da escola pÚblica paranaense 2009 - … · geral os alunos, logo nos primeiros contatos com essa...
TRANSCRIPT
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
A HEURÍSTICA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: contribuindo para o ensino da
matemática.
Raquel Dutra Faleiros Lemes1
João Henrique Lorin2
RESUMO
Aspira-se nesse artigo apresentar os resultados obtidos no Projeto de Intervenção
Pedagógica e da aplicação do Material Didático produzidos durante o Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação (SEED)
do Paraná, aplicado no Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino Fundamental e
Médio, de Sarandi – Pr.. Em função do baixo desempenho dos alunos nos testes de
matemática aplicados pelo Saeb, nos sentimos motivados a desenvolver este projeto
de intervenção pedagógica, fazendo uso de uma das tendências metodológicas da
educação matemática, a resolução de problemas, com o intuito de contribuir para a
qualidade do ensino da matemática em nossas escolas, ofertando estratégias que
venham desafiar e estimular o interesse do aluno pela matemática, bem como
também, oferecer aos educadores um suporte teórico metodológico que os auxilie
em sua prática pedagógica. Este projeto foi desenvolvido na 8ª série (ou 9° ano) do
ensino fundamental.
Palavras-chave: resolução de problemas; heurística; matemática.
1 Professora PDE 2009 Especialista em Ensino de Matemática. 2 Professor Orientador - Bacharel e Licenciado em Matemática (UEM), Mestre em Educação para a Ciência e a Matemática (PCM-UEM), Professor Assistente (DMA-UEM).
INTRODUÇÃO
É preocupação de qualquer educador, a busca pela melhora da qualidade de ensino.
Hoje, existem várias iniciativas para que haja mudanças nas práticas educativas,
seja via governamental, por meio de leis, parâmetros e referenciais, sejam por
iniciativa dos próprios educadores e de comunidades externas ao ambiente escolar,
preocupados com a qualidade da educação brasileira. Esta mudança se faz
necessária em virtude do descompasso entre a velocidade das transformações da
sociedade atual - influenciada, também, pelo desenvolvimento tecnológico - e da
escola, que desde sua estrutura ao modo de ensino do professor é arcaica.
No sentido de melhorar a qualidade do ensino no Brasil, o Ministério da Educação e
do Desporto (MEC), tem desenvolvido um trabalho para o estabelecimento de
parâmetros curriculares nacionais que possam nortear a mudança da prática
pedagógica – em seus aspectos teóricos e metodológicos – de forma a garantir um
desempenho satisfatório para o professor e um rendimento positivo para o aluno.
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é uma das primeiras
ações brasileiras para conhecer os resultados de aprendizagem dos alunos. A
avaliação da educação básica vem sendo realizada desde 1990, através da Prova
Brasil que é aplicada nas últimas séries de cada ciclo, ou seja, na 4ª e 8ª séries do
Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio, mantendo-se com periodicidade
bianual, tendo sido o seu último ciclo aplicado em novembro de 2009.
Os resultados obtidos pelo Saeb, é que os alunos não atingem o mínimo necessário
para a formação de leitores competentes e estudantes que utilizem o instrumental
matemático na resolução de problemas. A conclusão com o resultado destes testes,
é que boa parcela dos alunos brasileiros da educação básica não está aprendendo o
mínimo prometido nos currículos estaduais e nos parâmetros curriculares do MEC.
Com base nos descritores das Matrizes de Referência do Saeb:
[...] é possível afirmar que um aluno desenvolveu uma certa
habilidade, quando ele é capaz de resolver um problema a partir da
utilização/aplicação de um conceito por ele já construído. Por isso o
teste busca apresentar, prioritariamente, situações em que a
resolução de problemas seja significativa para o aluno e mobilize
seus recursos cognitivos (BRASIL, 2009, p.106).
O ensino de matemática, na grande maioria das escolas brasileiras, é caracterizado
pela memorização de técnicas e no emprego de modelos facilitados. De acordo com
Marincek (2001) durante muito tempo o ensino da matemática esteve associado ao
ensino de técnicas operatórias, tomando como indicadores avaliativos o domínio
pelos alunos dos algoritmos das diferentes operações. A repetição deste quadro
desestimulante e carente de desafios gera, além de tudo, um sentimento
generalizado de tédio e aborrecimento para o aluno.
