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Directora: Raquel Louçã Silva | Quinta-feira, 26 de Março de 2009 | | Edição Especial Frize | Distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt

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Toquei à porta, nervosa. Se lá de dentro saltasse um@ qualquer a falar castelhano demasiado rápi-do, eu não ia perceber nada. E apareceu mesmo uma italiana despenteada a falar inevitavelmente à velocidade da luz e com um sotaque carregadís-

simo. ‘Ah portuguesa!’, vibrou. ‘Quero tanto aprender a falar português, vais ter de que fi car e ensinar-me!’ Depois correu por todas as divisões da casa a explicar-me a funcionalidade dos espaços e eu, à toa, ia dizendo que sim a tudo com um sorriso, apesar de não conseguir entender por que raio se de-morava tanto tempo junto da máquina de lavar roupa (nunca cheguei a perceber!). Só quando abriu a porta do quarto é que realizei o impacto que a minha nacionalidade lhe tinha causado e se fez um clique na minha cabeça: ‘Ok, não me importo de partilhar o quarto com esta maluca durante um semestre’, decidi. Na parede junto à sua cama tinha posters e mais posters do Figo, a denunciar uma paixão assolapada pelo craque, e o ramalhete só fi cava completo com a ban-deira portuguesa à cabeceira. Eu só me perguntava: o que faz uma italiana em Madrid vibrar com as cores portugue-

sas? Será que ela sabe que a Península Ibérica é formada por dois países diferentes e independentes? Resolvi fi car naquele quarto, talvez para dar real signifi cado a tanta referência lusa, já que a Lucia, por sinal, para namorado tinha tratado de ar-ranjar um alemão.

O meu Erasmus arrancou assim, de maneira divertida, surpre-endente e cheio de coincidências felizes. E foi mesmo o que prometia, uma das experiências mais saborosas que já tive na vida. Nesta edição, feita de propostas para momentos inesque-cíveis, vais ver que não é preciso ir para fora para aproveitares a ida em grande. Basta acederes à internet e seguir a sugestão louca do Alvim para fi cares ligad@ ao Festival Alternativo da Canção. Divertires-te com as aventuras da vivência em comum num ‘T2 para 3’. Aproveitar o fi m-de-semana em grande com as nossas sugestões de saída e começares a preparar-te para a Queima, a farra maior que já não tarda. De certeza que a dado momento do que te propomos vais ter a oportunidade de vi-ver uma história que, mais do que inspirar um artigo de jornal, pode mesmo dar um fi lme.

Divertida, surpreendente e cheia de coincidências felizes

TUTTI-FRUTTI

PINA COLADA

EDITORIALRAQUEL LOUÇÃ SILVA • DIRECTORA • [email protected]

ficHa TecNicA:

Título registado no I.C.S. sob o n.º

124469 | Propriedade: Moving Me-

dia Publicações Lda | Empresa n.º

223575 | Matrícula n.º 10138 da

C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 |

Conselho de Gerência: António Sti-

lwell Zilhão; Francisco Pinto Barbo-

sa; Gonçalo Sousa Uva | Directora:

Raquel Louçã Silva Colaboradores:

Andreia Arenga; Laura Alves; Ma-

riana Seruya Cabral, Pedro Quedas,

Sónia Ramalho | Online: Laura Al-

ves | Projecto Gráfi co: Joana Túlio

| Paginação: Joana Túlio | Revisão:

Sílvia Lobo | Marketing: Rui Gonçal-

ves; Vanda Filipe | Publicidade: Mar-

garida Rego (Directora Comercial);

Rui Tito Lopes (Account Director)

| Distribuição: Henrique Sanchez |

Sede Redacção: Estrada da Outure-

la n.º 118 Parque Holanda Edifício

Holanda 2790-114 Carnaxide | Tel:

21 420 13 50 | Tiragem: 35 000 |

Edição Especial Frize | Distribuição:

Gratuita | Impressão: Grafedisport;

Morada: Casal Sta. Leopoldina –

Queluz de Baixo 2745 Barcarena;

ISSN 1646-1649.

ENTREVISTA

QUEIMÓDROMO

REPORTAGEM

GO OUT

FRIZE NOVOS SABORES

AR LIVRE

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LAURA [email protected]

Aideia, de acordo com Fernando Alvim, era bastante simples: fazer uma canção. Simples. Sem limitações de tema ou esti-lo, podendo até ser uma melodia já exis-tente e adaptada a uma nova realidade.

O Festival Alternativo da Canção pretende mostrar que há outros artistas dignos de representar Portugal na Eurovisão, capazes de levar uma plateia ao rubro ou até mesmo às lágrimas. O pacote de canções fi nalistas pro-mete deixar o público em êxtase. Após a transmissão em directo, amanhã, pelas 22 horas, em www.speaky.tv, um novo valor da canção portuguesa terá a opor-tunidade de assistir à fi nal do Festival da Eurovisão da Canção, a decorrer em Maio, em Moscovo. Antes da grandiosa gala, onde não irão faltar dois apre-sentadores de vulto, Eládio Clímaco e Serenella An-drade, falámos com o tresloucado organizador deste Festival Alternativo da Canção.

» Qual é o teu objectivo ao organizar o Festival

Alternativo da Canção?

Finalmente ganharmos o festival e fazermos uma can-ção de jeito que fi que acima do 12.º lugar, como é o costume.

» Pretendes, de algum modo, ser o Eládio Clímaco

do século XXI?

Isso seria uma honra muito grande, mas, infelizmente, não tenho aquele cabelo. Quem me dera.

» Gostarias que o Festival RTP da Canção fosse

um dia substituído pelo Festival Alternativo da

Canção?

