da escola pÚblica paranaense 2009 · ... (6x6 e 4x2). • esportes oriundos do voleibol ... •...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM
NOVAS PERSPECTIVAS PARA O ESPORTE COMO CONTEÚDO DA
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL
ORIENTANDA: MIRILEZ SANDRI BRAGA
ORIENTADOR: CLAUDIO KRAVCHYCHYN
MARINGÁ – PR
2010
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 03
UNIDADE DIDÁTICA ............................................................................................... 06
MÓDULO I – VOLEIBOL ......................................................................................... 06
MÓDULO II – SKATE .............................................................................................. 29
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 56
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 57
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APRESENTAÇÃO
Ao considerar a Educação Física como matéria do currículo escolar,
entendemos que ela não pode ter tarefas diferentes dos demais componentes
curriculares, muito embora apresente saberes e particularidades que são próprios da
área. Portanto a referida disciplina deve ser considerada como uma matéria escolar
que objetiva a aquisição de capacidades, de habilidades, mas – sobretudo – de
conhecimentos, sendo o movimento culturalmente construído seu referencial
primário.
Assim, a Educação Física no contexto escolar tem, juntamente com as
demais áreas do conhecimento, os mesmos propósitos e responsabilidades
contribuir com o processo educacional dos jovens e atender os princípios do Projeto
Político Pedagógico da escola, sendo entendida como integrante imprescindível do
processo educacional.
O esporte, por sua vez, é o conteúdo hegemônico da Educação Física a partir
da 5ª. série há várias décadas (BELTRAMI, 2001; CAMPOS, 2002; OLIVEIRA, 2004;
SOUZA JUNIOR e DARIDO, 2009), tendo passado pelo modelo de “treinamento”, na
busca pelo talento olímpico, pela humanização preconizada na década de 80 e pelo
modelo “recreativo” e descompromissado constantemente observado nos dias
atuais. Sobre isso, Souza Júnior e Darido (2009) ressaltam que a simples repetição
dos processos de iniciação esportiva e até mesmo a prática do “rola bola” é bastante
condenável, pois se desconsidera a importância dos procedimentos pedagógicos
dos professores.
Num paralelo, poderíamos questionar se os alunos seriam capazes de
apreender o conhecimento histórico, geográfico ou matemático sem a intervenção
ativa dos professores.
Um ponto de destaque nessa significação atribuída à Educação Física é que
a área deve ultrapassar a idéia de estar voltada apenas para o ensino de habilidades
motoras desportivas. Mais que isso, cabe ao professor de Educação Física
problematizar, interpretar, relacionar, analisar com seus alunos as amplas
manifestações da cultura corporal, de tal forma que estes compreendam os sentidos
e significados impregnados nas práticas corporais.
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Ou seja, juntamente a conhecimentos e vivências, o aluno deve aprender os
benefícios de tais práticas, por que se praticar, em que contexto e sob quais valores
as mesmas ocorrem (OLIVEIRA, 2004; DARIDO e SOUZA JUNIOR, 2007).
Rangel-Betti (1995) já trazia à tona os seguintes questionamentos: tendo em
vista que os Currículos das escolas na área da Educação Física incluem outros
conteúdos como danças, lutas, etc., como explicar a pouca utilização desses
conteúdos? Tal fato é causado pela falta de espaço, de motivação e/ou de material,
pelo comodismo do educador? Pela falta de aceitação desses conteúdos pela
sociedade? Ou será que os professores desenvolvem somente os conteúdos com os
quais têm maior afinidade?
O fato é que a repetição de conteúdos – especialmente os esportivos – e a
adoção de metodologias inconsistentes e descompromissadas com os aspectos
pedagógicos têm prejudicado a legitimação do componente curricular Educação
Física na escola, bem como levado os alunos à desmotivação em participar das
aulas (OLIVEIRA, 2004).
Quanto à avaliação como parte do processo ensino-aprendizagem,
compartilhamos do conceito de Hoffmann (2004), que aponta a mesma como um
processo dinâmico que acompanha o processo de construção do conhecimento. Na
Educação Física, deve considerar a observação á análise e a conceituação de
elementos que compõem a totalidade da conduta humana, ou seja, a avaliação deve
estar voltada para a aquisição de habilidades, conhecimentos e atitudes dos alunos.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o Estado do Paraná
propõe que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as
necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e
na valorização da educação (PARANÁ, 2008). Por isso, é de fundamental
importância considerar os contextos e experiências de diferentes regiões, escolas,
professores, alunos e da comunidade. Isso poderá ser conseguido com a
participação efetiva dos alunos no processo ensino-aprendizagem. Conforme aponta
Gasparin (2003), aluno e professor são co-autores do processo ensino-
aprendizagem, e juntos devem descobrir para que servem os conteúdos científico-
culturais propostos pela escola.
Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais,
indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que
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surgem no cotidiano escolar. São ao mesmo tempo, fins e meio do processo ensino/
aprendizagem, pois devem transitar pelos conteúdos estruturantes e específicos de
modo a articulá-los o tempo todo. Já os conteúdos estruturantes foram definidos
como os conhecimentos de grandes amplitudes, conceito ou práticas que identificam
e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados
fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ensino. Constituem-se
historicamente e são legitimados nas relações sociais (PARANÁ, 2008).
Com base no exposto, nos propomos a construir a Unidade Didática a ser
trabalhada. Serão 32 aulas, divididas em dois módulos:
MÓDULO I – VOLEIBOL (20 aulas)
• Origem e história da modalidade;
• Fundamentos técnicos;
• Jogos predesportivos;
• Regras básicas, arbitragem e questões éticas;
• Tática: princípios básicos do rodízio, posicionamento em quadra, sistemas básicos de jogo (6X6 e 4X2).
• Esportes oriundos do Voleibol tradicional: vôlei de praia, futevôlei, peteca e biribol.
MÓDULO II – SKATE (12 aulas)
• Histórico sobre a origem da modalidade;
• Tipos de fundamentos;
• Conceito, características, objetivo e vivência;
• Vídeos e textos da Internet.
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UNIDADE DIDÁTICA
MÓDULO I – VOLEIBOL
CONTEÚDOS:
• Origem e história do Voleibol;
• Regras, técnicas e táticas;
• Jogos predesportivos, regras adaptadas e esportes oriundos do Voleibol;
• Modalidades que tiveram origem a partir do Voleibol.
Recursos Auxiliares:
• Giz e apagador;
• Texto (apostilas) montadas pelo professor para cada aluno;
• Curiosidades;
• Um caderno para cada aluno (que será seu portfólio);
• Televisão;
• Quadro negro;
• Quadra, bolas e rede.
Objetivos Específicos:
• Ampliar o conhecimento sobre a cultura corporal do Voleibol como
modalidade esportiva no Brasil e no mundo (dimensão conceitual).
• Proporcionar aos alunos vivências dos conteúdos práticos e teóricos
relacionados ao Voleibol – fundamentos, aspectos técnicos e táticos do jogo,
noções de arbitragem (dimensão procedimental);
• Intensificar o desenvolvimento social por meio do esporte, melhorando a
comunicação, o relacionamento e a troca de conhecimentos e experiências
entre alunos e professores (dimensão atitudinal).
Procedimentos:
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• O professor (re) apresentará a modalidade de Voleibol à turma, enfatizando a
proposta de ir além da prática;
• O professor apresentará a estratégia de ensino a ser desenvolvida, sob a qual
os alunos serão co-participantes do processo, sendo indagados pelo
professor sobre suas experiências e anseios, sendo o professor mediador das
ações a serem desenvolvidas;
• O professor realizará uma “leitura da realidade”, consultando os alunos sobre
os conhecimentos e vivências acerca da modalidade, questionando
inicialmente:
§ O que o Voleibol significa para você?
§ O Voleibol faz parte do seu cotidiano? Como?
§ Qual a sua perspectiva para nossas aulas teóricas e práticas
sobre o Voleibol?
Aulas 1 e 2 – Voleibol – TEXTO1 – Origem e história da modalidade no mundo e
no Brasil.
O Voleibol foi criado em 1895, pelo americano William G. Morgan, então
diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM) na idade de
Holyoke, em Massachusetts, nos Estados Unidos.
O Basquetebol, esporte “da moda” na época era muito cansativo para
pessoas de idade. Por sugestão do pastor Lawrence Rinder, Morgan idealizou um
jogo menos fatigante para os associados mais velhos da ACM e colocou uma rede
semelhante à de tênis, a uma altura de 1,98 metros, sobre a qual uma câmara de
bola de basquete era batida, surgindo assim o que se assemelha ao hoje
denominado jogo de Vôlei, que inicialmente foi chamado de minonnete.
Assim que o jogo começou a se difundir, o Dr. A.T. Halstead sugeriu que o
seu nome fosse trocado para Volley Ball, tendo em vista que a idéia básica do jogo
era jogar a bola de um lado para outro, por sobre a rede, com as mãos.
A primeira quadra de Voleibol tinha as seguintes medidas: 15,24m de
comprimento por 7,62m de largura. A rede tinha a largura de 0,61m. O comprimento
1 Texto elaborado pela professora/pesquisadora utilizando as referências: SANTINI, J. Voleibol escolar: da iniciação ao treinamento. Canoas: Ed. Ulbra, 2007. http://www.cbv.com.br/cbv2008/institucional/histvolei.asp - acesso em 25.07.2010
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era de 8,235m, sendo a altura de 1,98m (do chão ao bordo superior). A bola era feita
de uma câmara de borracha coberta de couro ou lona de cor clara e tinha por
circunferência de 63,7 a 68,6 cm e seu peso era de 252 a 336g.
O Volley Ball foi rapidamente ganhando novos adeptos, crescendo
vertiginosamente no cenário mundial ao decorrer dos anos. Em 1900, o esporte
chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados Unidos), sendo posteriormente
desenvolvido em outros países, como na China, Japão (1908), Filipinas (1910),
México entre outros países europeus, asiáticos, africanos e sul americanos.
Na América do Sul, o primeiro país a conhecer o Volley Ball foi o Peru, em
1910, através de uma missão governamental que tinha a finalidade de organizar a
educação primária do país.
Até os anos 30 do século passado, o Voleibol foi praticado mais como
recreação e lazer, mas já existiam campeonatos nacionais em países da Europa
oriental, para onde soldados norte-americanos levaram o esporte durante a primeira
guerra mundial.
Em 1924, o esporte foi disputado como demonstração nos Jogos Olímpicos
de Paris (França), e em 1947 foi fundada a Federação Internacional de Voleibol
(FIVB), também em Paris. O primeiro campeonato mundial foi disputado em Praga,
na Checoslováquia, e foi vencido pela Rússia, em 1949.
