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8/18/2019 Desenho Infantil.pdf

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O desenvolvimento darepresentação gráfica

infantil: implicações para a

educação

Profa. Ligiane Raimundo Gomes



O interesse pelo desenhoinfantil

• Século XIX com a Psicologia Experimental;• Pedagogia – descoberta da originalidade do

desenho – visão de que a criança não é umadulto em miniatura;• Introdução do desenho no tratamento

psicanalítico;• Interesse estético do desenho infantil;• .



O interesse pelo desenhoinfantil

• Na Sociologia, os desenhos infantisforam utilizados para a comparação entre

diversos países procurando elementos quepossivelmente diferenciavam asrepresentações gráficas influenciadaspela cultura;• Século XX, as pesquisas contribuíram para

Psicologia Infantil.



Várias correntes teóricas abordamo desenho como sistema derepresentação.Empirista: o ambiente tem papel

fundamental na construção doconhecimento.

O desenho é visto como uma cópia fiel, apenasum exercício mecânico, sem anecessidade de interpretação.



A priorismo : o conhecimento éinerente à criança; a inteligência é

inata e tem predominância sobre o meio.

O meio não tem interferência narepresentação gráfica, o sujeito desenhao que sente, o que pensa e o que conhecedo objeto. Para se expressar a criança temtudo dentro de si



Construtivismo: conhecimento ocorremediante a interação da criança com oobjeto.

A representação gráfica da criança éfeita através de atividades realizadas

com o objeto, desenhando o que suasestruturas mentais permitem que ela veja.A criança, além de representar o objeto,

faz também a interpretação do mesmo, sendoparticipante ativa do processo deaprendizagem.



Piaget (1993, p. 65) considera que“o desenho é uma representação, isto é,ele supõe a construção de uma imagembem distinta da percepção”, pois aorepresentar uma imagem bidimensional,crê-se que o desenho seja mais complexo

que a imagem interiorizada do objeto.



Alguns estudiosos estabelecerametapas/estágios para o desenvolvimentodo desenho

Lowenfeld & Brittain (1977) –

Figura Humana

Fase das Garatujas - de 2 a 4 anos,constitui-se de traçados desordenados queevoluem até se tornarem um desenho de conteúdo

reconhecível para o adulto. Esta etapa pode sersubdividida em garatuja desordenada, garatujacontrolada e garatuja com nome.



Criança –

ela mesma,

um leão euma bola

“círculos bem

altos, um motor

que faz oscírculos girarem”




Figura HumanaFase Pré-esquemática :dos 4 aos 7 anos, apreocupação da criança está centrada nasformas. É o início da compreensão gráfica,pois a criança cria sua representaçãoconsciente que existe uma relação com o mundoà sua volta. O primeiro símbolo criado pela criançaé o homem representado por um círculo que indica a

cabeça e duas linhas verticais que seriamas pernas.




Figura HumanaFase Esquemática: dos 7 aos 9 anos écaracterizada pela conquista do conceito da

forma. A criança adquire o símbolo de um homem- esquema humano- e, consegue representá-locom diversas particularidades, como olhos,

nariz, pescoço, mãos, dedos, entre outros.Há uma ordem nas relações espaciais que se expressapela linha de base.




Figura HumanaNa Fase da Turma : entre 9 e 12 anos.

Os temas escolhidos para os desenhos são

diferenciados entre meninos e meninas e isto,

provavelmente, decorre dos interesses que

envolve cada sexo. Ao representar a figura

humana, a criança tende a expressar os

pormenores, como o vestuário dos grupos de meninase meninos.




Figura Humana

A Fase Pseudonaturalista: 12 aos 14 anos.Fim da arte como atividade espontânea e início

do período do raciocínio. Mudanças físicas eemocionais estão presentes nos desenhos. Afigura humana é representada,frequentemente, comas características sexuais exageradas. Muitas vezes,a utilização da cor tem uma reação emocionalassociada ao efeito de experiências passadas, tendo

caráter subjetivo.




Figura HumanaFase da Arte do Adolescente, dos 14 aos

17 anos, este período marca o iníciointencional da aprendizagem da arte. A

espontaneidade da atividade de desenhar passa a

ser orientada no intuito de se aprender certas

aptidões artísticas.