Não, de forma alguma. Só faz sentido ser uma alterna-tiva quando existe uma outra coisa semelhante. Se o outro festival deixasse de existir, seríamos alternativa de quê?

» Foi difícil seleccionar as canções fi nalistas?

Uma selecção nunca é fácil e esta também não foi. Contudo, não temos qualquer dúvida que estamos pe-rante as 10 melhores canções.

» Quais são, para ti, os ingredientes-chave de uma

boa canção?

Neste caso, ter um refrão “orelhudo” que ponha as pes-soas a cantar ao sair da sala, que apele ao sentimento ou à extasiante alegria. Uma boa música tem de partir cadeiras, abrir blusas, deitar calças e saias para o chão. Se isto não acontecer, não é canção nenhuma de jei-to.

» Qual será o prémio da canção vencedora?

Uma viagem a Moscovo para assistir à fi nal do Festival da Eurovisão da Canção no dia 16 de Maio. E a edição de um CD com a canção vencedora.

»Qual é, desde sempre, a tua canção preferida do

Festival RTP da Canção e porquê?

«E Depois do Adeus» do Paulo de Carvalho. E a «Des-folhada» da Simone. Tanto uma como outra estavam à frente do seu tempo.

AINDA ÉS DO TEMPO EM QUE O PAÍS PARAVA PARA ASSISTIR AO FESTIVAL DA CANÇÃO? PROVAVELMENTE AINDA TE LEMBRAS DE UMAS QUAN-TAS GLÓRIAS DA MÚSICA NACIONAL, DESDE O «AMOR DE ÁGUA FRESCA» AO «PLAYBACK», DA «DESFOLHADA» AO «BEM BOM»… NOS ÚLTIMOS

ANOS O INTERESSE POR ESTA INICIATIVA TEM VINDO A DIMINUIR. POR ISSO, FERNANDO ALVIM LANÇOU O DESAFIO A QUEM QUISESSE IR BUSCAR AS LANTEJOULAS AO ARMÁRIO E FAZER UMA CANÇÃO BEM AO ESTILO DOS BONS VELHOS TEMPOS. A FINAL DO FESTIVAL ALTERNA-TIVO DA CANÇÃO É JÁ AMANHÃ, COM APRESENTAÇÃO DOS MÍTICOS ELÁDIO CLÍMACO E SERENELLA ANDRADE. NÃO PERCAS A EMISSÃO EM

DIRECTO EM WWW.SPEAKY.TV.

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Quem faz uma canção,fá-la por gosto!!

MÚSICA. FESTIVAL ALTERNATIVO DA CANÇÃO EM DIRECTO NA INTERNET DIA 27 DE MARÇO

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Mais vale uma «Desfolhada» do que «Um Amor de Água Fresca»?Uma desfolhada, mas feita com gosto.

É mais romântico dizer «Não Sejas Mau P’ra Mim» ou «Esta Balada Que Te Dou»?«Esta balada que te dou», com Armando Gama, o John Lennon português.

«E Depois do Adeus», tudo se torna «Bem Bom»? Antes do adeus é que é bem bom!

Achas que «Sempre, Há Sempre Alguém» «Quando Cai a Noite Na Cidade»? Acho. E eu sou muitas vezes um deles. Gosto mais do cair da noite do que do dia. São caíres diferentes.

Vale fazer «Playback» ou é caso para «Chamar a Música»?Nunca playback, jamais playback, excepto com Car-los Paião. Chamar a música, só se for a Catarina a apresentar e com uma saia muito curtinha.

• «Famel Zundapp» por Smix Smox Smux• «Odeio-te Para Sempre» por Toni Del Mar• «Lisboa» por Tocha & Pestana• «Porque» por Raita Éd• «Ditadura Militar» por Igor Freitas• «Parabéns Aos Salteadores» por Rituxa• «Hoje Acordei e Fui à Janela» por Rúben Marques• «Ela e Ele» por Miguel Ferreira• «E o povo, pá?» por Homens da Luta• «Conceição» por Mel & Açúcar

• Canção suplente: «Coração Rouco» por Armando Caldas

Uma canção digna de ir ao Festival da Eurovisão deve ter, obrigatoriamente, um refrão irresistível, que fi que a tilintar no cérebro durante dias a fi o de forma irritante. Apesar de nunca ter vencido, Portugal tem um percurso repleto de canções capazes de arrancar lágrimas e suspi-ros aos corações mais empedernidos. Ora espreita estes excertos…

Corpo de linho lábios de mosto meu corpo lindo meu fogo posto. Eira de milho luar de Agosto quem faz um fi lho fá-lo por gosto.Em «Desfolhada» de Simone de Oliveira (1969)

Tu vieste em fl orEu te desfolheiTu te deste em amorEu nada te deiEm teu corpo, amorEu adormeciMorri neleE ao morrerRenasciEm «E depois do Adeus» de Paulo de Carvalho (1974)

Dai li dai li dai li dai li dai li dai li dou... papagaio voa Dai li dai li dai li dai li dai li dai li dou... papagaio voa Dai li dai li dai li dai li dai li dai li dou... papagaio voa Dai li dai li dai li dai li dai li dai li dou...Em «Dai-li, Dai-li Dou» de Gemini (1978)

Addio, adieu, aufwiedersehen, Goodbye,Amore , amour, meine liebe, love of my life.Se o nosso amor fi ndar,Só me ouvirás cantar,Addio, adieu, aufwiedersehen, Goodbye,Amore, amour, meine liebe, love of my life.Em «Um Grande, Grande Amor» de José Cid (1980)

Ela diz que eu fui um caso muito sérioMas eu só sei que algo nisso é normalHavia um tempo, um olhar, um sorriso, um começo

Mas agora tudo perdeu o seu brilhoNa minha vida só houve um abraço como o teuUm sonho, um livro, uma aventura sem igual...Linda é linda esta balada que te douEm «Esta Balada Que te Dou» de Armando Gama (1983)

