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DISCIPLINA TEOLÓGICADISCIPLINA TEOLÓGICADISCIPLINA TEOLÓGICA
REALIZAÇÃO:
Igreja Renovação em Cristo
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Igreja Renovação em Cristo
EscatologiaEscatologiaEscatologia
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 1
INSTITUTO TEOLÓGICO RENOVAÇÃO - ITER
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Sobre o livro Didático Categoria - Teologia Sistemática - Escatologia Execução - 2017 1ª Edição Título Original: Escatologia
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Índice Catálogo Sistemático
1. Teologia Sistemática. 2. Escatologia. 3. Introdução
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INTRODUÇÃO
A Escatologia Bíblica é o ponto culminante da Teologia Sistemática. Não é apenas o
clímax, o desfecho e a consumação do estudo teológico, mas a apresentação da
escatologia é também a suprema demonstração de habilidade teológica. Aqui, mais
que em qualquer outro campo, exceto talvez na doutrina da pessoa de Cristo, estão
expostas as importantes ferramentas da exegese, da síntese, da hermenêutica e do
sistema teológico. Exige-se um julgamento refinado para discernir o que deve ser
interpretado à letra em contraposição ao que deve ser interpretado de forma
espiritual e alegórica. A coerência da revelação de Deus como um todo no Antigo e
no Novo Testamento deve ser mantida.
Os intricados pormenores da profecia devem ser relatados sem contradição. Uma
distinção cuidadosa deve ser observada entre o que é certa e simplesmente
revelado e o que permanece obscuro. Devemos distinguir os assuntos mais
importantes dos de menor monta. O campo da investigação deve necessariamente
compreender tanto as profecias cumpridas quanto as por cumprir, aquelas servindo
de guia importante para o caráter de predição adotado por estas.
A escatologia, mais que qualquer outro campo da teologia, tem sofrido muito nas
mãos dos intérpretes. Mesmo entre aqueles cuja confiança na Palavra inspirada de
Deus é inquestionável, existem escolas de interpretação amplamente divergentes.
Por essa razão, alguns teólogos se contentam com a apresentação de alguns
poucos acontecimentos da escatologia, como a ressurreição dos mortos, a segunda
vinda e o julgamento final, negligenciando vastas partes das Escrituras que tratam
de outras questões proféticas.
Apesar de muitos estudiosos terem escrito sobre os temas escatológicos para suprir
o que falta nas teologias modelares, poucos tentaram, quando foi o caso, uma
apresentação circunstanciada da escatologia pré-milenarista como a apresentada
nesta obra.
O trabalho como um todo merece ser classificado como texto abrangente sobre
escatologia bíblica e deve ser útil à nossa geração.
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ESCATOLOGIA
I. DEFINIÇÕES
1. ETIMOLOGIA
O termo “Escatologia” deriva-se do grego antigo εσχατος (eskatos) “último”, mais o
sufixo λόγος (logia) “palavra, razão, estudo”. Portanto, Escatologia é o estudo
sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias ou a “doutrina das últimas
coisas”. A Escatologia estuda temas como o Estado Intermediário, Arrebatamento da
Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.
2. A PREOCUPAÇÃO COM O FIM DOS TEMPOS
Os discípulos de Jesus. Certa vez, os discípulos de Jesus fizeram a seguinte
indagação ao Mestre: “[...] Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da
tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3). Tanto os discípulos quanto os cristãos do
primeiro século desejavam saber a respeito do fim dos tempos, pois este é um
assunto que chama a atenção de crentes e não crentes. Já no primeiro século
algumas pessoas não acreditavam mais na segunda vinda de Jesus, pois Pedro fala
sobre os “escarnecedores” que dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”.
Infelizmente, hoje muitos também continuam achando que a Palavra de Deus não se
cumprirá e que o fim não virá (2Pe 3.3,4).
As previsões falsas sobre o futuro. O homem sempre se preocupou com o fim dos
tempos, por isso, o grande número de falsos profetas e falsas previsões quanto ao
futuro da humanidade. São inúmeras seitas e falsos profetas que já marcaram a data
da segunda vinda de Jesus e o fim de todas as coisas, pois todos erram.
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II. EVENTOS ESCATOLÓGICOS (Pré-tribulacionista/Pré-milenista) A Bíblia afirma categoricamente que os acontecimentos concernentes aos “últimos
dias” de fato, ocorrerão. Porém, ela não esclarece o tempo exato; e em muitos casos
não apresenta conclusivamente sua sequência cronológica nem a forma precisa como
se produzirão. A seguir, apresentamos a ordem cronológica (Prė-tribulacionista/Prė-
milenista) dos acontecimentos futuros:
EVENTO REF. BÍB. DESCRIÇÃO
Sinais dos
últimos
Tempos
Mt 24.3-14
Já estamos vivendo esta época. Aparecimento de enganadores, falsos
cristos, guerras, fome, terremotos, tribulações, falsos profetas, multiplicação
da iniquidade, esfriamento do amor, apostasia, etc.
Arrebatamento
da Igreja
1Ts 4.16,17;
1Co 15.51-
53
É a assunção deste mundo dos remidos por Cristo, exatamente antes do
começo da Grande Tribulação. Algumas características: encontro nos ares
(1Ts 4.17); receberemos corpos glorificados (1 Co 15.52-54); corpos como o
de Cristo (1Jo 3.2); os cristãos mortos precederão os vivos (1Ts 4.16,17);
esta ressurreição incluirá somente os santos da Igreja e será a primeira fase
da chamada “primeira ressurreição” (Ap 20.5-6). Estaremos com Cristo
durante 7 anos, onde ocorrerão 2 eventos primordiais: o Tribunal de Cristo e
as Bodas do Cordeiro.
Tribunal de
Cristo
Rm 14.10;
1Co 3.13-15;
2Co 5.10
Cristo julgará os salvos, imediatamente após o arrebatamento, com base na
sua conduta como crentes; entrega de galardões e perda de prêmios por
omissão.
Bodas do
Cordeiro
Ap 19.7-9
A Igreja, já julgada, será unida eternamente a Cristo como Sua noiva.
Ocorrerá entre o Arrebatamento e a Revelação de Cristo em poder.
Grande
Tribulação
Dn 9.23-27;
Mt 24.15-21
Período de 7 anos (Dn 9.23-27), começando após o arrebatamento, quando
o mundo (na terra) entra em juízo por seus pecados passados. Eis alguns
fatos: a) Israel restaurado, tendo passado pelo fogo do sofrimento para levar
os judeus a crerem no Messias (Zc 13.9); b) A 2ª metade deste período
será mais severa (Jr 30.7); c) Manifestação do reino do anticristo (2Ts
2.3,4; 1 Jo 2.18); d) Manifestação da Besta (Ap 13.11-18); e) Manifestação
do falso profeta; f) Manifestação do “Dia do Senhor” (Is 2.12; 13.6; Sf 1.14).
Revelação de
Cristo
2Ts 1.8;
Ap 19.14,15
Esta libertação realizada por Cristo ocorrerá depois que o anticristo tiver
vencido completamente a Israel. Cristo voltará à terra com uma
demonstração de grande poder.
Batalha do
Armagedom
Ap 16.16; Zc
14.2-4
Designação tirada de Ap 16.16; nomeia a batalha em Israel que traz ao
clímax a Grande Tribulação. Uma parte da luta acontecerá no Vale de
“Megido”. Simboliza a última luta escatológica entre as hostes de Deus e as
do mal.
Julgamento
dos Gentios
(Nações
Viventes)
Mt 25.31-46
Feito aqui na terra. O julgamento será por indivíduo; são os sobreviventes da
Grande Tribulação (Ap 20.4). Ocorrerá também a ressurreição dos santos do
Antigo Testamento e da Tribulação (Ap 20.4-6). Esta é a segunda fase da
“primeira ressurreição”, porque trata de santos e não de ímpios. Satanás
será aprisionado por mil anos no “abismo” de onde não terá mais acesso ás
mentes dos homens (Ap 20 1.3). O reino milenar é, portanto, estabelecido.
Milênio
Is 11.1-9;
65.17-25; Ap
20.2,3
Período de mil anos, começando logo após o julgamento dos gentios,
quando Cristo reinará em justiça perfeita e paz sobre o mundo aqui na terra.
Tribunal do
Grande Trono
Branco
Ap 20.11-14 Também chamado de Juízo Final. Segue-se ao Milênio. É a ocasião em que
os descrentes de todas as épocas receberão sua sentença de castigo eterno
ao “lago de fogo” pelos seus pecados. Aqui ocorrerá a 2ª ressurreição (dos
ímpios).
Entrada na
Nova
Jerusalém
(Novo Céu e
Nova Terra)
Ap 21.1-27;
Fp 3.20; 2
Co 5.1,2; 2
Pe 3.13
É a entrada nas moradas eternas com o nosso Senhor. “Ali jamais entrará
coisa imunda”. Amém.
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III. A MORTE
A morte é, antes de tudo, um fenômeno bio-fisiológico que, portanto, afeta todos os
seres vivos corpóreos, e consiste na cessação da vida. Esta cessação manifesta-se
pela extinção das atividades vitais: crescimento, assimilação e produção no domínio
vegetativo; consciência e apetite sensoriais, juntamente com o movimento destes,
resultante, no domínio sensitivo. Depois da morte, opera-se a decomposição mais ou
menos do organismo, ou seja, sua resolução nas matérias anorgânicas que dele fazia
parte. Estes processos visíveis mostram que ocorreu aquilo que constitui a verdadeira
essência da morte, a saber, que o princípio vital, a alma, se separou do corpo, porque
este, devido à idade, a doença ou a lesão (orgânica), não mais é capaz de ser
portador (sujeito) da vida. Com esta separação, as almas das plantas e dos animais
perecem, por não mais poderem existir sem o corpo; pelo contrário, a alma espiritual
do homem começa sua sobrevivência supra corporal, imortal, devido à qual, seu
pensar e querer já não aparecem ligados ao corpo, mas de nenhum modo deixam de
existir, porque a alma humana é imortalizável, embora, não seja imortal como querem
alguns. Somente Deus é imortal , a alma humana é imortalizável.
1. CONCEITOS ETIMOLÓGICOS
A parte da palavra hebraica muth e da grega thánatos, das quais nossa palavra
portuguesa “morte” é uma tradução exata, os hebreus e gregos usaram outras
palavras muito definidas para expressar a ideia da morte. Analisando estas palavras,
encontramos o verdadeiro significado da morte física.
Gava – Esta palavra é hebraica e significa “espirar”, “dar o último suspiro”. Com este
sentido é que usa-se em Gênesis 6.17.
Teleute – Esta palavra é grega e significa “fim” ou “término de tudo” nesta terra.
Figura em Mt 2.15, onde se diz que Jesus esteve no Egito “até a morte de Herodes”, é
dizer, até o fim da vida de Herodes.
Mavet – Esta é outra palavra hebraica e significa “separação” e implica sobre tudo a
ideia de separação entre alma e corpo. Em Gn 25.11 diz: “e aconteceu depois da
morte de Abraão...”, isto é, depois que separou a alma do corpo de Abraão.
Anairesis – Esta é outra palavra grega e significa “elevação”, ou seja, “levantamento”.
Em At 8.1 diz: “E Saulo consentia na morte de Estêvão”, isto é, Saulo sem pensar e
sem querer consentia no “levantamento” ou “elevação” de Estêvão a outra vida.
