar

• Observar

• Intervir

• Propor

• Questionar

• Apresentar novas possibilidades

O

de

sen

volvim

en

to

psíq

uico

O desenvolvimento

psíquico

É determinado essencialmente pela relação criança-sociedade. As condições históricas exercem influência sobre o processo de desenvolvimento.

Resulta do processo de interação do sujeito com o mundo por meio da mediação dos instrumentos e signos produzidos pela humanidade.

Principais conquistas na educação infantil como condição para o desenvolvimento psíquico

- auto-domínio da conduta;

- unidade afetivo-cognitiva, que envolve o desenvolvimento de capacidades para: observar, escutar, atentar, memorizar e recordar, compreender as instruções e os significados das tarefas, se autoavaliar.

O desenvolvimento não se produz na atividade espontânea da criança, mas em uma atividade organizada de forma determinada, com propósitos, com objetivos e com procedimentos claramente planejados e combinados com a criança.

A atividade é o elo que liga o sujeito ao mundo

A atividade constitui a categoria nuclear para a explicação do psiquismo

Uma categoria fundamental para compreender a relação que se estabelece entre a criança e o mundo e suas transformações ao longo da vida é o conceito de

atividade. A relação entre o

Mundo Objeto Sujeito

É medida pelas ações humanas!

A atividade principal é então...

...atividade cujo desenvolvimento governa as mudanças mais importantes nos processos psíquicos da criança, em um certo estágio de seu desenvolvimento.

Ou seja...

É aquela por meio da qual ela entra em contato com o mundo que a rodeia, aprende e se desenvolve.

Atividade dominante

ou Atividade-

guia.

A categoria fundamental

para compreender o

psiquismo infantil em

desenvolvimento é o conceito de

É a mudança de atividade dominante, principal ou atividade-guia que marca a transição a um novo período do

desenvolvimento.

Reorganiza e forma os processos psíquicos, e dela dependem as principais mudanças psicológicas que caracterizam o período em que a criança se encontra.

A atividade dominante

atividade-guia (ou atividade principal)

Mas... Toda atividade tem a mesma importância para o desenvolvimento?

Não, em cada período do desenvolvimento humano uma determinada atividade assume primazia como

força motriz do desenvolvimento psíquico e da personalidade:

Atividades produtivas

São aquelas que têm um produto final: desenho, jogo de montar, pintura com tinta guache, etc.

São importantes para desenvolver a ação de planejamento, habilidade importante para a Atividade de Estudo.

A capacidade ilimitada de aprender, e nesse processo, desenvolve sua inteligência e sua personalidade:

• com as gerações adultas e com as crianças mais velhas;

• com as situações no momento histórico em que vive;

• com a cultura a que tem acesso.

Para a teoria histórico-cultural, a criança nasce com uma única capacidade:

Cultura em Vigotski

É tudo aquilo que o ser humano tem construído, ou seja, o que não se encontra de forma natural na natureza

Cultura é, para o histórico-cultural, o que tem sido construído pelo próprio

homem, em sua incessante interação com seu meio para subsistir e satisfazer

as necessidades, e a partir de muitos casos, do que o próprio meio lhe tem

mostrado e ele tem imaginado, transferido, generalizado e criado em outro

sentido e com outros materiais, graças às suas enormes possibilidades de

fixar na memória e utilizar essas recordações para que se lhe formem novas

necessidades e vivências que lhe permitem criar fantasias, idéias mediante a

possibilidade de poder comparar, transferir e generalizar uma grande

quantidade de fatos e características memorizadas e que provêm das relações

do ser humano com seu meio ambiente e seu contexto, que por sua vez tem

aprendido nesse processo de construção e logo as tem transferido às

gerações que as tem continuado. (BEATÓN, 2005, p. 170, 171)

A cultura desempenha, segundo Libâneo (2004, p. 8), “um papel relevante por permitir ao ser humano a interiorização dos modos historicamente determinados e culturalmente organizados de operar com informações”.

cultura

A tarefa do educador é garantir a reprodução, em cada criança, das aptidões humanas que são produzidas pelo conjunto dos homens, que sem a transmissão da cultura, não aconteceria.

