discipulado na nova era, i - em português

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    DISCIPULADO NA NOVA

    ERA

    VOLUME I

    Por

    Alice A. Bailey 

    (Mestre Tibetano Djwhal Khul) 

    COPYRIGHT © 1944 por Lucis Trust

    COPYRIGHT RENOVADA © 1972 por Lucis Trust

    (http://www.lucistrust.org/online_books/discipleship_in_the_new_age_vol_i_obooks)

    DEDICADO A REGINA KELLER

    Uma companheira de discipulado que há mais de 20 anos andou comigo

    no Caminho

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    PREFÁCIO

    Este livro é, em muitos aspectos, único. Tanto quanto eu sei, nadacomo ele foi publicado até agora. Ele contém duas séries deconversações dadas por um dos Mestres da Sabedoria para algunsmembros de seu grupo interno, e também uma série de instruçõespessoais, dadas por ele a um grupo de Seus discípulos. Muitas dessaspessoas eram desconhecidas para mim quando foram trazidos à minhaatenção; alguns deles conheci depois e outros nunca; alguns deles eucheguei a conhecer muito bem e conseguimos entender por que tinhamsido escolhidos, sabendo que sua dedicação à vida do espírito e seuamor à humanidade mereceram sua escolha. Um ou dois foramconsiderados por mim como escolhas inadequadas; mais tarde eu altereimeu ponto de vista, e reconheci que uma mente mais sábia que a minhaera responsável por sua inclusão no Ashram1. Aprendi também que osrelacionamentos antigos, estabelecidos em outras vidas, também foramfatores condicionantes e que alguns tinham ganhado o direito de serincluídos, mesmo que suas realizações espirituais parecesseminadequadas para o espectador.

    Uma boa parte do ensinamento dado é nova em sua forma, e outraparte é nova, de fato. Um ponto que emerge com clareza é que: asvelhas regras a que se submeteram os discípulos no decorrer dosséculos, ainda são válidas, mas estão sujeitas a interpretações novas emuitas vezes diferentes. O treinamento a ser dado durante a próximaNova Era será adequado para o desenvolvimento em seu tempo. Oprogresso evolucionário  –  de século para século  –  apresenta umamadurecimento constante e um desenvolvimento contínuo da mentehumana, sobre o qual o Mestre pode trabalhar. Assim, os padrões do

    discipulado estão se tornando cada vez mais altos. Isso, por si só, exigeuma nova abordagem, uma apresentação mais ampla da verdade e umamaior liberdade de ação por parte do discípulo. O elemento tempotambém é diferente. Nos velhos tempos, o Mestre dava ao seu discípulouma pista ou um ponto sobre o qual refletir e meditar, ou lhe sugeriaalguma necessidade de mudança nos hábitos de pensamento. Então, o

    1 Ashram, na antiga Índia, era um eremitério hindu onde os sábios viviam em paz e tranquilidade

    no meio da Natureza. Hoje, o termo ashram é, normalmente, usado para designar umacomunidade formada intencionalmente com o intuito de promover a evolução espiritual dosseus membros, frequentemente orientado por um místico ou líder religioso.

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    discípulo se retirava, às vezes por anos, às vezes por uma vida inteira erefletia e ponderava, e tentava alterar suas atitudes sem qualquersentido particular de pressão. Hoje, em nossos tempos mais aceleradose quando a demanda da humanidade por ajuda é tão manifesta, asugestão tem dado lugar a explicação, e confiada ao discípulo

    informação até então retida. Considera-se que o discípulo chegou a umafase de desenvolvimento que pode tomar suas próprias decisões eavançar com mais rapidez, se assim o desejar.

    Certas razões concretas levaram-me a tornar estas instruçõesdisponíveis para os aspirantes em todos os lugares, depois de solicitara permissão de quem as recebeu. Uma deles é a necessidade dechamar a atenção do público em geral para o fato de que a Hierarquia

    existe, de que seus membros estão interessados no progresso humanoe que não há um sistema definitivamente planejado de treinamentooferecido por eles, capaz de tirar um homem do reino humano e levarpara o Reino de Deus; este progresso do quarto para o quinto reino nocaminho da evolução pode ser feito de forma consciente ecientificamente, e com o pleno consentimento e cooperação doaspirante. O dia chegou, no qual a crença pode (e o faz) dar lugar aoconhecimento – um conhecimento obtido através da aceitação de uma