A introdução do Voleibol no Brasil tem duas versões, uma delas aponta que
foi raticado pela primeira vez em 1915, no Colégio de Pernambuco. A outra cita que
isso ocorreu em 1917, na ACM de São Paulo.
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) foi criada em 1954. Na década
de 70, o presidente Carlos Arthur Nuzman uniu organização e marketing esportivo.
O vôlei se popularizou e Nuzman manteve-se no cargo até assumir a presidência do
COB. Na década de 90, o presidente Ary Graça Filho adotou modelo de gestão
empresarial para a CBV. O voleibol passa então a ser um “produto”, os torcedores
passam a ser vistos como “clientes”, e as Federações Estaduais, Prefeituras e
Empresas passam a ser vistas como parceiras.
O modelo acima mostrou eficiência tanto no que diz respeito à popularização
do esporte no Brasil quanto aos resultados obtidos. Hoje, em todas as categorias, o
Brasil sobe ao podium nas principais competições internacionais, consolidando a
importância do Voleibol no cenário esportivo nacional.
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Aulas 3, 4, 5, 6 e 7 – Voleibol – Fundamentos
Fundamentos 1 – Saque:
• 2 a 2, de frente para o companheiro, pé da frente oposto à mão dominante,
lançar a bola com uma mão, por baixo, lateralmente e por cima.
• O professor ensinará o saque por baixo (opções: mão aberta ou fechada),
voleio ou lateral (opções: mão aberta ou fechada) e por cima, sempre
interagindo com os alunos quanto ao saque e as posições mais favoráveis a
cada um;
• 2 a 2, prática do saque por baixo. Iniciar de uma distância pequena, aumentar
gradativamente até chegar ao fundo da quadra;
• Idem, saque lateral ou voleio;
• Idem, saque por cima;
• Jogo propriamente dito, de 15 pontos. Até 5, saques por baixo; de 6 a 10,
saques voleio; de 10 a 15, saques por cima.
• Idem, com pontos diretos de saque valendo 2 pontos.
• Para estimular o saque “forçado”, o professor dará uma segunda chance
quando o aluno errar o primeiro saque.
Fundamentos 2 – posição de expectativa e saque por cima:
• Posição de expectativa: explicação sobre a mesma e exercício: em duplas, de
frente para a rede, deslocamentos para trás, ao sinal do professor trocar a
perna da frente e se deslocar p/ frente, bater na mão do companheiro no meio
da quadra e reiniciar. Parar no comando do professor;
• Dois a dois ou três a três, com bola: esboçar o movimento “em concha” das
mãos, passando ao companheiro. Idem, executando o toque por cima. Idem,
com salto;
• Três a três, um aluno no meio, receber o passe, tocar para trás, o terceiro
toque é mais comprido, para o aluno que iniciou o exercício. Idem, toque
lateral;
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• Em fileiras, na entrada da rede, um aluno de cada lado, executar o toque para
o companheiro ao longo da rede;
• Jogo: em equipes de duas colunas frente a frente, a coluna que permanecer
por mais tempo tocando por cima, sem deixar a bola cair será a vencedora;
• Jogo: em duas equipes, uma em cada quadra, em grupos de três, com a
quadra reduzida, equipe com saques por baixo alternados, a tarefa para obter
um ponto é executar três toques por cima, devolvendo a bola para o campo
adversário. Idem, com um alvo (arco) determinado para o terceiro toque;
• Jogo propriamente dito, com saques por baixo, somente sendo válidos toques
por cima.
Fundamentos 3 – manchete e recepção:
• Em colunas, transportar a bola até o outro lado (coluna da frente), no
antebraço, em posição de manchete;
• Dois a dos, um toca, outro devolve de manchete;
• Em trios, um lança, dois executam a manchete (um de cada lado) na “lateral
do corpo”, com flexão da perna de apoio do lado da bola e extensão da outra
perna;
• Em trios, um no meio: toque de frente, manchete p trás, manchete alta,
devolvendo ao primeiro;
• Dois a dois, de frente, um lança a bola atrás, o outro se vira e devolve de
manchete, de costas;
• Recepção do saque (os 3 tipos) em trios, para o levantador (2º. toque). Idem,
em forma de jogo.
• Jogo propriamente dito, somente com manchetes.
Fundamentos 4 – ataque (cortada e largada):
• Após breve explicação do professor, em colunas, “paredão” – bater na bola
de encontro ao solo, esta bate na parede, voltando para o aluno; movimentos
contínuos, de 5 a 10 vezes cada aluno, ao final, passando a bola ao
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companheiro. O professor intervém sugerindo as diferentes alternativas de
bater na bola (mão aberta, mão fechada, ponta dos dedos);
• Jogo do paredão: uma coluna contra a outra. Bater, sair, o de trás bater e
assim sucessivamente. Vence quem executar mais batidas seguidas sem
errar;
• Em um banco, 3 alunos seguram a bola acima da rede (baixa). Os demais,
em colunas, realizam a corrida de aproximação, abordagem no solo com os
pés paralelos (fixação), impulsão e ataque;
• Dois a dois, um de cada lado da rede. Lançar a bola p/ o outro atacar;
• Toque por cima, levantamento, cortada;
• Em trios, um no meio: recepção / levantamento / cortada (competição);
• Dois a dois, de frente, um lança, o outro corta;
• Recepção do saque (os 3 tipos) em trios, para o levantador (2º. toque),
cortada; Idem, largada. Iniciando com a rede baixa, subindo aos poucos e
deixando em uma altura confortável para todos;
• Jogo propriamente dito, cortada vale 3 pontos, largada 2, erros 1.
Fundamentos 5 – bloqueio:
• Duas fileiras de frente para a rede, uma de frente para a outra. Em
deslocamentos laterais, saltar e bater nas mãos do companheiro do lado
oposto da rede (dois deslocamentos para cada salto). Idem, sem
deslocamento lateral, um comanda. Após o salto do companheiro da frente,
saltar em seguida, para exercitar a velocidade de reação;
• O professor ensinará a passada lateral e a passada cruzada (deslocamentos
mais longos que precisam ser realizados com velocidade);
• Em um banco, 3 alunos seguram a bola acima da rede (ainda baixa), 2
próximos e 1 mais afastado. Os demais, em uma fileira, de frente para a rede.
Realizar 1 bloqueio, passada lateral, outro bloqueio, passada cruzada e por
último mais um bloqueio(ofensivo);
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• Em 1 coluna, toque por cima, levantamento, cortada, com bloqueio. Rodízio:
ataca (1), levanta (2), passa para o outro lado da rede, bloqueia (bloqueio
simples), vai atrás da bola e entra na coluna novamente; Idem, com bloqueio
duplo e triplo. Ensinar as coberturas (para os jogadores da zona de ataque).
Aulas 8, 9 e 10 – Voleibol – JOGOS PREDESPORTIVOS – trabalho em grupos
• Atividade 1 – “cara ou coroa”: o professor pedirá para os alunos
ficarem de costas um para o outro, sendo um grupo cara e outro coroa.
Quando o professor disser “cara”, o grupo “coroa” deverá perseguir o
grupo dos “caras” até pegá-los. Cada aluno terá outro de costas que irá
fugir ou pegar. Assim que todos pegarem os companheiros. Voltarão à
posição e continuarão a brincadeira. Após a brincadeira ver os
posicionamentos básicos do rodízio na quadra sem bola.
• Atividade 2 – rede humana com bola gigante: o professor dividirá a
turma em três grupos iguais. Dois grupos devem se colocar cada um
de um lado da quadra e o terceiro grupo será a rede. As duas equipes
que estiverem em cada metade da quadra disputarão uma partida de
voleibol com uma bola grande e leve (que flutue mais tempo). Os
alunos do grupo da rede viva não poderão se locomover. Contudo
poderão saltar se quiserem para tentar interceptar a bola. Quando o
fizerem o grupo que perdeu a bola tornar-se-á a rede viva e assim por
diante.
• Atividade 3 – câmbio: Na quadra de voleibol, duas equipes, com igual
número de jogadores, com 9 espaços demarcados de cada lado (vide
desenho). O jogador que ocupa a posição 8 será o sacador e o
atacante, ou seja, a bola só será enviada ao outro lado da quadra por
ele, sempre no 1º ou 2º toque. A cada movimento de ataque acontece
o rodízio dos jogadores. Para marcar pontos, a bola deve atingir o solo
dentro da delimitação da quadra, como no voleibol. Os defensores
podem abandonar sua posição para defender, mas deverão retornar
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para passar a bola para o jogador da posição 8, que atacará. Ao
chegar na posição 9, caso tenha jogadores em espera, o jogador sai
de jogo, retornando após câmbios suficientes para que chegue na
posição 1 novamente. Caso haja 9 jogadores, o da posição 9 vai para
a posição 1 e reinicia o processo de câmbio. Variações: É possível
jogar com menos de 9 jogadores, reduzindo o número de espaços
demarcados; determinar uma outra posição para o atacante;
determinar dois atacantes; deixar o ataque livre; saltar de dentro da
demarcação, podendo passar ao atacante no ar; manter um pé de
apoio na zona demarcada; utilizar bolas de tamanhos diferentes.
Material necessário: bolas, rede de voleibol, giz.
• Atividade 4 – minivoleibol: o professor divide a quadra de voleibol ao
meio, transversalmente (utilizando giz ou fita crepe), criando duas
quadras, utilizando a mesma rede. Joga-se em 4 contra 4, com o
rodízio seguindo o mesmo modelo do voleibol institucionalizado, com 2
jogadores na zona de ataque e 2 na zona de defesa. Ou seja, em vez
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de 12 jogadores, participam 16 ao mesmo tempo. A redução da quadra
e o aumento de jogadores diminuem o espaço, o que possibilita à
alunos da 7ª. série uma maior participação e um rally mais duradouro
(é comum nessa faixa etária a bola cair muito nos jogos realizados nas
regras tradicionais).
• Atividade 5 – jogo dos 10 toques: o professor divide a turma em 3
equipes, que deverão se colocar em círculo, com um dos integrantes
no meio, que dará início aos toques. Todos deverão devolver a bola
para o aluno do centro, que não poderá devolver duas vezes para o
mesmo aluno. Após 10 toques, trocar o aluno do meio. A atividade se
caracteriza por um jogo cooperativo, no qual após a tarefa cumprida
todos vencem.
• Atividade 6 – jogo dos 10 toques com nomes: reunindo toda a
turma, realizar troca de toques (todos do conhecimento dos alunos). Ao
final dos dez toques, repetir a atividade, mas antes de realizar o toque
terá de gritar o nome do colega que é para receber a bola.
