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Campus de Ilha Solteira Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Cursos: Agronomia, Ciências Biológicas, Eng. Civil, Eng. Elétrica, Eng. Mecânica, Física, Matemática e Zootecnia. Avenida Brasil Centro, 56 Caixa Postal 31 CEP 15385-000 Ilha Solteira São Paulo Brasil pabx (18) 3743 1000 fax (18) 3742 2735 [email protected] www.feis.unesp.br DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA E ZOOTECNIA INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE OS SETORES DE PRODUÇÃO ANIMAL DA FAZENDA DE ENSINO E PESQUISA-FEPE/FEIS Chefe do departamento: Rafael Silvio Bonilha Pinheiro Responsáveis pelos setores: Alan Peres Ferraz de Melo Antonio Carlos de Laurentiz Leandro Coelho de Araujo Marcos Chiquitelli Neto Rafael Silvio Bonilha Pinheiro Rosemeire da Silva Filardi Ilha Solteira 2014

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Campus de Ilha Solteira

Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Cursos: Agronomia, Ciências Biológicas, Eng. Civil, Eng. Elétrica, Eng. Mecânica, Física, Matemática e Zootecnia. Avenida Brasil Centro, 56 Caixa Postal 31 CEP 15385-000 Ilha Solteira São Paulo Brasil pabx (18) 3743 1000 fax (18) 3742 2735 [email protected] www.feis.unesp.br

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA E ZOOTECNIA

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE OS SETORES DE PRODUÇÃO

ANIMAL DA FAZENDA DE ENSINO E PESQUISA-FEPE/FEIS

Chefe do departamento: Rafael Silvio Bonilha Pinheiro

Responsáveis pelos setores: Alan Peres Ferraz de Melo Antonio Carlos de Laurentiz Leandro Coelho de Araujo Marcos Chiquitelli Neto Rafael Silvio Bonilha Pinheiro Rosemeire da Silva Filardi

Ilha Solteira 2014

Campus de Ilha Solteira

Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Cursos: Agronomia, Ciências Biológicas, Eng. Civil, Eng. Elétrica, Eng. Mecânica, Física, Matemática e Zootecnia. Avenida Brasil Centro, 56 Caixa Postal 31 CEP 15385-000 Ilha Solteira São Paulo Brasil pabx (18) 3743 1000 fax (18) 3742 2735 [email protected] www.feis.unesp.br

Sumário

1. Avicultura ..................................................................... 4

2. Suinocultura ............................................................... 10

3. Ovinocultura e caprinocultura .................................... 16

4. BOVINOCULTURA DE CORTE ...................................... 21

5. BOVINOCULTURA DE LEITE ....................................... 25

6. Reprodução animal .................................................... 30

7. Fábricas de Rações ..................................................... 33

8. Anexo I - Relatório de avaliação técnica de segurança

na fabrica de ração do pomar - campus de ilha solteira . 35

9. Relatório da cipa ........................................................ 40

Campus de Ilha Solteira

Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Cursos: Agronomia, Ciências Biológicas, Eng. Civil, Eng. Elétrica, Eng. Mecânica, Física, Matemática e Zootecnia. Avenida Brasil Centro, 56 Caixa Postal 31 CEP 15385-000 Ilha Solteira São Paulo Brasil pabx (18) 3743 1000 fax (18) 3742 2735 [email protected] www.feis.unesp.br

Figuras dos itens 1 a 6

Figura 1. Área geral do Setor de Avicultura ................................................................ 4

Figura 2. Croqui do galpão de criação de frangos de corte – G1 - 9 x 40m = 360m2 ..... 5

Figura 3. Foto externa do galpão de frangos de corte ................................................. 5

Figura 4. Foto da parcela experimental do galpão de frangos de corte ......................... 5

Figura 5. Croqui do galpão de criação de poedeiras comerciais-G2 - 4,5 x 30m = 135m2

............................................................................................................................... 6

Figura 6. Foto externa do galpão de poedeiras comerciais .......................................... 6

Figura 7. Foto interna do galpão de poedeiras comerciais ........................................... 6

Figura 8. Estrutura de baterias para realização de ensaios de digestibilidade e criação

de aves até 21 dias de idade ..................................................................................... 7

Figura 9. Área geral do Setor de Suinocultura .......................................................... 10

Figura 10. Portas e janelas danificadas no escritório e sala de equipamentos ............. 12

Figura 11. Pisos das baias de gestação com rachaduras e infiltração ......................... 12

Figura 12. Portas de baias de reprodutores danificadas ............................................ 13

Figura 13. Portas de baias comprometidas ............................................................... 13

Figura 14. Piso da gaiola da maternidade e Baia de creche ....................................... 14

Figura 15. Área de pastagens do Setor de Ovinocultura e Caprinocultura ................... 16

Figura 16. Área de manejo dos animais ................................................................... 17

Figura 17. Laboratório de desempenho animal ......................................................... 17

Figura 18. Instalações de manejo dos animais que necessitam de reforma e adequação

do Setor ................................................................................................................ 18

Figura 19. Cercas dos pastos do Setor que necessitam de reforma e adequação ....... 19

Figura 20. Cercas da área de manejo dos animais .................................................... 19

Figura 21. Área de pasto do Setor ........................................................................... 20

Figura 22. Área de produção de bovinos de corte na Faz. Pomar/FEPE. Ilha Solteira, SP

............................................................................................................................. 22

Figura 23. Área de produção de bovinos de corte na Faz. Pomar/FEPE, Selvíria, MS ... 23

Figura 24. Croqui das 36 baias de confinamento individual do setor de bovinos de corte

da Faz. Pomar/FEPE. Ilha Solteira, SP ...................................................................... 23

Figura 25. Piquetes utilizados para o confinamento de bovinos de corte na Faz.

Bovino/FEPE. Selvíria, MS ....................................................................................... 24

Figura 26. Vista aérea do setor de bovinocultura de leite .......................................... 26

Figura 27. Fotos gerais das instalações do setor de bovinocultura de leite ................. 27

Figura 28. Embutidora (a) e silos tipo “bag” sendo confeccionados (b) ...................... 29

Figura 29. Observação das estruturas externas (A, B) e internas (c) .......................... 30

Campus de Ilha Solteira

4

1. AVICULTURA

Responsável pelo setor

Prof. Dr. Antonio Carlos de Laurentiz (Responsável pelas disciplinas na área

Avicultura na Graduação e Pós-graduação).

O Setor de Avicultura de criação de Frangos de Corte e de Poedeiras Comerciais

da UNESP de Ilha Solteira-FEIS localizado no Estado de São Paulo na Fazenda de

Ensino e Pesquisa FEPE - FEIS, apresenta as seguintes instalações (Figura 1).

