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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
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MARILIZE APARECIDA PAZINI
MODELAGEM MATEMÁTICA: A ÁGUA COMO FONTE
ESGOTÁVEL E O ENSINO-APRENDIZAGEM DE
MATEMÁTICA
IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA –UEL
ORIENTADOR: Prof. Dr. Paulo Laerte Natti
ÁREA DE TRABALHO: MATEMÁTICA
Londrina – 2010
MARILIZE APARECIDA PAZINI
MODELAGEM MATEMÁTICA: A ÁGUA COMO FONTE
ESGOTÁVEL E O ENSINO-APRENDIZAGEM DE
MATEMÁTICA
Produção Didática (Unidade Didática)
apresentado ao Programa de
Desenvolvimento Educacional.
Orientador: Prof. Dr. Paulo Laerte Natti
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Londrina - 2010
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SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO............................................................................04
II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................06
III – DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES........................09
ATIVIDADE 1 – QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO..............09
ATIVIDADE 2 – PESQUISA.........................................................10
ATIVIDADE 2.1 – Aprendendo sobre o tema...............................10
ATIVIDADE 2.2 – Água no Brasil................................................11
ATIVIDADE 2.3 – A grande reserva brasileira de água: os
aquíferos subterrâneos....................................................................12
ATIVIDADE 2.4 – Como é consumida a água?............................13
ATIVIDADE 2.5 – Fórum mundial da água..................................14
ATIVIDADE 3 – PALESTRAS E VISITAS.................................15
ATIVIDADE 3.1 – O que fazer?....................................................15
ATIVIDADE 3.2 – Dicas para evitar o desperdício de água.........16
ATIVIDADE 4 – ELABORAÇÃO DO CADERNO DE
ATIVIDADES – (PORTIFÓLIO)..................................................18
ATIVIDADE 5 – APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
REALIZADO.................................................................................18
IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................19
V – REFERÊNCIAS...........................................................................20
5.1 – REFERÊNCIAS DO PROJETO..........................................20
5.2 – ENDEREÇOS ELETRÔNICOS PARA PESQUISAS........21
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I - INTRODUÇÃO
A Matemática é considerada por muitos como algo de difícil
compreensão, uma ciência fechada e puramente dedutiva. A maioria dos alunos
apresenta dificuldades e não consegue relacionar os conteúdos estudados na
escola com os vividos por eles no dia-a-dia. Atualmente, verifica-se também que
os professores procuram capacitar-se e descobrir novas formas de estabelecer o
processo de ensino-aprendizagem, com a intenção de melhorar a qualidade das
aulas e adotar estratégias que levam o aluno a investigar, questionar e descobrir
soluções práticas.
Apoiado na importância da contextualização dos conteúdos, esta
produção didática tem por objetivo fornecer subsídios para o ensino de
conteúdos de Geometria. A proposta tem caráter interdisciplinar e é
desenvolvida por meio da temática: “a água como fonte esgotável”. A presença
das Geometrias no currículo escolar tem um papel fundamental para a formação
do aluno, pois favorece o desenvolvimento do pensamento, possibilitando a
compreensão e a representação de modo sistematizado de elementos do
cotidiano. Além disso, o estudo da geometria estimula o interesse, a criatividade
e ainda contribui para o desenvolvimento da percepção espacial e da capacidade
de resolver problemas.
De acordo com as DCEs (Diretrizes Curriculares de Matemática) para
as séries finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio – do Governo do
Estado do Paraná, “a modelagem tem como pressuposto a problematização de
situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno
no contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos
sobre situações da vida” (PARANÁ, 2008). Neste contexto, a presente Produção
Didática foi elaborada para facilitar o aprendizado dos alunos e aumentar o
interesse pelas aulas. Utilizaremos uma proposta metodológica diferente, a
5
Modelagem Matemática, que possibilita aos alunos criar, construir, analisar e
estabelecer relações entre conteúdos matemáticos e seu cotidiano.
Este trabalho é apresentado na seguinte forma. A seção 2 apresenta a
fundamentação teórica referente à Modelagem Matemática. Na seção III
descrevem-se as Atividades que serão Desenvolvidas com os alunos sobre os
conteúdos de Geometria. Enfim, na seção IV fazem-se as Considerações Finais.
