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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Me. Joanne Lamb Maluf

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DIFICULDADES DE

APRENDIZAGEM

Me. Joanne Lamb Maluf

* DISLEXIA

* DISLALIA

* DISORTOGRAFIA

* DISGRAFIA

* DISCALCULIA

* TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E/OU

HIPERATIVIDADE (TDAH)

* TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

DIAGNÓSTICO

DISLEXIA

A dislexia caracteriza-se pela dificuldade

inesperada no processo de aquisição da leitura.

“Dislexia é um distúrbio específico

de aprendizagem de

origem neurobiológica.”

O QUE É?

Uma pessoa com dislexia apresenta dificuldades em ligar

os sons às respectivas letras/sílabas, o que dificulta o

reconhecimento das palavras e, por conseguinte, a

aprendizagem da leitura e a compreensão de frases.

Assim, a verdadeira dislexia é bem mais do que a simples

confusão ou troca de letras.

- SINTOMAS -

Os sintomas da dislexia incluem:

- Leitura lenta, silábica e com erros;

- Confusão ou troca, omissão ou adição de letras e sílabas;

- Dificuldade em reconhecer palavras escritas e em definir o

significado de uma frase simples;

- Vocabulário pobre, incorreções na ortografia e sintaxe,

textos desestruturados;

- Dificuldade em exprimir, sob a forma de texto

organizado, as ideias e pensamentos.

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes

de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam

um distúrbio de aprendizagem, não confirmam

a dislexia.

- AVALIAÇÃO -

Identificado o problema de rendimento escolar

ou sintomas isolados, que podem

ser percebidos na escola ou mesmo em casa,

deve-se procurar ajuda especializada.

Uma equipe multidisciplinar, formada por Neuropsicólogos,

Fonoaudiólogos e Psicopedagogos deve iniciar uma minuciosa

investigação, além de verificar a necessidade do parecer de outros

profissionais (Neurologista, Oftalmologista etc.), conforme o

caso.

A equipe de profissionais deve verificar todas as

possibilidades antes de confirmar ou descartar o

diagnóstico de dislexia.

A avaliação é multidisciplinar e de exclusão.

Outros fatores deverão ser descartados, como déficit

intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais,

lesões cerebrais, desordens afetivas anteriores ao processo de

fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o

disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são

consequências, não causa da dislexia).

A avaliação não só identifica as causas das

dificuldades apresentadas, assim como, permite

um encaminhamento adequado a cada caso, por

meio de um relatório por escrito.

Sendo diagnosticada a dislexia, o encaminhamento orienta o

acompanhamento consoante às particularidades de cada caso, o

que permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o

profissional que assumir o caso não precisará de um tempo, para

identificação do problema, bem como terá ainda acesso a

pareceres importantes.

Conhecendo as causas das dificuldades, o

potencial e as individualidades do indivíduo, o

profissional pode utilizar a linha que achar mais

conveniente.

O disléxico sempre contorna suas dificuldades,

encontrando seu caminho. Ele responde bem a

situações que possam ser associadas a vivências

concretas e aos múltiplos sentidos.

O disléxico também tem sua própria lógica,

sendo muito importante o bom entrosamento

entre profissional e paciente.

Definir um programa em etapas e somente passar para a

seguinte após confirmar que a anterior foi devidamente

absorvida, sempre retomando as etapas anteriores.

Chama-se “Sistema multissensorial e cumulativo”.

- INTERVENÇÃO -

A intervenção

precoce melhora o

prognóstico

- TRATAMENTO -

É realizado por equipe de profissionais

especializados (psicopedagogos, pedagogos,

psicólogos, fonoaudiólogos) com experiência em

distúrbios de aprendizagem e ênfase em Dislexia.

- TRATAMENTO-

O tratamento de intervenção

psicopedagógica com o portador de

distúrbios de aprendizagem ou com

o portador de dislexia, tem por

finalidade:

- dar suporte às atividades escolares;

- oferecer apoio pedagógico àqueles que necessitam desenvolver seu repertório acadêmico;

- iniciar o processo de autonomia de cada um para a vida prática e social;

- levar o aprendente a construir seu próprio aprendizado, sendo ele o próprio sujeito de seu conhecimento.