Figura 1. Área geral do Setor de Avicultura

Informações gerais das instalações, construção em alvenaria, cobertura com

telha de barro, piso cimentado, cercado com tela de arame galvanizado com malha

para evitar entrada de pássaros, pé direito de 3,20m para o galpão G1 (frangos de

corte) e 2,40m para o galpão G2 (poedeiras comerciais), mureta lateral de 25cm e

beiral de 90cm (figuras 2, 3, 4, 5, 6 e 7).

Legenda: G1 – galpão criação de frangos de corte (9x40m = 360m

2)

G2 – galpão de criação de poedeiras comerciais (4,50x30m = 135m

2)

G3 – Sala de coleta de material e escritório

G - 1

G - 2

G - 3

Campus de Ilha Solteira

5

A A

331

332

5

59 6

60

1 1

2 2

2

29 3

30

Figura 2. Croqui do galpão de criação de frangos de corte – G1 - 9 x 40m = 360m2

A – área para armazenamento da ração e para gaiolas de digestibilidade (2,80x9m = 25,2m2) 1 a 60 – parcelas experimentais para frangos de corte – capacidade para até 45 aves – densidade máxima de 15 aves/m2, cada parcela 1x3m = 15,00m2 (equipada com equipamentos infantil e adulto de acordo com a fase de criação, sendo esses 1 comedouro tubular adulto e infantil e 1 bebedouro adulto (pendular) e infantil (copo de pressão).

4 – tipo de cama utilizada (maravalha de madeira) altura aproximada de 7cm. 5 – sistema de ventiladores (pressão positiva) e nebulizadores (alta pressão) para controle da temperatura.

Figura 3. Foto externa do galpão de frangos de corte

Figura 4. Foto da parcela experimental do galpão de frangos de corte

Campus de Ilha Solteira

6

A

A

Lado esquerdo: 54 gaiolas comerciais para poedeiras comerciais (sistema degrau)

Corredor central com 1,5m de largura

Lado direito: 54 gaiolas comerciais para poedeiras comerciais (sistema degrau)

Figura 5. Croqui do galpão de criação de poedeiras comerciais-G2 - 4,5 x 30m = 135m2

A – área de manejo dos ovos e deposito de ração (4,5x3 = 13,5m2) Lado direito e esquerdo – 108 gaiolas comerciais para criação de poedeiras comerciais – dimensões de cada gaiola, sendo 54 gaiolas para cada lado (2 andares para cada lado) – dimensões das gaiolas (100x40x45x50cm – largura frontal x altura do fundo x altura da frente x profundidade) capacidade para 8 aves/gaiola (cada gaiola equipada com comedouro individual tipo cocho na parte frontal da gaiola e dois bebedouro de pressão tipo copo)

Figura 6. Foto externa do galpão de poedeiras comerciais

Figura 7. Foto interna do galpão de poedeiras comerciais

Campus de Ilha Solteira

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Para experimentos de ensaio de metabolismo (coleta total e parcial) e para

criação de aves na fase pré-inicial e inicial até 21 dias de idade, são utilizadas baterias

experimentais divididas em 5 andares com 4 divisões por andar – dimensões de cada

parcela experimental (100x50x30cm sendo essas largura x profundidade x altura) cada

parcela experimental é equipada com um comedouro linear tipo calha (90cm de

comprimento) e um bebedouro tipo copo de pressão, taxa de lotação até 10 aves por

parcela experimental até 21 dias de idade (figura 8).

Figura 8. Estrutura de baterias para realização de ensaios de digestibilidade e criação de aves até 21 dias

de idade

A variação no número de aves no plantel do setor de avicultura ocorre de acordo

com as necessidades de atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Necessidade de Investimento

Atualmente existe a necessidade de investimento na manutenção das instalações

e estruturas anexas.

Atividades relacionadas

Levar rações da fabrica de ração para o galpão, no final do experimento realizar

limpeza, limpar as áreas externas (serviço de roçar o mato e grama) e esporadicamente

necessidades para realizar o manejo diário (normalmente essa atividade é realizada por

aluno).

Campus de Ilha Solteira

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Necessidade de mão de obra

Somente para realização dos experimentos, destaco que não é constante

somente esporadicamente (conforme cronograma anual dos experimentos).

Tendência de aumentar o número de experimentos realizados anualmente

devido as atividades da PG.

Vinculado ao Setor de Avicultura a Produção de Poedeiras Comerciais está

sob coordenação da Profa. Dra. Rosemeire da Silva Filardi.

Essa atividade teve início em outubro de 2012 e até o presente momento tem

sido desenvolvida por alunos da Pós-Graduação e Graduação, em função dos

experimentos. Além do manejo relacionados aos experimentos há a necessidade de

execução de atividades periódicas para manter a comercialização dos avos atualmente

realizado pela Assuis.

Necessidade de mão de obra

Diversas atividades poderiam ser desenvolvidas por funcionários da FEPE.

Necessidades de atividades periódicas

Auxílio para preparo das rações (dias específicos).

Transporte de ração até o galpão de postura.

Auxílio eventual na pesagem de rações e de aves (cronograma específico

dependendo do experimento).

Remoção de esterco embaixo das gaiolas (a cada 30 dias)

Limpeza da área externa do galpão - corte ou capina de matos e grama.

Transporte de ovos da sala de coleta até a Assuis para venda (necessidade de

retirada de ovos no mínimo uma vez por semana, ideal duas vezes por semana).

Limpeza e desinfecção do galpão após descarte do lote de postura.

Campus de Ilha Solteira

9

Ao término dos experimentos o lote de postura sendo mantido no galpão irá

necessitar de manejo diário para fornecimento de ração e coleta de ovos (duas vezes

ao dia) e ainda anotações diárias sobre o controle da produção e preparação da ração

de manutenção do lote. Destaco que essas atividades sempre que possível contarão

com a participação de alunos, mas na ausência de experimentos essas atividades

poderiam ficar sob responsabilidade dos técnicos do DBZ, sempre sob a supervisão e

orientação do docente.

Campus de Ilha Solteira

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2. SUINOCULTURA

Responsável pelo setor

Profa. Dra. Rosemeire da Silva Filardi (Responsável pelas disciplinas na área de

Suinocultura e Nutrição de Monogástricos na Graduação e Pós-graduação).

O Setor de Suinocultura de criação de suínos nas diferentes fases de criação da

UNESP de Ilha Solteira – FEIS localizado no Estado de Mato Grosso do Sul na Fazenda

de Ensino e Pesquisa FEPE - FEIS, apresenta as seguintes instalações (Figura 9).

Figura 9. Área geral do Setor de Suinocultura

Informações gerais das instalações, construção em alvenaria, cobertura com

telha de barro, piso cimentado, pé direito de 3,10m para os galpões G1 e G2 e 2,20m

para o galpão G3 (figuras 10, 11, 12, 13, 14 e 15).