A seção V apresenta as referências deste trabalho e os endereços eletrônicos
para as pesquisas das atividades.
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II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A transição do ensino tradicional à modelagem exige tanto dos
professores, quanto dos alunos uma nova postura. Em sala de aula, a
Modelagem Matemática deve ser usada em atividades investigativas com o
propósito de enriquecer o currículo, oportunizando aos alunos a relação dos
conteúdos estudados com a realidade em diversas áreas do conhecimento e a
compreensão de ideias e conceitos matemáticos em sua prática social. Segundo
Anastácio (1999), trabalhar com Modelagem Matemática pode render diversos
benefícios, entre outros, ela cita:
1) a motivação do aluno e do próprio professor;
2) a facilitação da aprendizagem. O conteúdo matemático passa a ter
significação, deixa de ser abstrato para ser concreto;
3) a preparação para futuras profissões nas mais diversas áreas do
conhecimento devido à interabilidade do conteúdo matemático com outras
disciplinas;
4) o desenvolvimento do raciocínio, lógico e dedutivo;
5) o desenvolvimento do aluno como cidadão crítico e transformador
de sua realidade;
6) e a compreensão do papel sócio-cultural da Matemática, tornando-a
mais importante.
Ao trabalhar com Modelagem Matemática, o professor deve ser
criativo e assumir a postura de um mediador entre a matemática da rua e a
matemática escolar e estar preparado para a interferência no ritmo do seu
trabalho. A sua postura deve ser inovadora como afirma Biembengut e Hein
(2005, p.29): “A condição necessária para o professor implementar modelagem
no ensino – modelação – é ter audácia, grande desejo de modificar sua prática e
disposição de conhecer e aprender, uma vez que essa proposta abre caminho
para descobertas significativas”.
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Ao se trabalhar com a Modelagem Matemática em sala de aula, o fato
de compartilhar o processo de ensino com o grupo, ou grupos, faz a diferença,
favorecendo o entrosamento entre os alunos e o professor. Possibilita a
autonomia e faz com que o aluno procure compreender temas que provocam o
interesse e a curiosidade. Conforme Biembengut e Hein (2005), cabe ao
professor acrescentar ou excluir tópicos matemáticos de acordo com a série na
qual deseja desenvolver a atividade, e, é claro, com os objetivos que espera
alcançar. Isso significa que no desenvolvimento do trabalho de modelagem,
poderão surgir dúvidas em relação aos conteúdos, e o professor poderá estar
intercalando conteúdos matemáticos que surgirão durante o processo, para que
os alunos sintam-se mais confiantes em encontrar o modelo propriamente dito.
Há várias maneiras de implementar Modelagem Matemática. Barbosa
(2001) apresenta três casos para se trabalhar a Modelagem Matemática na sala
de aula:
Caso 1: O professor apresenta um problema, devidamente relatado,
com dados qualitativos e quantitativos, cabendo aos alunos a investigação. Aqui,
os alunos não precisam sair da sala de aula para coletar novos dados e a
atividade não é muito extensa.
Caso 2: Os alunos deparam com o problema a investigar, mas tem que
sair da sala de aula para coletar dados. Ao professor, cabe apenas a tarefa de
formular o problema inicial. Nesse caso, os alunos são mais responsabilizados
pela condução das tarefas.
Caso 3: Trata-se de projetos desenvolvidos a partir de temas “não-
matemáticos”, que podem ser escolhidos pelo professor ou pelos alunos. Aqui, a
formulação do problema, a coleta de dados e a resolução são tarefas dos alunos.
Nesta produção didática trabalhar-se-á com uma proposta tipo caso 2,
onde o professor irá sugerir o tema e os alunos distribuídos em grupos, irão:
investigar, coletar dados, formular hipóteses, simplificar, resolver o problema,
fazer a análise das soluções encontradas e validar o modelo construído
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vinculado ao tema inicialmente proposto. Durante o processo, o professor
poderá interferir no trabalho sempre que houver dúvidas por parte dos alunos ou
opinar diante das situações.
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III - DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES
Esta atividade de Modelagem Matemática será desenvolvida na turma
de 3ª série do Ensino Médio, matutino, do Colégio Estadual Talita Bresolin,
Califórnia-PR. Na modelagem destes problemas serão utilizados os seguintes
conteúdos matemáticos: tabelas e gráficos estatísticos, porcentagem, geometria
plana e geometria espacial.