Apesar da importância da matemática, quer pelo desenvolvimento de raciocínio que
proporciona ao aluno, quer por suas aplicações nos problemas da vida diária, em
geral os alunos, logo nos primeiros contatos com essa ciência, começam a detestá-
la ou tornam-se indiferentes a ela. Isso é atribuído ao exagero no treino de
algoritmos e regras desvinculadas de situações reais, além do pouco envolvimento
do aluno com aplicações da matemática que exijam o raciocínio e o modo de pensar
matemático para resolvê-las.
Para que o processo de ensino aprendizagem se desenvolva de maneira
satisfatória, escolhemos a tendência da resolução de problemas, a fim de promover
uma forma significativa de aprender Matemática.
Durante a implementação do projeto, foi utilizado como material de apoio a
Produção Didático Pedagógico que contempla os cinco conteúdos estruturantes das
Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental para a 8ª série ou 9º ano.
Desenvolvimento da Intervenção Pedagógica
A utilização deste material pressupõe o uso da heurística da resolução de
problemas. Diz-se heurística, para o processo pedagógico de encaminhar o aluno a
descobrir por si mesmo a verdade, nesse caso, descobrir a solução do problema
proposto.
Um dos principais objetivos do ensino de Matemática é fazer o aluno
pensar produtivamente e, para isso, nada melhor que apresentar-lhe
situações-problema que o envolvam, o desafiem e o motivem a
querer resolvê-las. Esta é uma das razões pela qual a resolução de
problemas tem sido reconhecida no mundo todo como uma das
metas fundamentais da Matemática no ensino fundamental. (DANTE,
2005, p.11)
Ao trabalharmos a resolução de problemas, devemos tomar o cuidado de não
trabalhar de forma isolada das aulas regulares, devemos integrá-lo ao plano de aula
de modo contínuo, mas não de forma repetitiva (mesmos problemas com outros
números). O interessante é resolver diferentes problemas com uma mesma
estratégia. De acordo com Schoenfeld o professor deve:
...fazer uso das práticas metodológicas para a resolução de
problemas, como exposição oral e resolução de exercícios. Isto torna
as aulas mais dinâmicas e não restringe o ensino da Matemática a
modelos clássicos. A resolução de problemas possibilita compreender
os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como um conhecimento
possível de ser apeendido pelos sujeitos do processo de ensino e
aprendizagem. (SCHOENFELD, apud, PARANÁ, 2003, p.63)
Para se obter bons resultados, devemos escolher cuidadosamente esses problemas.
O problema deve ser real, desafiador, interessante, ter um nível adequado de
dificuldade, de acordo com a série/ano do aluno e de acordo com o nível de
aprendizagem de cada turma. Começar com problemas fáceis, de tal modo que
todos o resolvam, para desenvolver atitudes positivas em relação a eles.
Os problemas podem ser trabalhados individualmente, em pequenos grupos ou com
a turma toda. Dê poucos problemas de cada vez (dois ou três), mas com freqüência,
listas longas desestimulam o interesse do aluno. Ao procurarmos a solução de um
problema, podemos proceder de diversas maneiras e aperfeiçoá-las ao longo da
questão.
Segundo George Polya a heurística para se resolver um problema, apresentada em
seu livro “A Arte de Resolver Problemas”, divide-se em quatro fases:
Compreender o problema;
Elaborar um plano;
Executar o plano;
Fazer o retrospecto ou verificação.
É claro que essas etapas não são infalíveis e que nunca devem ser mudadas, pois,
cada problema é único, mas de modo geral elas ajudam o aluno a se orientar
durante o processo de resolução de um problema.
A seguir serão feitos relatos de alguns problemas propostos aos alunos da 8ª
série/9ºano do Colégio Estadual Olavo Bilac – Sarandi-Pr., seguindo as quatro fases
de Polya, nas quais fundamentamos este trabalho.
IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
No primeiro momento os alunos foram informados pela professora que eles estariam
participando deste projeto de implementação sobre resolução de problemas,
também foram informados que esse projeto fazia parte do PDE, curso oferecido pela
SEED ao qual a professora estava inserida. De início houve rejeição por parte dos
alunos, pela experiência que já tinham sobre “Resolução de Problemas”, dos anos
escolares anteriores, a professora explicou detalhadamente sobre os passos
seguido pelo matemático Polya o que deixou alguns alunos mais tranqüilos.
Na aula seguinte a professora levou já impresso e distribui aos alunos o seguinte
problema:
De quantas formas podemos repartir 14 bolas entre 3 crianças de modo que
cada criança receba no mínimo 3 bolas?
Este é um problema heurístico ou problema-processo, cuja solução envolve
operações que não estão contidas no enunciado. Tem o objetivo de despertar a
curiosidade do aluno, desenvolver sua criatividade e capacidade de criar estratégias
para resolver problemas. Ao lerem o problema, primeiro no coletivo e depois
individualmente, alguns acharam que era fácil de resolver, outros acharam que era
muito difícil. Após a leitura e seguindo os passos de Polya a professora deixou os
alunos tentarem se organizar sozinhos sugeriu que conversassem com o colega ao
lado para tentarem resolver juntos. Alguns iniciaram com a divisão de 14 por 3;
Outros começaram a resolver fazendo desenhos; alguns resolveram organizando
em forma de tabelas e outros foram mudando de estratégia durante a resolução do
problema.
Veja alguns exemplos:
Aluno 1: este aluno não se atentou à condicionante do problema, que dizia que cada
criança deveria receber no mínimo 3 bolas.
Aluno 2: este aluno queria dividir as 14 bolas de forma que todas as crianças
recebessem o mesmo número de bolas, depois de várias tentativas desistiu, veja o
que ele relatou ao final das tentativas.
Aluno3: esta aluna foi mudando de estratégia.
Temos, portanto 21 maneiras diferentes para fazer a distribuição das bolas entre as
3 crianças.
Após os alunos terminarem de resolver o problema, a professora sugeriu que
verificassem com seus colegas de sala se as respostas estavam iguais. Logo em
seguida pediu para refletirem, qual ou quais das respostas obtidas satisfaz ou
satisfazem a pergunta e a condicionante do problema.
Nesta fase, fazer o retrospecto revisando passo a passo, é muito importante para o
aluno relembrar todo o caminho percorrido até a solução do problema, tanto para
corrigir eventuais enganos, quanto para fixar as estratégias utilizadas nesse
processo. Nesse exemplo, fazemos o retrospecto juntamente com os alunos,
investigando a forma que cada um pensou e verificando a validade das diferentes
formas desenvolvidas pelos mesmos.
Na aula seguinte foi distribuído aos alunos o problema a seguir.
(OBMEP 2008) O retângulo da figura está dividido em 8 quadrados. O menor
tem 1 cm de lado e o maior 14 cm de lado. Qual é o perímetro do retângulo?
Este é um problema padrão. O objetivo desse tipo de problema é recordar ou fixar
conteúdos básicos já aprendidos. Para solucioná-lo basta identificar os dados
contidos no enunciado e passar para linguagem matemática adequada. Mesmo
nesse tipo de problema podemos seguir as fases de Polya.
Este problema foi bastante difícil de ser resolvido pelos alunos, pois eles não
conseguiam identificar corretamente as dimensões do retângulo dado.
Vejamos como os alunos pensaram inicialmente:
Aluno 1: Os alunos identificaram erroneamente a altura do retângulo.
Ao perceber que a maioria dos alunos estavam pensando de forma incorreta, a
professora pediu para que os alunos enumerassem os oito quadrados que
pertencem à figura da seguinte forma:
Em seguida fez as seguintes perguntas:
Qual a medida dos lados dos quadrados 2 e 3?
Se somarmos os lados dos quadrados 2, 3 e 4 dará 14, que é a medida do
lado do quadrado 1?
Depois de muito pensarem e discutirem os alunos chegaram à conclusão de que
algo estava errado, mas não conseguiam descobrir onde estava o erro, até que o
aluno 2 (exemplo a seguir) resolveu quadricular o quadrado de número 4, e
percebeu que a medida onde tinha considerado que seriam 4 cm na verdade eram 5
cm, portanto a altura do retângulo eram 19 cm e não 18 cm como haviam pensado
anteriormente, veja a figura a seguir.