Intervenção psicopedagógica porque é o

“aprender a aprender”, uma educação para a

vida.

Deve-se levar em conta a realidade sóciocultural

de cada aprendente, pois, é a partir de sua história

que poderemos elaborar um projeto pedagógico

adequado onde será respeitada a individualidade

de cada um.

A terapia fonoaudiológica ou fonoterapia é uma sessão

terapêutica onde são tratadas as alterações que aparecem

em uma avaliação.

Estas alterações podem ser na área da fala, linguagem

(leitura e compreensão escrita) voz, audição, motricidade

oral.

Dificuldades nestas áreas podem ser decorrentes

de: atraso de fala, distúrbios de linguagem,

dislexia, déficit de atenção e outras. Para cada

área, com dificuldade, são utilizados exercícios

bem específicos.

Dependendo da idade do paciente são utilizados

materiais lúdicos como computador, jogos,

brinquedos para uma estimulação indireta ou

exercícios direcionados, sendo uma terapia mais

diretiva.

O fonoaudiólogo atua na minimização dos

atrasos e dificuldades que poderão aparecer no

aprendizado da leitura e escrita, prevenindo e

reabilitando estes jovens que não conseguem ter

acesso à linguagem escrita.

A dislexia é genética e

hereditária

As avaliações com as crianças são realizadas a partir dos

cinco anos de idade, entretanto, nesses casos ainda não

pode-se afirmar o diagnóstico de dislexia (somente

afirma-se após as crianças terem passado dois anos pelo

processo de alfabetização).

Fala-se então em, criança de risco.

São crianças (muitas filhas/os de disléxicos), que

começam a apresentar dificuldades na aquisição,

percepção e produção da fala, geralmente

também com um atraso.

CRIANÇA DE RISCO

Na pré-escola ou no ensino fundamental apresentam

dificuldades na nomeação das letras e na sua relação letra

e som interferindo no processo de alfabetização.

Estas crianças, depois do diagnóstico, devem começar a

intervenção com uma fonoaudióloga e depois de dois

anos refazer a avaliação.

CRIANÇA DE RISCO

http://www.youtube.com/watch?v=s1efTD2nNsE#t=39

DISLALIA

A dislalia (do grego dys + lalia) é um

distúrbio da fala, caracterizado pela

dificuldade em articular as palavras.

Basicamente consiste na má pronúncia das

palavras, seja omitindo ou acrescentando

fonemas, trocando um fonema por outro ou

ainda distorcendo-os ordenadamente.

A falha na emissão das palavras pode ainda

ocorrer em fonemas ou sílabas

Os sintomas da Dislalia consistem em

omissão, substituição ou deformação dos

fonemas.

De modo geral, a palavra do dislálico é fluida,

embora possa ser até ininteligível, podendo o

desenvolvimento da linguagem ser normal ou

levemente retardado.

Não se observam transtornos no

movimento dos músculos que intervêm na

articulação e emissão da palavra.

Em muitos casos, a pronúncia das vogais e

dos ditongos costuma ser correta, bem

como a habilidade para imitar sons.

Diante do paciente dislálico costuma-se fazer uma

pesquisa das condições físicas dos órgãos necessários à

emissão das palavras, verifica-se a mobilidade destes

órgãos, ou seja, do palato, lábios e língua, assim como a

audição, tanto sua quantidade como

sua qualidade auditiva.

Até os quatro anos, os erros na linguagem são

normais, mas depois dessa fase a criança pode ter

problemas se continuar falando errado.

A Dislalia, troca de fonemas (sons das letras),

pode afetar também a escrita.

Um caso clássico característico portador de dislalia são

os personagens Cebolinha da Turma da Mônica o

Hortelino Troca-Letras (“Elmer Fudd”) do Looney

Tunes, que sempre trocam o “R” (inicial e intervocálico)

por “L”, no caso de Hortelino, o “R” final também é

afetado.

Dificuldade na linguagem oral, que pode

interferir no aprendizado da escrita. A

criança omite, faz substituições, distorções

ou acréscimos de sons.