2. A MORTE FÍSICA
A Bíblia nos ensina que, tanto a morte física como a morte espiritual, é resultado do
pecado (Hb 9.27).
Se olharmos para trás, a morte física pode ser considerada o fim de uma carreira,
mas se olharmos para o futuro, a morte física pode ser considerada o início de uma
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carreira. Na realidade, a morte física não é o início nem o fim de uma vida, senão
apenas uma experiência na vida.
A morte fecha uma porta para a numa esfera, mas abre outra porta em outra esfera.
Convém notar que para o crente, a morte deixa de ser uma pena ou um castigo, como
acontece com o descrente, isto é, para o crente, a morte perde o “aguilhão” (1Co
15.55-57). Para o crente, ela se torna uma serva (Fp 1.21-23). Os pensamentos e as
experiências relativas à morte nos são muito dolorosos, os pensamentos relativos à
Vinda de Cristo nos são muito valiosos (Tt 2.13).
A morte vem como nosso grande inimigo. Cristo vem como nosso grande amigo (Pv
14.27). Satanás tem o poder da morte, mas Cristo é o príncipe da vida (Hb 2.14).
Tanto Jesus como os apóstolos, não ensinou que devemos aguardar a morte, mas
sim, a Sua Vinda.
Para o crente que morreu a morte voluntária (morte do ego ou do velho homem) não
há porque temer a morte necessária – porque já venceu a morte.
3. PARA ONDE VÃO OS ESÍRITOS APÓS A MORTE
Com a morte física no Antigo Testamento, tanto o espírito do crente como o descrente
iam para o Hades. Já no Novo Testamento não é a mesma coisa. Algumas seitas
fazem confusão com respeito à “sepultura” e o Hades. Sepultura é o local para onde
vão os corpos. Hades é o local para onde vão os espíritos.
Os católicos romanos creem que há três lugares onde vão as almas dos que morrem.
a) Os que morrem “em sinal de santidade” segundo eles, vão diretamente para o céu.
b) Os remarcadamente maus, vão diretamente para o inferno.
c) Os que não são nem totalmente maus, nem totalmente santos, vão, para o que eles chamam
de “purgatório”, isto é, um lugar intermediário entre o céu e o inferno, e que após passar ali um
determinado período, serão trasladados para o céu.
Não existe em nenhum lugar na Bíblia onde se refere a tal lugar chamado
“purgatório”, mas, para consolar a família de quem se foi, a igreja católica inventou
essa doutrina que também dá um grande lucro financeiro para os romanos na
celebração da missa do sétimo dia, a fim de atenuar a situação do defunto no além.
Para os Adventistas, a coisa é um tanto diferente. Eles ensinam uma doutrina
complicada que em última análise faz entender que com a morte, o espírito se desfaz,
e que no futuro Deus refaz estes espíritos novamente na ressurreição. Isso significa
que Deus cria o homem duas vezes.
As chamadas Testemunhas de Jeová têm uma doutrina um tanto parecida com os
Adventistas, mas negam redondamente a existência da alma, e ao serem
interrogados acerca do destino da alma, eles dizem que não vai a lugar nenhum
porque alma não existe. Mas em At 7.59 Estêvão, na hora da sua morte, disse:
“Senhor, recebe o meu espírito”. E Paulo em Fp 1.21-23 disse: “Para mim o viver é
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Cristo e o morrer é lucro”. E o malfeitor da cruz pediu a Jesus que lembrasse dele
quando entrasse no seu Reino, e Jesus lhe disse: “Na verdade te digo que hoje
mesmo estarás comigo no paraíso” (Lc 23.42,43).
Se não existe alma nem espírito, então será que Jesus estava enganado?
4. HADES
Existem muitas heresias com respeito ao Hades. No caso das Testemunhas de
Jeová, dizem que o Hades é a própria sepultura, insinuando que a vida termina na
sepultura, e que além dela não há outro lugar. Mas não é isso que a Bíblia diz.
Em Mateus 16.18 Jesus mencionou “as portas do inferno” (Hades no grego) lugar
que merece um estudo profundo e detalhado dentro das Escrituras. Este lugar é
chamado de “o mundo invisível”.
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, encontramos constantes referências
sobre este lugar chamado “inferno”, que em hebraico é Seol e em grego é Hades.
Ambas as palavras significam “o mundo invisível”, o lugar para onde vão os espíritos
dos falecidos. Essas palavras nunca são usadas na Bíblia para se referir a um lugar
onde os espíritos passarão a eternidade, e nem tão pouco se refere à sepultura que
no Hebraico é queber. As Escrituras apresentam o Hades (grego) ou Seol (hebraico)
como sendo um lugar para onde vão os espíritos, tanto dos justos quanto dos ímpios
(Is 14.19; Lc 16.23). A morte de um patriarca é descrita como sendo “reunido” ao seu
povo (Gn 25.8; 35.29; Nm 27.13). A morte de um santo era uma descida da alma a
um determinado lugar abaixo (Gn 37.35; 42.38; Nm 16.33). Os ímpios também são
enviados para lá (Is 5.14).
A confusão existe, por causa de um problema de tradução; onde o Hades ou Seol às
vezes é confundido com o “lago de fogo”; e o queber (hebraico) que é sepultura, e
que somente tem a ver com cadáver, é confundido com o inferno, que é um lugar
habitado por espíritos maus, e Abismo, que em hebraico é Abaddon.
No Antigo Testamento encontramos o Hades sendo habitado tanto por justos como
por ímpios. O Hades é um todo, isto é, uma região dividida em duas partes, onde de
um lado habitam os justos e do outro os injustos. Encontramos isto com muita clareza
na parábola do rico e do mendigo Lázaro (Lc 16.19-31). O rico podia ver o mendigo
Lázaro de um lado, e do outro lado do abismo ele clamava por misericórdia.
O inferno é um lugar de suplício onde os ímpios aguardam o Juízo do Grande Trono
Branco, de onde sairão para serem destinados ao lago do fogo ardente (Ap 20.14).
Em Is 5.14, diz que os ímpios descem a boca aberta do Seol (não “sepultura” como
traduzida na Versão Almeida). Nas passagens de Gênesis temos Jacó pensando em
sua morte, dizendo: “...descerei meu filho à sepultura” (a palavra no hebraico é Seol e
não queber , outro caso de má tradução). Jacó pensava que seu filho José estivesse
no Seol. Em Nm 16.33, Coré Datã e Abirão “descem vivos ao abismo”. A terra
literalmente os tragou. Nesta passagem a palavra “abismo” no original hebraico é
Seol.
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Por essa e por outras passagens bíblicas, alguns teólogos acreditam que o Seol ou
Hades estão localizados num determinado lugar abaixo da superfície da terra. Veja Ez
31.16; 18.32; 32.18. Em 1Sm 28.13,14, o velho da capa (suposto Samuel) foi visto
pela pitonisa “subindo da terra”.
A parte do Hades ou Seol onde estavam Abraão e Lázaro é o paraíso de que Jesus
falou ao malfeitor crucificado ao seu lado em Lc 23.43, dizendo que ali estaria com ele
naquele dia. A palavra “paraíso” é de origem persa e significa uma espécie de jardim,
usada simbolicamente quanto ao lugar dos justos mortos. Após a sua morte Jesus
esteve três dias e três noites no coração da terra (Mt 12.40; At 2.27). Paulo descreve
este lugar como as regiões inferiores da terra (Ef 3.9). Conforme 1Pe 3.18-20 e 4.6,
Jesus desceu a este lugar para pregar o evangelho aos espíritos que ali estavam.
Conforme Ef 4.8-10 muitos teólogos acreditam que o paraíso foi transferido para um
lugar mais sublime que Paulo chama de “terceiro céu”. Em Mt 16.18, Jesus disse que
“as portas do Hades” (lugar de detenção) não prevaleceriam contra a igreja e não
prevaleceram mesmo! É de se acreditar que os mortos que ressuscitaram em Mt
27.52-53 foram os antigos habitantes do Hades, e que na ressureição de Jesus eles
também ressuscitaram e foram levados ao paraíso celestial deixando vazio o antigo
paraíso localizado no Hades.
O paraíso continua sendo o lugar para onde vão os espíritos dos justos que morrem
no Senhor, só que agora não é mais no Seol como antes, mas na presença do
Senhor Jesus (2Co 5.8; Fp 1.23). Se Cristo está na presença do Pai, logo então os
que morrem em Cristo estão também na presença imediata do Pai (Hb 12.2; Ap 2.21;
6.9). Pelo que depreendemos destes textos, nem os justos, nem tão pouco os ímpios
dormem na morte porque estão em um estado de consciência (Lc 16.24; Ap 6.9-10).
O sono referido em 1Ts 4.14 e Jo 11.11, não é do espírito, mas do corpo sem espírito.
Lamentavelmente, as palavras Seol e Hades têm sido traduzidas incorretamente em
algumas versões das Escrituras. A palavra hebraica Seol consta 65 vezes no AT e a
palavra grega Hades consta 11 vezes no NT (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23; At
1.18; 6.8; 20.13; 1Co 15.55). Exemplos da palavra Seol no AT: Gn 37.35; 42.38; Nm
16.30,33; Sl 30.3; 89.48; 16.10; 86.13; Jó 11.18; Pv 9.18; 15.24; Is 5.14; 14.4-20; Ez
32.21.
A palavra hebraica queber usada no AT e traduzida corretamente por “sepultura”,
“cova” ou “túmulo” é usada no plural 29 vezes. Existe somente um Seol, enquanto
existem muitos queber. Queber é escrito sempre no plural, enquanto Seol e Hades
aparecem no singular. A Bíblia menciona 37 vezes o queber recebendo os cadáveres.
(1Rs 13.30), enquanto o Seol jamais recebe cadáver. Acredita-se que o queber é
localizado abaixo da terra, nas profundezas (2 Sm. 3.32; 2Co 16.14). Encontramos 44
vezes escrito onde há um queber para cada indivíduo, enquanto o Seol é um lugar
para muita gente. O homem coloca os corpos no queber, (33 vezes) 2Sm 21.14, mas
somente Deus envia o homem ao Seol (Lc 16.22-23). O homem escava o queber
(6 vezes), mas jamais escava o Seol. O homem apalpa o queber em Gn 50.5 (5
vezes), mas jamais apalpa o Seol. O queber acolhe o cadáver enquanto o Seol acolhe
o espírito.
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Além do queber e do Seol, a Bíblia nos fala também de outro lugar invisível chamado
em hebraico de Abaddon, e grego Abussos. Em algumas passagens do AT esse lugar
é traduzido por “destruição” e no NT por “abismo” (Jó 26.6; 28.22; 31.12; Pv 15.11;
27.20; Sl 88.11; Lc 8.31; Rm 10.7; Ap 9.1-11; 17.8; 20.1-3). Segundo alguns eruditos,
o abismo é um lugar mais profundo que o Seol ou Hades e que é morada de uma
espécie de demônios altamente ferozes, onde aguardam o Juízo final. É de se
acreditar que o tártaro (do grego tártaro) mencionado em 2Pe 2.4, onde habita uma
leva de anjos malignos, seja o mesmo “abismo”, onde os habitantes desse lugar
aguardam o Grande Dia do Juízo Final para serem lá enviados ao lago de fogo
ardente (Ap 20.13-15; 21.8).