Uma história de amor com ‘h’ Não vou contar nem sequer esquecer O lado bom de passar contigo Fica guardado no meu sentido As fi tas loucas, os beijos húmidos As crises curtas, tudo bem Quero sonhar Curtir, abraçar O fogo que arde em ti Não sejas mau pra mim, oh oh... Só te quero a ti, oh oh...Em «Não Sejas Mau P’ra Mim» de Dora (1986)

Peguei, trinquei e meti-te na cesta, ris e dás-me a volta à cabeçaVem cá tenho sede, quero o teu amor d’água frescaPeguei, trinquei e meti-te na cesta, ris e dás-me a volta à cabeçaVem cá tenho sede, quero o teu amor d’água fresca, ohoh…Em «Amor de Água Fresca» de Dina (1992)

Se sou tinta Tu és telaSe sou chuva És aguarelaSe sou sal És branca areiaSe sou mar És maré-cheiaSe sou céu És nuvem neleSe sou estrela És de encantarSe sou noite És luz para elaSe sou dia És o luarEm «Todas as Ruas do Amor» de Flor-de-Lis (2009)

As preferênciasde Fernando Alvim

Os fi nalistas do Festival Alternativo da Canção

Canções que fi cam para a História

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Num T2CABEM 5 MILHÕES

SÉRIE. A SEGUNDA TEMPORADA DE ‘T2 PARA 3’ MARCOU ESTREIA NO PORTAL SAPO E NA RTP1

SÃO UNIVERSITÁRIOS, TROCAM CONFIDÊNCIAS COM O ESPELHO DA CASA DE BANHO E PARTILHAM UM T2, AGORA ‘REMODELADO’. DEPOIS DOS CINCO MILHÕES DE ‘VIEWS’ NA PRIMEIRA

TEMPORADA DA SÉRIE ON-LINE ‘T2 PARA 3’, AS DUAS ASSOALHADAS PARECEM NÃO CHEGAR PARA UM SUCESSO SEM PRECEDENTES QUE JÁ EMIGROU PARA A GRÉCIA,

ITÁLIA, IRLANDA E REINO UNIDO.

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MARIANA [email protected]

Leo (André Gonçalves), Clara (Ana Varela) e Diana (Andreia San-tos) são os novos inquilinos do T2 mais conhecido da Internet, agora que o lugar fi cou livre depois do sucesso dos primei-ros 130 episódios e de uma menção honrosa nos C21 Media Awards, em Cannes.

As portas do pequeno apartamento no Bairro Alto estão de novo abertas ao público depois de um ‘casting’ nacional que passou por seis distritos portugueses. Os finalistas foram disputados numa vota-ção on-line e os três sobreviventes ainda não sabem como agrade-cer ao total de 120 mil votos dos cibernautas. O elenco secundário veio subir a bitola da produção com as caras conhecidas de Luísa Castel-Branco, Carla Matadinho, Alexandre da Silva ou Joaquim Ni-colau. Uma escolha que Nuno Bernardo, general manager da be-Active, empresa criadora da série, justifica. «Quando se passa de um programa de Internet para a televisão é importante melhorar a qualidade dos actores: muitas das pessoas vão agora conhecer o ‘T2 para 3’ apenas na sua versão televisiva e certamente não vão ‘desculpar’ algumas falhas que uma produção de mais baixo custo apenas para a Internet sofre.»

O PRIMEIRO SUCESSO MULTIPLATAFORMAO que separa esta série das comuns mortais que vemos na televisão

é o facto de exigir que o espectador tenha uma atitude activa de con-sumo. Depois da apoteose do ‘Diário de Sofi a’ na televisão, Internet e meios impressos, a beActive expandiu o conceito ‘T2 para 3’ como a primeira série on-line portuguesa multiplataforma a estrear no portal Sapo, Meo Mobile da TMN, Sapo Mobile e VideoClube Meo em Janeiro de 2008.

Cinco milhões de cliques depois, o caminho para a internacionaliza-ção já não parecia missão impossível – depois da Grécia, Itália, Irlanda e Reino Unido, «pretendemos que o ‘T2 para 3’ siga as pisadas do ‘Di-ário de Sofi a’ e venha a ser produzido, nos próximos anos, em mais de uma dezena de países», assegura Nuno Bernardo. Na sequência destes sucessos, o salto para a RTP1 não se fez porém sem incertezas, porque «os jovens procuram na Internet a ‘next big thing’, algo que ainda não é ‘mainstream’. Ao passar para a televisão o programa passa a sê-lo, por

isso alguns dos fãs da primeira temporada podem dizer ‘é pá, isso já não me interessa - quero algo novo’».

O MUNDO UNIVERSITÁRIO EM FICÇÃOO dia-a-dia doméstico a dividir menos divisões do que pessoas, os

arrufos amorosos e as desventuras académicas fazem a fórmula mágica que, na opinião de Nuno Bernardo, garante «a universalidade do tema e permite conquistar audiências em várias faixas etárias – quem se prepara para ir para a universidade, quem lá está e quem por lá já pas-sou. Um dos espectadores assíduos que interagia com as personagens e deixava comentários tinha 61 anos».

Os Estúdios Contracampo, em Frielas, são o amplo espaço que recria a universidade onde estudam os três companheiros de apartamento, o bar e o T2 que partilham. Os exteriores são gravados na Universidade Lusófona, em Lisboa. Marta Gomes é a guionista da série e nunca pen-sou captar a atenção de uma empresa como a Sony Pictures and Televi-sion quando deu por si a escrever livros e programas de televisão.

