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www.canalmoz.co.mz 30 Meticais Maputo, Quarta-Feira, 18 de Dezembro de 2013 Director: Fernando Veloso | Ano 8 - N.º 868 | Nº 231 Semanário de Moçambique de Moçambique publicidade publicidade Zonas de confronto em Sofala Sucessão de Guebuza Gove iliba bancos comerciais dos raptos Guerra aberta entre alas na Frelimo Deserções na FIR Foto: Cedida por agentes da FIR publica lista de agentes da FIR que abandonaram as fileiras de Moçambique de Moçambique Pág. 15 Pág. 06-07

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www.canalmoz.co.mz 30 Meticais

Maputo, Quarta-Feira, 18 de Dezembro de 2013

Director: Fernando Veloso | Ano 8 - N.º 868 | Nº 231 Semanário

de Moçambiquede Moçambique

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Zonas de confronto em Sofala

Sucessão de Guebuza

Gove iliba bancos

comerciais dos raptos

Guerraaberta entre

alas na Frelimo

Deserções na FIR

Foto

: Ced

ida

por

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tes

da

FIR

publica lista de agentes da FIR que

abandonaram as fileiras

de Moçambiquede Moçambique

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. 15

Pág. 06-07

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Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 18 de Dezembro de 20132

Destaques

Desta lista pelo menos 10 agentes já sairam da FIR

Agentes da FIR nas matas de Gorongosa

Borges Nhamirre

Dezenas de jovens estão a aban-donar e a desertar das Forças de Defesa e Segurança nos últimos meses devido à intensificação dos combates na região centro do País, mais propriamente nos distritos de Chibabava e Machanga (Muxún-guè-Save), Marínguè e Gorongo-sa (Sadjundjira), na província de Sofala, em que o Governo se está a opor a forças armadas da opo-sição, com intensidade acrescida após o ataque à residência do líder da Renamo e base das suas forças de segurança, em Sadjundjira.

As deserções dos agentes da Força de Intervenção Rápida (po-lícia de elite) intensificaram-se desde o passado dia 21 de Outu-bro, quando as tropas governa-mentais atacaram a residência de Afonso Dhlakama que disse a se-mana passada em entrevista exclu-siva ao Canal de Moçambique que o presidente da República o quis matar. “Guebuza quis matar-me”.

“Antes nós e os homens da Renamo “tolerávamo-nos mu-tuamente, mas desde o ataque à casa de Dhlakama o tratamento mudou e as mortes aumenta-ram”, diz um agente da FIR que há menos de um mês, depois de regressar vivo da Gorongosa, despiu o fardamento e deixou a arma para “reiniciar a vida”.

O Canal de Moçambique está na posse de uma lista confirmada de jovens da Força de Interven-ção Rápida que abandonaram as fileiras. Uns fugiram a partir do campo de batalha, outros entre-garam o fardamento e as armas em Maputo e deixaram a cor-poração. Outros ainda simples-mente deixaram de comparecer no quartel-sede da FIR que fica ao lado do cemitério São José de Lhanguene, na cidade de Maputo.

O Canal de Moçambique foi para ouvir o Comando Geral da Polícia da República de Moçam-bique sobre as deserções maci-ças da FIR, mas Pedro Cossa, o

porta-voz da instituição, disse-nos que não quer falar deste assunto.

As causas das deserções

Os jovens que preferem deixar

a Força de Intervenção Rápida para tentarem procurar vida nou-tras áreas fazem-no por causa das muitas e sucessivas baixas, entre mortes e feridos, que têm esta-

do a suceder no campo de bata-lha na província de Sofala. Mas desistem, sobretudo, pelas más

Devido à intensificação do conflito armado

Deserção maciça na FIR“Antes de ir à Gorongosa pensava que era bom trabalhar para o Estado, mas depois que fui ao

mato, ver que somos usados para matar pessoas que nunca nos fizeram mal nenhum, não sei se trabalhava para o Estado ou para interesses de algumas pessoas. Antes tirávamos água na mesma

fontenária, banhávamos no mesmo rio e bebíamos nos mesmos locais com esses da Renamo. De um dia para outro empunhamos armas para matar essas mesmas pessoas, por isso eles também

se viraram contra nós. Não sei por que razão isso acontece!” – jovem que abandonou a FIR

(Continua na página seguinte)

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3Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 18 de Dezembro de 2013

Destaques

Agentes da FIR reclamam contra as condições de alimentação em Gorongosa

De entre os jovens que fugiram e os que se demi-tiram da FIR o Canal de Moçambique publica os nomes dos que conseguiu confi rmar que realmente sa-íram. Mas há muitos outros.