Aluno 2: Ao quadricular ele percebeu que a medida do retângulo quadriculado era 4
por 5 e não como havia pensado anteriormente, 4 por 4.
Após os alunos corrigirem o erro encontrado anteriormente, a professora sugeriu aos
alunos que verificassem com seus colegas de sala se as respostas estavam iguais.
Logo em seguida pediu para que refletissem, se as respostas obtidas satisfaziam a
pergunta e a condicionante do problema.
Para a resolução deste problema levou mais tempo do que estava previsto, pela
dificuldade que os alunos encontraram tanto por falta de conhecimentos específicos,
como cálculo de perímetro, quanto para diferenciar as medidas dos lados dos
quadrados.
Com o intuito de contemplar a álgebra um dos conteúdos estruturantes das diretrizes
curriculares, sugerimos o seguinte problema aos alunos.
Beatriz quer enfeitar um salão de festas retangular que tem 140m² de área. Ela
precisa saber a medida dos lados desse salão para encomendar os enfeites,
mas o dono do salão só se lembra que o comprimento é 4m maior que a
largura. Vamos ajudar Beatriz a encontrar as medidas dos lados desse salão?
Este é um problema de aplicação ou de acordo com Dante pode também ser
chamado de situação-problema, que retrata uma situação real do dia-a-dia e que
necessita do uso da Matemática para resolvê-lo. O objetivo desse problema é
desenvolver no aluno a relação de técnicas e procedimentos matemáticos, usados
para resolver problemas do seu dia-a-dia.
Alguns alunos resolveram por tentativas (aluno 1) e outros recorreram à resolução
algébrica ( Aluno 2). Vejamos os dois exemplos desenvolvidos pelos alunos a seguir:
Aluno 1
Aluno 2: desenvolveu algebricamente.
Pontos positivos, os alunos se lembraram do problema dos quadrados não havendo
necessidade de retomar o cálculo do perímetro de um retângulo e demonstraram
maior facilidade em resolvê-lo. A maioria dos alunos optou por resolver este
problema por meio de tentativas. Poucos alunos se sentiram a vontade em resolvê-
lo algebricamente.
O problema a seguir é um problema padrão. O objetivo desse tipo de problema é
recordar ou fixar conteúdos básicos já aprendidos. Para solucioná-lo basta identificar
os dados contidos no enunciado e passar para linguagem matemática adequada.
Letícia passa todos os dias na casa de Bianca para irem juntas à escola, como
mostra a figura a seguir. Quantos metros a menos Letícia andaria se fosse
direto de sua casa para a escola?
Casa Letícia
600m
Casa Bianca 800m Escola
Neste problema, vários alunos responderam as perguntas e com habilidade,
rapidamente resolveram o problema proposto, pois envolvia um conteúdo que
recentemente haviam estudado o “Teorema de Pitágoras”.
Veja um exemplo a seguir:
O problema a seguir também é um problema padrão, que envolve função
(ACAFE – SC) Suponha que uma companhia de água, cobre o consumo
residencial pela seguinte tabela:
Faixa de consumo por m³ Valor em reais por m³
0 – 10 1,20
11 – 25 2,00
Mais de 25 2,50
Quanto o proprietário de uma residência, que num determinado mês consumiu
27m³ pagará?
No início os alunos não conseguiram responder corretamente, então a professora
pediu para que os mesmos lessem novamente o problema com maior atenção e
tentassem responder seguindo a heurística de Polya. Neste dia os alunos estavam
muito agitados, com dificuldade de concentração e demonstrando pouco interesse
em resolver o problema.
Num determinado momento um aluno respondeu que bastava multiplicar 2,50 por 27
e pronto estava resolvido. Como neste dia os alunos não estavam predispostos a
refletir sobre o problema, todos copiaram a resposta do colega.
