dinheiro os segredos de quem tem_gustavo_cerbasi
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Petrasunas Cerbasi
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Gustavo Petrasunas Cerbasi
os segrs dos de quem tem
como conquistar e manter su a i n d c1
t t' t t t I i' t t t' i t t l'i t r t t t t t'<, i rt t
z" eotçÃo
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AcneDECrMENTos
A meus pais, Elza e Tommaso, pela inabaláztel dedicação à formação
:;ólida e saudáael proporcionada a mim e a minha irmã, Kátia.
A minha esposa, Adriana, por todo o carinho e motir,tação para
i'irnr cada página da aida e também por coffipartilhar comigo suces-
:ttìs c insltcessos na administração de nossos recLtrsos, que resultaram
t'ttt muitas das lições que transmito neste liaro.
Ao nmigo Roberto Shinyashiki, pela confiança depositada no meu
Ittrltnlho e por me abrir ns portas para o mundo das finanças pessonis
ttlrttotss de uma rica troca de conhecimentos.
A meu grande professor e amigo losé Roberto Securato, que ffie
tttut:;tttitiu sólidos conhecimentos tanto na sala de auln quanto fora
'lt'ltt
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EditoraRosely M. Boschíni
Assistente EditorialRosângela Brtrbosn
ProduçãoTiago Cintra Silua
CaPaMsrcelo Souza Almeida
lroìeto s.rá{ico e d iagra maçào
Marcílo Souzrt AImeìda
PreParação
Maria Alatlde CaraqlhoRevisào
Maria Margarida Negro
ImPressão e acabamento-Prol Gráfica
Dados Internacionais de Catalogação(Câmara Brasileira do Livro'
lìrtlos os tlircitos desta ediçãcl
sìo tt'st'n,atltls à Editora Cente'
lÌtra I't'clro Soares de Almeida, 1'14'Srìo l':rr-rlo, SP, CEP 05029-030'
Icìefnx(11) 3675-2505
Site: http: / /www.editoragentc t'ottr'lrt
E-mail: gentel@editoragente cotlr'lrr'
na Publicaçiìo (( ll')SB Brasil)
Cerbasi, Cìustavo l)etrasunas
Diuhciro: os scgrecÌos de quem tem / Gustavo I't'lt'lr'tttr't"
.- São I'ar.rÌo : Iiclitora Clente, 2003'
ISIINs5-7312-387-7
L I)ilrheiro 2. Fìnanças pesso:ris 3 Riqttcza -l 5r'1"ttt'ttr"t
I. I'íttrlo.
( \'ì l',r\l
llil,ìtl{( ìlJ
( t)t ) ÌÌ-1 02-10.1
A minha esposa, Adriana, aerdadeira
liuro, para meus trabalhos
InSl)ll'tt(.tlIt l)tlt tl t:.1t
( Pttrtt ututlttt írttltt
03-071 9
Indices
1. Segurança fj.nancerra
para catálogo sistenr;itit o:
: Finanças pesstl;lis : ltolt,tttt't ! 1'r).'l(ìl
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/\ trtt'tts Pítrentes e amigos, cuias
ttttlìttiltt tltt( a()s P|ucos eu construísse
ti'rrt ìtrs lìor0 meus trabalhos.
A])ctls,poriluminnrminhasescolhasdiantedetgntasoportu-
ttitltrdt's tlue n uida me oferece a cada dia'
experiências e conaersas Per-
uma aasts biblioteca de tefe-
SutwÁRlo
INrnonuçÃo
O otNHrno NÃo rRAZ FELICIDADE
' Compromisso
' Ficnr rico é o objetiuo?' Dinheiro traz felicidade?' Dois tipos de pobre
' Um problemn cultural
' Você estará tranquilo?
' O que é uma pessoa bem-sucedida?
' Onde está o erro?
' Aposentndoria? Tão cedo?
' Durante quanto tempo?
' Até quando uiaeremos?' Algo precisa ser feito - por onde começar?
( )s q2unrno GRANDES ERRos DAS PESSoAS PoBRES
' Por que as pessoas não enriquecem?
' () Llcsprezo pelos pequenos aalores
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O descaso por uma boa negociação
A ausência de percepção financeiraNão saber aonde se quer chegar
PnaeenaçÃo Do TERRENo
' Como se constrói a riqueza?
' Hora de reunir os ingredientes
A ronuule la RsuNoÂNCIA FINANCEIRA
' Como ficar rico?
' Como gastar menos do que se ganha?
Porusa sEU PLANO sv pRÁrtca
' Como definir minha renda deseiadn? Não é difkil' LIm exemplo para pensar e aplicar
ÍINTRODUCAO
Você está tranqüilo em relação ao futuro? Se estivesse, poderia
considerar-se uma agulha em meio a um imenso palheiro, tão
felizardo quanto um ganhador de loteria. Você seria uma raÍa
exceção. Mas tenho certeza de que não está, caso contrário nào
leria este livro.Sou palestrante, professor e consultor de finanças. Convivo
diariamente com pessoas que buscam solução para seus proble-
mas financeiros. Conheci muita gente humilde, que vive com muitopouco dinheiro, mas não tem a menor esperança de algum dia
possuir "algo mais" na vida. Convivo também com geÍentes de
cmpresas, esfudantes de boas instituições de ensino. Muitos ató
se considerarn experts em finanças, mas a maioria nem s('(lr.l('r'
Nunca esqueça a inflação
Quanto e como inaestir?
Onde inaestir?
Estejn pronto para as oportunidades
Temos um plano completo!
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Acona É coM vocÊ
' Cuidado com os pontos fracos do plano
' Cuidado ao assumir compromissos
' Dízimos e doações
' Dúaidas que um dia passarão por sua cabeça
' Você não é o único que tem a ganhar
CurpE Do MAIS IMPoRTANTE
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tem expectativa de aonde quer chegar. Este livro surgiu da dor,
como profissional da área, de ver tanta gente perder rios de di-
nheiro sem se dar conta - acredite, você faz isso! -, de ver tanta
gente sofrer na terceira idade por ter passado a vida toda contri-
buindo para uma Previdência que hoje nãoPaga
seu alimento.
Não se pode confiar exclusivamente na Previdência. Na década
de 1960, cerca de trinta trabalhadores contribuíam para a Previ-
dência Social para cada aposentado; hoje praticamente cada tra-
balhador sustenta um aPosentado. E arazão disso não é o fato de
menos trabalhadores contribuírem, e sim mais aposentados vive-
rem por mais tempo. Como será no futuro? Certamente, não po-
deremos confiar nossa sorte à proteçào do governo: temos de ga-
rantir sozinhos nossa sobrevivência com dignidade e conforto'
Não será também a empresa para a qual trabalhamos quevai garantir nosso futuro. Muitos executivos de sucesso têm gran-
de parte de seu padrão de vida mantida pela empresa para a
qual trabalham. Ganham bons salários, mas são incentivados, a
título de status, a manter um nível de gastos elevado, que mui-
tas vezes compromete grande parte desses salários. Seu bom
carro, sua boa casa, seu título de um bom clube, seus hobbies e
muitos outros mimos são bancados pela emPresa. Mas esses exe-
cutivos perceberão que ninguém dura Para sempre em um time
e se verão obrigados a deixar seu posto. Com sua saída da em-presa irão também seu carro, sua casa e tudo o mais' Como
explicar à família que o padrão de vida agora será outro? E os
amigos? E então toda a poupança formada com as sobras do
salário executivo será utilizada na manutenção do elevado pa-
drão de vida de outrora, consumindo-se completamente em
pouco tempo. Tais executivos de sucesso provavelmente teriìo il
vida encurtada por problemas emocionais à medida que Perc('-
berem o esgotamento de seu patrimônio. Em que momento clir
vida ou de seus planos eles erraram?
Ao longo deste livro, você perceberá que Pessoas que crì-
frentam esse tipo de problema eïraram na atitude em relaçã<r
ao dinheiro. Seus planos de poupança visavam algo nebuloso,
talvez uma poupança cuja única importância era tornar-se ctrcla
vez maior. Se o dinheiro sobrava, havia então uma POLIP.ìIì('a'
Caso contrário, esperava-se o mês seguinte com certa ex1-rt'ctativa
de que alguma coisa sobrasse.
Tênho muito orgulho de ser brasileiro, gosto lrlttito dt' lìossit
terïa, nossos hábitos de vida e de lazer. Sotl clatltrclcs (lLlt' flllanr cltr
sua origem de boca cheia quando vou aO exterior. Mas sou obriga-
do a reconhecer que algumas heranças latinas de nossas caracte-
rísticas culturais são extremamente negaüvas para nossa sobrevi-
vência. ljma delas é o imediatismo. Dificilmente pensamos no
futuro quando tomamos nossas decisões. E há grande contradição
nessa forma de pensar, pois nós,brasileiros, vivemos contìnuamente
a sensação de insegurança. lnsegurança quanto ao emprego, quanto
ao valor de nosso aluguel, quanto à alíquota de impostos que paga-
mos, quanto aos investimentos que fazemos.'. Mesmo assim, temosuma cultura extremamente imediatista, focamos apenas o Pïesen-
te para tomar nossas decisões.
A construção de sua riqueza requeï não somente alguns
procedimentos aqui apresentados mas também uma mudança
t'lIntrodução I I 3
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de postura. Não adianta se arriscar a aplicar as ferramentas
apresentadas nos próximos capítulos se não houver mudança
de atitude. Trace um plano. Determine aonde você quer chegar
ou o padrão de vida que deseja ter. Mude alguns maus hábitos'
Fazendo isso, estará pronto para crescer financeiramente.
Este livro foi escrito para um público seleto, independente-
mente da renda de cada um. Foi escrito para pessoas que se
convenceram de que podem mudar seu futuro para melhoï com
o próprio esforço. Se você já errou muito, perdeu muito dinhei-
ro na vida, perdeu muitos anos de salário sem saber como cons-
truir a riqteza, fico contente por estar lendo este livro' Sempre
há tempo de retomar um plano de vida, afinal a medicina pode
nos levar longe! Se você nem sequer entrou na faculdade e já
está preocupado com seu futuro, melhor ainda, porque não hou-
ve tempo de cometer muitos erros, e sua riquezavrrâ para você
desfrutar com muita tranqüilidade a maior parte de sua vida.
Quanto mais cedo seu plano de riqueza começat mais cedo você
alcançará seus objetivos e mais tempo terâpara colher seus fru-
tos. Sua aposentadoria poderá ocorrer muito antes de você atin-
gir o auge de sua capacidade intelectual, o que lhe dará a oPor-
tunidade de fazer planos mais ambiciosos Para o futuro'
Espero que este livro não seja simplesmente mais um den-
tre vários manuais de práticas financeiras para determinadomomento de nossa economia. Espero que sirva de guia de uma
verdadeira transformação de sua postura na ProsPeridade. Te-
nha-o sempre ao seu alcance na prateleira: alguns conceitos aqui
apresentados voltarão a lhe ser úteis dentro de algum tempo'
l)inhciro: os segredos de quem tem4 |
Introdução I I 5
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compras de
I (r I l)inhciro: os segredos de quem tem Introrlrrçìr' I l /
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11. Quat é o tipo de controle de gastos que uocê possui?
a) Você gasta enqunnto o saldo no banco permite'
b) Você pr:ocur'a mnnter:algum tipo'de disciplina com os
' gastas, controlando çuas díaidas. ' '
c:)'Você tem uma planiltha dns gastos do tttês, aue é pèríadi'
camente reaisadat
"'' "t
'l
12. Como e seu comportamento dc compras em geral?
a) Quando precisn de algo, compra na primeira loia que
encontra'
bì' Você e,:liel a determìnrtdas lojas e costuma fozer suas com'
p|aS.Sempren-oSmeSmoScstabelecimentas.
Ò Você pesquisa preÇos em grande partc cle suas compras,
atrqués de nnúncios, telefonemas ou aìsitas a diuersos
estnbelecimentos.
PottrruaÇÃo:
Atribua, para cada resPosta:
a, um ponto;
b, dois pontos;
c, três ponlos.
RESULïADOS DO TESïE
L2 a Tl7 pontos: você é bastante descuidado em rela-
ção ao dinheiro e, em razão disso, provavelmente tem pro-
lrlcrnâs financeiros com freqüência. Se alguns de seus há-l,ilos errì relação ao dinheiro não forem mudados, você
l,ocierá ter sérias dificuldades no futuro. Você que se eÍÌ;i.
( ()ntra nesse grupo será um dos maiores beneficiados dalcitura deste livro, principalmentè quando aponto nos pri-rrrciros capítulos os maus hábitos a serr ' i I3m Corrrgldos.
L8 a 29 pontos: você tem consciência da importância,lt' dar atencão ao ptanejamento tlnancelro e, provavel_rrrcnte, não costuma ter problemas financeiros. Mas ainda
I'r'ccisa melhorar alguns de seus hábitos para que elssíì c()lìs-
, iôncia se transforme em riqueza no longo prazo. () pla-rrt'jamento financeiro que pïopoulro rrcstt' livro dt'vt, scr.
('xatamente o que estava faltando pelriì qLtc scu Í,trtrrro Í,i-
r ranceiïo esteja garantido.
30 a 36 pontos: parabéns! Você está no caminho certo
l).ìra ter um futuro financeiramente seguro e estável. Se
,rinda não possui um plano de independência financeira, l;rramente definido, não terá dificuìdades em implementá-Itr .rs lçnro da leitura deste livro. Se você já tem um plano('rì'ì prática, tenho certeza de que a obra contribuirá pararrnr.r revisão desse plano para me[hor.
Boa leitura!
Íntroduç'ão I l9
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Capítulo
NAO TRAZ
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Renda anunl uinte libras, despesa anunl
dezenoua librns,dezenoue
xelinse seis
pence, resultttdo: felicídade. Renda anual
uinte librns, dcs1tcsn nnunl ainte librns, zero
xelins e scis ltt'rrce, resultado: misérin.
Dickens fl 812-L870)
Corupnotwrsso
O objetivo deste livro é ajudá-lo a se tornar uma Pessoa rica. Um
objetivo simples de definir, mas não tão simples de alcançar, pois
o sucesso dele dependerá única e exclusivamente de você. Não
dependerá de quanto você tem ou ganha hoje, mas do que irá
fazer para ter aquilo que deseja. Por isso, ao iniciar a leitura deste
livro, esteja preparado para assumir um compromisso com você
mesmo. Um compromisso que irá mudar sua vida definitivamen-
te, mas que dependerá de sua consciência de que nada virá por
acaso, você será o agente da mudança.
Peço-lhe apenas um compromisso. Eu começo este livro
questionando se o que realmente buscamcls é tl dinheiro. Leia
lste primeiro capítulo com muita atenção. Ele será fLttttlatrtt'tt-
t.rl para que o dinheiro não lhe falte no futuro.
lì rcen RICI E o oBJETIvo?
r\s chances de que você, ao procurar o caminho do enriqueci-nrcnto, esteja percorrendo o caminho errado são bastante gran-
,lcs. Reflita bem sobre seus objetivos na vida. Pense no porquê
,l.r riqueza como objetivo de sua vida. Esse é um exercício im-
Portante para que tire o máximo proveito da leitura. Pense no
,,i;lnificado da riqueza para você. O que você define como riqueza?
Se, para você, riqueza é ter recursos suficientes para com-
l)riìr o carro dos seus sonhos, uma casa imensa de frente para a
l,r'rria ou uma viagem em redor do mundo, lamento dizer que,
(luiìndo conseguir isso, provavelmente sua frustração será mui-
to grande. Você perceberá que a posse de bens materiais aPenas
,rlimenta a ansiedade pela acumulação cada vez maior de no-
vos bens. A ganância humana não tem limites, e por isso a aqui-
:.ição material jamais o farâ feliz.
A melhor prova disso está a seu alcance. Leia jornais e re-
vistas e veja os fatos. Existem centenas de exemplos de pessoas
,'rrclinheiradas que não são felizes. Suicídios, divórcios e tragé-
,liirs são tão freqüentes entre os abastados quanto entre os mise-r,iveis. E é muito fácil encontrar felicidade em uma comunidade,;irnples, em que o convívio e as atividades sociais proporcionam
Esteja preparado para assumir umcompromisso com você mesmo.
Ì.1 I l)irrlrt'ilo: os st'grcdos de quem tem O dinheiro não traz Í'cÌicidatÌc | 2'ì
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rtrr prazer que está perante os oÌhos de todos' Veja um grupo de
feijoada e pagode, tão comum nas fervelas do Rio de janeiro:
aquela felicidade puÍa e simples nã() transparece tão claramen-
te nas páginas da revista Caras.
uma pesquisa do Ibope divulgacla n0 final de 2002 ttazia
uma estatística interessante: 41'/u das Pess()as com renda men-
sal igual ou inferior a379 reats decìartrviltn-se felizes, enquanto
apenas 25"/o das pessoas com renda supcrior a 4.500 reais afir-
mavam o mesmo. Em outras palavras, rillìrì Parcela maior das
pessoas com menor renda se autodenorrtina feliz em comPara-
ção à população de maior renda nO llrrrsil. Um detalhe interes-
sante que se conclui d.essa pesquisa: c()tÌì() tr maioria da popuÌa-
ção brasileira está na faixa inferior de rencìa, não se pode negar
que o povo brasileiroseja feliz.
se lhe fosse proposta uma opçào entre dois caminhos a se-
guir na vida, qual você escolheria: ter muito dinheiro ou ser feliz?
Felizmente a vida não lhe impõe uma escolha tão impiedosa.
você pode escolher um caminho de coexistência entre riqueza e
felicidade, mas não haverá placas na beira da estrada indicando
esse caminho. Perceber que esse caminho está diante de sua vida é
uma decisão consciente, que independe da sorte ou da esPeÍança
de que a solução dos problemas caia dos céus em seu colo' Ao
iniciar a leitura deste livro, seus primeiros passos Para o camintìocerto já foram dados. Esteja preparado para, apartir de hoie, mudar
sua vida. É um esforço que dependerá de você, esteia certo disso.
bem sobre seus objetivos na vida.Ìt'Ílita
os st'Ir-t'tlos rlc tlucm tcm 0 dinheìro não 1r:rz lì'licirlrrrlt' | 2 rr
I )tvuano rRAZ FELT:TDADE?
l'r'nse na pergunta que você certamente já ouviu: "Dinheiro traz
l,'licidade?" Antes de rebater com a tão manjada brincadeira''rr.ìo traz, manda buscar", pense no sentido da palavra felicida-
rlt' para você.Você ainda curte seus prazeres de adolescente? Se não curte
rrr..ris, em algum momento da vida deliberadamente escolheu
,lcixar de curtir esses pïazeres? Você já deu um abraço fortcrì.ìs pessoas que ama nesta semana? Você conseguirr sr' ('spr('-
riuiçar na cama por uns dois minutos hojc r'lc nranhì? Sc vot'i'
t'pai, quantas horas dedicou aìo pr.ìzer cier clr rtir () ('(ìrinho tlt'seu filho na última semana? Quantas horas ficou c'lcbrrrç'atlo
rrir janela para ver o espetáculo que a última chuva proporcio-
lìou ao fazer a água correr pela rua? Quantos tipos de cantcrrle passarinho você consegue ouvir de sua janela ao amanhe-
ccr? Há quanto tempo não canta sozinho, não dança sem mú-sica, não faz planos para um fim de semana em casa?
Perceba que muitas das coisas importantes da vida são gra-
turitas. Quantas pessoas não estão deixando de curtir as coisas
rnais importantes da vida, estão deixando a vida simplesmente
passar? Quanto custaria gastar um pouquinho do seu tempo
para simplesmente curtir? Nada.
Curtir n aida pode não custar nada se aocê quiser.Você porém não consegue aproveitar nem uma pequena
parcela da enorme quantidade de presentes que Deus lhe dá
todos os dias. E a razão de não aproveitar esses lances de felici-
dade é justificada por milhares de desculpas. A principal delas
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"Se lhe fosse
proposta umaopção entre dois
caminhos a seguir
na vida, qual você
escolheria: ter
muito dinheiro ou
ser feliz?"
é a correria do clia-a-dia, justificada por um ritmo intenso dc
trabalho, que por sua vez é justificado Para lhe trazer dinheíro,
o quaÌ será usado para pagar as contas e Para dar acesso às
coisas que lhe dão prazer. Esteja consciente de que você abre
mão de ptazeres, de sua familta, de seus amigos e de você mes-
mo païa poder ter tudo isso após o trabalho.
Dots rIPos DE PIBRE
Perceba bem: as melhores coisas da vida estão disponíveis para
qualquer ser humano. Ganhar bem é diferentc cìe ser rico- Hii
muita gente com muito dinheiro que declaraldametrte trão tí ft:-
liz, assim como tem muita gente que vive humildemente c cliz
de boca cheia que é feliz. A estatística mostrou isso.
Convença-se de que sua meta, a partir de agora, é ter muitodinheiro e também ser feliz. Uma pequena parcela da popula-
ção consegue unir o útil ao agradâvel, mas certamente essa par-
cela consegue isso porque busca esse objetivo conscientemente.
Você, leitor, está buscando o aumento de sua riqueza.
Há dois tipos de pobre: os pobres serr dinheiro e os pobres
coia dinheiro. Os sem dinheiro têm uma longa batalha pela fren-
te, mas ainda poderão chegar 1á. Muito pior é o caso dos pobres
com dinheiro,que talvez vejam o dinheiro como um fim em si
mesmo e não têm outro obietivo na vida a não ser construir
bens materiais. Se você está nesse gruPo de pessoas, busque auxí-
lio de um terapeuta. Ele certamente o ajudará. Não é esse tipo
de riqueza que você será incentivado a construir lendo este livro.
0 dinheiro ttio ltrtz lì'lit irl;rrlt )7
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Parabéns se você se enquadra no outro tipo de pobre, aque-le sem dinheiro ou aquele consciente de que sua poupança nãoserá suficiente para a sobrevivência. Este livro lhe será muitoútil. Muitos se enganam ao pensar que nunca terão dinheiro,pois não o têm porque não fizeram questão disso.
Sua riqueza não depende de quanto você ganha, mas dequanto gasta ou do que faz com aquilo que ganha.
Algumas pessoas são e sempre serão pobres porque ser po-bre está no seu jeito de viver, de pensar e de ver as coisas. Aodeparar com algo que realmente gostaria de ter na vida, umobjeto de desejo, talvez uma bela casa, um pacote de viagem ouLtm ciìrro mUito caro, o pobre, como qualquer outra pessoa, temsentir-nt'ntos r'lc irclmiração e inveja. De cara, porém, esses senti-r-Ìì('rìt()s r'0r'rv0rtt'rrr-s(' ('nì unrar postura de resignação. seu pen-
sarncrrto O:lU" r"r trarluzitlo (-orrìo algo do tipo:
Qtrt'irtuL'jn...Qttt ttrttr tlr sttrlt! ['cli:ó nL1trclt quc p()de
ter unt desses... Ett tt'ttln tlt rttr'trtrrlttrtttt'tttL,sttttt cotrt o (tue
tenho, não nasci em ttt'r.çtt dc ottro..."
Outras pessoas, porém, talvt'z rr.ìo sejam ricas hoje, mas têmgrandes chances de tornar-se ric.rs, pois l'rcrìstrnì como os ricos. Os
sentimentos que passam por slra calrr'çir cliante cle um objeto dedcsejo não são muito diferentes clos rlc rrrn prüre, mas sua atitude
écompletamente diferente. seu tìiscrrrso scria mais ou menos assim:
Que inueja... Que cnrn dc sot'tt! Feliz é nqttale que pode
ter tun desses... O que s('rti qttc (ss(, cora Jbz Ttnrtr corrsetrrir
isso? O qua seró que eu .rtrcciso.fnzcrTtnrn tcr ttm dcsses?"
Dinheiro: os segredos de quem rem
Compare as duas frases. Percebeu a diferença? A gr',rrr,L,tlilc
rcnça entre os que estão no caminho da riqueza e os po[-rn's "( r'r ì,ìs
tle-cavalo", que crescem para baixo, é o empreendedorisrrro, .r ,.r
lracidade de fazer planos para crescer. Cada objetivo novo rr.r vitl.r
transforma-se em um problemaparao qual se buscará uma soltrç.r. r
O que eu busco construir com este livro é a consciência cit'
rlLre para conseguir a riqueza é preciso seguir um caminho pla-
rrejado, talvez passar por algum sacrifício, e fazer isso conscien-
tcmente. É como fazer regime: você está fora de forma porque
tem maus hábitos, que precisam ser mudados para obter resul-
tado. E a maior dificuldade da mudança estará no começo, como
,rcontece em um regime.
Utw pnosLEMA :ULTURAL()uando analisamos a cultura de um povo, observamos, entre ou-
lras coisas, as características de comportamento comuns à grande
rnaioria desse povo. Se nos dedicássemos a analisar a cultura fi-
nanceira do povo brasileiro, perceberíamos que existe um nítido
l)adrão de comportamento quanto aos objetivos de investimento e
PÌanos pessoais de grande parte de nossa população. Nossos pa-
rentes e amigos nos induzem a fazer determinados planos, a con-
(Íuistar títulos, diplomas e posições hierárquicas e também a adqui-lir posses materiais comparáveis às dos nossos amigos e vizinhos.
A noção de riqueza de nossa culfura latina está, antes de fudo,
,rssociada a bens materiais ou algo que possa ser mostrado - ou
rlrelhor, exibido - aos nossos amigos e parentes para que estes afir-
28 | O dinhciro ttão 1t:rz lr'lit irl;rrlt' l 29
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mem em coro: "Está se dando bem, não?" Perceba como isso é
verdadeiro no planejamento patrimonial de cada um de nós'
Logo que entramos na faculdade, ou alguns meses depois,
temos como verdadeira obsessão a conquista de alguns bens que
a grande maioria de nossos amigos já tem. Não estou falando
de futilidades e acessórios da moda, como telefones celuÌares e
roupas de marca. Estou falando do primeiro objeto a aparecer
na relação patrimonial de todo iovem, que é o primeiro automó-
vel. Verdadeiro símbolo de liberdade, afirmação social e stntus.
Muitos jovens ou profissionais em início de carreira fazem de
tudo para conseguir o primeiro carro, muitas vezes sacrifican-
do a maior parte de seu salário ou de sua bolsa-estágio' E, o que
é pior, normalmente para pagar o financiamento ou consórcio
de um carro zero-quilômetro,novinho em folha' "Jn dá para
pagar a prestação de um modelo básico", é o que pensam' Quan-
to vale o cheirinho de um carro novo? Quanto vale a tranqüili-
dade de um carro novo? Quanto vale poder mostrar aos amigos
que se possui uma das novidades do mercado? Para essa pes-
soa, vale muito. Está escrita, então, a primeira linha de seu
patrimônio pessoal. E também a primeira linha das dívidas as-
sumidas, já que o carro será pago ao longo de três anos' Mas,
tudo bem, cabe no orçamento...
Passa o tempo e surgem novos objetivtls' Chega o momentoem que o jovem reconhece que a adolescência já passou. que e
hora de encarar a vida e construir o próprio caminho. Hora de
pensar no futuro. Quem sabe até pensar em casamento? Uma
breve consulta aos amigos e parentes faz com que você perceba
30 | oinhclro: os segredos de quem tem
, ll l{ ',( 'llu riìnça é ter casa própria. "Aluguel? É pagar a virla intei-r r r' rìurìCiì ter o bem!" "E se você perder o emprego? Pelo menos
tr'rrr r,ìSiì própria!" "Nada como a felicidade de morarno que é
, rr " l',sses são alguns dos argumentos que fazem com que a se-
r'.'n(1.ì grande preocupação da vida em relação ao patrimônict
., 1,r ,r irtluisição da casa própria. Algum tempo de pesquisa, faz-, , r opção por um imóvel na planta - "vale a pena" - ou por um
lrrr,rrrt iiìm€nto do Sistema Financeiro da Habitação. E agora te-
rr'r,; rìossâ segunda grande meta patrimonial. Ah, claro, e uma,lrr r,l.r Lllle sc arrastará por vinte anos. Sem contar que/ a essa
,,ltir',r. seu salário evoluiu e selr caÍro "cÍesceu" com o saláricl.
i\ 1,r,, r'rn três anos estará pago...
lr assim vamos seguindo em frente, construindo nosso
l,,rf rirnônio, tendo como grande prcocupnção a adequação do
1,.r,lr',rtl de vida à nossa renda. E nossos sonhos vão, a grande
' rr',1() mas com grande satisfação, tornando-se realidade: a casa
,1,'t,ìlrìpo, a casa de praia, o título do clube... E o carro (ou cls
,,rr ros) da família vai acompanhando nosso crescimento, cada
\ ( ,, tììtìior, mais caro e com custo de manutenção mais elevado.',r' \'t)cê for um profissional bem-sucedido, suas conquistas ma-t, ri,ris refletirão isso: fazendas, iates, muitos carros. Essas são
I r' ì.,i(ìq grandes preocupaçrìes.
l)igamos que,no final de sua carreira de trabalho - ou da
1'rirrrcira delas, pois muitcls iniciam nova carreira aos 60 anos -,rr,rs contas estejam finalmente pagas e seu patrimônio possa ser
.'r,rliado em 1 milhão de reais. A declaração de Imposto de Ren-
,l.r tr .rté motivct de orgulho!
O dinheiro não traz felicidade | 3 I
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VocÊ ESTARA rn-e.wQütto?
A resposta é não. Você não estará tranqüilo Porque as grandes
preocupações de sua vida - graças a Deus e a muito suor - 8e-
raram para você outra grande preocupaçãol. contas a pagar' Seu
maravilhoso patrimônio de 1 milhão de reais proporciona a você,nesse momento, além de um grande pfazer/ contas interminá-
veis a pagaï.Impostos dos mais diversos tipos, mensalidades de
clubes e marinas, caseiros dos seus imóveis, gastos com manu-
tenção, seguros... Não tem mais fim.
Você perceberâ, talvez antes mesmo do final de sua carreita,
que se transformou em um verdadeiro homem-holeriter, aquele
que corre atrás do ordenado para sobreaiuer. Uma espécie de
escravo do trabalho, que se vê obrigado a batalhar árdua e in-
cessantemente para garantir, no final do mês, os recursos total-
mente consumidos no Pagamento de contas. Contas que não
foram impostas a você. Você mesmo as criou'
O oun E uMA PEssoA BEM-;I:EDIDA?
O problema aqui apresentado é muito sério, pois envolve deci-
sões e conseqüências para uma vida toda. E é um problema cul-
tural, pois a maioria das pessoas que você conhece passa pelas
mesmas emoções e dificuldades.