Eis alguns exemplos:

Omissão: não pronuncia sons – “omei” = “tomei”;

Substituição: troca alguns sons por outros – “balata” = “barata”;

Acréscimo: introduz mais um som – “Atelântico” = “Atlântico”.

A dislalia pode ser subdividida em quatro tipos:

Dislalia evolutiva;

Dislalia funcional;

Dislalia audiógena;

Dislalia orgânica.

Dislalia evolutiva

Considerada normal em crianças, sendo

corrigida gradativamente durante o seu

desenvolvimento.

Dislalia funcional

Neste caso, ocorre substituição de letras

durante a fala, não pronunciar o som,

acrescente letras na palavra ou distorce o

som.

Dislalia audiógena

Ocorre em indivíduos que são deficientes

auditivos e que não conseguem imitar os

sons.

Dislalia orgânica

Ocorre em casos de lesão no encéfalo,

impossibilitando à correta pronuncia, ou

quando há alguma alteração na boca.

O tratamento da dislalia é feita com o auxilia de

um fonoaudiólogo e a intervenção varia de

acordo com a necessidade de cada criança.

- TRATAMENTO -

DISORTOGRAFIA

DISORTOGRAFIA

É a dificuldade do aprendizado e do

desenvolvimento da habilidade da linguagem

escrita expressiva.

Pode ocorrer associada ou não a dificuldade de

leitura, isto é, a dislexia.

DISORTOGRAFIA

Considera-se que 90% das disortografias

possuem como causa um atraso de linguagem;

estas são consideradas disortografias verdadeiras.

Os 10% restantes apresentam como causa uma

disfunção neurofisiológica.

DISORTOGRAFIA

Troca de grafemas: Geralmente as trocas de

grafemas que representam fonemas

homorgânicos acontecem por problemas de

discriminação auditiva.

Quando a criança troca fonemas na fala, a

tendência é que ela escreva apresentando as

mesmas trocas, mesmo que os fonemas não

sejam auditivamente semelhantes;

Falta de vontade de escrever;

DISORTOGRAFIA

DISORTOGRAFIA

Dificuldade em perceber as sinalizações gráficas

(parágrafos, travessão, pontuação e acentuação);

Dificuldade no uso de

coordenação/subordinação das orações;

Textos muito reduzidos;

Aglutinação ou separação indevida das palavras.

DISORTOGRAFIA

DISGRAFIA

DISORTOGRAFIA

- DISGRAFIA -

Termo geral para uma deficiência na área da

escrita física.

Geralmente associada à dificuldade de

integração visual-motora e habilidades

motoras finas.

DISGRAFIA

É o transtorno da escrita, de origens funcionais, que

surge nas crianças com adequado desenvolvimento

emocional e afetivo, onde não existem problemas de

lesão cerebral, alterações sensoriais ou história de ensino

deficiente do grafismo da escrita.

DISGRAFIA

Pérez (1985) classificou a Disgrafia como:

#Disgrafia “maturativa”, desenvolvida a partir de fatores

próprios do desenvolvimento do indivíduo e;

#Disgrafia “provocada”, de causa pedagógica, cujo

substrato é o ensino inadequado da escrita.

DISGRAFIA

A criança disgráfica é vítima de transtornos que provém ora do plano motor, ora do plano perceptivo, ora do plano simbólico.

A dificuldade de integração visual-motora dificulta a transmissão de informações visuais ao sistema motor.

DISGRAFIA

A criança vê o que quer escrever, mas não

consegue idealizar o plano motor. Sua escrita é

nitidamente diferente da escrita da criança

normal, o que não acarreta homogeneidade no

interior do grupo dos disgráficos.

DISGRAFIA

DISGRAFIA

A escrita disgráfica pode observar-se através das seguintes

manifestações:

Traços pouco precisos e incontrolados;

Falta de pressão com debilidade de traços;

Traços demasiado fortes que vinquem o papel;

O grafismo não diferencia-se nem na forma nem no tamanho;

DISGRAFIA

A escrita desorganizada que se pode referir não só a

irregularidades e falta de ritmo dos signos gráficos, mas

também a globalidade do conjunto escrito;

A realização incorreta de movimentos de base,

especialmente em ligação com problemas de orientação

espacial, etc.

