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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia de Transportes – PTR
Laboratório de Topografia e Geodésia – LTG
PTR 2202 – Informações Espaciais
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Denizar Blitzkow
Edvaldo Simões da Fonseca Jr.
Jorge Pimentel Cintra
Nicola Paciléo Netto
Colaboradores
André Rodrigues
Caio Marcelo Ferreira Santos
Cláudio Alessandro Cervelin
Virgínia da Sílva Gante
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CONCEITO DE TOPOGRAFIA
Topografia é o conjunto dos princípios, técnicas e convenções utilizadas para a determinação do contorno, das dimensões e da posição relativa de pontos sobre a superfície da terra ou no seu interior (minas, túneis, galerias, etc).
Consiste na arte de medir distâncias entre pontos, ângulos entre direções e locar pontos a partir de ângulos e distâncias predeterminadas.
Ciências afins: Geodésia, Cartografia,Fotogrametria, Sensoriamento remoto e Astronomia.
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Geodésia é a ciência que estuda a forma e as dimensões da Terra, a posição de pontos sobre sua superfície e a modelagem do campo gravitacional.
Divisão: Geodésia Geométrica, Geodésia Física e
Geodésia Espacial.
CONCEITO DE GEODÉSIA
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Pitágoras de Samos (571-497 a.C) e Tales de Mileto (630 -545 a.C.) defendiam a esfericidade da Terra e que a mesma girava em torno do Sol (heliocentrismo).
Aristóteles (384-322 a.C.) apresentou três argumentos para a esfericidade da Terra:
FORMA DA TERRA A Terra Esférica
• variação no aspecto do céu estrelado com a latitude;
• sombra circular da Terra nos eclípses da Lua; • tendência das partículas a se dirigirem para
um ponto central do universo, quando competem entre si adquirindo a forma esférica.
pythagoraspythagoraspythagoras
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Erastóstenes (276-197 a.C) realizou a primeira determinação do raio da Terra igual a 39.556,96 estádias = 6.210 km, com erro inferior a 2%.
FORMA DA TERRA A Terra Esférica
astr
R
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Sir Isaac Newton (1642-1727) considerou a forma da Terra como uma figura geométrica gerada pela rotação de uma elipse em torno do eixo menor, chamada elipsóide de revolução, efeito da rotação planetária sobre sua distribuição de massa.
FORMA DA TERRA A Terra como Elipsóide
a
b
O Elipsóide de rotação é definido por:
•semi-eixo maior a
•semi-eixo menor b
•achatamento:
•excentricidade:
α ou f =a−b
a
e=ba
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Gauss (1777 - 1855) caracterizou o GEÓIDE como uma superfície equipotencial do campo de gravidade que coincide com o nível médio não perturbado dos mares.
FORMA DA TERRA A Terra como Geóide G
G
Superfícies equipotenciais: conjunto de pontos no espaço com o mesmo potencial gravitacional
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Um objeto em repouso sobre a superfície da Terra está sujeito a duas forças: atração (ou gravitacional) e centrífuga. A resultante é a força de gravidade.
. Campo gravitacional é o conjunto de pontos do espaço sujeito à força gravitacional.
A FORMA DA TERRAA Terra como Geóide
G
G
atração
centrífugaCampo de gravidade é o conjunto de pontos do espaço sujeito à força de gravidade.
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FORMA DA TERRA A Terra como Geóide G
• Geóide: materializado através dos marégrafos.
• Superficie levemente irregular devido à não- homogeneidade de distribuição de massa.
• Em todos os pontos da superfície geoidal, o potencial de gravidade é o mesmo.
Figura do GFZ
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Para uma modelagem matemática da superfície da Terra, adota-se uma superfície elipsoidal que melhor se adapte à superfície geoidal na região de interesse.
Cada região do globo definia o elipsóide que melhor se adaptasse ao geóide para estabelecer o Datum local.
O elipsóide é uma superfície matemática, adequada para estabelecer um sistema de coordenadas.
A esfera é uma aproximação válida do elipsóide para levantamentos topográficos.
ELIPSÓIDE e GEÓIDE
ELIPSÓIDE 1
G
ELIPSÓIDE 2
ELIPSÓIDE 3
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D.G.H.SISTEMA GEODÉSICO
Ao assumir, para uma região, um elipsóide conveniente para o relevo da superfície geoidal nesta região, e definir um sistema de coordenadas geodésicas baseadas neste elipsóide, é estabelecido um Datum Geodésico.
