das pré -formulação farmacêutica
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SAaDADATRANSCRIPT
-
Aula 04
Pr-formulao farmacutica
Prof. Me Tefilo F. Mazon Cardoso
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CURSO DE FARMCIA
FARMACOTCNICA I
-
O farmacutico deve conhecer as propriedades fsicas e
qumicas de cada componente na formulao
Evitar incompatibilidades (frmaco-frmaco, frmaco-
excipiente, frmaco-material embalagem)
Estabilidade farmacutica e qualidade teraputica
PLANEJAMENTO DE UMA FORMULAO
-
PR-FORMULAO
Conhecer propriedades fsico-qumicas fundamentais das molculas de
frmaco e outras propriedades derivadas do frmaco em p.
Teste Mtodo/caracterizao
Espectroscopia Ensaio UV simples
Solubilidade (aquosa, pKa, coeficiente de
partio, dissoluo)
Solubilidade de fase, lipofilicidade
Ponto de fuso DSC polimorfismo, hidratos, solvatos
Desenvolvimento de ensaio UV, CCD, CLAE
Estabilidade (em soluo e estado slido) Trmica, hidrlise, oxidao, fotlise
Microscopia Morfologia, tamanho de partcula
Fluxo de p (densidade do p, ngulo de
repouso)
Formulao de comprimido e cpsula
Propriedades compressionais Formulao de comprimido e cpsula
Compatibilidade do adjuvante Escolha de adjuvante
Caracterizao de frmacos na pr-formulao.
-
Atributo Teste
Identidade Ressonncia Magntica Nuclear (RMN)
Espectroscopia de infravermelho (IV)
Espectroscopia de ultravioleta (UV)
Cromatografia em camada delgada (CCD)
Calorimetria Exploratria Diferencial (DSC)
Rotao ptica
Pureza Umidade (gua e solventes)
Metais pesados
Impurezas orgnicas
Calorimetria Exploratria Diferencial (DSC)
Ensaio Titulao
Espectroscopia de ultravioleta (UV)
Cromatografia Lquida de Alta Eficincia (CLAE)
Qualidade Aparncia, odor, cor da soluo
pH da soluo saturada
Ponto de fuso
Pr-formulao analtica
-
Frmacos em soluo, ou com
velocidade de dissoluo rpida =>
velocidade de absoro
(permeabilidade atravs das
membranas)
Frmacos com velocidade de
dissoluo lenta => velocidade de
absoro (depende do processo de
dissoluo)
FASE
BIOFARMACOTCNICA
-
PROPRIEDADES FSICO-QUMICAS DE
INTERESSE FARMACUTICO
- Solubilidade
- Tamanho de partcula
- Dissoluo
- pH e constante de ionizao
- Miscibilidade
- Polimorfismo
- Estabilidade
- Higroscopicidade
- Fluxibilidade
-
SOLUBILIDADE
Importante: solubilidade no o mesmo que velocidade de
dissoluo !!!
Quantidade mxima de soluto
que se encontra dissolvida
numa soluo (concentrao de
saturao)
Solubilidade = resultado das
foras de atrao (coeso) e de
repulso que atuam entre as
molculas de soluto e do
solvente
-
Sistema de Classificao
Biofarmacutica - SCBClasse Solubilidade Permeabilidade Correlao in vivo/in vitro (IV/IV) Exemplos
I Alta Alta Haver correlao IV/IV se a velocidade
de dissoluo for menor que a velocidade
de esvaziamento gstrico, de outro modo
no haver correlao ou ela ser
limitada
Propranolol e
metoprolol
II Baixa Alta Haver correlao IV/IV se a velocidade
de dissoluo in vitro for similar a
velocidade de dissoluo in vivo, exceto
se a dose for muito alta
Cetoprofeno e
carbamazepina
III Alta Baixa Correlao IV/IV da absoro
(permeabilidade) com velocidade de
dissoluo limitada
Ranitidina e
atenolol
IV Baixa Baixa Correlao IV/IV limitada ou ausente Hidroclorotiazida
e furosemida
ALTAMENTE SOLVEL: maior dose solubilizado em 250 mL ou menos em meio aquoso (pH 1 7,5).