A seguir enumeram-se as atividades a serem desenvolvidas:
ATIVIDADE 1 - QUESTIONÁRIO INVESTIGATIVO
Aplicar-se-á dois questionários aos alunos do Projeto, o primeiro no
início e o segundo ao término. Os mesmos questionamentos serão utilizados nas
duas avaliações, onde o primeiro servirá como sondagem e o segundo como
auto-avaliação. Estes questionários será o elo entre o ensino da Matemática em
sala de aula com os problemas da realidade cotidiana, viabilizando aos alunos a
construção dos conceitos matemáticos. Citam-se como possíveis questões:
1) Qual a importância da água em sua vida?
2) Como é feito o abastecimento e o armazenamento da água em sua
casa?
3) O que é rede de esgoto?
4) Qual a importância da rede de esgoto?
5) O que é uma cisterna?
6) Em sua casa se faz a coleta de água das chuvas? De que forma ela é
armazenada? E em que ela é utilizada?
7) Qual é o tempo que você gasta para tomar banho? O chuveiro fica
ligado todo o tempo?
8) Quantos metros cúbicos de água são gastos por mês em sua casa?
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9) Você acha que nos últimos 10 anos, o uso deste recurso (água)
mudou? Por quê?
10) Sabendo que este é um recurso finito, e que em vários países a
água potável já é escassa, em sua opinião, o que deveria ser feito para melhorar
esta situação?
11) O que está sendo feito por você em relação à economia e não
poluição da água?
ATIVIDADE 2 - PESQUISA
Pesquisas sobre água serão feitas em âmbito global, tendo como
requisitos:
- conhecer as características da água potável;
- compreender o processo de limpeza nas estações de tratamento;
- identificar e conhecer algumas medidas de saneamento básico;
-reconhecer o processo de seleção e reciclagem do lixo e sua
importância para a preservação do meio ambiente;
- entender a necessidade de uma estação de tratamento de esgoto;
- reconhecer que a escassez de água potável é um problema mundial.
ATIVIDADE 2.1 - APRENDENDO SOBRE O TEMA
“A rã não bebe toda a água do tanque onde mora” – Provérbio norte-americano
A água é um elemento composto por dois átomos de hidrogênio (H) e
um de oxigênio (O), formando a molécula de H2O. É uma das substâncias mais
abundantes em nosso planeta e pode ser encontrada em três estados físicos:
sólido (geleiras), líquido (oceanos e rios) e gasoso (vapor d’água na atmosfera).
A água é fundamental para o planeta. Nela, surgiram as primeiras
formas de vida, e a partir dessas, originaram-se as formas terrestres, as quais
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somente conseguiram sobreviver na medida em que puderam desenvolver
mecanismos fisiológicos que lhes permitiram retirar água do meio e retê-la em
seus próprios organismos. A evolução dos seres vivos sempre foi dependente da
água.
O corpo humano é composto principalmente de água, entre 70 e 75%.
A proporção de água no corpo humano é idêntica à proporção entre terras
emersas e águas na superfície do planeta Terra. A Terra é azul porque
aproximadamente três quartos da sua superfície estão cobertos de água. No
entanto, menos de 3% deste volume é de água doce, cuja maior parte está
concentrada em geleiras, restando uma pequena porcentagem de águas
superficiais para as atividades humanas. A água está distribuída da seguinte
forma no planeta Terra:
- 97,5% da disponibilidade da água do mundo estão nos oceanos, ou
seja, água salgada;
- 2,5% de água doce.
Com relação à água doce temos a seguinte distribuição:
- 29,7% em aqüíferos;
- 68,9% nas calotas polares;
- 0,5% nos rios e lagos;
- 0,9% em outros reservatórios (nuvens, vapor d’água etc.).
ATIVIDADE 2.2 - ÁGUA NO BRASIL
O Brasil, Rússia, China e Canadá são os países que basicamente
"controlam" as reservas de água doce mundial.