5. LAGO DE FOGO ARDENTE
O lago de fogo ardente no AT é chamado de tofete (Is 30.33; Jr 7.31,32) e no NT ele é
chamado de geena (Mt 5.22; 29,30; 10.26; 23.14,15,33). Geena se refere literalmente
ao vale de Hinon. Esse vale ficava fora da cidade de Jerusalém e servia de lixeira da
cidade. Ali queimavam também os cadáveres de criminosos e de animais. Ali havia
constantemente fogo aceso, por isso era figurado como o lago de fogo ardente onde o
sofrimento é sem fim. Ali os israelitas apóstatas queimavam seus filhos ao deus
Moloque. O termo geena é empregado por Jesus 11 vezes e sempre no sentido literal
(Mt 25.41). os primeiros a serem lançados no lago de fogo serão a besta, o anticristo
e o falso profeta, e em seguida, o próprio diabo (Ap 19.20; 20.10) e por último, serão
lançados ali os ímpios (Mt 25.41; Ap 10.6; 14.9-11; 19.3; 20.11).
Veja no gráfico onde é apresentado o Hades, o inferno, o paraíso, a sepultura e o
poço do abismo:
Entrada no paraíso Entrada no inferno
Sepultura ou queber (Ex 14.11; 1Rs 13.30)
Saída do Hades para o
paraíso celestial (3º céu)
PARAÍSO – SEIO DE ABRAÃO
HADES OU SEOL
(Gn 37.35; Sl 30.3; Lc 16.22)
Esse lugar hoje se encontra vazio pois os
que aqui estavam foram levados por
Jesus para o Paraíso celestial, o terceiro
céu.
(Ef 4.8; Mt 27.52,53)
POÇO DO
ABISMO
(Lc 16.26)
(Jd 6; 2Pe 2.4;
Ap 9.1-11)
Aqui está o anjo
do abismo que
será solto no
período da
Grande
Tribulação.
Sepultura ou queber
Saída do Hades para o
geena (lago de fogo)
INFERNO (lugar de tormentos)
HADES OU SEOL
(Mt 25.41; Lc 16.24)
Inferno, mundo dos espíritos ou lugar
sombrio onde as almas ficam a vagar.
Esse lugar hoje é habitado pelos
ímpios que aguardam o Dia do Juízo
do Grande Trono Branco para, depois
de julgados serem lançados no geena,
que é o lago de fogo ardente
(Ap 20.14,15).
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 11
IV. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
A Bíblia menciona dez casos de ressurreição. Porém, no presente estudo, o termo
“ressurreição” significa o surgimento do corpo liberto dos poderes da morte, redivivo,
ficando de pé de novo. Devemos notar que, a doutrina da ressurreição estudada no
NT não é a mera doutrina da ressuscitação, ou seja, a ressurreição do corpo, ou das
funções físicas desta vida, mas sim, a transformação em um corpo glorioso que não
poderá mais morrer.
A Bíblia nos fala de duas ressurreições conhecidas como: a primeira e a segunda. A
primeira é para a vida, e a segunda é para o juízo (Dn 12.2; Jo 5.28,29; 1Co 15.22,23;
1Ts 4.14-17; Ap 20.4-6; 11,13). Essas duas ressurreições aparecem na Bíblia sendo
separadas uma da outra por um período de mil anos (Ap 20. 5,6).
1. PRIMEIRA RESSURREIÇÃO
A primeira ressurreição aparece na Bíblia dividida em duas etapas. A primeira se dará
no Arrebatamento da Igreja e a segunda, se dará no período da Grande Tribulação.
Só farão parte da primeira etapa da primeira ressurreição aqueles que estiverem
preparados para o grande dia do encontro de Jesus com a Igreja. Os que não subirem
no Arrebatamento da Igreja ficarão para a segunda etapa da primeira ressurreição
que só ocorrerá quando Cristo voltar para estabelecer o Milênio. Ali ressurgirão os
mártires da Grande Tribulação (doutrina pré-tribulacionista).
1) Primeira etapa da primeira ressurreição (1Ts 4.13-17; 1Co 15.51,52).
2) Segunda etapa da primeira ressurreição (Ap 6.9-11; 20.24).
2. SEGUNDA RESSURREIÇÃO
A respeito da segunda ressurreição, a Bíblia não dá nenhuma esperança, pois ela é
apresentada somente no plano de condenação eterna. Nessa ressurreição só
aparecem os ímpios sendo julgados pelo que está escrito nos livros das obras e
destinados ao lago de fogo ardente (geena). Essa ressurreição se dará um dia no final
do milênio no Juízo do Grande Trono Branco (Ap 20.5; 11-15).
3. RESSURREIÇÃO DOS SANTOS DO AT
A respeito da ressurreição dos justos do AT há duas teorias que merecem um estudo
profundo e detalhado. Certos teólogos acreditam que os justos do AT farão parte da
primeira etapa da primeira ressurreição, argumentando que, se os crentes do AT
estão no paraíso junto com os que hoje morrem em Cristo, então não há motivo para
eles não fazerem parte do Arrebatamento da Igreja com os santos da presente
dispensação.
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 12
V. O ARREBATAMENTO DA IGREJA
O Arrebatamento da Igreja será no momento mais palpitante para nós, pois se trata
de nossa eterna redenção. A palavra “arrebatar” significa “tirar para fora com ímpeto”,
e é exatamente o que Jesus fará com aqueles que prometeu vir buscar (Jo 14.1-3;
1Ts 4.16,17; 1Co 15.51-53). A respeito desse glorioso evento, vale a pena
verificarmos algumas teorias defendidas por vários estudiosos da Bíblia.
Até o começo do século XIX, os crentes que discutiam o Arrebatamento da Igreja
acreditavam que ocorreria junto com a volta de Cristo no fim do período da Grande
Tribulação.
MID-TRIBULACIONISMO
Harold John Ockenga foi líder de um movimento evangélico que se desenvolveu nos
Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial. Num breve testemunho pessoal
em Christian Life (Vida Plena) em fevereiro de 1955, ele citou muitas dificuldades
associadas com o Pré-Tribulacionismo. Estas incluíram o aspecto secreto do
Arrebatamento, o reavivamento a ser experimentado durante a Tribulação, a despeito
da remoção do Espírito Santo e a redução da importância da Igreja envolvida na
Escatologia Dispensacionalista. Outros líderes evangélicos acrescentaram suas
críticas à posição pre-tribulacionista. As modificações que defendiam eram
superficiais, incluindo a limitação da ira de Deus contra o mundo (Ap 16-18) aos
primeiros três anos e meio da Batalha do Armagedom. Influenciados pela menção
repetida de três anos e meio (quarenta e dois meses) em Dn 7.9,12 e Ap 11.3; 12.6,
argumentavam a favor de um período abreviado de tribulação. Como apoio deste
argumento citavam Dn 7.25 que indica que a Igreja estará sujeita ao governo do
anticristo durante três anos e meio. Daniel 9.27 também indica que o governo mundial
do fim dos tempos fará um acordo com os cristãos e os judeus dando garantia de
liberdade religiosa, mas que passará depois a levar a efeito a segunda etapa do seu
plano e suprimirá as observâncias religiosas. Acreditava-se que várias passagens do
NT apoiavam o Mid-Tribulacionismo, incluindo Dn 12.14, que prediz uma fuga da
Igreja para o deserto durante os primeiros três anos e meio do período da Tribulação.
Além disso, os mid-tribulacionistas acreditavam que o ponto de vista deles se
encaixava no discurso do Monte das Oliveiras (Mt 24; Mc 13 e Lc 12) melhor do que a
interpretação pré-tribulacionista que diz que a Igreja não passará pela Grande
Tribulação.
Os mid-tribulacionistas declaram que o Arrebatamento deve ocorrer depois de certos
sinais preditos e da fase preliminar da tribulação, conforme a descrição em Mt 24.10-
27. O evento não será secreto, mas sim, acompanhado por uma demonstração
impressionante, incluindo um alto brado e o ressoar da trombeta (1Ts 4.16; Ap 11.15;
14.12). Este sinal dramático atrairá a atenção das pessoas não salvas e, quando elas
perceberem que os cristãos desapareceram, virão para Cristo em número tão grande
que haverá um reavivamento em grande escala (Ap 7.9,14). Em síntese, a Igreja será
arrebatada no meio da Grande Tribulação.
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 13
PÓS-TRIBULACIONISMO
Essa linha de pensamento ensina que Cristo arrebatará a Igreja no final da Grande
Tribulação e no mesmo tempo implantará o seu Reino milenar. São citadas
numerosas passagens bíblicas com Mt 24.27,29. Argumentam que a Vinda de Cristo
deve ser visível, pública e posterior à Tribulação. O argumento baseava-se no fato de
que os conselhos dados nas Escrituras às igrejas no tocante aos últimos dias não
fazem sentido se a Igreja não tiver de passar pela Tribulação. Por exemplo, a Igreja é
ordenada a fugir para as montanhas quando ocorrerem certos eventos, tais como o
estabelecimento do abominável da desolação no lugar santo (Mt 24.15-20). Porém,
aqueles que entendem estas palavras meramente históricas entendem que isso já se
cumpriu na destruição de Jerusalém no ano 70 da nossa era.
Muitos argumentos sugeridos pelos pós-tribulacionistas são em oposição aos pré-
tribulacionistas que apresentam interpretação geralmente mais sustentada entre os
pré-milenistas norte-americanos do século XX. Incluídas nestas críticas há sugestões
de que a volta iminente de Cristo não requer um arrebatamento pré-tribulacionista. Os
pós-tribulacionistas também indicam a dificuldade em resolver quais passagens das
Escrituras se aplicam a Israel, e quais delas são relevantes para a Igreja. Além disso,
argumentam que há uma falta notável de ensinos explícitos no NT a respeito do
arrebatamento.
Os defensores da posição pós-tribulacionista diferem entre si quanto à aplicação das
Escrituras proféticas e aos pormenores da volta de Cristo. John Walvoord detectou
entre eles quatro escolas de interpretação:
1. A primeira delas, o pós-tribulacionismo clássico, é representada pela obra
de J. Barton Payne, que ensinou que a Igreja sempre tem estado na tribulação
e, portanto, a Grande Tribulação já foi cumprida em sua maior parte.
2. O segundo grupo principal dos pós-tribulacionistas é o que mantém a posição
semi-clássica que se acha na obra de Alexander Reese. Entre a variedade
de crenças sustentadas por essas pessoas, a mais comum é a de que todo o
curso da história da Igreja é uma era de tribulação, mas que, além dela, haverá
um período futuro de grande tribulação.
3. Uma terceira categoria de interpretação pós-tribulacionista é chamada
futurista, e é apresentada de modo competente nos livros de George E. Ladd.
Aceita um período futuro de três anos e meio, ou sete anos de tribulação entre
a presente era e a segunda vinda de Cristo. Foi levada esta conclusão por uma
interpretação literal de Ap 8-18.
4. Um quarto ponto de vista é o de Robert H. Gundry, que Walvoord chama de
Interpretação pós-tribulacional dispensacional. Gundry combina de modo
original os argumentos pré-tribulacionistas com a aceitação do arrebatamento
pós-tribulacionista.