BAIXA SOLUBILIDADE: volume maior que 250 mL.
ALTAMENTE PERMEVEL: extenso da absoro BA > 90 % da dose administrada.
BAIXA PERMEABILIDADE: extenso BA < 90 % da dose administrada.
-
TAMANHO DE PARTCULA
Um aumento da rea de superfcie total do frmaco em contato comos fluidos gastrointestinais provocar elevao da velocidade de
dissoluo.
CUIDADO: elevao da biodisponibilidade poder atrelar maiorocorrncia de efeitos colaterais.
S = 6/D x P/d
S = unidade de massa
D = dimetro da partcula
P = peso
d = densidade
Qto menor o dimetro da partcula,
maior a superfcie de contato entre o
slido e o solvente.
-
Frmacos para os quais a reduo no tamanho de partculas tem resultado sobre o aumento da
BA.
Digoxina Glicosdeo cardiotnico
Nitrofurantona Antimictico
cido acetilsaliclico Analgsico
Naproxeno AINEs
Ibuprofeno AINEs
Tolbutamida Hipoglicemiante
- Espironolactona = absoro aumentada em 50 % na forma micronizada.
- Cloranfenicol - partcula de 200 micra absorvida aps uma hora- partcula de 400 a 800 micra aumentam o tempo de absoro
em at 3 horas.
- Digoxina = 1972-1973: problemas de intoxicao devido reduo do tamanho
de partcula
- Griseofulvina = reduo do tamanho da partcula de 10 micra para 2,7 micra duplica a absoro do frmaco
-
Independente da via de administrao, os frmacos devem apresentar alguma
solubilidade em gua.
Substncias insolveis: absoro incompleta e errtica.
Particle Size Distribution
0.01 0.1 1 10 100 1000 3000
Particle Size (m)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Volu
me (
%)
Nimodipino, 04/29/03 16:37:40 Nimodipino, 04/29/03 17:01:36
Avaliao do tamanho das partculas por Difrao de Raios Laser. Nimodipino A
(vermelho) e nimodipino B (verde).
-
Avaliao da morfologia do p de diferentes
amostras de nimodipino por Microscopia
Eletrnica de Varredura. Nimodipino A
(esquerda) e nimodipino B (direita).
-
DISSOLUO
Descreve o processo pelo qual as partculas do frmaco se dissolvem,
ou seja, determina a massa dissolvida do frmaco em funo do
tempo.
Equao de Noyes-Whitney
dm/dt = kA(Cs C)
dm/dt = velocidade de dissoluo
k = constante de velocidade de
dissoluo
A = rea superficial do slido
C = concentrao do frmaco no
meio de dissoluo no tempo t
Cs = concentrao de saturao
0 10 20 30 40 50
0
20
40
60
80
100
120
% d
isso
lvid
a
Tempo (min)
Nimotop
Formulao (A)
Formulao (B)
Perfis de dissoluo de comprimidos contendo 30
mg de nimodipino. Nimotop (), Formulao A() e Formulao B ().
-
Parmetro Comentrios Efeito na velocidade
de dissoluo
Coeficiente de difuso
do frmaco
Pode decrescer na presena de
substncias que aumentam a
viscosidade do meio
( - )
Superfcie exposta ao
solvente
Aumenta na micronizao e em
frmacos amorfos
( + )
Espessura da
camada de difuso
Diminui com a agitao
crescente no intestino ou frasco
( + )
Solubilidade na
camada de difuso
Alterada em eletrlitos fracos
por mudanas no pH ou pelo
uso de sal do frmaco
( - ) ( + )
Concentrao no
meio
Diminui com a entrada de fluido
no organismo, pela remoo do
frmaco por partio ou
absoro
( + )
Influncia dos parmetros envolvidos no processo de dissoluo. ( - )
diminuir velocidade de dissoluo e ( + ) aumentar velocidade de
dissoluo.