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• Atividade 7 – voleibol de lençol / toalha de banho / toalha de rosto:
o professor dividirá a turma em 02 equipes. Cada um de um lado da
quadra, todos os alunos da equipe seguram em um lugar de um grande
lençol. A atividade consiste em lançar a bola para o outro lado da rede.
Variações: realizar a atividade inicialmente com bolão, depois bola de
voleibol e por ultimo com a bola de tênis. Variações: a) dividir a turma
em cinco equipes de seis alunos de forma que cada trio fique com uma
toalha de banho. A cada dois pontos realizados por uma das equipes,
trocam-se os alunos. b) Utilizando a mesma divisão anterior, cada
equipe dividida em 03 duplas e cada dupla com uma toalha de rosto.
Observação: jogos realizados com bola de voleibol.
• Atividade 8 – jogo da manchete com 1 “pingo”: em duas equipes,
que podem ser de 6 ou mais jogadores (máximo de 9). Saque por
baixo, em todas as situações deve se deixar pingar a bola uma vez no
chão para depois o aluno “entrar” na bola de manchete. O jogo visa
uma maior participação, bem como se praticar a posição de
expectativa (básica). São obrigados os 3 toques, estimulando o
fundamento da manchete ser executado com a bola atingindo boa
altura.
• Atividade 9 – jogo dos saques: o professor dividirá a turma em dois
grupos, com os alunos devendo sacar da área de saque de todas as
formas com todas as bolas, continuamente. Em cada lado da quadra,
alvos que valem pontuações diferentes, os menores (garrafas pet,
cones) valem mais pontos, os maiores (cadeiras, mesas) valem menos
pontos. Acertando os alvos na quadra adversária, marca-se pontos. A
cada alvo derrubado, o professor pára o jogo para levantar o mesmo e
anotar a pontuação.
Obs: a cada atividade ministrada, o professor solicita aos alunos que
colaborem com idéias de variações, bem como que sugiram jogos que
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conhecem para serem trabalhados em aula, sempre mediando as ações
junto aos alunos.
Aulas 11, 12, 13, 14 e 15 – Voleibol – REGRAS2 – trabalho em grupos
• Os alunos serão divididos em grupos de três alunos e receberão as
regras básicas do Voleibol. Cada grupo se responsabilizará por uma
parte específica, para realizar uma pesquisa e compor um pôster
(cartolina) com fotos e explicações sobre cada regra do esporte;
• Cada 2 grupos comporão uma equipe de arbitragem, (1º árbitro, 2º
árbitro, 2 a 4 juizes de linha e um apontador – súmula simplificada). Os
demais alunos da turma jogarão e depois discutirão a arbitragem, como
se sentiram conduzindo o jogo e jogando, diante de possíveis erros,
pois toda a equipe de arbitragem será iniciante;
• O professor passará um jogo oficial em DVD para a turma, parando e
comentando cada regra sempre que for necessário. Ao final, os alunos
apresentarão suas impressões e comentários.
ÁREA DE JOGO: compreende a quadra de jogo e a zona livre. Ela deve ser
retangular e simétrica.
Dimensões: a quadra de jogo constitui um retângulo medindo 18 x 9 m,
circundado por uma zona livre com, no mínimo, 3m de largura em todos os lados
que circundam o retângulo. O espaço aéreo do jogo é todo o espaço situado acima
da área de jogo, livre de qualquer obstáculo, devendo medir, no mínimo, 7m de
altura a partir do solo.
LINHAS E ZONAS DA QUADRA DE JOGO: todas as linhas devem ter 5cm
de largura. Elas devem ter cores claras e serem diferentes das cores do piso e de
quaisquer outras linhas.
2 Regras extraídas do site da Confederação Brasileira de Voleibol: http://www.cbv.com.br/cbv2008/regras - acesso em 26.07.2010
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Linha de Ataque: em cada quadra de jogo, uma linha delimita a zona de
ataque. Esta linha é medida e desenhada a três metros de distância do eixo central,
estando inserida nas dimensões da zona de ataque.
Zona de ataque: em cada quadra de jogo, a zona de ataque compreende o
espaço entre o eixo da linha central e a linha de ataque, estando esta última inserida
nas dimensões desta zona. A zona de ataque é considerada estendida, além das
linhas laterais, até o final da zona livre.
Zona de Saque: corresponde a uma área de 9m de largura, localizada atrás
de cada linha de fundo, sendo delimitada, lateralmente, por duas linhas de 15 cm de
extensão, colocadas a 20 cm após a linha de fundo, como uma extensão das linhas
laterais da quadra de jogo. Ambas as linhas estão inseridas nas dimensões da zona
de saque, que se estende até o final da área livre.
Zona de Substituição: é delimitada pelo prolongamento imaginário das
linhas de ataque até a mesa do apontador.
REDE E ACESSÓRIOS
Altura da rede: instalada verticalmente sobre a linha central da quadra, há
uma rede cuja altura limite medida, do topo da rede, é de 2,43m para jogos
masculinos e de 2.24m para jogos femininos.
Antenas: hastes flexíveis com 1,8m de extensão e 10mm de diâmetro, feitas
de fibra de vidro ou material similar. Na parte externa de cada faixa lateral da rede é
afixada uma antena. As antenas estendem-se 80 cm acima do bordo superior da
rede. Elas são pintadas em faixas de 10 cm de largura, com cores contrastantes, de
preferência em vermelho e branco. Elas são consideradas partes integrantes da
rede, delimitando, lateralmente, o espaço de cruzamento.
Bola: deve ser esférica, coberta por uma capa de couro flexível ou sintético e
composta por uma câmara interior inflável de borracha ou um material similar. A sua
cor deve ser clara, podendo conter também uma combinação de cores.
EQUIPE, UNIFORMES E EQUIPAMENTOS PESSOAIS
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Composição da equipe: no máximo, 12 jogadores, um técnico, um
assistente técnico, um preparador físico e um médico. Um dos jogadores, exceto o
Líbero, é o capitão da equipe e, como tal, deve estar indicado na súmula do jogo.
Uniforme e equipamentos pessoais dos jogadores: é constituído de:
camisa, calção, meias e tênis. A cor e o modelo das camisas, calções e meias
devem ser padronizados (exceto para o Líbero) e limpos, para toda a equipe. Os
tênis devem ser leves e flexíveis, com sola de borracha ou de couro, sem saltos. As
camisas dos jogadores devem ser numeradas de 1 a 18.
PARA GANHAR UM JOGO
Equipe vencedora: é aquela que ganha três SETS. No caso de ocorrer um
empate de SETS ( 2 x 2 ), o SET decisivo ( 5º SET ) será jogado com uma contagem
de 15 pontos, vencendo a equipe que tiver uma vantagem mínima de dois pontos.
POSICIONAMENTO INICIAL DA EQUIPE: Cada equipe deve ter sempre seis
jogadores na quadra de jogo. O posicionamento inicial dos jogadores indica a
ordem de rotação dos mesmos na quadra. Esta ordem deve ser mantida durante o
SET. No momento em que a bola é colocada em jogo pelo sacador, cada equipe
deve estar posicionada dentro da sua própria quadra de jogo, (exceto o sacador)
conforme a ordem de saque.
As posições dos jogadores são numeradas assim: os três jogadores que
se encontram posicionados ao longo da rede, formam a linha de ataque e ocupam
as posições: 4 (ataque-esquerda), 3 (ataque-centro) e 2 (ataque-direita). Os outros
três jogadores são os jogadores de defesa e ocupam as posições: 5 (defesa-
esquerda), 6 (defesa-centro) e 1 (defesa-direita).
Posições relativas entre os jogadores: cada jogador da linha de defesa
deve estar posicionado mais afastado da rede que o jogador correspondente da
linha de ataque.
Os jogadores da linha de ataque e os jogadores da linha de defesa,
respectivamente, devem estar posicionados lateralmente.
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As posições dos jogadores são determinadas e controladas de acordo
com a colocação de seus pés no solo, como segue:
• Cada jogador da linha de ataque deve ter, pelo menos, parte de seu pé
mais próximo da linha central do que os pés do seu correspondente
jogador da linha de defesa;
• Cada jogador lateral direito (ou esquerdo) deve ter, pelo menos, parte
de seu pé mais próximo da linha lateral direita (ou esquerda) que os
pés do jogador do centro da sua linha;
• Depois do toque do saque, os jogadores podem se deslocar e ocupar
qualquer posição na sua própria quadra e na zona livre.
Faltas no posicionamento:
• A equipe comete uma falta de posicionamento quando, qualquer
jogador(a) não estiver ocupando a sua posição correta, no momento
em que a bola é golpeada pelo sacador;
• Se o sacador cometer uma falta no momento do toque do saque, a
falta do sacador prevalece sobre a falta de posicionamento;
• Se, após golpear a bola, o saque torna-se faltoso, é a falta de posição
que será considerada.
Uma falta de posicionamento leva às seguintes conseqüências: a equipe
é punida com a perda do rally. As posições dos jogadores serão retificadas.
Rodízio: a rotação dos jogadores é determinada pela formação inicial,
controlada pela ordem de saque e a posição dos jogadores, durante o SET. Quando
a equipe receptora ganha o direito de sacar, seus jogadores efetuam uma rotação,
avançando uma posição, sempre no sentido horário. O jogador na posição 2 vai para
a posição 1, a fim de sacar; o jogador na posição 1 vai para a posição 6, e assim
por diante.
Faltas no rodízio: uma falta de rodízio ocorre quando o SAQUE não é
efetuado conforme a ordem de rotação, acarretando as seguintes conseqüências:
• A equipe é punida com a perda de rally;
• O rodízio dos jogadores é retificado;
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• Adicionalmente, o/a apontador(a) deverá determinar o exato momento
em que a falta foi cometida e anular todos os pontos subseqüentes da
equipe. Os pontos da equipe adversária são mantidos;
• Se o momento da falta não puder ser determinado, não se cancela
nenhum ponto e a perda do rally é a única sanção.
SUBSTITUIÇÃO DOS JOGADORES: a substituição é um ato no qual um
jogador, já registrado pelo apontador(a), entra no jogo para ocupar a posição de um
outro jogador, que deverá sair da quadra de jogo ( exceto para o Líbero ). Uma
substituição requer a autorização dos árbitros.
Limitações das substituições: para cada equipe é permitido, no máximo, 6
substituições em cada set. Um ou mais jogadores podem ser substituídos no
mesmo momento. Em cada SET, um jogador da formação inicial pode deixar o jogo
e retornar, somente uma vez e para a mesma posição inicial.
Um jogador substituto pode entrar no jogo, somente uma vez em cada set, no
lugar de um jogador da formação inicial, mas ele só poderá ser substituído pelo
mesmo jogador a quem substituiu.