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 14
ARREBATAMENTO PARCIAL
Além dos pontos de vista pré-tribulacionista, mid-tribulacionista e pós-tribulacionista
do arrebatamento, tem havido aqueles que argumentam a favor de uma teoria do
arrebatamento parcial. Este pequeno grupo ensina que somente os que forem fiéis na
igreja serão arrebatados no início da tribulação. Os demais serão arrebatados durante
o período de sete anos, ou no fim dele. Segundo estes intérpretes, aqueles que forem
mais leais a Cristo serão levados primeiro e os mais mundanos serão arrebatados
mais tarde. Embora este ponto de vista seja condenado pela maioria dos pré-
tribulacionistas, o respeitado G.H. Lang o defendia.
PRÉ-TRIBULACIONISMO
A doutrina do pré-tribulacionismo foi criada por John Nelson Darby (1800 – 1882),
que mudou a visão escatológica de muitos ao ensinar que a Volta de Cristo se daria
em duas etapas, sendo que a primeira é para buscar seus santos (Igreja) no
Arrebatamento e a segunda com seus santos para governar o mundo no final da
Grande Tribulação. Segundo esta interpretação das profecias bíblicas, entre esses
dois eventos seria cumprida a septuagésima semana predita por Daniel (Dn 9.24-27)
e o anticristo viria com poder. Com a Igreja saindo de cena, Deus reativaria naquele
tempo seu tratamento com Israel.
As ideias de John Nelson Darby tiveram ampla influência na Grã Bretanha e nos
Estados Unidos. Muitos evangélicos tornaram-se pré-tribulacionistas através da
pregação dos evangelistas internacionais nos séculos XIX e XX. A Bíblia de Scofield
bem como os principais institutos bíblicos e faculdades de teologia, tais como o
Seminário Teológico de Dallas, o Seminário Talbot e o Seminário Teológico Grace,
também contribuíram para a popularidade deste ponto de vista. Durante os tempos
conturbados da década de sessenta houve um reavivamento do ponto de vista pré-
tribulacionista num nível popular através dos livros de Hal Lindsey e dos ministérios
dos pregadores e ensinadores bíblicos que empregaram os meios eletrônicos de
comunicação.
Samuel P. Tregelles, membro do movimento Irmãos de Plymouth, assim como
Derby, alegou que o dito ponto de vista teve sua origem num culto carismático dirigido
por Adward Irving em 1862. Outros estudiosos afirmam que o novo modo de
entender o Arrebatamento resultou de uma visão profética dada a uma jovem
escocesa, Margaret MacDonald, em 1830. Ela alegava ter introspecção especial
quanto à Segunda Vinda começando a compartilhar com outros o seu ponto de vista.
Sua conduta extática e seus ensinos apocalípticos provocaram uma renovação
carismática na Escócia. Impressionado pelos relatos de um novo Pentecoste, Darby
visitou o cenário do reavivamento. De acordo com seu próprio testemunho dado em
anos posteriores, ele conheceu Margaret Mac Donald, mas rejeitou as alegações
quanto a um novo derramamento do Espírito Santo. A despeito da sua oposição à
abordagem geral de Margaret Mac Donald, alguns escritores acreditam que Darby
aceitou o conceito dela quanto ao Arrebatamento e o adaptou ao seu sistema.
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 15
Muitos estudiosos acham que o sistema escatológico de Darby está certo, porque ele
apresenta a Igreja como entidade completamente separada de Israel. Sendo que ao
ser arrebatada deste mundo, começará o cumprimento das profecias referente a
Israel. O anticristo subirá ao poder por meio de promessas de paz à terra, e fará um
acordo de proteção ao Estado Judaico. Mas os judeus serão traídos pelo seu novo
“benfeitor” que repentinamente suspenderá as cerimônias tradicionais e exigirá que
lhe prestem culto conforme Dn 9.24-27.
Outro argumento oferecido pelos pré-tribulacionistas é que a influência
constrangedora do Espírito Santo deve ser removida antes do anticristo poder ser
revelado (2Ts 2.3-8). Sendo que o Espírito santo está intimamente associado com a
Igreja, segue-se que a Igreja estará fora de cena depois de o Espírito Santo ser
retirado.
Os pré-tribulacionistas apoiam-se também em Ap 3.10, onde se entende que a Igreja
será tirada da terra antes da Tribulação: “... também eu te guardarei da hora da
provação que há de vir sobre o mundo inteiro...”. Porém, outros interpretam esse
versículo como a Igreja sendo preservada na Tribulação e não tirada da mesma. E
para isto citam Daniel sendo guardado por deus na cova dos leões e não guardado da
cova. Apresentam também Sadraque, Mesaque e Abede-Nego sendo preservados na
fornalha e não livres dela.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PRÉ-TRIBULACIONISTAS
1. O livro do Apocalipse – Em geral, o livro do Apocalipse trata dos últimos anos
do atual século entendido na Septuagésima Semana revelada por Daniel (Dn
9.27). E nos capítulos 9 a 19 encontramos o período da Grande Tribulação. É
de se admirar que em nenhum desses trechos a Igreja seja apresentada
passando pela Grande Tribulação. Acredita-se que os 24 anciãos sentados
sobre tronos em volta do trono de Deus (Ap 4.4) representam a Igreja
arrebatada. E em 19.18, a Igreja aparece voltando à terra com Cristo para
reinar.
2. A promessa à igreja em Tiatira – “... dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã” (Ap
2.28). E em Ap 22.16, Jesus se refere a Ele mesmo como sendo a brilhante
“estrela da manhã”. Sendo assim, o recebimento da “estrela da manhã” será
antes do levantar do sol, que nesse caso representa o início do reino milenal. A
estrela da alva é sempre vista de madrugada, antes da aurora. Em Malaquias
4.1-2 encontramos essa promessa sendo feita a Israel e esse nascer do sol
para Israel ocorrerá logo após a noite mais escura na história de Israel que é a
Grande Tribulação. Assim, quando esse novo dia, o milênio, se despontar, a
“estrela da manhã” já terá aparecido e a Igreja terá sido recolhida à presença
de Cristo para com Ele participar da inauguração do Reino, que será o Sol da
Justiça.
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 16
3. A promessa à igreja em Filadélfia – “porque guardaste a palavra da minha
perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir
sobre o mundo inteiro...” (Ap 3.10). A igreja de Filadélfia é vista profeticamente
como sendo a fiel igreja que será arrebatada antes da Tribulação.
4. A Grande Tribulação é um período de juízo – A Igreja não está destinada a
nenhum juízo divino conforme Jo 5.24; Rm 5.9; 1Ts 1.10; 5.9).
5. O período da Igreja – É o período entre a 69ª e a 70ª semana (de anos)
mencionada em Dn 9.25-27. A morte de Cristo (o Ungido) deu-se depois da 69ª
semana (Dn 9.26). Neste ponto teve início a Igreja. A 70ª semana (sete anos) é
o período da grande tribulação de Jacó (Dn 12.1; Jr 30.7; Ap 12.7-9). E antes
disso, a Igreja já terá sido arrebatada para estar com o Senhor.
6. O ensino de Jesus em Lc 21.25-36 – Essa passagem deixa bem claro que o
destino da sua Igreja é escapar do castigo que o mundo sofrerá. No v. 28 di:
“Ora, ao começarem estas coisas a suceder (os sinais no sol, na lua e nas
estrelas, a angústia das nações, etc.), exultai e erguei a vossa cabeça; porque
a vossa redenção se aproxima”. O termo “redenção” refere-se à “redenção do
corpo” mencionada pelo apóstolo Paulo em Rm 8.22-23 que é a transformação
e a trasladação do crente no momento do Arrebatamento.
7. O ensino típico do AT apresenta a José como tipo de Cristo – José casou-
se com Asenate, uma gentia durante o tempo de sua rejeição por parte de seus
irmãos e antes dos sete anos de fome (Gn 41.45). Semelhantemente, Cristo
receberá Sua Noiva, que na sua maioria também é gentílica, durante o tempo
da sua rejeição por parte de seus irmãos segundo a carne, isto é, Israel.
Enoque sempre foi considerado como tipo dos crentes arrebatados antes da
Tribulação, pois a sua trasladação se deu antes do dilúvio (Jd 14-16; Gn 5.24).
Em Lc 17.26-30, Jesus fez uma comparação entre os dias de Noé no tempo do
dilúvio e os dias de Ló na destruição de Sodoma e Gomorra. Assim como Ló e
Noé foram preservados da destruição, acredita-se que a Igreja seja também
preservada da Tribulação.
8. Outro fator importante argumentado pelos pré-tribulacionistas – É a
iminência do Arrebatamento. Se o mesmo ocorrer a qualquer momento, antes
de qualquer sinal prévio da Tribulação ou da aparição do anticristo, a Batalha
do Armagedom e a abominação desoladora no templo de Jerusalém.
CARACTERÍSTICAS DO ARREBATAMENTO
A Vinda de Cristo para arrebatar a Igreja será invisível – Nesse período ocorrerá o
desaparecimento de todos os crentes salvos da face da terra. Esse desaparecimento
será simultâneo e instantâneo.
Será de surpresa – (Mt 24.36). Todos serão apanhados de surpresa conforme o
próprio Jesus explicou na parábola das dez virgens (Mt 25.1-13). Todas eram virgens,
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 17
todas esperavam o noivo, todas dormiram, todas tinham lâmpadas, todas se
levantaram e prepararam as suas respectivas lâmpadas, mas somente cinco tinham
azeite no reservatório. Somente quem tem experiência (azeite) com Deus poderá
participar com alegria desse glorioso evento.
A noite é fria e longa, e o momento de trevas, total. Ninguém esperava que o cortejo
fosse começar nesta hora, porque esta é a hora do melhor sono, e não de estar
acordado. Mas o noivo disse que a qualquer momento chegaria, ainda que fosse meia
noite.
A crise da meia noite revela a diferença entre as duas classes. Uma diferença que a
calma do dia não pode revelar. Enfim, no clamor da meia noite saberemos quem é
quem. Será espantoso para alguém que era “quase” salvo, porém, ainda perdido.
Será horrível ouvir o baque da porta se fechando.
Como receberemos esse clamor? O clamor da meia noite será de angustia ou de
alegria? A preparação prévia é que determina qual forma será.
Será como ladrão - (Mt 24.42,43). O ladrão leva pouco e deixa muito – leva somente
o que tem valor – executa toda a operação com muita rapidez. Jesus tirará a Igreja da
face da terra em um abrir e fechar de olhos (1Co 15.52).
A Vinda de Cristo para estabelecer o Milênio será visível - Nesse período Jesus
fara juízo contra as nações que guerrearam contra Jerusalém (Zc 4.4,12). A sua
presença aterrorizará os reis da terra ao vê-lo descer nas nuvens montado em um
cavalo branco (Ap 19.11-16). A Vinda de Cristo para estabelecer o Milênio é chamada
em grego de parousia que significa “presença” ou “aparecimento” (Mt 24.30; Ap 1.7).
É sempre bom lembrar que o Arrebatamento será de forma invisível (1Co 15.52; 1Ts
4.13-17).
A parousia será visível (Zc 14.4; Mt 24.30; Ap 19.11-16; 2Ts 1.7-9)
CONCLUSÃO
Aquele que for mid-tribulacionista, pré-tribulacionista ou pós-tribulacionista, deve
tomar muito cuidado em suas considerações para não confundir teoria com doutrina
fundamental, e assim não venha causar danos doutrinários na boa fé daqueles que
recebem o Evangelho do Cristo Divino.
É bom lembrar que a maioria das igrejas ocidentais, principalmente as pentecostais
nos Estados Unidos e no Brasil professam a doutrina pré-tribulacionista.