-
Relao dos fatores fsico-qumicos e fisiolgicos que afetam a dissoluo
de frmacos no trato gastrointestinal.
Fator Parmetros fsico-
qumicos
Parmetro fisiolgico
Efeito da rea superficial
do frmaco
Tamanho da partcula,
molhabilidade
Tensoativos no suco
gstrico e bile
Solubilidade na camada
de difuso
Hidrofilia, estrutura
cristalina, solubilizao
pH, capacidade
tamponante, bile e
componentes nutrientes
Quantidade de frmaco
j dissolvido
Difusividade do frmaco
Volume do solvente
disponvel
Tamanho da molcula Permeabilidade e trnsito
Viscosidade do contedo
luminal
Padres de motilidade e
razo de fluxo
Secrees
gastrointestinais e fluidos
co-administrados
-
Aparelho de Dissoluo: HANSON
Aparelho de Dissoluo: Nova tica
Aparelho de Dissoluo: Quimis
-
Aparelho de Dissoluo: HANSON com coleta e leitura das alquotas automtica
-
Especificao: Em 45 minutos liberar no mnimo 60 %.
-
Estado de hidratao do frmaco (a forma anidra geralmente apresenta maior
velocidade de dissoluo, ex.: ampicilina anidra)
Perfis de dissoluo do p de oxifembutazona monohidratada (), hemihidratada() e anidra ().
-
pH e constante de ionizao
Efeito do pH e pka na solubilidade em gua de frmacos de carter cido fraco.
pH - pka Frao molar do
frmaco ionizado
Solubilidade em gua
< - 2,0 < 0,01 Insolvel
- 1,0 0,09 Insolvel
0 0,5 Solvel em baixas [ ]
1,0 0,91 Solvel exceto em altas [ ]
> 2,0 > 0,99 Solvel
cido flico: carter cido, pka = 6,8
Em meio cido: pH 4,0 pH pka = 4,0 6,8 = -2,8 (insolvel)Em meio bsico: pH 8,5 pH pka = 8,5 6,8 = + 1,7 (solvel)
-
Efeito do pH e pka na solubilidade em gua de frmacos de carter base fraca.
pH - pka Frao molar do
frmaco ionizado
Solubilidade em gua
< - 2,0 > 0,99 Solvel
- 1,0 0,91 Solvel
0 0,5 Solvel exceto em altas [ ]
1,0 0,09 Solvel em baixas [ ]
> 2,0 < 0,01 Insolvel
Furosemida: carter cido, pka = 3,9
Em meio cido: pH 4,0 pH pka = 4,0 3,9 = 0,1 (pouco solvel)Em meio bsico: pH 8,5 pH pka = 8,5 3,9 = + 4,6 (solvel)
pH e constante de ionizao
-
- frmacos do mesmo grupo geralmente tem solubilidade inversamente
proporcional ao seu ponto de fuso
MISCIBILIDADE
- a solubilidade mtua entre dois ou mais lquidos;
- dois lquidos que so solveis um no outro em qualquer proporo
so chamados de completamente miscveis (por exemplo: gua e
etanol)
Frmaco Ponto de fuso (C) Solubilidade
sulfadiazina 253 1 g em 13 mL
Sulfamerazina 236 1 g em 5 mL
Sulfapiridina 192 1 g em 3,5 mL
sulfatiazol 174 1 g em 1,7 mL
-
POLIMORFISMO
Capacidade de uma substncia existir em mais de uma estrutura
cristalina.
O nmero de formas cristalinas (ou polimorfos) que se
conhece de um dado composto proporcional ao tempo e
recursos (econmicos e humanos) dedicados a investigao
do mesmo (McCrone em 1963).