I Minha gratidão ao proÍessor Edson Feneira de 0liveira, que criou a deÍinição perÍeita para esse
tipo de pessoa.0 termo "holerite" é usado no estado de São Paulo para denominar o que é
chamado de "contracheque" em outros Estados.
3 2 | olnheiro: os segredos de quem tem 0 dinheiro não traz felicidade | 3 3
O materialismo associado à nossa cultura acaba por gerar
problemas no final de uma carreira bem-sucedida. Ao se aposen-
tar, o profissional bem-sucedido que depara com centenas de con-
tas a pagar percebe que sua realidade financeira está muito longe
clos compromissos, e então começa a se desfazer dos bens. Usando
um diálogo enlatado e preconcebido, alega que, para se aposentar,não é preciso mais que um mínimo para se manter e estar com a
íamília. E o que se observa é um verdadeiro rebaixamento do pa-
rlrão de vida da famflia. Algo que alguém de fora encara com na-
turalidade, já que quase todas as famflias passam por isso, mas na
verdade pode ser traduzido como uma verdadeira tragédia familiar.
l'ense: você se vê obrigado a se desfazer de tudo aquilo que cons-
truiu ao longo de uma vida de suor e sonhos.
Não é preciso esperar a aposentadoria para passar Por esse
,.lrama: imagine sua família com a obrigação de mudar-se para
rrm bairro mais afastado ou desvalorizado por não poder arcar
('()m o aluguel ou a necessidade de tirar seu filho de uma boa
('scola particular para matriculá-lo em uma escola pública de
P.ìdrão inferior em razão das mensalidades incompatíveis com
:r('u orçamento. Acontecerá a mesma coisa na aposentadoria se
rriìo houver um planejamento adequado.
O aposentado que se vê diante de diversos cortes no orça-
rrrento enfrenta a amargura da queda do padrão de vida. Um diaItrrlcrs descansaremos errrpaz, mas alguns partem mais cedo por-
(lue não suportam a depressão de uma aposentadoria repleta de
l,t'rdas materiais.
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E esse não é um problema que atinge apenas os assalariados'
Repare no executivo bem-sucedido com seu caïro importado no trân-
sito, com uÍna roupa de grife, ostentando uma declaração de Imposto
de Renda com bens inveiáveis' Algo de que se orgulh4 mas que em
um fuhl].o não muito distante pode se tomar seu maior motivo de
preocupação, pois nada daquilo é dele. Mútos profissionais susten-tam seu padrão de vida com os benefícios oferecidos pela empresa.
Carros, títulos de clube, aluguéis de casas, viagens, escolas
caras para os filhos, almoços e jantares. Esse profissional, mais
que qualquer outro, é um homem-holerite. lJm escravo do tra-
balho. A perda do emprego significa, para ele, o fim brusco de
um padrão de vida. Muitas vezes tais profissionais não suportam
essa perda, têm vergonha de dividir o problema com a família,
acabam afundando em dívidas e problemas, arruínam sua vida
ainda jovens. Talvez esteja aí parte da razáo de uma parcela tào
reduzida das pessoas com renda superior declarar-se feliz'
Parece incrível, mas a grande maioria das pessoas que conhe-
cemos tem grandes chances de enÍrentar problemas parecidos com
os expostos até aqui. E como as pessoas não aprendem com o erro?
Como esses ensinamentos não são passados para a frente?
A resposta é difícil, mas tenho certeza de que há duas ra-
zões principais para isso acontecer. Primeiro, por ser um proble-
maque começa em nossas características culturais de ostenta-
ção. somos pressionados a construir um patrimônio incompatível
com nossa renda. Segundo, Porque são poucos os que encaram
a situação da perda de padrão de vida com os pés no chão,
assumem o erro e alertam os demais para não repetir o engano'
lilclos começam gerando seus probÌemas da mesma forma,, ,lr'1'r1ris acabam igualmente tentando solucionar esses proble-rìì,ri; ('()m ações muito parecidas, usando uma receita que jamais
1,r,1r1vpçisnou felicidade: desfazer-se do que foi construído du-r.rrrlt' uma vida.
Owon ESTA o ERRI?
t )rr,rndo afirmo que o problema é cultural, refiro-me ao fato de que
rr,'rrr todâs as culturas valorizam tanto a posse material e também
l,iìr(llle algumas "manias" e costumes de outras culfuras tornamrrr.ris pessoas ricas para fazer o dinheiro girar na economia.
Veja o exemplo da comunidade judaica. Muitas das piadas.,
'l 'r't' judeus e turcos referem-se a relações supervalorizadas ow,
,'rrr rnuitos casos, mesquinhas com o dinheiro. Essa fama, obvia-,n('rÌ[e exagerada e com boas pinceladas de caricatura, vem de ca-
i.r, lt'rísticaS culturais desses povos que valorizam a negociação, o
, rrr itlu€CirrÌento - não a posse de bens específicos - e o sucesso nos
'r,'r'ricios próprios. As crianças judias não têm aulas de negociação
, lirrrrnças nas escoÌas. Elas simplesmente seguem o exemplo dos
| ','rs. E, ao longo da vida, valorizam bastante a riqtseza construída
. rrìì s€ü suo1, batalhando muito para não perder seu patrimônio.A cultura americana está bastante presente nos filmes vistos
1,,'los brasileiros, e por isso muitos de seus hábitos são de conhe-( rrìcnto da maioria das pessoas. Veja outro exemplo bastanterrrlr'r'psSârìtê, que uso como comparação com nosso jovem que, ,t,i ávido por um automóvel aos 18 anos.
IIellcldaoe I34 | Dinheiro: os segredos de quem tem
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"Todos começam gerando seus
problemas da mesma forma, e
depois acabam igualmentetentando solucionar esses
problemas com ações muito
parecidas, usando uma receita
que jamais proporcionoufelicidade: desfazer-se do que foi
construído durante uma vida."
A maioria dos jovens americanos passa por uma mudança
tlrtistica de vida ao entrar na faculdade. Independentemente do
l,adrão de vida que possuía, o jovem americano sabe que, ao en-
tlirr na faculdade, passará a ser o senhor de sua vida, sem ampa-
lo dos pais para moradia e transporte. Quando muito, tem facul-
,lade e alimentação pagas pela família e é obrigado a fazer "bicos"l)iìra arcar com os outros gastos. A grande obsessão de todo jo-
vt'm americano não é fazer "bicos" pafa pagar a prestação do(.ìrro - eles têm um bom sistema de transporte e, quando não o
li'rn, compram carros que são verdadeiras pechinchas, com vários
,rnos de uso. Todo o seu esforço financeiro está concentrado em
( ()rìseguir, no menor pïazo possível, o sonho de qualquer ameri-
(,ìrìo de classe média: o primeiro milhão de dóIares.
Alguns planejam conseguir seu primeiro milhão de dólares
,ìtc os 50 anos. Outros, mais ambiciosos, sustentam que, se seus
l)|.ìnos de negócio derem certo, o primeiro milhão chegará an-
Ics dos 30 anos.
Qual seria a razão desse número mágico de 1 milhão de
,ltilares? Você pensa que, com esse dinheiro, o objetivo passa a
:;r'r então comprar casa, carro, título de clube e casa de praia?( t'rtamente não.
A razão do primeiro milhão está na conquista da nposentndoria.
AposnvraDoRrA? Teo cEDo?
lnragine-se depositando 1 milhão de renis (não de dólares, seja-
rrros modestos e realistas) em uma caderneta de poupança ou
0 dinheiro não ïraz fèÌicidade | 37
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aplicação segura que lhe renda juros limpos de 0'57o ao mês (a
rentabiiidade da aplicação menos imposto de renda e menos
inflação). Daqui a um mês' você terá à disposição algo em torno
de 1.005'000,00 reais (1 milhão e 5 mil reais)' Na verdade' terâ
mais do que isso, pois descontamos a taxa de inflação' mas de-
vemos considerar que, após um mês' você conseguiria gastar o
equivalente a mais 5'000 reais em compras do que gastaria no
mês anterior'
Se tirar 5'000 reais da poupança' restará o mesmo 1 milhão
inicial,atualizadopelainflação'Nomêsseguinte'vocêterámais
5.000 reais para tirar novamente' E mais 5'000 no outro mês' e
assim sucessivamente, sem Prazo para acabar' Perceba que com
1 milhão na pouPança, em dinheiro' você pode ter renda perpé-
tua. Se seus gastosmensais não forem superiores a 5'000 reais'
podemos afirmar seguramente que você não dependerá mais
do trabalho parcpagar suas contas' Nessa situação' você estará
aPosentado!
Aposentar-se, em finanças pessoais' não é deixar de traba-
lhar. Não pense em parar completamente' Se sua cabeça paraÍ/
seu corpo pararâ também' Aposentar-se significa obter renda
suficiente Para pagar suas contas mensais sem que se veja na
obrigação de trabalhar para pagá-las' Ao se aposentar' você terá
tranqúiÌidade para trabalhar no qlle gosta' Poderá se darao luxo
deficarumdiadecamaquandopegarumresfriado_epercebe-ráqueosremédiospalaresfriadossãototalmentedesnecessários.
Disporá de tempo para curtir à vontade aquilo que você tem de
graça e estava deixando passar com sua vida'
3 B I nintreiro: os segredos de quem tem
O mais importante na aposentadoria da forma como apre-
st'nto aqui está na idéia da perpetuidade. Têm de ser para sempre.
Vt'jaaseguiroporquê.
, ! -í'
Dumvrn euANTo rEMpo? rqrr e '"€.Qh*
As vezes respondemos a algumas perguntas sem pensaÍ em seu
r'cnl significado. Quem teve a oportunidade de estudar propos-l.rs de planos de aposentadoria privada, planos geradores de
l'cnefícios livres, investimentos programados em aposentadoria(' outros produtos oferecidos pelos bancos que visam garantir o
" iuturo" do investidor deve ter passado pela situação seguinte:
Entre as várias opções de "aposentadoria privada" exis-
It'ntes no mercado, decidi analisar a proposta de um plano que
Prometia aplicação mensal bem menor que a média dos demais
planos oferecidos pelos bancos. Ao consultar meu gerente sobre
() valor mensal a ser aplicado, ele me dirigiu três perguntas:
1) Qunl é a renda que deseja ter no se aposentar?
2) Quando deseja se aposentar?
3) Durante quanto tempo pretende receber sua aposentadoria?
Perguntas interessantes. A primeira, é claro, servia para deter-
rrrinar quanto dinheiro eu deveria ter em uma poupança para gerar
Aposentar-se significa obter renda suficientepara pagar suas contas mensais sem que se veja
na obrigação de trabalhar para pagá-las.
O dinhciro nào rrrz lclicidade I J9
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a tal renda. Respondi facilmente: uma renda equivalente aos meus
gastos mensais na época da consulta. A segunda pergunt4, sobre a
data da aposentadoria, servia para calculaï o pïazo de minha apli-
cação - quanto maior o prazo, menos dinheiro teria de investir por
mês. Naquela época eu desejava me aposentar aos 60 anos.
Talvez a terceira pergunta tenha sido uma das primeiras ra-zões de começar a escrever este livro. "Durante quanto tempo pre-
tende receber sua aposentadoria?" Na cabeça dele, se eu quisesse
receber aposentadoria por apenas um mês, bastaria ter o valor des-
sa aposentadoria na poupança, pois supunha que alguém estives-
se interessado em ter uma renda que acabasse em um dia
preestabelecido. Incrível, pela primeira vez na vida alguém me
perguntou seriamente qual era minha estimativa sobre a data de
minha morte. Se eu quisesse "morrer" aos 90 anos, precisaria con-
tar com uma aplicação mensal alta a partir de hoje para formaruma poupança que seria "torrada" dos 60 aos 90 anos. Mas, se eu
quisesse aplicar menos dinheiro hoje, teria de contar com a ajuda
de um infarto prematuro, senão não haveria dinheiro para susten-
tar minha velhice.
ArÉ QUANDI vrvEREMos?
Você corre o sério risco de precisar pedir dinheiro a seus filhos
para alimentar sua velhice. Alguma vez você já pensou em quan-
to tempo pode viver? Ou em quanto tempo gostaria de viver?
Veja o que nos diz o censo demográfico brasileiro, apurado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Itrrrlr, rrr: o,, st 1!t'rlos tlc t;ttt'nt 1cm
Faro 1:
' Em 1940, n expectatiun média de aida no Brasil ern dt'38,5
onos.
' Em 2003, essa expectatiua médin de aida era de 71,3 anos.
Perceba que, em poucomais de sessenta anos, a expectativa
tle- vida de um brasileiro, ao nascer, aumentou em mais de trinta
.rnos. lJm brasileiro que nasceu em 2003, em média, esperaria vi-
v'er até os71,3 alos. Mas veja bem, em média. Aqui estão incluídas
,rs crianças que morrem com menos de L ano de idade por desnu-
trição, os miseráveis que não têm acesso a uma boa alimentaçào,
bons médicos, plano de saúde e educação para adquirir hábitos de
lrigiene.
A classe média brasileira já tem expectativa de vida superior
,r 80 anos. Alguns cientistas já falam em congressos de saúdesobre uma expectativa de vida de 105 anos ainda na primeira
tlecada do novo século. Hoje todos vêem os netos. Cacltr vez
nrais gente convive com bisnetos.
Fero 2:
' Ê,m 2000 hauir, aproximadnmente 24.600 centenários no Brasil.
O censo de 2000 moskou que o número de brasileiros que têm
100 anos ou mais jâ era suficiente para encher um estádio de fute-
I'ol. Completar um século de vida não é mais um fato a ser regis-
lrtrdo na imprensa. Está se tomando um fato corriqueiro' A medi-
t irra está proporcionando às pessoas uma vida saudável muito
Ionga. Quem se aposenta aos 65 anos pode contar com um tempo
to l O dinheiro não traz felicitlarlt' | 4 I
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de vida talvez maior que a própria carreira de trabalho. Por que
não pensar em desfrutaÍ essa nova vida desenvolvendo um traba-
lho que se ame e sem preocupação com as contas para pagar?
Seria bastante interessante, em minha humilde opinião.
O que você está fazendo para garantir uma velhice tran-
qüila? Trabalhando para pagar as contas no final do mês? Con-tribuindo para a Previdência Social para receber sua aposenta-
doria de um salário mínimo? E essas contas que você tem, vai
eliminá-las na velhice? Tirar de sua família o padrão de vidaque ela tem?
Atco pRECrsA sER FErro - poR INDE coMEÇAR?
Este é o momento de mudar seu futuro. Ninguém é obrigado a
empobrecer de uma hora para outra. Tenha consciência de que
seu "regime financeiro" começa agora. Tem de começar agoÍa,
pois se você deixar para amanhã estará um dia mais pobre.
A partir de agora, estaremos traçando seu plano para tor-
nar-se rico.
Antes de mais nada, você precisa mudar sua forma de pen-
sar sobre o futuro. Se não tem visão clara de sua riqueza no
futuro, é porque provavelmente pensa como pobre. Em primei-ro lugar, é preciso abandonar a mentalidade de pobre e passar a
pensar como rico.
Quem pensa que rico é aquele esbanjador ou ostentador que
dá gorjetas mais caras que uma refeição, vai a festas todos os dias
c anda com um carro por dia está com uma visão distorcida do
ltrrrlrtno rr,, rr'Í'ttrlos tlc ttttcm tcm
que eu quero chamar de rico. Talvez esta definição seia clo tlttt'
popularmente é chamado de podre de dco. Coloquemos os ptls tttr
chão. Uma pessoa dessas é uma Pessoa de sorte, e sorte cada unr
tem a sua. Não conheço métodos de mudar a sorte de ninguém.
E, se realmente for possível mudar a sorte de alguém, certamente
não será por métodos naturais.Meu objetivo é fazer com que você fique rico através de um
planejamento simples, objetivo, que Possa ser seguido por qualquer
pessoa. Não contaremos com velas, orações nem ações divinas.
O rico a que me refiro é aquele que construiu sua tiqteza
da mesma forma que você está buscan do fazet. O livro Millionnire
next door (O milionário mora ao lndo - Os surpreendentes segredos
dos ricaços americanos), de Stanley e Danko, mostra que muita
gente faz rma idéia totalmente errada de como as pessoas enri-
quecem. Poucas vezes é uma herança, um diploma de pós-gra-duação ou mesmo a inteligência que constrói uma fortuna. Com
muito mais freqüência, esse é o resultado de trabalho duro, eco-
nomias disciplinadas e um padrão de vida bem abaixO clos mcitts.
A maioria dos milionários compra c.-ìrros ttstrdos cm tlferta, tem
boas estratégias para reduzir o lmptlsto c'le lìcnda, rejeita o esti-
lo de vida de grandes gastos que a maioria de nós associa com a
riqueza. Como dizem os autores do livro, a maioria das pessoas
realmente ricas não mora em Beverly Hills nem em Park Avenue,
rnas logo ali na casa ao lado.
l,l O dinheiro não traz felicidade | 43
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'A razáo do primeiro milhão está
na conquista da aposentadoria."
i: i,
0s, :QUATR0,,GRANDES ERROS D$
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Plante cadn dia Pelo menos um Pé de
algaroba, de caju, de snbiá ou outra áraore
qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só.
Padre Cícero 0844-1934)
Pon euE AS PrssoÁs lüÁo EI\THQUECEM?
As pessoas não enriquecem Porque não fazem planos' Mas esse
não é o único motivo do não enriquecimento. outro motivo de
as pessoas não enriquecerem é porque cometem erros' Todos
nós cometemos erros.
Não pense que, Para enriquecer, você terá de eìiminar com-
pletamente oS erros de sua vida. Os ricos também erram. Talvez
até errem com bastante freqüência, pois alguns escolhem o ca-
minho do risco para enriquecer mais rapidamente' Mas, com
um pouco de sabedoria, os bons resultados dos acertos acabam
compensando com sobras os maus resultados dos erros'
46 | Oinheiro: os segredos de quem tem os quatro grandes erros das pessoas pobres | 47
Errar e humano
Aí está um belo bordão para justificar um erro. Ou talvez
rrrrra bela desculpa. Mas algumas pessoas talvez se achem mais
Irr-rmanas que outras poïque se dão ao luxo de errar com uma
lrcqüência impressionante. Você, leitor, se ainda acha que está
rrruito longe de enriquecer, é bem provável que esteja errandolrastante, muito mais do que deveria.
Descobri, com meus estudos sobre finanças e com várias( ()nsultorias de finanças pessoais que tive oportunidade de ofe-
|i't'€r, eu€ entre os vários erros que levam as pessoas a não se
l()rnaÍ ricas existem quatro grandes erros comuns a praticamente
Iodo ser humano pobre.
Basicamente, todo pobre é pobre porque:
1) Desprezn os pequenos r,talores.2) NAo se esforça por uma boa negociação.
3) Nao tem percepção financeira.4) Nao sabe aonde quer chegar.
São erros muito freqüentes. Explorarei cada um deles a partir
tlt' agora. Ajeite-se na cadeira ou no sofá. Você irá perceber que
t.rmbém erra bastante. Talvez até aceite bem esse fato, mas es-
lx'ro que mude sua postura a partir de hoje.
0 nnspnnzo PELos PEeuENos vALIRES
Normalmente prestamos atenção aos grandes números, mas
,lt'sprezamos os pequenos. Quando usamos a expressão "da
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espessura de um fio de cabelo" , queremos dizer uma espessura
que praticamente não vale nada. Mas provarei que é um absur-
do considerar essa espessura igual a zero.
Consideremos, por exemplo, a espessura de uma folha de papel
comrlm, como esta em que o texto está impresso. Você sabe qual é a
espessuÍa dela? Com um irstrumento de precisão - um paquÍmetro-podemos medir a espessura desta folha e chegaremos à medida de
0,094 milímetro, ou pouco menos de 0,1 milímetro (um décimo de
milímetro). Na prática, isso significa que, se você colocasse uma fo-
lha de papel sobre um piso bem plano, pisasse em cima dela e não
houvesse deformação da folha, estaria 0,1 milímetro mais alto do
que se não pisasse na folha. Para muitos isso é o mesmo que nada.
Agora imagine o seguinte problema: você precisa subir ao
alto do Pico da Neblina, o ponto culminante do território brasi-
lcinr, com 3.0-l 4 metrt)s, mas não dispõe de nenhum outro equi-pi-rnrerrto a-r não sor ulrìiì folha de papel da espessura desta que
cstii em stras rnãos, poreim c1e dimensões enormes, do tamanho
cltre precisar. Como atingir o cume do pico mais alto do Brasil
apenas com uma folha de papel?
A meu ver, pode-se achar uma solução relativamente simples.
Se, ao pisar na folha de papel, eu estou mais longe do chão, concluo
que, se pisasse sobre duas folhas, estaria duplamente mais longe!
Ora, como tenho uma única e enorme folha, cada vez que dobro a
folha ao meio estou a urna alfura exatamente igual ao dobro daquela
em que estava anteriormente. Bastaria, então, verificar quantas vezes
eu precisaria dobrar ao meio minha folha de papel para atingir altura
igual ou superior à do Pico da Neblina. Vejamos o quadro a seguir:
l)ìrrhciro: os segredos de ouem tem
8 z,+oo 256
4.81
Esprssunl DE uMA FoLHA DE pApEL: 0,094 mm
Espessura obtidatimero detlobra s
n
mm
0,094
KM
M de 8r-'sttta.s
folhas (1 rcsrtt;t
500 íollras)
I
0,r880,376
0,752
1,50 t63,01 3t6,02 64
12,03 1,203 128
51210 9.63 1.024
l1 19,25 2.048
t2 38,5 4.096
IJ 77,0 8.1 92 1614 154,0 1,54 16.384 32Ì5
rti
]I8
r1)
,) l)
,, I
,)Ì,,.Ì
.t4
,,'I
,/l r
64,08 32.768
6,16 6s.536 128
12,32 131.072 256
24,6 262.144 51249,3 524.284 1.024
98,6 1.048.576 2.048
191,1 2.097.152 4.096
394,3 4.1 94.304 8.1 92788,5 8.388.608 16.384
1.577 ,1 16.117.216 32.768
3. 1 54,1 3,1 5 33.554.432 6s.s36
6,3
12,6
4rÌ I 0s tlualro gÌirÌt(l('s t Ì ros rl;rs |r( \\írir\ 1,,,llr,.r l 49
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Esprssuna DE UMA FoLHA DE PAPEL; 0,094 mm
Espessura obtidaNúmero de
dobras
19,
2'633 voltas em redor da Terra
Perceba que, a cada dobra, multiplica-se Por
na dobra anterior" O exemplo mostra quanto
',rrlrr'sfipa-os o potencial das pequenas medidas. Corn 25 do-
I'r',rs de uma folha de papel consegue-se espessura maior que a
.rllura do Pico da Neblina. Com cinqüenta dobras, tem-se altura
ctltrivalente a mais de 2.600 voÌtas em redor do planeta Têrra!
Caso não acredite nesse exemplo, tente fazer uma simula-
(,ì(). PÍimeiro, pegue uma folha de papel e tente medir sua es-
lì('ssura com uma régua. você não conseguirá, pois a espessura
rlo papel é inferior a 1milímetro. Dobre essa folha ao meio seis
\,('zes e tente medir novamente. Surpreendeu-se? Logo você per-
, t'berá que as curvas formadas no papel dificultarão seu traba-
llro, mâs estou desprezando esse efeito para facilitar sua com-
I'r'eensão. Outra forma de chegar à mesma conclusão é com um
l).ìcote de 500 folhas de papel (dessas que são utilizadas em
rììpressoÍas domésticas). Comece com uma folha. Coloque uma
Iolha em cima da primeira. Agora, em cima das duas folhasr oloque mais duas e continue dobrando o tamanho da pilha até
,rt'arbar o pacote. Você verá que o papel acabará antes de con-
, luir a nona rodada...
Voltemos ao nosso exemplo do dinheiro. Espero que você
r'steja convencido do potencial dos pequenos valores. Muitas('rnpïesas respeitam muito os pequenos valores, e por isso fa-
zt'm fortunas ao vender um número muito grande de produtos( ()m margem de lucro muito pequena. É o caso dos
lripermercados, empresas cujo faturamento anual chega à casa
,los bilhões de reais. Mesmo vendendo produtos com margem
,lr'1 ou 2 centavos sobre o preço de compra, atingem cifras de
Irrcros de centenas de milhões de reais.
km
25,2
tt9 de Resmas
fothas (t resma =500 folhas)
29 50,5
30 100,9
31 201,9
32 403,1
JJ 807,5
34 L614,9
35 3.229,8
JO 6.459,6
31 12.919,3
Jó 25.838,5
39 51.677,0
40 103.354,141 206.708,2
42 413.416,4
43 826.832,1
44 1.653.665.5
45 3.307.331,0
40 6.614.662,0
41 13.229.323,9
48 26.458.647,8
49 52.917.2S5,6
50 105.834.591 .2 (105 milhões de quilometros)
Incrível, não?
2 a altura obtida
50 I lintreiro: os segredos de quem tem Os quatro grandes erros das pcssoas pobres I 5 I
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Jamais despreze os pequenos vaÌores
Imagine que você compre um pacote de balas por determi-
nado preço e consiga vendê-las pelo dobro do que pagou.Imagine
também alguma artimanha que pudesse convencer várias pessoas
a comprar suas balas, possibilitando-lhe vender tantas balas quan-
tas fosse capaz de comprar. Pense agora nas pessoas que ofere-
cem balas nos semáforos a pretexto de auxiliar a família. Esses
vendedores já pagaram aos ricos fornecedores de balas no míni-
mo o dobro do que elas custaram. Alguém está ficando muitorico com sua "caridade".
O que está por trás dessa inversão é o desprezo que temos
por pequenos vaÌores. Certamente você não conseguirá imaginar
um meio seguro de dobrar o valor de sua poupança em curto
período de tempo(se
conseguir tal façanha, por favor, entre emcontato comigo o mais brevemente possível). Mas existem alter-
nativas para fazer seu capital crescer, e uma delas são os juros
pagos pelos bancos sobre sua poupança. Juros nada mais são do
que uma taxa, ou um aluguel, paga por alguém païa usar umbem de outra pessoa. O bem, nesse caso, é o dinheiro. O banco
oferece uma taxa de juros para que você se convença a depositar
seu dinheiro na instituição, e então usará seu dinheiro para fazer
empréstimos a outras pessoas cobrando mais caro por isso. Não
há segredo: quanto menos o banco paga a você e quanto maiscobra de quem pede emprestado, maior é o ganho dele.
Como a taxa de aluguel, ou juros, é paga em dinheiro, nolinirl cìc trm período de aplicação de seu dinheiro (um mês, por
0 que está por trás dcssa irtvcrsitt) e o
desprezo que temos por pe(lucnos viìlores.
exemplo) você terá uma quantia de recursos maior do que a inicia I.
E é sobre essa nova quantia que o banco pagarâjuros, criando-se
um efeito semelhante ao das dobras de papel: quanto maior apilha que você tiver, mais rapidamente crescerá sua PouPança.
O problema é que, muitas vezes, deixamos de poupar mais
porque perdemos muito dinheiro' Na verdade, desprezamos o
clinheiro pequeno. Jogamos dinheiro fora por costume, pois acre-
clitamos que não vale a pena "negociar" pequenos valores'
Acredite: quanto mais pobre a pessoa, mais desperdiça. Sin-
ceramente, não sei se o desperdício acaba sendo causa ou con-
seqüência. Você já fez, por exemplo, no banheiro público ou da
('mpresa a pesquisa do papel-toalha? Quem está mais bem-ves-tido ou ganha mais é quem usa uma folha - no máximo dttas -para enxugar as mãos. Na proporção inversa da rencla, vai au-
rnentando o desperdício.
O mesmo acontece quando se recebe o ordenado no final
tlo mês. Há um forte apelo causado pelo dinheiro na mão que
rros impele ao desperdício. No começo de minha carreira, estagiei
('n-Ì uma grande indústria grâfica cujos funcionários almoçavam
rro restautante da empresa, de estilo "bandejão", a tlm preço
çirnbólico descontado da folha de pagamento - coisa de centa-
vtls. A comida nunca era tuim, sempïe bem servida. Mas era
incrível o que acontecia no restaurante no dia do pagamento: a
r,,rttnde maioria dos trabalhadores saía para comer fora rlir crrt
Os quatrrl grlttttlt's t'tttts tl;ts l)(ssoiìs 1,,,llrcs 153
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presa, pagando muito mais pelo almoço, com a justificativa de
"vaÍiar um pouquinho". E a maior parte desse grupo era de
pessoas que ganhavam três ou quatro salários mínimos.
Perceba também o efeito do desprezo pelos pequenos valo-
res quando você tem uma nota de 50 reais na carteira. Prova-
velmente a nota dura muito mais tempo do que cinco notas de10 reais na carteira. Isso acontece porque não pensamos duas
vezes antes de comprar futilidades, já que elas custam "barati-
nho". Mas se eu tiver de usar uma nota de 50 reais para com-
praÍ um cafezinho ou um doce ou uma roupinha em promoção
vou consideÍar com mais juízo se essa compra vale a pena ou
não. O que acontece, então, quando uma nota de 10 reais viravárias notas de 1 real? Ou, pior, quando recebemos troco em
moedas, que poï alguma razáo que desconheço são totalmente
desprezadas pelos brasileiros?O exemplo da nota de 50 reais é simbólico. Todos os produ-
tos da prateleira do supermercado são baratos. "E só 1 real a
mais...", e lá estamos nós comprando mais um supérfluo. Nocaixa, os vários "só 1 real a mais" transformam-se em algumas
centenas de reais, e aí vem o susto. Vale o mesmo para a emis-
são de cheques de pequeno valor ou pequenos pagamentos com
cartão de crédito. Não são nada em comparação com nossa ren-
da, mas transformam-se num monstro devorador de ordenados
no final do mês.
O arrependimento consciente já e um grande
l)itsso para o amadurecimento financeiro.
"l l)rrrlrtiro: os st'grcrlos tlc quem tem
Procure lembrar-se de uma situação em que perclt'tr (ìtl ( l(':.