Legenda: G1 – galpão reprodução e gestação (9x20m = 180m

2)

G2 – Maternidade e creche (9x20m = 180m2)

G3 – galpão de crescimento e terminação (5x35m = 175m2)

PR – piquetes fêmeas reprodução (37x74m = 2.738m2 divididos

em 3 piquetes)

PM – Piquetes machos reprodução (7x10m = 70m2)

G - 1

G - 3

G - 2

PR

PR

PR

PM

Campus de Ilha Solteira

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Breve histórico

O Setor de Suinocultura, localizado no Estado de Mato Grosso do Sul na Fazenda

de Ensino e Pesquisa FEPE – UNESP/FEIS, foi construído no início da década de 90, e

até os dias atuais apresenta basicamente as mesmas instalações: Galpão de reprodução

e gestação; galpão de maternidade e creche, galpão de crescimento e terminação e

pequeno abatedouro experimental.

A parir de 2009, com auxílio do Conselho de Curso de Graduação em Zootecnia

foi possível substituir 4 gaiolas da parição da maternidade, as quais estavam totalmente

comprometidas, e inclusive a quebra de uma delas levou a óbito uma reprodutora. Além

deste investimento o Conselho de Curso também viabilizou a compra de material

genético para o setor, 2 reprodutores e 3 matrizes.

No último mandato do Professor Dr. Alcebíades Ribeiro Campos, na Chefia da

FEPE, após várias tentativas e justificativas da necessidade de reforma na rede

condutora de energia, foi realizada uma reforma na rede elétrica, viabilizando que a

mesma chegasse até o Setor da Suinocultura (área externa das instalações). Após a

reforma da rede elétrica, com recursos de projetos sob a responsabilidade do Prof. Dr.

Antonio Carlos de Laurentiz e Profa. Drª Rosemeire S. Filardi, verba da melhoria da

Graduação do Curso de Zootecnia e verba do Departamento de Biologia e Zootecnia, foi

possível realizar a reforma da parte elétrica do interior das instalações. Entretanto ainda

existe uma série de adequações necessárias.

Desde 2006 diversas tentativas de aprovação de projetos e convênios com

empresas privadas têm fracassado, sendo a principal justificativa as condições atuais

das instalações, as quais necessitam de manutenção e adequação. A abaixo segue

breve descrição da situação precária das instalações

Escritório e sala de equipamentos

Janelas com vidros quebrados e portas vulneráveis, além de falta de armários

fechados para guardar equipamentos, medicamentos, etc (Figura 10).

Campus de Ilha Solteira

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Figura 10. Portas e janelas danificadas no escritório e sala de equipamentos

Reprodução – Gestação

Baias com piso desgastado e trincado, portas de madeira das baias danificadas e

com trincos corroídos e comedouros em concreto com paredes quebradas (Figura 11).

Figura 11. Pisos das baias de gestação com rachaduras e infiltração

Campus de Ilha Solteira

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Figura 12. Portas de baias de reprodutores danificadas

Figura 13. Portas de baias comprometidas

Maternidade e creche

Cortinado danificado, gaiolas de parição com piso quebrado, baias de creche com

necessidade de adequação (elevação em relação ao piso e adaptação de gaiolas que

permitam a realização de ensaios experimentais) e falta de comedouros adequados

para creche. (Figura 14).

Campus de Ilha Solteira

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Figura 14. Piso da gaiola da maternidade e Baia de creche

Crescimento e terminação

Baias com pisos danificados, baias com portas de madeira e trincos danificados,

comedouros totalmente inadequados, falta de portões para evitar entrada de animais

silvestres (tatu), falta de cobertura adequada para balança e bebedouros em nível

necessitando de reparos.

Abatedouro experimental

Reparos na câmara frigorífica e adequações no sistema de refrigeração.

Sistema de lagoas para tratamento de dejetos

Tubulação de direcionamento de dejetos comprometida, taludes das lagoas

destruídos com junção das lagoas sequências e assoreamento das lagoas.

PRIORIDADES

As prioridades são destacadas em função da necessidade de recuperação e

desenvolvimento do setor de suinocultura, para que o mesmo possa atender a questões

de ensino, pesquisa e extensão, envolvendo experimentação científica, aprendizado de

discentes dos cursos de graduação Zootecnia, Agronomia e Biologia, e ainda discentes

das áreas de Engenharias, isso em função do caráter multi e interdisciplinar que

envolve a criação de suínos, como construções e tipos de materiais, produção de biogás

e uso racional de energia. Além dos cursos de graduação há uma grande demanda para

Campus de Ilha Solteira

15

o desenvolvimento de dissertações de mestrado do Curso de Pós-Graduação em Ciência

e Tecnologia Animal. Na questão de extensão tem-se o fato que o setor muitas vezes é

visitado por alunos de outras instituições de ensino superior e técnico, além de

pequenos produtores e produtores de assentamentos rurais em busca de modelos de

criação e informações.

1) Reparos no Galpão de Reprodução – Gestação: reparos no piso, portas e

comedouros. As portas de madeira estão totalmente vulneráveis e caso algum

reprodutor escape durante aula prática ou visitas, pode representar perigo aos

alunos e visitantes, lembrando que esses animais pesam em torno de 350 kg.

2) Reforma da creche: construção de baias elevadas, sendo a melhor alternativa

confecção de gaiolas elevadas para dar melhores condições de criação dos animais e

permitir a realização de experimentos com leitões desmamados. Essa é uma grande

necessidade para que a área de produção de monogástricos tenha condições de

realizar experimentos de interesse no meio científico e também para a cadeia da

suinocultura que vem se destacando na região do Mato Grosso do Sul, sendo

representada por grandes produtores independentes e integrados e indústria

beneficiadora de sementes oleaginosas e grãos.

3) Adequação do galpão de crescimento e terminação: conserto de portas e

novos comedouros. As portas de madeira estão muito danificadas, sendo necessário

inclusive fazer amarras nos locais onde a madeira esta totalmente desgastada.

4) Adequação do sistema de tratamento de dejetos: principalmente por questões

ambientas.

Campus de Ilha Solteira

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3. OVINOCULTURA E CAPRINOCULTURA Responsável pelo setor

Prof. Dr. Rafael Silvio Bonilha Pinheiro (Responsável pelas disciplinas na área de

Ovinocultura e Caprinocultura Graduação e Pós-graduação)

O Setor de Ovinocultura e Caprinocultura apresenta área de pastagens (tifton 85,

colonião e aruana) de aproximadamente de 9 ha (Figura 15), sendo 1 ha irrigado

(AM4). Também há áreas de instalação para o manejo dos animais, as quais estão em

reforma atualmente, conforme consta na Figura 16.

Figura 15. Área de pastagens do Setor de Ovinocultura e Caprinocultura

Cada instalação apresenta aproximadamente 70 m2 (Figura 16), sendo três (AM1,

AM2 e AM3) ao total. As áreas de manejo AM4, AM5 e AM6 serão construídas (Figura

15) até 2016.