O segredo, diz, está no trabalho de equipa, no empenho de todos e nas personagens, «que têm sempre aquele ar de colega da turma, po-deriam ser um amigo nosso, o fi lho do vizinho do lado e por aí há uma empatia imediata». Fora dos ecrãs, cada personagem tem um blogue pessoal onde actualiza conteúdos diários, dramas amorosos e experiên-cias adicionais que, explica o general manager, «são importantes para obter uma tridimensionalidade, dar-lhes um passado e um presente no mundo virtual onde as personagens vivem para além dos 30 minutos semanais em TV».

A REBOQUE DA GERAÇÃO MORANGOS?A equipa beActive não gosta de encarar a aceitação juvenil de ‘T2

para 3’ a reboque da Geração Morangos com Açúcar, considerando que envolvem custos de produção substancialmente díspares e o consu-mo no segundo caso, diz Nuno Bernardo, é feito de forma totalmente passiva. Agora que a segunda temporada é posta à prova, Ana Varela diz que «em termos de produção estamos muito abaixo mas no acting dizem-me que estamos muito acima, o que é um orgulho. É preciso ter pessoas que sintam o que fazem e o que acontece hoje em dia é que qualquer miúdo vai fazer Morangos». Agora que acabaram as grava-ções diz que vai tentar apanhar um exemplar do MU nos corredores da faculdade, porque é tempo de voltar à carga neste último semestre.

Clara é a ingénua que sonha com o amor cor--de-rosa, Diana é a que não olha a meios para atingir os fi ns e Leo é o alegado sortudo que se vê no meio delas, embora sem talento para cor-tejar o sexo oposto. Na vida real, André Gonçalves tem 21 anos, es-tuda no primeiro ano de Comunicação e Cultura da Faculdade de Letras e «não tem de meter duas raparigas em casa para tentar vencer os traumas amorosos». Enquanto manequim já tinha tido experiências de videocasting, mas foi

a primeira vez a enfrentar as câmaras no papel de protagonista. Decora os textos com facilida-de, embora tenha sentido «aquele nervosismo inicial de não estar habituado às câmaras e a ter tanta gente a olhar para mim a representar». Já Ana Varela, 20 anos, não gosta de se achar tão «lamechas» ou «emocionalmente dependen-te» como a Clara e recusa-se «a fi car em frente à televisão a comer chocolate» a chafurdar em crises de identidade. De tal maneira que o curso de Economia da Universidade Nova de Lisboa é

apenas um passo até poder seguir com a car-reira na representação. Em estúdio expande o à-vontade que já traz do mundo da moda, uma experiência que a ajuda nas cenas íntimas que diz não ter «qualquer difi culdade em representar». O único defeito que se aponta é o de fazer o ‘acting’ a ângulos de 360 graus, esquecendo-se de que não pode dar as costas à câmara - «Ana Varela, mostra-te à televisão se faz favor», é o raspanete habitual que ouve do realizador. O trio fi ca completo com Diana, a que joga sujo

com cara de anjo e ainda se ri de satisfação. Andreia Santos tem voz tímida ao telefone, não fazendo jus à destemida Diana que interpreta. Confessa que «há cenas mais complicadas de fazer, nomeadamente as que têm a ver com a intimidade das pessoas ou quando envolvem uma carga emotiva maior». Desde cedo apai-xonada por representação, participou na novela ‘Feitiço de Amor’ e ‘Rebelde Way’ e com o pro-grama espera abrir portas para «um início mais sério na representação».

» PODIAM SER TEUS VIZINHOS DO LADO

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Para matar a sede, beber à refei-ção, a acompanhar o café ou para saborear enquanto se es-pera por alguém na esplanada. Já adivinhaste? É da Frize que

falamos. Tutti-frutti e Pina Colada são os no-vos sabores que a Frize escolheu para este Verão. De acordo com Catarina Freire, ges-tora de produto, «este lançamento vem for-talecer a imagem inovadora, surpreendente e dinâmica da marca Frize, no período, por excelência, de maior consumo de águas com sabores: a Primavera e o Verão. Duas novidades que reforçam a liderança incon-testável de mercado de Frize na categoria de sabores».

MAIS SABOR, MENOS CALORIASCom 98,5 por cento de Água Mineral Natural Frize e apenas 2 kcal por 100 ml, Frize Tutti-Frutti é o sabor menos calóri-co da nova gama. Um sabor refrescante e levemente frutado. Ideal em qualquer

momento, esta é a bebida de eleição para quem não dispensa o pleno sabor da fru-ta. Para beber com muita imaginação e estupidamente gelada para fazer baixar a temperatura deste Verão e dar ao teu corpo um novo ritmo, vigor e frescura. In-gredientes óptimos para pôr o teu humor lá em cima.

VIAGEM POR NOVAS SENSAÇÕESExplorando os ritmos quentes, Frize Pina Colada foi concebida para quem detesta rotinas e procura emoções novas em cada experiência. Com 98,5 por cento de Água Mineral Natural Frize e apenas 3 kcal por 100 ml, a Frize Pina Colada remete-nos para um ambiente exótico e vibrante, uma ex-plosão de cor e sabor. Esta edição especial vai proporcionar ao teu corpo uma viagem de sensações únicas de frescura e prazer. Ligeiramente doce, a nova Frize Pina Cola-da promete arrefecer os dias e aquecer as noites de Verão.

COM O VERÃO A APROXIMAR-SE, NADA MELHOR DO QUE UMA ÁGUA PARA REFRESCAR. POR ISSO, A FRIZE LANÇA DOIS NOVOS SABORES: TUTTI-FRUTTI E PINA COLADA. LEVES, REFRESCANTES E DE BAIXAS

CALORIAS, OS NOVOS SABORES DE FRIZE PROMETEM AGITAR OS DIAS QUENTES DA PRÓXIMA ESTAÇÃO. DUAS NOVAS VARIEDADES PARA QUEM

NÃO GOSTA DE ROTINAS E PROCURA NOVAS AVENTURAS E DESAFIOS.