Luquet (1927/1979) – aspecto realistado desenho – modelo interno (imagemmental)

Nível I - Realismo Fortuito: a criança não

tem consciência de que as linhas que ela fazservem para representar um objeto, não háintenção e o desenho pode ser classificado comoinvoluntário. Ainda neste nível, a criança pode iniciar

sua representação com intenção, mas ao terminarsua representação, a interpretação quefaz pode ou não coincidir com a intenção

inicial.



Criança –

ela mesma,

um leão euma bola

“círculos bem

altos, um motor

que faz oscírculos girarem”



Luquet (1927/1979) – aspecto realistado desenho – modelo interno(imagem mental)

Nível II – Incapacidade Sintética ou RealismoFalhado: a criança faz as suas representaçõesomitindo ou exagerando partes do objeto,

de acordo com a importância que representam paraela.



Luquet (1927/1979) – aspectorealista do desenho – modelo interno(imagem mental)

Nível III–

Realismo Intelectual: a criança já utiliza outros recursos para a suarepresentação: transparência,

rebatimento, legenda, etc.



Luquet (1927/1979) – aspecto realistado desenho – modelo interno

(imagem mental)Nível IV - Realismo Visual: noções de

projeções e distâncias, isto porque, entreoito e nove anos, a criança consegue guardarmentalmente as proporções do objeto do jeitoque ela o vê e tem o domínio do tamanho do

objeto em função da distância



Um Passeio no Parque...



Brincadeiras de criança



Carta da bruxa para afada



a bruxinha falou para a fadinha fada faze

uma mágica para desapareceu para o dragãofeliz e mal a bruxinha eu não posso por que a

minha varinha. Na por fazer isso na por em

eu vou chamar o meu morcego da meia noite porque o meu vampiro não que eu sei por

que porque eu vou para você olha de cabra

cabeça de elefante e cabeça de vampiro

alacaza alacaza bum



Querida bromélia eu não posso deAjudar.Mas tem Outra Poção Magica?

Qual Olho de Sapo olho de rã lacazamDesapareça Dragão Mal te darei uma

mão como o Ditado uma Mão Lavooutra.

Oi fada oi Bruxa faz algo



Minha querida bruxinha bromélia.eu estou bem e eu vou fazer umaPoção Mágica que podera funcionar

para desaparecer o dragão.Hoje mesmo eu vou por sua cartana janela do seu quarto beijinhos

de sua querida Loni.



Cara Bruxinha, quero lhe dizer quevou Pegar o Pó de arco-íris.

Mais vai demorar muito tempo mais ou

menos 30 meses. Porque vou visitar aminha madrinha sara logo que voltarmando pelo peixinho dourado.

De sua amiga Loni do mundo azulencantado para a terra do nunca maisthau

Bromélia



Battro (1978) - imagem urbana

Estádio I - Elementos urbanos isolados:divide-se em:

subestádio Ia, em que os elementos representados

pelos desenhos das crianças são caracterizados pelafalta de uma referência gráfica às ruas,;

subestádio Ib é caracterizado pelo aparecimento de pelo

menos uma rua no desenho e é esta rua que servirá de

linha de base para a representação




Estádio II–

Primeiras unidades urbanasde caráter local: surgirão as ruas e quadrascom o significado de um princípio deorganização urbana.

No subestádio IIa, a rua perde a sua função delinha de base para representar algo maiscomplexo, pois situa-se no centro do desenho.A rua no subestádio IIb tem um tratamento

diferente, transformando-se em um longo caminho,em que não há intersecção de ruas



Battro (1978) - imagem urbanaEstádio III – Organização urbana global: é

caracterizado por uma representação global doespaço urbano por meio de traçados das ruas equadras. O desenho é mais abstrato e desaparece a representação figurativa, ou seja, aquela que se

prende ao observável, à figura estática




Estádio IV – Representação da cidade numaescala geográfica: configura umarepresentação feita somente por quadras

que se convertem em retângulos, como umarepresentação em planta, ou seja, a cidade érepresentada em uma escala geográfica em que osbairros são desenhados com fronteiras.



A representação gráfica infantil é realizadaconforme a possibilidade dada pelasestruturas mentais num determinado

momento partindo de imagens mais realistase significativa até conseguir uma abstração quepermita representações mais complexas.



O desenho é um recurso útil para a práticapedagógica e possibilita uma efetivaintervenção do professor tanto no que serefere a um diagnóstico para a aprendizagem

quanto para a seleção de conteúdos quefavoreçam a construção de conhecimentos.

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