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 18
VI. O TRIBUNAL DE CRISTO
O Tribunal de Cristo será o julgamento da Igreja. Ali serão julgadas as nossas obras.
Neste julgamento seremos avaliados. Não será para saber se seremos salvos ou não,
pois já fomos arrebatados. Ali seremos analisados se somos verdadeiros no íntimo. O
resultado desse julgamento será recompensa ou detrimento (1Co 3.12-15; 4.5; 2Co
5.10).
A Bíblia nos fala de sete julgamentos que diferem um do outro sobre quatro aspectos
gerais:
a) Com respeito aos que irão ser submetidos ao juízo.
b) Com respeito ao lugar do juízo.
c) Com respeito ao tempo do juízo.
d) Com respeito ao resultado do juízo.
TIPOS DE JULGAMENTOS NA BÍBLIA
1. O julgamento dos pecados. Tempo: 30 AD. Lugar: cruz do calvário. Resultado:
salvação para o mundo (Jo 19.17,18; 1Pe 3.18).
2. O autojulgamento do crente. Tempo: a qualquer momento. Local: em qualquer lugar.
Resultado: correção (1Co 11.31,32).
3. O julgamento das obras do crente. Época: quando Cristo voltar. Local: nos ares.
Resultado: recompensa ou detrimento, mas o tal será salvo (1Co 3.14,15).
4. O julgamento das nações. Época: quando vier o Filho do Homem na sua glória (Mt
25.31,32; 13.40,41). Local: vale de Josafá (Jl 3.1,14). Resultado: separação de Israel
como povo privilegiado.
5. O julgamento de Israel (Ez 20.33-38; Rm 11.26).
6. O julgamento dos anjos decaídos. Época: antes do Juízo Final e depois do Milênio
(Ap 20.10; 2Pe 2.4). Ali estaremos associados com o nosso Mestre nesse julgamento
(1Co 6.3).
7. O Juízo Final. O do Grande Trono Branco. Época: um dia depois do Milênio (At 17.31;
Ap 20.5-7). Local: perante o Grande Trono Branco. Resultado: “E aquele que não foi
achado escrito no Livro da vida, foi lançado no lago de fogo ardente”.
OS GALARDÕES
Os crentes que comparecerem ao Tribunal de Cristo receberão o seu galardão que
serão distribuídos pelo próprio Jesus. Ali todos receberão pelo menos, um louvor da
parte de Deus.
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 19
“Eis que cedo venho! O meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra”
(Ap 21.12)
“E digo isto: que o que semeia pouco, pouco também ceifará, e o que semeia com fartura,
com fartura também ceifará” (2Co 9.12). Veja ainda Mt 5.11,12; Tg 1.12.
TIPOS DE GALARDÕES
Haverá diferentes tipos de galardões simbolizados por coroas. Não se trata de coroas
literalmente, mas de diferentes tipos de gratuidades.
1. Coroa da Vida. (Ap 2.10; Tg 1.12). Esse galardão será para aqueles que foram
fiéis ao Senhor.
2. Coroa da Vitória. (1Co 9.25). Esse é o galardão dos que vencem o mundo, a
carne, e são moderados, temperantes e que andam segundo o Espírito.
3. Coroa da Glória. (1Pe 5.2-4). Esse é o galardão dos ministros e dos obreiros
em geral dependendo do cuidado pelo rebanho e da promoção do Reino de
Deus, entendendo que as ovelhas não são deles, mas do Senhor Jesus Cristo.
4. Coroa da Justiça. (2Tm 4.7-8). Esse é o galardão dos heróis da fé,
combatentes do Senhor e que desejam ardentemente a sua volta.
5. Coroa de Gozo. (1Ts 2.19,20; Fp 4.1). Esse é o galardão do ganhador de
almas (Pv 11.30; Dn 12.3), e quem presta esse trabalho é sábio. Esse galardão
só será recebido por aqueles que trabalharam por amor na obra do Mestre sem
esperar recompensa na terra.
VII. A GRANDE TRIBULAÇÃO
A Grande Tribulação será um período de muito sofrimento que ocorrerá no mundo
inteiro (Ap 3.10) especialmente para a nação de Israel, razão porque é chamada de
“Tribulação de Jacó” (Jr 30.7). É dado o nome “Grande” porque nunca houve e nunca
haverá outra igual (Mt 24.21; Dn 12.1,2; Ap 7.14).
OUTROS NOMES
1. Ira ou Cólera de Deus. (Ap 15.7).
2. Hora do seu juízo. (Ap 14.7)
3. Indignação do Senhor. (Is 34.2)
4. Dia de trevas e de tristeza / Dia de nuvens e de densas trevas. (Sf 1.14-18).
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 20
COMO SERÁ ESSA GRANDEZA?
1. Será grande em extensão, isto é, no mundo inteiro. Não ocorrerá em local isolado
como em épocas passadas (Dn 12.1).
2. Será grande em sofrimento, pois nunca houve e nunca haverá outra de tamanha
envergadura. Sempre houve sofrimento no meio da humanidade, mas igual a
esse nunca haverá (Mt 24.21; Dn 12.1,2).
QUANDO SERÁ?
Segundo a teoria pré-tribulacionista, a Grande Tribulação começará logo após o
arrebatamento da Igreja e o início do governo do anticristo. Essa teoria coaduna com
a teoria do pré-milenismo dispensacionalista. Mas, de acordo com a teoria pós-
tribulacionista, a Igreja sempre passou por tribulação e a Grande Tribulação será
apenas ima intensificação nos últimos dias desses sofrimentos que ela tem passado.
É bom lembrar que grande parte das igrejas norte-americanas e brasileiras professa
como doutrina o pensamento de que a Tribulação terá início logo após o
arrebatamento da Igreja.
QUANTO TEMPO DURARÁ?
Com respeito ao tempo de duração da Grande Tribulação, é necessário expor
algumas teorias:
1. Teoria dos 40 anos – Alguns renomados teólogos pensam que a Grande
Tribulação terá quarenta anos e não sete como muitos afirmam. Acreditam que os
sete anos apresentados no livro de Daniel (Dn 9.24-27; Ap 11.1) não são o
período total da Tribulação, mas, apenas os dias mais críticos dela. Alegam
também que o número sete possa ser um número místico e não o tempo exato da
tribulação.
O número 40: aqueles que defendem que a Tribulação durará 40 anos baseiam-
se no número 40, que é entendido como sendo um número bíblico-simbólico-
místico. Exemplos: o dilúvio durou 40 dias; Israel foi provado 40 anos no deserto;
Moisés esteve no monte 40 dias e 40 noites quando recebeu a Lei; a pregação de
Jonas em Nínive durou 40 dias; Jesus esteve no deserto 40 dias para ser tentado.
Entende-se que seria muito estranho se a maior provação de todas não durasse o
tempo tradicional e espiritual, isto é, quarenta, e neste caso, tal número de anos.
2. Teoria dos sete anos – A teoria de que a Grande Tribulação terá sete anos de
duração baseia-se em Dn 9.24-27, onde trata das setenta semanas. As setenta
semanas de Daniel são interpretadas como sendo semanas e anos e não de dias
(Lv 25.8), ou seja, 490 anos. As setenta semanas estão divididas nos vs. 25 e 26,
em três períodos. Sendo que o primeiro período começou no reinado do rei
Artaxerxes, no mês de Nisã (abril) de 445 a.C., data da saída da ordem para
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 21
restaurar e para edificar Jerusalém (v. 25). Esse primeiro período durou “sete
semanas” ou quarenta e nove anos: o período em que a cidade e os muros de
Jerusalém foram edificados.
O segundo período é o período das “sessenta e duas semanas” (434 anos) até
ser tirado o Messias (v. 26), até ser exterminado o Ungido. E foram exatamente
483 anos, isto é, 49 anos do primeiro período e mais 434 do segundo, desde a
restauração de Israel até a crucificação de Cristo no mês de Nisã.
O terceiro período é o tempo que resta para completar os 490 anos, o qual foi
interrompido após a morte de Cristo e o nascimento da Igreja. Sendo assim, a
última semana que restava para cumprir toda a profecia foi empurrada para o
futuro, ficando a Igreja nesse intervalo de tempo, visto que a profecia era para
Israel e não para a Igreja. Com o arrebatamento da Igreja, Deus voltará a tratar
com Israel, e é nesse período que a 69ª semana se ligará à 70ª semana.
Essa última semana poderá ter inicio a qualquer momento, pois o tempo dos
gentios terminará. E isto ocorrerá com o arrebatamento da Igreja, e logo se
iniciará a Grande Tribulação que visará especialmente Israel (Dn 12.1).
Conforme Dn 9.27, o anticristo firmará um concerto com muitos por uma semana
(a septuagésima), e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta no
templo. Certamente os judeus recusarão a adorá-lo e será ai que o anticristo
desencadeará uma terrível perseguição contra eles. Com respeito a isso, Jesus
disse que nenhuma carne se salvaria se aqueles dias não fossem abreviados (Mt
24.15-22).
DE ONDE VIRÁ?
A Grande Tribulação virá de duas fontes, a saber: de Deus (Ap 6.1-16; 8.1-13; 9 1-21)
e do diabo (Ap 13.11-17). Nesse tempo, a humanidade estará dividida em dois
grupos. Só haverá duas religiões na terra: os adoradores da besta (Ap 13 11-18) os
adoradores do Grande Deus: “...todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os
pobres, os livres e os escravos” (Ap 13.16). Os que servirem a Deus nesse tempo
estarão livres dos flagelos que virão da parte de Deus (Ap 7.3), mas não estão isentos
da perseguição da besta e do anticristo (Ap 13.11-18). Nesse tempo a humanidade só
terá duas opções: o sinal da besta ou o selo do Deus vivo (Ap 14. 8-11). A Escritura é
muito específica. O falso profeta vai exigir uma “marca” em sinal de lealdade e
devoção à besta, e essa marca será “sobre a mão direita” – não a esquerda – “ou
sobre a fronte” (Ap 13.16).
Do meio para o fim, a Grande Tribulação será mais densa, tanto que as potências que
controlam o globo serão abaladas e a terça parte da terra será destruída totalmente
(Ap 8.12; Mt 24.29).
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HAVERÁ PREGAÇÃO DO EVANGELHO NA GRANDE TRIBULAÇÃO?
Na Grande Tribulação haverá um poderoso avivamento evangelístico através do
ministério dos anjos (Ap 14. 6-12), das duas testemunhas (Ap 11.3) e dos cento e
quarenta e quatro mil judeus (Ap 7.3-8). Os anjos pregarão o Evangelho eterno. Há
muitas ideias a respeito do “evangelho eterno” pregado pelos anjos no período da
Grande Tribulação, mas conclui-se que o Evangelho será o mesmo, porém, com
várias advertências em contraste ao evangelho do falso profeta induzindo o povo à
adoração da besta.
AS DUAS TESTEMUNHAS
Alguns supõem que as duas testemunhas sejam Elias e Enoque, visto que ambos não
passaram pela morte (Gn 5.24; 2Rs 2.11), e conforme Hb 9.27 eles deverão retornar
para exercer um novo ministério e após isso, passar pela morte.
Aqueles que pensam se tratar de Elias e Enoque dizem que Elias representa os
crentes da antiga aliança, e Enoque representa a Igreja.