Ao mesmo tempo, o educador precisa identificar as formas mais adequadas para atingir este objetivo.

O processo de ensino e de aprendizagem estão

intrinsecamente relacionados, pois...

por meio da ação pedagógica intencional, tem por objetivo

promover a aprendizagem

que é o processo ativo de apropriação de conhecimento, formação e desenvolvimento das qualidades humanas.

O Ensino

A aprendizagem impulsiona o

desenvolvimento

por meio da atividade

constituída de necessidades

cujo núcleo básico, de acordo com Davydov, é o

desejo

e este é impulsionado

pela motivação para aprender.

De acordo com a teoria

Histórico - Cultural

RESUMINDO

CURRÍCULO COMUM DO ENSINO FUNDAMENTAL DE BAURU

MATRIZ CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA

Comunicação escrita conquistas da humanidade

• Domínio da língua escrita

• Determinação da qualidade do registro

• Interação

HUMANIZAÇÃO

CONQUISTAS SOCIAIS

EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA

OCUPAÇÃO DOS ESPAÇOS

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

ACESSO À CULTURA LETRADA

DECISÕES

OBJETIVO

Possibilitar situações nas quais os alunos possam desenvolver a

oralidade, ampliando e enriquecendo seu vocabulário,

possibilitando assim efetuar adequações em sua linguagem,

percebendo seu uso nos diferentes contextos sociais.

O ensino da linguagem oral a partir da perspectiva histórico-cultural

• Os instrumentos carregam significados, valores e conhecimentos de uma cultura;

• A intervenção didática nas práticas de linguagem exige do professor planejamento e conhecimento sobre o funcionamento do objeto de estudo;

• A criança aprende a utilizá-los com o auxílio de outras pessoas mais experientes, incorporando e internalizando as experiências acumuladas pela humanidade;

• “E aprender a falar é apropriar-se dos instrumentos para falar em situações de linguagem diversas, isto é, apropriar-se dos gêneros” (SCHNEUWLY; DOLZ, 2013, p.143).

Características dos gêneros

Orientações didáticas Escola: espaço responsável pelo conhecimento científico, sistematizado e intencional

• Palavra o ser humano ultrapassa o nível sensorial, rumo a sua capacidade de pensar, com profundas transformações em seu psiquismo.

• Apropriação da fala – mediação com o outro, endossa a oralidade e práticas sociais.

É por meio da oralidade que as crianças iniciam o processo de apropriação dos conteúdos.

https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+oralidade&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=2ahUKEwjzmNu3i_

zcAhWHHpAKHeNCkMQsAR6BAgFEAE&biw=1920&bih=974#imgrc=hWgSJt0VJ71s5M:

Sugestões de atividades (orientações metodológicas):

https://www.google.com.br/search?biw=1920&bih=974&tbm=isch&sa=1&ei=7_Z6W8-cGMGnrgSulYDQ&q=oralidade+debate+utilizando+crian%C3%A7a+&oq=oralidade+debate+utilizando+crian%C3%A7a+&gs_l=img.3...4081.5585.0.6318.8.8.0.0.0.0.490.1271.31j2.3.0....0...1c.1.64.img..6.0.0....0.qf0MheI3Qwk#imgrc=tdwblJU0_7rFxM:

https://www.google.com.br/search?biw=1920&bih=974&tbm=isch&sa=1&ei=vvh6W8v0DOE6QTYiLXIBw&q=quadro+de+rotina+escola&oq=quadro+de+rotina+escola&gs_l=img.3..0l3.9858.18595.0.19600.17.13.0.3.3.0.515.1829.23j0j1j1.5.0....0...1c.1.64.img..11.6.1118...0i7i30k