Perdiçou dinheiro. A mais recente delas. Tenho certezit clt' tltrt'
rros últimos dez dias você deve ter se arrependido de fazer, cottl
rrruita rapidez, seu dinheiro acabar na carteira ou suas col-ìtiìs
sc acumularem nos cheques ou no cartão de crédito. Interrom-
i)iì sua leitura agora por alguns segundos e reflita.
lempo para pensar
Se você lembrou alguma situação, parabéns' O arrependi-
rnento consciente já é um grande passo Para o amadurecimento
linanceiro. Nos exemplos seguintes eu comprovo duas coisas
irrteressantes. Em primeiro lugar, você perceberá quão freqüen-
lcs são as situações cotidianas em que perdemos dinheiro. Em
scgundo, também perceberá que algumas das situações em que
l)crdeu dinheiro nos últimos dias nem sequer foram notadas ounão passaram por sua cabeça após a leitura do parágrafo ante-
lior. Reflita sobre estes exemplos:
Logo pela manhã, senhor Fulano ncorda e aai buscar o
leite e os pãezinhos quentes para o café da manhã. A contn dá
1,90 real, e ao apresentar sua nota de 2 renis ele iá recebe em
troca a gentil pergunta com um sorriso: "Vai um chicleteT"
Lá se foram-10 centaaos em um arredondnmento. E ele pagou
acima de 5"k mais caro por sua compra.Após o café da manhã, senhor Fulano aai à loja de mate-
riais de construção para comprar um noao tubo flexírsel parn a
pia, já que não agüenta msis ouair sua esposa reclamar há
Os quatro grittttlt's tltos tl:ls lì("\r)iÌ\ polrrts I ';)
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meses da água empoçadn no banheiro. Se ele tiaesse feito as
contas de quanto gastou de águn a mais nesse período, talaez
se motiuasse mnis cedo a consertá-la. preço: 24,85 reais. Aoapresentar a notít de 50, o cnixa conta 25 de troco e já uem
com a pergunta: " Estou sem troco, senhor. possoficar deuendo
75 centaaos? " Fnzer o quê? Mais 15 centnuos por água abaixo.
Enquanto senhor Fulano compraaa o tubo JTexíuel, sun
esposa estaaa na lojn de " tudo por 1 real" comprando algumas
coisínhas para a cnsa. Comprou quntro porta-copos que custa-
aqm 99 centauos e mais três baldes que custaunm 1,99 real.
Nem questionou quando a dona dn loja lhe passou o ualor
total a pagnr: 10 renis! Mnis 7 centnuos perdidos.
Até a hora do almoço daquele dia, senhor Fulano e sua esposajá haviam perdido 32 centavos. E outras oportr_rnidades de
perdaviriam. Caixinha para o flanelinha que "cuida" do carro, moedasque vão para o bolso ou para o painel do carro e nlrnca mais são
encontradas, arredondamentos em cheques - é preciso agradar ao
vendedor ou é o contrário? - e muitas outras sifuações.
Não estou pregando um comportamento obsessivo contraperdas. Essas perdas realmente são pouco significativas se con-sideradas de forma isoÌada. O problema é que são muito fre-qüentes. Perceba que não é difícil perder 50 centavos por dia.
Esses 50 centavos diários equivalem a 15 reais por mês, ou 180reais por ano. Daria para compïar uma bela ceia de Natal nofinal do ano. O problema não está no valor, está na freqüênciacom que se perde...
Não deveria haver constrangimento em exigir tl vitlor t o
brado pelos produtos. O Código de Defesa do Consumiclor g.t
rante que o lojista é obrigado a ter troco e, se não o tiver, clt'vt'
dar troco a mais se o cliente assim preferir.
O nnsceso PoR UMA BoA NEGocIAÇAo
Procure lembrar-se de uma situação em que você deixou de eco-
nomizar dinheiro por não ter negociado ou por não ter analisa-
do adequadamente uma ProPosta de compra. Assim como peÍ-
demos dinheiro com freqüência impressionante, constantemente
deixamos de aproveitar ao máximo o vendedor potencial que
há dentro de nós ou a nossa capacidade de análise.
Você conhece o vírus do consumo? Criado nos laboratórios de
marketing, é extremamente perigoso para a humanidade' Ataca océrebro, mas os efeitos colaterais mais graves surgem em um dos
pontos mais sensíveis do corpo humano no longo pïazo: o bolso.
Muitas de nossas compras são feitas por impulso, e isso já
foi comprovado por diversos estudos. Segundo pesquisa reali-
zada pelo PROVAR* ern 2002, aPenas 20"/" das pessoas afir-
mam que não compram além do que haviam planejado em su-
permercados. Em outras palavras, B0% das Pessoas admitem
compÍar por impulso. Essa estatística é impressionante.
As razões de boa parte dessas compras por impulso são its
eficientes estratégias de marketing das empresas. Elevados investi-
Programa de Varejo da Fundacão Instltuto de Adm nlstracão FIA/USP
Os quatro grittttlt's t lltt" tl.t" lìr"..,,1, 1,,,1,r, " I rr'/
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mentos e tecnologia são utilizados para que sejamos convencidos a
levar para casa urn produto. Quando vamos às compras, temoscomo objetivo buscar produtos que nos interessam, mas temos tam-bém como destino trazer para casa os produtos que nos são em-purrados com enoÍne asúcia por seus fabricantes e vendedores.
A todo instante somosbombardeados por apelos demarketing. Durante nossas compras em supermercados não
vemos os produtos que queremos. Ao invés disso, vemos emba-lagens feitas para chamar nossa atenção, letras e formatoschamativos, fotos de lugares e situações em que desejaríamosestar, atendentes bonitas oferecendo amostras de artigos quenunca pensamos em comprar. Artigos fúteis expostos ao ladode bens de primeira necessidade. Embalagens promocionais, em-balagens novas, brindes que terão utilidade duvidosa em nossos
armários de casa. Leve doze e pague dez, e tantas outras pro-moções que lhe empurram produtos e quantidades além daque-les que você realmente planejava comprar. É claro que há casos
em que essas promoções são realmente interessantes, desde quevocê faça uso de todos os itens adquiridos.
Se a situação que apresentei até aqui faz com que a carapu-
ça sirva para você, leitor, não desanime. Você faz parte de umgrupo de consumidores perfeitamente normais, aqueles que ali-mentam as estatísticas das estratégias de marketing das gran-
des empresas. Gosto de definir uma relação de compra comouma batalha. Todos os exemplos dados até aqui fazern parte deum universo de vendas pouco selvagem, aquele em que abata-lht-r se trava entre você e o produto que está ali, quietinho, na
o., .;r'11rt.rlos rlt' rltrt'm tcm
prateleira ou na vitrine. Uma situação muito pior é aqttclit t'rrr
que seu inimigo se traduz na figura de um vendedor, daquclt's
que vêm até você com um sorriso quando seu primeiÍo Pass()
está a frações de segundo de tocar o piso interior da loja.
Todos nós temos um lado comprador e um lado vendedor.
Ganham mais aqueles que sabem desenvolvermelhor seu lado
vendedor. Toda situação de compra pode ser encarada como uma
luta desleal. De um lado do ringue, o cliente: inocente, em busca
da realização de seus sonhos de consumo, Pensando apenas em
achar o produto que lhe interessa. Ao identificar o produto, e
somente após isso, surge a preocupação com o Preço. Do outro
lado do ringue, o vendedor: escolado em técnictrs cie vendas e
programação neurolingüística, sabe identificar o clicrrtc qLlc cn-
controu o produto de seus sonhos, e nesse ponttl o lcãtl ili itt.tctltt
o pescoço do cervo. Quando o cliente mostra que é aquellc () Lrr()-
duto que tanto procurava, a luta jâ estâ perdida, é questão de
tempo e astúcia do vendedor emPurÍar ao cliente um produtcr
cujo preço de venda poderia ser muito mais baixo.
Há pouco tempo, eu e minha esposa procuráanmos mó'
aeis para nosso apnrtamento, já que estáaamos prestes a nos
cnsnr. Como acontece com todos nessn situnção, estóaamos
superfelizes,poisplanejáztnmos a criação de "nosso cantinho", e
o entusiasmo era eaidente em nossos olhos. Certo domingo, emum shopping de móueis e decoração, finalmente encontramos a
cristaleira de nossos sonhos. Estaaa Iá, reluzente, nn aitrine de
uma grandeloja de decoração.Nnquela tarde de domingo/ apren-
demos duas lições sobre n arte dn compra: 1) a aitrine não foi
r,ll I ltrrrlrcrro 0s quatro grandes erros das pcssoiìs lrolttcs I Ir(l
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feita para olhnr, mas para ser olhnda: ao entrar nn loja, a uendedora
já sabin, por nossas expressões de encantamento, que tínhamos
encontrado a cristaleira que há muito tempo procuráaamos; e 2)
o processo de compra não deae ser feito a dois: a uendedora rapi-
damente descobriu qual de nós era o mais fraco em negociações,
e
quando a"parte
negociadorn" expunha seus argumentos con-tra preços, condições de pagamento e qunlidade do móuel a
aendedorn rnpidamente olhaua com cara de dó pnra a "parte
fr,i4il" e lnstimnoa: "Tenho certeza de que este é o móoel de
aocês e é a última peça. A promoção é só até hoje, segunda-feira
uem tabela noaa, está a preÇo de fábricn...", e todas as outras
mentiras descaradas que quase todo aendedor apresenta.
Qual deve ser sua postura em relação a compras? Antes de
mais nada, esteja consciente da batalha em que está entrando.
Seu dinheiro está em jogo. Você é um lutador diante de um fe-
roz vendedor. Transforme sua cabeça, desenvolva seu lado ven-
dedor. O prêmio a que fará jus se vencer a batalha será um ata-
lho para sua independência financeira. Quanto mais atalhos,
mais depressa o objetivo será atingido. Esteja preparado, se o
vendedor perceber que você entende do jogo não irá perder tem-
po e se renderá facilmente para sair em busca de um cliente
inocente o mais rapidamente possível.
Posso listar algumas dicas valiosíssimas em suas próximascompïas. Sào elas:
Ao dirigir-se a uma loja em que pretende comprar aários arti-'iil.l gos, como um supermercndo ou uma loja de materiais de cons-
trução, prepare sua lista de comprns e leae-a com aocê. I)rocttrt'
ater-se ao que estar)a em seu plano de compras. Inaariaaelnrcttlc
aocê encontrará produtos que talaez tenha esquecido de colocnr
na lista e realmente se façam necessúrios. Nesse cnso, treine parn
pensar duas aezes antes de colocar no carrinho qualquer produ-
to que estaua fora da lista. Não estou sugerindo que elimine to-talmente 0 prazer do consumo, mas que cuide melhor do orçn-
mento. Uma idéia interessante é incluir em seu plano de compras
determinado aalor a ser gnsto com artigos não planejados. Pre-
senteie-se, mas sem se assustar com 0s aalores nn hora de pagar.
Em algumas situações oocê não snbe exntamente o que aai com-
prar no supermercado, por isso fica muito difícil fazer umn
lista. Caso típico é fazer as compras para uma festa ou para a
cein de Natal e optar pelas "nouidades" à uenda no superffier-
cado. Uma alternatiua é fazer uma estimatiaa do limite de gns-
tos e estabelecer um ualor como metn. Sua ceia de Natal custnró
X resis neste ano. Durante as compras, aá ntontnndo tttt Iojn
sua lista e somando os unlorcs nn cnlculndorn. [)olicic-s( trt(ttt
to ao limite. Respeite seu orçnnrcnttt.
Ao deparar coftt um uendedor profíssional, jarnnis nrostra quc
o produto que uocê escolheu é exatamente aqtrele que estaun
procurando. Não entregue o ouro ao bandido. Não há situação
mais propícia ao aendedor profissional que aquela em que o
casal com cnra de recém-casado (o aendedor tem o poder de
perceber o brilho de uma aliança noaa a quilômetros) entra na
loja de móueis com um sorriso e a expressão de "até que enfìm
encontramos". Faça jogo de cena. Combine com seu parceíror1
;.rt 'iì
(,(l I ltrrrlrcir,r: os st 13r'r'rlrrs rlc rluem tem 0s quatro grandès erros das Ì)('ssoiìs 1r,,1,r,"' | (r I
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oLt parceira as regras do jogo. Aprendam n olhnr n aitrine com
carn de desinteresse, entretn na loin com a desculpa de tirar
umn dúaida em relação à texturn dn peça. Se o aendedor aaan-
Çar, argumentem que querem aer a peÇa porque é igualzinha à
que têm em casa. Após testar a qualidnde e consultar o preÇo,
saiam da loja e discutnm entre aocês as uantagens e desuants'gens do produto. Isso uale para móaeis, automóaeis, eletrodo-
mésticos, obras de arte e outros bens de ualor. Decididos pelo
produto, aoltem à loja pnra inicisr a pechincha.
Procure npontar defeitos mesmo que eles sejam pouco significati-
uos. Tenhs certeza de que o aendedor está ocultando defeitos que
aparecerão depois. Mostre-se insatisfeito com algum detalhe: cor,
formato ou tamnnho. Todo produto defeituoso merece desconto'
Negocie todns as alternatians possíueis: cheque, cartão, paga-
mento à uista, parcelado, financiado. Mais adinnte discutirei
como aaaliar adequndamente ns alternatiaas de pagamento'
Percebn as oportunidades de pechincha. Nem sempre aocê ti-
rará um coelho da cartoln. Nno há a menor condição de pechin-
chnr em lojns do tipo que denomino de "aareião-baciada" ' Sao
aquelns em que os consumidores se batem pnra pegar alguma
peÇa aproaeitáuel em meio a um monte de produtos fora de
linha ou com defeito. Os aendedores ficam o tempo todo ocupa-
dos tirando pedidos e ganham comissões mínimas, têm de trn-
balhar com alto giro para gnnhar uns trocados. Definitiuamente,
esqueÇa. A situação é bem diferente quando uocê entra em lojas
de pouco moaimento, como de móueis ou de produtos de alto
uslor em centros de comprn de classe médía' Em nlgumas Io-
jas, é possíuel notar pela oitrine o desânimo tl( ur'ttrltthttr':; rlt'
sesperados por um único cliente salandor do dit, ('l,tt:;ltt uut
olhar seu para que se leaantem e corram até a portn üttl tttlut'lt'
sorriso ncompanhado de um "pois não?" eufórico. l',sstt r' tt
aítima, diante da qual há bastante espaÇo para uma ng,qot ìtr
ção. Ëntre e brigue para aencer, faça seu bolso feliz.' Geralmente o preço de aenda dos produtos tem diaersos tipos dr
margem e comissão embutidos. A loja compra o produto e agrc-
ga a ele uma margem. Sobre essa margem, ainds incidem a mar-
gem do gerente, a margem do aendedor e a chamnda "margem
de negociação". Todas elas podem e deaem ser reduzidas. Nunca
compre sem antes fazer utna última proposta no gerente. Repito:
ao gerente, não ao aendedor. Se o gerente não for consultado,
uocê ainda estará acima da ffiargem mínima negociáuel.
Adotando algumas dessas preciosas regras de compra, você
t'stará dando um grande passo para a construção de sua rique-
za. Desenvolva seu lado vendedor, esteja pronto para o ataque.
()s vendedores profissionais são treinados para vender. Portan-
{o, aprenda a comprar agindo como um vendedor! Você não
r'stará vendendo um produto, estará vendendo a idéia de que
scu dinheiro vale muito. E ele vale mesmo.
A eusnwae DE pERCEpÇÃo FTNANCETRA
\(rcê sabe o que é juro? Juro é o aluguel que você paga p()r us,rl
runa quantia de dinheiro que não é sua. Quando vor'ô us.ì urÌì
rrrrírvel que não é seu, paga aluguel. Quando usa rrrìì lrt'ttt ,1tt,rl
(r2 | llirrlrciro: os scgredos de quem tem Os qualro {rrtttlt's clros rl:rs l)('sso:ìs lrolrres 163
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queï que não é seu, paga aluguel. Dinheiro é um bem comoqualquer outro. A diferença é que tem o que chamamos de
liquidez, podendo nos prestar uma utilidade diferente a qual-quer momento, desde que não se esgote. Se eu uso o dinheiro de
alguém, devo pagar juros. Em outras palavras, se eu tiver dívi-das em dinheiro, essas
dívidas me custarão juros.Dívida é qualquer forma de uso de recursos de terceiros,
em geral acompanhada da cobrança de juros.
Mas não é a simples existência dos juros que deve levá-lo a
evitar dívidas. Dívidas fazern mal quando custam caro. Dívidasfazem mal quando os juros são excessivamente altos. Altos em
relação a quê? Em relação ao que quer que você faça com o
dinheiro que está tomando emprestado. Se tiver percepção finnn-ceíra, é bem provável que as dívidas lhe sejam muito úteis.
O que é essa tal percepção financeira? Percepção financeira épensar como um banqueiro. O banqueiro, e também o bom empre-
endedol, é aquele que usa o dinheinr dos outros porque sabe dar a
esse dinheiro um fim cltre lhc rctrc-la nrrris c1o que o que tem a pagarc1e junrs. Veja conro é possível ganhar dinheiro sem ter dinheiro.
Você sabe como Íunciona um banco?
Um banco nada mais é do que uma instituição que pededinheiro emprestado de uns para emprestar a outros. Você em-
presta dinheiro ao banco mesmo sem estar consciente disso. Obanco trabalha com um marketing de credibilidade para que as
pessoas se sintam seguras em depositar nele seu dinheiro. para
que você deixe quantias significativas de dinheiro no banco, este
64 I oinfrelro: os segredos de quem tem
llre oferece taxas de juros para que seu dinheiro ficlut, ,,irplir,,r
,1o". O banco está usando seu dinheiro, e por isso devc llit. 1,,r
1i,rr juros. Alguns clientes deixam seu dinheiro parado na co.t.r( ()rrente, sem aplicar. É! a alegria dos bancos, pois seu dinheiror'stai à disposição deles sem que tenham de lhe pagar nada.
A figura da página seguinte mostra como seu dinheiro érrtilizado pelo banco. se o Cliente 1 tem algum dinheiro acumu-l,rrlo e não tem onde investir esse dinheiro para fazer mais di-rrlreiro - uma empresa ou um negócio próprio, por exemplo -,,'ste cliente procura um banco para aplicar seu dinheiro, pois sabe(lr re o banco paga juros. se o Cliente 2 tiver uma oportunidade de
rrrvestimento - talvez um negócio próprio - ou estiver com falta,lt' dinheiro, ele irá recorrer ao banco para obter recursos, mesmo',,rbendo que terá de pagar juros por isso. Mas o banco não fabri-
,.r dinheiro. Ninguém fabrica dinheiro. o banco ganha dinheiro('\atamente na diferença entre as taxas de juros que ele paga aos,licntes correntistas e aquelas que ele cobra dos clientes que lhe
l't'dem dinheiro emprestado. Se o banco paga a um cliente 7"/o ao
rrrôs para que ele deixe o dinheiro aplicado na instituição e cobrar lt' outro cliente 3"/o ao mês por um empréstimo, a diferença det.rxas (3% - 1/" = 2 pontos percentuais de diferença) é o ganho dolr.rr1co, que o mercado chama de spread.Imagine quanto dinheiror',,rnha um banco cujos clientes depositam milhões de reais todosos dias em suas contas correntes e aplicações/ repassando esses
Dívida e qualquer forma de uso de recursos dc lt.r't.t.ir.os.em geral acompanhada da cobriut(-:t (l(. jur.os.
Os quatro grandt's t'tÍos rl;r: p(.\\ír,r\ p,,lrr..r | (t lt
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milhões a outros clientes que precisam de dinheiro para faztrinvestimentos em seus negócios ou para cobrir sua falta de caixa.
E esse spread não tem nada a ver com as tarifas de manutençtìode contas correntes, que engordam os ganhos dos bancos.
Coruo FUNctoNA uM BANCo?
frecursos
po upa dos
pelo dìente I
BnrucoPerceber como funciona um banco é importante, pois fica
claro que algumas pessoas - os banqueiros - usam seu conheci-
mento e sua credibilidade (nada além disso) para remanejar o
dinheiro de outras pessoas e fazer dinheiro para ficar mais ri-cos. Bancos não pagariam juros a seus clientes se não houvesse
outros clientes para lhes pagar juros mais altos e aumentar sua
fortuna. É por essa razão que os banqueiros ficam ricos.
Quem paga juros (de um financiamento de carro ou casa
ou do cheque especial) está arcando com um ônus muitas vezesdesnecessário e prejudicial para obter algo antes de realmenteadquirir condições de têlo. Ninguém deveria pensar em pagarjuros se não ficasse mais rico com esses juros.
0s scgrt,rlos de quem tem
Nunca aceite pagar juros mais altos do que atltrt'lt's (lu(' \/( )( ('
r,'t t'b€ de seus investimentos.
Da mesma forma que o banco sabe que alguns estão tlispos;
rrr:;.r lhê pagar juros altos (às vezes por falta de opção) c ottllos
,r, t'itam receber juros baixos por suas aplicações, sabe tambrirtt
,;ut' há clientes que pensam como banqueiros. Esses clientes trìtr
.r. t,itaffì pagar juros altos e também exigem remuneração mais
,rll.r de suas aplicações. Negociam com os bancos taxas melho-
i('s e usam como principal argumento de negociação montantes
rrr,riores de recursos para movimentar.
Se você já pesquisou aplicações em fundos de investimento,
l'('rcebeu que aplicar 1.000 reais é bem diferente de aplicar 1mi-llr,ìo de reais. Os fundos de investimento pagam bem mais para
,íucm tem mais recursos. Em outras palavras, os bancos tentam
"r'()Ììv€ÍÌc€f" grandes investidores a trazer grandes boladas para',ui,rs contas, já que terão menos trabaÌho para juntar recuïsos
l,.rra grandes aplicações. Com isso, acabam recebendo vm spread
rÌìcnor mas que, multiplicado por volumes bem maiores de recur-
',,rs, lhes rendem uns bons trocados.
É po. isso que os bancos possuem diferentes segmentos de
.rtuação, normalmente denominados como no quadro adiante.
Nunca aceite pagar.juros rÌurisaltos do que aquel('s rlttt' vot'i'recebe de seus irtvt'sl i tttcttl os.
(r(r I Itrrrlrt.iro Os quatrrl gr:ttttlt s luo', rl:r', l)( ,',();l\ y,,,lrlt's I 6 7
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Há ainda um segmento de clientes muito especiais Para os
birncos, que trazem grandes alegrias aos banqueiros. Um pro-It'ssor meu apelidou esse segmento de PFB. E o seg;mento "pes-
, s()iìs físicas bobinhas", formado por uma grande massa de clien-
lcs irrgônuos que, mesmo tendo à sua disposição as piores taxas
tlt' .rPlit'1çllo entre os segmentos do mercado, acabam optando
Itilrlrr il,r r,, .r'l1rr'(lr,\ rle qUem tem
l)or aplicações péssimas, que não lhes rendem nada, pois nàtr
l)esguisam (por falta de interesse ou, na maioria das vezes, por
tlesconhecimento) as melhores alternativas de investimento de
s('Lls recursos. São os grandes alvos dos títulos de capitalização
(' outras aplicações com artimanhas ocultas para thes roubar
.rlgum dinheiro
-como taxas de administração elevadíssimas
tle alguns fundos de investimento. Os clientes PFB são aqueÌes
(lue, mesmo tendo as piores taxas de financiamento e empréstimo
..lo mercado, escolhem empréstimos automáticos que lhes cus-
tam mais caro/ como cheques especiais e cartões de crédito. Clien-
tcs que aplicam seu dinheiro quase sem juros (ou não aplicam,
('squecem na conta corrente) e tomam empréstimos caríssimos,
lrroporcionando aos bancos spreads maiores que 10% ao mês.
Não são os bancos os vilões de seus problemas financeiros,
rnas sua própria falta de conhecimento.Veja se você já ouviu falar de uma situação parecida com
t'sta:
.: Llm casal está poupando todo mês L00 reais para garon-
tir o futuro de seu filln. Ambos têm muito orgulho disso, e
cada mês depositam com grande prazer a poupança plnnejadn.
No final do ano, chegn o Nntal. Epoca de peru, chnmpanhe,
uma perninha de porco (já que ninguém é de ferro...) e dos
trndicionaispresentes
pnrna
família.Como nmbos são profis-
sionais autônomos, não contnm com o 1,3" salário, como boa
pnrte da populaçã0. Mas tudo é festa... No final do mês, no
aerificnr o extrato bancário, o susto: a conta do bqnco cstotr
rou ou o cartão de crédito uence nmanhã e o casnl trno ltrtr
i,ll Os quatrtl gr:tttrlts t'tttr" tl.t', lr(.',rr'r'.1,,,1tr,, | (r(.)
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saldo no banco parn pagar. São quase 1.000 reais de diferença.
Após o calafrio de susto, o marido rapidamente se recompõe,
afinal ele tem um bom relscionnmento bancário, o que lhe ga-
rnnte um limite de cheque especial, ou tem um ualor mínimo
a pagar no cartão e sabe que deixar para pagar um pouco no
mês que uem não será ruim, já que o nome dele não
fícnrásujo
na praÇa. Tirar dinheiro da poupança do lúnior? ]AMAIS!Nem se cogitn apresentnr a hipótese à esposa, isso poderia aca-
bar com um plano tão bem-feito parn o futuro dn uiança...
E o casal, como um número imenso de pessoas no mundotodo, cai no cheque especial ou efetua o pagamento parcial do car-
tão de crédito, o que na prática significa que se toma emprestado o
que faltou pagar. Sem estresse, claro, o casal já se planeja parapagar os juros que virão pela frente, mas é só neste mês, certo?
[)or encluarnto, esqueçamos o fato de que é aí que facilmentecomeça uma díviclíì (ÌLtc poderá arrruinar as finanças pessoais
da família. Consideremos a simples decisão de "como pagar algo
se não tenho dinheiro?"
Usar o cheque especial ou o financiamento do cartão de
crédito é provavelmente a forma mais rápida de perder rique-za. Não fiz nenhuma pesquisa científica sobre isso, mas esse
tipo de perda talvez possa ser equiparado à perda que temos ao
comprar um carro zero-quilômetro, quando mais de 15% dovalor pago já é perdido ao assinar a nota de compra.
De todas as alternativas possíveis, a escolha do cheque es-
pecial ou do cartão de crédito foi a pior que o casal poderia terfeito. Vejamos duas alternativas bem mais interessantes:
Dinheiro: os segredos de quem tem
I) Todos nós que temos contas correntes abertas em bsrtt'os lntlurttt:;
fazer empréstimos. Bnsta contatar nosso gerente e pcrQttttltrr ttbre as condições gerais desses elnpréstimos. Muitas ucz(s, (sst'
tipo de informação nos é enaiado pelo correio, mas o desprezttttros.
A modalidnde chamada de emprésttmo Pessoal possui taxas dt
juros muitas oezes inferiores à metade das taxas do cheque especial-
Qual é n diferença entre o empréstimo pesslal e o cheque especial?
A única diferença é que o cheque especial é automótico, enquanto
para pedir empréstimo pessoal aocê precisa telefonar ao gerente-
Ao estoursr a conta corrente, o casal poderin ter optado pelo em-
préstimo pessoal em aez do cheque ou cartão. Em aez de pngar
taxas de juros que podan chegar à casa dos 12"/" üo mês, estaria
pagando cerca de 4% a 5% ao mês na pior das hipóteses. Parn um
empréstimo de 1.000 reais, eles estariam pagnndo juros de 40 n
50 reais por mês, em lugar dos 120 reais que alguns cartões decrédito cobram. Ëssa seria a melhor alternatiaa somente se a famí-
lia nõo possuísse nenhumn poupança.
2) A nlternation anterior definitianmente não é s melhor se a família
possui qualquer tipo de poupanÇa. Passemos a usar a percepção
financeira. Pensemos como banqueiros. De onde o banco tira o
dinheiro para emprestar àqueles que precisam? Dns aplicações
que seus clientes fazem, certo? Entã0, no exemplo acima, o casal
estaaa formando a poupanÇa de seu filho e recebendo juros de
poupnnÇa, dignmos, de cerca de 0,5o/o so mês e ao mesmo tempct
recorrendo ao cheque especial, com juros exorbitantes! Veja qut
spreadfantástico eles estauam dando ao banco! Umperfaito tt-ttrr
plo de PFB. E aeja que a classificnção de PFB está muilo 1tt'ritrrtrtr
70 | Os quatrtl {r:ttttlt's t tto', tl,t', l)(',',(ì.1" 1,,,1,r,'s | 7 I
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da realidade de muitas das pessoas que nos rodeiam. O bnnco !1t,,
tira de um bolso e põe em lutro, e aocê ainda paga por isso! Murl,,
sua forma de pensar. Primeiro, fazer díuidas dezterá estar forn lrseus planos se essas díuidas nãa seroirem para torná-Io mais ricrt.
Discutiremos isso mnis adiante. Agora, se uocê já estiaer nn sittt
ação do casal, a melhor alternatiaa certamente será usar a pott
panÇa para quitar suas dh:idas. Não pague juros altos parn conti
nuar recebendo juros baixos das aplicações jamais. Mas cuidado:
o uso da poupança de um filho pode tornar-se motiao de desentert
dimento conjugal, portanto deae ser planejado. Você não precisa
rá percler os juros da aplicação ao usá-la para quitar díaidas.Façtr
uma dívida com você mesmo! Ou com seu filho, no caso. Enr
aez de simplesmente usar a aplicnção, faça um planejamento dtcomo recompor o aalor tirado e de como pagar juros para clm_
pensal esse"empréstimo".
Castig;ue-se pelo erro do mau plnne-jamento, pague juros altos - para seu filho, não pnra o banco.
Se o casal depositava 100 reais todo mês na poupança dofilho, poderia planejar da seguinte forma o "empréstimo,,:
Jan.
Fev.
ì:,:llrìli:.:1"
'out.
f4solvyam pagar a
'{tyr:da en dez
neseg, de volta à
paupança dofilho
@@
@
Os juros de 50 reais combinados pelo casal podcnt Pitrt't't't'
, rol'bitantes/ mas eles resolvelam Se impor esse castigo P.ìra lìiì()
r",rlu€C€r mais o erro e não repeti-lo no próximo ano. AIém tlis-
',o, o fazem de consciência tranqüila, pois não estão pagancltr
lur.()s a um banco, mas a seu filho, contribuindo assim com o
luluro da família.
Pense na pergunta seguinte. Ela pode ser a Pergunta de
',rr.r vida:
Que tal se o banco trabslhasse para aocê?
/VÂo SABER AONDE SE QUER CHEGAR
A mniorin dns pessoas superestima o que se pode fazer em
um ano e subestimrt o que se pode fazer em uïm década.
(A. Robbins)
É o quarto grande erro que em geral as Pessoas pobres co-
rnetem, e por isso continuam eternamente pobres. Quais são seus
objetivos? Quanto de sua renda você planeja Poupar ou inves-
tir? Em quanto tempo irá se aposentar?
Muitos têm dificuldade de responder a essas três questões'
Não importa o tamanho de sua ambição, não importa quanto
você pretende se esforçar para atingir seus objetivos. Os meios
c1e atingi-los precisam estar claramente definidos.