Outros dizem que Elias representa os profetas e Moisés, a Lei. No monte da
transfiguração foram esses dois profetas que apareceram com Jesus (Mt 17.4), na
visão que anunciava a vinda do Senhor em glória para estabelecer o seu Reino. Há
quem interprete Dt 18.15 como o retorno de Moisés antes da chegada do Messias, e
há quem afirme que se trata de Elias e Moisés, por causa dos prodígios que eles
fizeram. Moisés teve poder sobre a água e Elias sobre o fogo. O pensamento mais
correto é de que o profeta mencionado em Dt 18.15 seja o próprio Messias.
A BESTA
A palavra “besta” no grego é therion para designar a palavra “fera”. Esse termo era
usado na literatura grega para indicar animais perigosos, seres animalescos de
natureza sobrenatural. Na literatura antiga representava um dragão monstruoso. O
dragão representa o anti-Deus, a besta, o anti-Cristo, e o falso profeta, o anti-Espírito.
Cristo veio ao mundo não para condená-lo, mas para salvá-lo (Jo 1.17). A besta virá
ao mundo a fim de condená-lo eternamente. A besta é o próprio anticristo. O que
resta saber é qual das duas: a que emerge do mar ou a que a emerge da terra.
A BESTA QUE EMERGE DA TERRA
Os intérpretes disputam nas seguintes teorias: se o anticristo será a besta que sai da
terra (Ap 13.11) ou a que sairá do mar (Ap 13.3). O pensamento mais correto é que o
anticristo seja a besta que sai do mar e a besta que sai da terra seja o seu
“precursor”, isto é, o falso profeta, porque virá depois.
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Satanás ofereceu a Cristo os reinos deste mundo (Mt 4.8), mas o Senhor repeliu essa
oferta. Essa mesma oferta será feita ao anticristo. Assim sendo, somente a besta que
sai do mar teria estatura suficiente para ser uma figura universal e para cumprir o
papel previsto para o anticristo com seu reino universal de maldade e apostasia (Ap
19.19). Alguns intérpretes entendem que a “terra” da qual a segunda besta sairá
refere-se à Palestina. Dali surgirá o falso profeta (a besta que sai da terra) e também
o anticristo (a besta que sai do mar, isto é, das nações). É certo crer que o anticristo
seja um judeu, pois fará um pacto com eles por sete anos. Jamais crerão em nenhum
messias que não seja judeu.
O NÚMERO DA BESTA
Em Ap 13.18 encontramos o número 666 que é o sinal da besta. O texto sacro afirma
que esse é número de homem. Muitos comentários têm surgido para identificar o
número 666. Os intérpretes têm feito seus cálculos usando valores latinos ou gregos,
e até mesmo, hebraicos, pelo que soluções largamente são atingidas.
Nos alfabetos grego e hebraico, toda letra tem um número correspondente. Então, se
somarmos todas as letras do seu nome, teremos um código numérico.
“A” vale 1 e “N” vale 50. Exemplo: Anna, então, seria 102.
Se escrever o nome do imperador Nero Cesar no alfabeto hebraico, a equação fica:
200+60+100+50+6+200+50=666.
Veja o exemplo:
Neron Caesar (César Nero) em grego vertido para o hebraico dá 666:
N V R N R S Q
50 + 6 + 200 + 50 + 200 + 60 + 100 = 666
Com a chegada da Reforma protestante, alguns reformadores viam no papa, a
figura do anticristo, a besta do Apocalipse. A propósito, a palavra Italika Ekklesia
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daria o número 666. O que fazia muitos pensar que a besta sairia dessa igreja. Lutero
chegou a conjecturar: “São seiscentos e sessenta e seis anos; é o tempo que já dura
o papado secular”.
Em seu livro “Guerra e Paz”, Leon Tolstoi especula em torno da ideia de Napoleão ser
a besta com o número 666. O teólogo Petrelli aplicou esse número a Joseph Smith,
fundador do mormonismo, Diocleciano, Lutero, Calvino, Hitler e outros foram
igualmente vítimas dos matemáticos do Apocalipse. O último grande nome cogitado
para engrossar essa lista foi o senhor Bill Gates, dono da Microsoft, que segundo
dizem também daria 666.
A MARCA DA BESTA
A marca deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam
os soldados, escravos e devotos dos templos na época de João.
Alguns se perguntam por que foi usado um termo tão específico para designar a
marca do anticristo. Essa marca parece ser uma paródia do plano de Deus,
principalmente no que se refere aos 144.000 “selados” de Apocalipse 7. O selo de
Deus sobre Suas testemunhas muito provavelmente é invisível e tem o propósito de
protegê-las do anticristo. Por outro lado, o anticristo oferece proteção contra a ira de
Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e sua marca é visível
e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão voluntariamente, é de
supor que as pessoas sentirão um certo orgulho de terem, em essência, a Satanás
como seu dono. O Dr. Thomas afirma: “A marca será visível e identificará todos os
que se sujeitarem à besta”.
Além de servir como indicador visível da devoção ao Anticristo, a marca será a
identificação obrigatória em qualquer transação comercial na última metade da
Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de todos os tiranos da história –
exercer um controle tão absoluto sobre seus vassalos a ponto de decidir quem pode
comprar e quem pode vender. O historiador Sir William Ramsay comenta que
Domiciano, imperador romano no primeiro século, “levou a teoria da divindade
Imperial ao extremo e encorajou ao máximo a ‘delação’ de modo que, de uma forma
ou de outra, cada habitante das províncias da Ásia precisava demonstrar sua lealdade
de modo claro e visível, ou então era imediatamente denunciado e ficava
impossibilitado de participar da vida social e de exercer seu ofício”. No futuro, o
anticristo aperfeiçoará esse sistema com o auxílio da moderna tecnologia. Essa
hipótese é reforçada pelo emprego da palavra grega dunétai – “possa” (Ap 13.17),
que é usada para transmitir a ideia do que “pode” ou “não pode” ser feito. O anticristo
não permitirá que alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará
a implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o
dinheiro vivo como meio de troca. O controle da economia, ao nível individual, através
da marca, encaixa-se perfeitamente no que a Bíblia diz a respeito do controle do
comércio global pelo anticristo delineado em Apocalipse 17 e 18.
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O principal propósito de alertar os crentes sobre a marca é permitir que eles saibam
que, quando em forma de número, o “nome” da besta será 666. Assim, os crentes que
estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for sugerido que recebam o número
666 na fronte ou na mão direita, deverão rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a
morte. Outra conclusão que podemos tirar é que qualquer marca ou dispositivo
oferecido antes dessa época não é a marca da besta que deve ser evitada.
A TRINDADE SATÂNICA
O diabo tem procurado ser um grande imitador de Deus. Desde a queda no Éden,
sempre houve “um Caim para cada Abel”, “um Janes e Jambres para cada Moisés”,
“uma Babilônia para cada Jerusalém”, “um Herodes para cada João Batista” e “um
Nero para cada Paulo”. Assim, há um satanás que deseja ser Deus, um anticristo
querendo destruir o mundo que Cristo quer salvar e um anti-Espírito Santo para
operar astutamente no coração dos homens, onde ele anela completar a obra de
Deus. O Espírito Santo sela os crentes para o dia da redenção (Ef 1.13-14; Ap 7.1-8;
14.1-3). O falso profeta sela seus seguidores para o dia da perdição (Ap 13.16; 14.9-
11). Deus usou Elias para fazer fogo cair do céu (Ap 13.13). Cristo é visto em Ap
19.12 com muitos diademas (símbolo de realeza). A besta é vista no capítulo 13 com
dez diademas. Cristo aparece no capítulo 19 montado num cavalo branco. A prostituta
aparece no capítulo 17 montada numa besta. Cristo morreu e ressuscitou. A besta
será ferida de morte (Ap 13) mas, receberá vida do dragão.
O ANTICRISTO
Assim como Cristo foi a encarnação do que há de melhor neste mundo, o anticristo
será a encarnação do que há de pior entre as nações. Se existe homem ímpio e
violento, o anticristo será prodigiosamente violento e desavergonhadamente ímpio. O
anticristo é a própria besta que emerge do mar em Ap 13. O mar representa a grande
e desassossegada massa da espécie humana (Ap 17.15). O anticristo fará oposição a
tudo quanto é direito; haverá de exaltar-se acima de tudo que é chamado Deus (2Ts
2.3) e exigirá adoração tal como os antigos imperadores exigiam no “culto ao
imperador”. Por alguns chegaram a pensar ser ele, o próprio Nero que haverá de
reencarnar como o homem do pecado. Seu aparecimento será no poder de satanás e
ele fará muitos prodígios de mentira (2Ts 2.9,10). Ele ocupará o templo de Deus em
Jerusalém e exigirá adoração. No anticristo haverá, destilada, a própria essência da
blasfêmia.
Ele operará muitos “milagres científicos”, os quais supostamente eliminarão a
necessidade de crer-se ou prestar lealdade a qualquer deus “invisível”, já que ele será
o falso “cristo de satanás”. É certo que ele procurará eliminar qualquer necessidade
de conhecer ao Cristo de Deus. Por essa razão, perseguirá a Igreja (os crentes que
ficarem para a Grande Tribulação) e até os judeus piedosos serão objetos de sua
cólera pervertida. Ele será o grande enganador da humanidade, pois muitos,
especialmente a juventude, o seguirão com um senso de realização. Assim como
Jesus Cristo foi Deus encarnado, assim também o anticristo será quase
universalmente aceito pela humanidade.
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Assim como Cristo saiu a fazer o bem, do mesmo modo o anticristo sairá ao redor
praticando a maldade. Cristo chamou satanás de “príncipe deste mundo” (Jo 12.31;
14.30; 16.11) e no tempo da tribulação isso será uma verdade claríssima, pois
satanás virá a ser adorado diretamente, mas também indiretamente por meio do seu
anticristo.
O anticristo será tão feroz que todos os ímpios do passado serão como crianças
inocentes em comparação a ele. Atuará com uma inteligência imensa e por isso terá o
controle de tudo. Vivemos na era da informática e através da internet ele controlará
tudo, até mesmo a religião será controlada ao ponto de não poder haver outra, senão
a adoração à besta. A princípio, os judeus serão favorecidos por ele por meio de uma
aliança com duração de sete anos (Dn 9.27). Entretanto, como o diabo não tem
palavra e enganar é o seu ponto forte, nomeio dos sete anos ele quebrará a aliança e
desencadeará uma terrível perseguição contra os judeus que serão socorridos por
Cristo, que descerá dos céus montado em um cavalo branco (Ap 19.11-16) no final da
Grande Tribulação.
O anticristo exibirá milagres científicos que deixarão atônitas as mentes dos homens.
Sua inteligência será tão grande que reis e nações se prostrarão diante dele. Suas
realizações pessoais e diplomáticas (2Ts 2.4). Ele ridicularizará o mito de “cristo”
insultando a fé dos santos. Antíoco Epifânio sacrificou uma porca sobre o altar de
Deus no templo de Jerusalém para insultar a fé dos judeus. Mas o anticristo será a
própria porca que procurará substituir o altar dedicado a Deus. Em Ap 13.3, a besta
(anticristo) será restaurada de uma chaga mortal. Muitos comentaristas acham que
ele ressuscitará da morte, a fim de cumprir o seu pérfido intento de levar a
humanidade a crer que ele tem poder sobre a morte com o intuito de ridicularizar o
Cristo de Deus.