Todos saíram da corpora-ção de Junho para cá. A lis-ta que publicamos confi rma que este trabalho jornalístico resulta de muitas consultas prévias em que se incluiu a consulta ao porta-voz do Co-mando Geral da PRM que se recusou a falar deste assunto.

Eis alguns nomes:

condições de trabalho, nomeada-mente logística alimentar e remune-ração que consideram inadequada.

Em Sadjundjira, Vunduzi, Mu-xúnguè, Marínguè, onde os ata-ques intensifi cam-se a cada dia, os jovens da FIR trabalham sem as mínimas condições. A rendição acontece no dia 04 de cada mês. Os agentes que saem de Mapu-to, Gaza, Inhambane e Nampula para irem para as zonas de guer-ra saem sem que recebam aviso prévio e sem qualquer possibili-dade de avisaram os familiares.

“Quando se chega no quartel (em Maputo), durante a formatu-ra eles chama os nomes dos que

1. Castro Pereira2. José Landja3. José Timane4. José Dias5. Leonel Biza6. Bento Becapece7. Aly Magive Ribeiro8. Jetílio Faduco9. Dick Dilson10. Victor Boane 11. Che Ochanga12. Mabote Capa Dique13. António Alves Oliveira Simões14. Carlos Emerson15. Moisés Timane16. Menio Adriano17. José Artur

devem seguir para a Gorongosa e nem sequer nos dão direito de te-lefonar para casa para despedida”, conta um jovem da FIR à Repor-tagem do Canal de Moçambique.

“Não temos direito ao subsí-dio de deslocação nem a ajudas de custo. A ração de combate que nos dão é constituída por al-guns alimentos fora de prazo. Lá no terreno alimentamo-nos como porcos (ver a foto forne-cida pelos agentes desertores)”.

“Ninguém pode resis-tir àquelas condições de vida”, conta-nos outro agente.

De vários agentes, apurámos que no início do confl ito, entre

Este mês só partiram 54 agentes da FIR

No início deste mês, preci-samente no dia 4, os autocar-ros da ETRAGO que deviam partir de Maputo com pouco mais de 100 agentes para a re-gião Centro a fi m de renderem os colegas que estavam lá em missão desde Novembro, par-tiram com apenas 54 agentes.

Cerca de metade não compareceu à formatu-ra. Assim evitaram par-tir para o teatro de guerra.

Abril e Maio, até Junho deste ano, o agente da FIR que levan-tasse a mão para reclamar as más condições em que actuam na província de Sofala, era san-cionado com despromoção para a Polícia de Protecção (PP) e o seu salário de aproximadamen-te 6 700 meticais era reduzido 50%, para passar a ganhar o salá-rio auferido pelos agentes de PP, de pouco mais de 3 mil meticais.

Agora, com o aumento das deserções, o comando da FIR já não se dá ao luxo de despromo-ver os agentes que contestam as condições de trabalho porque está a enfrentar grandes deserções.

Um jovem perfeitamente iden-tifi cado mas que vamos chamá--lo de Mário por razões óbvias, agente da FIR há três anos, foi afastado da corporação em Julho passado porque se recusou a ir a Sadjundjira. Este jovem é fi lho único, órfão de pai e vive num distrito da província de Maputo, com a mãe que é paralítica. Ele é que presta os cuidados à mãe.

Numa manhã quando chegou ao quartel foi informado que de-via seguir para os autocarros da ETRAGO para ir à Gorongosa.