Os frmacos podem ocorrer nas formas:
- amorfa (qdo no se observa a
formao de cristais);
- cristalina (qdo as molculas formam
arranjos ordenados que se repete
indefinidamente ao longo da partcula) anidra ou solvatada
-
Um grande nmero de
compostos orgnicos e
inorgnicos se apresenta sob
diferentes formas cristalinas.
Um slido quando no estado
cristalino formado por
unidades estruturais tambm
chamadas de celas unitrias.
Estas se encontram
organizadas simetricamente e
repetidas regularmente em um
espao tridimensional.
a
aa
c
ab
c
ab
aa a
c
a
a a120o
c
a
a
c
b
CbicoMonoclnico Ortorrmbico
Tetragonal Hexagonal
Triclnico
Trigonal Rombodrico
Sete celas unitrias ou primitivas (tomos ou molculas
sendo representados nos vrtices) formando o sistema
cristalino.
-
Face centrada
Corpo centrado
a
aa
Cbico
c
ab
Monoclnico
c
ab
Ortorrmbico
Base centrada
Face centrada Corpo centrado Base centrada
c
a
aTetragonal Corpo centrado
Celas unitrias capazes de derivar outros sistemas
cristalinos.
Os cristais podem na
verdade organizar-se sob
quatorze celas primitivas.
As quatorze celas primitivas
so conhecidas tambm
como Retculos de Bravais.
Algumas celas unitrias podem derivar outras formas devido a posio
dos tomos ou molculas (no somente nos vrtices da cela).
As celas unitrias mais
comuns para os frmacos
so: triclnica, monoclnica e
ortorrmbica.
-
cab
c
ab
c
ab
c
ab
c
ab
c
ab
Conjunto de celas unitrias monoclnicas.
(a) (b) (c)
Exemplos de hbitos cristalinos de um cristal
ortorrmbico, sendo (a) prismtico, (b) isomtrico e (c)
tabular
Os hbitos cristalinos formados
pelo conjunto de celas unitrias
representam as formas externas
dos cristais que podem ser
classificadas em: tabular, laminar,
prismtica, piramidal, acicular ou
cbica.
Conjunto de celas unitrias
monoclnicas originando um
hbito cristalino.
a b c
-
Cristais de cido ascrbico
Croscarmelose Sdica
-
Lactose monohidratada para
encapsulao
Spray dried lactose monohidratada
(Super-Tab)
-
Os solvatos so cristais que contm agregadas as suas celas unitrias,
molculas do solvente de cristalizao.
Quando o solvente utilizado a
gua e no processo de
cristalizao este se cristaliza com
as molculas da substncia, a
estrutura formada denomina-se de
hidrato.
Os cristais que no possurem
solventes de cristalizao so
chamados de anidros.
Os solvatos podem apresentar polimorfismo pela retirada do solvente de
cristalizao do interior da estrutura do cristal: solvato polimrfico e/ou solvato
pseudopolimrfico.
As formas hidratadas so freqentemente mais estveis, e conseqentemente
menos solveis em gua que as formas anidras.
-
Cefalosporina dihidratada
-
Formas polimrficas da espironolactona
Espironolactona 2 formas polimrficas e 4 formas solvatadas
Forma 1 a espironolactona dissolvida em acetona prximo
ao ponto de ebulio e
imediatamente arrefecida a 0
C durante algumas horas.
Forma 2 o p dissolvido emacetona, dioxano ou clorofrmio
temperatura ambiente e o
solvente evaporado
espontaneamente durante
algumas semanas.
-
Modificaes cristalinas realizadas com a
talidomida pelo processo de recristalizao.
A: Forma I cristalizao da talidomida naproporo 1:1 com dimetilformamida e etanol a
temperatura ambiente.
B: Forma II Talidomida e acetonitrila embanho de gelo.