1j0i67k1.0.MUnXNYF70EE#imgrc=0iOA4DJPwW2g4M:

https://www.google.com.br/search?biw=1920&bih=974&tbm=isch&sa=1&ei=0_h6W6yfKaeC6QSrl5agDw&q=entrevista+com+crian%C3%A7as&oq=entrevista+com+crian%C3%A7as&gs_l=img.3...168713.177767.0.179123.45.32.0.3.3.0.384.4690.0j6j11j3.20.0....0...1c.1.64.img..28.13.2083...0j0i67k1j0i24k1j0i8i30k1.0.Mlf64qofVXY#imgrc=5iymyl8qXa1DYM:

https://www.google.com.br/search?biw=1920&bih=974&tbm=isch&sa=1&ei=0_h6W6yfKaeC6QSrl5agDw&q=entrevista+com+crian%C3%A7as&oq=entrevista+com+crian%C3%A7as&gs_l=img.3...168713.177767.0.179123.45.32.0.3.3.0.384.4690.0j6j11j3.20.0....0...1c.1.64.img28.13.2083...0j0i67k1j0i24k1j0i8i30k1.0.Mlf64qofVXY#imgrc=gwEwNHPaFTjU1M

Objetivo: incentivar e promover o gosto pela leitura bem como despertar a imaginação e formar bons leitores, contemplando a necessidade da

competência leitora.

• CAFIERO (2005): leitura como um processo cognitivo de elaboração e de construção de sentidos e significados, num determinado contexto histórico.

• Aprimoramento da atenção voluntária, do pensamento, da memória verbal e da imaginação, que são funções psíquicas superiores.

Apresentação de diferentes gêneros discursivos

• Enriquecimento do vocabulário;

• Desenvolvimento da imaginação e da criatividade;

• Repertório de conhecimentos significativos;

• Exemplo de Estratégia: “O carteiro chegou”

• Contempla diversos gêneros;

• Exploração da oralidade, sonoridade (rimas);

• Valorização da escrita;

• Produção de diferentes gêneros

• Leitura deleite e leitura compartilhada

EXEMPLOS DE ESTRATÉGIAS DE LEITURA

Uma imagem pode produzir várias, mas não qualquer leitura. Dessa forma, existem as questões-chave, base para a leitura de imagens.

(Ver página 754, Matriz Curricular de Língua

Portuguesa)

Livro da vida

Biblioteca ambulante

Leitura de imagem

DIVISÃO DOS EIXOS

Apropriação do sistema de escrita alfabética

Discursividade

Textualidade

Normatividade

Estágios de desenvolvimento classificados por Luria (2016)

Decifração do nosso sistema de escrita

Categorização gráfica Princípio acrofônico

Categorização funcional

https://www.google.com.br/search?q=exemplos+de+principios+acrof

Som de [s](categorização gráfica) tem diferentes representações nas palavras: texto, sapato, paz, calça, cebola (categorização funcional).

CORRESPONDÊNCIAS Correspondência

biunívoca, também nomeada por

regularidades diretas

Correspondência fonográfica se refere à

relação letra e som.

Currículo Comum – Ensino Fundamental de Bauru – pág. 763

Análise Linguística: apropriação do sistema de escrita

• A apropriação da escrita é um processo complexo e que requalifica o psiquismo, fazendo com que o indivíduo alcance propriedades superiores de expressão de sua própria linguagem. Tal apropriação é signatária do processo de simbolização, por meio do qual o ser humano percorre em direção ao uso da língua escrita como fonte primária de sua expressão.

• Relações interpessoais de comunicação: considerar a linguagem social desde o início da vida humana. Na inter relação com os adultos, as crianças adquirem a linguagem oral em contextos significativos de comunicação.

OBJETIVOS

Como deve ser o ensino da língua escrita para que o aluno se torne

alfabetizado?

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Capacidade de simbolização:

• Para o trabalho com alfabetização na turmas iniciais, o professor acompanhará a criança em seu processo de simbolização, no qual o aluno vai se distanciando do concreto em direção a representações abstratas, por meio de ações e operações didáticas que atuem na zona de desenvolvimento iminente.