Uma pessoa bastante modesta em relação a seus planos diria:
"Meu obietiao é um dia ter uma casinhrt de campo, coisa
simples, em ltm lugar bem tranqüilo, muitas áraores com frtr
tas, para curtir afamíIin, os netos, não ter mais dor de cabeçn "'"
0s "juros"são proposÌos em
B$ 50 por mês até a quiração
da dívida, pagos com o
depósito na poupanca {R$ 100
* B$ 100 * R$ 50I
Ao fazer retirada, estão perdendo
uma remuneracão de 0,5% ao mês
sobre essa retirada. Em janeiro,
perdem então B$ 5 de juros
A partir de janeiro, irão deposìtar
os B$ 100 que 1á eslavam
previstos a cada mês mais fi$ 100
que ìrão recompor os B$ 1.000
apos Ller meses, e mais "juros'.
/ 2 | tlinheiro: os segredos de quem tem Os quatro granrlcs t'rros tlits l)('ss()lls lrollrcs ì73
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Otimo! Já temos um objetivo. Mas não basta.. & O que aocê está fazendo para conseguir isso?
'r Trabalhando? Recebendo aquele maldito salário que paga
suas contas no final do mês? Por acaso você conta com a apo-sentadoria do governo paru pagar suas contas? Ou com a sortede um prêmio de loteria? Meu amigo, já começou errado! Não é
você que vai conseguir essa tranqüilidade! Alguém terá de tra-balhar para sustentá-lo enquanto estiver 1á curtindo a família, e
esse alguém é o dinheiro! O seu dinheiro! Se você não o puserpara trabalhar desde jâ, não será quando sua fonte de rendaacabar que ele vai passar a sustentá-lo.
Já foi dito que a grande diferença entre pobres e ricos é que
os ricos sabem fazer planos. Neste momento, a melhor decisão
que você pode tomar é concentrar suas energias na elaboração
de um plano.Daqui païa a frente, este livro se dedicará a ajudá{o a cons-truir seu plano para ficar rico. Leia com atenção, organize-se,apanhe lápis e papel para fazer suas anotações. Se for preciso,peça ajuda a alguém em alguns cálculos, mas não deixe de ini-ciar seu plano agorn.
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''.::. i
74 I ninheiro: os segredos de quem tem
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Cotwo sE cot/srRor A RIeuEzt?Para construir sua riqueza de forma consistente, você precisirestar consciente de seu objetivo. sua atitude em relação ao di-nheiro deve ser bastante objetiva. Antes de mais nada, você pre-cisa eliminar de sua mente algumas cÍenças/ ou mesmo bloqueios,que até hoje vinham limitando seu crescimento financeiro. Exis-tem pelo menos cinco crenças ou bloqueios a ser eliminados paracomeçar a formar sua fortuna. São:
Crença número 1: a não-urgência
"Isso não é importnnte. Não é urgente. Não é essencial. Outrascoisas são mais importantes."
Dinheiro: os segredos de quem tem
Uma jornada de mil milhu:;
começa sempre com um simples passo,
(Lao-tsl)
Comece agora seu plano. Não espere o fim de semana para
l,r'rìsar" no assunto, não espere sua esPosa ou seu marido vol-
t,rr tlo trabalho paÍa conversar sobre o assunto. Nada é mais
rrrl',t'nte que garantir seu futuro com tranqüilidade.
Muitos dizem que a vida está uma loucura, que o trabalho
,",1,i consumindo todo o tempo, que não sobra tempo para nada.
l,'rlos têm compromissos, mas considere o comPromisso consi-
!:,) rnesmo o mais importante.
Você dedica a maior parte de seu dia ao emprego. A causa
r' lusta, pois o emprego garante seu sustento, é graças a ele que
,' .linheiro entra em sua conta no final do mês.
Mas não é seu emprego que vai torná-lo rico.
Você vai construir um plano para ficar rico, e vai seguir esse
;,l,rrro. E isso é mais importante que seu trabalho. Não estou afir-
,,r,rrrdo que você deve deixar de trabalhar. Pelo contrário, o salá-r r, sorá parte fundamental de seu plano de construir uma fortuna.
Considere porém que, quanto mais cedo você começar a
lr, ,rr rico, mais rico ficarâ. Por isso, dedique tempo e ponha seu
;,l,rrro em prática. Comece hoje. Se for preciso, durma menos na
1'r irrreira noite, já que tem outros compromissos assumidos. Mas
, ,rììcc€ seu plano hoje. Ele é urgente. Seu futuro é urgente.
( r('nça número 2: o passado
"Eu inaesti no mercado de ações e quebrei a cara. lur.o que nun
',t lrrrei isso nooamente! Meu pai perdeu tudo!"
Não veja o passado como uma aptidão Para perdas. Se vot'ô,
, 'rr ,rlgum parente, já perdeu dinheiro investindo, foi portltrt' l.rl
761 l'lr'p:tr;tç;io rlo lt'rttrro | '/7
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tou informação. No mercado financeiro, sempre que algrrtirrrperde há outro que ganha.
Não se feche para as lições que a vida lhe ensinou. Esturh,,
procure saber por que perdeu, quem ganhou em seu lugar, o r;rrc
esse ganhador sabia para ter êxito. Hoje temos ao nosso alcarrrr.
uma fonte infinita de informações, a internet, na qual podenrrr:,
obter orientação sobre qualquer tipo de investimento.Se você já perdeu dinheiro no passado, considere essa per(l,r
um investimento no aprendizado financeiro. E explore ao máxi
mo essa lição para não perder de novo.
Crença número 3: a identidade
"Eu não sou bom com números. Perco dinheiiro em tudo o que faço.'Um bloqueio bastante comum, usado freqüentemente conì()
justificativa para o desperdício, é a falta de habilidade com números. Sabemos que algumas pessoas definitivamente não sc
dão bem com cálculos e números. Para elas, a matemática é unrobstáculo intransponível.
Felizmente, a habilidade com números não será fundamen-tal para seu plano de ficar rico. Alguns cálculos precisarão ser
feitos no primeiro momento do plano, mas você terá boa partt,deles feita com a ajuda deste livro. Caso precise de uma ajuda
adicional, não se envergonhe de procurar. Seja criativo, procu-ïe um parente, ligue para uma faculdade, entre em contato comsites de orientação financeira na internet.
Tire da cabeça a idéia de que você não é rico porque nãoentende de números, não entende de dinheiro. Há muitos milio-nários que não sabem nem assinar o nome.
I)inheiro: os segredos de quem tem
Mas não e seu emprego qu(' vlli lorrllt lrl rit'o-
Da mesma forma, não pense que você nasceu para st:r [)()
l,rl rì€ÍrÌ para perder dinheiro. Se já perdeu muito dinheiro, i;i
rlrlrnei, é porque errou. Acredite que poderá ganhar muito di-
rrlrciro, e esse será mais um Passo importantede seu plano.
Não acredite em sorte. Quando se diz que "Fulano é um
,,u,r de sorte", normalmente se observam aPenas os frutos co-
llrrtlos. Esquece-se que aqueles que colhem sua sorte a planta-
r,ìrìì em algum momento. Plante informação na cabeça e colhe-
,,r tlecisões acertadas.
( r('nça número 4: o medo da perda
"Eu não suporto o risco de inaestir."
Assim como alguns não se dão bem com números, é natu-r,rl clue outras pessoas não se dêem bem com o risco, com a in-
, r'r'teza. Há uma importante teoria de Finanças que explica que
l',r'.ìrÌdes rentabilidades tendem a vir acompanhadas de grande
| | :i('(),
Isso significa que, se você quiser ganhar dinheiro rapida-
rnt'rìte, terá de correr riscos. Não significa porém que deva ser
,lrsprlicente com seu dinheiro. Significa que você, ao selecionar
rrrrr investimento de risco, deverá estar muito bem informado
',,,lrre esse tipo de investimento para perceber rapidamente qual(',ì hora certa de ganhar e qual é a hora certa de perder' Em
.,utras palavras, você deverá correr riscos quando estiver prtllr
Io pâÍâ administraï esses riscos e minimizar seus efeitos.
'/BI t't9
"""r lìllll1!rrr"'
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Um bom investidor não consegue acertar sempre. No mr,r,
cado financeiro, considera-se um bom investidor aquele c1rr.
acerta nas decisões de risco em pelo menos 70"/" das vezes.se você não estiver preparado para correr riscos, isso nr.
será impedimento para ficar rico. Há muitos investimentos clt,
baixíssimo risco, como a poupança. se nãoquiser correr risc.sexcessivos, comece a investir em aplicações de baixíssimo risc.
Mas não durma no ponto. comece a estudar alternativas mt'lhores de investimento e vá progredindo aos poucos.
Crença número 5: os recursos
"Eu não tenho dinheiro suflciente para começar. Eu não tenho tempo."
Essa crença é a mais infundada. Você tem, certamente, os
recursos necessários para começ ar a ficar rico. Lembre-se de qut,
a riqueza não decorre do quanto se ganha, mas do quanto segasta.
Qualquer dinheiro é suficiente para começar. Com 50 reaisjá se c.meça uma aplicaçã.. E suficiente. Ao iniciar, você passaráa desenvolver sell plan. de p.upar mais. se não começar nunca,carregará a desculpa de não ter di'heiro pelo resto da vida.
Quanto ao tempo, outro recurso precioso, já o abordei quan-do explorei a crença da não-urgência. Toclos nós temos tempo.Apenas precisamos administrá-lo melhor. As coisas mais im-
portantes vêm primeiro.
Ilon,q, DE REUNIR os ItúcREDlElúrEs
\lt'este ponto, procurei ajudá-lo a criar a atitude de ser t'it'o. A
1',rr.tir de agora/ teremos de pôr a mão na massa.
O primeiro passo de seu planejamento financeiro é reunir os
,rrr,,r'edientes necessários para obter condições de pôìo em prática.
\rrthony Robbins, conceituado autor norte-americano de planeja-
rrrcrìto financeiro, identifica quatro ingredientes necessários para a
,rl,rrndância financeira: tempo, juros compostos, decisões inteli-
pientes e dinheiro.
l'rimeiro ingrediente: você precisa de tempo
Isso você já tem. Talvez não o use corretamente. Se esse for
o t'iìSOz pense em mudar sua rotina. Priorize o que for mais im-
I'ortante para você.O tempo é um recurso valiosíssimo. Está disponível incessante-
nrcnte, mas utna vez perdido não se recuPera mais. E como a água
r lt' tlrr-Ì rio: está semPre lá, você pode aproveital, mas a âgta que já
l),ìssou, se não foi aproveitada, está perdida. o homem descobriu
rrrn meio de aproveitar toda a âg;ta que Passa por uÍn rio construin-
,lo barragens. A água Passa, vai embora, mas todo o recurso que
l,oderia ter sido extraído dela já foi aproveitado, virou energia elétri-
( .ì. Se passa mais água do que o homem pode aproveitar, ele abre as
(,()mportas e deixa a água fluiq, utilizando o que é capaz de aproveitar.Construa sua barragem do tempo: esteja consciente do tempo
tlu€ pâssâ, e aproveite ao máximo esse tempo disponível. Tenhn
( ()nsciência de que o que passou não pode mais ser aproveitarlo.
B0 I oinheiro: os segredos de quem tem l1Ìl
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"Não pense que
voce nasceu para serpobre nem para
perder dinheiro."
O tempo, como ingrediente fundamental de seus plarros,
r lt'v€ ser usado para fazer planos, informar-se e investir em co-
nlrt:cimento.
Em seus planos, o maior investimento em tempo será feito
no início para dar forma a eles. Com um piano bem elaborado,
i'ocê não precisará de muito tempo para aperfeiçoá-lo ao longo
,l,r vida.
Quanto a informar-se, você precisará encontrar em sua
,rPcrtada agenda algum tempo diário para manter-se atualiza-
,lo sobre seus investimentos e novas oportunidades. Muito pro-
r',rvelmente você já é leitor de jornal. Ao investir em aprendiza-
,lo financeiro, terá mais instrumentos Para aProveitar melhor
,rs informações dos jornais. Mantenha-se informado, atualize-
',('sempre sobre os investimentos e negócios em que aplicou seu
,linheiro e nunca se canse de procuraroportunidades. Elas es-
t.ro todas lá, à disposição de quem as caça.
Finalmente, uma das melhores formas de investir seu tempo
t' cm conhecimento. Busque novas informações, antecipe-se à
nrídia, invista em cursos que façam de você um investidor mais
,.liciente. Faça simulações de investimento na internet, leia sobre
Iticnicas de investimento, tenha opinião formada sobrebons e maus
rrrvestimentos. Nem sempre os jornais são bons conselheiros. Eles
o serão se você souber como usar a informação.
No final do ano 2000, muítos iornais destacaaam a exce'
lente rentabilidade obtidapor aqueles que inaestiram na Bolsa de
Vnlores de São Paulo no início daquele ano. Muitos, ao deparar
com as manclrctes dos jornais, perceberam que suas aplìcações
Preparação do terreno I B l
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haaiam rendido bem menos que a Bolsa de Valores. "Inuestir na
Bolsa é bem mais interessante que em outras aplicações", foi a
conclusão de muitos. Nessa época, ntuitos pequenos inaestidores
transferiram seus recursos parn a Bolsa de Valores. De 2001 até
meados de 2002, o que se aiu foi uma queda incríael dos preços
das ações, o que fez mtLitos inuestidores perderem grande pnrte de
sltas economias. O que faltou foi conhecimento. É ingenuidade
inuestir em aplicnções de risco após longos períodos de unlorizn-
çã0, assim como períodos de recessão podem mostrar-se excelentes
oportunidades de inaestimento. A perda financeirn que muítos
sof'reram em razão de aplicações ruins ocorreu por falta de dedica-
ção de TEMPO para adquirir conhecimento do setor.
Segundo ingrediente: você precisa de juros compostos
Você os terá no dia em que tomar a decisão de utilizá-los. Vocô
somente consegue juros compostos quando investe seus recursos
em aplicações que permitam que a renda gerada na forma de di-nheiro possa ser reinvestida, rendendo posteriormente juros sobrc
o investimento inicial e também sobre as rendas subseqüentes.
Aplicando em juros compostos, você terá, após algum tempo, uma
poupança formada tanto por aplicações quanto por rendas.
Quanto maior o pïazo que dedicar ao investimento, maiorserá a bolada de juros acumulados.
No exemplo da folhade papel dobrada percebemos como éimportante o efeito da acumulação. A primeira "aplicação" era
desprezível, mas estávamos investindo em aÌgo que nos propor-cionava juros de 100% em cada dobra. Aplicações em juros com-
I'ostos altos proporcionariam ao nosso dinheiro o mesmo efeitcr
,l,r folha de papel.
O que está por trás do efeito acelerador do crescimento dos
lur'os compostos é o conceito de "juros sobre juros". A rentabili-,l,rcle é sobre o dinheiro que você aplicou e também sobre a ren-
,l,r clue obteve dessa aplicação até o momento.Quanto
mais tem-
l'() deixar seu dinheiro aplicado, maior será a renda obtida,
l'()rtanto mais intenso o efeito do crescimento de sua riqueza.
Veja que impressionante é o efeito ao longo do tempo de
rrrrra aplicação de 100 reais hoje, e mais nenhuma aplicação, a
;,rltrs de 1"/" ao mês acima da inflação:
Perceba que isso é o que acontece quando se "esquecem"
ll)() reais em uma boa aplicação durante esse tempo. Se a aplica-
,,ro inicial fosse de 1.000 reais, teríamos, daqui a setenta anos, o
.r;rrivalente a 4,26 milhões de reais numa aplicação que rende
1",, ao mês. Isso considerando-se os valores de hoje, pois estott
, r r 1r11nd6 que o investidor conseguiu juros de 7"/" ncima da inflnçno .
[Ì4 I IlirrÌrciro: os segredos rÌe quem tem I'rt prrnrl'ìo tlo tt'rrcno I B 5
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Mas, da mesma forma que os juros compostos podem mtrl
tiplicar incrivelmente nosso dinheiro, pequenas diferenças nos
juros trazem grandes reflexos a nossa rentabilidade. Veja a st'
guinte comparação com uma única aplicação de 1.000 reais n,r
data de hoje, sem mais nenhum movimento na poupança:
Perceba como é importante a adequada seleção de taxas dt'
seus investimentos. Muitos desprezam pequerìas variações dc
taxa por fidelidade ao banco ou ao gerente de contas. Depen-
dendo do tamanho da poupança, às vezes uma pequena dife-
rença pode signifìcar dezenas de milhares de reais daqui a al-
guns anos.
Outro fator importante para que não se criem ilusões anteci-padas é ter a noção exata da taxa reaÌ que pode ser aplicada aos
investimentos. Investimentos tradicionais não chegam a atingir a
rentabilidade de 1% ao mês. Bons investimentos de baixo risco não
1l(r I ltirrlrciro: os srgredos de quem tem
lôm rentabilidades muito mais altas que as da poupança/ aPesar
tlc seu gerente tentar convencê-lo do contrário. Parn calculnr n taxn
t nl, deuem ser deduzidos o Imposto de Renda, a inflaçao e, em algurts
(.osos, tarifas que nem sempre são apresentadas pelos gestores de contas
,ltts bancos. Esses aspectos serão discutidos detalhadamente no ca-
pítulo em que trataremos da seleção de investimentos.
Preparação <lo tcrrorr, | Íì '/
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Dessa forma, quanto maior o tempo de aplicação,maior será o efeito de crescimento dos juros. se aplicarmoshoie 100 reais a juros de 1"/" ao mês, teremos daqui a ummês 101 reais devido à adição de mais I reaÌ de juros. Da-qui a dois meses, receberemos juros sobre os 101 reais, e nãosobre os 100 reais, o que nos renderia então 1,0i real.
Matematicamente, expressamos esses conceitos daseguinte forma: se investirmos p em uma data inicial, ajuros mensais iguais a i (que são multiplicados pelo valorinicial), teremos após um mês p + p x i,que é o mesmo queP x (1+ i).
"*: r"gl"O: mês, receberemos juros sobre o que foi
formado no final do primeiro mês. Têremos então, no finaldo segundo mês, os mesmos P x (1+ l) que tínhamos maisos
juros de i x [P x (1+ l)], totalizando p x (1+ i) + i x [p x(1+ i)j. Essa segunda expressão pode ser escrita como p x(1+ i) x (1 + i) ou Px (1+ i)r. A potência 2 indica que (1 + l)é multiplicado duas vezes.
Assim, em três,meses, teríamoó,p x (1+ 4r, ern quatr6, .
meses/ P x (1+ i)4, e assim por diante. Se considerássemosum número n qualquer de períodos, à nossa escolha, tería-mos a função do valor futuro após n períodos:
I
F=Px(1+i)"
Essa função diz exatamente o seguinte:
lilÌ | l)rrrlrr.iro. os sr.grcrlos tle quem tem Preparação tlo lcrlt'rro I lì()
Essa formulação é válida Para uma única aplicação
investida por n períodos. Quando consideramos aplicações
periódicas, como urna pouPança de 100 reais todos os me-
ses, a formuhçao mátemática é outra, e será mostrada mais
para a frente.
Perceba que até agora estott apresentando os efeitos de umasimples aplicação feita por alguns anos sem mais nenhum in-
vestimento. Ela cresce apenas em razão do efeito dos juros. Já
imaginou o que aconteceria se você conseguisse Poupar 100 re'ais
todos os meses?
Terceiro ingrediente: você precisa tomar decisões inteligentes
Você consegue isso aprendendo a avaliar as coisas de for-
ma mais efetiva. Procure saber quais são as alternativas mais
interessantes de investimento. Se não tem experiência com in-vestimentos, esqueça aplicações de risco (aquelas em que há ris-
co de perder dinheiro), como ações, moeda estrangeira e inves-
timentos imobiliários. Comece por investimentos seguros como
renda fixa e CDBs dos
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Poupança/ melhores bancos. Mas nã'deixe de se manter informado mesmo sobre essas aplicações maisseguras. consulte sempre alguém que investe grandes quantiasnessas aplicações. A internet é uma fonte riquíssima de infor-mações sobre produtos financeiros.
Com o tempo, você dominará completamente os conheci_
mentos sobre as aplicações mais simples. passe então a se infor-mar sobre aplicações mais complexas ou de maior risco. A me-dida que sua poupança ganhar volume, você começará a ser"sondado" por seu gerente de banco - ou mesmo de outros ban_cos - para conhecer novos produtos de investimento. Não acei-te investir sem antes conhecer muito bem esses produtos. Ge-rentes de muitos bancos estão atrás de comissões imediatas, sãcr
poucos os que pensam em sua riqueza no longo prazo.Faça planos concretos. Não apenas sonhe mas também
ponha no papel o que é preciso fazer para atingir as metas deseus planos. o segredo de atingir um objetivo é ter um objetivo.
Aprendi com um professor de Marketing da FEA_USp, ondefiz mestrado, que bom senso mais boa informação é iguar a umaboa decisão.
"Se você já perdeu dinheiro
no passado, considere essa
perda um investimento noaprendizado financeiro. E
explore ao máximo essa lição
para não perder de rìovo."
Bovr Seruso
+
Bon lruronMAÇÃo =ìí
Boa DrcrsÃo
()0 i l)irìlr('iro: os segredos de quem tem
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Quem tiver boa informação mas não tiver bom senso, ouvice-versa, vai decidir errado. E quem decidir errado vai agirerrado. Portanto, pense como rico, decida como rico e aja comcrrico. Não tome decisões de investimento precipitadas nem se
deixe levar pelo entusiasmo excessivo quando for abordado poruma proposta de investimento.
uma boa forma de começar a tomar decisões inteligentesem relação ao seu dinheiro é seguir duas orientações básicaspara o dia-a-dia:
1) Pense como um banqueiro: não pague mais por algo que não
lhe trnrá rendimento.
2) Elimine de seus plnnos qunisquer tipos de juro que custem maisque a rentabilidade de seus recursos. Eles consomem seu
patrimônio. Poupe antes de comprar.
Há dois anos disse a André, um aelho amigo de colégio,
que ele haain feito um mau negócio na trocs de seu carro. EIe
ncabnrs de fazer a compra atraaés de um finnncinmento, en_
tregando seu aeículo usado como parte do pagamento. O ueí_
culo noao lhe custou 24.500 reais, abatendo-se o anlor do aeí_
culo usado dcrdo como entrnda, aanlindo pela loja em l0 milreais. Os 14.500 reais restantes fornm pnrcelados em 24 meses
a juros de 7,Bo/o no mês, resultando em 24 pnrcelas iguais cle
749,37 reais. No final de dois nnos, André desembolsou77.9B4,BB reais e entregou um carro no uslor de L0 mil resis,
sem contar impostos e seguro (mais caros para o carro noao).
Hoje, passados dois anos e alguns dígitos de inflaçã0, selt cnr_
os scgredos de quem tem
ro usado estaria ualendo 9.500 renis e um noao. similnr ao quc
ele comprou, 28.800 reais.
Se os mesmos 749,37 renis tiaessem sido aplicados men-
salmente em um inaestimento seguro que rendesse juros men-
sais de L,2o/o ao mês (como um CDB de qualquer banco popu-
lar), n poupança acumuladn após dois nnos serin de 20.823,56
reais. Somando-se essn poupanÇa ao aalor do carro usndo, André
teria 30.323,56 reais, isto é, 1.523,56 reais a mais do que pre-
cisariahoje pnrn ter um carro noao do mesmo padrão, ou então
teria conseguido comprar utt carro nouo em prnzo menor e
gaslando mcnos.
Essn diferença é bastante significatiua para quem não
consegue fazer um plnno de independência financeira, como
foi o caso de meu amigo André.
Quarto ingrediente: você precisa de algum dinheiro
Qualquer quantia basta. O importante é começar e pôr seu
plano em prática. Os exemplos apresentados neste capítulo
rnostram que, com apenas 100 reais, você já garante uma boa
poupança no futuro. Não é suficiente, pois seu objetivo é ficar
rico, e ninguém é rico com algumas dezenas de milhares de re-
.ris na poupança. Mas é um começo.
Se você não tem nada para começar a investir, recomendo-
lhe uma missão. Guarde dinheiro durante um mês. Não no banco,rììas em outro lugar seguro. Corte os desperdícios, os "arredon-
rlamentos" das contas a pagar e as compras supérfluas e guarde
seus trocados em um local seguro. Para quem não tem nenhuma
().) l llirrlrt'irrr Preparrçrro tlo tlttlrr,, | Í) I
já
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ll
l
poupança, até um cofrinho é um começo. Durante esse mês,
você estará organizando seu planejamento para ficar rico, tra-
çando metas, identificando suas limitações financeiras e dando
formato realista a seus objetivos.
É desse plano que começaremos a tratar agora.
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vos e realistas, excluindo-se os caminhos ilícitos - roubo, solìc-
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Rico é aquele que recebe mais do que consome;
pobre é aquele cuja despesa é mnior que n receita
Ln Bruyére (1645 - 1696)
Cottro FICAR RICI?Não posso garantir que seja fácil ficar rico. Com uma boa apren-dizagem financeira e após certo condicionamento cerebral parapensar como rico, eliminando-se alguns vícios, talvez nesse caso
eu possa afirmar que não há grandes dificuldades em enrique-cer. Depende de algumas habilidades a ser desenvolvidas, comodisciplina e visão de longo pïazo, mas não se tornará difícil se
suas metas não forem excessivamente grandiosas e se você con-
seguir evitar a tentação do risco sem a devida informação.Você perceberá que existem diversos caminhos para a
Ãqueza. Refiro-me a diversas alternativas de caminhos objeti-
rirrção, atividades desonestas ou repudiadas pela sociedade.
Pode optar pelo caminho do risco, que lhe trarâ a riqueza mais
r'.rpidamente, mas talvez a tire de você com a mesma rapidez' Pode
optar pelo caminho da segurança, seguindo longa jornada, porém
,r riscos baixíssimos, com um futuro bem definido no longo Prazo.
Pode ainda optar pela especialização, alternando investi-rrrentos seguros com oportunidades em determinada área, como
irnóveis, obras de arte, caffos de coleção.
Não importa o caminho que você escolha, não há como
Irrgir da necessidade de manter-se informado. Talvez o cami-
rrho da segurança seja mais interessante Para aqueles que nào
t'stejam dispostos a buscar mais informações, mas estes devem
t'star cientes de que poderão perder muitas oportunidades que
l)(ìssarão debaixo de seu nariz.
Perceba que não há uma receita única de enriquecimento,
rntrs todas as alternativas partem da necessidade de ter recursos
l,ara investir. A chave do sucesso financeiro está na sua capacida-
,lc de investir parte do que você ganha hoje. Conseguindo inves-
lir, você estará apto a pôr em prática uma fórmula que, se aplica-
,lrr com objetividade e resPonsabilidade, não tem como dar errado.
A fórmula da abundância financeira é simples:
't) Gaste menos do que ganha e inuista a diferença.
2) Depois reinaista seus retotnos püra obtet retornos com-
ltostos até atingir uma massa crítica de capital inaestido
que crie s renda nnual que aocê deseia na aida.
()(rI l)irrltciro: os segredos de quem tem A fórmul:t tlrt itlttttrrll'rrrt i:r !irr:rrrtt illr | 97
Essa fórmula assegurará que chegue o dia em que voci,
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nunca rnais terá de trabalhar um só dia na vida - e. se o fizt.r..
será apenas porque quer!
Pode parecer bastante óbvio, mas por infinitas razões muito pouca gente põe essa fórmula em prática. Estamos acostu
mados a gastar o que ganJramos, e por isso nunca conseguimos
formar poupança. Não conseguimos dar nem o primeiro pass(),por isso não ficamos ricos.
Vamos discutir cada um dos componentes desta fórmulltão simples: como gastar menos, como investir e como determi-nar sua massa crítica.
Cotwo cAs?lqR MENos Do euE sE GANHA?
Primeiro passo para gastar menos: eliminar perdas displicentes
de dinheiro não desprezando os pequenos valores nem uma boa
negociação em cada compra. Isso já foi abordado quando dis-cutimos os quatro erros das pessoas pobres. Elimine, na medida
do possível, esses erros de sua vida.
Segundo passo para gastar menos: reduzir gastos desne-
cessários enquadrando seu padrão de vida em suas possibilida-des de ganho. Esse é o passo mais difícil, pois esbarramos no já
tratado problema cultural.Se vivermos além de nossas posses,
em algum momento pa-garemos por isso.
É preciso, então, estabelecer uma forma de controlar me-
thor o destino de seu dinheiro. Estou certo de que, se nunca fez
()Íì| l)inhciro: os segredos de quem tem
Se vivermos além de nossas posses, €ffi
algum momento pagaremos por isso.
rrm controle efetivo de todos os seus gastos, você se surpreende-
r,i ao fazê-lo pela primeira vez.
Neste ponto do planejamento, eu recomendo que pare a
Icitura e relacione, em uma folha de caderno ou em uma planilha
cletrônica, todos os seus gastos mensais. Comece pelos mais sig-
rrificativos e vá diminuindo de acordo com a importância ou o
valor. Não importa o critério, mas é importante que se relacionem
todos os gastos. Certamente você não irá lembrar todos no pri-nreiro momento, mas ao longo do tempo poderá complementar
sLra planilha. Muitos se esquecem de que cortam cabelo, pagam
Pelouso da internet, que vão à feira. Outros não incluem dízimos
rrem doações. Alguns se esquecem dos gastos com diversão.
Em minha primeira tentativa de organizar meus gastos, de-
rrrorei cerca de uma semana para fechar o formato definitivo de
rninha planilha de controle, dando-lhe a forma que achava mais
yrrática. Cerca de três meses após a criação da planilha, eu ain-
,ltr descobria gastos mensais que havia esquecido.
Veja uma sugestão inicial de como organizar suas informa-
ç'tles:
A fórmula da abundância financcir:r | ()()
Começando um modelo simplificado, sugiro que v()c('
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Por,lt,ti-rlhe ao máximo as informações. Quanto mais detalhada for
,rra planilha de controle, mais facilmente você encontrará ptls-
,rlriliclades de redução de gastos e conseguirâ otímizar seus rece-
lrrrttentos.
Detalhe sua renda. Veja uma sugestão de como faço isso:
ReceiÌas fixas
l'onte de reído 1 {liquido):
Fonte de renrla 2 {,1íquidol
AluguéÌs, '
Total de receitaa fixaslr'
, '.. i ..'
Rereitas variáveis tributadq!,',,
[onsultoria.s . : .
Aulas . . .,.Consultas '
,
Receitas varìáveìs não ttìbutadôs
üireìïos auloraìs . '',,.,,
PreSenles . . r'..'