C: Forma III ebulio com 1,4-dioxano eresfriar a temperatura ambiente.
-
Fotomicrografias obtidas por Microscopia
Eletrnica de Varredura (MEV) das
amostras de nimodipino em magnificao
de 1000x.
-
Microscopia eletrnica de varredura das formas I e II dos cristais de Indometacina.
-
Slido cristalino Slido amorfo
Amorfismo
Termodinamicamente, um slido amorfo demonstra elevados nveis de energia
livre de Gibbs e de entropia quando comparado a um slido cristalino.
-
Formas amorfas apresentam geralmente maior solubilidade e
velocidade de dissoluo que os slidos no estado cristalino, visto que
possuem suas molculas arranjadas ao acaso, portanto, baixa energia
necessria para separ-las.
-
Os vrios polimorfos de um mesmo composto qumico podem apresentar
diferentes propriedades fsicas como: parmetros termodinmicos,
espectroscpicos, cinticos, superficiais e mecnicos.
O fenmeno do polimorfismo pode ser influenciado por diversas
operaes farmacotcnicas:
- reduo do tamanho das partculas (moagem e triturao);
- granulao;
- compresso.
Implicaes farmacuticas do polimorfismo
-
Nos estudos de pr-formulao deve-se observar:
- Quantos polimorfos existem?
- Qual a estabilidade das formas metaestveis?
- Existem formas amorfas?
- As formas metaestveis podem ser estabilizadas?
- Qual a solubilidade de cada forma?
- Uma forma mais solvel pode resistir ao processamento e ao
armazenamento?
Normalmente, para se garantir a qualidade integral da
substncia atravs dos processos de fabricao prefervel
utilizar substncias com sistemas cristalinos
termodinamicamente estveis.
-
Os polimorfos de um mesmo frmaco apresentam diferentes energias de
ativao (energia de Gibbs) no estado slido.
Forma estvel < Forma II, III, IV < Forma amorfa
As formas polimrficas e amorfas tendem a perder energia e se rearranjar,
transformando-se na forma estvel.
-
Quanto maior a energia livre da estrutura, maior sua desordenao, levando a
uma instabilidade entre as ligaes. Logo a solubilidade diretamente
proporcional a energia livre de Gibbs.
Forma amorfa > Formas polimrficas > Forma I (estvel)
-
A solubilidade influencia indiretamente a biodisponibilidade.
100% forma B
100% forma A
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Perfis sricos no homem aps a administrao de suspenses de palmitato de
cloranfenicol contendo propores de polimorfos A e B. M: 100 % A N: 75 % A e25 % B O: 50 % A e 50 % B P: 25 % A e 75 % de B L: 100 % B
100% forma B
100% forma A
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Pontos de fuso de diferentes polimorfos de frmacos
-
Fluxograma de investigao
do polimorfismo
-
ESTABILIDADE
Os frmacos sofrem decomposio como resultado de vrios efeitos, como
calor, oxignio, luz e umidade.
A integridade qumica do frmaco deve ser mantida durante o tempo de vida til
do medicamento.
Em todas as ff que contenham adjuvantes importante ter certeza que os
componentes da formulao no apresentem interaes qumicas.
HIGROSCOPICIDADE
Deliquescente = absorve umidade da atmosfera a ponto de dissolver-se
Eflorescente = perde umidade/gua formando um anidro
-
FLUXIBILIDADE
Importante no processamento de frmacos em p.
