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DALTON TREVISAN – DO CONTO À POESIA A INTERTEXTUALIDADE
Tânia Rita Tardivo Sanches1
Allan Valenza da Silveira2
RESUMO
O presente estudo foi realizado como requisito parcial de avaliação do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná - PDE. A temática da literatura na disciplina de Português é o foco central deste artigo, devido à contribuição e exercício da reflexão sobre o dialogismo, e dos elementos que envolvem a literatura no contexto escolar, admitindo a importância do ato de leitura e das três funções que estão nele implícitas: psicológica, formadora e social. Assim, o objetivo geral deste trabalho é transformar/humanizar nossos alunos e com isso a nossa sociedade. Nessa perspectiva, este artigo pretende estimular a leitura entre jovens do Ensino Médio do Curso de Técnico em Alimentos.
Palavras-chave: Literatura, dialogismo, intertextualidade, sociedade.
ABSTRACT: This study was conducted as partial requirement for evaluating the Educational Development Program of the State of Paraná - PDE. The theme of the literature in the discipline of Portuguese is the central focus of this article, due to the contribution and the exercise of reflection on dialogism, and the elements that involve the literature in the school context, recognizing the importance of the act of reading and the three functions that are it implied: psychological, social and training. The objective of this work is to transform / to humanize our students and thereby our society. Thus, this paper aims to encourage reading among young high school students from the Technical Course in foods.
1 Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná.2 Professor da Universidade Federal do Paraná.
1. INTRODUÇÃO
A temática da literatura na vida escolar do aluno foi o foco central deste
estudo apresentado ao PDE, visto que muitos alunos chegam à escola com baixa
motivação para leitura, com déficit de conhecimentos para a compreensão de
textos, assim como da escrita da língua portuguesa.
Na educação ainda é preocupante a situação do Brasil, conforme o
diagnóstico da pesquisa “Retratos da leitura 2007”, que tinha como objetivo
principal diagnosticar e medir o comportamento da população em relação à
leitura, especialmente quanto a livros, e levantar junto aos entrevistados suas
opiniões referentes a essa atividade. A pesquisa em questão foi feita com 92,3%
da população brasileira, demonstrando que houve crescimento da leitura,
principalmente relacionando-se à poesia.
Dessa forma, em 2007, ficou constatado, que os jovens preferem:
Lista de preferências
Uso do tempo Porcentagem da população
1ª Ver televisão 77,00%2ª Ouvir música 53,00%3ª Descansar 50,00%4ª Ouvir rádio 39,00%5ª Leitura3 33,00%
(Fonte: Retratos da Leitura...)
Uma das justificativas para este diagnóstico é devido ao fato da maior
parte da população ser carente e não ter fácil acesso a livros, mesmo com o
número crescente de bibliotecas que são construídas em algumas cidades, dentre
as quais Curitiba, que além da Biblioteca Pública do Paraná, conta com a
abertura de algumas Bibliotecas de Escolas Estaduais para os moradores do
bairro, dos Faróis do Saber, bibliotecas de parques e bairros, assim como
Biblioteca Kozac, Bondinho da Leitura, Casa da leitura Augusto Stresser, Casa da
Leitura Dario Vellozo,Casa da Leitura Franco Giglio, Casa da Leitura Hilda Hilst,
Casa da Leitura Jamil Snege, Casa da Leitura Manoel Carlos Karam, Estação da
Leitura Terminal Pinheirinho, Bibliotecas Cidadãs, entre outras.
Vale lembrar que este trabalho foi elaborado e aplicado pela primeira vez
em 2009 por mim, professora Tânia Rita Tardivo Sanches e pela professora
3 Obs.: há divergências quanto as preferências pela leitura, em alguns casos a leitura fica em 4º lugar na lista de preferências; em outros, em 5º.
Adriane de Cácia Sarod de Camargo, quando realizamos com os alunos estudos
de textos científicos de Biologia que enfocavam o determinismo como fator de
integração desta disciplina e a de Literatura, envolvendo as tendências do
cientificismo da época, fundamentando-se em Ático Chassot e sua obra “História
da Biologia”. A instituição escolhida na época foi o Colégio Estadual Maria Aguiar
Teixeira.