Substituições excepcionais: quando um jogador se lesiona, (exceto o
Líbero) e não possa continuar jogando, deverá ser substituído normalmente. Caso
isso não seja possível, a equipe é autorizada a fazer uma substituição excepcional,
além dos limites da regra ara as demais substituições. Uma substituição excepcional
significa que qualquer jogador que não esteja na quadra de jogo no momento da
contusão (exceto o Líbero ou o seu substituto), poderá substituir o jogador
machucado. Não é permitido ao jogador lesionado retornar ao jogo. Uma
substituição excepcional não pode ser contada, em nenhum caso, como uma
substituição normal.
Substituição por expulsão ou desqualificação: um jogador expulso ou
desqualificado deve ser substituído, respeitando-se os procedimentos de uma
substituição normal. caso isto não seja possível, a equipe é declarada "incompleta".
SITUAÇÕES DE JOGO
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Bola em jogo: a bola é considerada “em jogo” a partir do momento do toque
do saque, autorizado pelo 1º árbitro.
Bola fora de jogo: a bola é considerada "fora de jogo" quando uma falta é
cometida e um dos árbitros apita; na ausência de uma falta, prevalece o apito de um
dos árbitros.
Bola "dentro": a bola é considerada "dentro" quando ela toca o piso da
quadra de jogo, incluindo as linhas de delimitações.
Bola "fora": a bola é considerada "fora" quando:
• A parte da bola que toca o piso está totalmente fora das linhas de
delimitações da quadra;
• Tocar em algum objeto fora da quadra, o teto ou uma pessoa que não
faça parte do jogo;
• Tocar nas antenas, cordas, postes ou a própria rede fora das faixas
laterais;
• Cruzar o plano vertical da rede, estando parcial ou completamente fora
do espaço de cruzamento permitido;
• Cruzar completamente o espaço por baixo da rede.
AÇÕES DO JOGO
Cada equipe deve jogar dentro de sua própria área e espaço. A bola,
entretanto, pode ser recuperada além da zona livre.
Toques da equipe: cada equipe tem o direito de tocar, no máximo, 03 vezes
na bola (além do toque de bloqueio) para retorná-la à equipe adversária. Caso haja
um número maior de toques, a equipe comete uma falta de "quatro toques". Os
toques da equipe incluem não somente os toques intencionais, mas também os não
intencionais contatos com a bola.
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Contatos consecutivos: um jogador não pode tocar na bola duas vezes
consecutivamente (exceto algumas situações abaixo).
Contatos simultâneos: dois ou três jogadores podem tocar na bola no
mesmo momento. Quando dois ou três jogadores da mesma equipe tocam na bola
simultaneamente, considera-se como dois (três) toques (com a exceção do
bloqueio). Caso os jogadores tentem atingir a bola, mas somente um deles
consegue tocá-la, considera-se um toque. A colisão de jogadores não é considerada
uma falta.
Quando dois jogadores oponentes, simultaneamente, tocam na bola por
cima da rede, e a bola permanece em jogo, a equipe que a recebe tem o direito de
mais três toques. Se a bola cair “fora” da quadra, a falta é da equipe do lado oposto
ao lado onde ela caiu.
Quando no contato simultâneo entre dois jogadores adversários
acontecer de prender a bola, será considerado como "bola presa". Isso resultará em
uma falta dupla e o rally será repetido.
Toque apoiado: dentro da área de jogo, não é permitido a um jogador apoiar-
se em outro, ou qualquer estrutura/objeto para alcançar a bola, entretanto o jogador
que estiver para cometer uma falta (como tocar a rede ou ultrapassar a linha central
etc.) pode ser auxiliado por outro companheiro de equipe para evitá-la.
Características dos toques: bola pode tocar qualquer parte do corpo dos
jogadores. A bola deve ser tocada, mas não deve ser retida e/ou conduzida. Ela
pode seguir para qualquer direção. A bola pode tocar várias partes do corpo, na
condição de que estes contatos ocorram simultaneamente. Exceções: no bloqueio,
contatos consecutivos podem ocorrer entre um ou mais bloqueadores, contanto que
estes contatos ocorram durante uma mesma ação. No momento do primeiro toque
de uma equipe, a bola pode tocar várias partes do corpo consecutivamente, na
condição de que tais toques ocorram durante uma mesma ação.
FALTAS NO TOQUE DE BOLA
Quatro toques: quando a equipe toca na bola quatro vezes antes de retorná-
la à equipe adversária.
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Toque apoiado: quando um jogador apoia-se em um companheiro ou em
alguma estrutura/objeto com o intuito de alcançar a bola e tocá-la, dentro da quadra
de jogo.
Condução: quando um jogador não toca a bola, mas a segura, ou a conduz
em qualquer direção.
Duplo contato: quando um jogador toca na bola duas vezes ou a bola toca
em várias partes do seu corpo sucessivamente
CONTATO COM A REDE: não é falta, exceto se for feito durante uma ação
de jogo ou interferir no lance.
Faltas na rede ocorrem quando:
• Quando um adversário ou a bola é tocado dentro de seu espaço, antes
ou durante um toque de ataque;
• Invasão por baixo com interferência no lance;
• Toque na rede ou antena durante uma ação de jogo;
• Invasão da quadra adversária com bola em jogo, interferindo no lance.
O JOGADOR LÍBERO: cada equipe tem o direito de escolher entre os 12
(doze) jogadores um jogador defensivo especializado: o "Líbero".
• O "Líbero" deve estar registrado na súmula, antes do jogo em uma
linha especial reservada para tal fim. Seu número deve também estar
registrado no formulário de ordem de saque do 1º SET.
• O "Líbero" não pode ser, nem o Capitão da equipe nem no jogo.
• O "Líbero" e o jogador com quem o mesmo troca, só poderão entrar ou
sair da quadra de jogo pela linha lateral, localizada em frente ao banco
de sua equipe, entre a linha de ataque e a linha de fundo.
Designação de um novo "Líbero": caso ocorra um acidente com o "Líbero",
o técnico, com a aprovação prévia do 1º árbitro, poderá designar um novo "Líbero".
O novo "Líbero" poderá ser qualquer jogador que não esteja na quadra de jogo, no
momento da designação.
• O "Líbero" acidentado não poderá retornar no restante do jogo;
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• O jogador designado como novo Líbero, deverá permanecer como
Líbero até o final do jogo;
• No caso da designação de um novo "Líbero", o seu número deve ser
registrado na súmula, no quadro de “observações”, como também no
formulário de orem de saque do SET seguinte.
EQUIPE DE ARBITRAGEM: 1º árbitro, 2º árbitro, Apontador (redige a súmula
do jogo), 2 ou 4 juízes de linha. Procedimentos:
• Só o 1º e o 2º árbitros podem apitar durante o jogo. Para início do rally
só o 1º árbitro apita. Para finalizar o rally, qualquer dos dois;
• Se uma falta é apitada pelo 2º árbitro, ele indicará: a) a equipe que vai
sacar; b) a natureza da falta; c) o jogador que cometeu a falta (se
necessário).
Aulas 16 e 17 – Voleibol – TÁTICA3
Atividade 1 - distribuição dos jogadores em quadra por posição: o professor
perguntará aos alunos quem já conhece os posicionamentos. Distribuirá, após, os
alunos em quadra, por posição: 1, 2, 3, 4 e 5. Explicará também a função dos
levantadores, atacantes de meio, atacantes de ponta e do líbero na equipe.
Perguntará aos alunos quem já conhece os posicionamentos, e que um sistema de
jogo é a forma como a equipe distribui as funções e o número de atacantes e
levantadores entre os 6 jogadores em quadra.
Atividade 2 – sistema 6X0 ou 6X6: todos levantam quando passam por uma
determinada posição e quando não estão nela atacam. O professor explicará aos
alunos que tal sistema é bastante utilizado na iniciação do voleibol, pois todos
atacam e defendem em todas as regiões da quadra, evitando uma especialização
precoce. Muitas Federações adotam este sistema para categorias de até 13 anos,
3 Referências utilizadas: BIZZOCHI, C.E. O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. S.Paulo: Fazendo Arte, 2000. SANTINI, J. Voleibol escolar: da iniciação ao treinamento. Canoas: Ed. Ulbra, 2007.
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devido a especialização precoce existente. É usado geralmente com o levantador na
posição 3, como na figura abaixo.
Atividade 3 – sistema 4X2: esse sistema possui certa complexidade, podendo ser
ensinado nesta faixa etária. Contudo, dependerá da evolução apresentada no
processo ensino-aprendizagem e do entendimento do jogo de forma geral. São 4
atacantes e 2 levantadores, revezando na rede e no fundo de quadra. É o 1° sistema
com distribuição de acordo com a especificidade e características individuais,
sucedendo ao 6 x 6 no processo ensino-aprendizagem. O professor deverá
conscientizar os alunos da importância sobre as trocas e do porque delas
acontecerem. É o primeiro procedimento a ser adotado. As posições de saídas e a
distribuição em quadra obedecem algumas situações táticas para facilitar as trocas.
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Aulas 18, 19 e 20 – MODALIDADES QUE SE ORIGINARAM DO VOLEIBOL4
Possibilitar a ampliação de alternativas de prática no ambiente escolar e –
principalmente – no cotidiano de esportes e exercícios físicos sistematizados
(praticados frequentemente) é uma das funções primordiais da Educação Física
escolar. O Voleibol é rico em possibilidades de improviso e de ações recreativas.
Prova disso é a grande quantidade de modalidades que se originaram a partir do
Voleibol, fato que prova a importância de não se “engessar” as ações dos
profissionais de Educação Física e de não se “limitar” as vivências às regras
institucionalizadas.
Elegemos quatro modalidades que se originaram do Voleibol e são
largamente praticadas, uma delas Olímpica (Vôlei de praia).
• O professor abordará as modalidades por meio de aulas teóricas
expositivas enriquecidas por vídeos. Devido à necessidade de
instalações físicas específicas, o Biribol será trabalhado apenas de
forma teórica;
• Nas demais modalidades (vôlei de praia, futevôlei e peteca) o professor
proporcionará a vivência das modalidades. O piso para o vôlei de raia e
o futevôlei oficiais é a areia. Porém, praticar na quadra é possível,
utilizando-se as regras e características das modalidades (número de
jogadores, pontuação, etc). Quanto à peteca, o improviso do material
de jogo é facílimo, bastando um saco plástico e uma bola de papelão
amassado.
• A seguir, apresentamos as características básicas de cada modalidade.