VIII. A GUERRA DO ARMAGEDOM
A Bíblia nos mostra como ainda haverá no mundo duas grandes guerras. A primeira é
do anticristo contra Cristo (Ap 16.16; 19.11-21; 2Ts 2.8) e a segunda será do próprio
satanás contra Deus (Is 35.4; Ap 20.7-10). Esta batalha do Armagedom será a
penúltima. Existem muitas interpretações com respeito à palavra Armagedom. Esse
local é mencionado uma só vez na Bíblia (Ap 16.16), onde João descreve o sexto
flagelo. Nesse lugar, os reis do mundo inteiro serão reunidos sobre a inspiração dos
espíritos de demônios (Ap 16.14) a fim de pelejarem. Embora a explicação do profeta,
dizendo que este nome é hebraico, vise ajudar o intérprete, os estudiosos em geral
têm concordado com J. Jeremias na sua conclusão de que o enigma de Har Magedon
ainda aguarda uma solução.
O problema principal é que o nome Armagedom não aparece em qualquer escrito
hebraico existente. A solução mais popular é que aqui temos uma referência ao
monte (har) de Megido (Magedon). Há mérito na ideia pelo fato de Megido ter sido
uma fortaleza militar (Js 12.21; 17.11; Jz 1.27; 2Rs 8.27) e de muitas batalhas
famosas terem sido travadas naquela área: entre Israel e Sísera (Jz 5.19,20), bem
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 28
como entre Josias e o faraó Neco (2Rs 23.29). É certo que o termo Amagedom está
ligado a guerras multinacionais (Jl 3.9-15; Zc 14.1-5; Sf 3.8; Mc 13.7, 14,24).
Em Ap 19.11-21, os exércitos do céu travam batalha contra os reis da terra lutando
pelo reino milenar. Por isso, a rebelião contra Deus e seu Messias será a marca
registrada do fim dos tempos.
Alguns intérpretes veem na palavra Armagedon uma transliteração do hebraico
Armegido, que significa “colina ou montanha de Megido”. É também “lugar das
multidões” ou também “destruição final”.
Na verdade, esse é um dos lugares no mundo onde mais sangue já foi derramado. A
Batalha do Armagedom será o encerramento da Grande Tribulação. O anticristo (a
besta) convocará todas as nações do mundo para, neste lugar, destruir toda a nação
de Israel. Mas, no prelúdio desta batalha, Israel se converterá em escala nacional (Zc
12.10; 13.1; Is 4.3; Rm 9.29; 11.25-27).
Nesse dia haverá uma mortandade tão grande que João viu um anjo convidando as
aves do céu para um grande banquete (Ap 19.17-18).
A batalha de Armagedom – na verdade Jerusalém – será o combate mais
anticlimático da história. À medida que João descreve os exércitos reunidos de ambos
os lados, esperamos testemunhar um conflito épico entre o bem e o mal. Mas não
importa quão poderoso alguém seja na terra, tal indivíduo não é páreo para o poder
de Deus.
IX. O MILÊNIO
Com a vitória de Cristo sobre o anticristo na Batalha do Armagedom, se seguirá o
Milênio. O Milênio terá início exatamente no final da Grande Tribulação, onde as
nações serão julgadas e Israel será exaltado.
A palavra milênio vem do latim mile e annus, portanto, mil anos. Às vezes é usada a
palavra grega quiliasmo originária de uma doutrina oriunda em Ap 20.1-10, onde o
diabo aparece sendo aprisionado por mil anos.
O milenismo (doutrina do milênio) tem aparecido dentro das tradições, tanto cristãs
quanto não cristãs. Os teólogos e sociólogos têm encontrado a crença milenista entre
povos não ocidentais, mas têm debatido se estes aparecimentos da doutrina são ou
não baseados na influência da pregação cristã. A maioria dos teólogos cristãos
acredita que o milenismo baseia-se em matéria escrita por autores judaico-cristãos,
especialmente nos livros de Daniel e Apocalipse. O milenismo varia bastante, por isso
vale a pena apresentarmos aqui algumas dessas variantes:
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 29
AMILENISMO
O amilenismo declara que a Bíblia não prediz um período de reinado de Cristo na
terra antes do último juízo. Segundo esse ponto de vista, haverá um desenvolvimento
do bem e do mal no mundo até a segunda Vinda de Cristo, quando então, os mortos
serão ressuscitados e o juízo, levado a efeito.
Os amilenistas acreditam que o Reino de Deus está presente no mundo agora, pois o
Cristo vitorioso está reinando sobre sua Igreja mediante a Palavra e o Espírito Santo.
Eles acreditam que o reino futuro, glorioso e perfeito refere-se à nova terra e à vida no
céu. Assim, Apocalipse 20 é uma descrição das almas dos crentes mortos reinando
com cristo no céu. A teoria amilenista interpreta Ap 20.4ss, como sendo algo
simbólico e não literal. Para os amilenistas, não haverá nenhuma era áurea na terra.
Alguns amilenistas veem o Milênio como um símbolo do descanso eterno no céu. A
fraqueza dessa teoria é que ela ignora as predições do Antigo Testamento.
PÓS MILENISMO
A teoria pós-milenista enfatiza os aspectos atuais do Reino de Deus que chegarão à
frutificação no futuro. Os pós-milenistas ensinam que o Milênio virá mediante a
pregação do Evangelho. Acreditam que essa nova era (o Milênio) em essência, não
será diferente da atual, e que ela virá a existir à medida que um número cada vez
maior de pessoas se converter a Cristo. Dizem os pós-milenistas que o mal não será
totalmente eliminado no Milênio, mas será reduzido ao mínimo, à medida que a
influência espiritual aumentar. O pós-milenismo afirma que a Igreja terá maior
importância no milênio, e que os problemas sociais e econômicos serão solucionados.
A teoria pós-milenista ensina que Cristo voltará no final do Milênio (apesar de que o
Milênio pode ser mil anos literalmente, mas também um número simbólico) para a
ressurreição dos mortos e para o Juízo Final.
PRÉ MILENISMO
O pré-milenismo crê que a volta de Cristo será antecedida por sinais que incluem
guerras, terremotos, fomes, a pregação do Evangelho a todas as nações, uma grande
apostasia, o aparecimento do anticristo e a Grande Tribulação. Esses eventos
culminam na Segunda Vinda que resultará num período de paz e justiça, quando
então, Cristo e seus santos controlarão o mundo. Esse domínio é estabelecido
repentinamente através de métodos sobrenaturais, ao invés de, gradativamente, no
decurso de um longo período de tempo por meio da conversão de indivíduos. Os
judeus figurarão com destaque na era futura, pois o pré-milenista acredita que serão
convertidos em grande número e voltarão a ter um lugar de destaque na obra de
Deus. A maldição será removida da natureza e até mesmo o deserto produzirá safras
abundantes. Cristo refreará o mal durante essa era pelo emprego de poder autoritário.
No final dessa era de ouro haverá uma rebelião dos ímpios contra Cristo e seus
santos. Essa revelação da iniquidade será esmagada por Deus. Os mortos não
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 30
cristãos serão ressuscitados, o Juízo Final será realizado e os estados eternos do céu
e o inferno serão estabelecidos. Muitos pré-milenistas têm ensinado que durante os
mil anos os crentes mortos ou martirizados serão ressuscitados com corpos gloriosos
(Ap 20.4-6) e conviverão com os outros habitantes da terra. Mas, outros entendem
que tais crentes que ressuscitarão no final do Milênio se ajuntarão a todos os santos
de todas as épocas num reino espiritual.
O PRE MILENISMO – PRE TRIBULACIONISMO
Os pré-milenistas-pré-tribulacionistas acreditam que primeiro ocorrerá o
Arrebatamento da Igreja, depois a Grande Tribulação e no final da Grande Tribulação,
com a derrota do anticristo realizada por Cristo, será estabelecido o Milênio. Serão mil
anos de paz e prosperidade na terra. No final do Milênio ocorrerá a segunda
ressurreição e o Juízo Final. Cremos nisso com base bíblica. O grande problema do
pré-milenismo está em explicar como será o reino milenal: um reino espiritual
(invisível) ou um reino físico (visível). Alguns pré-milenistas acreditam que o Reino de
Cristo junto à sua Igreja no Milênio será invisível.
Alguns fatos no Milênio
1. Revelação universal de Jesus Cristo. (Ap 19.11ss; Dn 7.13-14). Cristo
reinará. A nação de Israel se converterá a Ele. Todas as nações lhe prestarão
lealdade (Am 9.11-15; Is 14.1,2; 61.6-11; 62.1-7).
2. O novo paraíso. Toda a vida, em seu aspecto científico, social e espiritual,
fará progressos impressionantes. O mal será removido da face da terra. A
duração da vida dos homens será fantasticamente aumentada (Is 65.20).
3. Jerusalém será a capital do mundo (Is 2.2; 66.20; Jr 3.17; Sf 3.13-20; Zc 14.16).
4. Nova alegria no Senhor (Is 9.3; 12.1-6; 35.10; 65.18).
5. O mau não será tolerado (Is 2.4; 11.4; 60.12).
6. A guerra será eliminada (Is 2.4; Zc 9.10).
7. Toda oposição a Deus será neutralizada (1Co 15.24-28).
8. Haverá paz sem fim (Is 9.7; 19.21-25).
9. Justiça para todos (Sl 72.2-4; 12,14; Is 11.4,5).
10. Restauração e fertilidade da terra (Sl 72.16; Am 9.13,14).
11. Adoração universal (Is 66.23; Zc 14.17).
12. Reconstrução do templo (Ez 37.27,28).
13. A terra será renovada e a paz governará junto com a santidade (Is 2.3,4).
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PROPÓSITOS DO MILÊNIO
1. Evitar a destruição total do globo terrestre e sua população.
2. Estabelecer o Reino de Cristo sobre a terra e seu conhecimento, e assim, o
pleno conhecimento de Deus entre todos os povos.
3. Quebrar o poder do mal (satanás).
4. Prover um teste final para a humanidade.
5. Levar Israel ao seu lugar legítimo e profetizado.
X. GOGUE E MAGOGUE - A ÚLTIMA GRANDE GUERRA
“Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem dirige o teu rosto contra Gogue, terra de
Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e Tubal, e profetiza contra ele. E dize: Assim diz o Senhor
Deus: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Mesque e de Tubal; E te farei voltar, e
porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos
vestidos com primor, grande multidão, com escudo e rodela, manejando todos a espada”. (Ez. 38.1-4).
“E sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuní-las
para a peleja. O número dessas é como a areia do mar” (Ap 20.8).
Gogue e Magogue. Esses nomes aparecem somente no Apocalipse. O significado
deles se torna evidente quando examinamos as outras passagens bíblicas que falam
de Gogue e Magogue. Este símbolo vem de Ezequiel 38 e 39. No capítulo 36, Deus
prometeu a restauração de Israel. No capítulo 37, outras mensagens reforçam esta
promessa. De repente, no capítulo 38, Gogue de Magogue ajunta um exército das
nações ímpias e invade Israel restaurada. Deus peleja contra Gogue e suas nações e
os ímpios são destruídos e enterrados no capítulo 39. A comparação das nações
citadas em Ezequiel 38.2-6, 13 com as linhagens dos povos em Gênesis 10 mostrará
que não são descendentes de Sem, o antepassado do povo santo. O uso destes
nomes representa os povos ímpios que se levantam contra o Reino do Senhor e
contra o seu povo escolhido. O resultado naquele contexto foi a derrota total de
Gogue e seus aliados.