Em 2012 para implementar as atividades foi necessário modificar a forma
e a metodologia utilizada anteriormente devido a mudança de instituição onde o
projeto foi implementado. Nessa nova instituição não foi possível estabelecer a
interdisciplinaridade devido a pouca disponibilidade e possibilidade de
professores.
Dessa forma, foi realizado um estudo profundo dos pressupostos teóricos
sobre o ensino de Língua Portuguesa e da Literatura no Ensino Médio, e a
pesquisa citada, “Retratos da Leitura no Brasil”, serviu de cenário para apresentar
o desenvolvimento do ensino escolar nos últimos anos. Além destes,
consideramos o contexto histórico e sociocultural do Colégio Estadual Júlia
Wanderley, instituição essa que assume o papel de educadora de uma parcela da
sociedade que tem um alcance maior a determinados bens culturais, como livros,
cinemas, teatros, museus, instituição que assume o papel de educadora de um
grupo social com qualidade de vida melhor que outros de muitas escolas públicas
em Curitiba.
A escolha da literatura, e não de outras áreas específicas da Língua
Portuguesa, deve-se ao fato que a mesma transforma/humaniza o homem e a
sociedade (CANDIDO, 1972), assim como permite ao ser humano desenvolver as
funções psicológica, formadora e social. Apesar da constatação citada
anteriormente de que atualmente os jovens leem mais poesia, vale ressaltar que
ainda falta muito para atingirmos os níveis realmente decentes de leitura.
O presente artigo foi dividido em quatro partes para facilitar a explanação
sobre as definições, os trabalhos e as discussões sobre literatura, dialogismo e
intertextualidade. No primeiro encontro foram analisados os contos de Dalton
Trevisan e um poema do mesmo autor, bem como as suas relações intertextuais.
Na segunda oportunidade, foi apresentada a definição de intertextualidade,
conforme Nicola. E, na sequência, a terceira quando ocorreu a discussão, com
base em textos teatrais de Shakespeare e Machado de Assis, e ainda na relação
dialógica/intertextual. Finalmente na quarta e última etapa realizamos uma
pesquisa de como acontece a inserção da leitura no meio social (família, escola,
amigos)
2. LITERATURA, DIALOGISMO E INTERTEXTUALIDADE
Ao realizar a pesquisa da referida bibliografia deste artigo, procuramos
analisar a leitura como nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná,
considerando:
“a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas
sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de
determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os
seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural,
enfim, as várias vozes que o constituem.” (DCEs: 2008 – p. 56)
Este trabalho aborda justamente essas questões, pois seu início foi
marcado pela leitura de textos atuais para possibilitar o interesse dos educandos
e demonstrar que um texto se torna mais rico quando estabelece essas relações
entre textos de um mesmo autor ou ainda textos de autores e movimentos
diferentes.
Seguindo a mesma linha de pensamento temos a obra Teoria Semiótica
do Texto (2000), de Diana Luz Pessoa de Barros, que se refere ao estudo de
texto do segundo modo:
o texto só existe quando concebido na dualidade que o define - objeto de
significação e objeto de comunicação - e, dessa forma, o estudo do texto
com vistas à construção de seu ou seus sentidos só pode ser entrevisto
como o exame tanto dos mecanismos internos quanto dos fatores
contextuais ou sócio-históricos de fabricação de sentido. (Barros, 2000, p.
07-08)
O que nos leva a uma reflexão sobre a literatura, dialogismo e
intertextualidade na disciplina de Língua Portuguesa, pois como já foi dito
anteriormente, atualmente, observamos no âmbito escolar uma precariedade com
relação à leitura, que costuma ser utilizada de forma inadequada, servindo como
avaliação tradicional ou utilizada para trabalhos que acabam não motivando o
aluno a ler.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do
Paraná - DCEs (2008, p. 56), “compreende-se a leitura como um ato dialógico,
interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas,
pedagógicas e ideológicas de determinado momento”, em consonância com os
Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio - PCNs (2000, p. 19-20), nos
quais as linguagens se inter-relacionam nas práticas sociais e na história, envolve
o reconhecimento das linguagens verbais e não-verbais, a geração de
significados e integração do mundo e da própria interioridade. Dessa forma, a
literatura, enquanto arte, serve como expressão criadora e geradora de uma
linguagem e do uso que se faz dos seus elementos e de suas regras em outras
linguagens. Nessa perspectiva, “as linguagens e os códigos são dinâmicos e
situados no espaço e no tempo, com implicações de caráter histórico, sociológico
e antropológico que isso representa” (Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio
– PCNs: 2000, p. 19-20).