    hipótese, em primeiro lugar, e da convicção de que esta hipótese éapoiada pelo testemunho adequado e experiência planejada. A menteracional do discípulo pode, então, aprender as lições designadas pelossucessos e fracassos que encontra em seu treinamento. Em seguida,ele descobre que o progresso no Caminho traz um homem a um maisíntimo e consciente contato com aqueles que trilharam este caminhoantes dele, e que o caminho para a Hierarquia exige disciplina, aumentode iluminação, serviço aos seus semelhantes e uma capacidade de

    resposta crescente aos contatos e indivíduos, dos quais o ser humanomédio nada sabe.

     A segunda razão para a publicação deste livro é a necessidade demudar o ponto de vista do público em geral quanto à natureza dessesMestres que aceitam discípulos, e que lhes dão treinamento necessáriopara que possam receber a iniciação (como é chamada), o que deve chegar  ao conhecimento das massas. Tanta estupidez tem sido dita e

    escrita sobre a relação entre Mestre e discípulo, que sentimos anecessidade de demonstrar que, quando um membro da Hierarquia

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    mostra sabedoria, amplitude de visão, e entendimento, e declina de suaautoridade, nada pode fazer a não ser o bem. Descobrimos também queo Mestre consentiu que Suas instruções fossem publicadas.

     A terceira razão para a publicação destas instruções era o desejo

    de deixar claro um ponto que é continuamente enfatizado pelo Tibetanoe pelos Mestres, e que é de grande importância para todo aspirante.Somente aqueles que estão começando a ser influenciados econtrolados por suas próprias almas e estão, portanto, mentalmentecentrados e sintonizados, são elegíveis para o treinamento oferecidopela Hierarquia. Devoção, reações emocionais e sentimento não sãosuficientes. O treinamento esotérico também é um assunto impessoal;diz respeito ao desenvolvimento da consciência da alma e à expansão

    dessa consciência para incluir, e não excluir, todas as formas de vidaatravés das quais palpita a vida e o amor de Deus. O verdadeirodiscípulo é sempre inclusivo e não exclusivo. Essa inclusividade é amarca registrada do verdadeiro esotérico. Onde está faltando temos umaspirante, mas não um verdadeiro discípulo. Há demasiadaexclusividade existente hoje entre esotéricos e em escolas de ocultismoe muito separatividade teológica. Considerou-se que este livro deinstruções contribuirá muito para compensar essa tendência errônea e

    pode ajudar a abrir ainda mais a porta para o Reino de Deus.

    Grande parte do conteúdo deste livro é nova. Grande parte é muitoantiga, experimentada e comprovada. Nenhuma das pessoas escolhidaspara este treinamento e para a inclusão no ashram do Mestre é santa ouperfeita. Todos são, no entanto, verdadeiros aspirantes e continuarão asê-lo até o fim, apesar da dor e tristeza, da disciplina, sucesso, fracasso,alegria; todos reconhecem espiritualmente esses objetivos quase

    inatingíveis. Alguns estiveram neste caminho do Discipulado Aceito(tecnicamente entendido) por muitas vidas. Outros estão se aventurandopela primeira vez – de forma consciente e com deliberado esforço  – atrilhar o caminho para Deus. Todos são místicos, que estão aprendendoa ser ocultistas. Todos são pessoas normais, que vivem uma vida útil emoderna em diversos países do mundo. Alguns são cristãos, ortodoxos,protestantes; outros são católicos romanos; e alguns pertencem àCiência Cristã ou a outros cultos mentais; vários são independentes e

    livres de qualquer afiliação. Nenhum deles acha que sua crençaparticular ou sua origem religiosa são essenciais para a salvação; sabem

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    que a única crença essencial é a crença nas realidades espirituais e nadivindade essencial da humanidade. Essa crença envolvenecessariamente um coração cheio de amor, uma mente aberta eiluminada pela orientação direta à verdade, e uma vida dedicada aoserviço e ao alívio dos sofrimentos humanos. Tal é o objetivo

    determinado por todos cujas instruções são encontradas neste livro – umobjetivo que ainda não alcançaram e um modo de vida ainda nãoaperfeiçoado. No entanto, seguem inalteravelmente seu caminho, e estecaminho é o Caminho. Cristo disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade e aVida"; estes aspirantes, trabalhando sob um grande discípulo do Cristo,estão começando a compreender alguns dos significados e implicaçõesde tal declaração, que é válida para todos os tempos e discípulos, porque"como Ele é, também somos nós neste mundo."