Tutti-FruttiINOVAÇÃO. FRIZE TEM NOVOS SABORES

Pina Coladarefrescam este Verão

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SÓNIA [email protected]

Tens de experimentar pelo me-nos uma vez na vida.» A frase encontrada por Tiago Pereira, um dos organizadores do Inter-national Sports Meeting, num

blog captou imediatamente a sua atenção. «Uma pessoa que nunca tinha participado queria saber se valia a pena fazer a inscri-ção para o Sports on Island e obteve essa resposta de outra pessoa. Foi uma frase que me fi cou na cabeça pois é a sensação que temos. As pessoas voltam sempre por tudo aquilo que viveram. Por isso é que es-gota tão rapidamente», conta.

TUDO EM SIMULTÂNEOPara Tiago Pereira, o mais aliciante no

International Sports Meeting é que tudo está a decorrer em simultâneo. «Quem en-tra neste evento não consegue fazer todas as actividades, é impossível pois está tudo a acontecer ao mesmo tempo.» Entre os desportos colocados à disposição dos par-ticipantes, o organizador destaca apenas alguns: mergulho, vela, surf, kitesurf, win-dsurf, escalada ou orientação. Os apaixo-nados por desportos de equipa têm a pos-sibilidade de participar em vários torneios

desportivos, sendo o futebol e o râguebi de praia os mais procurados. No entanto, vencer não é o mais importante. «Um dos objectivos do evento é que as pessoas vi-vam o desporto, sintam o desporto e que comuniquem umas com as outras através do desporto. Não é um torneio competiti-vo, um dos aspectos que quisemos salien-tar desde o início é que as pessoas estão ali não para competir, mas para participar. O que queremos é que qualquer pessoa que nunca fez vela, por exemplo, experi-mente velejar», explica o organizador.

Para tal, a organização dispõe de técnicos especializados em cada uma das áreas pre-cisamente «para ajudar as pessoas a experi-mentar, a fazer e a sentir o que é o despor-to». E quem está fora de forma também está convidado? «Claro que sim, o objectivo não é fi car cansado, mas participar», sublinha.

VIVER E SENTIR O DESPORTOPara os mais distraídos, o ‘International

Sports Meeting’ é um evento dividido em três momentos e que, entre Abril e Junho, reúne milhares de pessoas na ilha de Tavira com um único objectivo: viver e sentir o desporto.

Na edição de 2008 do evento, durante quatro dias e três noites, cerca de qua-tro mil pessoas participaram no ‘Sports

on Island’, uma iniciativa que dá acesso a dezenas de modalidades desportivas, além da possibilidade de assistir a vários ‘workshops’ e ‘masterclasses’ no meio de muito convívio e animação. O sucesso tem sido tão grande que a edição deste ano já esgotou, o que levou a organização a con-solidar uma ideia que vinha a ponderar nos últimos anos: a realização do ‘Sport Zone Experience’, a decorrer pela primeira vez em Sagres entre 25 e 28 de Junho. À seme-lhança do ‘Sport Zone Island’, a nova aposta surge com o intuito de criar todas as con-dições, num local paradisíaco, para os par-ticipantes praticarem desporto, assistirem a demonstrações, fazerem ‘workshops’ ou aprender artes circenses, tudo ao som das músicas do Mundo. As inscrições para esta iniciativa abrem a 8 de Abril.

JÁ IMAGINARAM PASSAR QUATRO DIAS NUMA ILHA COM QUATRO MIL PESSOAS A EXPERIMENTAR MAIS DE 40 ACTIVIDADES DESPORTIVAS DIFERENTES? ENTÃO CONTINUEM A IMAGINAR. HÁ MUITO QUE AS INSCRIÇÕES PARA O ‘SPORT ZONE ISLAND’, UM DOS EVENTOS DO ‘IN-

TERNATIONAL SPORTS MEETING’ A DECORRER, DE 8 A 11 DE ABRIL, NA ILHA DE TAVIRA, ESTÃO ESGOTADAS. JÁ SÓ RESTA O ‘SPORT ZONE EXPERIENCE’, AGENDADO PARA O MÊS DE JUNHO, ENTRE OS DIAS 25 E 28, EM SAGRES.

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Viciados em adrenalina,

uni-vos!EVENTO. INTERNATIONAL SPORTS MEETING 2009 REÚNE O MELHOR DO DESPORTO NO ALGARVE

» LOCAIS E DATAS» Sport Zone IslandAlgarve, Ilha de Tavira, 8 a 11 de Abril

» Sport Zone ExperienceAlgarve, Sagres, 25 a 28 de Junho

» Sport Zone CongressCoimbra, 29 e 30 de Novembro

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QUALQUER DIA É UM BOM DIA PARA IR AO TEATRO, MAS TALVEZ NENHUM MELHOR QUE 27 DE MARÇO. O MUNDO INTEIRO SE JUNTA PARA CELEBRAR AS ARTES DRAMÁTICAS E PORTUGAL NÃO SE FICA ATRÁS, APRESENTANDO UMA OFERTA RICA E VARIADA DE NORTE A SUL.

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DIA MUNDIAL DO TEATRO. PORTUGAL JUNTA-SE ÀS FESTIVIDADES NUM DIA EM QUE TODAS AS EMOÇÕES SÃO BEM-VINDAS.