Campus de Ilha Solteira

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Figura 16. Área de manejo dos animais

Há também um laboratório de desempenho de ovinos e caprinos que apresenta

300m2 e que está em construção no momento (Figura 17).

Figura 17. Laboratório de desempenho animal

O rebanho de ovinos e de caprinos é de 74 matrizes, sendo que o planejado é de

120 matrizes até 2016.

Prioridades

A) Reforma e adequação das instalações de manejo dos animais: Existe riscos

de acidente para os animais e também para os alunos e funcionários da UNESP (Figura

18), além de não proporcionarem bem-estar animal adequadamente (OBS: Já foi

enviado memorando para fazenda -FEPE sobre este fato no segundo semestre de 2013,

mas não foi respondido e também não foi realizado o serviço). Também há necessidade

Campus de Ilha Solteira

18

de construções de novas instalações nas áreas do setor que não apresentam as

mesmas, para o manejo correto dos animais.

Figura 18. Instalações de manejo dos animais que necessitam de reforma e adequação do Setor

B) Não há manutenção e reforma das cercas: existe o risco de animais saírem da

área do setor e da fazenda (Figura 19). Já foi enviado memorando para FEPE sobre

este fato no segundo semestre de 2013, mas não foi respondido e também não foi

realizado o serviço. Também há necessidade de adequação urgente das cercas da área

de manejo dos animais, pois a riscos de acidente para os animais e também para os

alunos e funcionários da Unesp (Figura 20). Também já foi enviado memorando para

fazenda - FEPE sobre este fato no segundo semestre de 2013, mas não foi respondido

e também não foi realizado o serviço.

Campus de Ilha Solteira

19

Figura 19. Cercas dos pastos do Setor que necessitam de reforma e adequação

Figura 20. Cercas da área de manejo dos animais

C) Manejo da pastagem: Não há controle de plantas invasoras no pasto, não há

reforma das pastagens, não há manutenção das curvas de nível e não está sendo

distribuído adubo químico nas áreas de pastagem do Setor (Figura 21). Os

memorandos já foram enviados para fazenda - FEPE sobre este fato no segundo

semestre de 2013, mas não foi respondido e também não foi realizado o serviço.

Campus de Ilha Solteira

20

Figura 21. Área de pasto do Setor

D) Falta de comunicação por parte da FEPE: Os memorandos enviados para

fazenda FEPE (como exigência da própria administração, no segundo semestre de 2013

e no primeiro semestre de 2014, não estão sendo respondidos e também não estão

realizando os serviços. Já foram enviados 15 memorandos em 2013 e 9 memorandos

em 2014 para fazenda - FEPE.

Campus de Ilha Solteira

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4. BOVINOCULTURA DE CORTE Responsável pelo setor

Prof. Dr. Marcos Chiquitelli Neto (Responsável pelas disciplinas na área de

Ruminantes e Equinos – Nutrição, Manejo e Bem Estar Animal)

O Setor de Bovinocultura de Corte, divide-se em duas áreas distintas:

Uma localizada no município de Ilha Solteira – SP, onde se concentram as ações de

pesquisas, e outra no município de Selvíria-MS, onde se concentram as ações de

produção. Em ambas localidades, os animais são submetidos a sistemas de criação

extensiva e intensiva, de maneira a atender uma grande demanda de atividades

relacionadas à disciplinas, pesquisas e atividades de extensão dos cursos de zootecnia,

agronomia e biologia. Podem ser citadas algumas disciplinas que se utilizam desse

setor de forma direta como: Bovinocultura de Corte, Etologia, Exterior e Julgamento,

Nutrição de Ruminantes, Bioclimatologia, Comportamento Animal, Anatomia,

Melhoramento Genético Animal, Parasitologia, Reprodução Animal, Forragens e outras

que se utilizam indiretamente do setor. As pastagens são compostas por Brachiaria

brizantha e capim colonião, as quais ocupam área de 14 ha e 290 ha, respectivamente

nos municípios de Ilha Solteira e Selvíria. Apesar do levantamento georreferenciado dos

piquetes das pastagens ainda não ter sido finalizado, as Figuras 22 e 23 ilustram as

referidas áreas, com algumas de suas subdivisões.

É importante observar na Figura 22 que existem áreas de pastagens, no setor de

bovinocultura de corte, compostas por piquetes de aproximadamente 1,7 ha

disponibilizando cerca de 14 ha de área coberta com pastagens. Nessa área são

mantidos anualmente cerca de 40 U.A., com ciclos de confinamento de 100 dias e

pastejo com suplementação durante os outros 265 dias do ano. A suplementação

consiste em ensilagem de sorgo e proteinado de baixo consumo. O croqui da área de

confinamento pode ser observado na Figura 24.

Campus de Ilha Solteira

22

Figura 22. Área de produção de bovinos de corte na Faz. Pomar/FEPE. Ilha Solteira, SP Detalhe para a seta amarela indicando o confinamento de bovinos de corte, bem como, os piquetes Ej1...Ej6 e piquetes Nr1 e Nr2, áreas ligadas ao setor de bovinocultura de corte

confinamento

Campus de Ilha Solteira

23

Figura 23. Área de produção de bovinos de corte na Faz. Pomar/FEPE, Selvíria, MS

Apesar da Figura 23 não detalhar os piquetes dos animais, pode ser percebido

essa divisão pelas diferentes formas geométricas caracterizadas pelos tons diferentes

de verde vistas na imagem. Cabe ressaltar que são mantidos anualmente cerca de 350

U.A. nessa área e que cerca de 60 animais são submetidos ao processo de

confinamento coletivo (Figura 25) durante cerca de 100 dias ao ano.

Figura 24. Croqui das 36 baias de confinamento individual do setor de bovinos de corte da Faz. Pomar/FEPE. Ilha Solteira, SP

Campus de Ilha Solteira

24

As baias individuais, apresentadas na Figura 24, apresentam dimensão de 2,5 x

5,0, totalizando 12,5 m2 e cochos para alimento sólido com 1,0 (comprimento) X 0,7

(largura) X 0,6 (altura).

Existe também um galpão (10,0 x 13,5 x 3,0 (pé direito)), adjacente à área de

confinamento individual, que será utilizado para suplementação rápida de grandes

animais na fazenda em Ilha Solteira, incluindo-se os bovinos de corte, o qual estará

equipado com 16 cocheiras (lanchonetes) individuais, medindo 2,5 (comprimento) X 1,0

(largura) X 2,0 (altura), feitas de ferro tubular, onde os animais só utilizaram no

momento da suplementação alimentar, os quais logo depois, voltarão para os piquetes

de pastagem.