Vôlei de praia: jogar vôlei na praia é algo que acontece desde as décadas de
40 e 50 em países de litoral extenso, tais como Estados Unidos e Brasil. Mas
somente em 1986 a Federação Internacional de Vôlei reconheceu a modalidade,
4 Texto elaborado pela professora/pesquisadora utilizando as referências: http://www.cbv.com.br/cbv2008/praia/praia.asp - acesso em 20.07.2010 http://www.www.futevolei.com.br/ojogo.asp - acesso em 20.07.2010 http://www.biribol.com/verHistorico.aspx?cod=4 -acesso em 21.07.2010 http://www.fempe.com.br/ - acesso em 21.07.2010
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concedendo-lhe um estatuto e regras próprias e só em 1999 a modalidade passou a
integrar o Programa Panamericano. A estrutura básica é idêntica à do vôlei de
quadra. Porém, em vez de duas equipes de seis, o vôlei de praia é jogado
oficialmente em duplas. A forma de marcar pontos também é igual à do vôlei de
quadra, mas, na praia, as disputas são em melhor de três sets. Os dois primeiros
vão até 21 pontos (em caso de empate em 20, a disputa é prorrogada até que uma
dupla abra dois pontos de vantagem) e o último vai a 15 (valendo a mesma regra em
caso de empate em 14). O voleibol de praia é um esporte praticado por duas
equipes de dois jogadores cada, disputado em uma quadra de areia dividida em dois
campos por uma rede. Uma equipe tem o direito de golpear a bola três vezes para
enviá-la de volta ao campo adversário (incluíndo o toque de bloqueio).
Futevôlei: esporte coletivo que confronta duas equipes de dois ou quatro
jogadores em uma quadra de 18 X 9 m. A quadra é dividida em duas parte iguais por
uma linha central, sobre a qual encontra-se a rede, suspensa a uma altura
determinada, cujo plano vertical separa também em dois o espaço de jogo,
correspondendo a cada campo uma superfície de 9 X 9 m. O objetivo dos jogadores
é enviar a bola, de acordo com as regras, por cima da rede, ao piso do campo
contrário. A bola é posta em jogo por intermédio do saque, por um jogador,
posicionado na zona de saque. A bola deve ser golpeada com um dos pés e enviada
diretamente ao campo adversário por cima da rede, dentro dos limites laterais
(antenas). Cada equipe tem direito a tocar a bola três vezes – com todas as partes
do corpo menos com as mãos e braços, como no futebol – para impedir que a bola
toque o piso de seu próprio campo e envia-la de volta ao campo contrário, por cima
da rede, no espaço compreendido entre as duas antenas e sua projeção virtual
(espaço de cruzamento).
Biribol: o esporte é genuinamente brasileiro, foi criado na cidade de Birigui –
SP (por isso o nome), no ano de 1968. É um esporte aquático, que nasceu da
necessidade de estímulo e motivação nas piscinas. Surge como forma inteligente de
se usar as piscinas para a prática e aprendizado da natação. É praticado dentro de
uma piscina especial de 4,00 x 8,00 x 1,30 m (profundidade) com rede, bola e postes
de sustentação, com quatro (4) jogadores de cada lado. Divide-se em partidas de
três (3) ou cinco (5) "setes" de doze (12) pontos cada um. Suas regras são
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semelhantes às do voleibol, porém, com suas próprias características. É muito fácil
de ser jogado, e não é necessário que a pessoa que vai jogar saiba nadar, pois os
jogadores ficam em pé dentro da água com os braços levantados. Não há cansaço
demasiado o risco de lesão é mínimo.
Peteca: registros no passado mostraram que a Peteca, como recreação, era
praticada pelos nativos brasileiros, mesmo antes da chegada dos portugueses.
Consequentemente, nossos antepassados, através de sucessivas gerações,
também a praticaram, fazendo chegar essa recreação indígena a todo o território
brasileiro. O jogo consiste em dois ou mais participantes, utilizando-se as mãos,
onde a peteca é arremessada ao ar de um jogador para o outro, evitando que a
mesma toque o solo numa área definida. É um esporte praticado em várias regiões
do Brasil, e tem como origem o estado de Minas Gerais, proveniente dos índios que
habitavam aquela região, que utilizavam tocos de madeira e palha amarrados a
penas de aves, arremessando o artefato entre si como forma de diversão.
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MÓDULO II – SKATE
CONTEÚDOS:
• História do Skate;
• Skate no brasil;
• Modalidades do Skate;
• Benefícios da prática de Skate;
• O Skate e seus componentes;
• Material de segurança.
Recursos Auxiliares:
• Giz e apagador;
• Texto (apostila) montada pelo professor para cada aluno;
• TV apresentação de imagens e pequenos videos;
• Skate pra visualização do aparelho.
Objetivos Específicos:
• Demonstrar aos alunos sobre a história do skate e interligando com os dias
atuais a pratica dessa modalidade;
• Aproximar o conhecimento dos alunos, dando-lhes oportunidade de conhecer
o skate e sua origem;
• Levar os alunos a refletir sobre a importância do skate como uma atividade
física e seus benefícios com sua prática;
• Apresentar o skate de forma que os alunos participem da apresentação
podendo contextualizar suas vivências ou suas visões relacionadas ao
esporte.
Procedimentos:
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• O professor apresentará para a turma a modalidade esportiva skate, o qual
será praticado nos próximos encontros;
• O professor apresentará a estratégia de ensino a ser desenvolvida;
• Os alunos serão co-participantes do processo, sendo indagados pelo
professor sobre suas experiências e anseios, sendo o professor mediador do
processo ensino-aprendizagem para atingir o objetivo proposto no
planejamento.
Aulas 21, 22 e 23 – ORIGEM E HISTÓRIA DO SKATE
.
O professor fará algumas perguntas depois da apresentação fazendo com
que os alunos reflitam a respeito e respondam:
1- O skate é um esporte ou uma prática esportiva?
2- O skate pode ser considerado uma modalidade de alto risco?
3- Onde se pratica o skate?
4- Para andar de skate tem idade especifica?
5- Dentro do mundo do skate quais são as variedades de práticas?
6- O Skate surgiu como, e no Brasil como ele foi difundido?
7- No Brasil quais os maiores nomes de atletas do skate?
8- Meninas podem praticar o skate?
9- O skate é um estilo de vida? Por quê?
10- O skate envolve apenas prática esportiva e física?
Os alunos terão auxilio do professor com relação às perguntas, sendo que o
mesmo provocará a reflexão dos alunos sobre as opiniões, podendo trocar
informações com os colegas.
No final da apresentação juntamente com o acompanhamento da leitura do
material didático, o professor abrirá para argumentação e conversar com os alunos
observando o que eles têm para falar a respeito, estimulando para que todos os
presentes participem.
Através dessa conversa o professor poderá observar se os alunos
compreenderam sobre o assunto e tiveram opiniões sobre o tema levado em sala de
aula.
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TEXTO – HISTÓRIA DO SKATE E SUAS ORIGENS5
O skate teve grande influência do surf no final da década de 1950 inicio da década
de 60 na Califórnia (EUA) enquanto os surfistas demonstravam suas habilidades
sobre pranchas em alto mar deslizando na água e realizando “manobras” nas ondas
eles dependiam muito do clima para poderem surfar, havendo momentos que o
vento não ajudava para formação de ondas para realização da prática, com isso
surgiu à idéia de levar o surf para terra firme, colocando rodinhas de patins em
tábuas de madeira.
Inicialmente o skate era chamado de “sidewalk surfing” (em inglês, “Surf de
Calçada”), sua popularização foi gigantesca principalmente entre os adolescentes
quais se identificaram com a prática do skateboard nome o qual foi adaptado para
skate no Brasil em meados 1965 em sua chegada no país. Naquela época o skate
tinha como característica do surf, com manobras realizadas em solo como as
“cavadas” na imagem 1, a prática do skate deu evoluiu quando o engenheiro Frank
Nashworthy descobriu uma composição chamada de uretano, que deu início a
verdadeira origem das rodas do skate o qual possibilitava uma grande aderência às
superfícies inclinas.
Figura 1 (http://www.prontousei.com/2009/12/skatestyle.html).
Ainda nos anos 60, o Skate já é fortemente praticado nas ruas e já conta com suas
manobras próprias, onde o estilo predominante é o Freestyle (do inglês “estilo livre”),
5 Texto elaborado pela professora/pesquisadora utilizando a referência: HONORATO, T. Uma História do skate no Brasil: do lazer à esportivização. In: Anais do XVII Encontro regional de História: o lugar da história. Campinas, Unicamp,2004.
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de onde mais tarde vieram a surgir a maioria das manobras utilizadas até hoje.
Percebendo que este poderia ser um mercado promissor, começam a surgir os
primeiros skateboards fabricados industrialmente pela Litchfiel Illinois (EUA), o Roller
Derby, foi o primeiro skate a ser produzido em massa em 1959, e vendido por 5
dólares, feito de rodas de aço e um madeira.
Primeiro skate fábricado em Série (1959)
Figura 2 (http://www.skatecuriosidade.com/curiosidade-skatisticas/roller-derby-primeiro-skate-a-se-
produzido-em-serie)
SKATE NO BRASIL
O Skate chegou ao Brasil na década de 60, com uma galera que começava a
surfar por aqui, influenciada pelos anúncios na revista Surfer. Na época, o nome era
‘Surfinho’ e era feito de patins pregados numa madeira qualquer, sendo as rodas de
borracha ou de ferro.
A data e o local de sua origem é uma polêmica, pois há rumores de seu
surgimento em 1964 na Urca (Rio de Janeiro), mas como nada foi documentado
torna-se difícil apontar precisamente. Para ilustrar um pouco mais esta problemática,
Marcos ‘ET’ 3 identificou um senhor de 47 anos de idade, músico, que narrou seu
envolvimento com o Skate no ano de 1966 com seu amigo Severino, num cenário
diferente da história contada.
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Matéria sobre a rua que deu ponta pé inicial na prática de skate no Brasil
Figura 3 (http://www.skatecultura.com/search/label/O%20skate%20na%20história)
A figura 3 mostra uma reportagem realizada sobre a “Rua Maria Angélica”,
que retrata alguns momentos iniciais do skate no Rio de Janeiro durante a década
de 1970 contando com depoimentos de alguns skatistas que fizeram história,
como Marcelo Neiva, Alexandre Calmon, Maninho e, entre outros, com a
participação especial de Cesinha Chaves.
Em 22 dezembro de 1976 foi inaugurada a primeira pista de skate da América
Latina em Nova Iguaçu-RJ, que revolucionou o Skate brasileiro com a construção de
dois bowls (reprodução de uma piscina arredondada) de aproximadamente 20º de
inclinação, ocasionando a mudança do estilo livre praticado nas ruas, ladeira para o
estilo ‘bowlriding’. Esta pista em julho de 1977 sediou o primeiro campeonato de
pista do Brasil, totalmente diferente dos até então realizados (os de freestyle e
slalom).