Rir ou chorar?Eis a questão

PEDRO [email protected]

Pensar o teatro é viver uma vida de con-trastes. Uma história com partes iguais de Grécia Antiga e Shakespeare, de Al-meida Garrett e Chico Buarque. Uma explosão de emoções dividida entre o

riso e o choro, entre a comédia e a tragédia. A 27 de Março comemora-se o Dia Mundial do Teatro, uma efeméride celebrada desde 1962. Todos os anos, uma personalidade do

mundo do teatro ou das artes (o primeiro foi Jean Cocteau) é convidada a partilhar as suas refl exões sobre o tema ‘Teatro’, através de uma mensagem traduzida em mais de vinte línguas e lida peran-te milhares de espectadores antes do espectáculo da noite nos teatros do mundo inteiro.Um dos destaques neste dia de senti-

mentos dramatizados e emoções conti-das é ‘A Noite’, peça encenada por João Brites, a partir do texto ‘Apresentação da Noite’, de Al Berto, uma montagem de excertos gravados entre 1981 e 1983,

textos inéditos e outras obras como ‘O Medo’, ‘Lunário’ ou ‘À Procura do Vento num Jardim d’Agosto’. Poe-ta surgido nos fi nais dos anos 70, Al

Berto, pseudónimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares (1948-1997), distinguiu-se por uma lírica confessional e refl exiva, marcada pelos afectos e uma expressão poé-tica assumida, fi xada pela disforia que parece cercar o homem num ambiente que lhe é hostil e que contami-na a sua escrita. Um silêncio onde se perde a vontade de escrever, sentir e viver.Trogloditas e SaltimbancosUm tema universal também abordado neste dia dedi-cado aos confl itos e contrastes, é o das relações entre homens e mulheres. O Rivoli Teatro Municipal, no Por-to, acolhe ‘Caveman’, uma adaptação de ‘Defending The Caveman’, do actor americano Rob Becker, a peça a solo que se mantém há mais tempo em cena na Bro-adway. Jorge Mourato dá vida a uma comédia sobre o que distingue os homens das mulheres, um misto de stand-up comedy, seminário e sessão de terapia. Porque é que os homens fazem uma correria pelas lojas quando querem comprar roupa? Porque é que as conversas entre homens se resumem aos últimos resultados do futebol e envolvem a produção de sons primitivos? Becker procura mostrar que os homens têm emoções, simplesmente as expressam de modo diferente.Descendo ao limite oposto do país, o Teatro Municipal de Faro coloca em cena ‘Os Saltimbancos’, um musi-cal infantil de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, adaptado para português por Chico Buarque. Inspirado no conto ‘Os Músicos de Bremen’, dos Irmãos Grimm, a peça tem como protagonista um jumento, que, cansa-

do da exploração e dos maus-tratos do patrão, decide abandonar a fazenda em que trabalhava, em busca de melhores condições de vida. No caminho para a cida-de, encontra um cachorro e uma galinha que fogem pelo mesmo motivo, bem como uma gata, expulsa de casa porque passara a noite a cantar. Pensar, rir, cantar, qualquer emoção é bem-vinda nesta celebração uni-versal das artes dramáticas.

» LISBOA‘Inocente Silêncio’ @ Teatro da Comuna‘A Colina’ @ Espaço Municipal de Flamenga‘A Noite’ @ Teatro Nacional D. Maria II‘Transacções’ @ Teatro Municipal Maria Matos

» PORTO‘Caveman’ @ Rivoli Teatro Municipal‘Os Maias – Crónica Social Romântica’ @ Auditório Municipal de Gaia

» BRAGA‘Concerto à La Carte’ @ Theatro Circo‘Preconceito Vencido’ @ Theatro Circo

» COIMBRA‘A partir do adolescente míope’ @ Teatro Académico de Gil Vicente‘Atravessando as Palavras Há Restos de Luz’ @ Teatro da Cerca de S. Bernardo

» FARO‘Os Saltimbancos @ Teatro Municipal de Faro

» AGENDA DIA MUNDIAL DO TEATRO

A NOITE OS SALTIMBANCOS

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DESDE OS ‘HITS’ MAIS NOSTÁLGICOS DA FESTA M80, NO PORTO, ÀS TENDÊNCIAS MAIS MODERNAS DA ENERGIE GOES PARTY, EM COIMBRA, O ÚNICO PROBLEMA NO PROGRAMA DE FESTAS PARA ESTE FIM-DE-SEMANA É A IMPOSSIBILIDADE FÍSICA DE PODER ESTAR EM DOIS SÍTIOS AO MESMO TEMPO. PARA OS CORAÇÕES MAIS RELAXADOS, A FNAC VASCO DA

GAMA APRESENTA O NOVO TRABALHO DE DANAE & OS NOVOS CRIOULOS.

The TimeDIVERSÃO. DAS FESTAS MAIS ANIMADAS AOS CONCERTOS MAIS HIPNÓTICOS, A DIVERSIDADE É A PALAVRA DE ORDEM NOS DIAS QUE SE APROXIMAM

of Your Life

PEDRO [email protected]

You spin me right round, baby, right round like a record, baby, right round round round.» Esta frase signifi ca alguma coi-sa para ti? Talvez esta faça nascer em ti um impulso incontrolável para começar

a cantar: «Soy un perdedor. I’m a loser, baby, so why don’t you kill me?» Sentes as memórias a reavivarem-se quando ouves «Now I’ve had the time of my life. No I never felt like this before»?

PARA DANÇAR AO SOM DOS 80’SSe respondeste que sim a uma ou todas das três

perguntas anteriores, então o teu roteiro para este fi m-de-semana tem de passar pelo Porto. O Volt Club prepara-se para organizar, a 28 de Março, uma festa M80. Os DJ convidados Nelson Miguel e Francisco Gil serão os responsáveis pelo som de uma noite movida

a combustível musical dos anos 70, 80 e 90. De Abba a Pearl Jam, de Rick Astley a Whitney Houston, nenhum hit será esquecido na noite portuense.