Datum Geodésico Horizontal (DGH) adota: Elipsóide de referência: fixação e orientação no
espaço. Ponto origem: atribui coordenadas geodésicas, altura
geoidal e um azimute de partida.
Sistema Geodésico definido: define-se o sistema geodésico através da escolha do DGH.
Sistema Geodésico materializado: sua materialização são os marcos de referência e suas coordenadas.
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Data (plural de datum) utilizados no Brasil:
Até 1979Origem: Córrego AlegreElipsóide: Hayford (internacional)a(semi-eixo maior) = 6.378.388 m e2 = 0,00672267achatamento: 1/f = 1/297
Após 1979 Origem: Chuá SAD-69 Elipsóide: GRS 1967 (UGGI67). a = 6 378 160 m e2 = 0,0066946053 achatamento: 1/f = 1/298,25
Após 2004SIRGAS 2000Elipsóide GRS 80 a = 6 378 137 m achatamento = 1/f = 1/298,25722101
SISTEMA GEODÉSICO BRASILEIRO
Obs.: O atual mapeamento de São Paulo e de diversas áreas do Brasil continua referido ao Córrego Alegre.
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Plano topográfico é um plano horizontal, finito, tangente à superfície da esfera terrestre e de dimensões limitadas ao campo topográfico.
PLANO TOPOGRÁFICO
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PLANO TOPOGRÁFICO LOCAL
Plano topográfico local: são os limites estabelecidos pela ABNT para o tamanho do plano topográfico, satisfazendo certas condições (NB14166).
GREENWICH
EQUADOR
PS
PN
S N
Z
VERTICAL GEOCENTRADA
PLANO DO HORIZONTE
LOCAL
ϕ
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Plano Topográfico (PT)
Elementos de Referência:-vertical;-plano meridiano.
A vertical é definida pela direção do fio de prumo (OZ).
O PT é, por definição, horizontal e normal à vertical.
Plano Meridiano (PLM): é o plano que contém a vertical e o eixo de rotação da Terra.
A intersecção do PLM e do PT determina a linha norte-sul.
PT
PLM
N
S E
W
Z
O
EQUADOR
PS
PN
S N
ZVERTICAL GEOCENTRADA
PLANO HORIZONTE
ϕ
GREENWICH
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SISTEMA TOPOGRÁFICO LOCALDEFINIÇÃO DA NBR 14166
Sistema Topográfico Local: Sistema de representação, em planta, das posições relativas de pontos de um levantamento topográfico, com origem em um ponto de coordenadas geodésicas conhecidas, onde todos os ângulos e distâncias de sua determinação são representados, em verdadeira grandeza, sobre o plano tangente às superfície de referência do sistema geodésico adotado, na origem do sistema, no pressuposto de que haja, na área de abrangência do sistema, a coincidência da superfície de referência com a do plano tangente, sem que os erros, decorrentes da abstração da curvatura terrestre, ultrapassem os erros inerentes às operações topográficas de determinação dos pontos do levantamento, compreendendo:
• Plano de representação, origem, eixos e orientação;• Coordenadas plano-retangulares X e Y;• Fator de elevação.
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PLANO TOPOGRÁFICO LOCAL
O Plano do horizonte local é elevado à altitude ortométrica H média da área de abrangência do sistema, passando a chamar-se PLANO TOPOGRÀFICO LOCAL.
50 km
50 km
O
Origem do Sistema Topográfico Local e distância máxima a esta origem (Plano Topográfico Local)
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O GPS fornece coordenadas geodésicas de pontos sobre a superfície da Terra. Os satélites do sistema transmitem os parâmetros relativos à sua posição e outros elementos associados, vinculados ao WGS-84: Origem: Centro de massa da Terra. a = 6.378.137 m achatamento = 0,00669437999
Sistema de Posicionamento: Global Positioning System
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SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA
O
IRM
IRP
Elipsóide
Geóide
Superfície Física
SUPERFÍCIES DE REFERÊNCA Superfície geoidal: limitante do geóide. Superfície topográfica: limitante do relevo
topográfico Superfície elipsoidal: limitante do elipsóide de
referência.