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Primeira pista de skate do Brasil Nova Iguaçu-RJ
Figura 4 (http://www.skatecultura.com/2008/01/nova-iguau-rj-uma-parte-importante-da.html)
A Revista “Esqueite” foi a primeira revista especializada em Skate no Brasil,
seu exemplar nº 01 foi publicado em setembro de 1977, com tiragem de 30.000
exemplares, ela estava sob responsabilidade de Waldemiro Barbosa da Silva, Sergio
Moniz e Flávio Badenes, que estabeleceram como objetivo “tratar de assuntos
técnicos, de campeonatos, divulgação de points, pistas e locais ideais para a prática
do skate”.
Primeira Revista de skate do Brasil, “Esqueite” primeira edição.
Figura 5 (http://www.skatecultura.com/search/label/revistas%20antigas).
Em 1983 o primeiro tênis de skate do Brasil, o Mad Rats (ratos loucos), é
idealizado e fabricado pelos skatistas Marcio Tanabe e Duarte Yura, mas com a
prática da modalidade Street em proliferação pelas ruas das cidades – aliás a rua é
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o forte componente de sua peculiaridade – acoplou-se com outro grande
comportamento de rua da época: o punk-rock. “Com isso, o visual e o
comportamento muda completamente, dando vez aos tênis quadriculados ou
descoloridos e rasgados ou pintados, as trilhas sonoras passam do have-metal para
as bandas de punk-rock”.
Propaganda do Primeiro tênis de skate do Brasil “MAD RATS”
Figura 6 (http://www.flickr.com/photos/madratsshoes/4789321920/in/set-72157624358422699/)
MODALIDADES DO SKATE.
Com o seu crescimento o skate começou a tomar divergências em outros
ramos surgindo novas modalidades.
STREET SKATE: no skate de rua (street skate), os praticantes utilizam a
arquitetura da cidade, por exemplo, bancos, escadas e corrimãos (elementos do
mobiliário urbano) como obstáculos para executar suas manobras e se
expressar. Em campeonatos dessa modalidade o skatista tem em média um minuto
para se apresentar em uma área de competição que geralmente imita elementos da
arquitetura das cidades. O street skate de alto nível de dificuldade acontece
principalmente nas ruas, sem envolver nenhuma competição. Esse tipo de skate
pode ser visto em revistas e vídeos especializados.
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Foto atleta Henrique (ralé) da modalidade “street skate”
Figura 7 (http://www.flickr.com/photos/photo_company/4778480013/)
FREESTYLE: modalidade na qual o skatista apresenta várias manobras em
sequência, geralmente no chão. Cada skatista efetua suas comibações em um
tempo pré-estipulado. Foi o ponta pé do skate moderno. Hoje esta modalidade está
praticamente extinta, mas está voltando aos poucos.
Campeonato Brasileiro Freestyle de Skateboard em São Paulo.
Figura 8 (http://360graus.terra.com.br/skate/default.asp?did=27756&action=news).
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LONGBOARD: dentro de todas estas modalidades, encaixa-se a categoria
Longboard podendo ser descrito como uma categoria de modalidades que utilizam
skates com “shapes” de tamanhos acima do “shape” convencional. Seus Tamanhos
vão de 36 polegadas até 50 polegadas ou mais, o Longboard é mais difícil de ser
manobrando, tornando a exibição desta categoria uma surpresa em todas as
modalidades.
Longboard skateboarding
Figura 9 (http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Longboard_skateboard.jpg)
DOWNHILL: Descidas e ladeiras são os palcos para os skatistas que
praticam o downhill. Sempre equipados de capacete e equipamentos de segurança
o skatista desce ladeiras íngremes. Existem ladeiras em que os atletas atingem mais
de 110 km/h, onde equipamentos como macacão e luvas de couro, capacete
fechado são indispensáveis.
O down Hill dentro dele tem algumas categorias como boardercross (dois
atletas descem juntos ladeiras passando por cones, rampas, bumps.), o downhill
longboard freeride (descer ladeiras estilo livre, surfar no asfalto), Downhill Slide,
Downhill Skateboard Standup Speed (Descer a ladeira imprimindo o máximo de
velocidade possível).
Atleta de downhill
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Figura 10 (http://downhill-br.forumn.net/)
VERTICAL: A modalidade vertical é praticada em uma pista com curvas
(transições), com 3,40m ou mais de altura, três metros de raio e quarenta
centímetros de verticalização, geralmente possuem extensões. A pista, que
apresenta a forma de U, é chamado de half-pipe e pode ser feita de madeira ou
concreto.
1º Etapa do Circuito Brasileiro de Skate Vertical Amador e Profissional
Figura 11 (http://www.cbsk.com.br/asp/balneario_final.htm).
MOUNTAINBOARD: Modalidade que usa um skate diferente que o
convencional, adaptado para ser utilizado em qualquer tipo de terreno,
principalmente para andar na terra e grama como descer barrancos. Os skates têm
mais de 40 polegadas, eixos mais largos e rodas grandes em formato de pneu.
Atletas de “Mountainboard”
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Figura 12 (http://camp.swellskate.com.br/wp-content/uploads/2009/09/4-lampada-na-frente-no-
boarder-cross.jpg)
BENEFICIOS DA PRÁTICA DE SKATE
Figura13 (http://ventnorblog.com/2007/02/16/ventnor-skate-ramp-meeting-tonight/)
O skate é um esporte que pode ser considerado uma diversão, mas é
também competitivo. Apesar de o skate estar disponível em diversos tipos de
desenhos e materiais, todos eles são compostos de prancha, eixo e 4 rodinhas. Os
skatistas mais experientes podem se dar ao luxo de fazer truques como giros,
rodopios, pulos sobre obstáculos e mover-se para trás e para frente. Todas essas
manobras ajudam a queimar mais calorias e melhoram o rendimento físico.
É também um excelente exercício aeróbico e ajuda bastante a tonificar
alguns músculos, principalmente a panturrilha. Apesar disso, o pessoal que anda de
skate gosta do esporte simplesmente pelo prazer. Essa é uma grande vantagem,
pois a pessoa vai praticar um esporte e cuidar da saúde, sem esperar um resultado
em troca. Diferentemente de atividades como musculação e ginástica, em que a
pessoa sempre espera um resultado e uma mudança no corpo.
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O benefício estético é o fortalecimento das articulações e a estabilidade dos
ligamentos em torno dos joelhos e tornozelos.
Aumenta os batimentos cardíacos e pode ser considerado um excelente
exercício aeróbico, por causa dos impulsos com um dos pés, para dar velocidade ao
skate.
Desenvolve uma melhor consciência corporal, flexibilidade, tônus muscular,
concentração, segurança e equilíbrio.
Principais grupamentos musculares utilizados durante a prática de
skate: panturrilhas, quadríceps, abdômen, trapézio/ dorsal.
A prática do “skateboard” proporciona diversos benefícios físicos, psíquicos
e comportamentais.
Valências psíquicas e comportamentais: concentração, sociabilidade e
cooperação.
Valências motoras: equilíbrio: movimentos proprioceptivos; coordenação
motora: percepção corporal, agilidade, leveza, lateralidade; resistência: aeróbica,
anaeróbica; força: rapidez, explosão, pliometria; flexibilidade.
O SKATE E SEUS COMPONENTES
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Figura 14 (www.radicalskateclube.com/images/uploads/raw/)
O skate é formado por seis partes, todas fundamentais para um bom
funcionamento, são elas:
Shape: É a tábua de madeira que serve como base para as manobras.
Composto por madeira leve e resistente disposto em folhas de compensado.
Existem hoje vários tipos, com pouca ou muita inclinação, ou com pouca ou muita
largura, podendo escolher-se o que mais se enquadra a cada tipo de manobras e
estilo.
Nose e Tail: Ambos são extremidades da tábua, sendo o nose a parte
dianteira e o tail a parte traseira. O côncave da tábua é a curvatura antes do tail e do
nose, essa curvatura influência no tipo de estilo de preferência da pessoa.
Mesa: É a peça na qual o “truck” é encaixado. Há duas mesas em cada skate.
Trucks: São os eixos do skate, a parte onde se encaixam as rodas, os
rolamentos e o amortecedor que ameniza os impactos de um pulo.
Amortecedores: São quatro (dois pares por truck), são postos na partes
superiores pontiagudas dos trucks e dois em formatos circulares, que são postos
entre a mesa e o truck e outros dois de forma irregular uma parte maior do que a
outra que são usados entre o truck e a porca do parafuso central.
Rodas: São feitas geralmente de Poliuretano ou de Uretano. Possuem duas
cavidades, uma de cada lado, onde são dispostos os rolamentos.
Rolamentos: Permitem as rodas girarem livremente e deslizem o skate no
solo. São confeccionados de ligas de aço.
Parafusos: Responsáveis por fixar as partes do skate.
Lixa: Fica aderida à superfície da tábua, fazendo com que aumente o atrito
entre o calçado e a tábua do skate, possibilitando assim a execução de manobras e
impedindo que o calçado deslize involuntariamente sobre a tábua.
MATERIAL DE SEGURANÇA.
Andar de skate é muito bom, a sensação de liberdade que ele nos
proporciona é melhor ainda, mas não podemos esquecer como é importante o uso
de equipamentos de segurança, afinal de contas skate também é sinônimo
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de tombos, e as partes do corpo que mais sofrem com esses tombos são os
joelhos, punhos, antebraços e cotovelos.
E como nenhum skatista consegue ficar muito tempo sem andar de skate, o
ideal seria se todos se conscientizassem e fizessem o uso de no mínimo alguns
equipamentos de segurança, como capacete, joelheiras e cotoveleiras para se
prevenirem de machucados mais graves que os afastem do esporte, pois apesar
desses equipamentos serem um pouco desconfortáveis é preciso nos proteger.
Figura 15 (http://www.thronnsk8mag.com/wp/equipamento-de-seguranca-pode-te-salvar/)
APRESENTAÇÃO DO FILME “LORDS OF DOGTOWN”
Objetivos Específicos:
• Através do filme “LORDS OF DOGTOWN”, demonstrar o surgimento e como
se praticava o skate.
• Fazer com que os alunos relatem sobre o que observaram no vídeo e tentar
relacionar com os dias atuais.
Procedimentos: a aula terá como Inicio a apresentação do vídeo sobre a história do
skate.
• Durante a apresentação do vídeo o professor estará comentando alguns
aspectos e da pratica dessa modalidade antigamente e frisando a
contextualização social encontrada pelos praticantes.
• Após assistirem o vídeo os alunos terão uma tarefa de casa para ser
realizada.
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• A tarefa de casa vai consistir em elaborar um texto colocando o que achou do
surgimento do skate e como eles que foi surgido à prática.