https://www.google.com.br/search?biw=1920&bih=974&tbm=isch&sa=1&ei=tBl7W73RJZGCQa5nqfoBw&q=exemplos+de+leitura+de+r%C3%B3tulos+por+crian%C3%A7as&oq=exemplos+de+leitura+de+r%C3%B3tulos+por+crian%C3%A7as&gs_l=img.3...227418.232936.0.233429.15.15.0.0.0.0.524.1489.42j1.3.0....0...1c.1.64.img..12.0.0....0.9cfGzsw9Yac#imgrc=XSlMslJz1vuUEM:

https://www.google.com.br/search?biw=1920&bih=974&tbm=isch&sa=1&ei=oRp7W4foENrt-Qbu_qW4Cg&q=exemplos+m%C3%BAsicas+acompanhadas+por+gestos&oq=exemplos+m%C3%BAsicas+acompanhadas+por+gestos&gs_l=img.3...342999.359506.0.360289.65.43.0.0.0.0.1169.6590.0j12j5j3j2j7-1.23.0....0...1c.1.64.img..45.1.1169...0.0.S7cegiGXmys#imgrc=UZ4NoI6SfH2v0M

Capacidade de discriminação das formas das letras

• As crianças precisam saber que a língua é dinâmica e que as letras já foram de outras formas. Quando elas atingem a escrita simbólica, propriamente dita, uma escrita onde a criança faz uso de signo cultural, a notação gráfica assume características conceituais e convencionais.

• Cagliari defende que a escrita de forma maiúscula é a melhor escolha para a fase de alfabetização, porém advertimos junto a ele que “Deve-se ensinar a caligrafia da escrita cursiva. Não cuidar da arte de escrever é um equívoco, um erro da escola, que diz ser moderna (CAGLIARI, 2005, p. 98)”.

Quando o aluno já está alfabetizado, o trabalho a ser realizado é o ensino da letra cursiva, fazendo com que a criança entenda sua função.

https://www.google.com.br/search?biw=1920&bih=974&tbm=isch&sa=1&ei=uD98W46GH4LywASgpHoDA&q=imagem+de+crian%C3%A7a+com+letra+cursiva&oq=imagem+de+crian%C3%A7a+com+letra+cursiva&gs_l=img.3...13749.18434.0.19473.12.12.0.0.0.0.308.1894.2-7j1.8.0....0...1c.1.64.img..4.0.0....0.g3rLpRBRW4o#imgrc=UQ3l-Lx-vJW1HM:

https://www.google.com.br/search?biw=1920&bih=974&tbm=isch&sa=1&ei=uD98W46GH4LywASgpHoDA&q=imagem+de+crian%C3%A7a+com+letra+cursiva&oq=imagem+de+crian%C3%A7a+com+letra+cursiva&gs_l=img.3...13749.18434.0.19473.12.12.0.0.0.0.308.1894.27j1.8.0....0...1c.1.64.img..4.0.0....0.g3rLpRBRW4o#imgrc=ZHM1tbEnD-ruCM:

https://www.google.com.br/search?biw=1920&bih=974&tbm=isch&sa=1&ei=_UV9W_28Ioe7wATZrKigCA&q=letra+cursiva+fichas&oq=letra+cursiva+fichas&gs_l=img.3..0i8i30k1l2.38969.44151.0.45426.19.16.0.0.0.0.548.2690.0j2j2j0j3j1.8.0....0...1c.1.64.img..14.5.1359...0j0i19k1j0i30i19k1j0i5i30i19k1j0i8i30i19k1.0.q3ub9V_8z8o#imgrc=g5AKgUDdAF_IkM:

Capacidade de discriminação dos sons da fala

1 • Trabalho com a consciência fonológica.

2 • Tanto a alfabetização favorece a consciência fonológica

quanto a consciência fonológica favorece a alfabetização.

3 • Professor ter conhecimento da estrutura da língua.

EXEMPLOS

Capacidade de consciência da unidade palavra

• Essa capacidade diz respeito ao conceito do que vem a ser palavra. Esta encerra em si a unidade entre significante e o significado, constituindo-se uma unidade de sentido. A palavra, para Lemle, “é o cerne da relação simbólica essencial contida numa mensagem lingüística: a relação entre conceitos e sequências de sons da fala (1988, p. 11)”. A relação dialética na entidade palavra se dá entre forma e conteúdo, ou ainda, entre a parte física da palavra (sequência de sons) e seu significado (conceito).

Arquivo pessoal

Capacidade de organização da página escrita

Por meio da leitura o aluno aprenderá que pedaços do falado

correspondem a pedaços do escrito, ou seja, de que tudo o que se fala está escrito na ordem em

que se fala.