IRM – Meridiano Internacional de ReferênciaIRP – Polo Internacional de Referência
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IRM e IRP
O Sistema de Referência Terrestre do IERS (International Earth Rotation Service) é conhecido pela sigla ITRS (IERS Terrestrial Reference System) e definido conforme critérios estabelecidos pelo IERS. Trata-se de um sistema geocêntrico.
A partir de técnicas mais modernas de observação, o BIH ajustou a posição do polo em 1984 e a partir daí manteve estável sobre a sigla IRP (IERS Reference Pole).
Ainda em consistência com o Sistema BIH 1984 o eixo OX¹ do ITRS é orientado segundo o IRM (IERS Reference Meridian). O eixo OX² a 90º de OX¹ completa o sistema dextrógiro.
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VERTICAL reta que passa por um ponto do espaço
perpendicular ao geóide. NORMAL
reta que passa por um ponto do espaçoperpendicular ao elipsóide.
VERTICAL e NORMAL
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ALTITUDE ORTOMÉTRICA eALTURA GEOIDAL
ALTITUDE ORTOMÉTRICA (H) distância entre a superfície geoidal e a
superfície física medida sobre a vertical.
ALTURA GEOIDAL (N) distância entre a superfície elipsoidal e a
geoidal medida sobre a normal.
ALTURA GEOMÉTRICA (h) distância entre a superfície elipsoidal e o
ponto espacial P, considerado, sobre a normal.
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Vertical, normal e superfícies de referência
VERTICAL, NORMAL eSUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA
Superfície Física
Superfície Geoidal
Superfície Elipsoidal
Vertical
Normal
NHh
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VERTICAL, NORMAL eSUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA
Superfície Física
Superfície Geoidal
Superfície Elipsoidal
Vertical
Normal
i
Q
P
i: desvio angular entre a normal e a vertical.
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LATITUDE ASTRONÔMICA ângulo que a vertical forma com sua
projeção sobre o plano do equador. LONGITUDE ASTRONÔMICA
ângulo diedro formado pelo plano do meridiano astronômico de Greenwich e pelo plano do meridiano astronômico local.
LATITUDE e LONGITUDE GEODÉSICA e ASTRONÔMICA
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LATITUDE GEODÉSICA OU ELIPSÓIDICA ângulo que a normal forma com sua
projeção sobre o plano do equador - φG. LONGITUDE GEODÉSICA OU ELIPSÓIDICA
ângulo diedro formado pelo plano do meridiano geodésico de referência e pelo plano do meridiano geodésico local - λG.
LATITUDE e LONGITUDE GEODÉSICA e ASTRONÔMICA
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P: Ponto referenciado na superfície da terraP’: Projeção de P no elipsóide ao longo da
normal
COORDENADAS GEODÉSICAS (resumo)
λG
φG
P’
P
Nh
Latitude e Longitude Geodésicas (elipsoidal)
Altitude Ortométric
a
Norm
al
Altura Geoidal
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Sistema de referência terrestre cartesiano Origem: centro de massa da Terra O eixo X é orientado na direção do IRM O eixo Z é orientado na direção do IRP O eixo Y a 90o de OX completando um sistema
dextrógiro (orientado pela “regra da mão direita” )
SISTEMA DE REFERÊNCIA TERRESTRE
x1
x3
O
IRMIRP
CG
X
Y
Z
SISTEMA DEXTRÓGIR
O
2
3
1
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Nova conceituação de sistema geodésico de referência
Atualmente os sistemas geodésicos de referência são constituídos por redes de referência. São pontos materializados no terreno cujas coordenadas são determinadas através de técnicas espaciais.
SISTEMA GEODÉSICO DE REFERÊNCIA
A redes podem ser: globais (IGS), continentais (SIRGAS), nacionais (RBMC), regionais (Rede GPS do estado de São Paulo).
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SISTEMA GEODÉSICO DE REFERÊNCIA
Pontos materializados no terreno para referência
Marco típico de uma rede local (exemplo: pontos espalhados pelo campus da capital da USP, pelo PTR-LTG para trabalho prático de topografia)
Marco Estável de centragem forçada, típico de uma rede nacional (exemplo: pontos alinhados junto à Raia Olímpica da USP)
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Rede IGS
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3434/34/34
Rede RBMC