DISGRAFIA

DISCALCULIA

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA

MATEMÁTICA (D.A.M)

A discalculia do desenvolvimento é um

distúrbio específico na capacidade de

adquirir as habilidades matemáticas básicas,

do processamento numérico e do cálculo.

Ocorre quando a aquisição ou habilidade

em aritmética é significativamente abaixo da

esperada para a idade, escolaridade e nível

de inteligência.

Este distúrbio tem caráter hereditário, está

presente desde a infância e não é resultado de

ensino inadequado, fatores culturais, déficit

intelectual global, condições médicas ou

transtornos psicoafetivos.

D.A.M

Os problemas na aprendizagem de Matemática

que são apontados em todos os níveis de ensino

não são novos.

De geração a geração a Matemática

ocupa o posto de disciplina mais difícil e

odiada, o que torna difícil sua assimilação

pelos estudantes.

O estudo das dificuldades na aprendizagem da

matemática tem sido abordado por diferentes

pesquisadores (GEARY et al., 2000; GEARY,

2002, 2004; BULL; ESPY, 2006; PASSOLUGHI

et al., 2007; CIRINO et al., 2007).

As crianças com DAM constituem um grupo bastante

heterogêneo quanto aos tipos de problemas que

apresentam.

Esse grupo aumenta de tamanho no decorrer das séries,

sendo que as dificuldades na área da Matemática vão

progressivamente se tornando mais preocupantes.

DIFICULDADES DE

APRENDIZAGEM NA

MATEMÁTICA

Falhas no domínio da sequência básica de contagem;

Falta de conhecimentos prévios armazenados na memória de longo prazo;

Falhas na recuperação de fatos aritméticos básicos;

Falhas na precisão e velocidade para efetuar operações e

Falhas nas estratégias utilizadas para a resolução dos problemas. (SILVA et al., 2006; BUTTERWORTH, 2005 GEARY, 2004)

Em relação à dificuldade no domínio da contagem, as

crianças podem utilizar durante um período mais longo

ao esperado para a sua idade e/ou escolaridade,

procedimentos de contagem iniciais (p. ex., contar

todos), evidenciando lentidão e necessidade de materiais

de apoio (gráficos ou manipulativos).

DISCALCULIA

DISCALCULIA

É um dos transtornos de aprendizagem

que causa a dificuldade na matemática.

É um problema causado por má formação neurológica

que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado

dos números.

Essa dificuldade de aprendizagem não é causada por

deficiência mental, má escolarização, déficits visuais ou

auditivos, e não tem nenhuma ligação com níveis de QI

e inteligência.

SINTOMAS

O portador de discalculia comete erros diversos na

solução de problemas verbais, nas habilidades de

contagem, nas habilidades computacionais e na

compreensão dos números.

São incapazes de identificar sinais matemáticos, seguir

sequências, compreender conceitos matemáticos,

relacionar o valor de moedas entre outros.

DISCALCULIA

Kocs (apud García, 1998) classificou a discalculia em seis

subtipos, podendo ocorrer em combinações diferentes e com

outros transtornos:

Discalculia Verbal ;

Discalculia Practognóstica ;

Discalculia Léxica;

Discalculia Gráfica;

Discalculia Ideognóstica;

Discalculia Operacional.

DISCALCULIA

Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades

matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações.

Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar,

comparar e manipular objetos reais ou em imagens

matematicamente.

Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de símbolos

matemáticos.

DISCALCULIA

Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.

Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos.

Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos.

Confusões com os sinais matemáticos e

dificuldades para fazer simples continhas podem

estar ligadas a um distúrbio neurológico.

A discalculia infantil ocorre em razão de

uma falha na formação dos circuitos

neuronais, ou seja, na rede por onde passam

os impulsos nervosos.

A falha de quem sofre de discalculia está na

conexão dos neurônios localizados na parte

superior do cérebro, área responsável pelo

reconhecimento dos símbolos.

Estima-se que apenas 1% das crianças

em idade escolar tem Transtorno da

Matemática isoladamente.