Total de receitas variáveis
Detalhe tambémtodos os meses:
Aqut entran as rcnuneritcoes Íftas,
cano salárros lprópna * da clnlulel
e aluguiìs
Canpospara
tnsercaa de valaresrece
hìdos por ernissão de nota fìscal lmn'
su ftores, p rofes s o re s, p roílss o n a is I he
raìs en gerall
Canpos para inserção de valores
recebidos sen enlssão de nota
Ít:scal l"por íora"l
suas despesas fixas, aquelas que ocorrem
100 | l)irrlrt.ir.o: os sr'{rcrlos rìe quem tem A f'órmuÌa rla ltltttrrrlittt i:t litt:ttt, ' tt,r I l0I
Profissionais liberais noÍmalmente prestam serviços atra-
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Canpos en que deven ser estlmadrt,s
0s gastls nensals. Deven ser adtcttl
nadas quantas linhas t'aren nercssil
rÌas, ronando se o devìdo curdado rh'
ajustar as írjrnulas de sonatoila,\
Íotais.
vés de empresas pÍóprias abertas em seu nome. Se esse é seu
caso e você não tem uma empïesa, sugiro que faça uma consul-
ta a um contador sobre as vantagens e desvantagens de abrir
uma empresa. Aqueles que emitem nota fiscal de serviços atra-
vés de empresa constituída não devem esquecer-se de incluirnos custos fixos todos os impostos a serem Pagos pela empresa
na forma de um peÍcentual sobre o faturamento.
Alguns de seus gastos não ocoïrem todos os meses, são even-
tuais. Outros são imprevistos, e você deve esforçaÍ-se para esti-
mar, com base nos meses recentes, quanto de sua renda foi gas-
to sem previsão. Veja alguns exemplos:
Após relacionar em uma planilha todos os seus recebimen-
tos e gastos, veja quanto sobra no final, se é que sobra. Não se
esqueça de descontar de todas as suas despesas o pagamento
da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
(CPMF). Isso é feito sem grandes complicações, basta multipli-
I llinheiro: os segredos de quem tem A fórmula da 103
car o total de despesas por 1 + alíquota da cPMF. Com a alíquota com aluguéis, condomínio, planos de saúde, seguros, alimenta-
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de 0,38% em vigor em 2005, bastaria multiplicar o total de des_
pesas por 1,0038.
Agora você já sabe quanto sobra - ou quanto falta - de sua
renda no final do mês. Muitos daqueles que usualmente gastammais do que recebem não o percebem devido ao uso de cartões
de crédito ou cheque especial. Ao utilizar seus limites de crédi-to, criam uma riqueza aparente que não existe, pois um dia te-rão de prestar contas das dívidas que se acumulam.
Estude sua planilha de gastos. Estude cada gasto que você
tem. Primeiro, veja o que pode ser reduzido sem prejudicar seu
padrão de vida. Identifique os gastos supérfluos e corte-os. pro-
ponha metas de redução de gastos, não concentre demais suas
despesas. Melhor do que comprar financiado é poupar para pa-
gar à vista e com desconto. Estude sua planilha com freqüência.
A forma como você aloca seus recursos determinará seu
sucesso financeiro de longo prazo. Essa alocação de recursos é
mais importante do que qualquer outra decisão individual que
venha a tomar.
Os manuais de finanças pessoais fazern uma metáfora en-tre a alocação de recursos e "baldes" que recebem parte de suas
receitas. Imagine que todo o seu recebimento mensal deva ser
usado para preencher, sucessivamente, três baldes diferentes em
ordem de importância.O primeiro balde e o da seguranÇa. Nele você deve colocar,
todos os meses, os recursos necessários para pagar os gastos de
manutenção de sua vida. Entram no balde da segurança gastos
l0 | | Itirrlrr.rro: os sc{rcrlos tle quem tem
ção, transportes e combustíveis, remédios, manutenção do auto-
rnóvel, manutenção da casa, contas de consumo (água, luz, tele-
Í'one, gás) e impostos. Entram também nesse balde gastos com
vestuário.
O dízimo da igreja e as doações também entram no balde
r1a segurança. São compromissos assumidos com você mesmo,
portanto são gastos fundamentais de sua vida. Creio que o
clízimo da igreja ou uma "cota de doações" é uma das melhores
l'ormas de desenvolver a disciplina financeira. Quem já possui
essa prática está meio caminho andado de tornar-se rico, pois
cleverá fazer algo semelhante com seus investimentos.
É também fundamental estar no balde da segurança o gas-
to com diversão. A cervejinha com os amigos, o curso de pintu-
ra, ou de mergulho, as aulas de tênis, a viagem de férias. Sãogastos que nos Íazen:. bem, beneficiam nossa saúde mental, por-
tanto são fundamentais para nossa vida.
Veja que ter um plano de enriquecimento não significa pas-
sar por privações. O ponto mais importante a ressaltar aqui é
que você não deve abrir mão de seu lazer nem de seus hobbies
para acumular riqueza. O único porém é que esses hobbies de-
vem ser compatíveis com seu padrão de vida ou com suas possi-
bilidades de pagamento.
Se seus recebimentos não forem suficientes para sustentarsua vida, você estará com problemas financeiros. Em outras pa-
lavras, seus recebimentos devem ser, no mínimo, maiores que
seus gastos com segurança. Se não for assim, seu padrão de vida
A fórmula tla abundância Íìnanceira I 105
estará além de suas posses, e lamento dizer que não há outrir rrrrs de riqteza que determinarão o tamanho do balde clos invcsti-
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forma de ficar rico a não ser reduzir os gastos. Diminua unrpouco seu padrão de vida.
Como investir?
Quero discutir primeiro a atitude de investir. As alternati-
vas de investimento serão consideradas no próximo capítukr,quando poremos nosso plano em prática.
Gaste menos do que ganha e depois invista a diferença. se serrs
gastos não permitirem que haja sobras de recebimentos, você nã.'conseguirá aplicar nem o primeiro passo de nossa fórmula, que ('
gastar menos do que se ganha. Basta investir qualquer valor qu.sobrar? A resposta é não. Seus recebimentos devem ser suficientespara pagar pe10 menos gastos mensais e planos de investimentos.suas receitas mensais devem ser vistas como uma espécie de "abas-tecimento" regular que precisa ser adequadamente administrado,alimentando suas necessidades.
Se seus recebimentos forem suficientes para preencher o
balde da segurança e houver sobras, esse balde transbordará. E
somente quando ele transbordar é que você passará a encher cr
balde dos inaestimentos, o segundo mais importante. Não adiantatentar enchê-lo antes, pois você se verá obrigado a esvaziá-lonovamente no balde da segurança. As necessidades primárias
devem ser atendidas primeiro.Aqui está o ponto-chave do sucesso financeiro. Você construi-rá sua abundância financeira se souber dar ao balde da segurançao tama'ho adequado a seus planos de riqueza. E serão esses pla-
lO(, Il)rrrlrliro: os sr.grt'rÌos rlc quem tem
rrrr.rrtos. É preciso descobrir quanto deve ser poupado por mês par;r
ri,rrirntir o que chamamos de independência financeira.
Digamos que, após algumas simulações, você estabeleça
r orno obj€tivo poupar 500 reais por mês. Se seus recebimentos
',,ro de 2.500 reais por mês e seu balde da segurança é de 2.550
rt',ris por mês, você tem problemas financeiros. O ideal seria que
',,'rr balde da segurança fosse de 2.000 reais ou menos para ser
I'ossível completar o balde de investimentos.
Se seus recebimentos forem suficientes para encher os dois
I'r'irneiros baldes, o segundo também transbordará. E aqui sur-
Jt(' eì oportunidade de testar sua atitude em relação à riqueza.
( ()mpletando os dois primeiros baÌdes, agora você começa a
,'rrcher o terceiro e último, o balde do luxo.
Esse balde é muito importante. Provavelmente, para fazer
i orrì eü€ o balde número 1, o da segurança, fique do tamanho
,rtlcquado a seus planos, você terá de cortar a maioria dos su-
l,,irfluos, dos desperdícios e dos luxos. Estará cortando aquilo
rlrre lhe dá certo prazer, talvez adequando seus hobbies a um
r'.rdrão de vida menos elevado.
Mas você não precisa esperar a aposentadoria para desfru-
l,rr a riqueza.
Fique atento: se seus recebimentos forem suficientes para
('lìcher o balde 1. e o 2, garantindo sua seguïança e seu plano deu r vestimentos, você poderá se dar ao luxo de curtir gastos adicio-
rr,ris. Pode ser uma poupança à parte para trocar seu carro poï, rrrtro mais luxuoso, um televisor novo ou um home thenter/ rol;.'
A Íórmula da abuntlância lìnanct'irrr | 107
pas de grife, jôias, cosméticos finos, gastos extras na viagenr tlr, Seu objetivo não é poupar ler
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férias e restaurantes de luxo.Veja que, com recebimentos maiores que a necessidade, v(x,(,
poderia aumentar o tamanho do balde dos investimentos e fit'irr
mais rico ou tão rico quanto você planejava, mas em um tenrPt,menor. Eu definitivamente não recomendo isto. sugiro que v(xÌ,
mude o tamanho de seus baldes somente quando seus recebimentr x.
sofrerem alterações significativas - uma promoção, por exempkrÉ importante deixar espaço para curtir o luxo hoje. Aprcrr
da a desfrutar aquilo que tem. Corha o que foi plantado. só niìr,deixe de ser fiel a seu planejamento, encha antes os dois primt,iros baldes. Lembre-se do pobre com dinheiro. Seu objetivo não c
poupar para ter dinheiro, é poupar para garantir o futuro.Imltortante! Não se deue eliminar um plnno se os reccbirtettltt:,
forem insuficíentes pnra enclrcr os dois prímeiros baLdcs. EIes potítrrr
sar inxficientes lutje , nms se forent utficíentes Ttnrn encher o primairpbnlde c nindn sobrnr um poLtco, ent nlgrtm montento se encherãy tt:,
cíois bnldes.
Arazão disso está no destino dado a cada recurso colocacl,em cada balde. Todo o dìnheiro colocado no balde da segurançlvai embora. Você passa esses rec'rsos a seus credores, paga as
contas e nunca mais os vê nas mãos. Já o balde dos investimentssnão passa os recursos para terceiros. Todo o conteúdo do balde ti
voltado païa sua poupança. A poupança, que será sempre sua,começará a gerar renda, aumentando seus recebimentos e fazen-do com que mais sobras do primeiro balde comecem a encher .segundo.
l0tÌ I I)irrlrciro: os segrcdos de cìuem tem
1);ìriì
dinheiro, é poupar para garantir o futuro.
Chegará o momento em que a soma de seus recebimentos
nrcnsais, mais a renda de seus investimentos, será suficiente para
('rìcher os dois baldes. Então você estará pronto para pôr em
lìr'.ítica seu plano para atingir a independência financeira.
Seja realista. Seu objetivo não é Passar a vida poupando
l),ìra conseguir apenas encher o segundo balde algum dia. O
r,lcal é começar com o segundo balde cheio hoje. Talvez tenha
,lt' atrasar seu plano alguns meses caso o balde não esteja cheio.
N1.rs não prolongue demais seu pÌano, seja realista.
Desenuolaa um plano qua tenlm santido.
Esseplano
deveseguir
o roteiro abaixo, que será detaÌhado
rio próximo capítulo:
7. Definn o unlor nrcnsnl a ser lloupodo cottt bnsa nn nnálisc de
sun rcnl capncidnde de pottpnr.
2. Busqua constantenrcnte n melhor nlternntian de inaestimento.
3. Defina a massa críticn e n rendn desejadn Pnro o nposantndorin.
1. Corrijn suns nplicnções mensnis peln ínflnção.
5. Reserue-se o direito ao luxo qunndo houaer scthrss.
Massa crítica: atinja a independência Jìnanceira
A segunda parte de nossa fórmula da abundância financeira
,letermina que você deve reinvestir seus retornos para obter
A fórmula da abundância financeir:r I l0()
retornos compostos até atingir uma massa crítica de capir.rl Você terá obtido sua independência financeira quanclo, alrit-
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investido que crie a renda anual que deseia para sua vida.Quanto você deseja para sua vida? Não precisamos c()rìì
pÌicar demais a resposta a essa pergunta.
Uma Ttessoa modesta, sem grandes ambições financeiras,pode desejar para sua aida umn rendo mensnr suficiente
parnsuprir os gastos cont segurançn. Era estará tranqüila quando
souber que pode ter garantida, até o final da uida, uma renda
que lhe pngue todas as contss. Afinnr, ninguém desejn reduziro padrão de uidn ntual.
Alguém com nmbições altruístas pode desejar para sun uida
uma renda mensal que lhe gnranta o pagnmento dos gastos com
seguranÇn e mais umn qunntin determinndn que deseja ter por
mês para contríbuir com obras de caridade até o finar da uidn.
Outro com ambições de conforto tnluez deseje uma rendaque lhe possibilite pagar gastos equiuarentes ao dobro do que
tem hoje duplicando seu custo de aida com segurança em al_
guns anos.
Poderia hsaer o caso de nlguém que tiaesse como metn
deixar de trabalhar _ ou passar a trabnlhar em uma área que
realmente lhe desse prazer - ao conseguir uma rends mensal
mínima de 10 mil reais garnntida infinitamente a ere próprio
e aos filhos após a morte.
Esses são alguns exemplos do significado do termo inde-pendência financeira. Pessoas diferentes têm diferentes enten-dimentos de independência financeira.
I l0 I Ilirrlrt'iro. os scgrcdos rÌe quem tem
r,'s de diversos investimentos, acumular uma massa crítica clt'
,,rpital que, investida em ambiente seguro à taxa de retorrltr
,1,., digamos, 10"/" ao ano, forneça recursos suficientes para que
',u.ìs necessidades de segurança sejam atendidas paÍa sempre.,('rìì precisar trabalhar novamente (a não ser que assim queira).
O que faria se recebesse um prêmio de 100 mil reais?
"Puxa, daria pra fazer taaaants coisa..." - é a resposta
que se ouae dn grande mnioria das pessoas. Algumns dizem
que comprariam um carro, Ltma casa nor)n, exatamente como
fnzem aqueles que têm o sonho de possuir bens. Essa é a razão
do ditado popular "dinheiro que aem facit, uaí fácil". E por
essa rnzão que muitas pessoas compram sua ruína financeira
ao ganhar grnndes quantias de dinheiro. EIas simplesmente
ndquirem bens quelhes dificultarão a uida com contas e mais
contas para pagar.
A soma de 100 mil reais não mudrt a uida de ninguém.
Não garante ofuturo de ninguém, anão ser que se cuidebem de
cada centaoo desse dinheiro. Aplicado em um inaestimento de
baixo risco, não rende muito mais que 0,5"/o acima da inllaçao
mensal. Isso significa que, se hoje aocê ganhar um prêmio de
100 mil renis e não quiser perder o prêmio que ganhou, na prá-
tica o que conseguiufoiumsrendamensal infinita de 500 reais.
E isso que teria a mais se aplicasse esse dinheiro durante ummês. Se, no final do mês, aocê retirasse 500 reais da aplicação,
continuarin com os 100 mil reais. E poderia retirar mais 500
renis dali a um mês, e mais 500 reais em cada mês que uiesse
A fórmuìa da abundânt'iir lirr:rrrt t ir;r | | | |
depois, não hauendo finalidade para sua poupanÇa. lmagine se A partir do momento em que você se declara financeira-
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conseguisse forma4 em prazo não muito longo, uma poupanÇa
de 1 milhão de reais. Você terin uma renda garantidn de 5 mil
reais por mês sem fazer nenhum esforço. Compensador, não7
Desde que retire somente a renda de sua poupança, sua n,
qLreza jamais terminará. Se você conseguir, daqui a algum tem-
po, retirar uma renda que seja suficiente para pagar todo o serr
gasto mensal com segurança, poderá considerar-se financeira-mente independente. Se ainda estiver trabalhando, todo o seu
salário poderá ser utilizado em gastos com luxo. Você ainda podt'continuar investindo parte do salário e, com isso, a renda dt'
seus investimentos aumentará a cada mês, possibilitando a am-
pliação de seus gastos mensais enquanto continuar trabalhando.
Existe clara distinção entre salário e renda:
Renda é a remuneração recebidn por seus inztestimentos.Salário é uma espécie de inclenização pelo tempo em que uoci,
abriu mão de seus projetos pessoais e de sua famílin, aisando ter rerr-
da no futuro. Alguém lhe pagn snlório pnro que, com seu trabalho,
uocê lhe proporcione gnnhos mniores.
Perceba a grande diferença entre construir a independên-
cia financeira e já ser financeiramente independente.
Enquanto estiver construindo sua independência financeira,
parte de seu salário será destinada a investimentos, o que the res-
tringirá os gastos com luxo. A renda de seus investimentos nãtrthe servirá para nada nesse período, pois toda ela estará sendo
reinvestida na antecipação de sua independência financeira.
nrente independente, na prática não tem mais necessidade de
\('paraÍ parte de seu salário, pois não depende mais dele para
sobreviver. Se possui dinheiro que trabalha para você no banco,
It rclo o seu salário pode ser gasto como uocê quiser. Pode ser total-
nrente gasto em luxo se assim desejar. Pode ser 1007o investido,
t'cada mês sua renda será maior. Essa é realmente uma situa-,,ìo fabulosa. Vale a pena investir nesse plano.
Massa crítica é o volume de recursos que você precisará
l('r' em uma aplicação segura, que gere juros sobre esses ïecur-
r,os, de forma que a renda gerada (após pagamento de Imposto
,lt' Renda e descontados os efeitos da inflação) seja suficiente
l'.rra cobrir todos os seus gastos mensais com segurança.
Ao atingir a massa crítica, podemos nos considerar finan-
, t'iramente independentes ou mesmo aposentados, pois todos
{ )s gastos necessários à sobrevivência são pagos sem que tenha-
rrros de trabalhar. Isso não significa que chegou o momento de
r,.rrar de trabalhar.
Repare que, se conseguimos chegar até a massa crítica pre-('rìclìendo todos os meses obalde da segurança e o dos investi-
nrt'ntos, o momento em que atingimos a massa crítica é de cele-
l'r'ação, pois o balde dos investimentos não se fazrnais necessário.
Se continuar trabalhando, você terá:
Uma massa crítica que ainlm crescendo com juros e com depó-
sitos mensnis e agora, sem os depósitos mensais, estnrá gcrnrt
do a renda necessária para pagar seus gastos com sagurnn\'tt.
| |.) | llirrlrciro: os sr.gredos de quem tem A frtrmula rl;r ;rlrrrrrtlint'i;r lirr:rrrcciru I I l3
' O recebimento mensal de um salário que, groÇas à independêncin Perceba que não há uma r('( ('iÍ.Ì
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finnnceirn, não precisará mnis ser utilizado em "compromi*
sos" . EIe poderá ser integralmente destinado a gastos com luxo
ou a pequenos inuestimentos que eleuem aos poltcos seu padrão
de uida. Tnluez esse seja o momento de pensar em mudar dt
uida, praticnr algum hobby ou trobalhar em uma atirLidadr
que lhe traga maior satisfação mesmo com menor rendn.
É uma meta fantástica, que the trará grande bem-estar. Não
há dúvida de que vale a pena persegui-la. Veja no quadro abaixo
qual é a renda mensal obtida em cada volume de massa crítica,
aplicada a juros de B% ao ano.
0uanta massa crítica será necessária oara obter a
renda desejada pelo resto da vida?
500 mil
1 mììhão
2 mìlhoes
5 milhoes
I0 milhões
40 mil
80 mil
160 mìl
400 mil
800 mil
ì.Ltl
0,+.J+
LliÌJtrd.:.
T) nnI :r.: l. r
64,340,: ,
(B% ao ano equ vale a luros mensais compostos de 0,6434% ao mês.)
lJma forma simples de calcular a massa crítica desejada
pela relação:
('
[\4assa críÌicaBenda desejada para aposentadora
luÍ0s {]sperud0s pâra ô ap (]acã0 que garaftrÍá a ap0seflad0Íra
única de enriquecimento, /Ìì.ì.s
todas as alternativas partem rla
necessidade de ter recursos
para investir. A chave dosucesso financeiro está na sua
capacidade de investir parte doque você ganha hoje.
No quadro, os 500 mil reais de massa crítica seriam calcu-l,rtlos pela divisão entre os 40 mil reais desejados e os B% de
1rn'os (na conta entram como 0,08).
Repare que os B"/o ao ano não são uma meta utópica de
r,'ndimentos, já que, no início de 2005, qualquer cidadão pode-
r r,r .rplicar em fundos de investimento que garantiam juros iguais,r irrflação mais 10% ao ano (ou mais, dependendo do volumelrrr.rnceiro). Após o desconto de taxas de administração e Im-
l,,rsto de Renda, os rendimentos dessas aplicações estão muito
I'rtlximos de B% ao ano.
Temos então boa parte do plano já definida. Vejamos dc1, r11113 esquemática o que precisa ser feito;
I 14 | lintreiro: os segredos de quem tem A ftirmulrr rl:r rrlrrrrrrl;rrrti;r iirr:rrrrcrr;ri I lrr
Nosso problema agora é trabalhar com os números. ['rt'ci-
investimentos parit
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',,ìrrÌos determinar o tamanho do balde dos
,rtingir sua independência financeira. Tenho certeza de que você
r',ostou da idéia até aqui. Quanto deve poupar por mês? Precis.r-
nros estudar um pouco as taxas de juros. Estipular também um
l)r'fìzo de execução do plano e avaliar se esse ptazo é bom para
você. Precisamos ainda determinar sua massa crítica.Nem todos irão sentir-se à vontade com algumas das for-
rrrlrlações matemáticas que exporei no próximo capítulo, mas
rr.ìo desanime. Se esse for seu caso, faça a leitura do próximo
t,rpítulo com alguém que possa ajudá-lo nos conceitos de mate-
rrrtitica financeira e suas aplicações com calculadora. Serão apre-
',t'rrtadas também tabelas com exeÍÌìplos dos cálculos mais co-
nìrrns já feitos, dispensando-se qualquer cálculo matemático de
',('Lr plano.
A fïrmula da abunrlinci;r Íirr:rrr,,rr.r| | |/
L]
,,,,,Capítulo
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"Você não precisa esperar
a aposentadoria para
desfrutar a riqueza."
...:::lrì:::,:,::::ìl,ir:::':lr:::':':::fr' ..."' . ,,"i' ,,,,11'. rr'':lrl:rrr:ll t:
PONHA SEIJ PLANO
'"".'l.tt.EM PRATÏCA
b08.497 reais na data em que o filho completasse 50 anos;
completasse 60 nnos;
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Inuistn seu tempo nntes de inursl ttseu dínheiro. E teste sun estrat(t,,lttt
antes de arriscar seu dinhrìr,,
Autor desconhL't'irL,
Cotwo DEFTNTR
MINHA RENDA DESEJADA? Neo í,DIFÍCIL
Você sabe quanto precisaria investir para garantir a faculdarit,de seu filho? E quanto precisaria investir para Eiarantir complt,tamente o futuro ou a aposentadoria de seu filho? Muitos st,
surpreendem quando recebem a resposta a essas perguntas.Se um pai pudesse investir 50 reais todos os meses, come
çando na data do nascimento de seu filho e com rendimento clt,
10% ao ano, havería 28.820 reais na poupança feita para esst'filho no dia em que completasse 18 anos.
se mais nenhuma contribuição fosse feita, e o dinheiro con-tinuasse crescendo a 10"/" ao ano, esse investimento valeria:
I f O I l)rrrlrliro: os scgrcrlos rle quem tem
1.578.284 reais na data em que o filho1.093.663 reais na data em que o filho completasse 70 nnos.
Perceba que, se um pai resolvesse destinar 50 reais de seus
gilstos mensais a um investimento para o filho, poderia garan-
tir-lhe uma boa faculdade ao completar 18 anos. Mas se esse pai
conseguisse ainda desenvolver uma boa educação financeira
para o filho poderia conscientizâ-lo de que, se fosse capaz de
correr atrás do pagamento de seus estudos - talvez até em uma
cscola pública gratuita -, teria uma poupança suficiente para
lhe proporcionar uma aposentadoria tranqüila. Esse é um bom
.rrgumento para que seu filho possa desenvolver uma carreira
cm uma área em que se sinta bem sem ter de Íazer sua escolha
baseado na possibilidade de ganho.
Se, em vez de 50 reais, o pai resolvesse destinar ao futuro deseu filho o dobro, 100 reais, seus benefícios também dobrariam:
57.640 renis nn data em que o filho completnsse 18 nnos;
1.216.994 reaís na datn em que o filho completnsse 50 nnos;
.3.156.569 renis nn data em que o filho contpletnsse 60 anos;
8.187.326 renis nn dntn em que o filho completasse 70 nnos.
Não é difícil, 50 reais por mês equivalem a 11,70 reais por
semana oua7,70 real por dia e 100 reais por mês equivalem a
23,30 reais por semana ou a 3,33 reais por dia.
Quanto dinheiro escapa semanalmente de suas mãos sem
que você se dê conta?
Ponha seu plano em pnilic:r 1 lll
A matemática por trás do exemplo da poupança Veja quanto terá:na p-oupánça, sel,,fizeÍ uma aplicaçãct
mensal de 100 reais em um investimento que renda 0,5u1,
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O conceito matemático que está por trás dos números apresentados como exemplo da poupança de seu filho não é muit.compìicado.
Um dos conceitos mais utilizados entre as ferramentas da
matemática financeira é o de pagamentos uniformes. Basicamente,esse conceito está por trás da resposta a dois tipos de pergunta:
' Quant. deuo poupar todo mês, em aalores i,gunis e durnnte certo
número de meses, para formnr uml pouponçn do aalor qtLe desejo?
' Se eu cotnpro urn bem atrnués de finnncinntento, qunl é o unl.rque deuo pagnr todo mês, durante certo número de mescs, jtembtLtídos nesse anlor os juros e o resl pagnmento deaido peltt
compro tlo hem?
Nos dois quadros informativosadiante, exponho a mate-mática que está por trás da solução desse problema. Caso nào
tenha muita intimidade com matemática, fórmulas e números,taÌvez encontre alguma dificuldade em entender essas informa-
ções. Peça ajuda para entender a leitura dos dois conceitos. Nãodesanime, você pode desenvoÌver seu planejamento com o au-xílio dos exemplos apresentados em seguida.
,.Unna grande poupança;r eue lhe,gerârá grande ren-
da, será formada por úma aplicação financèira disciplina-da e por uma boa massa de julos,acumulâdos. euantomaior o prazo,de,aplicaç,aq dè r*ú Aintt*iro; rnaior será a
poupânça e- mâior será <rlàfeito',,do crescimento dos juros.
| ) l)irrlrciro: os scgredos de quem tem Ponha seu plano em priili< rr I l.l ì
ao mês após cada um dos prazos abaixo:
1 0:anos
Z0,.an.oS,
30rr,ii.rias.
' . : r.'l ',. ,. .. .. .t..
40,'âÍloll
:,'.,,',tt,
50 anol
R$ 0.011 RS r00.000.00 N$ 200.000.00 F$ 3llr 00lj 00 R$ 400.000,00
::,:. . "
.,', ,
A parte esquerda do gráfico moska quanto dinheiro você
poupou durante todo o período. Perceba que não é diÍícil
calcular esse mirnero.,,sé você poupa 100 reais,Por môs, terá
poupado 1.200 reais êrn,,'um ano. Em dez anòs serão então
12 mil reais e, em trinta anos, 36 mil reais. Como foi, então,
que seus 36 mil reais se transformaram maïavilhosamente
À.'ióo,asr,50 rôais? De onde vieram * o+,+5r;s0 reais? l
A resposta são os juros. A parte direita do gráfico mos-
tra quantovocê ganh'ou de
iurossobre suas aplicações.
Quaítolrnais tempo deixar sèu dinheiro investido, mais
juros reieberá sobre ele. Todo mês vòcê recebe juros sobre
o,investimento que fez no mês âítêrior e também sobre
ffi Total de aplicacões feiras
I Juros obtidos
todo o recurso que ficou poupado até aquela data. Veja noexemplo que, após vinte anos de aplicaçã o a 0,5"/o ao mês,
reais, está considerando que gostaria de ter, daqui a n rr.e-
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os juros acumulados quase dobram o valor poupado.A fórmula que determina quanto cleve ser investido
cada mês parâ atingir a poupançà que vo,cê deseja éresta:
Valcr dasaplicacoes regulares
Poupanca deselada após n perÍodos
f {l .raxa de juros)' I I__-_--lL laxa de luÍos J
l
Para aqueles que não têm muita afinidade com núme-ros, há uma dificuldade inicial de manipular essa fórmula nacalculadora. Caso isso ocorra com você, não hesite em peclirajuda a alguém. Esse não pode ser considerado um obstácu-lo para sua Íortuna, pois não terá de fazê-lomuitas vezes.
Segundo a fórmula, você deve dividir o valor esperado
da poupança por um fator obtido da relação matemática en-tre a taxa de juros mensal a que aplica seu dinheiro e o prazoir (número de meses) durante o qual está disposto a investir.
Quanto maior o n, ort seja, quanto maior seu pïazo de investi_mento, menor será o valor das prestações mensais a ser feitas.
Mas cuidndol Há um erro muito comum praticado poriniciantes que costuma arruinar os sonhos de independên-cia financeira. Lembre-se de que vivemos em um ambientede inflação. A inÍlação
deve ser sempre considerada em suasanálises, poï menor que seja. Não sabemos qual será a in-flação total durante o prazo de criação da poupança. porisso, se espera ter uma poupança de, digamos, 1 milhão de
ses,::recursos suficientês pur* comprár o que 1 milhão de
você quer ter umareais compra hoje. Em outras palavras,
le a 1- milhão dc reais em ualores de hoie'PouPança equrualenl
Para que isso aconteça, dois cuidados devem ser
tomados:
1 ) A tnxa de juros o ser considerada deue sar obticla de scus
rendimentos menxs o efeíto da taxa de inftação'
2) Após calcular o aalor n ser inaestido tttdo mês para que sua
plupnnÇa deseiada seia formada, aocê deae começar a in-
aestir esse aalor hoie, lnas o aal\r a ser inaestido no próxi'
mo mês dcae ser corrigido pcla taxa de inflação, a 0 mesmo
deue ser feito mês após mês duyante todo a períodT preaisto.