Ainda no contexto das DCEs (2008, p. 57), o ato de leitura depende da
resposta do leitor ao que lê, “acontece num tempo e num espaço”. Nesse ato
ocorre a intertextualidade, isto é, o diálogo entre autores e textos. Do
conhecimento de vida do leitor e de seus saberes vai depender a produção de
significados. Dentro dessa concepção, praticar a leitura em diferentes contextos
requer que se compreendam as esferas discursivas em que os textos são
produzidos e circulam, bem como se reconheçam as intenções e os interlocutores
do discurso.
3. MOVIMENTO REALISTA X MOVIMENTO CONTEMPORÂNEO
Tomando como referência a leitura enquanto instrumento de avaliação, a
leitura foi limitada, por longos períodos, a quantificar o que o aluno compreendeu
ou absorveu das obras lidas, através de julgamentos de valor, embasados em
padrões ou parâmetros preestabelecidos.
Essa forma de apropriação da leitura não causa muito a motivação do
aluno que foi cada vez mais se distanciando dela, devido a mídias mais
interessantes que lhe foram oferecidas. As Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa do Estado do Paraná (2008) nos sugerem que na tomada das ações
pedagógicas haja uma aproximação da concepção materialista histórica e
dialética, visto que essas diretrizes enfatizam:
a literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida
social. O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a
modificações históricas, portanto, não pode ser apreensível somente em
sua constituição, mas em suas relações dialógicas com outros textos e sua
articulação com outros campos: o contexto de produção, a crítica literária,
a linguagem, a cultura, a história, a economia, entre outros. (2008, p.57)
Considerando todos os pressupostos, pensamos na literatura numa
perspectiva dialógica, considerando que “cada frase que pretende dizer algo só
tem êxito quando aponta para algo” (Iser, 1999, p. 15). Portanto, a proposta de
leitura foi elaborada, apresentando o dialogismo entre textos de Shakespeare e
Machado de Assis, e entre contos de Dalton Trevisan com uma complexidade
muito maior e mais fatores a serem considerados do que somente a aplicação de
provas, compreensão do texto ou trabalhos de leitura de alunos.
A relevância deste trabalho se justifica pela contribuição e exercício da
reflexão sobre o dialogismo, e dos elementos que envolvem a literatura no
contexto escolar, admitindo a importância do ato de leitura, desde que este não
sirva como simples instrumento avaliativo, mas sim, exercendo as três funções
que estão nela implícitas: psicológica, formadora e social.
4. DA TEORIA À PRÁTICA
Inicialmente, trabalhamos com o Movimento Contemporâneo, estudo do
conto “O Vampiro de Curitiba”, de Dalton Trevisan e do poema “A Balada do
Vampiro”, do mesmo autor. Os alunos fizeram uma dramatização com o conto de
Dalton Trevisan, a partir dele o debate e só então veio a proposta de escrever um
poema com o mesmo tema.
Durante o debate foram feitas as seguintes perguntas:
1. Qual seria o meio social em que vivia Nelsinho, o vampiro? Em que
bairro de Curitiba Nelsinho moraria?
2. Quais suas características físicas? Idade?
3. Possível estado civil do protagonista?
4. Qual seria seu trabalho?
5. Quem poderia ser o vampiro? Por quê?
Com o poema, apesar de ter o mesmo conteúdo do conto “Balada do
Vampiro”, somente modificando a escrita e passando subitamente de uma cena à
outra, os alunos tiveram um pouco mais de dificuldade tanto na compreensão da
leitura quanto no trabalho inverso de produção de texto, isto é, na escrita de um
conto. Foi possível constatar tal fato não só pela escrita dos trabalhos, mas
também pela forma como escreveram. Os contos por eles produzidos tiveram
uma relação muito grande com o tema vampiro, mas se esqueceram do mais
importante na obra de Dalton que é o espaço curitibano, as personagens
pitorescas e a sinestesia causada durante a leitura. Para alunos que costumam
realizar leituras variadas, a obra de Dalton é uma mistura de sensualidade e
humor inglês, por conter informações cômicas entrelinhas.