Figura 25. Piquetes utilizados para o confinamento de bovinos de corte na Faz. Bovino/FEPE. Selvíria, MS Piquete A = 4635 m2 e Piquete B = 5400 m2

O rebanho de bovinos de corte é de 290 matrizes da raça Guzerá, com

aproximadamente 8 touros, 140 entre garrotes e novilhas, 30 machos inteiros em

engorda e 30 novilhas em primeira cobertura. O plantel encontra-se estabilizado sem

previsão de aumento do rebanho.

Campus de Ilha Solteira

25

5. BOVINOCULTURA DE LEITE

Responsável pelo setor

Prof. Dr. Leandro Coelho de Araujo (Responsável pelo conjunto de disciplinas

“Forragicultura e Pastagens” e “Fisiologia e Manejo de Plantas Forrageiras”.

O Setor de Bovinocultura de Leite da UNESP de Ilha Solteira – FEIS está

localizado no município de Ilha Solteira no estado de São Paulo na Fazenda de Ensino e

Pesquisa, FEPE (fig. 1). Atualmente o rebanho leiteiro é constituído por 11 fêmeas

adultas, 03 novilhas e 05 bezerras com mais de 60 dias. Os animais adultos e jovens

são manejados em área de pastagem de aproximadamente 3,6 ha de capim Colonião

no verão/primavera, em sistema rotacionado com divisões de cerca elétrica, e

suplementados com silagem e concentrado no outono/inverno.

A área em anexo ao sistema rotacionado (1,8 ha) pertence a bovinocultura de

leite (Figura 26) onde foi cultivado milho para silagem com a finalidade de recuperação

da fertilidade do solo para implantação de pastagem na sequência, o que até o

presente não foi concluído.

A variação no número de animais vai depender das atividades que serão

planejadas visando o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão.

Campus de Ilha Solteira

26

Figura 26. Vista aérea do setor de bovinocultura de leite

Instalações

As instalações correspondem a (i) um prédio composto por 01 sala de ordenha

mecanizada com três conjuntos de teteiras (Figura 26), 01 sala de leite onde fica

alojado o tanque de expansão, 01 sala para deposito de medicamentos e fichas de

controle do rebanho e 02 banheiros (masculino e feminino); (ii) sala de espera coberta

com sombrite onde as vacas aguardam para ser ordenhadas e recebem concentrado

após a ordenha; (iii) cerca elétrica para a divisão dos piquetes e (iv) 01 bebedouro

basculante utilizado pelos animais adultos. Recentemente foi instalado um tronco de

contenção para auxiliar na inseminação artificial.

Sala de ordenha

Área anexo

Campus de Ilha Solteira

27

Figura 27. Fotos gerais das instalações do setor de bovinocultura de leite

Atividades relacionadas

Aulas práticas nas disciplinas de Nutrição Animal, Nutrição de Ruminantes,

Bovinocultura de Leite e Forragicultura e Pastagens; estágio de alunos de graduação;

workshops e dias de campo e Pesquisas.

Necessidade de mão de obra

Disponibilidade de funcionário em turno integral sete dias por semana,

capacitado para realizar as atividades com rebanhos leiteiros envolvendo a operação do

sistema de ordenha mecanizada, manejo sanitário e reprodutivo dos animais, controle

leiteiro, limpeza e organização das instalações e auxílio em aulas práticas, pesquisas e

extensão.

Campus de Ilha Solteira

28

Necessidades de atividades periódicas

Preparo de ração concentrada; Inseminação artificial; Manutenção dos acessórios

do sistema da ordenha mecanizada a cada 6 meses; Vacinação e controle de parasitas

do rebanho; Manutenção das cercas elétrica e convencional; Limpeza dos bebedouros e

cochos; Adubação da pastagem e Coleta de solo para análise de fertilidade.

Necessidades emergenciais

Reforma da pastagem existente e redimensionamento dos piquetes com cerca

elétrica (aumentar o numero de piquetes).

Compra de um segundo bebedouro para possibilitar a formação de dois lotes nas

seguintes categorias: vacas lactantes e não lactantes.

Construção de cochos adequados para alimentação dos animais (sugere-se cochos

feitos com madeira plástica tipo trenó). Os tambores utilizados atualmente

contribuem para perda excessiva de silagem a qual é fornecida aos animais durante

aproximadamente 180 dias por ano.

Construção de pontos com sombra artificiais na pastagem até que as árvores (que

devem ser implantadas) alcancem tamanho desejado.

Construção de um reservatório para coletar a água residual da lavagem da sala de

ordenha que atualmente é despejada diariamente sobre o solo próximo da mesma

(estudar a possibilidade de usar caixa de água de fibra para grandes volumos).

Necessidades em médio prazo

Substituição de parte do rebanho atual por animais especializados na produção de

leite. O ideal é manter um rebanho com no mínimo 16 vacas em lactação, sendo

necessário um rebanho total de pelo menos 32 vacas. Esse numero de animais

alem de otimizar o sistema de ordenhadeira proporciona condições para execução

de experimentos, principalmente com parcerias de empresas privadas.

Construção de pelo menos 4 baias ou algo semelhante que proporcione subsídios

mínimos para a condução de experimentos no modelo de quadrado latino,

possibilitando o controle individual do consumo e coleta de fezes.

Campus de Ilha Solteira

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Ampliar a cobertura da sala de ordenha que na atual situação permite entrada

excessiva de água de chuva.

Sugestão de compra de equipamento para multiusuários

A compra de uma ensiladora tipo “bag” ou embutidora de forragem de 5 pés

(Figura 28) proporcionaria agilidade no procedimento de ensilagem, redução de perdas

(melhor qualidade e conservação do alimento), facilidade na logística (os silos podem

ser construído próximos aos locais onde os animais serão alimentados, facilitando

também o procedimento pelo funcionário que em muitas situação não precisará ser

habilitado para operar um trator), além de proporcionar a possibilidade de estudar

diferentes fontes de volumosos (os bags podem ser confeccionados em diversos

comprimento separando os tratamentos em estudo, o que atualmente não é possível de

realizar trabalhando com os silos tricheira e superfície. As “bombonas de plástico” de

200 L não são indicadas para estudos com grandes ruminantes devido o pequena

capacidade de armazenamento de volumoso).

Destaco ainda que o mesmo equipamento pode ser utilizado para confecção de silos

destinados ao armazenamento de grãos secos, sendo assim, o equipamento atenderá

ambas as áreas de produção da FEPE: animal e vegetal.

Figura 28. Embutidora (a) e silos tipo “bag” sendo confeccionados (b)

Destaco que o setor atualmente não apresenta condições para a condução de

experimentos com os animais por falta de instalações e equipamentos.