No final do Milênio, satanás será solto. Então ele seduzirá todos os reinos da terra a
fim de saquear Jerusalém pela grande riqueza que foi acumulada no período do
Milênio, riquezas que foram tributadas pelas nações da terra. Satanás enganará os
homens com muita facilidade, pois esse é o seu ponto fraco (cobiça), porém, Deus
fará fogo descer do céu e destruirá o diabo com toda a sua organização (Ap 20.7-9).
O fogo descerá do céu, mas não destruirá apenas satanás, mas também todo este
mundo em que ele introduziu o pecado (Is 31.9; 66.15,16; 2Ts 1.8; 2Pe 3.7). Somente
aí é que virá o fim do mundo (Ap 20.10,11).
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XI. O JUÍZO FINAL E A SEGUNDA RESSURREIÇÃO
“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e
o céu, e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11).
João tomara por empréstimo a cena de um tribunal para ensinar uma grande verdade
espiritual no tocante ao juízo. O Rei de todos é agora o Juiz de todos. Deus aparece
sentado e os culpados, os acusados, acham-se de pé diante dEle.
O Trono aparece isolado - Essa cena espiritual não menciona qualquer presença de
anjos ou hostes celestiais. Todos os olhos se fixarão diretamente sobre o Trono. O
vasto e rebrilhante trono ocupa todo o espaço da visão. Os próprios céus e a terra
não mais podem ser vistos, ou porque deixaram realmente de existir, em antecipação
à nova criação, ou porque, por causa da visão do Grande Trono Branco, o resto da
criação se tornou como nada em comparação da infinita grandeza do Trono.
O Trono é grande – É de vastíssimas dimensões, enchendo o campo inteiro de
nossa visão; expulsa de vista todos os outros elementos. Trata-se de um infinito
julgamento diante do qual está o que é finito (o pecador).
O Trono é branco – Resplandece de pureza e de santidade divina, o que exige
justiça, castigo, julgamento, purificação e retribuição. O Trono de Deus é visto nesse
novo aspecto, algo inteiramente diverso de tudo quanto antes fora dito, tanto no
Antigo quanto no Novo Testamento.
O juízo será inflexível em sua justiça – O que temos agora à frente não é todo um
processo de julgamento, mas a declaração da sentença divina contra aqueles que já
foram declarados culpados. O grau da punição de cada um, entretanto, será
determinado pelas usas obras (Ap 20.13).
“... fugiram a terra e o céu...” – Provavelmente isso deve ser entendido literalmente
como o fim da antiga criação (Ap 21.1; 2Pe 3.12). não se pode pensar em mera
“renovação por meio do fogo”. Antes, o que é antigo desaparecerá de vez, e uma
criação inteiramente nova virá à existência.
“ ... e não se achou lugar para eles” – Em outras palavras, nenhum espaço será
achado para a antiga criação, nem mesmo os antigos lugares celestiais. A nova
criação será exatamente isso, algo total e radicalmente novo. E isso será precedido
pelo colapso da criação antiga, incluindo o julgamento final. O apóstolo João em sua
visão, não se preocupou com argumentos razoáveis que expliquem a dificuldade do
Trono existir em um vácuo, não haverá mais nem céus e nem terra, ou onde se
assentarão os que estiverem sendo julgados, pois parece que isso será em um
tribunal celeste. Tudo isso, porém, está fora de lugar, pois João alude à renovação de
tudo nos termos mais absolutos. Logo após o julgamento do Grande Trono Branco e a
destruição do mal, começarão as eras intermináveis da eternidade. Até esse tempo,
se computarão as coisas pelo seu começo e o seu fim, mas de agora em diante se
iniciará a eternidade futura.
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 33
XII. A NOVA JERUSALÉM
Assim como a antiga Jerusalém se tornara capital da terra durante o milênio, assim
também agora, no estado eterno, haverá uma capital. A Nova Jerusalém será morada
eterna dos salvos e foi ela a verdadeira esperança de Abraão (Hb 11.8-10). Acidade
foi mostrada a João quando estava na ilha de Patmos (Ap 21.2). ele conta que viu um
objeto quadrangular aparecer no céu, a princípio não parecia muito rande, mas na
medida em que foi se aproximando dele, começou a perceber a enormidade e a
magnificência da cidade na forma de um grande edifício.
E agora? O que seria aquilo? Ele deve ter pensado... Para que seria? Mas logo veio a
resposta (Ap 21.3-8). Ele agora começava a entender que era a morada dos santos.
Logo após, João foi arrebatado por um anjo e levado para um alto monte, talvez um
planeta, porque de outra maneira ele não poderia contemplar a grandeza de toda a
cidade por causa do seu tamanho descomunal, medindo 2.200 km, tanto de altura
como de largura e de comprimento. A cidade tem a glória de deus, sendo Jesus
O que Deus tem preparado para nós só pode ser algo que ainda não foi descrito ou
decifrado humanamente em palavras, como o próprio apóstolo Paulo nos disse em
Coríntios 2.9: ''Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não
ouviu, e não subiram ao coração homem, são [todas] as [coisas] que Deus preparou
(fez e as deixou prontas) para que os que o amam [que são aqueles que O mantêm
em profunda reverência em amor, obedecendo-O prontamente e, com ações de
graça, reconhecendo os benefícios que Ele os deu por honra].''
Se é que teríamos condições de descrever tudo isso, diríamos que se trata de uma
felicidade eterna. Alguns autores definem a Eternidade como um momento infindável
de felicidade. Mas não é somente um momento, mas sim um local físico de infindável
felicidade. Haverá, então, uma dissolução dos céus e a terra atuais no final do
Milênio, conforme apontam as Escrituras.
Poderíamos aqui enumerar ainda outros detalhes da descrição da Eternidade, porém,
agora é com você, amado leitor. Sugerimos que leia Apocalipse 21 e 22 para que
você mesmo descubra outros detalhes e comece a refletir o quanto Deus é
maravilhoso e quão grande é Seu amor, a ponto de preparar algo tão lindo e
maravilhoso para aqueles que O amam.
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 34
CONCLUSÃO
Ao final deste estudo, amado leitor, o nosso desejo é que o mesmo seja um
instrumento para você se fortalecer persistir, nunca desviar ou desistir do Evangelho,
Nosso objetivo é alertar a igreja de que ela precisa ser restaurada, curada e adomada
adequadamente para receber o Noivo (Jesus Cristo) dignamente. Ora, Ester não
passou um ano se adornando para receber bem o rei Assuero (Ester 2.12)? O livro de
Ester é exatamente uma figura do que a Noiva de Cristo tem que fazer no final dos
tempos.
“Mas em todas estas coisas, somos mais do que vencedores, por aquele que nos
amou”. (Rm. 8.37).
BIBLIOGRAFIA
SETAD – Curso de Escatologia.
CHAMBERS, Joseph. A Palace for the Antichrist: Saddam Hussein’s Drive to Rebuild
Babylon and Its Place in Bible Prophecy. Green Forest, AR: New Leaf Press, 1996.
LINDSEY, Hal. O extinto grande planeta terra.
PINTO, Carlos Osvaldo Cardoso. Escatologia. Seminário Bíblico Palavra da Vida –
Atibaia.
PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. São Paulo: Editora Vida, 1998.
CABRAL, Elienai. O Arrebatamento. Ministério Cristocêntrico.
http://www.chamada.com.br
http://escoladominical.assembleia.org.br/licao-1-escatologia-o-estudo-das-ultimas-
coisas/
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
16º MÓDULO BACHAREL: Setembro / Outubro 2017
DISCIPLINA: Escatologia
DOCENTE: Ap. Natanael Solís
NÚCLEO: El Shaddai - SP
DIA/AULA: Quarta-feira
DATA
AULA
PÁG.
CONTEÚDO
OBS.
13/09/17
1ª
3 - 4
* Apresentações
* Leitura do Plano de Ensino
Introdução
I. Definições e Conceitos
2ª
5
II. Eventos Escatológicos
20/09/17
3ª
6 - 11
III. A Morte
IV. A Doutrina da Ressurreição
4ª
12 - 18
V. O Arrebatamento da Igreja
VI. O Tribunal de Cristo
27/09/17
5ª
19 - 26
VII. A Grande Tribulação
6ª
27 - 30
VIII. A Guerra do Armagedom
IX. O Milênio
04/10/17
7ª
31 - 32
X. Gogue e Magogue
XI. O Juízo Final
8ª
33 - 34
XII. A Nova Jerusalém
Conclusão
Avaliação e Entrega de Trabalho
ITER – Instituto Teológico Renovação Escatologia 36
ITER - PLANO DE ENSINO - CURSO DE TEOLOGIA (BACHAREL)
DISCIPLINA: ESCATOLOGIA DOCENTE: Ap. Natanael Solís CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA
EMENTA: A disciplina contém: Objetivos Gerais e Específicos, Conteúdo Programático, Metodologia, Sistema de Avaliação,
Cronograma de Desenvolvimento da Disciplina e Bibliografias Gerais, Especificas e Anexas ou Complementares.
DESCRIÇÃO: Um curso com uma abordagem detalhada dos eventos escatológicos à luz da Bíblia. PROPÓSITO Despertar no aluno um desejo de estudar Escatologia; capacitá-lo a entender com clareza as profecias sobre os eventos dos finais dos tempos visando edificação da sua fé, firmeza na sua esperança de vida eterna e desafiá-lo a viver em santidade através desta esperança gloriosa prometida por Jesus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ao final do curso o aluno deverá ser capaz de:
o Entender e descrever com clareza as profecias bíblicas no contexto escatológico. o Entender com clareza os pontos de vistas escatológicos divergentes. o Escolher e defender seu ponto de vista escatológico através de um estudo detalhado à luz do que aprendeu. o Descrever com clareza e argumentos convincentes, os eventos escatológicos em ordem cronológica.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
o INTRODUÇÃO
I. Definições II. Eventos Escatológicos III. A Morte IV. A Doutrina da Ressurreição V. O Arrebatamento da Igreja VI. O Tribunal de Cristo VII. A Grande Tribulação VIII. A Guerra do Armagedom IX. O Milênio X. Gogue e Magogue – a Última Grande Guerra XI. O Juízo final e a Segunda Ressurreição XII. A Nova Jerusalém o CONCLUSÃO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
o PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. São Paulo: Editora Vida, 1998.
o WOOD, Leon J. A Bíblia e os Eventos Futuros – Panorama da Escatologia Bíblica. São Paulo. Ed. Batista Regular, 2003.
METODOLOGIA DE ENSINO As aulas serão ministradas obedecendo a seguinte metodologia:
o Expositivo-dialogais. o Leituras e análises de textos selecionados. o Audiovisuais (Slide/Multimídia/Vídeos). o Trabalhos escritos pesquisas/resenhas.
SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO:
A Avaliação será baseada nos seguintes critérios: Seminários\dinâmicas em grupos\pesquisas escritas\ participação\ trabalho em classe\aulas expositivas\vídeo aula e pesquisa de campo e Provas.
AVALIAÇÃO E TRABALHOS:
o Elaboração de Trabalho estipulado pelo professor. Trabalho Individual ou em Grupo. o Siga as orientações da Metodologia Científica a serem adotadas no trabalho. Serão enviadas ao aluno via e-mail. o Avaliação e entrega de Trabalho previstas para quarta-feira 04/10/2017.