Veja um exemplo a seguir:
Os problemas aqui relatados não foram os únicos trabalhados com os alunos, mas
são um exemplo de cada unidade do material didático produzido, pela professora
PDE.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando me inscrevi para participar do PDE (Programa de Desenvolvimento
Educacional) oferecido aos professores da rede estadual de ensino do Estado do
Paraná, foi com o intuito de buscar novos conhecimentos e metodologias, que
contribuíssem para o processo de ensinar e aprender Matemática. Sempre que
analisava os resultados da Prova Brasil, obtidos pelos alunos do Estado do Paraná,
mais especificamente do Município de Sarandi-Pr., me sentia muito angustiada e
preocupada com o baixo rendimento, que os alunos apresentavam, nesses testes e
até mesmo nas avaliações feitas pela própria escola na disciplina de Matemática.
Observando que as matrizes de referência e os descritores da Prova Brasil, estavam
fundamentados na resolução de problemas, tomei a decisão de fundamentar este
Projeto de Intervenção nesta metodologia que até então eu pouco conhecia. Apesar
do número restrito de publicações, oferecido pelas editoras, sobre a metodologia da
resolução de problemas, consegui me apropriar desta metodologia e fundamentar
este trabalho que desenvolvi durante os anos 2010/2011 com o apoio orientador.
As dificuldades encontradas por mim durante este percurso foram muitas, entre elas
gostaria de citar a dificuldade de passar para linguagem formal escrita o que
pretendia escrever, a seleção dos problemas a serem desenvolvidos durante a
implementação do projeto de intervenção, o tempo para implementação, tendo em
vista que o 2º semestre de 2010, foi um semestre com muitos feriados, tendo assim
pouco tempo para trabalhar os conteúdos do bimestre juntamente com a
implementação deste projeto. O objetivo era verificar se seria viável se trabalhar com
a metodologia de resolução de problemas dentro do plano de aula docente, não de
forma separada, ou até mesmo ao final de cada capítulo do livro didático, que é o
molde mais conhecido entre nós professores, mais sim para introdução ou até
mesmo como forma de memorização dos conteúdos trabalhados na série em que o
aluno se encontra.
Durante a implementação as dificuldades encontradas muitas vezes se mostraram
semelhantes às encontradas no dia a dia da sala de aula, como: falta de interesse
dos alunos, falta de concentração, indisciplina, falta de tempo (carga horária
insuficiente) para se trabalhar todos os conteúdos básicos necessários à série/ano.
Pude perceber que em determinados problemas, os alunos se sentiram mais
motivados e interessados em resolvê-los, mas como saber o tipo de problema que
mais interessa à determinada turma, só mesmo com o tempo, trabalhando vários
tipos de problemas, observando o rendimento e o desempenho durante o processo
de ensino e aprendizagem.
Posso afirmar que toda a experiência e conhecimentos adquiridos durante todo este
processo de construção e implementação deste projeto, enriqueceram meus
conhecimentos sobre a metodologia da resolução de problemas, mas não pude
concluir com exatidão, se esta metodologia contribui para a melhoria da qualidade
de ensino ou até mesmo auxilia no processo ensino e aprendizagem, devido o
pouco tempo de implementação. Agora cabe a cada professor que se sentir
motivado dar continuidade a este processo, podendo assim futuramente avaliar com
maior rigor esta metodologia ainda pouco desenvolvida por nós professores.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação; Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira. Prova Brasil – Ensino Fundamental. Matrizes de
Referência, Temas, Tópicos e Descritores. Brasília: 2009.
BRASIL, Banco de Questões: 4ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas. OBMEP, 2008.
BRASIL. Secretaria de Estado de Educação do Paraná; Diretrizes Curriculares da
Educação Básica Matemática. Paraná, 2008.
DANTE, R. L. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo:
Ática, 1999.
KRULIK, S. A Resolução de Problemas na Matemática Escolar. Tradução:
Domingues, h.h. e Corbo o. Editora Atual, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Eureka: Física-Matemática, 2003.
POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Editora Interciência, 2006.
www.eb23-lavra.rcts.pt/matematica/FormacaoMatematica2006/QuisPitagoras01
/pjquizroblemas pitagoras.htm – (acessado em 27/07/2010)
www.somatematica.com.br/fundam/regra3c.php - (acessado em 27/07/2010)