(a) (b)

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6. REPRODUÇÃO ANIMAL

Responsável pelo setor

Prof. Dr. Alan Peres Ferraz de Melo (Responsável pelas disciplinas na área de

Anatomia dos Animais Domésticos, Reprodução de Animais de Interesse Zootécnico e

Higiene e Saúde Animal).

Fui aprovado em Concurso e assumi as disciplinas de Anatomia dos Animais

Domésticos, Reprodução de Animais de Interesse Zootécnico e Higiene e Saúde Animal.

Logo no primeiro dia de atividade no DBZ (12/08/2013) fui conhecer os espaços que eu

iria utilizar futuramente, sendo o Laboratório de Anatomia dos Animais Domésticos e o

Setor de Reprodução Animal da FEPE.

Para minha surpresa deparei-me com o Setor de Reprodução Animal em total

estado de abandono, com estruturas depreciadas e o mato cobria tudo, como se

observa na figura 29.

Figura 29. Observação das estruturas externas (A, B) e internas (c)

(A) (B)

(C)

Campus de Ilha Solteira

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Na Estrutura Curricular do Curso de Zootecnia (Projeto Pedagógico do Curso de

Zootecnia/UNESP/Ilha Solteira (Res. UNESP nº 39/2010), há a disciplina Reprodução de

Animais de Interesse Zootécnico, com carga-horária de 60 horas, que se constitui

disciplina OBRIGATÓRIA. A Ementa da referida disciplina apresenta vários conteúdos

programáticos e dentre eles observa-se: Manejo reprodutivo das espécies de

interesse zootécnico. Para que se possa ensinar ao aluno o Manejo, ou seja, o

ofício na prática, deve-se manipular animais reais dentro das instalações zootécnicas

adequadas para o sucesso do aprendizado, afinal a FEPE, segundo seu RELATÓRIO

BIANUAL DE UNIDADE AUXILIAR COMPLEXA PERÍODO: 2010 e 2011,

publicado em 2012, encontra-se no item 1- APRESENTAÇÃO que: “A Fazenda de

Ensino, Pesquisa e Extensão-FEPE/UNESP – Campus de Ilha Solteira, é uma Unidade

Auxiliar de Estrutura Complexa, diretamente ligada a Direção do Campus, que tem por

finalidade dar suporte as atividades de ensino, pesquisa e extensão, ligada

principalmente aos Cursos de Agronomia, Zootecnia e Ciências Biológicas.” Tem-se a

inteira certeza que estamos em uma área de ensino, pesquisa e extensão onde a Tríade

da Universidade deve prevalecer.

Segundo o Parecer CNE/CES nº 67/2003 de 2 de junho de 2003, que

embasa a Diretriz Curricular Nacional de Graduação em Zootecnia, observa-se “...as

Diretrizes Curriculares Nacionais concebem a formação de nível superior como um

processo contínuo, autônomo e permanente, com uma sólida formação básica e uma

formação profissional fundamentada na competência teórico-prática, de acordo com o

perfil de um formando adaptável às novas e emergentes demandas.”

Já as Diretrizes Curriculares Nacionais de Graduação em Zootecnia (CNE/CES

RESOLUÇÃO nº 4, de 2 de fevereiro de 2006) em seu Art. 4º inciso IV relata que

deverá haver uma INTEGRAÇÃO entre a teoria e a prática.

Somente se desperta no aluno o interesse pela Reprodução Animal se forem

apresentadas estruturas adequadas para as atividades inerentes aos conteúdos

programáticos, que se encontram no Projeto Pedagógico do Curso de

Zootecnia/UNESP/Ilha Solteira (Res. UNESP nº 39/2010).

Deve-se, então, estruturar o Setor de Reprodução Animal não somente porque o

docente responsável pela disciplina de Reprodução de Animais de Interesse Zootécnico

Campus de Ilha Solteira

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“pensa” que deve ser melhorado, mas sim pelos aspectos LEGISLATIVOS demonstrados

onde há uma indissociabilidade entre TEORIA e PRÁTICA que é a FINALIDADE da

FEPE (Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão) da Faculdade de Engenharia de Ilha

Solteira/UNESP.

Necessidade de infraestrutura para um bom andamento do setor de

reprodução animal

Externa à área construída

limpeza geral das instalações, com corte de vegetação próxima às construções;

checagem e conserto dos pisos de acesso às instalações;

pintura das instalações, inclusive cercas de isolamento;

checagem e conserto das cercas de isolamento das instalações;

checagem e conserto dos telhados para possíveis trocas de telhas quebradas;

checagem e conserto da rede de luz, água e esgoto das instalações;

checagem e conserto dos vitrôs e janelas das instalações;

checagem e consertos dos pontos de luz das instalações.

Interna à área construída

checagem e conserto das postas das instalações;

checagem e conserto dos pisos das instalações;

checagem e conserto dos azulejos das instalações;

checagem e conserto da rede elétrica (tomadas) e hidráulica (torneiras e ralos)

das instalações;

checagem e consertos dos pontos de luz das instalações.

Com checagens e consertos será possível utilizarmos o setor, juntamente com

alunos e estagiários, de uma forma mais segura, evitando assim, qualquer acidente.

Campus de Ilha Solteira

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7. FÁBRICAS DE RAÇÕES

Responsável pelo setor

Profesores Dr. Antonio Carlos de Laurentiz e Leandro Coelho de Araujo

Atualmente existem duas unidades erroneamente denominadas como

Fábricas de Rações (Pomar e Bovino) localizadas na Fazenda de Ensino e Pesquisa FEPE

– FEIS, breve histórico:

Unidade localizada na Faz. Bovino, Selvíria, MS: unidade construída em 1978 e

durante 33 anos não ocorreu nenhum investimento levando ao sucateamento da sua

estrutura. Em 2010 iniciou uma reforma no maquinário (essa reforma só foi possível

devido ao investimento de Projetos Coordenados pelos Professores Rosemeire e

Antonio, do Conselho de Curso da Zootecnia Verba Melhoria da Graduação e

colaboração do Departamento de Biologia e Zootecnia e a excelente boa vontade dos

Servidores da Bovino – destacando o Sr. “Cunhado”);

Unidade localizada no Pomar, Ilha Solteira, SP: essa unidade foi elaborada, em

2009, com parte do investimento destinado para construção do Setor de Avicultura,

Projetos (parcerias com Empresas) Coordenado pelo Prof. Antonio, investimento do

Conselho de Curso da Zootecnia Verba Melhoria da Graduação e colaboração do

Departamento de Biologia e Zootecnia e a excelente boa vontade dos Servidores Lomba

e “Cunhado” e dos Alunos do Curso de Zootecnia e dos Grupos de estudos da UNESP

destacando o GEAIS.

Destaca-se que nas duas unidades durante o período de 2006 a 2014, não

ocorreu nenhum investimento direto da FEPE.