Tomando esses cuidados, você formaráa
Poupançadesejada após o período previsto. O valor {inal de sua pou-
pança, em termos nominais, será bem maior que 1 milhão
d.e reais, Mas será dinheiro suficiente para comprar/ na-
quela data futura, o mesmo que 1 milhão de reais compra
hoie. Um Pouco mais adiante explicarei em detalhes como
tratar de forma adequada o efeito da inflação'
Veja como não é difícil aplicar a fórmula' Digamos
que, apÓs organizaí seu plano, sua conclusão seia a de
que quer formar uma massa crítica igual a 2 milhões dereais. Sua meta é formar essa poupança no prazo de trin:
ta anos a partir de hoje, ou seja, seu n será de 360 meses
(trinta úos de doze meses), Supqnhalque consiga, em suas
scg'fr'(los dc quenÌ tem Pclnha scu pl;ltto t ttt pt:tlr' rI | "
apÌicações, a rentabilidade de 0,Bo/o ao mês após ter des-.:",i1o o Imposto de Renda e também o efeito da infla_
Poupança lormada após'n m.esesros)
r0s
det0e lu
Ìaxa
AXâ
+plicação regular possÍvel x
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ção. Nesse caso, seus "ingredientes,, da fórmula ,àorlPaupanç6 desejada aprls 360 perÍodos = R$ 2 000.000 , : :
1,
. ,-360meses .. . ,.',taxa de juros = 0,Q% qo m9q , : .,,.
E aifórmula ficalia,.então, assim;,
Valor das
aplicações reguÍares
t*+H-l_ R$ 2.000.000
t,Ï#-.-rR$ 2.000.000 B$ 2.000.000
t-'mr-lValor das apiicacoes regulares B$ 2.000.000
20784'32: .
.,-,:
Assim, s" você"o*"çu.'irrvestindo hoje 963,20 reais
em uma aplicação que lhe renda 0,8"/n ao mês líquido, e
for corrigindo pela inflação o valor de seus depósitos men_sais, em trinta anos terá o equivalente a 2 milhões de reaisem valores de hoje. Não é nada mau, pois se esse dinheirocontinuar aplicado no mesmo investimento você poderáretirar todo môs o equivalente a16 mil reais em valores dehoje (0,8% de 2 milhões) sem reduzir sua poupança.
i
Se, por outro lado, você aindanão sabe ao certo quanto-quer ter na poupança para se aposentar, mas tem idéia det,quanto pode poupar hoje, talvez
suadúvida
seja sobre,.qual será sua poupança após um prazo determinado. pararesponder a essa dúvida, basta reorg anizar a fórmula an-l.iterior fazendo assim: :
R$ 9ô3,20 por mês
'{r I l)rrrlrciro: os scgrcdos rlc tluem tcrn Ponha scu lllittltt t ttt 1,t:r1t, ,l l
Poupança após 360 meses = R$ 600 x
IrSe você só tiver condições de poupar, digamos, 600
reais por mês, sua pouPança após trinta anos será de:
: B$ 600 x 2.018,4132
Pqupqnça., apgs.300,
meses : R$ 1 245.84i,94. ',. ,', ,.: ,, ,,1,
Tampouco será má poupança, pois aplicada a 0,87o ao
mês lhe proporcionará uma renda mensal inÍinita de9.966,78
reais, suficientes para manter um bom paúão de üda no Brasil'
O conhecimentobásicc-r das regras de exponenciação é necessá-
r.io para os cálculos apresentados no quadro acima. Existem formas
,rlternativas e mais simples de realizar todos os cálculos de matemá-
iica financeira aqui descritos, mas Para isso é preciso utilizar instru-
rrrentos adequados, como calculadoras financeiras ou planilhas ele-
lr'ônicas païa computadores (Excel e similares). Para aqueles que já
rôm familiaridade com esses instrumentos, a melhor forma de obter
I rrientação de uso e aplicações no planejamento pessoal é cc'tnsultar
'lLlalcluer livro moderno de matemática financeira.
A aplicação de fórmulas matemáticas é extremamente impor-titnte para o plano, mas não precisa ser feita com freqüência. Mais
,icliante, apresentarei algumas tabelas muito úteis ao planejamento
linanceirg. A consulta a elas dispensa os cálculos iniciais do plano.
Financiamentos pela Tabela Price
Muitos já ouviram falar Ï*ffi;lésimPlesaPlicararórmula:
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da Tabela Price, lidam com
ela no dia-a-dia sèm saber que o fuzem, mas não têm idéiado que se trata. Apresento-lhes. senhoras e senhores, a fer-ramenta financeira rnais utilizada nas piáticas còmerciais
de vendas com pagarnento a pyazo.,
A Tabela Price nada mais é que uma forrna de cón-centrar os juros no começo dô um plano de financiamàn-to, deixando para o futuro o real pagamento da dívída.Isso é feito com pagamentos uniformes (iguais todos os
meses) que embutem em seu valor os juros sobre a dívida e
uma redução ou amortização dessa dívida. Como as parce-las são iguais todos os meses e a dívida vai diminuindo aos
poucos, em cada pagamento feito há uma pârcela meÀor
de juros e uma parcela maiorde amortização da dívida.Tenha a mais absoluta certezade que nem tuclo o que
você paga é quitação de dívidas. Se o contrato de financia-mento diz que so pag,arát juros no início de suas presta-
çÕes, isso significa que nenhum desses pagamentos redu-zírâ sua dÍvida.
Vejamos como isso funciona com um exemplo. A fór-mula matemática do cálculo da prestaçào d.e um financia-mento peìa Tabela Price é a seguinte:
i:ïJïj:ï:ïïï - Varcr a ser Íinanciado'
l-rú;;:ffiilLJ
st'11r'r'rios rlr clucm tem Ponha scu lllano t'rrr pr:ilicrr l.,)')
Se você quiser financiar um eletrodoméstico que cus-
ta à vista 500 reais em dez parcelas iguais com juros de
:jr: ;::l;*'átdezparcelas de 5B'62 reais' de acordo
varor da presrarão : B$ b00 _', ,,,i0ïiàr-.Xïr,
: Bs boo-'',1111:oll' =n$ boo, -**51,343S ìl 1034391
Valor rla prestacão do IinancÌamenro = B$ b00 x A)1]?3 = BS 58,62 me,ìsais
Para um leigo, o pagamento de jur<ls equivale ao va-
lor que está a maior em relação aos 50 reais que seiiai:r,
pagos mês a mês caso não houvesse juros. Mas na práticao que acontece é o seguinte:
No pritneiro mês, aocê está deuendo 500 reais ao lojista,
cotn juros dt 3"h ao mês.
Os juros a ser pagos, então, no final da Tsrimeiro mês são de
l5 reais (500 reais uezes 3ol,).
Se n prestação é de 58,62 reais, desse unlor 15 reais são
juros e o restante, 43,62 rcais, e amortização da dívida.lsso significn que, no segundo mes, uocê não está maís de-
aendo 500 yeais, tnns esse aalor mcnos 43,62 renis. Sua
díuida c de 456,38 reais.
?: !:*:'.:': ::ro' ,no "su:do.::'*'o de 3% sobre a
díuida de 456,38 rcais, or.í seja, 13,69 reais.
' Como ü parceln que uacê pagnró é de 58,62 reais, toda o
Talor restante será amortiznção, isto é, 44,,93 reais.
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I lO I)rrrlr, rro í',, .,(!ir('(ìos de quem tem
Perceba que os juros ficaram menores e a amortiza-
ção ficou maior. O planejamento total do financiamento
ficaria assim:
No ato da
Após 1 mês
Após 2 meses
Após 3 meses
Após 4 mescs
Após 5 meses
Após 6 meses
Após 7 meses
Após I rneses
Após I meses
Após 10 meses
BS 500,00
B$ 456,38
R$ 411,46
R$ 3ft5 19
R$ 31253
tì$ 268,44
R$ 21IBB
B$ 165,80
R$ 112 16
R$ 56,S1
B$ 0,00
R$ 58,62
B$ 58,62
B$ 58,62
R$ 58,62
|]$ 58,62
B$ 58,62
B$ 58,62
R$ 58,62
R$ 58,62
B$ 58.02
B$ i5,00
R$ 13,69
R$ 12,34
B$ 10,96
R$ 9,53
R$ B,O5
B$ 6,54
B$ 4,37
R$ 3,36
R$ l.R
R$ 0,00
R$ 43,62
B$ 44,92
R$ 46,27
R$ 4266
B$ 49,03
R$ 50,5S
R$ 52,08
R$ 53,64
B$ 55,25
B$ 56,91
^pó$I mês
/\pór 2 meses
Â!ús 3 rÌìeses
Â!ús 4 msses
^eús5 ürseJ
Apis 6 moses
t:a *:l::a': lOtal de lur0s paq0s
I Dividalapaga
F$r0rjíJil lì$l(J0ft F$,ltÍJ.0fl F$ 41rU 0t rì$ 5Ut.ll{r il$ 600.t0
R$ 41.04
B$ 51,99
B$ 76,11
B$ Bl,OB
F$ 84,45
No quadro abaixo apresenta-se de forma mais clara
quanto já se pagou de iuros e quanto reaÌmente se amorti-
dor, que comprou seu estoque de produtos e não exigiu
pagamento à vista dessa compra. Se o comprador insatis-
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zou de dívida:
No ato da
Após 1 mês
Apds 2 meses
Ápós 3 meser
Apds 4 meses
Após 5 meses
Apds 6 meses
Após i meses
Após B meses
Após I meses
Após 10 meses
R$ 5ü0,ü0
B$ 456,38
H$ 411,46
R$ 365.1S
ns 31153
B$ 208,44
FS 217,88
B$ 16$,80
RS 112,16
R$ 5ô 9l
B$ 0,00
R$ 58,62
B$ 117,23
R$ 175,85
R$ 234,46
R$ 293,08
B$ 35ï,69
R$ 410,31
B$ 468,92
R$ 52254
B$ 580 20
B$ 15,00
R$ 28,63
R$ 41,04
R$ 51,SS
Rq Â1 q?
R$ 69 57
R$ 76,11
R$ 81 ,OB
RS 84,45
B$ B6 20
H$ 0,00
B$ 43,62
R$ S8,54
B$ 134,81
R$ 182.47
R$ 231,56
R$ 282,12
B$ 334 20
n$ 3s7,s4
B$ 443,0S
R$ s00,00
Aos efeitos mostradÕs no quadro acima é que o meï-
cado dá o nome de Tabela Price. A razã,o de o mercado
trabalhar com um instrumento complicado como esse é a
pÍoteção ao vendedor. Se o comprador resolve devolver o
produto comprado após pagar metade das parcelas, exi-
gindo seu dinheiro de volta, na práticao que ele
tem a
receber são 231,56 reais. Não é nem o total pago até então
(293,08 reais) nem a metade do valor do bem (250 reais),
pois os juros são o aluguel pelo uso do dinheiro do vende-
feito tivesse pagado à vista no ato da compra, o d.inheiro
do lojista poderia estar rendendo iuros no banco, e essa é
a razão da cobrança de juros.
[Jnr nxnrupLo qARA pË't/sÁR E APLICAR
Responda rápido à seguinte pergunta:
O tlue é nrcIhor: comprar ou nlugnr um nTtartnnento?
Agora que você respondeu, reserve quinze segundos para
pensar em duas ou três razões da resposta dada.
Mais cedo ou mais tarde na vida, todos acabam passando pela
situação de ter de decidir peÌa moradia. Na busca de um teto, to-das as alternativas devem ser consideradas, já que o valor investi-
do é bastante alto. Nesse momento, o que acaba moldando nossa
decisão final são orientações de corretores imobiliários e palpites
de parentes. "Antes de casar, aÍrume casa para morar'" "Aluguel
é como passar a vida toda pagando algo a alguém sem nunca ter
nada." "Melhor pagar um pouco mais e garantir seu imóvel." "Nada
como a casa própria, é uma garantia contra o desemprego."
Essas são algumas das sugestões que nos conduzem avidamen-
te à conquista da casa própria. Já afirmei, no início deste livro, que
a conquista debens nem sempïe conduz à solução de nossas necessi-
dades. Muitas vezes, a conquista de bens nos traz grandes perdas.
Ponha stu planrt cttt ;,t'ìlr, ,| | | |
Imagine-se agora diante de uma importante decisão: a casa
própria. Você anaiisa uma série de ofertas e oportunidades, consul-
as coisas. Partimos Ìogo em seguida para o preço do finttnt i.r
mento. Quanto teremos de pagar por mês? Essa pergunta é rcs-
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ta diversas imobiliárias e incorporadoras e tem de decidir entre:
, A aquisição de um imóuel na plantn, n ser construído em dois
anos, cujo preço à uista é de 100 mil reais, podendo ser financia_do em uinte anos com juros de 1% ao mês mais correção mone-
tária - o que daria uma prestação média de 1.101,09 reais.
' O aluguel de um imóael do mesmo ualor, com poucos anos de
construção, pelo qual o proprietário está oferecendo uma pro-
posta de aluguel de 800 reais mensais.
Essa não é uma situação rara. Muito pelo contrário, é até
otimista. Muitas incorporadoras estavam trabalhando, no iní-cio de 2005, com juros superiores a 1"/o ao mês para financia-mentos, além da correção monetária (ajustes periódicos do va-
lor das prestações para compensar a inflação). euanto ao aluguel,é fato raro nos dias de hoje encontrar nas capitais brasileirasimóveis cuja locação custe algo próximo de 1% do vaior de ven-da. Se você comprar um imóvel por 100 mil reais, com muitasorte conseguirá ahtgâ-lo por 750 ou 800 reais mensais, que equi-valem a 0,75/o ou 0,80% do valor do investimento por mês, semcontar a perda de valor pela inflação. Se tiver aplicações que lherendam mais que 0,8"/" ao mês, é melhor deixar seu dinheiro 1á
e continuar pagando aluguel do que "investir em imóveis,,.Mas você deve estar pensando: o imóvelem vista não é para
investimento, é para a própria moradia. A primeira percepçãoque temos é de que os vinte anos para pagar facilitam bastante
134 | ointreiro: os segredos de quem tem
pondida por nossa fórmula conhecida:
valor da prestacão do financiamenro : Varor a serÍinanciado -f-gffiÏL
Têmos 100 mii reais para ser financiados a juros de \"/o aomês por 240 meses (como nossa taxa é mensal, temos de traba-
lhar com meses). A fórmula nos dá então o valor da prestação
mensal a ser paga durante vinte anos:
valor da presração B$ 100 000 , [(1 * 0'01)'Z4\ 0'01] : B$ l 10l,0sl(1 r0,01 ),au 1 l
Ao perceber que podemos ter o próprio apartamento pa-
gando L.101,09 reais mensais durante vinte anos, somos leva-
dos a raciocinar da seguinte forma:
' Se eu pagar 800 reais por mês de aluguel, no final de uinte
anos não serei dono do imóuel.
' Como não serei dono do imóuel, proaauelmente terei de pagar
800 reais de aluguel pelo resto da aida.
' Com apenas 30L,09 reais a mais por mês, em uinte anos serei
dono do apartamento e não precisarei pngar mais nada!
' Se eu perder o emprego, pelo menos tenho a cnsa própria garantida.
É exatamente esse raciocínio que leva muitos a descartar a
alternativa do aluguel. Veja como essa decisão não foi a melhor
escolha:
Ponha seu gtlittttt t'ttt pl:ilr,.r l I l"
Se uocê renlntente dispõe de 1.701,0g reais parn pagar urttfinnnciamento, considere n arterrtntiaa de orugar unr apartn,tnento de padrão idêntico (o ptreço
' Você terá muito mais que o ztalor de um apnrtamento ilo l,ou-panÇa, que lhe rende juros strficientes para psgnr o altrguel do
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de uenda do irrúael é o mes_nrc) c de inuestir a difcrençn entre o unlor do nltryttel e o unlordo finnncinntento.Ncsse cnso, estorrí pagnndo 800 renis de nlttgtLel e irrcestinclo,todos os meses,307,09 reais em
umn nplicação de baixo risco.Neste exemplo, consíderarei que uocê inuestiLt enr ttnta attrica_ção com rendíxtentos tíquidos (após tnxas, Imposto de Rej:nda ,:inJlaçõo) cle 0,6,,1, no rnês.
Ao longo de ainte anos, aocê pnssnro 240 meses pagnndo alu-gttel pelo uso de uttt npartamento que não Ilrc pertence, o quern prátícn significo que, se cíesejar continrrar em Ltftt imóuel dotnesmo pndrão, terá de fícar pagando aluguel.Mns, nos ftrcsftns ainte anos, aocêformou uma poupançn igual n:
Po,panLa'orrlaLla auos 240 rneses = B$ 30i,0S I f { , 0.006), I -t"lml =tti6o7io'50
LJCom 160.210,50 reais em uma aplicação que lhe renda 0,6n/o
ao mês, terá renda mensalde 964,26 reais. Isso quer dizer que:
' você estará ntorsndo em Ltm apartnmerúo que rhe custará 800renis mensais.
I ltrrrlr,.rr,,: os s(,gre(los cle quem tem
npartnmento ent que uiae cont sobrns para fazer sua poupatryn
crescer maís no longo do ternpo, clrcgando ao aalor de doís
npartanrcntos em poucos anos.
Vnlerin a pcna ter entrttdo no
firnncinntutto?Vejamos outra forma de perceber o erro do financiamento.
Se você tem condições de pagar 1.101,09 reais por mês e gosta-
ria de ter o próprio apartamento, considere novamente a opção
do alugueÌ. Pagando 800 reais mensais de aluguel, seu plano de
aquisição do imóvel seria definido pela seguinte pergunta:Durante qunnto tempo é preciso plupnr 301,09 reaís mensnis n
juros de 0,6"/" ao ntês pnra formar Ltma plupnnça igunl a 100 milrenis?
Com o auxílio de uma calculadora financeira ou de umaplanilha eletrônica, descobrimos que prestações uniformes de
301,09 reais aplicadas a 0,6"/" ao mês formam 100 mil reais noprazo n de 184 meses.
Incrível, não? Gastando os mesmos \-101,09 reais do finan-ciamento, porém com a estratégia de alugar + poupar, você tcrií
dinheiro suficiente para comprar um apartamento t'le l(X) rtril
reais em apenas 184 meses (quinze iìnos €ì qtrrrtro nrcst's), [rt'rrr
menos tempo que os 240 nrescs que () filritrrciantt'rrlo o olrrig,rli.r
a pagar para ter o apartirrlcl-rto. Sc.rl t'orìl.rr-(lu(', (()tìì tlirrlrt'iropara pagar à vista, seu porlt'r tlt'lralg.rrrlr.r .rrrrrrt'rrt.ì p.rr.r tlcgo-
ciar descontos de preç().
Poupanca formada após n meses: Aplicacão regular possÍvel {ì + taxa de jurosJ
iaxa de lur0s
l'onha seu plano em prátical 137
Há ainda o diferencial de que estará morando em um apar-tamento tão novo quanto desejar e poderá adquirir um aparta-
lüul,rca ES7UEÇA A rNFLAÇÃo
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mento noao a partir do momento que desejar, pagando à vista.Se você optasse pelo financiamento no momento inicial, seu
apartamento estaria valendo bem menos na data de quitaçãoda dívida, após vinte anos de uso.
É importante ressaltar que todos esses cálculos foram feitossupondo-se uma rentabilidade líquida de 0,6"/" npós inflação. Naprâtica, isso significa dizer que você terá de aplicar em investi-mentos que lhe rendam a taxa de inflação rnais 0,6"/o ao mês, o
que exigirá um pouco de cuidado com seu dinheiro. O total de
poupança acumulada após quinze anos e quatro meses nesta
aplicação será bem maior que os 100 mil reais em valores nomi-nais, porém você não conseguirá comprar nada mais do que se
compra hoje com essa quantia. Essa é a conclusão natural ao
supor que o valor dos imóveis novos acompanhará a inflação.
No próximo tópico tratarei com mais detalhes os aspectos
inflacionários sobre nossa poupança.
Perceba que os números são bastante factíveis e coerentes
com a realidade brasileira. Não há segredo, nós realmente so-mos conduzidos a cometer bobagens financeiras pela boa lábiade vendedores habilidosos. A melhor prática, sem dúvida ne-nhuma, continua sendo poupar para pagar à vista.
Quanto ao argumento de "perda do emprego", o que é maisinteressante para sustentá-lo: uma poupança que valha meioapartamento ou um apartamento que valha meia dívida?
Um dos pontos de maior fragilidade de um planejamento fi-nanceiro está na inflação. Todos sabemos que, mês após mês, os
preços aumentam, nosso salário mantém-se estável e nosso po-der de compra diminui. Muito freqüentemente as pessoas têm a
ilusão de que estão ganhando um bom dinheiro em suas aplica-ções financeiras, no entanto o que acontece na prática é a re-
posição da inflação e um pequeno rendimento real.
Por isso, não adianta ter a ilusão de que uma poupança de 1
milhão de reais resolverá nossos problemas, pois 1 milhão de reais
daqui a uma ou duas décadas não comprará muito mais do que
algumas dezenas de milhares de reais compÍam hoje. Devemos,
sim, buscar uma poupança que valha, após nosso prazo de in-vestimento, algo equivalente a 1 milhão de reais atuais.Isso signi-
fica que deveremos ter dinheiro suficiente para comprar, no futu-ro/ o mesmo que se consegue comprar hoje com l milhão de reais.
A inflação funciona exatamente como uma aplicação que
rende juros negativos. Se você não mexer no seu dinheiro, nomês que vem será como se tivesse menos. Na prática, terá o mes-
mo dinheiro, mas, como os preços dos produtos que consome
aumentaram, não conseguirá comprar a mesma quantidade de
produtos que compraria hoje.
Por isso, ao construirnossas simulações financeiras, ignoramos
o crescirnento do dinheiro que apenas compensa a inflação. Adota-
mos como juros reais apenas os rendirnentos que superam it titxa
de irúlação para saber exatamente quanto ganhamos n{) [-x'pi11l1y.
llÌ I llirrlrt'iro: os s('Í{r('(los de quem tem l'ortlt:r st'rr l)l;uro (nÌ pl,ilr,:rI | ]9
Proceder a esse ajuste matematicamente não é difícil. Trate
a inflação como juros negativos. Veja o exemplo a seguir. Umrecurso aplicado em um CDB (Certificado de
ou que poderia comprar bens gastando 90"/" do valor real a ser
conseguido se considerados os preços de hoje no mercado.
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Depósito Bancá-
rio) cujo rendimento é de 1.,6'% ao mês deverá ser ajustado para
obter real rendimento mensal no caso de a inflação atingir 0,67o
ao mês. Veja como é feito tal ajuste:
Bendimento norlilal do CDB : 1,6% ao mês
{') lmposto de RenLla rle 2014, - 0.20 x 1,6% = 0.32%
= Benda líquida alÌtls da ilÍ acãr : l,2B% ao mês
Essa é a taxa que você recebe por sua aplicação. Agora é
preciso ver quanto perde por causa c1a inflação de 0,6o/o. Perce-
ba que o efeito da inflação existirá tanto para a aplicação quevocê tem quanto païa os juros que recebe. Por isso, não deveráser feita a correçào apenas sobre a taxtì t1a 1,28"/" mas também
sobre todo o fator de valorização de stra p()upança, que é (1 +0,0128). Esse fator, que deve ser multiplicado peÌa poupança noinício do mês, significa que você terá, no final de um mês de
investimento, aquele mesmo valor - daí o núrmero 1 - acrescido
de juros de 7,28o/" (ganho de 1,28 real para cada 100 reais inves-
tidos, ou de 0,0128 real para cada real investido).
Agora, para saber quanto seu dinheirc realmente valerá após
o efeito da inflação, considere o seguinte raciocínio: se houver in-flação de 10% ao mês, todo o seu dinheiro valerá 107o menos, pois
aquilo que poderá compÍar com o dinheiro valerá 10% mais. Umaforma simplificada e conservadora c1c traduzir isso é supor que seu
dinheiro valeria 107" menos se o contássemos em valores de hoie
140 | uinneiro: os segredos de quem tem
Para corrigir o real poder de compra de sua poupança, é
preciso multiplicar o valor conseguido Por um fator de correçào
da inflação igual a:
FaÌor de cortecão da inflacão = (1 taxa de tntìacão)
É aui que surge o fator de correção de nosso exemplo de
inflação a 0,6"/o ao mês:
Fator de valorrzação antes da inflação = (1 + 0,0128)
X Fator de correcão da Ìnflacão = (l - 0.006)
= Fator fina de crescimento da riqueza = 1,006723
Esse fator nos diz que você terá, no final de um mês de
investimento,7,006723 vez mais riquezaque no início do mês.
Subtraindo o númcro 1, você terá que a taxa de juros foi de
0,006723 para cada real investido, cru de 0,67231" em um mêsr.
Essa taxa c1e juros equivale a ganhos reais de 8,37"/,, ao ano'
A inflação mensal está disponível todos os dias nos jornais.
Caso você tenha em màos apenas uma estimativa da inflação
anual, é possível caÌcular a taxa mensal com base na seguinte
relação:
Taxa de rí rrãc nrensal - (l + Ìaxa de inllacão alua ) ' I
2 Para saber quaì é a taxa anua dessll rentabll dade, util ze a relarão (1* )' l, que para
(1,006723)r?-l Íornece utra tilxâ tea de crescimento de 8,37% ao ano.
Itonlt;t st'tt 1tl:ttt. t ttt 1rt,tl tt ,t | 4 |
()u utilizar a tabela abaixo, que já traz os resultados desse
t'iilt'trlo para alguns valores de inflação anual:
O mesmo cuidado deve ser tomado com seu plano de in-
vestimentos mensais. Se você estabeleceu o plano de poupar 100
reais todos os meses, comece com 100 reais agora, mas não se
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Tnxn or lunos
ANUAL
Tnxl oe lunos
EOUIVALENTE AO MÊS
0,2466%
0,401+!10
0,4868%
0,6434%
0,1w44Á
0,s489%
1,1115%
1,530S%
2,2104tó
2,8436%
3.4366%
A coluna da esquerda apresenta algumas sugestões de ta-
xas anuais, enquanto à direita aparece sua taxa mensal equiva-lente. Se seu dinheiro permanecer aplicado durante um ano à
taxa de, digamos, 3"/" ao ano, apresentará o mesmo rendimentoque teria se permanecesse aplicado doze meses à taxa de0,2466"/" ao mês de acordo com a fórmula:
Ìaxa de inflacão mensal : (l*0,03)r/r'7 I = 0,002466 au U,2466%
Esse cuidado com a correção da taxa de juros será funda-
mental para fazer seu planejamento com os pés no chão. Se isso
não for feito, haverá a falsa impressão de que será possíveÌ ga-
nhar uma fortuna em pouco tempo.
/ l ltrrrlrt'iro: os segredos de quem tem
esqueça de corrigir pela inflação os 100 reais do próximo mês.
Muito provavelmente será necessário redtzir algumas das
poucas folgas do orçamento para conseguir aïcar com esse au-
mento. Infelizmente esse é o preço que pagamos pela inflaçào.Observação: a forma como foi calculada a inflação neste li-
vro apresenta uma simplificação teórica para facilitar a compre-
ensão daqueles que não têm experiência com matemática finan-
ceira. A forma correta de cálcuìo da inflação considera que valores
futuros obtidos não serão capazes de comprar o mesmo que com-
prariam hoje. Por isso, deae-se trazê-Ios n aalor presente, como se
diz no jargão técnico, o que é feito através da seguinte fórmula:
Taxa real após o eÍeito da ,rt,rrrr:f-
{l+ taxa de luros líquida)
( I + laxa de inflacãoì
O resultado obtido por essa fórmula difere em muito pouco
do obtido nos exemplos anteriores, não sendo relevantes para
níveis de inflação inferiores a 17o ao mês.
QuaNro E coMo TNVESTIR?
Existem diversos caminhos para obtt'r rts tttrntt'ros tlt' st'tt plitrrt'-
jamento financeiro, miìs () nriris sirnplt's tlt'lt's ti ollr,u.tlo ítrtttrtlpara hoje. Você pode cottstrtlir ttttt Pl,ttto I'('ril)()lì(l('tì(ltl iìs se-
guintes perguntas, em scrliìi'rrci.r:
3%
5%
6%
B%
100k
17Yu
15%
200Á
30%
40nlo
50%
I'rrnha seu plano em prática | 143
1) Qual é a renda que me trarin independência financeira?2) Quanto dinheiro eu precisaria ter em wnn aplicação segura
para conseguír retírar essa renda mensal e não deixar meu
1) Renda esperada para a independência financeira = 600 reais.
2) Poupança necessária a ser formada = 600 = 0,005348 =
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patrimônio encolher com tnl retiraclaT
3) Dndo o fnto dt, quc tenho um limite de prnzo pnra otingir a
irtdt'1tt'ndônt'itt .fitrttncL:ira, qunnto preciso poupar por nús parn
cttttst,gttir.iorntttr o ttttttttnnte de recttrsos que garnntirão mi-rrltn npost,trlntloritr? St, ttnln rcstrição de recursos (o caso nnis
((ttttutil), rlttrrrttlt'tltttiltl0 It'tttltt' rlnrrci potrptlr parn cottscguir
fornnr o tttotttnttlt tTttc,,qnrnrtfiró tttinhn nposentndoria?
Quando propus a Maríz,i,t, rr rrra iaxirreira que trabalhoupara minha família, a possibiliclacle clc girrarrtir uma renda peloresto da vida, mesmo deixanckr clc trab.rlhar-, cÌa rapidamentese entusiasmou com a idéia. Maríziat prt'r.is.rria estar disposta a
fazer certo esforço durante alguns iìr'ì()s
fì.ìr.ìc()l-Ìseguir manter
sua renda mensal de 600 reais apírs iì iìp()scntiìcloria. Sugeri a
ela que planejasse se aposentar no priìz() tìr' tltrarenta anos, cÌr_Ìan-
clo completaria 62 anos.
Teríamos de calcular um valctr ir st'r de;--rositado todo mês
em uma aplicação segura para que o pl.rno rìt'sse certo, e a trplica-
ção segura que propus foi o CDB do Lrnr grancle banco de vare-jo, que hoje paga cerca de 7,3o1: ao môs, orr I ,0.1')1, r-rpós o Impostode Renda. Abatida a inflação rnéllia clt'0,5,)1, ao mês, calcula-
mos a rentabilidade da aplicação cnr 0,5348, pela relação (1 +0,0104) x (1 - 0,005). Esses eratm os cl.rr'los do problema.
Como montamos o projeto cìe aposentadoria dela:
112.192 reais.
3) Prnzo = quarenta anos ou 480 meses.
4) O aalor a ser poupado por mês foi obtido por nossa conhecida
fórmula de aplicações regulares.
Valor das aplicacões regularesPoupanca desejada após n períodos R$ 112 i92
(l * 0,005348)480. I
taxa de IUros
De acordo com nossos cálculos, ela precisaria poupar a par-
tir de hoje, todos os meses e durante quarenta anos, 50,26 reais
(corrigidos todo mês pela inflação). Uma dica importante que
dei a ela foi que jamais esquecesse três pontos:
' Corrigir suas aplicações pela inflaçào.