O Brasil é um país privilegiado com relação à disponibilidade de
água, pois detém 53% do manancial de água doce disponível na América do Sul
e possui o maior rio do planeta (rio Amazonas). Os climas equatorial, tropical e
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subtropical que atuam sobre o território, proporcionam elevados índices
pluviométricos. No entanto, mesmo com grande disponibilidade de recursos
hídricos, o país sofre com a escassez de água potável em alguns lugares. A água
doce disponível em território brasileiro está irregularmente distribuída:
aproximadamente 72% dos mananciais estão presentes na região amazônica,
restando 27% na região Centro-Sul e apenas 1% na região Nordeste do país.
ATIVIDADE 2.3 - A GRANDE RESERVA BRASILEIRA DE ÁGUA: OS
AQUÍFEROS SUBTERRÂNEOS
No ciclo hidrológico, uma parte da água superficial penetra nas rochas
permeáveis formando vastos lençóis freáticos também chamados de aquíferos.
O maior aqüífero conhecido do mundo, O AQUÍFERO GUARANI,
está localizado em rochas da Bacia Sedimentar do Paraná e ocupa uma área de
mais de 1,2 milhões de km2. Este super-aquífero estende-se pelo Brasil, (Goiás,
Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
com 840.000 Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina,
(255.000 Km²). Ele pode conter mais de 40 mil quilômetros cúbicos de água, o
que é superior a toda a água contida nos rios e lagos de todo o planeta.
A água do aqüífero Guarani já abastece muitas comunidades nos
Estados do Sul-Sudeste do País. Reservatórios subterrâneos de água potável são
conhecidos em todos os terrenos e regiões do Brasil.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA)
apresentou um estudo, que aponta a descoberta de um novo aquífero, que seria
ainda maior que o Aquífero Guarani. A reserva subterrânea está localizada sob
os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de 86.000 km³ de água
doce, o que seria suficiente para abastecer a população mundial, de acordo com
a pesquisa.
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ATIVIDADE 2.4 - COMO É CONSUMIDA A ÁGUA?
No Brasil, 92,7% das residências têm rede de água potável, segundo
dados do Ministério das Cidades. "Mas no nordeste o sistema de abastecimento
não consegue garantir água todo dia", diz o diretor da Agência Nacional de
Águas, Benedito Braga. Por outro lado, no que diz respeito à rede de esgoto,
apenas 37,7% dos domicílios estão ligados à rede de coleta. O resto é lançado
nos rios e no mar. É essa poluição - somada aos dejetos industriais - que está na
base da crise da água.
Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização
para Alimentação e Agricultura (FAO), classificou os países em cinco
categorias. Para isso levou em consideração o volume de água renovável
dividido pelo tamanho da população.
Existem diferentes cálculos sobre a quantidade diária de água que um
ser humano necessita para viver adequadamente. Alguns levam em consideração
apenas o imprescindível para matar a sede, cozinhar e tomar banho; outros
incluem o necessário para a limpeza de roupas e espaços. Esses cálculos variam
de 25 litros a 50 litros diários, o que indicam volumes de 9.125 litros a 18.250
litros por pessoa ao ano.
A realidade, entretanto, exige mais água: para cultivar uma horta, para
o trato de animais domésticos, para o cuidado especial de doentes, para a
limpeza pública e de locais de trabalho... E o desenvolvimento tecnológico cria
novas necessidades, como as máquinas de lavar roupas e louças ou os
automóveis. Veja, abaixo, a média do consumo em litros de água para algumas
atividades do cotidiano:
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ATIVIDADE 2.5 - FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA
Desde 1997, a cada três anos, o Conselho Mundial da Água (World
Water Council - WWC) promove o Fórum Mundial da Água para formulação
de propostas concretas sobre a preservação das águas e para chamar a atenção
do planeta sobre este recurso, além de gerar o comprometimento político com o
tema. A primeira edição ocorreu em Marrakesh, Marrocos. Em 2000, o evento
foi sediado na cidade holandesa de Haia. Kyoto, Japão, foi palco do III Fórum
Mundial da Água, com um recorde de 24 mil participantes. Já a edição de 2006
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ocorreu na Cidade do México e a última edição aconteceu em Stambul, Turquia
no período de 16 a 22 de março de 2009.
Aumentar o uso de energias renováveis e reduzir as emissões de
carbono na atmosfera, com vistas a diminuir o impacto das mudanças climáticas,
estão entre as propostas dos parlamentares para os países desenvolvidos,
conforme ficou estabelecido no último fórum na Turquia.