• Relacionar no texto alguns aspectos do vídeo com a visão da sociedade atual
sobre o skate.
O FILME:
“LORDS OF DOGTOWN”
Figura 1 (http://www.cranik.com/osreisdedogtown.html)
CRÍTICA - “LORDS OF DOGTOWN” (OS REIS DE DOGTOWN).
Juventude e Ousadia: o filme, “Os reis de dogtown”, somos transportados
para este universo urbano: as ruas de Califórnia dos anos 70. Jay Adams (Emile
Hirsch), Tony Alva (Victor Rasuk) e Stacy Peralta (John Robinson) são os
protagonistas desta história real sobre jovens desocupados que transformaram o
skate em moda. O grupo é encabeçado pelo Skip (Heath Leadger), que é dono de
uma loja de surf e skate, este enxerga nos garotos grande potencial, monta com eles
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um grupo de “skateboard”, “The Zephyrs Boys”. Não demora muito, os garotos são
descobertos, pois, com manobras originais e inéditas arrasam os campeonatos
locais, logo vem à fama e o dinheiro, os egos inflam, personalidades e amizades são
postas em provas.
O filme é baseado em uma história real, muito dos garotos dos anos 70, hoje
são empresários bem sucedidos, por exemplo, Stacy Peralta, diretor e autor de um
documentário sobre as histórias dele e de seus amigos, tal documentário serviu de
apoio para o trabalho da diretora Catherine Hardwicke (aos treze).
Outro fato que marcou a trajetória dos garotos: foram os primeiros a
descobrirem o potencial de se andar numa piscina vazia, pois na década de 70 a
Califórnia enfrentou graves secas, sendo assim, as pistas de skates começaram a
serem construídas baseadas no material e formato das piscinas, essencial para as
manobras descobertas.
Porém, a trilha da amizade não é apenas brilho, caminhos individuais são
traçados, a tragédia bate no grupo, motivo que vai tocar a todos e fechar um ciclo: a
juventude que se encerra. As portas que se abriram terão de ser visitadas.
Descrição do Filme:
Direção:Catherine Hardwicke
Estúdio:Columbia Pictures
Gênero: Drama
Ano:EUA 2005
Duração: 105 min.
Aulas 24, 25 e 26 – FUNDAMENTOS BÁSICOS DO SKATE
Recursos Auxiliares:
• Giz e apagador;
• Texto (apostila) montada pelo professor para cada aluno;
• TV apresentação de imagens e pequenos vídeos;
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• Skate pra visualização do aparelho.
• “Shapes” (Tábua de madeira do skate).
• Quadra para observação da remada e das posições do skate.
Conteúdo:
• Posições no skate;
• Nomes das posições sobre o skate;
• A remada;
• Posicionamento dos pés na remada;
• Posicionamento dos pés andando sobre o skate;
• Controle através do corpo;
• O freio;
• Nomes das posições sobre o skate.
Objetivos Específicos:
• Demonstrar o as posições sobre o skate, como é realizada a impulsão para o
deslocamento do skate;
• Ilustrar sobre a posição dos pés durante a impulsão e como se controlar com
o corpo sobre o skate;
• Mostrar as maneiras de se frear o skate e como para em grande altitude;
• Fazer com que os alunos reflitam e tentem analisar qual é sua “base” sobre o
skate.
Procedimentos:
A aula será realizada na quadra, conforme o professor for falando sobre a
remada e as posições do skate irá demonstrando com o mesmo.
Após as demonstrações e explicações das bases e posições e nomes o
professor convidará um (a) aluno (a) para estar vindo à frente e subir sobre o skate
determinando o nome da posição e colocando esse individuo em posições diferentes
e perguntando para os outros alunos os nomes das posições.
Após determinado os nomes das posições e a descoberta da posição
individual de cada aluno, será realizado uma atividade de curta duração para os
alunos assimilarem os nomes e as posições.
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POSIÇÕES NO SKATE.
No skate nos encontramos em duas situações de posições sobre o mesmo.
Posição “Regular e Goffy”
Figura 1 (http://pt.wikihow.com/Equilibrar-se-num-Skate)
O “Regular” denominado esse nome conforme a posição do pé esquerdo fica
situado na parte de frente do skate próximo ao “nose”, com o pé direito efetuando a
impulsão, após esse movimento de impulsão fica na parte de traz do skate próximo
ao “tail”, o “Goffy” que é com a posição invertida do “regular” com o pé direito na
frente e o esquerdo atrás.
POSIÇÕES DOS NOMES SOBRE O SKATE
Frontside: o skate gira e você acompanha com o seu corpo para o lado
esquerdo. Abreviação fs ou f/s. Em borda ou corrimão frontiside é quando você vai
de frente pro corrimão. Exemplo Fs noseslide.
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Backside: O skate gira e você acompanha com o seu corpo para o lado
direito. Abreviação bs ou b/s. Em borda ou corrimão backside é quando você vai de
costas pro corrimão. Exemplo Bs Noseslide Toda manobra tem backside e
frontiside.
Switch Stance: É uma variação de base, o pé utilizado para chutar as
manobras passa a batê-las com o pé no tail. Sendo assim se você usa o pé
esquerdo no tail vai passar a utilizar o pé direito e assim vice-versa. Abreviação ss
ou s/s. Executa-se qualquer manobra sobre essa base. Por exemplo. Switch Stance
ollie,Switch Stance Flip,Switch Stance Heelflip,Switch Stance Crooked.
Nollie: O pé que é utilizado para chutar as manobras, passa a pisar no nose e
assim batendo as manobras com o pé trocado.Exemplos: nollie flip, nollie fs 180,
nollie bs 180, etc.
Fakie: Manobras realizadas com o skate movendo no sentido contrário ou
simplesmente terminar uma manobra andando no sentido oposto. Manobras de fakie
são diferentes das manobras de switch stance, pois nesta é como se você tivesse
vendo o skatista andando através de um espelho. Exemplos: fakie ollie, fakie kickflip
e rock to fakie.
A REMADA.
Impulsão no skate (Remada MONGO)
Figura 1 (http://esporte.hsw.uol.com.br/skateboarding2.htm)
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Esse movimento consiste na aceleração inicial que o individuo realiza para se
locomover com o skate. Um erro comum na hora da remada é deslocar o peso do
corpo para o pé que está no chão, fazendo esse movimento o individuo estará
perdendo o equilíbrio a cada remada. O correto é deixar todo o equilíbrio e peso do
corpo no pé que está em cima da “shape". O pé de impulso deve somente tocar o
solo com a força necessária para deslocar para frente, nada mais do que isso.
Uma maneira de melhorar a remada é impulsionar o skate e ficar se
equilibrando somente com um pé, voltando a impulsionar novamente o solo e
seguindo com esta prática até estar confortável com a situação. Os braços também
podem ser usados para se equilibrar durante as remadas, da mesma maneira que
movimenta-los para se equilibrar em uma caminhada, alternando-os com o
movimento das pernas. Com o domínio da técnica da remada é possível remar forte
pra a possível realização de uma manobra.
POSICIONAMENTO DOS PÉS NA REMADA.
O posicionamento do pé da frente é importante, pois ele é que vai servir de
apoio para deslocar o skate este pé deve estar paralelo, na parte da frente e bem no
meio do “shape” caso ele estiver de lado ou fora do centro da prancha ela irá virar e
o skate fará uma curva já com o pé colocado bem no centro não existe perigo de se
perder o equilíbrio, pois o mesmo irá andar reto e de forma previsível. O pé de trás
na lateral do “shape” senão o mesmo pode haver uma colisão do calcanhar no skate
causar um desequilibro.
Essa posição é muito importante para iniciantes devido o fator de estar
apoiado com uma perna sobre o skate semi–flexionada e outra executando a flexão
do joelho juntamente com a flexão do quadril e o pé em planti-flexão e estendendo a
perna para frente e contraindo com o chão para efetuar a remada.
POSICIONAMENTO DOS PÉS ANDANDO SOBRE O SKATE.
Depois de estar em movimento é necessário posicionar os pés corretamente
deixando eles perpendicularmente sobre o “shape”. No momento da remada o pé
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dianteiro estava reto, devido ao movimento e a estabilização do skate, deve se girar
o pé, deixando o corpo do atleta de lado.
Quanto mais perpendiculares estiverem os pés, melhor será para se inclinar e
controlar a intensidade das curvas. O pé de trás não deve ultrapassar a parte do
“tail”, pois ela foi feita exatamente para ser um limitador. O pé da frente deve na
parte da frente do “shape”. No skate a maneira que o atleta se encontra no
posicionamento dos pés em relação ao skate obtém uma nomenclatura definida
como regular, quando se utiliza o pé esquerdo à frente (junto ao “nose”) e goofy
quando o pé dianteiro é o direito.
O CONTROLE ATRAVÉS DO CORPO
O skate pode ser comparado com uma bicicleta, pois, é necessário um
mínimo de deslocamento para conseguir andar. Desta maneira será possível fazer
as primeiras curvas por meio do controle do corpo, o controle de direção se dá
principalmente pela inclinação dos pés, tem que usar principalmente a parte dos
membros inferiores para realização das curvas. Todo o controle de direção se dá
através do deslocamento do seu centro de gravidade para frente ou para trás.
Se tentar controlar o Skate somente através da inclinação dos pés, perderá o
equilíbrio e a queda será inevitável. O ideal é começar a fazer curvas bem abertas,
inclinando o corpo suavemente, utilizando toda a largura do espaço que está se
realizando o exercício.
O FREIO
A maneira mais segura é estar sempre no controle da velocidade, realizar
curvas de maior largura fará que o skate perca um pouco a velocidade, existem
várias maneiras de se frear o skate como, por exemplo, o “Slide”, onde o indivíduo
com os dois pés sobre o skate desliza com as quatros rodas para frente com a
impulsão do corpo para execução dessa manobra, onde exige uma boa pratica do
indivíduo para realização desse feito, outra maneira é saltar do skate em movimento,
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ou até mesmo colocar o pé de impulsão no chão obtendo um atrito do pé com o
chão diminuindo-se então a velocidade.
Aulas 27 e 28 – AULAS PRÁTICAS SOBRE O “SHAPE”
Recursos Auxiliares:
• Skates.
• “Shapes” (Tábua de madeira do skate).
• Quadra para realização das atividades.
Conteúdo:
• Posições shape;
• Nomes das posições sobre o shape;
• Movimentos de excução sobre o shape.
Objetivos Específicos:
• Participar em brincadeiras e atividades sobre os “shapes” que simulam
movimentos sobre o skate;
• Familiarizar com os movimentos de giro;
• Descobrir qual é a base de cada um.