Do Movimento Realista, os educandos tiveram a oportunidade de ler o
conto “A cena do cemitério” de Machado de Assis que dialoga com parte da obra
“Hamlet” (Ato V, Cena I), de William Shakespeare. Esse trabalho intertextual
motivou-os a encontrar na leitura uma inspiração para suas próprias criações,
pois é uma forma de demonstrar que nenhum texto surge ao acaso, mas sim que
necessita de outros conhecimentos. Com isso, além da leitura, a tendência de
aperfeiçoamento da produção textual aumentou. Também foi analisado o conto
realista “A Cartomante”, de Machado de Assis.
Considerando todo o disposto acima e os princípios apresentados,
entende-se que a leitura com enfoque na Estética da Recepção e da Teoria do
Efeito (ISER, 1999) auxilia na transformação do processo do ensino
aprendizagem, e estimula a leitura de obras literárias e não literárias pelos
educandos.
5. QUESTIONÁRIO SOBRE LEITURA
Com o objetivo de verificar como a leitura é introduzida no meio familiar do
educando, foi aplicado no 1º ano do Curso de Técnico em Alimentos, do Colégio
Estadual Júlia Wanderley o seguinte questionário:
1) Você lê regularmente?
2) O que você costuma ler? Coloque por ordem de preferências.
3) Em sua família alguém lê? Que tipo de Leitura?
4) Você gostou do conto “O Vampiro de Curitiba”? Justifique sua resposta.
5) O que você achou do conto “Balada para um Vampiro”, do mesmo
autor?
6) Você teve algum problema para entendê-los devido à linguagem
utilizada? Por quê?
7) Após ter lido os contos “Cena do Cemitério”, de Machado de Assis e “A
Cartomante”, do mesmo autor, o que conseguiu compreender?
8) Em sua pesquisa ao ler o ato V, cena I, da obra “Hamlet”, de
Shakespeare, conseguiu compreender o que é intertextualidade? É possível
haver intertextualidade entre os contos “Cena do Cemitério” e “A Cartomante”, de
Machado e Shakespeare? E entre os contos de Machado de Assis há essa
possibilidade?
9) No conto de Dalton e em seu poema existe intertextualidade?
10) Agora que conhece um pouco de cada autor você leria um livro de
algum deles? Qual ou quais, por ordem de preferência, e por quê?
11) Você acredita que alguém em sua família também leria se você
indicasse? Quem?
Tabulação das respostas dadas pelos alunos
1.Sim Em branco Não Às vezes
10 1 3 5
2. Livros Nada Jornais Revistas Outros
1º 9 1 6 3
2º 6 3 2 2
3º 5 1 2 2
4º 6 1
3. Sim Não Às vezes Em branco
15 3 1
4. Sim Não Mais ou menos
11 7 1
5. Bom / divertido Não gostou Problemas com o
léxico
Realista Sem opinião
definida
6 9 1 1 2
6. Teve dificuldades
com o léxico
Não teve dificualdades
com o léxico
Apesar de diferente
entendeu
Algumas palavras
não fazem parte do
cotidiano
7 3 3 6
7. Verificar anexos
8.a. Sim Não Em branco Tem dificuldades
15 3 1
8.b. Sim Não Em branco
12 6
8.c. Sim Não Em branco Tem dificuldades
6 12 1
9. Sim Não Em branco Tem dificuldades
16 2 1
10. Sim Não Em branco
9 9 1
11. Sim Não Em branco
13 6
6. CONCLUSÃO
Em conclusão, os resultados retirados deste trabalho supõem algumas
consequências das quais decorrem orientações práticas com base na teoria e nos
dados levantados.