Determinar: Densidade bruta e ngulo de repouso
Anlise de fluidez: comparao da densidade bruta e a densidade de
compactao
ndice de Carr % = densidade de compactao densidade bruta x 100densidade de compactao
ndice de Carr como indicativo do fluxo de p
ndice de Carr (%) Tipo de Fluxo
5 15 Excelente
12 16 Bom
18 21 Favorvel a tolervel
23 35 Fraco
33 38 Muito fraco
> 40 Extremamente fraco
-
Densidade de p.
ngulo de repouso.
ngulo de repouso como uma indicao das
propriedades de fluxo
ngulo de repouso
(graus)
Tipo de Fluxo
< 20 Excelente
20 30 Bom
30 34 Tolervel
> 40 Muito fraco
-
Diversos mtodos so utilizados para verificar as propriedades dos
cristais como:
- aparelho para determinao da fuso (Farmcia Magistral);
- anlise trmica (DSC e TG);
- mtodos espectroscpicos (UV Farmcia Magistral, IV e RMN);
- microscpicos (MO Farmcia Magistral e MEV);
- cristalogrficos (DRX).
Tcnicas empregadas na caracterizao do
polimorfismo
-
Aparelho para determinao do ponto de fuso
-
CARBAMAZEPINA
30 formas polimrficas:
- 06 anidras
- 04 hidratos
- 20 solvatos
-
Anlise trmica
a tcnica na qual se mede a diferena de energia fornecida substncia e a
um material de referncia, termicamente inerte em funo da temperatura,
enquanto a substncia e a referncia so submetidos a uma programao
controlada de temperatura.
10 15 20 25 30Time [min]
-1.0
0.0
1.0
mW/mgDSC
100
120
140
160
180
CTemp
156.50x100C
157.44x100C
-28.67x100J/g
-3.29x100kJ/mol
28.74x100J/g
3.30x100kJ/mol
155.37x100C
155.07x100C
DSC
T
AquecimentoResfriamento
e
n
d
o
Tempo (mim)
DS
C (m
W/m
g)
Tem
pera
tura
(C
)
10 15 20 25 30Time [min]
-1.0
0.0
1.0
mW/mgDSC
100
120
140
160
180
CTemp
156.50x100C
157.44x100C
-28.67x100J/g
-3.29x100kJ/mol
28.74x100J/g
3.30x100kJ/mol
155.37x100C
155.07x100C
DSC
T
AquecimentoResfriamento
e
n
d
o
Tempo (mim)
DS
C (m
W/m
g)
Tem
pera
tura
(C
)
10 15 20 25 30Time [min]
-1.0
0.0
1.0
mW/mgDSC
100
120
140
160
180
CTemp
156.50x100C
157.44x100C
-28.67x100J/g
-3.29x100kJ/mol
28.74x100J/g
3.30x100kJ/mol
155.37x100C
155.07x100C
DSC
T
AquecimentoResfriamento
e
n
d
o
Tempo (mim)
DS
C (m
W/m
g)
Tem
pera
tura
(C
)
Calorimetria Exploratria Diferencial
-
Anlise trmica
Calorimetria Exploratrio Diferencial - DSC
-
Termogravimetria
a tcnica de anlise trmica em que a variao de massa da amostra (perda
ou ganho de massa) determinada como uma funo da temperatura e/ou
tempo, enquanto a amostra submetida a uma programao controlada de
temperatura.
0 200 400 600 800
Temp [C]
40
60
80
100
%
TGA
-0.60
-0.40
-0.20
0.00
0.20
mg/min
DrTGA
-12.364 x100%
-19.280 x100%
-30.076 x100%189.47 x100C
514.49 x100C
759.80 x100C
Deri
vad
a P
rim
eir
a (
mg
.min
-1)
Massa (
%)
Temperatura (C)
0 200 400 600 800
Temp [C]
40
60
80
100
%
TGA
-0.60
-0.40
-0.20
0.00
0.20
mg/min
DrTGA
-12.364 x100%
-19.280 x100%
-30.076 x100%189.47 x100C
514.49 x100C
759.80 x100C
Deri
vad
a P
rim
eir
a (
mg
.min
-1)
Massa (
%)
Temperatura (C)
Calc.
12,33%
Calc.
19,16%
Calc.