Procedimentos:
O professor iniciará a aula mostrando os movimentos sobre o “shape” depois
estará colocando os alunos em pratica das atividades, as quais durante a realização
dos movimentos o professor estará sempre falando em voz alta os nomes das partes
do skate e os nomes dos movimentos.
Os alunos participarão das atividades sendo separados em grupos cujo
objetivo é de aprender um movimento especifico, obtendo um rodízio dos grupos
fazendo com que o grupo que aprendeu determinado movimento explique para o
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grupo seguinte, fazendo com que os alunos participem de forma que entre eles
obtenha uma compreensão dos movimentos exigidos nas atividades iniciais.
Sugestões de atividades
Atividade 1 – local: quadra da escola
• Durante um tempo (5 minutos) Sobre os “shapes” os alunos realizarão
movimentos com os pés para frente para traz, mudando as posições dos pés
Atividade 2 – local: quadra da escola
• Durante um tempo (10 minutos) ainda sobre os “shapes” os alunos tentarão
girar o corpo juntamente com o skate em 180 º de “frontside” e de “backside”.
Atividade 3 – local: quadra da escola
• Durante um tempo (10 minutos) ainda sobre os “shapes” os alunos tentarão
girar o corpo juntamente com o skate em 360 º de “frontside” e de “backside”.
Atividade 4 – local: quadra da escola
• Durante um tempo de (20 minutos) o professor separa a turma em três grupos
e explica para cada grupo o movimento a ser escutado, assim o objetivo é de
cada grupo ensinar os outros dois grupos os movimentos aprendidos
anteriormente. Em quanto um grupo aprende o movimento os outros dos
estarão executando o já a prendido.
Aulas 29, 30, 31 e 32 – AULAS PRÁTICAS SOBRE O SKATE
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Recursos Auxiliares:
• Skates;
• “Shapes” (Tábua de madeira do skate);
• Quadra para realização das atividades;
• Giz;
• Cones;
• Colchonetes.
Conteúdo:
• Subindo no skate;
• Locomovendo-se com o skate (remada);
• Aviãozinho (exercício de equilíbrio);
• Tipos de remada (“feedback” da aula teórica);
• “Batida” locomoção lateral.
Objetivos Específicos:
• Através das praticas vivenciadas sobre o “shape” os alunos iniciaram subindo
no skate com o auxilio do colega e familiarizar com o equilíbrio sobre o
mesmo realizando movimentos para frente para traz com os pés;
• Vivenciar a locomoção sobre o skate;
• Reconciliar com as aulas teóricas os nomes e tipos de remada e tentar
executar no skate;
• Vivenciar a “batida” uma maneira de se locomover para os lados;
• Videos de skate;
• Como cair?
• Frear;
• Iniciação da manobra “ollie”
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Procedimentos:
• Inicialmente o professor iniciará a aula realizando um “feedback” sobre os
diferentes tipos de locomoção sobre o skate visto nas aulas teóricas,
seguindo com atividades sobre o assunto citado;
• Fazer com que os alunos tenham um contato com o skate, colocando outro
colega para auxiliar na realização dos movimentos para servir de servir de
apoio e para indicar alguns pontos dos movimentos executado pelo colega,
assim os alunos vivenciam e também tem observam enquanto os outros estão
praticando;
• Mostrar alguns vídeos com quedas e como se deve cair, e a execução da
manobra “ollie”;
• Aprender como cair do skate em diversas situações encontradas;
• Realizar os diferentes tipos de freada;
• Demonstrar a manobra “Ollie” e tentar aprender.
Sugestões de atividades
Atividade 1 – local: quadra da escola
• Durante um tempo (5 minutos) Sobre os “skates” os alunos realizarão
movimentos com os pés para frente para traz, mudando as posições dos pés,
com o auxilio do colega que indicará alguns pontos como flexão dos joelhos.
Atividade 2 – local: quadra da escola
• Durante um tempo (10 minutos) os alunos deveram tentar executar o
movimento da “remada”(com o pé de base normal) de um ponto ao outro da
quadra em linha reta sempre com o colega ao lado, após a realização de
cinco minutos o individuo que estava auxiliando executará a atividade.
Atividade 3 – local: quadra da escola
• Durante um tempo (10 minutos) no chão os alunos iniciaram a atividade
executando o movimento do aviãozinho (com apenas uma perna no chão e
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estendendo os braços na lateral para equilibra-se) depois deveram realizar
sobre o skate parado, e por fim executar a remada e realizar o movimento.
Atividade 4 – local: quadra da escola
• Durante um tempo (10 minutos) realizando a mesma tarefa do exercício
anterior agora com um pouco de dificuldade trocando a posição dos pés em
“Switch Stance”.
Atividade 5 – local: quadra da escola
• Durante um tempo de (15 minutos) O professor montará um circuito com
“shapes” no chão e com cones, os alunos realizaram o trajeto realizando a
“remada” em base normal, depois troca com o colega que auxiliou durante o
percurso.
Atividade 6 – local: quadra da escola (COMO CAIR)
• Durante um tempo (10 minutos) demonstração dos “videos” de skate
Atividade 7 – local: quadra da escola (COMO CAIR)
• Durante um tempo (15 minutos) os alunos terão uma breve demonstração do
professor das quedas, depois os mesmos iniciarão as atividades. Realizando
a locomoção indo de encontro com um skate que estará no chão e colidir os
skates e pular.
Atividade 8 – local: quadra da escola (COMO CAIR)
• Durante um tempo (10 minutos) executando a mesma atividade do exercício
anterior os alunos ao colidir os skates deveram “cair” sobre os colchonetes
localizados do outro lado e fazer o movimento de giro com o ombro para
amenizar a queda.
Atividade 9 – local: quadra da escola (COMO FREAR)
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• Durante um tempo de (10 minutos) os alunos realizarão a remada em linha
reta e executaram a freada elevando o “nose” e realizando atrito do “Tail” com
o chão para diminuir a velocidade, sempre com um aluno auxiliando.
Atividade 10 – local: quadra da escola (COMO FREAR)
• Durante um tempo de (10 minutos) realizando a remada os alunos colocaram
o pé de impulsão na lateral do skate para frear, indo de um ponto para o outro
da quadra.
Atividade 11 – local: quadra da escola (COMO FREAR)
• Durante um tempo de (10 minutos) realizando a remada os alunos colocaram
o pé de impulsão na lateral do skate para frear, indo de um ponto para o outro
da quadra.
Atividade 12 – local: quadra da escola (OLLIE).
• Durante (20 minutos) os alunos sobre os “shapes” tentaram executar a
manobra “ollie” que será explicada pelo professor, depois estarão praticando
com o auxilio do colega sobre o skate.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente Unidade Didática contempla duas formas diferentes de esportes,
em princípio, ambas presentes como conteúdos estruturantes das Diretrizes
Curriculares da Educação Básica para o Estado do Paraná (PARANÁ, 2008).
A primeira forma, representada pelo Voleibol, modalidade olímpica, conteúdo
com presença constante nas aulas de Educação Física do Ensino Fundamental, a
partir da 5ª série. A ênfase apresentada foi a da ultrapassagem da “prática pela
prática” que acaba por desvirtuar o componente curricular Educação Física na
escola. Foram elaboradas aulas práticas compostas por jogos predesportivos e por
conteúdos técnicos e táticos, que parecem estar sendo esquecidos nas aulas, cada
vez mais recreativas e descompromissadas com os conteúdos esportivos e suas
vivências. Contudo, a aquisição de conhecimentos úteis para a vida dos alunos foi a
tônica do módulo I.
A segunda forma, embora conste nas mesmas diretrizes, na proosta de se
trabalhar os esportes radicais, a abordagem do Skate, na prática, não tem sido
efetiva, uma vez que requer conhecimentos e habilidades específicas do professor,
que precisa com certeza se esmerar para tal tarefa. O material didático ora
apresentado se constituiu em um início de intervenção no âmbito escolar.
Esperamos, com a presente Unidade Didática, contribuir com o acervo de
planejamentos úteis aos professores de Educação Física da rede pública do Estado
do Paraná, mas, sobretudo, ir ao encontro dos anseios dos nossos alunos e
contribuir para a formação de cidadãos autônomos e ativos.
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REFERÊNCIAS
BELTRAMI, D. M. Dos fins da Educação Física Escolar. Revista da Educação Física / UEM, v.12, n.2, p.27-33, Maringá, 2001. CAMPOS, A. P. As ideologias da Educação Física Escolar brasileira: barreiras à consolidação de novas abordagens. Revista Motus Corporis, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 63 – 67, novembro de 2002. CHAVES, C. As 50 Maiores Personalidades do Skate Brasileiro. 100% Skate. SãoPaulo, N. 75, maio 2004. DARIDO, S.C.; SOUZA JUNIOR, O.M. Para ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007. DUARTE, O. História dos esportes. São Paulo: Editora SENAC. São Paulo, 2004. HONORATO, T. Uma História do skate no Brasil: do lazer à esportivização. In: Anais do XVII Encontro regional de História: o lugar da história. Campinas, Unicamp,2004. KUNZ, E. Transformação Didático-Pedagógica do Esporte. Ijuí: Unijuí, 1998. _____. Ensino e Mudanças. Ijuí: Unijuí, 2001. _____. (Org.). Didática da Educação Física 1. Ijuí: Unijuí, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Curitiba: SEED, 2008. OLIVEIRA, A.A.B. Planejando a Educação Física Escolar. In: VIEIRA, José Luiz Lopes (org). Educação Física e Esportes: estudos e proposições. Maringá: EDUEM, 2004. SANTINI, J. Voleibol escolar: da iniciação ao treinamento. Canoas: Ed. Ulbra, 2007 SANTOS, M.M.L. Efeitos do feedback extrínseco na performance da manobra Ollie em skatistas do município de Irati - PR. Trabalho de conclusão de curso Educação Física, da Universidade Estadual do Centro-Oeste, 2008. SOUZA JUNIOR, O. M.; DARIDO, Suraya Cristina. Dispensa da aulas de Educação Física: apontando caminhos para minimizar os efeitos da arcaica legislação. Pensar a Prática, v. 12, n.2, p. 1-12, 2009.
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Referencias eletronicas
http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/arquivos/Image/esporte_gravura.jpg& imgrefurl=http://www.educacaofisica.seed.pr.gov. http://federacaodeskatedoparana.blogspot.com/2010/06/pesquisa-data-folha-2009-encomendada.html http://www.skatecultura.com/search/label/O%20skate%20na%20história http://www.skatecultura.com/2008/01/nova-iguau-rj-uma-parte-importante-da.html http://www.skatecultura.com/search/label/revistas%20antigas http://www.skatecuriosidade.com/curiosidade-skatisticas/roller-derby-primeiro-skate-a-se-produzido-em-serie