Os processos cognitivos envolvidos na discalculia são:

1. Dificuldade na memória de trabalho;

2. Dificuldade de memória em tarefas não-verbais;

3. Dificuldade na soletração (tarefas de escrita);

4. Não há problemas fonológicos;

5. Dificuldade nas habilidades visuo-espaciais;

6. Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-táteis.

INTERVENÇÃO

O psicopedagogo é o profissional indicado no

tratamento da discalculia, que é feito em parceria

com a escola onde a criança estuda. Geralmente

os professores desenvolvem atividades específicas

com esse aluno, sem isolá-lo do restante da

turma.

Na discalculia, a capacidade matemática

para a realização de operações aritméticas,

cálculo e raciocínio matemático, encontra-se

substancialmente inferior à média esperada para

a idade cronológica, capacidade intelectual e nível

de escolaridade do indivíduo.

HABILIDADES PREJUDICADAS NA

DISCALCULIA

- Linguísticas (compreensão e nomeação de termos,

operações ou conceitos matemáticos, e transposição de

problemas escritos em símbolos matemáticos).

- Perceptuais (reconhecimento de símbolos numéricos

ou aritméticos, ou agrupamento de objetos em

conjuntos).

HABILIDADES PREJUDICADAS NA

DISCALCULIA

- Atencionais (copiar números ou cifras, observar

sinais de operação).

- Matemáticas (dar sequência a etapas

matemáticas, contar objetos e aprender tabuadas

de multiplicação).

HABILIDADES PREJUDICADAS NA

DISCALCULIA

Dificuldade na leitura, escrita e compreensão de

números; em realizar operações matemáticas,

classificar números e colocá-los em sequência; na

compreensão de conceitos matemáticos; em lidar

com dinheiro e em aprender a ver as horas, etc.

TDA/H

O TDAH é um transtorno neurobiológico,

com forte influência genética, que se inicia

na infância e pode persistir até a vida adulta

em algumas pessoas.

É caracterizado por graus variáveis de

desatenção, hiperatividade e

impulsividade.

Toda criança é um tanto inquieta, impulsiva e

desatenta, mas algumas possuem um grau mais

elevado que o observado em outras crianças da

mesma idade.

Define-se então que, as crianças são portadoras

de TDAH.

- DIAGNÓSTICO -

O TDAH pode estar associado a consequências negativas em diferentes áreas.

No caso de crianças, as principais queixas costumam ser de mau desempenho acadêmico ou de mau

comportamento, principalmente na escola, por este ser um ambiente no qual a criança deve seguir regras e ficar

‘prestando atenção’ por um tempo prolongado, muitas vezes em atividades monótonas ou menos prazerosas.

A criança com TDAH também pode

apresentar dificuldades de relacionamento

social com seus colegas.

Portadores de TDAH adultos podem ter menos anos de

estudo completados, estão mais suscetíveis a sofrer

acidentes em geral, tem maiores taxas de desemprego e

divórcio, tem maior incidência de uso de drogas, de

depressão, de ansiedade, entre outros.

O TDAH pode se apresentar em subtipos

diferentes, de acordo com os sintomas que

predominam (desatenção ou

hiperatividade—impulsividade)

Existem portadores que se caracterizam mais pelos

sintomas de desatenção, ao passo que outros podem ter

mais evidenciados sintomas de hiperatividade-

impulsividade., ou mesmo ter muitos sintomas

combinados de desatenção e hiperatividade-

impulsividade.

A desatenção interfere negativamente na

memória, pois é necessário prestar atenção ao

que se vai memorizar.

É muito comum os portadores de TDAH

queixarem-se de dificuldade com a memória.

É realizado de forma clínica, com base em entrevista bem

detalhada, que deve ser realizada por um profissional

treinado.

A entrevista deve se basear em critérios diagnósticos bem

definidos, que são estabelecidos pela Associação Americana

de Psiquiatria e pela Organização Mundial da Saúde.

- DIAGNÓSTICO -

REVEEEEEER!!!

Não existe examens complementares (laboratoriais de sangue, eEEG, RM,

etc.) que sejam úteis para o diagnóstico de TDAH.

Vários estudos em diferentes países demonstraram que os sintomas do transtorno permanecem durante

a vida adulta em mais de metade dos casos.