30,06%
-H2O
-CO
-CO2
0 200 400 600 800
Temp [C]
40
60
80
100
%
TGA
-0.60
-0.40
-0.20
0.00
0.20
mg/min
DrTGA
-12.364 x100%
-19.280 x100%
-30.076 x100%189.47 x100C
514.49 x100C
759.80 x100C
Deri
vad
a P
rim
eir
a (
mg
.min
-1)
Massa (
%)
Temperatura (C)
0 200 400 600 800
Temp [C]
40
60
80
100
%
TGA
-0.60
-0.40
-0.20
0.00
0.20
mg/min
DrTGA
-12.364 x100%
-19.280 x100%
-30.076 x100%189.47 x100C
514.49 x100C
759.80 x100C
Deri
vad
a P
rim
eir
a (
mg
.min
-1)
Massa (
%)
Temperatura (C)
Calc.
12,33%
Calc.
19,16%
Calc.
30,06%
-H2O
-CO
-CO2
-
Termogravimetria - TG
Anlise trmica
-
110 120 130Temp [C]
mW/mgDSC
1.00x100mW/mg
Flu
xo
de
ca
lor
(mW
/mg
)
e
nd
o
Amostra (A)
Amostra (B)
-
0 200 400 600 800Temp [C]
%TGA
50x100%
Ma
ss
a (
%)
Amostra (A)
Amostra (B)
200 300 400Temp [C]
-1.00
-0.50
0.00
0.50
mg/minDrTGA
Amostra (A)
Amostra (B)
Amostra (A) M1
m = 94,4 %
DTGpico = 334 C
Amostra (B) M1+M2
m = 97,5 %
DTGpico = 324 C
-
Espectroscopia na regio do infravermelho
-
0.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.08.58.5
NH
CH3CH3
NO2
O
O
O
CH3O
CH3
CH3
O
1
2
3
4
5
6
7 8
910
1112
13
1415
161718
19
20
21
0 . 50 . 51 . 01 . 01 . 51 . 52 . 02 . 02 . 52 . 53 . 03 . 03 . 53 . 54 . 04 . 04 . 54 . 55 . 05 . 05 . 55 . 56 . 06 . 06 . 56 . 57 . 07 . 07 . 57 . 58 . 08 . 08 . 58 . 5
264
5
H-
amina
717
13
20
21 14 e
15
18 e
19
Espectro de RMN de 1H/13C.
-
Modificao I
ngulo C20-O-C21 = 111,7
Modificao II
ngulo C20-O-C21 = 117,0
C20
C21
C20
C21
Modificao I
ngulo C20-O-C21 = 111,7
Modificao II
ngulo C20-O-C21 = 117,0
Alteraes de suas propriedades fsico-qumicas
-
Microscopia
A anlise microscpica fornece informaes acerca de caractersticas fsicas e
qumicas de frmacos, como o tamanho de partcula, forma dos cristais e
processos como cristalizao.
-
Padro de cloridrato
de fluoxetina
Amostra A
Amostra B
-
Amostra C
Amostra D
Amostra E
-
Amostra Resultados (Mdia SD)
A 21,5 0,2 mg
B 28,1 0,2 mg
C 22,5 0,4 mg
D 22,6 0,4 mg
E 22,4 0,4 mg
Teores obtidos de fluoxetina contidos nas
amostras.
Doseamento realizado por espectroscopia na regio
do ultravioleta.
Variao permitida: 90 a 110 % (FB, 2010)
-
Difrao de raios X
DRX de cristal utiliza apenas um cristal para caracterizao. Dificuldades naobteno de cristais de compostos orgnicos. Compostos microcristalinos.
DRX de p utiliza uma massa de p da substncia de interesse.
-
Efeito de diferentes materiais polimrficos do ritonavir sobre a solubilidade.
-
O polimorfismo comum em materiais farmacuticos.
No entanto, imprescindvel que se estime a formao
desses polimorfos de modo a poder control-la, uma
vez que as modificaes polimrficas podem alterar a
identidade da substncia.