NOITE DE ENERGIAJá em Coimbra, na mesma noite, tem lugar a Energie

Goes Party, a primeira de sete festas organizadas pela marca italiana de roupa Energie. Com o som garantido pelo DJ Miguel Rendeiro, a festa pode começar antes para alguns dos convidados. Várias promotoras da marca de roupa vão andar durante a tarde à procura das pessoas com o ‘look’ que mais se aproxima dos va-lores da marca. Essas serão recompensadas com uma pulseira VIP de entrada na discoteca Wide, onde tudo irá terminar.

O LADO CALMO DA FESTASe te está a apetecer algo mais relaxado e que não

te exija o frenesim e resistência de um diabo da Tas-mânia, o fi m-de-semana também te reserva alguns

fascinantes concertos, como o de Danae & Os Novos Crioulos, que vão estar a 28 de Março na Fnac Vasco da Gama, em Lisboa. Para apresentar o seu novo trabalho ‘Cafuca’, a cantora e compositora cabo-verdiana de 29 anos Danae Estrela vem munida com infl uências musi-cais que cruzam as sensações da vida africana (todas as músicas são cantadas em crioulo, com a excepção de uma em brasileiro) com estilos musicais variados que vão desde o jazz ao afro e mesmo às sonoridades mais indianas. A acompanhá-la nesta odisseia de experi-mentação musical estão os seus ‘novos crioulos’: Dani-lo Lopes (guitarra/coros), Raimund Engelhardt (tablas/cimbal/percussão) e Johannes Krieger (trompete). Da-nae trocou Cabo Verde por Coimbra para vir estudar, mas, apesar de ter crescido num meio recheado de música, nunca aspirou a ser cantora. Depois conheceu Pedro Renato, dos Belle Chase Hotel, que produziu o seu álbum de estreia ‘Condição de Louco’. Agora canta descalça para sentir as forças da terra e prepara-se para espalhar a sua emoção um pouco por todo o país.

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» LISBOA27/3 – Corsage @ Fábrica do Braço de Prata

28/3 – More Than A Thousand @ MusicBox

28/3 – Danae & Os Novos Crioulos @ Fnac Vasco da Gama

28/3 – ‘Dub Chapters’ @ UnderGround Lisbon

» SINTRA28/3 – ‘Dance Party’ @ OP – Onda do Pacífi co

» PORTO27/3 – Alexandra Boga @ Fnac Santa Catarina

27/3 – Tiguana Bibles @ Plano B

27/3 – ‘Face The Music’ @ Sala 114

28/3 – ‘Festa M80’ @ Volt Club

» GAIA28/3 – ‘Back To Classics’ @ Ar D’Mar

» BRAGA26/3 – André Sardet @ Theatro Circo

27/3 – Loops @ Fnac Braga

» COIMBRA28/3 – Born A Lion @ Fnac Coimbra

28/3 – ‘Energie Goes Party’ @ Wide

» MOITA27/3 – Ramp @ In Live Caff é

» FARO26/3 – DJs Ticko e Rita Men-des @ Millenium Club

» AGENDA FESTAS & CONCERTOS

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» A QUEIMA DE NORTE A SUL: DATAS E ARTISTAS CONFIRMADOS» PortoDe 2 a 9 de MaioBuraka Som SistemaXutos & Pontapés

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» Braga

De 11 a 16 de MaioEnterro da Gata

» CoimbraDe 1 a 8 de Maio

» LisboaDe 11 a 16 de Maio

» AlgarveDe 7 a 16 de Maio

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PEDRO [email protected]

Uma viagem ao passado dá o mote à Queima das Fitas 2009 de Coimbra. Em antecipação a mais uma semana de festa, tradição e espírito universitário – a decorrer de 1 a 8 de Maio –, a organização da Queima de Coimbra preparou um programa que inclui viagens culturais, desafi os des-

portivos, apelos solidários e um profundo respeito pela sua própria his-tória.

HISTÓRIA...Patente de 10 de Março a 17 de Abril nas várias faculdades da Univer-

sidade de Coimbra, a Exposição Itinerante ‘Queima das Fitas, 110 Anos’ oferece uma retrospectiva do crescimento e evolução daquele que se foi assumindo como um dos mais infl uentes eventos do calendário so-cial conimbricense.

A Queima das Fitas começou a dar os primeiros passos em 1899, com a realização do Centenário da Sebenta, uma réplica dos cen-tenários comemorados entre 1880 e 1898. A apresentação era feita em cortejo, com fogo-de-artifício, sarau e tourada. Nas celebrações seguintes, o quarto ano jurídico começou a organizar festas seme-lhantes e introduziu o queimar das fitas que se usavam na pasta. No seguimento da reforma dos cursos passou a haver o Enterro Do Grau, que mais tarde deu origem à Queima das Fitas e con-tou, pela primeira vez, com a participação activa da população de Coimbra.

Até ao ano de 1919 registaram-se interregnos na história da festa académica devido à desordem social dos períodos da Primeira Repú-blica e da 1.ª Grande Guerra Mundial. Foi a partir de 1919 que a Queima começou verdadeiramente a tomar uma dimensão de festa. Em 1929 surge a Garraiada, segue-se Venda da Pasta em 1932 e o Baile de Gala das Faculdades no ano seguinte.

Já em 1969 foi ditada a não realização da queima pelo facto de a Academia estar de luto, mas a rebeldia de alguns estudantes levou à realização de algumas actividades, debaixo de tecto, mas sem cortejo. Desse ano nasceu o selo e o cartaz que agora simbolizam uma festa que ainda hoje vai sendo mantida viva por gerações atrás de gerações de estudantes.