Essa atividade ensinará ao aluno como está organizada a escrita em

nossa sociedade, que é uma convenção que orienta a leitura e a escrita: da esquerda para a direita,

de cima para baixo.

Aluno lê um texto que conhece de memória.

Leitura de ajuste do falado ao escrito.

ALFABETIZAÇÃO

EIXO PRODUÇÃO TEXTUAL

O que é um texto?

O texto é uma unidade linguística concreta tomada pelos usuários da língua (falante/ouvinte escritor/locutor) em uma situação de interação, como uma unidade completa que preenche uma função comunicativa, uma função social (KOCH; TRAVAGLIA, 2000 apud FERREIRA; VIEIRA, 2013).

Qualquer enunciado considerado um texto

EXEMPLOS

Unidade de sentido, com função

comunicativa (interlocução)

Frase, fragmento de um diálogo,

diálogo, provérbio, verso, estrofe, poema, romance, e até mesmo uma

palavra-frase

E o contexto?

• Relação entre o texto e a situação em que ele ocorre. Engloba o contexto linguístico e a situação de interação ou o entorno social, político e cultural em que o texto foi produzido.

Figura 1: Exemplo de charge – Contexto ambíguo e interpretação unívoca.http://dhanyllodhanylloblogspot.com.br/2011/11/charge-violencia-na-escola-atchamada.html Acesso em 07 ago. 2016

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS: ver pág. 796

OBJETIVO

Produzir textos, nos mais variados gêneros discursivos, com eficácia quanto

à comunicabilidade e legibilidade textual.

INDICAÇÃO DE LEITURA

Alfabetizar passa a ser a iniciação do indivíduo em um determinado conhecimento

• Desenvolvimento da matemática: grupos sociais (linguagem, jogos, etc.);

• Atividades: contar, localizar, medir, desenhar, jogar e explicar;

• Educação Matemática: produto cultural (relações sociais);

• Linguagem e instrumento poderoso no domínio de novas tecnologias.

Matemática como processo de alfabetização alfabetização das quantidades

• Desenvolvimento da abstração numérica, a ideia de número em sua operacionalidade

• Simbologia numérica domínio do número e de sua representação

Compreender, ler e representar os números significa um processo contínuo de desenvolvimento de conhecimento.

• Apropriação de um novo objeto de conhecimento deixa de ser uma mera repetição de símbolos e passa a ser a elaboração de um esquema conceitual que permite “processar informações”, transformando-as em conhecimento organizado.

SENTIDO E SIGNIFICADO

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO

CONHECIMENTO: FORMAÇÃO DA IDEIA DE NÚMERO E DE NUMERAL

DESENVOLVIMENTO E INTENÇÃO NAS AÇÕES

PEDAGÓGICAS

NÚMERO PRIMEIRO ELEMENTO DE

COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA DO

HOMEM

O signo numérico no processo de “alfabetização matemática” ocupa um papel de destaque uma vez que é um dos primeiros elementos de imersão do sujeito no universo da Matemática.

Tanto a “alfabetização Matemática” quanto a alfabetização na língua requerem a compreensão do signo e do sistema construído por esses próprios signos. Uma sentença matemática é um conjunto de sinais que se combinam através de regras construídas sistemicamente, que, por sua vez permitem a comunicação de uma ideia tipicamente Matemática.

REFERÊNCIAS

• DANGIÓ, M.C.S., ARANDA, N., ROSSI, S.R., Língua Portuguesa. In: MESQUITA, A.M. de; FANTIN, F.C.B.; ASBAHR, F.F.da S. (Org.). Currículo comum para o ensino fundamental municipal de Bauru. 2.ed. Bauru: Prefeitura Municipal de Bauru, 2016. p. 721 – 831.

• SANTOS, S.M.P., Matemática. In: MESQUITA, A.M. de; FANTIN, F.C.B.; ASBAHR, F.F.da S. (Org.). Currículo comum para o ensino fundamental municipal de Bauru. 2.ed. Bauru: Prefeitura Municipal de Bauru, 2016. p. 832 – 921.

• MARTINS, L. M. O Desenvolvimento do Psiquismo e a Educação Escolar: contribuições à luz da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2015