Considerando-se a dimensão da ênfase do estímulo à leitura conforme a
LDB, os PCNs e as DCEs, foi possível constatar que a forma de abordar o estudo
literário no Ensino Médio pode auxiliar muito professor e aluno. Por exemplo, a
leitura em sala de aula, debates e produções textuais podem estar inter-
relacionados no desenvolvimento de inúmeras atividades. Por isso, durante a
implementação fizemos a leitura utilizando a dramatização, o estudo do léxico,
escrita e reescrita de textos, conciliando a teoria com a prática o que ajudou a
modificar em grande parte os resultados do primeiro bimestre, momento em que o
método esteve relacionado somente à teoria e interpretação de textos.
Apesar do estudo da literatura no ensino médio estar relacionado ao
vestibular, enquanto professores não podemos ficar meramente presos a uma
teoria relacionada com textos dos Movimentos Literários passados se nossos
alunos mal conseguem compreender a linguagem formal de escritores
contemporâneos. Por um lado, isso acontece porque a linguagem verbal está em
movimento constante, passando por interferências da mídia e da própria
comunidade juvenil, criando vocábulos diferentes. Por outro lado, ainda falta aos
profissionais da área reconhecer o valor da articulação dessas linguagens para
conseguir atingir seus objetivos em sala de aula, dentre os quais dar ênfase à
leitura.
Para tanto é importante uma mudança de paradigma, rever alguns
conceitos e métodos para melhorar a atuação do profissional e a produção dos
alunos em sala de aula, destacando a:
–imersão no conhecimento;
–leitura e releitura de contos e obras;
–escrita e reescrita de textos;
–cuidar de pressupostos, como interação, intertextualidade, contextualização e
reflexão;
–reconhecer o valor da articulação entre as linguagens para garantir a eficácia do
estímulo à leitura.
Ainda vale ressaltar que a vantagem do trabalho com a literatura são as
possibilidades geradas, como a: interatividade entre as disciplinas de português, biologia,
história, geografia, artes cênicas. Essa interatividade acontece tanto em atividades
promovidas pelos professores quanto pelas ideias que partem dos alunos.
A análise das obras selecionadas demonstra que todas permitem a reflexão sobre
a questão da intertextualidade. Como já foi dito inicialmente, este trabalho teve grande
relevância pela contribuição e exercício da reflexão sobre o dialogismo, e dos elementos
que envolvendo a literatura no contexto escolar, admitindo a importância do ato de leitura,
desde que este não sirva como simples instrumento avaliativo, mas sim, exercendo as
três funções que estão nela implícitas: psicológica, formadora e social.
7. REFERÊNCIAS
ASSIS, Machado. A Cartomante. Disponível em:
<http://www.releituras.com/machadodeassis_cartomante.asp> Acesso em:
05/05/2012.
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<http://pt.scribd.com/doc/29281263/A-Cena-Do-Cemiterio-Texto-Machado-de-Assis-
Sobre-a-Leitura-de-Hamlet-de-Shakespeare > Acesso em: 05/05/12.
BARROS, D. L. P. de. Teoria semiótica do texto. 4. ed. São Paulo: Ática, 2000.
CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura. São Paulo,
vol. 4, n. 9, PP. 803-809, set/1972.
ISER, Wolfgang. O ato da leitura – Uma teroria do efeito estético. 1 ed.São
Paulo: Ed. 34, vol. 1, 1996.
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Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 1999.
Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Bases legais. v. 1. Brasília: MEC,
1999.
Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. v. 2. Brasília: MEC, 1999.
Diretrizes Curriculares para Educação Básica – Língua Portuguesa do Paraná. Curitiba: Secretária de Estado da Educação, 2008.
SHAKESPEARE, William. Hamlet. Porto Alegre: L&PM, 1997. P 117-126.
TREVISAN, Dalton. Em busca de Curitiba Perdida. 9 ed. Rio de Janeiro: Editora
Record, 2004. P. 21-24.
TREVISAN, Dalton. O Vampiro de Curitiba. 19 ed. Rio de Janeiro: Editora, 1998.
P. 9-14.
Funarte – Publicação da segunda edição de Retratos da Leitura no Brasil. Disponível em: <http://www.funarte.gov.br/literatura/publicaca-da-segunda-
edicao-da-pesquisa-retratos-da-leitura-no-brasil/>Acesso em 01/12/2010.
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