No Brasil, as políticas públicas a serem adotadas na gestão de recursos
hídricos terão por base o documento do V Fórum Mundial da Água. Entre elas,
está a necessidade de prevenir e responder aos desastres ambientais que
envolvam os meios aquáticos. Em documento apresentado no encontro,
parlamentares do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai observam que o
aumento da temperatura mundial terá como conseqüência: o aumento da
demanda por água e de catástrofes climáticas. Conforme os parlamentares, esses
problemas não tem recebido a devida atenção dos gestores públicos.
ATIVIDADE 3 - PALESTRAS E VISITAS
Outra atividade será uma palestra proferida por funcionários da
SANEPAR local, na qual serão expostas as reais condições da qualidade da
água, capacidade de armazenamento, períodos de racionamento e formas de
evitar o desperdício.
Após a palestra serão feitas visitas a SANEPAR, bem como à
nascente do rio que abastece a cidade de Califórnia. Esta estratégia visa:
- auxiliar os alunos na formulação e resolução de atividades;
- a aplicação de conteúdos matemáticos envolvidos, como: coleta de
dados, tabelas e gráficos estatísticos, porcentagem, geometria plana e geometria
espacial.
ATIVIDADE 3.1 - O QUE FAZER?
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Problema 1 - Um fator agravante da poluição das águas é a ausência de
saneamento básico nas residências da população brasileira. Atualmente, 55% da
população não têm saneamento básico. Políticas públicas devem ser
desenvolvidas para reverter esse quadro.
Problema 2 - Está havendo um grande desperdício desse recurso
natural, além de seu uso ser destinado principalmente para as atividades
econômicas. Atualmente, 69% da água potável são destinadas para a agricultura,
22% para as indústrias e apenas 9% usado para o consumo humano.
Problema 3 - A poluição hídrica é outro fator agravante, os rios são
poluídos por esgotos domésticos, efluentes industriais, resíduos hospitalares,
agrotóxicos, entre outros elementos que alteram as propriedades físico-químicas
da água.
ATIVIDADE 3.2 - DICAS PARA EVITAR O DESPERDÍCIO DE ÁGUA
Conforme o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) e a
consultora e arquiteta Simone Brasil devemos:
- ficar atentos aos vazamentos em pias, chuveiros e vasos sanitários e
às fugas d’água. Em vez de colocar um remendo provisório, faça o conserto,
trocando as partes danificadas das canalizações,
- fechar bem a torneira após o uso. Em um minuto, uma torneira aberta
gasta três litros de água. Também a mantenha fechada ao escovar os dentes ou
fazer a barba. Uma torneira gotejando gasta 46 litros de água por dia. Já um
filete desperdiça de 180 a 750 litros de água por dia, enquanto uma torneira
jorrando gasta de 25 mil a 45 mil litros de água por dia,
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- instalar torneiras com temporizadores nos banheiros. É uma garantia
para que não fiquem abertas, limitando o desperdício,
- desligar o chuveiro para se ensaboar e evitar banhos demorados. O
chuveiro aberto durante 15 minutos gasta 60 litros de água,
- remover restos de comida dos pratos e das panelas antes de lavá-las.
Só abra a torneira para o enxágüe,
- evitar lavar as calçadas com mangueira. O desperdício de água é
enorme. Elas podem ser apenas varridas,
- equipar os vasos sanitários com dois acionadores na descarga. Cada
botão libera uma quantidade de água programada,
- instalar um sistema que reutilize a água da pia do banheiro e do
chuveiro na descarga, situação já comum na Europa. Conforme a arquiteta
Simone Brasil, a adaptação aumenta em, no máximo, 3% o valor de uma
reforma,
- instalar caixas de captação de água de chuva, assim é possível usar a
água para a limpeza das áreas comuns e para a preservação do jardim,
economizando este recurso,
- molhar plantas e jardins ao entardecer ou ao amanhecer. Isso evita a
evaporação rápida da água. Utilizar regador em vez de mangueira,
- instalar, em edifícios, hidrômetros individuais para realizar a medição
em cada apartamento. Nos mais modernos, já é feito assim, mas a adaptação de
prédios antigos pode ser custosa. O certo é que o desperdício aumenta quando o
valor é dividido entre todos,
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- realizar o tratamento das águas das piscina conforme as orientações
do fabricante, assim o recurso durará mais tempo.