' Conscientizar-se de que por mais que a família viesse a ter
uma poupança bem maior que sua renda essa poupança
não poderia ser consumida, pois seria a única garantia do
futuro deles.
' Periodicamente, talvez a cada ano, seria preciso consultar
algum especialista para verificar se não havia grandes mu-
danças que resuÌtassem em ajustes do plano (mudança brus-
ca de inflação ou câmbio).
Tomados esses cuidados, Marízia teria aos 62 anos aposerì-
tadoria própria mais os pagamentos do INSS. Ela gostou tarrto
do plano qtre fez um igualzinho para seu marido, garanlirrtlo
para sua velhice um padrão de vida melhor que o atrral.
(1 + tôxa de juros)"- 1 ll
144 I ninneiro: os segredos de quem tem
Se mesmo com esse exemplo os cálculos não lhe pareceranìsimples, veja na tabela a seguir quanto precisaria poupar todomês para garantir uma renda JIBOS MLNSAIS TA
Pnnzo pnnn se aposerurnn (nruos)
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de 1.000 reais, para diferentestaxas de juros mensais.
IJsar essa tabela é muito fácil, veja um exemplo. Se eu pre-tendo aposentar-me daqui a vinte anos e consegui uma aplica-
ção que, após Imposto de Renda e inflação, gere juros de 0,65,'1,ao mês, tudo o que preciso para ter uma renda de 1.000 reais
mensais é, a partir de hoje, aplicar todo mês 267,75 reais, corri-gindo esse valor pela inflação mês a mês. Se desejo o dobro de
renda, poupo o dobro. Se desejo 10 mil reais de aposentadoria,
devo aplicar todo rrrês 2.677,50 reais (se eu desse cinco anosmais ao plano, esse valor cairia para 1.671,00 reais, basta olhara coluna vizinha, na tabela da página seguinte).
Caso a renda de que disponho atualmente para implementar
meu plano seja insuficiente, devo rever os pontos do planejamen-to que podem ser aprimorados. Será preciso aumentar o investi-mento mensal ou o prazo necessário para a aposentadoria. Se
nenhuma das duas altemativas se mostrar viável, talvez seja ne-
cessário perìsar em investimentos de maiofes rentabilidades. para
buscar maior rentabilidade, é preciso estar consciente de que sem-
pre se incorrerá em maiores riscos. Por isso, a escolha dessa alter-nativa deverá ser acompanhada, obrigatoriamente, de um inves-timento significativo de tempo para estudar as aplicações.
ONon TNvESTIR?
Muitos dos leitores, céticos e com alguma experiência em inves-
timentos, já devem ter questionado, até este ponto da leitura, a
viabilidade de conseguir taxas reais de rentabilidade próximas
de 0,6% ou 0,8% ao mês.
Realmente, se deixarmos nosso dinheiro eternamente apli-
cado em uma simples caderneta de poupança/ raramente tere-mos rentabilidade real maior que 0,37" ao mês.
Isso acontece porque a caderneta de poupança propõe-se
apagaï rentabilidade igual à taxa de referência do governo para
AtuC/Ìç40
0,30% 5 078,85
0,35% 4.28269
0,40% 3.694,94
0,45% 3.234,450,50% 2.866.56
0,55% 2.566,00
0.60% 2.315.95
0.65% 2.104.74
2.311,83 1.3S9,34
1.919,95 1.142,14
1621,21 S5t 04
r.400,70 803,s71.220,41 68271
1.013,11 593,84
s52,36 516,74
850,36 452.53
515,48 3S7 02 311,3i
3SZrS 299,57 22S,BS
311,66 230 01 112,51
241,85 r7B,B5 131,07199,10 140 38 100 43
161,20 110,98 11,45
131.31 88,22 60.02
1024s 70,43 46,69
s 50,37
761.63
622,39
516,1l
432,86
366,31
312.25
686,68
539,84
432,49
351,402BB,6O
239,03
199.31
162 10
0,70%
0,15sÁ
0.80%
0,85%
0,s0%
0,95%
1,00%
1.924,05 763.59
1.161,18 683,01
1.631,35 624,32
1.511,25 561,77
1.404,76 518.00
1.309,73 473,94
1.224.M 434,71
398,41 230,12
352,36 199,63
312,83 113.34
218,61 150,95
248,51 131,7S
222,95 115,31
200,11 101,09
140,7t 88,34 56,42 36.42
118,93 12,83 45,32 28,48
100.82 60.20 3ô,4S 22,31
85,63 43,87 29,42 l/,50
72,55 4r.38 23,16 13,75
62,28 34,39 1S,21 10,81
53.22 28,61 15,55 8,50
l'l(r I llirrlrt'iro: os scgredos de quem tem Ponh:t sctt 1tl:ttto cttt pr.rlr, r | | | |
correção de preços (TR) mais 6o/o ao ano. Mas ataxa de referên-
cia geralmente está abaixo da inflação real - aquela refletida em
indicadores de uso mais amplo, como o Índice Geral de Preços
A leitura dessa tabela não é difícil, vejamos um exemplo.IJma
rentabilidade igual à inflação mais 10,5% equivale à taxa de juros
de25,6o/" ao anoa. Se lhe for oferecida a oportunidade de aplicar
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de Mercado (IGP-M) e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
Qunndo proponho exemplos de planejamento, utilizo taxas de
10oA ao ano. Para conseguir uma taxa de rentabilidade de 10o/" anuais
acima da inflação em um ano em que a inflação atingiu 12o/", porexemplo, é preciso buscar oportunidades de rendimentos que tragam
retorno de 25%3 ao ano após o pagnmento de impostos. Se os impos-
tos a recolher são de 20% sobre os rendimentos, estamos falando da
necessidade de retornos brutos da ordem de 31,25oÁ ao ano. No exem-
plo citado, teria conseguido isso quem fizesse um inaestimento que
Ihe rendesse o equiualente ao IGP-M mais 15,5o/o.
Utilizando o mesmo raciocínio, veja as taxas de retorno bru-tas esperadas para conseguir os retornos reais de seu planeja-
mento (considerando sempre uma inflação de 12"/" ao ano):I AXA OE JUROS BBUIA
Tnxa or lunos rurcessÁnrn I,trcessÁnrn nrurrs or EoulvnrrrurE Acl\ilA DA
ApósìMposros tMp0sÌ0 DEREN0Aor20% rrurrnçÃo (lGP-M +...)
seus recursos em um investimento que ponha rentabilidade igual
ao IGP-M mais 10,5% na prática você estará obtendo retorno real
de 6'/" ao ano. Isso acontece porque o Imposto de Renda devora
20"/" de toda a rentabilidade bruta de 25,6"/", inclusive um peda-
ço da "corteção inflacionária", reduzindo o ganho líquido para
20,5"/o. Retirando o efeito da inflação de 72o/" desse número, che-
gamos à rentabilidade real de 6o/" ao ano5 '
É impressionante como a inflaçao deuora nossos ganhos, não? Mas
não se deixe derrubar por essa constatação. Lembre-se do terceiro ingre-
diente da receita da fortuna: é preciso tomar decisões inteligentes.
Veja algumas das alternativas de investimento do mercado
financeiro:
Caderneta de poupança' O que é? O mais simples e popular dos investimentos, que
remunera suas aplicações com taxa igual à TR + 6o/" ao ano'
' Qual é o risco? Ao contrário do que muitos pensam/ a pou-
pança também tem algum risco. Se o banco em que você tem
poupança quebrar, há um fundo criado pelos bancos que
serve como uma espécie de seguro e devolve até20 mil reais
ao correntista prejudicado.
4 l(l - 10,5%) + (1 taxa de irrllacão)l 1 = {1,105 + 0,BB) 'l = 0,2557 ou 25'57%
5 i(1 . 205%)x(1 -taxa de inÍlacào)l 1 :(1,205x0,88) 1 = 0,0ô040u 6'04%.
Taxa or lunos
RIAI TSPTRADA
lÌ,Í,
Í[ti'Í,
ll,h
ttJ%
17uk
t5%
200/0
3070
400Á
50%
I l,l"l"
I I Ì,ll,i,'/u.5"1,
?),I'1,'Ì\,u"t,
'ÌI,il"l,,
3{), /'X,
lì{'ì,4,x,
4 |. l"lt'
59,l,/u
i0 5%
'Ì1,'|lu
?4.1%
25,6%
?8,4%
31.3,/u
34,r%
3tì,4%
45,5%
Ir3, /'/u
/3,9,/n
uu t%
6,750/0
9,250/0
10,50%
13,00%
15,50%
18,00%
21,15010
28,004Á
40,50%
53,00%
65,50%
3 Esse valor é obtido com o cálculo: (1 * 1(ìrhi = (1 taxa de inÍlacão), que resulta daÍornula taxa
real = ll * tata após inpostosl t ll tara le rnllaúiul.
148 | ninneiro: os segredos de quem temPonha scu ltlrttttt tttt 1,r:iti,,rI l l'Ì
' Prós: E o único investimento sobre o qual não incide Im-posto de Renda, possui baixo risco, a taxa é igual em todosos bancos e é de conhecimento público.
Fundos de renda fixa
' O que são? Fundos nos quais os participantes (cotistas)
(participações
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' contras: oferece baixa rentabilidade, perdendo para a maioriadas aplicações de baixo risco do mercado.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
. O que é? São compromissos assumidos pelo banco de lheoferecer determinada taxa de rentabilidade durante certoperíodo. Bancos de menor credibilidade ou menor tamanhotendem a oferecer melhores taxas, em geral definidas comoum percentual do CDI, que por suavez tende a acompanhara taxa selic divulgada pelo comitê de política Monetária(Copom). Em alguns casos, são oferecidas taxas maiores queo CDI, isto é, mais que 100% do CDI.
.Qual é o risco? Se o banco quebrar, não há nenhuma ga_rantia de recebimento. Deve-se preferir, portanto, investirem instituições de tradição em termos de estabilidade e
segurança.. Prós: Quando tem percentual de rentabilidade próximo
de 100% do CDI, mostra-se como uma das melhores e maisseguras aplicações de baixo risco do mercado. Além disso.não sofre taxa de administração, como acontece com os
fundos.
' Contras: Por ter taxas predefinidas, não acompanha dese-quilíbrios de mercado, como aumento significativo da in-fIação, do dólar ou da Bolsa de Vaiores.
l',0 l)rrrlrciro: os scgreclos de quem tem
investem seu dinheiro comPrando cotas no
capital) de uma espécie de empresa montada especifica-
mente para juntar as diversas quantias de patrimônio com
o objetivo de adquirir títulos, em geral emitidos pelo go-
verno e com características similares ao CDB, com taxaspredefinidas. Na prâtica, o investidor é sócio de uma em-
presa e paga uma taxa a um banco para que administre
essa empresa.
' Qual é o risco? O maior risco é de o fundo não ser bem
administrado e, em conseqüência disso, oferecer rentabili-
dade abaixo do que potencialmente pode oferecer. Isso em
geral não ocorre quando o fundo é administrado por uma
instituição de tradição e grande porte. Na eventualidade de
a instituição financeira quebraq, o cotista não perde dinhei-
ro, pois o fundo é apenas administrado pela instituição.
Quando isso acontece, outra instituição é nomeada pelos
principais cotistas para administrar o fundo.
' Prós: É uma forma de investir em papéis seguros aos quais
urna pessoa física de recursos limitados não teria acesso.
' Contras: Quando administrados por grandes bancos de
varejo (onde a maioria possui conta corrente), em geral
oferecem baixa rentabilidade e taxas de administraçãoabusivas e raramente explicitadas aos clientes. Há casos
de taxas de administração que corroem até um terço de
toda a rentabilidade anual do fundo. Taxas superiores a
Ponha scu plano crtt pr;rtit ;r | | lrI
.
1"/o ão ano devem ser abominadas, há alternativas bem
melhores no mercado.
sentem estabilidade de ganhos em um histórico de pelo
menos dois anos em instituições de grande tradição'
' Prós: Oportunidade de ganhos muito acima da média do
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Fundos DI
' O que são? Possuem as características típicas de um fun-do, tendo como objetivo acompanhar as oscilações das
taxas de juros através da negociação de títulos que pagam
as variações de juros dos negócios entre os bancos.
' Qual é o risco? Como acompanham de perto o comporta-mento dos juros de mercado, podem trazer ganhos signifi-cativos quando esses juros aumentam, assim como podemreduzir os recursos dos investidores caso os juros caiam.
' Prós: São uma forma de acompanhar os juros, que em
geral crescem em épocas de recessão.
' Contras: Possuem taxas de administração e podem trazer
perda de patrimônio nos momentos de queda de juros, emgeral quando a economia fica estável ou aquecida.
Fundos derivativos
' O que são? Fundos que investem em títulos de elevadorisco, como contratos futuros e opções, podendo trazerdesde ganhos elevadíssimos até a perda de parte conside-
rável do patrimônio investido.
' Qual é o risco? Quando administrados por instituições
consideradas agressivas, podem trazer tanto os melhoresquanto os piores resultados entre as alternativas de inves-
timento. Deve-se optar por fundos derivativos que apre-
I I l)ìrrlrciro: os segredos de quem tem
mercado e acesso a produtos financeiros que exigem pro-
fundo conhecimento do negociador.
' Contras: Têm taxas de administração e há elevado risco
de perda.
Fundos cambiais
' O que são? Fundos que investem em títulos que pagam
iuros em dólar. Os juros em geral são baixos, perdem das
demais aplicações. Mas, quando o dólar sofre forte valori-
zação, o investidor ganha os juros mais a variação cambial'
' Qual é o risco? Se o dólar se desvalorizar, o investidor
também perde dinheiro.
' Prós: Acompanham a variação cambial, mostrando seruma boa alternativa em situações de crise interna da eco-
nomia.
' Contras: Há taxas de administração e existem perdas quan-
do a moeda brasileira está em alta.
Imóveis
' O que são? O mais tradicional dos investimentos, sem ris-
co de perda.
' Qual é o risco? Por ser um ativo físico, estão sujeitos a
ação do tempo, invasões, grilagem e eventual decadência
da localidade geográfica.
Ponha seu plano t'ttr pt;ìlt,;rl lrr Ì
' I'rírs: Segurança e tangibilidade.' contras: As rentabilidades do mercado de imóveis apre-
sentam-se muito baixas nos úItimos anos, além de não st,
ocorrem lucros. No instável mercado brasileiro' muitas
vezes se negociam ações muito mais pelo potencial de va-
lorização de seu Preço no mercado do que pelo próprio
-
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poder garantir que o imóvel seja alugado nem que hajainteressados na recompra.
Fundos imobiÌiários
' O que são? Fundos que investem em participações no mer_cado imobiliário, acompanhando as varorizações dessemercado. São ideais para quem quer investir em imóveissem coÍTer o risco de concentrar seus recuÍsos em rrm úni-co negócio.
' Qual é o risco? São produtos recentes no mercado, o quesignifica não ser fácil obter o recurso de volta quando se
perìsa em desistir da aplicação. É um investimento de baixo
risco, pois dilui o capital dos cotistas em diversos imóveis,que rararnente trazem perdas significativas.
' Prós: Investem em ativos concretos, evitando grandes per_das em uma eventual crise do mercado financeiro, comoaconteceu neste início de século na Argentina.
' Contras: Taxas de administração e rentabilidade do mer-cado imobiliário (bastante previsível, mas em muitos ca-sos abaixo do mercado).
Ações. O que são? participações nos res'ltados de empresas, que
distribuem dividendos (partes de seus resultados) quando
I l)inheiro: os segredos de quem tem
dividendo.
Qual é o risco? Expectativas ruins sobre a empresa fazem
com que os investidores se desinteressem das ações' po-
dend.o reduzir-se drasticamenteseu preço' Isso pode acon-
tecer pela simples divulgação de uma notícia pela empresa'
Prós: Quando operadas com bom conhecimento de mer-
cado, podem trazer grande valorização do patrimônio'
Contras: Exigem conhecimento do comportamento do mer-
cado, da emPresa, da economia e da política' além de ofe-
recer elevado risco'
Fundos de ações
' O que são? Fundos que adqúrem ações' em geraì procuran-do oferecer a seus cotistas uma rentabilidade próxima da ren-
da méd-ia das ações de todo o mercado ou de um mercado
específico (ações de empresas de energia' Por exemplo)'
' Qual é o risco? A rentabilidade está suieita às incertezas
de mercado e à especulação dos grandes investidores'
' Prós: São a forma mais simples de negociar ações' exigindo
mais o entendimento de como se comportam a economia
e o mercado do que o conhecimento das empresas em si'
' Contras: Taxas de administração, exposição a riscos eco-
nômicos e poiíticos e grande instabilidade de comporta-
mento, o que exige muita experiência dos investidores'
Ponha seu plano tm prlilit':rl lrrrr
Fundos balanceados
' O que são? Fundos que atuam com características mistas
dos fundos já citados, procurando contrabalançar os ris-
' Prós: Para quem não pretende investir tempo na constru-
ção de um plano financeiro de longo pÍazo, é uma alter-
nativa interessante.
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cos excessivos de alguns deles.
' Qual é o risco? O risco desse tipo de fundo costuma ser me-
nor que o dos demais fundos de risco, e sua rentabilidade
também costuma ser menos instável. São uma alternativainteressante para quem não quer apenas as opções mais con-
servadoras de investimento.
' Prós: Podem trazer rentabilidade acima da média em mo-
mentos de estabilidade. Não há tanto risco quanto em ações
e derivativos e também não "engessam" a rentabilidader,
como acontece na renda fixa.
' Contras: Incidência de taxas de administração e ocorrêncitr
de perda quando há mudanças abruptas de mercado, acom-
panhando movimentos das ações e dos juros com intensida-de mais moderada.
Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL)
' O que ê? É o phnejamento financeiro em sua essência, porém
administrado poï uma instifuição financeira. Contrata-se unr
administrador para captar seus recursos de forma planejada
e, a partir de determinada data, obter direito a urna renda, na
maioria dos casos, perpétua e vinculada a uÍn seguro de vidtr.
' Qual é o risco? Baixo risco, é a renda fixa em essência, pois
se sabe até quanto se poderá resgatar após o prazo dos inves-
timentos.
,(' I ltrrrlrtiro. os sr.grt'rÌris dc quem tem
' Contras: Ao contrário do que é divulgado, há incidência
de Imposto de Renda, que deverá ser pago na época do
resgate. Além disso, há incidência de taxas de administra-
ção, e o dinheiro do poupador fica bloqueado, não se per-mitindo o resgate temporário para eventuais oportunida-
des de investimento.
Ouro e dólar
' O que são? Investimentos tangíveis, que proporcionam
maior proteção por estar fisicamente em poder de seus
proprietários. Acompanham movimentos especulativos do
mercado e são bastante suscetíveis a crises internacionais.
' Qual é o risco? No caso do dólar, o risco será reduzidoenquanto os Estados Unidos permaneceÍem como a econo-
mia hegemônica. O ouro ainda é um metal precioso, mas a
manutenção de seu valor no longo prazo é questionada por
aÌguns analistas.
' Prós: Independentemente do que acontecer no mercado
financeiro, se você estiver de posse do ativo ele não pode-
rá ser absorvido por uma instituição financeira.
' Contras: Poderão ocorrer perdas quando houver desvalori-
zação do mercado desses ativos, existem restrições legais para
sua negociabilidade (principalmente dólares) e há a necessi-
dade de um investimento em segurança para sua proteção.
Ponha seu pÌano em pnitic:rl ltrl
E importante discutir algumas características desses cliít,rentes tipos de investimento.
As chamadas aplicações de renda fixa, em que você salrt,
nheiro. Títulos do governo, contratos de dólares, algumas ações
de grandes empresas e outros tipos de investirnento em geral
são vendidos em contratos de algumas dezenas de milhares de
l-
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quanto vai ganhar, não são o tipo de investimento que lhe p'ssibilite fazer fortuna, a não ser que conte com muito tempo par.rseu plano de riqueza.
Por essa Íazão,é importante que seu planejamento finarrceiro tenha uma meta de aprendizado e aperfeiçoament,
contínuos. Talvez uma caderneta de poupança seja realmente .melhor investimento para começar, o tipo de investimento n.qual seu dinheiro estará nos primeiros meses de seu plano st'
você começar do zero. Enquanto seu dinheiro cria volume, mi-nha sugestão é que leia sobre alternativas mais interessantes dt,investimento. Aprenda a investir em renda fixa, como um cDIl.veja as melhores alternativas do mercado, consulte pelo menos
três ou quatro bancos.Jamais invista sem conhecer bem o terreno em que está c<l_
locando seu dinheiro. E não confie cegamente no gerente de setr
banco. Ele nada mais é que um vendedor.
Com o tempo, você irá amadurecer seus conhecimentos so_
bre investimentos. Formando uma poupança de cerca de 10 milreais, lhe serão abertas oportunidades para outras opções deinvestimento.
Quantias maiores podem ser aplicadas em bons fundos de
investimento. Fundos não são nada mais, nada menos que ummonte de dinheiro de um monte de pessoas que se reúnem parater acesso a investimentos inacessíveis a quem tem pouco di-
lÌ | llirrhciro: os segredos de quem tem
reais.
O pequeno inaestidor, ao fazer parte de um fundo de inuesti-
mentos, passa a ter acesso a esse tipo de aplicnção, obtendo rentabili-
dades maisinteressantes. Há porém toda uma estrutura para admi-
nistrar um fundo, e essa estrutura custa caro. Todo fundo de
investimentos cobra de seus cotistas (os participantes do fundo)
uma taxa de administração, raramente informada pelo gerente
de conta do banco. Muitas aezes a taxa de administração do fundo
atinge nfueis absurdos, comprometendtt grande parte da rentabilida-
de obtida pelo inuestidor. Bancos de varejo, aqueles em que man-
temos nossas contas correntes, em geral são mais ineficientes na
gestão dos fundos, por isso chegam a cobrar taxas de até 3"/" ott
4"/" ao ano. Se sua aplicaçao rendcr 75'% ao ano, a taxa será abatidadesse número. Procure fundos mais eficientes, com taxas da ordem
de L% ou menos. Em geral csses fundos são até mais rentáaeis que
seus similares mais "careirtts".
Fuja das altas taxas dc administração de fundos.
Em finanças há relação direta entre a expectativa de retor-
no que se pretende de um investimento e o risco que será neces-
sário correr para consegui-ltt. Meus prirneiros exemplos são de
caderneta de poupança, CDIìs c fundos de investimento em ren-
da fixa por se tratar de investimentos de menor risco- Se a taxa
de rentabilidade que deseia para seu plano de enriquecirnento
está por volta dos 25"/" ao ano ()u mais, você terá de sujeitar-se a
Ponha seu plano tnt priilic:r I l5()
(()r'r'('r irlguns riscos. se seu objetivo não é correr riscos, estes
irrvt'stimentos são adequados a seu perfil.Mas, a partir do momento em que você se decide por inves-
então espeÍam a oportunidade de encontrar um "que queÍ mo-
Íar", qtJe lhes pagará preço maior. Para conseguir esse preço
maior, o corretor muitas vezes usa todas aquelas técnicas de
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timentos de risco, é fundamentalmente necessário passar a de-
dicar tempo ao estudo desse tipo de investimento.
Inuestir não é somente aplicar na poupanÇa. Inrtestir é tambént
comprar barato e aender caro. Alguns optam por se especializar nn
compra e aenda de imóaeis. Procurnm pechinchas e as uendem peltt
real ualor de mercado. Quem já procurou imóveis em uma imobiliá-ria deparou com a pergunta: "O que o senhor (ou a senhora)
procura é para morar ou para investir?" O corretor imobiliáriosabe que aqueles que querem um imóvel para morar darão valora aspectos que nem sempre se refletem no valor de mercado, comoabeleza do jardim, a ventilação da casa, a vista da janela, a faci-
lidade de uma padaria próxima. Por anlorizar tais aspectos, muitas
aezes estarão dispostos a pagar preÇos que incluem as qualidades de-tectadas pelo proprietário original. Qunndo se está procurando unr
imóael parn inaestir, na percepçã.o dos corretores, o objetiuo é qualquer
imóuel que ualha menos que um "para morar" ualeria - o ideal é qua
aalha muito menos - e não seja difícil reaender no futuro. Tais qualida-
des não são fáceis de conseguir. Em geral dependem de um proprietá-
rio realmente interessado em se desfnzer do imóuel, como acontece em
casos de herançn, uiagem súbita para o exterior, separações conjugais e
problemas financeiros.
É assim que se ganha dinheiro no mercado imobiliário. Os"que investem" , com capital e tempo para esperar uma oportu-nidade, compram imóveis dos "desesperados para vender", e
l(,O I Itirrhciro: os segredos de quem tem
vendas que mencionei quando tratei do exemplo da loja de
móveis. Assim, aquele que quiser investir no mercado imobiliá-
rio não depende apenas de sua decisão. E preciso conhecer imó-
veis, conhecer as imobiliárias, preferencialmente ter alguns cor-
retores de confiança, visitar as imobiliárias com freqüência,
manter o foco em um mercado específico (ninguém consegue
estar informado sobre todos os tipos de imóvel de todas as regiões
de uma grande cidade) e constantemente atualizar informações
e conhecimentos. Em outras palavras, será preciso ser um pro-
fundo conhecedor do assunto se não quiser perder dinheiro em
seus investimentos.
Isso vale para todo tipo de investimento. Alguns escolhem
imóveis, outros escolhem títulos do governo. E possível investirem artigos colecionáveis, como obras de arte, e também em em-
presas através de ações ou de participações significativas em ne-
gócios.
Qualquer que seja seu investimento, haverá algum tipo de
risco.
Mas, para aquele que domina as informações sobre o inves-
timento, em geral as perdas serão bem menos freqüentes do que
para os leigos.
Sempre que alguém perde dinheiro em um investimento,isso ocorre porque uma outra pessoa saiu ganhando. Em geral
esse outro é mais bem informado.
Ponha seu plano em prilticrrl l(rl
I:'.sl'tta pRoNTo IARA AS zPIRTUNIDADES
Niìo faltam informações sobre as infinitas alternativas de inves-
A internet talvez seja a fonte mais rica
' Não tem tempo parn analisar alternatiuas de inaestimento.
' Tem um bom prazo para formar sua poupanÇa.
' Nrìo quer correr riscos.
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timento de seu dinheiro.
cle informação de baixo preço e boa qualidade. Tudo o que você
precisa saber sobre investimentos em fundos, planos de previ-
dência, CDBs, ações, negócios e títulos está lá à disposição, bas-
ta ter algum tempo para pesquisa.
Grande parte dos livros de finanças pessoais à venda nas
livrarias destina-se a ensinar o investidor iniciante a selecionar
adequadamente suas aplicações. Garanto que todo o tempo in-
vestido nesse tipo de aprendizado será recomPensado por seus
ganhos de rentabilidade.
Em praticamente todas as minhas palestras e cursos de fi-
nanças pessoais fui consultado sobre a idéia de planos de previ-
dência privada. Tornou-se uma verdadeira febre entre os geren-tes de banco oferecer produtos que garantam a aPosentadoria,
e muitas pessoas estão optando por esse tipo de investimento'
Como qualquer tipo de investimento de renda fixa, um pla-
no de previdência privada, conhecido também por siglas como
PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) e VGBL ("Yida" Gera-
dor de Benefícios Livres), é um limitador de ganhos. Você sabe
quanto vai ganhar, sabe que vai abater as aplicações do Imposto
de Renda (mas ninguém o alerta sobre a obrigatoriedade de pa-
gar esse imposto lá na frente, na hora dos saques) e sabe que teráuma renda certa na aposentadoria. Sem dúvida nenhuma, é um
tipo de aplicação a ser considerado Por quem:
' Sente-se sotisfeito com a renda a ser gerada no final do plano.
Se esse for seu único investimento planejado para o longo
prazo, certifique-se de que seu PGBL gerarârenda suficiente para
cobrir seus gastos com segurança.Pessoalmente recomendo a meus alunose leitores que se organi-
zeln para fazer o próprio plano de aposentadoria e evitem investi-
mentos como uÍn plano de previdência privada. Oriento-os dessa
forma porque um plano desse tipo trará rentabilidade maior que as
de alguns investimentos populares, porém perderá em termos de
rentabilidade paÍa a maioria das alternativas de investirnento. Ou-
tro ponto negativo é o "engessamento" do capital. Não será possível
retirar seu dinheiro de um plano desse tipo quando você quiser.
A grande sacada de um bom investidor é manter seu di-nheiro em investimentos que the tra6;am a melhor rentabilidade
de baixo risco possível (algo da ordem de 6'/" ao ano, como vi-
mos), mas ficar constantemente preparado e alerta para inves-
tir em novas oportunidades.
O investidor em imóveis não mantém todo o seu dinheiro
em imóveis. Ele mantém seu dinheiro bem remunerado em uma
boa renda fixa. Quando surge uma oportunidade de investir
em imóveis, ele tem sua poupança para aproveitar o fato.
O mesmo faz o investidor em ações, que está sempre estu-
dando as perspectivas das poucas empresas cujo comportamento
ele conhece muito bem em termos de preços de ações. Assim
(r2 | llinheiro: os segredos de quem tem Ponha seu plano cnt lrrilir':rl l{r I
rluc () mercado reduz o preço de negociação desses papéis, tr
irrvestidor entra em alerta Para a hora certa de comprar. O in-
vestidor em obras de arte sabe que alguns artistas são muitt-r
conhecidos em certas regiões e conhecidos em outras. EIe
do valor de mercado, e somente os funcionários podiam partici-
par do leilão. Lembro que meu colega tinha uma poupança acu-
mulada de cerca de 30 mil reais, que seguindo a rentabilidade de
20/o ao ano deveria lhe gerar uma renda de 6 mil reais no próxi-
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Poucoestuda muito bem os Preços das obras de alguns artistas para
procurá-las a valores abaixo do mercado em leilões de arte.
Sempre que houver oportunidade de investimento, a dispo-
nibilidade de dinheiro será a diferença entre ficar mais rico ou
permanecer como se está. Daí a importância da flexibilidade do
dinheiro para aproveitar grandes oportunidades de ganho - des-
de ações e imóveis até bens de pessoas em dificuldades financeiras.
Há uma frase, cuja autoria desconheço, que utilizo como
uma verdadeira regra de vida. Creio que lhe fará muito bem tê-
la em mente sempre que precisar tomar uma decisão:
Nunca uma oportunidade é perdida, haaerá sempre nlguém para
aproaeitar aquelas qtte aocê deixar passar.
Em alguns casos é preciso arriscar se desejarmos crescimen-
to mais rápido. Mas, se seu desejo não é deixar suas finanças em
ruínas, jamais tome uma decisão de investimento sem conhecer
plenamente aquilo em que está colocando seu dinheiro.