Cerca de um em cada três pacientes luta a vida inteira contra o transtorno.

O TDAH é um transtorno que tem início durante a infância.

Alguns portadores só são diagnosticados na vida adulta, mas em entrevista os portadores revelam

que os sintomas já existiam na infância e adolescência

O tratamento farmacológico emprega os mesmos

medicamentos em diferentes fases da vida, sendo

a dosagem calculada de acordo com o peso do

indivíduo e, portanto, a idade.

- TRATAMENTO -

Os tratamento de primeira escolha para o

tratamento do TDAH são os

psicoestimulantes, sendo o mais conhecido

e estudado, o METILFENIDATO.

METILFENIDATO

O tipo de tratamento psicoterápico –

indicado em alguns casos, porém não

necessariamente em todos – também é

similar, havendo diferenças no foco da

terapia, uma vez que as demandas variam de

acordo com a idade.

Todo tratamento deve ser

acompanhado por um médico, que

poderá avaliar eventuais

contraindicações ou efeitos colaterais.

Alguns portadores de TDAH podem

precisar do medicamento nos finais de

semana ou durante as férias; outros

precisam tomá-lo continuamente.

AUTISMO

Trata-se de uma disfunção neurológica, de

origem biológica e não psicológica que

acomete 1 a cada 88 indivíduos.

É usado o termo “ESPECTRO” visto que

o grau de acometimento é variável, de casos

leves a casos severos, podendo ou não estar

associado ao retardo mental.

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Sintomas:

• Habilidades Sociais;

• Comunicação;

• Comportamento.

A pessoa com TEA apresenta dificuldade de

interagir, de se comunicar e apresenta

padrão limitado ou estereotipado de

comportamento e interesse (movimentos

repetitivos com o tronco, com as mãos, etc.)

“São erroneamente interpretados como pessoas que não gostam de

afeto e/ou não o demonstram, preferindo ficar em seu próprio

mundo...”

“Por volta dos 3 anos de idade começa-se a

perceber que os outros possuem intenções,

preferências, desejos e que também avaliam

o que estamos pensando e agindo.”

Por volta dos 4 anos, as crianças tornam-se

especialistas em disputa social: copiam

gestos, imitam palavras e posturas e,

geralmente, desenvolvem simpatias.

A incidência do transtorno entre irmãos

sugere correlação genética.

Cada vez mais estudos mostram que a causa

mais provável do autismo seja a

INTERAÇÃO ENTRE FATORES

GENÉTICOS E AMBIENTAIS.

O diagnóstico precoce é importante pois permite

que o tratamento se inicie num momento em que

as conexões cerebrais anda não estão totalmente

estabelecidas.

- DIAGNÓSTICO -

Detectar sinais do autismo prematuramente

aumenta muito as chances de sucesso nas

intervenções.

O tratamento atual não é voltado à cura;

O objetivo é a melhoria das dificuldades que o indivíduo com TEA apresenta, feito de forma intensa com

terapeutas de diferentes áreas (psicologia, psicopedagogia, fonoaudiologia, terapia ocupacional,

musicoterapia e educadores especializados.)

- TRATAMENTO -

O uso de tratamento medicamentoso varia

conforme o caso, podendo não ser utilizado, e

quando indicado deve fazer parte de um

planejamento terapêutico abrangente que

contemple ações multidisciplinares.

Cabe à escola (re)conhecer os transtornos

que circulam no espaço escolar e

instrumentalizar a equipe pedagógica para

que possam acolher o indivíduo e o seu

transtorno da maneira mais adequada.

- INCLUSÃO -

O PAPEL DO PROFESSOR NA SALA

DE AULA // INCLUSÃO

O grande desafio, é de que nem todos os

alunos precisam do mesmo tratamento.

É preciso conhecer o perfil cognitivo de

cada um através do olhar de um

especialista.

FALANDO EM INCLUSÃO...

ÍNTEGRA DA PROPOSTA

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-

CULTURA/444360-EDUCACAO-APROVA-PROGRAMA-PARA-

ACOMPANHAR-DISLEXIA-E-TDAH-EM-ESCOLAS.html

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=4

72404

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REFERÊNCIAS