Necessidades emergenciais:

Campus de Ilha Solteira

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Atender plenamente as normas de Boas Praticas de Fabricação (BPF) de Ração;

Atender plenamente o Relatório de Avaliação Técnica de Segurança na Fábrica de

Ração do Pomar - Campus de Ilha Solteira, elaborado em 01 de outubro de 2013

pelo Sr. Laércio T. Santos Téc. Seg. Trabalho Regional 1 Tel: (18) 3743-1399 e-mail:

[email protected] (documento apresentado no Anexo I).

Campus de Ilha Solteira

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8. ANEXO I - RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO TÉCNICA DE SEGURANÇA NA FABRICA DE RAÇÃO DO POMAR -

CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA

Ilha Solteira, 01 de outubro de 2013

Prezado Prof. Antonio, bom dia!

Cumprimentando-o cordialmente, exponho e ao final solicito o seguinte:

No dia 26 de setembro de 2013, por solicitação do Prof. Antonio de Laurentz,

realizamos uma avaliação técnica de segurança e saúde ambiental da fabrica de ração

do pomar.

Os trabalhos foram iniciados as 08:00 horas e se estendeu até as 11:30 horas. Para que

o trabalho tivesse informações técnicas relevantes fez-se necessário o

acompanhamento do processo desde o carregamento da matéria-prima no trator,

descarregamento no galpão de estocagem, carregamento e transporte até a sala de

trituramento, abastecimento do transportador e retirada da ração.

No dia da avaliação 03 servidores trabalharam na produção de 800 kg de ração para

bovinos, o normal é que somente 01 servidor execute a atividade controlando todo o

processo.

Para melhor entendimento, dividimos o processo em etapas:

Etapa 1:

Um caminhão basculante descarrega as sacas de milho, vindas da fazenda, em um

galpão distante + ou – 100 metros da fabrica de ração. O servidor da fabrica de Ração

(Técnico Agropecuário ou Auxiliar de Campo) carrega manualmente as sacas de milho

em uma carreta puxada por um pequeno trator (agrale) e transporta até a sala de

estoque da fabrica de ração.

Etapa 2:

O servidor posiciona o trator próximo a porta da sala de armazenamento e descarrega

manualmente, uma a uma, as sacas de milho (50 kg/cada) 15 a 20 sacas/dia.

Etapa 3:

As sacas de milho, 02 por vez, são carregadas manualmente em um carrinho mecânico

e transportadas até a sala do triturador, onde são descarregadas também

manualmente.

Campus de Ilha Solteira

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Etapa 4:

Com auxilio de um balde plástico (20 litros), retira o milho da saca e abastece um funil,

de onde será transportado por esteira até a mesa de pré-limpeza. Apartir deste ponto o

processo é realizado de maneira semi automatica, isto é o servidor somente controla a

entrada de milho no triturador, regula a descida do milho triturado para balança, realiza

periodicamente limpeza na rosca sem fim do misturador, pesa e adiciona os outros

ingredientes da receita (leve), coloca as sacas vazias na calha de saída do misturador,

retira e transporta as sacas cheias de ração (40 kg) manualmente até um local próximo

(2 metros).

Etapa 5:

Carrega a carreta do trator com as sacas de ração e transporta até o local onde serão

colocadas nos cochos para alimentação dos animais.

Esta atividade é executada 5 vezes por semana no período da seca (4 meses) e 1 vez

por semana no período das águas (8 meses).

Durante a realização das etapas 1, 2, 3, parte da 4 e 5 o servidor fica exposto ao risco

ergonômico (NR-17) de levantamento e transporte manual de peso (sacas de milho 50

kg e sacas de ração 40 kg). Devido a frequência (5 vezes/semana) e tempo de

exposição (6 horas/dia) o servidor pode desenvolver problemas na coluna lombar.

Em todas as etapas do processo o servidor fica exposto ao risco físico ruído (NR-15-

Foto 1)(91,4 dBA) proporcionado pelo motor do triturador, mesa de pré-limpeza, motor

da balança, motor do misturador, atrito do cereal contra partes metálicas do

equipamento na sala de fabricação de ração e durante transporte do milho e ração

pronta (92,1 dBA) proporcionado pelo motor do trator agrale utilizado nestas

atividades. Devido a frequência (5 vezes/semana) e tempo de exposição ( 4 – 6

hora/dia) o servidor pode desenvolver problemas auditivos. O trator é utilizado 5 vezes

por semana durante 4 horas por dia, pois quando não há produção na fabrica de ração

é utilizado para outras atividades.

Durante o processo o servidor fica exposto ao agente químico poeira vegetal (NR-15),

proporcionado pela manipulação do milho enquanto é colocado no funil de

abastecimento da mesa de pré-limpeza, quando da movimentação do mesmo pela

correia transportadora, da mesa para o triturador e durante ensacamento da ração

pronta na saída do misturador.

Durante todo processo de fabricação, o servidor permanece em pé movimentando-se

por toda extensão do setor (6 horas).

Equipamento utilizado na medição do ruído:

Dosimetro Pessoal NoisePro 3M, devidamente calibrado

Medidas de Proteção existente:

Campus de Ilha Solteira

37

O servidor utiliza os seguintes Equipamentos de Proteção Individual – EPI's, durante

todo processo de fabricação:

Protetor auricular tipo abafador (concha) mod. 3M H10A CA 12188 com NRR-20

dBA

Respirador mod. 3M PFF-1 8013 com válvula de exalação CA 9356

Óculos de proteção mod. Rio de Janeiro lente incolor.

Botina de segurança sem biqueira de aço.

Medidas Propostas:

1 - Mudar posiocionamento e instalar sistema para bloqueio/travamento no interruptor

de acionamento da rosca sem fim do misturador, visto que o servidor necessita limpar

periodicamente o local com as mãos, ficando exposto a um ferimento por acionamento

involuntario do interruptor, (prioridade);

2 – Estudar a possibilidade de mudar o sistema de abastecimento da mesa de pré-

limpeza, instalando um silo de armazenamento de milho em local fora da sala de

maneira que o milho chegue à granel e seja abastecido automaticamente, com esta

alteração resolveremos 90% dos riscos ergonomicos, iliminando as etapas 1, 2, 3 e 4 e

também reduziremos a concentração de poeira vegetal no setor.

3 – Confeccionar e instalar proteção na parte interna da correia do motor da rosca

transportadora para mesa de pré-limpeza;

4 – Instalar sistema de exaustão localizada na entrada de ingredientes para misturador;

5 – Aquisição de aspirador de pó profissional abolindo o uso de ar comprimido para

limpeza do piso e equipamentos;

6 – Mudar posicionamento da chave de acionamento do triturador para facilitar

desligamento em caso de emergência;

7 - Providenciar a troca da carreta utilizada para transportes de produtos;

8 – Estudar possibilidade de substituição do trator existente por modelo com controle

de ruído e que proporcione maior segurança para o condutor (atual está sem freio,

emissão de CO vazamento de óleo, banco de metal, sem proteção para o operador em

caso de tombamento, etc);

9 – Proibir o transporte de pessoas no espaço entre o trator e a carreta;

Campus de Ilha Solteira

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10 – Estudar a possibilidade de isolar as fontes de ruído principais como por exemplo

relocar o motor do triturador para um abrigo fora da sala.