ATIVIDADE 4 - ELABORAÇÃO DO CADERNO DE ATIVIDADES -
(PORTFÓLIO)
Segundo Gomes (2003, p. 73), o portfólio:
[...] oferece ao estudante a oportunidade de aprender a aprender. O produto final deve conter informação de que o aluno engajou na auto-reflexão. Ele tem o potencial de demonstrar a criação de alguém. Ele permite compreender o processo educativo em nível de aprendizagem individual. Também pode ser uma ferramenta de ensino poderosa para encorajar alunos a fazerem mudanças de suas próprias aprendizagens.
Com os dados coletados por meio das pesquisas e entrevistas os alunos
irão construir um caderno de atividades nos moldes de um portfólio, que servirá
como um instrumento para discutir e avaliar situações matemáticas que surgirão
na aplicação do projeto.
Por meio do Portfólio os alunos farão registros de todas as atividades
realizadas e apresentarão o trabalho com seus resultados durante o ano letivo.
Estas apresentações têm como objetivo: compartilhar conhecimentos; favorecer
a aprendizagem dos demais alunos; enriquecer os conteúdos e principalmente
mostrar que a água é uma fonte esgotável.
ATIVIDADE 5 - APRESENTAÇÃO DO TRABALHO REALIZADO
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Para finalizar o trabalho de Modelagem Matemática, os alunos farão
um relato das pesquisas realizadas pelas equipes. Esta etapa será de grande
importância, pois as equipes organizarão mobilizações, envolvendo a
comunidade escolar, as famílias e o poder público municipal com o objetivo de
conscientizar, planejar e propor medidas alternativas contra a poluição e
desperdício das águas.
IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este trabalho espera-se que a Modelagem Matemática, aplicada
nesse processo, desperte no aluno o gosto e o interesse pela Matemática.
Também se espera que com este conhecimento adquirido, os alunos atravessem
os muros da escola e que atinjam de forma consciente e transformadora a
comunidade em que vivem.
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V - REFERÊNCIAS
5.1 - REFERÊNCIAS DO PROJETO
ANASTÁCIO, M. Q. A, 1999. Três ensaios numa articulação sobre a
racionalidade, o corpo e a Educação Matemática. 1999. Tese de doutorado.
Campinas: Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.
BARBOSA, J. C., CALDEIRA, A.D., ARAÚJO, J. L., 2007. Modelagem
Matemática na Educação Matemática Brasileira: pesquisas e práticas
educacionais. Recife: Sociedade Brasileira de Educação Matemática - SBEM,
v.3.
BARBOSA, J. C, 2001. Modelagem Matemática: contribuições para o
debate teórico. In: XXIV Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-
Graduação e Pesquisa em Educação. Caxambu: Associação Nacional de Pós-
Graduação e Pesquisa em Educação - ANPED.
BASSANEZI, R. C, 2002. Ensino-aprendizagem com modelagem
matemática. São Paulo: Contexto.
21
BRASIL, 1998. Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática. Brasília:
Secretaria de Educação Fundamental – MEC.
BIEBENGUT, M. S, 2003. Modelagem matemática como alternativa para o
ensino de aprendizagem de matemática em cursos de 1º e 2º graus.
Dissertação de Mestrado. Rio Claro: Universidade Estadual Paulista - UNESP.
BIEBENGUT, M. S., HEIN, N, 2005. Modelagem matemática no ensino. São
Paulo: Contexto.
D'AMBRÓSIO, U, 2009. A responsabilidade dos matemáticos em busca da
Paz. In: http://vello.sites.uol.com.br/responsabilidade.htm. Acessado em
julho/2010.
PARANÁ, 2008. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação
Básica do Estado do Paraná. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação -
SEED.
SKOVSMOSE, O, 2001. Educação Matemática Crítica. Campinas: Editora
Papirus.
5.2 – ENDEREÇOS ELETRÔNICOS PARA AS PESQUISAS
Atlântica Ambiental: www.atlanticaambiental.,com.br
Brasil Escola: www.brasilescola.com
Brasil Sustentável (BRASUS): www.brasus.net
22
Ciência on-line: www.cienciaonline.org
Embrapa: www.agua.cnpm.embrapa.br
Youtube: www.youtube.com
Wikipédia: www.wikipedia.org
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