Mário sabia que aquela ma-nhã em que saiu de casa poderia ser a última a ver a mãe porque

Um dos jovens que deixou a FIR concedeu ao Canal de Mo-çambique o seu recibo de salá-rio. São 6 085, 50 meticais que o agente auferiu em Julho de 2011. Com os ajustes este salá-rio subiu para 6 700 meticais no presente momento. Isto é o que ganha um agente da força de elite com a categoria de guarda.

O salário de 6 085 meticais é somatório de: salário base de 3 175, 00MT, subsídio de ris-co de 2 345, 00 MT, subsídio operativo de 53,00 MT e com-pensação salarial de 830, 00 MT. Sobre este valor desconta:

222,00 MT de Pensão de aposentação, 15, 00 MT de assistência funerária, 47, 00 MT de assistência médica e

31,00 MT de serviço social. “Não vou morrer por causa

de 6 mil meticais. Deixei a FIR para reiniciar a vida”, diz sorri-

ir ao campo de guerra signifi ca correr risco de vida em que mor-rer é cada vez mais uma proba-bilidade agora, dado o grau de confl itualidade que se atingiu.

“Pensei muitas vezes e tive a coragem de dizer que não queria ir a Gorongosa. Resisti a todas as ameaças e não fui. Como conse-quência fui despromovido para Polícia de Protecção. Com tudo o que fi z para a FIR, para depois ser despromovido porque quis fi car em Maputo a cuidar a mi-nha mãe, preferi deixar a corpo-ração”, conta o jovem que agora trabalha como agente de uma empresa de segurança privada.

dente um jovem de 26 anos, de bom porte físi-co e com muitos sonhos.

“Agora estou a tirar carta de condução e vou-me inscrever para concorrer numa univer-sidade para continuar com os estudos. Estou a descobrir que a vida tem outras alternativas”, conta o jovem que tro-cou a vida de matar por uma causa que nem ele conhece bem, por uma de estudar para poder servir o seu País em paz.

Perguntámos-lhe se estava na FIR pelos seis

mil meticais ou pela pátria e, sem hesitação, respondeu: “An-tes de ir à Gorongosa pensava que era bom trabalhar para o Estado, mas depois que fui ao mato, ver que somos usados para matar pessoas que nunca nos fi zeram mal nenhum, não sei se trabalhava para o Estado ou para interesses de algumas pessoas. Antes tirávamos água na mesma fontenária, banháva-mos no mesmo rio e bebíamos nos mesmos locais com esses da Renamo. De um dia para outro empunhámos armas para matar essas mesmas pessoas, por isso eles também se viraram con-tra nós. Não sei por que razão isso acontece!” disse o jovem, fundamentando a tese de que a FIR não serve ao Estado mas a interesses de certas pessoas.

Despromovido porque se recusou a ir a Sadjundjira

Morrer pela pátria ou por 6 mil meticais?

Nomes de alguns jovens que deixaram a FIR

(Continuação da página anterior)

(Continua na página seguinte)

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Canal de Moçambique | Quarta-Feira, 18 de Dezembro de 20134

Destaques

O Canal de Moçambique ten-tou ouvir o porta-voz do Co-mando Geral da Polícia, Pedro Cossa, sobre as deserções na FIR. Este disse que não comenta assuntos da FIR nos corredores.

Depois de lhe pedirmos três vezes para conceder ao Canal

Bernardo Álvaro

Jovens militares das Forças Ar-madas de Defesa de Moçambique (FADM) oriundos sobretudo do sul do País e afectos na Zona Centro, concretamente nas províncias de Sofala e Manica, têm vindo a aban-donar as fileiras militares, seguindo para os países vizinhos devido à in-tensidade dos confrontos com os ale-gados homens armados da Renamo.

No terreno, há relatos de inú-meras baixas nas forças go-vernamentais, que entretan-to não têm sido reportadas.

Alguns desses jovens milita-res regressaram recentemente a Maputo, e contaram ao Canal de Moçambique que muitos dos seus colegas estão a fugir da tropa, atra-vés da fronteira com o Malawi, usando a estrada de Tete, via Chi-moio, até alcançarem aquele País.