11 – Diminuir a abertura dos buracos na grelha de alimentação do misturador.

12 – Providenciar a inclusão dos servidores deste setor no Programa de Conservação

Auditiva – PCA e no Programa de Proteção Respiratória – PPR.

13 – Aquisição de quantidade maior de respirador, pois o mesmo deve ser utilizado

durante o período de um dia, descartado e substituido por outro novo para o trabalho

no outro dia.

Certo de sua costumeira colaboração, solicito avaliação das sugestões de melhorias

apresentadas e a elaboração de um plano de ação para implantação dessas melhorias.

À disposição para eventuais esclarecimentos.

Atenciosamente,

Laércio T. Santos Téc. Seg. Trabalho

Regional 1

Tel: (18) 3743-1399

e-mail: [email protected]

Do teor deste documento devem tomar conhecimento: Diretor da unidade, supervisor

da fazenda, supervisor da STS, diretor administrativo.

Campus de Ilha Solteira

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Fotos

Rosca transportadora com risco de acidentes (mãos)

Peneira, bica e motor (Ruído e poeira)

Proteção rosca silo ração – Ok Balança (fonte de poeira)

Abastecedor (ergonomia) Sacas de milho (ergonomia)

Campus de Ilha Solteira

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9. RELATÓRIO DA CIPA

Prezado Senhor Diretor,

Em adendo ao ofício enviado pelo prof. Devaney R. do Carmo em 18/09/2013,

ainda como presidente da CIPA, com relação a irregularidades na FEP do campus, no que

tange à segurança de professores, funcionários e alunos, tomo a liberdade de acrescentar

e reforçar alguns fatos através de fotografias por mim tiradas nos locais citados no ofício.

Primeiramente, no setor de produção agrícola, temos um local usado como depósito

de recipientes vazios de defensivos, herbicidas, etc., ao ar livre, que são recolhidos

anualmente. Parece-nos que já existe um projeto para construção de um depósito para

esses recipientes, tanto cheios quanto vazios, o que torna menos preocupante a situação.

Outra preocupação, nesse setor, é um prédio com várias rachaduras, onde uma das salas

é usada para aulas de apicultura. Como pode ser visto nas figuras abaixo, tanto

externamente quanto internamente, o prédio necessita de uma manutenção (ou de uma

reforma total).

Campus de Ilha Solteira

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Em segundo lugar, partindo para a área de produção animal, vários locais

apresentam problemas de segurança e manutenção.

Campus de Ilha Solteira

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1. O curral

Esta dependência nesse setor, ao que parece, é a mesma desde a construção da

faculdade, suas instalações apresentam problemas no manuseio, degradação,

desatualização e insegurança, a começar pelo acesso, que se faz passando-se por local

com animais (Fig. 1). As tábuas que compõem a estrutura, em sua maioria, estão velhas

(Fig. 2) e os remendos nem sempre correspondem ao que se espera (Figs. 3 e 4).

Figura 1 Figura 2

Figura 3 Figura 4

No trabalho com o gado, ainda é usado um sistema de eletrochoque ligado

diretamente na rede de 110 V (Fig. 5) e o peão fica sujeito a acidentes devido à

proximidade dos chifres do animal (Fig. 6).

Campus de Ilha Solteira

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Figura 5 Figura 6

Da estrutura, pode-se observar, além das figuras 5 e 6, as figuras 7, 8 e 9 onde é

nítida a falta de cobertura.

Figura 7 Figura 8

Figura 9

Campus de Ilha Solteira

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Em situação semelhante está o curral no pomar, onde as instalações são antigas,

deterioradas e necessitando de reforma, como a saída dos animais (Fig. 10).

Figura 10

2. Depósitos de ração

Os depósitos de ração na área de produção animal e no pomar também demandam

manutenção, como pode ser visto nas figuras 11 (porteira), 12 (entrada) e 13 (banheiro)

na produção animal e no pomar (figura 14) onde parece ser depósito para tudo.

Figura 11 Figura 12

Campus de Ilha Solteira

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Figura 13

Figura 14

3. Laboratório de reprodução animal

Esse prédio parece estar abandonado, há uso para ele? (Figs. 15 a 18).

Figura 15 Figura 16

Campus de Ilha Solteira

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Figura 17Figura 18

Figura 19

4. Sala de preparo de vacinas

Na área de produção animal, existe um pequeno prédio, na verdade uma saleta,

onde são preparadas as vacinas para o gado e lá também os peões tomam água, comem,

enfim, um multiuso inadequado (Figs. 20 a 22).

Campus de Ilha Solteira

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Figura 20 Figura 21

Figura 22

5. Baias

No pomar existem baias para o gado (Fig. 23) que, devido a não terem o dreno

correto, não escoam devidamente durante a limpeza. Desconheço a arquitetura ideal para

essa instalação,mas não creio que seja correto o gado deitar em suas próprias fezes.

Campus de Ilha Solteira

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Figura 23

As baias do setor de produção animal também estão em mau estado (Figs. 24 e

25), creio que sem utilização no momento.

Figura 24 Figura 25

6. Cercas

Muitas cercas no setor de produção animal estão em estado precário, não

oferecendo a devida segurança e nota-se o estado degradado da pastagem (Figs. 26 a

28). No limite do setor com a rodovia também observa-se que a cerca apresenta-se

deteriorada e com algumas aberturas (Fig. 29).

Campus de Ilha Solteira

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Figura 26 Figura 27

Figura 28 Figura 29

Nossa intenção é tão somente comunicar fatos que consideramos que podem ser

melhorados com planejamento e orçamento adequados, pois, no mínimo, em algumas

dependências, estão em jogo a segurança de funcionários, professores e alunos desta

faculdade.

Esperamos que nossa contribuição tenha sido bem vinda e que, com ela, a direção

possa balizar suas política com relação à Fazenda de Ensino e Pesquisa de nossa

faculdade.

Atenciosamente,

______________________________

Jean R. D. Marinho Presidente da CIPA

Ilmo Sr. Prof. Dr. Ricardo Antonio Ferreira Rodrigues,

Campus de Ilha Solteira

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Supervisor da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão, Faculdade de Engenharia UNESP/Campus de Ilha Solteira Ilha Solteira/SP Ilmo. Sr., Prof. Dr. Rogério de Oliveira Rodrigues, Diretor da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Faculdade de Engenharia, UNESP/Campus de Ilha Solteira Ilha Solteira/SP