«É importante manter estas tradições porque é o que nos distingue de qualquer outra queima», afi rma Nuno Matos, secretário da imprensa e publicidade da Queima das Fitas. «A Queima das Fitas não se restrin-ge só a uma semana de festas. É um evento importante para a cidade. Coimbra envolve-se muito com a Associação de Estudantes e a Queima das Fitas que, nesta época, é o que move um pouco a cidade. A nível da tradição, o espírito universitário tem-se vindo a perder. Mas é isso que nós tentamos ao organizar todas estas actividades, tentar contribuir para que esta vida não morra.»

...E ESTÓRIASE como se mantém viva a tradição nos dias que correm? Curiosa-

mente, com inovação. Mais do que a restringir a uma semana de bailes e festas carregadas de simbolismo histórico, a organização da Queima tem vindo a fazer um esforço por apresentar programas cada vez mais abrangentes. Embora a Queima das Fitas ‘ofi cial’ só dure de 1 a 8 de Maio, as festividades paralelas que a rodeiam vão de 10 de Março a 21 de Junho.

Os âmbitos são muitos e variados. No que respeita ao desporto, o programa comporta tanto ‘snow trips’ como futsal e street basket, mas o maior destaque terá de vir para a realização das I Olimpíadas Univer-sitárias, de 10 a 27 de Março. Outra vertente fundamental nesta edição passa pelas acções de solidariedade, tais como as ‘Recolhas Solidárias’ e as ‘Recolhas de Sangue’. Outras iniciativas incluem a exposição ‘Arte Solidária’, o Jantar de Benefi cência ‘Venda da Pasta, 77 anos’ ou a Meia Maratona Solidária da cidade de Coimbra.

«Quando organizamos todas estas actividades culturais, desportivas e solidárias, queremos mostrar que não somos uma festa de bebedei-ras, procuramos algo melhor. Por isso é com muita mágoa que vemos quando acontecem problemas», comenta Nuno Mato. «É ingrato, por-que só queremos organizar uma festa com muita alegria e em que to-dos se divirtam.»

Mesmo na semana de 1 a 8 de Maio, o destaque não é reservado apenas às festas, organizadas nas ‘Noites no Parque’, que irão incluir concertos com bandas ainda por confi rmar. Mais uma vez, grande par-te do foco da semana irá para os eventos tradicionais [ver caixa] que representam as várias fases de um ritual de conclusão. O virar de uma página reservada à memória de estórias vividas e ao início de uma outra de olhos postos nas estórias ainda por viver.

A QUEIMA DAS FITAS É UMA ALTURA DE FESTA, DE BOA-DISPOSIÇÃO E NOITES SEM FIM. MAS TAMBÉM É UMA AL-TURA IDEAL PARA REFLECTIR SOBRE UMA ETAPA DA NOSSA VIDA QUE ESTÁ A ENCERRAR E ABRIR CAMINHO PARA

UM FUTURO DESCONHECIDO. ASSIM, A QUEIMA DE 2009 DÁ UMA ATENÇÃO ESPECIAL AO PASSADO.

Queimadas memórias

QUEIMA 2009. A CIDADE DE COIMBRA VOLTA A REUNIR-SE PARA UMA FESTA ENRAIZADA NA TRADIÇÃO

» Serenata MonumentalÉ ao som do tradicional Fado de Coimbra, após o soar das doze badaladas da Cabra, que tem início a Semana das Actividades Tradicionais da Queima das Fitas de Coimbra. Este evento, emblemático na vida académica de todos os estudantes, retorna este ano à tradicional ma-drugada de quinta para sexta-feira.

» Cortejo dos GreladosO Cortejo dos Grelados é por muitos conside-rado o ponto alto da Queima das Fitas, onde os Grelados desfi lam em Carros Alegóricos, mostrando-se às suas famílias e à Cidade, que se enche, orgulhosa, dos seus ‘doutores’. Este ano, à semelhança do ano anterior, o cortejo

tomará lugar no domingo, dia 3 de Maio.

» Récita das FaculdadesSegundo a Tradição Académica Coimbrã, a récita tem como objectivo a sátira, a crítica ou o desabrochar da veia poética dos que se preparam para deixar a Academia de Coimbra. Este ano, com vista a reavivar este evento, a Récita é aberta a todos os estudantes da Uni-versidade de Coimbra, e realiza-se no dia 23 de Abril nos Jardins da Associação Académica de Coimbra.

» Venda da PastaOs estudantes juntam-se às crianças da Casa de Infância Doutor Elysio de Moura, ajudan-

do-as a vender representações da Pasta da Praxe (“As Pastinhas”), que são elaboradas durante o ano pelas crianças desta mesma instituição. O dinheiro arrecadado nesta ac-tividade reverte inteiramente a favor da Casa de Infância.

» VerbenaDepois de uma manhã a percorrer as ruas da baixa, a Queima das Fitas recompensa o espí-rito solidário dos estudantes. Durante a tarde realiza-se um lanche para todos os participan-tes da Venda da Pasta, a que se dá o nome de Verbena. A tarde de 5 de Maio no Parque Verde conta ainda com um pequeno espectáculo de animação para crianças.

» GarraiadaA Garraiada da Queima das Fitas tem início com a Parada dos Fitados pela Arena, seguida de uma Tourada e, por fi m, a esperada Garraiada. Este evento remonta às mais antigas tradições Coimbrãs e realiza-se desde, pelo menos, 1903, sendo desde então um evento integrante da Queima das Fitas.

» Bênção das PastasTrês semanas após soltares as tuas fi tas no Cor-tejo, é tempo da Bênção das Pastas, actividade de índole religiosa onde o Bispo de Coimbra abençoa os Novos Fitados, simbolizando o aproximar do fi m da vida de estudante e a preparação para o percurso e vida futura que se avizinham.

» AS RONDAS DA QUEIMA

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