diabetes melitus na infância
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Diabetes mellitus na
infância
Diabetes mellitus
O Diabetes Mellitus (DM) é uma situação clinica que reflete um desequilíbrio entre a produção, a ação e as necessidades de insulina;
Insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, nas ilhotas pancreáticas que permite a entrada de glicose nas células para ser transformada em energia.
Dependendo da causa, o diabetes pode ser classificado como :
Diabetes mellitus tipo 1
Diabetes mellitus tipo 2
DIABETES MELLITUS
Diabetes mellitus tipo 1
O Diabetes do tipo 1 é uma doença autoimune maiscomum na infância e adolescência, atingindo tambémadultos em qualquer idade. Caracteriza-se pela destruiçãodas células beta pancreáticas, isso acontece por enganoporque o organismo as identifica como corpos estranhossendo a sua ação uma resposta auto-imune.
Quando os linfócitos T autorreativos destroem as células beta pancreáticas, ocorre a absoluta deficiência da produção de insulina;
Alguns fatores genéticos, imunológicos e possivelmente ambientais combinados contribuam para a destruição das células beta;
Sua associação com alguns antígenos de histocompatibilidade leucocitária (HLA), demonstra claramente sua condição de doença autoimune, podendo ter também possível associação com outras doenças de autoagressão.
Diabetes mellitus tipo 1
Diabetes mellitus tipo 1
Outros auto anticorpos encontrados no soro dos pacientes são:
antiinsulina (IAA), antiilhotas pancreática (ICA512), antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD), antitirosina fosfatase (IA2) e antitransportador do Zinco.
A presença desses anticorpos pode ocorrer em pacientes com diagnóstico em qualquer faixa etária, sendo mais comum na infância e adolescência, porém, podendo se estender à faixa etária adulta.
Não é uma doença hereditária, mas os portadores apresentam predisposição genética para desenvolver diabetes do tipo 1;
Mas, é considerada uma doença poligênica e dentre os fatores genéticos de risco envolvidos no seu desencadeamento são conhecidos os genes do sistema de histocompatibilidadehumano (HLA);
Os principais são os de classe II DR3, DR4 e DQ, eles são responsáveis por 40% do componente genético desta doença crônica.;
Diabetes mellitus tipo 1
Diabetes mellitus tipo 1
HLA-DQB1*0201 e HLA-DQB1*0302 são polimorfismos frequentes na nossa população. Fatores conhecidos por gatilhos ambientais que compõem e completam o quadro para o inicio da doença;
Genes não HLA já estão identificados e também formam o quadro de predisposição à doença, identificados em pacientes recém diagnosticados.
sINTOMAS Vontade de urinar diversas vezes;
Fome freqüente;
Sede constante;
Perda de peso;
Fraqueza;
Fadiga;
Nervosismo;
Mudanças de humor;
Náusea;
Vômito.
O Diabetes Mellitus antes dos seis meses de idade éincomum. Em crianças pequenas para a idadegestacional (PIG), pode desenvolver-se um DMtransitório.
Essa DM transitória tende a regredir em semanas oumeses, mas que necessita na sua fase descompensadado uso de insulina.
diagnóstico clínico
Diagnóstico laboratorial
O diabetes pode ser diagnosticado pelo exame simples daglicemia e o diagnóstico na infância segue os mesmos critériosda Organização Mundial da Saúde (OMS) nas demais faixasetárias :
GLICEMIA
EXAME RESULTADO
Após 8hrs de jejum Igual ou maior que 126g/dl
Após 2hrs de ingestão de glicose
Igual ou maior que 200mg/dl
Em qualquer momento Igual ou maior que 200mg/dl com sintomas de diabetes
A determinação dos níveis diminuídos de peptídeo C e dosauto anticorpos IAA, GAD, ICA512 e antitransportador doZinco, podem ser úteis e devem ser realizados paraconfirmação da etiologia autoimune da doença;
O exame de urina pode auxiliar no diagnóstico ao evidenciar apresença de glicosúria e eventualmente de cetonúria.
Diagnóstico laboratorial
LOCAIS DE APLICAÇÃO
AJUSTE DA DOSE
Durante episódios de doenças agudas:
Se o estado geral estiver conservado e a glicemia capilarestiver entre 180 e 360mg/dl e cetonúria menor que duascruzes, deve-se acrescentar dose extra de 2U de insulinaregular para crianças com idade inferior a 5 anos e 4U paraaquelas maiores.
diABETES MELLITUS TIPO 2
O Diabetes tipo 2 caracteriza-se por resistência periféricaa ação da insulina e usualmente apresenta uma deficiênciaparcial na produção de insulina produzida pelas células β dopâncreas. Pode predominar a resistência à insulina ou aprodução deficiente dela.
SINTOMAS
Infecções freqüentes;
Alteração visual (visão embaçada);
Dificuldade na cicatrização de feridas;
Formigamento nos pés;
Furunculose.
Diagnóstico clínico
Na maioria dos pacientes, o diagnóstico de DM2 poderáser baseado na apresentação clínica e no curso da doença.Esse diagnóstico na infância deverá ser feito levando emconsideração a idade e o sexo do paciente, presença deobesidade e história familiar positiva para DM2, já muitasvezes sem queixas clínicas, com história familiar positiva paraa doença, e apresentando hiperglicemia e/ou glicosúria emexame de rotina.
Diagnóstico laboratorial
É utilizado os mesmos critérios, exames e valores de referência do tipo 1.
GLICEMIA
EXAME RESULTADO
Após 8hrs de jejum Igual ou maior que 126g/dl
Após 2hrs de ingestão de glicose
Igual ou maior que 200mg/dl
Em qualquer momento Igual ou maior que 200mg/dl com sintomas de diabetes
TRATAMENTO
O tratamento inicial consiste no controle da glicoseatravés de:
Exercício físico;
Dieta .
Se estas medidas não diminuírem o nível de glicose nosangue, pode ser necessário recorrer à administração demedicamentos, como a metformina ou a insulina.
PREVENÇÃO
Manter o peso normal;
Ter uma dieta saudável, pobre em gorduras, rica em vegetais,frutas e alimentos integrais;
Manter o hábito de exercícios físicos regulares no mínimo 30minutos ao dia de caminhadas ou de alguns esportes.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Desenvolver atividades educativas, por meio de açõesindividuais e/ou coletivas;
Capacitar os auxiliares de enfermagem e supervisionar, deforma permanente, suas atividades;
Realizar consulta de enfermagem, abordando fatores derisco, estratificando risco cardiovascular, orientando mudançasno estilo de vida e tratamento não medicamentoso,verificando adesão e possíveis intercorrências ao tratamento,encaminhando o indivíduo ao médico, quando necessário;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Estabelecer, junto à equipe, estratégias que possam favorecera adesão (grupos de pacientes diabéticos);
Programar, junto à equipe, estratégias para a educação dopaciente;
Solicitar, durante a consulta de enfermagem, os exames derotina definidos como necessários pelo médico da equipe ou deacordo com protocolos ou normas técnicas estabelecidas pelogestor municipal;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Orientar pacientes sobre automonitorização (glicemiacapilar) e técnica de aplicação de insulina;
Repetir a medicação de indivíduos controlados e semintercorrências;
Perseguir, de acordo com o plano individualizado de cuidadoestabelecido junto ao portador de diabetes, os objetivos emetas do tratamento (estilo de vida saudável, níveispressóricos, hemoglobina glicada e peso);
Organizar junto ao médico, e com a participação de toda aequipe de saúde, a distribuição das tarefas necessárias para ocuidado integral dos pacientes portadores de diabetes.
OBRIGADA