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Disciplina: Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo II Professor: Daniel Deminice

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Page 1: Disciplina: Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo II Professor: Daniel Deminice

Disciplina: Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo II

Professor: Daniel Deminice

Page 2: Disciplina: Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo II Professor: Daniel Deminice

Bruno Henrique Soares de OliveiraLarissa Cristina CorrêaLarissa da Silva Costa

Larissa Fernandes de FreitasRoberta Gabriela Cassavaro

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Arquiteto e historiador austríaco, diretor da Escola Imperial e Real de Artes Industriais de Viena. Em sua obra, Sitte propõe reavaliar a cidade através de seus espaços existentes, principalmente suas praças.

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“A serenidade inquebrantável das terras do Sul da Itália meridional é, sem dúvida, um dom da natureza; no entanto, as cidades antigas atuavam sobre o espírito humano com a mesma força suave e irresistível desta natureza encantadora, a cuja imagem foram construídas.” (p.14)

“Em um lugar assim, compreendemos as palavras de Aristóteles, que resume os princípios da construção urbana ao dizer que uma cidade deve ser construída para tornar o homem ao mesmo tempo seguro e feliz.” (p.14)

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Busca-se “a análise, sob um aspecto puramente técnico-artístico, de cidades antigas e de cidades modernas, com o intuito de pôr a descoberto os motivos de sua composição, enquanto a análise do todo servirá à busca de uma saída para nos libertar do sistema moderno de blocos de edifícios e, à medida do possível, para nos resgatar da tendência ao aniquilamento das belas cidades antigas, ao mesmo tempo permitindo o florescimento de uma produção equivalente à dos mestres antigos.” (p.15)

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“A regularização traçado das ruas é a meta de todos eles, um objetivo puramente técnico. Um traçado de ruas serve apenas à comunicação, jamais à arte.” (p.100)

“Artisticamente relevante só é aquilo que pode ser visto como um todo, ser apreendido em sua totalidade – portanto, uma única rua, uma única praça.” (p.100)

“O sistema retangular é usado com maior frequência (...) todas as ruas se devem interceptar perpendicularmente, e que cada uma deve seguir em ambas as direções até perder-se fora da cidade.” (p.101-2)

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“(...) dependendo das circunstâncias, pode originar-se um congestionamento, pois um veículo deve esperar um outro passar para então prosseguir.” (p.103)

“A situação é ainda pior para os pedestres. A cada cem passos são obrigados a sair da calçada para atravessar uma outra rua e não tem condições de prestar a devida atenção à esquerda e à direita por onde passam veículos vindos de todas as direções.” (p.103)

“Podemos observar isso com grande clareza no passeio da Ringstrasse de Viena.” (p.104)

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“Ao contornamos a praça temos sempre a mesma imagem perante os olhos, de maneira que nunca sabemos ao certo onde estamos.” (p.105)

“Este gênero de praça, ornada por uma ilhota de segurança com lampião de gás ou coluna monumental, teve suas manifestações mais antigas em Paris.” (p.106)

“Houve uma continuidade na busca por efeitos de perspectiva, e o ponto central deste sistema se caracteriza pela presença de uma avenida bem larga e fechada.” (p.106)

Surgem os “bulevares” em Paris e os “largos” ou “corsos” na Itália.

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“O moderno jardim público, rodeado por ruas abertas, fica à mercê do vento e das intempéries, sempre coberto de poeira, a menos que suas dimensões gigantescas o protejam disso. Por consequência, todos os modernos jardins abertos fogem a seus objetivos higiênicos, devendo ser evitados pelo público, em especial nas épocas mais quentes do verão, devido à poeira e ao calor.” (p.109)

“(...) os jardins, assim como os edifícios e os monumentos, não deveriam ser dispostos isoladamente no centro de espaços vazios, mas sim encaixados nas construções.” (p.109)

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“A disposição moderna segue o caminho contrário, dividindo tudo em blocos isolados: blocos de casas, blocos de praças, blocos de jardins, tudo circunscrito ao traçado das ruas.” (p.110)

“Há uma lógica (...) o valor máximo de um terreno construído é alcançado, no loteamento do terreno, quando o perímetro de cada bloco construído se torna o máximo em relação à área do terreno.” (p.110)

“Esta é, portanto, a essência do sistema de blocos, onde a arte e a beleza não mais intervêm.” (p.111)

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“Na antiguidade – principalmente em Roma, devido à sua grande importância metropolitana – notamos o desenvolvimento de características modernas à altura de seu espantoso crescimento populacional.” (p.120)

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Gottfried Semper, os Museus Imperiais e a área do novo Palácio Hofburg, em Viena.

“(...) o evidente fracasso na expansão de numerosas cidades é prova suficiente da necessidade da previsão efetiva de alguns elementos.” (p.127)

1.874 - Assembleia Geral da Liga das Associações de Arquitetos e Engenheiros Alemães aprova três pontos fundamentais.

“Este manifesto é uma carta de repúdio unânime a todos os sistemas de loteamento prévio e, portanto, um passo decisivo em direção às melhorias. Entretanto, em nenhum lugar podemos verificar os resultados práticos dessa proposta.” (p.127)

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“Sem planos urbanos e sem normas, cada construtor trabalharia de um jeito diferente, pois já não mais existe uma tradição artística sólida e vivida em todos nós (...)” (p.129)

“(...) não é possível iniciar o plano de loteamento de uma nova parte da cidade sem antes haver esboçado uma imagem dos objetivos propostos por ela e das praças e edifícios públicos que lhe serão destinados.” (p.130)

“Esta falta de programa encontra sua melhor expressão no conhecido sistema de blocos de edifícios.” (p.131)

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Existência de um programa; Abertura de um concurso público; Construções combinadas; Aproveitamento de eventuais panoramas

oferecidos pela geografia local; Garantir as reivindicações artísticas nas

principais ruas e praças, enquanto as áreas secundárias teriam seu terreno valorizado;

Edifícios de tamanhos variados; Evitar a repetição contínua de um único

modelo.

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“Todo esse estudo é uma comprovação definitiva de que é possível evitar tanto a costumeira mecanização dos projetos urbanos modernos, quanto a renúncia às belezas da arte e a todos os méritos alcançados no passado. Não é verdade que o tráfego moderno nos obrigue a isso, nem que as necessidades sanitárias o tornem imprescindível; é simplesmente a falta de ideias, a comodidade e a má vontade que condenam a nós, habitantes das cidades modernas, a viver toda a vida em quarteirões massivos e regulares, com um visão sobre blocos de apartamentos eternamente idênticos, suportando eternamente o mesmo traçado de ruas.” (p.143)

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SITTE, Camillo. A construção das cidades segundo seus princípios artísticos. São Paulo: Ática, 1.992. 239p.