Em um de meus primeiros empregos, em um banco, conheci
um colega de trabalho que, apesar de muitos contatos no mercado
financeiro, era extremamente conservador em seus investimentos.
Como trninee do banco, ganhava cerca de 1.500 reais por mês e
conseguia poupar 500 reais, que eram aplicados em uln CDB que
não rendia mais de 20"/" ao ano, bruto (antes de impostos), na época.
O banco em que trabalhávamos costumava leiloar os veícu-
Ios cta diretoria após três anos de uso a preços cerca de20% abaixo
,l I ltrrrlr, rrr,: {r\ \('!lr'('dos de quem tem
mo ano. Ele não pensou duas vezes para efetuar um resgate de
25 mil reais de sua renda fixa para comprar um carro muito bem
conservado, que um mês depois seria vendido por 29 mil reais.
Em apenas um mês, ele conseguiu rentabilidade bruta de
16o1,6. Nada mau, não? Esse exemplo deixa clara a importância
da flexibilidade dos recursos.
Tnuos uM PLANI coMPLETo!
Vejamos os principais pontos de nosso plano de indepen-
dência financeira:
7. Dedique tempo à construção de setL plano no papel ou entuma plnnilha eletrônica.
2, Relacione todas as suas fontes de recursos financeiros e todos
os seus gastos mensnis.
3. ldentifique suas possibilidades de redução de gastos e estabe-
Ieça limites para os gastos não progrnmados.
4. Após otimiznr seus gnstos mensnis, identifiEre de forma pre-
cisn o preço de sus sobreaiaêncin, qttnnto uocê gasta mertsnl-
mente cont segLtranÇa.
5. Calcule qunnto sobrn de sua remunernção para possít'cis itr
uesl imc tt t os t t tc t rcn ís.
6 (B$ 2S.000 + RS 25 000) 0 16 ou 16,1,
I)orrlrir scu plirno em prática l 165
Estude algumns alternntiaas de inaestimento para o aolume
de recursos que aocê tem hoje e estabeleça uma meta realista
de tnxa de juros real possíuel para fazer seu dinheiro crescer a
Capítulo
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juros compostos. Essa será a taxa utilizada em suas simuls-
ções de rendn futura.Estipute uma meta para seu futuro: n) que renda ttocê pretende
ter ao se aposentar; e b) durante quanto tempo pretende poupar.Determine a massa crítica necessária para sustentar sua ren-
da de aposentadoris com base em uma taxa de juros realista e
de baixo risco.
Determine qunnto será realmente poupndo, e durante quanto
tempo, para formar a massa crítica. Verifique se essas condi-
ções são compatíueis com suas possibilidades e expectatiuas.
Se não o forem, estabeleça noaos prazos ou corte mais gastos
de sua sobreaiaência. Façn algumas simulações pnra certifi-
car-se de que escolherá o melhor plano de uida.
L0. Lembre-se de que esse será um compromisso assumido consi-
go mesmo e o aalor mensal dos inuestimentos aumentará n
cadn mês com a inflação, obrigando-o a cortar outros gastos
ouaaumentararenda.
i-1. Mantenhn-se em constante atualização sobre alternatiaas de
inaestimento e busque sempre aquelns das quais tem o domí-
nio dos riscos.
12. Faça planos patü as mudanças de oida que ocorrerão com a
indep endência financeir a'
13. Mnntenha-se fiel a seus planos, seja disciplinndo' O prêmio
uale a pena.
,(r I l)irrlrt'iro: os segrcdos de quem tem
7.
B.
AGORAÏiCOVT VOCÊ
t{t,..'
,lrl '
e sim que será a hora de conhecer novos produtos de investinrcnto
com maior profundidade. Mantendo o foco no fufuro e pensantlo
como rico, seu plano o levará a atingir seus objetivos financeiros.
Mas nossa natureza humana nos torna suscetíveis a arrui-
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A disciplina é a alma de um exército;
tornn grandes os pequenos contingentes,
proporcionn êxito nos t'racos e estima a todos.
Wnshington (17 32-1799)
nar nosso plano se não estivermos atentos aos erros comuns da-
queles que não atingem seus objetivos financeiros. E muito im-
portante para seu futuro que se mantenha consciente de cada
um dos pontos que listo a seguir.
0s sete mandamentos do bom investidor
1) lamaís ignore os efeitos da inJlação tanto sobre os juros de seus
inuestimentos qunnto sobre o aalor de suas aplicações pteriódicas.
2) Vcnça seus impulsos dc consumo, não lssttml compromissos
fora de seu plano.
3) Inclua entre seus gnstos com segLffança o inoestimento mensal
eftt utTt plano de saúde ou, se aocê oinda for joaem, em umfundo dedìcndo exclusianmente a pngar seus gnstos com saúde.
Conscientize seus filhos dn inrportâncía do plnnejamento finnnceiro.
Busque continuamente noaas informações sobre seus inaesti-
mentos e sobre nouos inuestimentos (o mercndo financeiro muda
com aelociriade incríael).
6) Seja conseraador em suas projeções. Não conte com promoções,
bônus e aumentos de snlário. Não conte com heranças e prênrios.
Não conte corn a sorte. Caso isso ocorra e llrc traga um dítilrcrnt
inesperado, será então o momento ideal de reaer seus plnnos ttttlrcipando a aposentndoria ou planejnndo um padrão de uitln rrtclltor
na aelhice.
t-\
5)
Cwnano coM os PotúTos
FRACOS DO PLANO
Dar início a um plano de independência financeira é a parte mais
difícil de todo o processo. Requer o rompimento com uma série
de bloqueios e maus hábitos financeiros, além de forte disciplina
daquele que planeja e da conscientização de seus familiares.
lJma vez posto em prática, um plano de independência fi-
nanceira tende a evoluir naturalmente. A medida que seu dinheiro
for crescendo, o interesse e o acesso a investimentos mais comple-
xos e mais rentáveis também crescerão. Seu banco passará a the
t,nviar inÍormações sobre investimentos adequados a patrimônios
rr rir iores. Isso não significa que será a hora de aproveitar essas ofertas,
\('gf('(los de quem tem Agcrra e com vocêl 169
7 ) Ajuste seu padrão de aida para comportar seus inaestimentos,
mns jamais deixe de destinar gastos para diaersão e lazer. Sua
mente estará bem se seu corpo também assim estiuer. De nada
adiantará planos para atingir mais de L00 anos se aocê
A atenção e a principal ferramenta tlt'controle dos gastos pequenos do dia-a-diir.
Não estou pregando aqui que você ande por toda parte com
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fazernão tiuer disposiçao para aiaê-Ios.
Cuneno Ao ASSUMIR coMPRoMISSos
Nem sempre são os grandes compromissos que arruínam nos-
sos planos financeiros. São os pequenos gastos que sempre fo-
gem ao nosso controle. Controlar esses pequenos desperdícios
requer pulso firme e atenção. Requer limites impostos ao con-
trole de gastos nos pequenos "imprevistos" ou luxos do dia-a-
dia. Estar atento a esse tipo de gasto resolve grande parte das
indesejáveis compras por impulso.
A atenção é a principal ferramenta de controle dos gastos
pequenos do dia-a-dia.
Quando estamos diante de gastos de longo prazo, aqueles
que geram impactos em nosso orçamento durante vários meses, é
preciso mais que atenção. E preciso que se incluam tais gastos nos
planos, não esquecendo de incluir também todas as conseqüências
que virão com eles.
Adquirir um carïo não é arcar apenas com seu valor de
compra. É preciso considerar também gastos com combustível,seguro, manutenção e estacionamento. A simples troca de um
carro mais simples por outro melhor, com motor mais potente,
implica maiores gastos com combustível.
170 | oinheiro: os segredos de quem tem
um notebook ou um palmtop em mãos fazendo cálculos e simula-
ções. Seu planejamento deve ter, no mínimo, uma revisão mensal
para verificar gastos que surgiram ou que deixaram de existir, ajustes
nos gastos com segurança. Se houver sobras, o valor dessas sobras
será a dimensão dos compromissos que você suporta assumir.
Não saia às comprns sem saber quanto pode gastnr.
Saiba quanto pode ser gasto antes de gastar. Essa conside-
ração deve ser feita antes de assumir qualquer compromisso fir-
me de gasto, como um financiamento. Aliás, nunca se esqueça
de que você terá mais riqueza se, em vez de financiar, fizer ttrtapoupança específica païa a compÍa à vista de um bem.
Tênha como componente de seu balde de gastos com luxo
investimentos específicos em novos planos, na troca do carro ou
da casa ou na aquisição de equipamentos de alto valor. Se ocor-
rer algum imprevisto, é esse tipo de plano que deve ser suspenso,
e não o seu plano de independência financeira.
DÍztnros E DoAÇoES
Sugiro que concentre atenção especial nesse ponto. Se você crê
emDeus, sabe que doar é uma das formas de agradecer aquilo
que conseguiu. Se espiritualidade não é seu forte, deveria expe-
rimentar a incrível sensação de dar a alguém que tem muito
menos que você aquilo que não o farâ Passar fome.
A$ora (' t ottt u,,,, | | ll
S.u bastante cético em relação ao aspecto da doação, e mui-tos talvez não concordem comigo.
Assumir o compromisso de pagar um dízimo à igreja é umadecisão séria. Devehaveï comprometimento, e você deve estar cons-
poupar devido à necessidade de doar terá contribuído com a
igreja durante o período produtivo de sua vida, enquanto tem
salário. Ao se aposentar, não terá mais condições de doar e, se o
fizer, serâ com pequenas contribuições. Aquele que constrói seu
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ciente de que será capaz de arcar com esse gasto. Muitos crêemque o dízimo significa a doação automática de 10'/. de tudo aquiloque uma pessoa de fé ganha e que as portas do céu não se abrirãocaso essa "mensalidade" não seja paga. Isso não é verdade. A con-tribuição à igreja, independentemente de credo, é vollntária paraque a igreja continue expandindo seus trabalhos. cada um contri-bui com o que pode e como pode.
Não é objetivo da igreja impedir que seus membros fiquemricos, pelo menos da maioria das igrejas. por isso, não deve haver a
obrigação da contribuição em dinheiro. uma das formas mais hu-manas de contribuir com a igreja é com o próprio trabalho volun-
tário. Afirmo isso sem o objetivo mesquinho de fazer com que abramão de alguma contribuição em dinheiro que faz regurarmentepara passar a usaï esse recurso em benefício próprio.
Mas não acredito ser sensato passar a vida contribuindopara, no final dela, não ter recursos para a própria sobrevivên-cia. Por isso, considero o dízimo um gasto que deve fazer partedo balde de gastos com segurança, um balde cujo tamanho élimitado em relação ao outro balde que você deve encher, o dosinvestimentos.
se você for uma pessoa consciente da importância da doa-ção, perceberá que, à medida que seu patrimônio cÍesce, suacapacidade de doar também cresce. Aquele que não consegue
| .) | ltirrlrt'iro: os segredos de quem tem
futuro com solidez terâ a garantia de que poderá contribuir fi-
nanceiramente com os necessitados por pfazo infinito, pois terá
renda sem trabalhar.
Já afirmei que não considero o salário do trabalhador como
renda. Renda é aquilo que é gerado com segurança pelo
patrimônio próprio de cada um. Por isso, se há a necessidade de
contribuir com uma parcela da renda para ajudar o próximo,
que seja com uma parcela da renda de seus investimentos. Esse
tipo de contribuição pode até parecer ínfimo no início de um
plano de independência financeira, mas aumentatâ a cada mês,
chegando talvez a números grandiosos de acordo com suas am-
bições.
Duwnas euE uM DIA
PÁSSARÃ O POR SUA CABEÇA
"E se eu perder o empre$o?"
A grande preocupação do trabalhador assalariado, indepen-
dentemente do nível hierárquico que ocuPe ou do salário que re-
ceba, é com a perda do emprego. Muitos se convencem de que émelhor adquirir bens fixos, como imóveis, païa garantir pelo
menos aquilo que têm. Não existe muita coerência nesse raciocí-
Agora t' t',,ttr v,,,il I/ |
ni(), p()is se há um plano de independência financeira em curso
lravcrai algum dinheiro na poupança para sustentar alguns me-
scs de procura de emprego. Na prática, o desemprego seria então
um adiamento do plano, e não seu cancelamento definitivo.
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"E se o banco ou o governo sumir com meu dinheiro?"
Outra preocupação é com a estabilidade do sistema políti-
co e do financeiro. Temos, no Brasil, duras lembranças do cha-
mado "confisco da poupança" que o governo Collor impôs à
população, e isso assusta muitos que mantêm seus investimen-
tos em bancos. O fato de vivermos em urna economia subdesen-
volvida realmente traz algt;rr.nas incertezas quanto ao futuro,mas eu definitivamente não recomendo a postura de pânico.
Práticas como o confisco da poupança não roubam dos in-
vestidores seu dinheiro, apenas os impedem de útIlzâ-lo durante
certo período para não estimular o desequilíbrio econômico (atra-vés, por exemplo, da compra desenfreada de dólares, elevando
seu preço de forma irreal, como aconteceu na Argentina). No
Brasil, quem mais perdeu com o confisco do governo Collor fo-
ram os aposentados/ que dependiam dos saques mensais da pou-
pança para pagar seus gastos com segurança.
Situação mais grave ocorre quando um banco passa por pro-
blemas e quebra, deixando de ter condições de devolver a seus
correntistas e investidores o dinheiro a ele creditado. Isso não acon-
tece com freqüência, e hoje o Brasil pode orgulhar-se de ter umsistema financeiro exemplar, pois o Banco Central age diariamente
nos bancos para evitar que ocorra o risco de quebra de um deles.
I 74 | oinhelro: os segredos de quem tem
'A grande preocupação do
trab alhador assalariado,independentemente do nívelhierárquico que ocupe ou do
salário que receba, é com a
perda do empre$o."
Mesmo assim, para evitar esse tipo de problema, é muito
importante seguir uma lição básica de finanças:
Nunca ponha todos os ovos em uma única cesta.
Nunca deixe todo o seu dinheiro em um único tipo de in-
de que devem construir sua poupança e sua independência fi-
nanceira para manter L1m padrão de vida cada vez melhor'
Quem constrói um patrimônio de bens físicos, como imóveis e
coleções de arte, passa a seus filhos uma herança de bens físicos.
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vestimento. Diversifique os bancos em que investe. Após conse-
guir a independência financeira, não dependa da poupança
para alimentar sua aposentadoria, tenha uma parte de sua ren-
da em investimentos que não possam ser confiscados, como alu-
guéis. A partir do momento em que se atinge a independência
financeira, mais importante que a rentabilidade é a segurança,
e essa deve ser sua prioridade no futuro.
"E quando eu morrer? Vou deixar um dinheirão?"
Jâ fui questionado algumas vezes sobre o destino de tanto
sacrifício. Quando morremos, todo aquele dinheiro da poupan-
ça vai ficar para nossos filhos ou para aqueles que tenham direi-to a nossa herança? Minha proposta é que sim.
Se não sabemos até quando vamos viver, não é sensato fa-
zer planos de extinção de nossa fonte de renda. A idéia de inde-
pendência financeira trata de uma renda infinita.
A grande preocupação seria, a meu ver, com o destino de
nossos investimentos após a morte, e isso pode ser resolvido com
um simples testamento. E grande a importância da educação
financeira de nossos filhos. E essencial que eles se conscientizem
Nrrnca ponha todos os ovos emutÌìtì única cesta.
Quem constrói um patrimônio financeiro passa a seus filhos a ga-
rantia de um padrão de vida seguro desde que eles tenham sido
educados para cuidar de seu dinheiro. Se seus filhos nascem em
uma família cujo padrão de vida está garantido e têm a clara com-
preensão da importância do planejamento financeiro, é bem pro-
vável que sonhem com um padrão de vida cada vez melhor.
Se a idéia é fazer com que seus filhos corram atrás do su-
cesso em vez de lutar por uma herança - sinceramente não te-
nho condições de definir que postura é mais adequada em ter-
mos de formação da personalidade de seus filhos -, talvez você
não queira deixar uma grar-rde quantìa de dinheiro nas màos
deles. Está aí uma excelente oportunidade de doar, contrìbuin-do com aqueles que necessitam, agradecendo a Deus por tudo o
que você conseguiu na vicl.r. E uma decisào pessoal definir no
testamento o destino de seu legado.
VocÊ NAo E o UNICI QUE TEM A GANHAR
Eu sinceramente adoraria que você ficasse muito rico. E não e
somente em razão de seu bem-estar ou sua tranqüilidade, que
certamente são muito importantes para mim. Será fantásticopoder compartilhar daqui a alguns anos com nÌeus leitores o
benefício que o planejamento lhes terá proporcionado em ter-
I l(t I I)irrlrt'iro: os scgredos de quem tem Agora e tonr v,r,i'l l//
rì-ìos de bem-estar. Mas o benefício gerado pela riqueza irá mui-
to além do seu bem-estar e do bem-estar dos seus filhos.
Uma das limitações da economia brasileira está na falta de
poupança da população. Vimos que os bancos são instituições
Pode parecer paradoxal a idéia da queda de juros para quem
pensa em investir. Quando isso ocorre,poïém, há mudança para
melhor na economia. Quando os juros são baixos, os financia-
mentos ficam também baratos. Com juros de financiamento ba-
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que usam o dinheiro de algr.rns para emprestar àqueles que não o
têm mas possuem oportunidades de investimento' Se hoje muitos
brasileiros preferem investir em bens materiais e se sentem bem
com isso, outros brasileiros estão perdendo oportunidades de in-
vestir porque não há recursos suficientes nos bancos para financiá-
los. Como os bancos têm de oferecer juros altos para atrair recur-
sos para a poupança, as taxas de juros dos financiamentos também
acabam custando caro.
Se seu plano financeiro de investimentos é construído com
disciplina, veja como todos ganham:
' Você ganha porque estará construindo um futuro tranqüilo.
' Os necessitndos gnnham, pois com a uida estáael haaerú maior
disposição para n doação.
' Seus filhos ganham, pois herdarão renda, e não bens (a renda
pode contìnuar crescendo no tempo).
' Os bancos ganham se oocê inaestir em atiaos financeiros.
' Corretores gnnham se aocê inaestir em atiaos renis, como imó'
aeis e obras de arte.
' A economia como um todo ganha, pois a pnrtir do momento
em que as pessoasse
conscientizaremda importância de pou-
par e inuestir haaerá mais dinheiro disponíael girando na eco-
nomia, o que fará com que os iuros cnism.
ratos, passa a ser interessante a idéia de tomar dinheiro empres-
tado para empreender, montar novos negócios, gerando-se
empregos e desenvolvimento. As empresas geram lucros para
pagar os juros dos financiamentos e para aumentar o patrimônio
de seus sócios.
Perceba como todos ganham, no longo prazo, com sua de-
cisão de enriquecer. Essa idéia não é totalmente utópica, pois foi
exatamente o que levou os Estados Unidos a passar por um lon-
go período de prosperidade nos anos 1980 e 1990. Não é,
logicamente, uma realidade no Brasil do início do milênio, mas
é algo para realmente considerarmos, uma meta realista para
daqui a cinqüenta anos, quando muitos de nossos filhos terãoobtido sua independência financeira.
É po. isso que eu adoraria que você ficasse rico. Porque
confio que você seja uma pessoa do bem, e no dia em que se
tornar rico irá ajudar muita gente a ser feliz.
lll I ltirrlrt'ilo: os scgrcdos de quem tem Agora e coÌÌì vo(( l/t)
"Quem constroi um patrimônio
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de bens físicos, como imoveis e
coleções de arte, passa a seus
filhos uma herança de bens
físicos. Quem constroi umpatrimônio financeiro passa a
seus filhos a garantia de umpadrão de vida seguro, desde
que eles tenham sido educados
para cuidar de seu dinheiro."CUIDE DO.. MAIS IMPORTANTE
estalagem, deixnaa o caanlo ao relento, não o nliuiaaa da sela nem dn
carga, tnmpouco se preocupaaa em dar-lhe de beber ou proaidencinr
alguma ração. "Assim, meu jouem, acabarás perdendo o animal",
disse alguém. "Não me importo", respondeu ele. "Tenho dinheiro. Se
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Era uma aez um jouem que recebeu do rei a tarefa de leuar uma
mensagem e alguns dinmantes a um outro rei de uma terra distante.Recebeu também o melhor caunlo do reino para leaó-lo na jornada."Cuida do mais importante e cumprirás n missão!", disse o soberano
ao se despedir. Assim, o joaem preparou seu alfurje, escondeu a mensa-
gem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro
amarrada à cintura, sob as uestes. Pela manhã, bem cedo, sumiu no
horizonte. E não pensaan sequer em falhar. Queria que todo o reino
soubesse que era um nobre e aalente rapaz, pronto para desposar a
princesa. AIiás, esse era seu sonho e parecia que a princesa corres-
pondia ü suas esperanÇas. Para cumprir rapidamente sua tnrefa, poraezes deixaan a estradn e pegaaa atalhos que sacrificaaam sua mon-
taria. Assim, exigia o mâximo do animal. euando paraaa em uma
IlÌ,l | |tirrhciro: os segredos de quem tem
este morrer, comprl outro. Nenhuma falta fará!" Com o passar dos
dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportou mais os
maus-tratos e caiu morto na estrada. O joaem simplesmente o amal-
diçoou e seguiu o caminho a pé. Mas nessn parte do país haaia pou-
cas fazendas e eram muito distantes umas das outrns. Passadas algu-
mas horas, ele se deu conta da fatta que lhe fazia o animal. Estnaa
exausto e sedento. ló hauia deixado pelo caminho todn a tralha, com
exceção das pedras, pois lembraaa a recomendação do rei: "Cuidn do
mais importnnte!" Seu passo se tornou curto e lento. As paradas
eram freqüentes e longas.
Como sabia que poderin cnir n qualquer momento e temendo ser
assnltado, escondeu ns pedrasno
salto de sua bota.Mnis
tarde, cniu
exausto à beira da estrada, onde ficou desacordndo. Para sun sorte,
uma caraaana de mercadores que seguia aiagem para o reino o en-
controu e cuidou dele.
Ao recobrar os sentidos, aiu-se de aolta n sua cidade.
Imediatamente foi ter com o rei para contar o que hauin aconteci-
do e, com a maior desfaçatez, pôs toda a culpa do insucesso nas costas
do caualo "frnco e doente" que recebern. "Majestade, conforme me re-
comendaste, cuidei do mnis importante: aqui estão as pedrns que me
confiaste. Deaolao-as a ti. Não perdi uma sequer." O rei as recebeu desuas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante
de seus nrgumentos. Abntido, o joaem deixou o palácio.
Cuide do mais imponanlt'l ltt t
Ern casa, no tirar a roupa sujn, encontrou nn bainha da calça ttnensagem do rei, que dizia: "Ao meu irmão, rei da terra do Norte. O
Joaem que te enaio é candidato a casar-se com minha filha. Essa jornn-
dn é uma proaa. Dei a ele alguns diamantes e um bom caanro. Rec.-
mendei que cuidasse do mais
consegue largar porque estú muito bom, e qunndo percebentos
já é tnrde. Díuidas enormes nos lertnrão a uma aidn amargura-
dn, com uergonha de nossa ficha cndastral, fugindo de cre'do-
res. Normalmente, 0 "cair na real" não é suatte. Acontece de
de cheque especial estoura. Não
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importante. Faz-me, portanto, um gran-
de faaor e aerifica o estado do cnaalo. Se o animal estiuer forte e uiçoso,
saberei que o jouem aprecia a fidelidade e a força de quem o auxiliou nn
jornndn. se porém perder o animal e apenas guardar as pedras nã.será um bom marido nem rei, pois teró olhos apenns para o tesouro do
reino e, não dnrá importâncin à rainha nem àqueles que o seraem,'.
Comparo essa histórin com o ser humano que segue sun jornada
nn uida tão preocupado com seu exterior, isto é, com os bens, que tudo
guarda como se fosse ouro, esquecendo-se de alimentar sua almn e seu
espírito com n alegria e o amor de Deus. Certamente não cumprirá a
missã0, jú que não sabe guardar o que é mais importante!
Autor desconhecido
Muitos permanecem descrentes em relação a cortar gastosmesmo tendo lido o que escrevi até aqui. "Como gastar menosdo que ganho se ganho tão pouco?", eis a pergunta que sempreme é feita.
Lembre-se de duas coisas fundamentais para sua sobrevi-vência:
1) NÃo GASTE ALËM DE SUAS PossEs. Se uocê não conse-
gue poupa4 é porque resolueu ter um padrão de uida maiorque suas posses. Não hesite, corte gastos, não deixe essa situa_
ção de conforto ilusório se prolongar. É como um uício, não se
l84 lUinneiro: os segredos de quem tem
uma l)ez, quando nosso limite
espere para passnr por essa humilhação. Mude a4ora.
D AS COISAS MAIS IMPORTANTES DAVIDANAO CUSTAM
NADA. Quanto custa o carinho dn pessoa que uocê nma? Quanto
custa o abraço de um filho? Quanto custa uma boa conaersn clm
nmigos? Quanto custauam aquelns coisas que o faziam feliz quan-
do criança, como unt bnnho demorndo ou aer n churta da jnnela?
Muitns das coisas que nos dão prazer aerdadeiro são postas em
segundo plnno pnra buscarmos coisns secundárias. Muitns aezes
não temos tempo para curtir aquilo que é importnnte e gratuito
pnra curtir nquilo que é secundário e nos consome alguns renis.
Não seja uma Pessoa de cinco minutos. Não reserve apenascinco minutos para curtir seu filho, não reserve apenas cinco
minutos para beijar sua esPosa ou seu marido. Dedique mais
tempo a você e a sua família'
Não deixe passar o dia de hoje para curtir somente o ama-
nhã. Não faça seus planos para curtir somente após os 60 anos'
Remunere-se primeiro. Não deixe de curtir seus amigos, não dei-
xe de dividir a conta do restaurante - mas faça seus planos e
mantenha-se fiel a eles.
Há um ensinamento chinês muito bonito e importante que
trata da relação que é preciso ter com o dinheiro:
Cuide do mais importirtrlt'l ll|r
( ) /)/NHË/RO
Ele pode coffiprar urna casa, mas não um lar.
Ele pode comprar uma cama, mas não o sono.
EIe pode comprar um relógio, mas não o tempo.
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Ele pode colnprar um liuro, mas não o conhecimento.
Ele pode comprar um título, mas não o respeito.
EIe pode comprar um médico, mas não a saúde.Ele pode cornprar o sangue, mas não n aida.
Ele pode cornprar o sexo, mas não o amor.
Se você acha que será feliz somente quando tiver muito di-nheiro,lamento dizer que isso é pura ilusão. A felicidade se cons-
trói no dia-a-dia, a cada momento. E dinheiro não é um objeti-vo, não é a felicidade. Dinheiro é como um cupom que lheproporciona meios de curtir aquilo que você ama ou apreciamuito. Não deixe de curtir, pois se o Íizer amanhã será um cha-
to e não terá nem amigos nem saúde para desejar viver.Pensando e agindo dessa forma, você será uma pessoa rica
em todos os sentidos da palavra riqueza. Seguindo essa receita,
que não é diÍícll, o mínimo que conseguirá será a independência
financeira e a tranqüilidade até o fim da vida. E talvez essa tran-qüilidade faça sua vida durar mais.
Seja feliz. E bons inuestimentos.
Oxnn BUSCAR MAISINFORMAÇOES
Estas são minhas sugestões para você aprofundar seus co-
nhecimentos e colocar em prática seu plano:
Jom,rars E REwsrAS
Valor Econômico
Jornal especializado em notícias de interesse dos investido-
res, com diversas seções diárias que trazem informações bas-
tante úteis para quem investe em negócios de risco, como ações,
mercados futuros e moeda estrangeira.
Gazeta Mercantil
Na mesma linha do jornal Valor Econômico, apresenta as
mesmas qualidades de seu concorrente, com o Peso da tradição
de mercado a seu favor.
lll(r I llirrheiro: os segredos de quem tem
Você S/A
A extinta revista Meu Dinheiro transformou-se em uma se-
ção da Você S/4. É uma interessante fonte mensal de dicas.
nibiliza diversas leis que estabelecem os direitos dos consumidores,
o que é uma ferramenta importante na hora de pechinchar.
www.bcb.gov.br
No site do Banco Central do Brasil, você encontrará infor-
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Srrrs rúA nrrERtúET
www.investshop.com.brSite repleto de informações variadas sobre finanças, abor-
dando desde os primeiros passos no mercado financeiro até es-
tratégias para os investidores mais experientes. E possível tam-
bém simular investimentos em ações e investir em respeitadas
instituições através do site.
www.labfin.com.br
Nesse site você encontrará cursos de curta ou longa dura-
ção sobre o mercado financeiro e também estudos realizadospor professores e pesquisadores da Fundação Instituto de Ad-ministração, entidade conveniada à USP. Destaco no site a se-
ção Guia de Investimentos, em que são feitas análises de desem-
penho dos fundos de investimento dos bancos mais conhecidos
do mercado - incluindo o desempenho histórico e as taxas de
administracão.
www.procon.sp.gov.br
Na tela principal do site é possível acessar uma seção decartilhas, dentre as quais destaco a cartilha de Orçamento Domés,
tico, com ótimas dicas para economizar. O site também dispo-
lllJ I ltirrlrr.iro: os segredos de quem tem
mações sobre metas de inflação, tarifas bancárias, legislação do
mercado financeiro e históricos de comportamento dos princi-
pais indicadores econômicos.
www.bovespa.com.br
Site da Bolsa de Valores de São Paulo. Nele, não são encon-
tradas apenas as informações ao vivo sobre o andamento do pre-
gão e cotações de ações, mas também importantes e atuais dicas
de investimento. O site também apresenta todas as corretoras do
mercado, através das quais você poderá comprar e vender açòes.
www.fi nancenter. com.brSite com indicadores, notícias e dicas valiosas.
http :/i emaca o. folha. com.br/
É provavelmente o melhor meio para se iniciar no mercado
de ações. Através do site, você pode participar de uma competi-
ção simulada de investimentos em ações, com um dinheiro vir-
tual. Além de testar suas habilidades em ações sem ter de arris-
car seu dinheiro, os melhores investidores concorrem a prêmios.
Onde buscar mais informaçoesl l{ì9
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http://slidepdf.com/reader/full/dinheiro-os-segredos-de-quem-temgustavocerbasi 97/97
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que o ajudarão a planejar e tonrar ars melhores decisões paragarantir definitivamente sua irrdt'pcndência financeira.
1.. Simulação de sua aposcnltdorin
2. Imóael: colnprar ou sluqnr
3. Tabela Price
4. Orçamento pessoal
5. Fluxo de caixa mensal a nttttnl