“Muitos estão a deixar o far-damento e armas, fugindo para o Malawi. Do Malawi vão à África do Sul, até chegarem aqui a Ma-puto” disseram-nos vários militares residentes em Maputo e Matola.

Os jovens contam-nos que a situação militar no terreno é mui-to diferente da que tem sido re-portada, dado que “diariamente ocorrem confrontos entre homens da Renamo e as forças do Gover-

de Moçambique uma entrevista sobre o assunto, todas as vezes se recusou. Abordamo-lo à saí-da da sala de onde semanalmen-te decorre o briefing policial so-bre a situação criminal no País.

“Não respondo a questões da Polícia nos corredores do

no”, provocando “muitas baixas do lado das FADM e da Força de Intervenção Rápida (FIR)” que “são omitidos pelas autoridades”.

“Todos os dias os carros trans-portam nossos colegas mortos ou feridos para os hospitais de Chimoio ou Beira. Aquilo virou um inferno que não contávamos. As mortes às vezes não são comunicadas aos familiares”, diz-nos um deles e muitos outros depois o confirmam.

Os ataques a alvos militares e a ineficácia das FADM/FIR

A partir da Gorongosa, fontes civis contactadas pela nossa Re-portagem dizem que os combates entre as forças beligerantes são frequentes, ressaltando as em-boscadas dos guerrilheiros contra as forças conjuntas da FADM/FIR causando “muitas baixas”.

Outras informações indicam que a base de Sadjundjira, no distrito da Gorongosa, província de Sofala, que havia sido tomada no passado dia 21 de Outubro com o ataque em que, como nos disse Dhlakama, “Gue-buza queria matar-me”, foi retoma-da e várias armas foram capturadas pelos homens da Renamo, o que “obrigou alguns militares a aban-donarem as fileiras, com medo”.

Segundo as fontes civis do distrito

Ministério do Interior. Todas preocupações dou satisfação num local apropriado”, foi com estas palavras que Pedro Cos-sa respondeu ao Canal de Mo-çambique quando questionado sobre deserções de membros da Força de Intervenção Rápida.

da Gorongosa, também em Canda as forças da Renamo desalojaram, recentemente, os efectivos militares do Governo, durante um ataque a uma posição, resultando disso mui-tas baixas humanas e materiais do lado das forças governamentais. O assalto não foi reportado nem ma-nifestado oficialmente, mas fontes militares disseram-nos que os trin-ta cadáveres de soldados que eram transportados num camião militar que veio a capotar na Estrada Na-cional N6, a caminho da cidade de Chimoio, tinham sido vítimas desse mesmo assalto dos supostos homens da Renamo no posto militar gover-namental localizado em Canda, distrito da Gorongosa. Este assunto foi oportunamente publicado pelo Canal de Moçambique ouvidos mi-litares hospitalizados em Chimoio.

Para além de morte de soldados e de inúmeros feridos, os atacan-tes chegaram a levar quantidades consideráveis de armamento. Al-guns soldados que “escaparam” daquele ataque acabaram por fugir das fileiras, “com medo”.

Ainda de acordo com as fontes civis posicionadas nas zonas em que têm ocorrido incidentes entre forças governamentais e homens armados, devido à extensão dos raios da actua-ção “dos guerrilheiros da Renamo”, vários efectivos militares têm sido movimentados de um ponto para outro, mas a moral das forças gover-namentais “está bastante em baixo”.

As colunas no troço Save-Muxún-guè também estão a ser constante-mente atacadas e somam-se, pratica-mente todos os dias, mortes e feridos, sobretudo entre polícias e militares.

Diariamente, os supostos homens da Renamo protagonizam embos-cadas e ataques a alvos militares e paramilitares, incluindo esquadras da Polícia, e são cada vez mais os que preferem desertar ou aban-donarem a FIR a envolverem-se num conflito que até vozes civis, por todo o País, não param de ape-lar para que termine de maneira a que se possa de novo viver em paz. (Canal de Moçambique)

Também há deserções nas FADM

O que diz a Polícia

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