    O trabalho com este grupo em particular começou há 12 anos. Asinstruções a cada membro foram dadas em sequência ordenada, anoapós ano, de modo que uma imagem real da pessoa em questão, seusproblemas, sua realização ou ausência de resultados, emergeclaramente. Este livro é encorajador porque contraria a ideia de que parase tornar discípulo aceito deve-se possuir um caráter excepcionalmenteperfeito e, portanto, destacar-se pela aspiração que inspira sua vida.

    Estas pessoas têm problemas, e se esforçam para resolvê-los; têmlimitações características que estão se esforçando para superar; sãoverdadeiros exemplos de homem ou mulher que vira as costas para aabordagem usual de lidar com os assuntos materiais mundiais, e levamsua cruz, a fim de encontrar o caminho de retorno à casa do Pai;exemplificam para nós o homem que, tendo "colocado a mão no arado,"continua em frente "para o prêmio de sua mais alta vocação em Cristo".

     Algumas dessas pessoas foram estudantes da Escola Arcana;outras nunca o foram; outras ainda (quando ouviram da existência daescola através de sua afiliação com O Tibetano) trabalharam nela, a fimde ajudar os estudantes. Seus nomes não serão divulgados. As iniciaisencabeçando as várias instruções e as datas atribuídas são supostas;provavelmente as instruções não foram recebidas nas datas indicadas eas iniciais do nome de nenhum deles é correta. Nenhuma informaçãoserá dada por qualquer um de nós que conhece a relação entre as

    iniciais e o discípulo, ou responderão as dúvidas sobre sua identidade.

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    É o objeto do ensino que é importante e não o nome do discípulo, porqueo que é ensinado é aplicável a todos os aspirantes.

    Outra razão pode ser mencionada aqui como indicativa do valordeste livro. Em todos os casos, é informado ao discípulo o tipo de energia

    a que ele responde mais facilmente, e sob qual raio ou emanação divinaele se encontra. Ele, portanto, torna-se consciente do que constitui sualinha de menor resistência e onde reside o ponto principal de conflito emsua vida.

    Somos ensinados na filosofia esotérica que sete grandes divinasEmanações, Eons ou Espíritos (em Quem vivemos, nos movemos etemos nosso ser) vieram de Deus no momento da criação. O mesmo

    ensinamento também pode ser encontrado na Bíblia Sagrada. As almasde todas as formas de vida encontram-se em um ou outro desses seteRaios, bem como as próprias formas. Estes sete raios produzem os seteprincipais tipos psicológicos. Estes sete raios ou emanações são2:

    1. O primeiro Raio de Vontade ou Poder. Muitos grandes governantes domundo são encontrados neste raio, como Júlio César.

    2. O segundo Raio de Amor-Sabedoria. O Cristo e o Buda se encontramneste raio. É o grande raio do ensinamento.

    3. O terceiro Raio da Inteligência Ativa. A massa da humanidadeinteligente pertence a este raio.

    4. O quarto Raio de Harmonia através do Conflito. Os aspirantes, pessoasbem-intencionadas, os que se esforçam e lutam, os que trabalham pela

    unidade emergem ao longo desta linha.

    5. O quinto Raio de Conhecimento Concreto ou Ciência. Os cientistas eas pessoas que são puramente mentais e regidas unicamente pelamente.

    2 Maiores informações sobre os esses Raios serão encontrados no Um Tratado Sobre os SeteRaios, em especial na obra integrante deste, Psicologia Esotérica, da mesma autora (N.T)

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    6. O sexto Raio da Devoção ou Idealismo. Muitas pessoas cristãs.Fanáticos religiosos. Inúmeros clérigos sérios de todas as religiões domundo.

    7. O sétimo Raio da Ordem Cerimonial ou Magia. Maçons. Financistas.

    Grandes empresários e organizadores de todos os tipos. Os Executivospossuem estas energias em seus equipamentos.

    No entanto, apenas quando um homem é altamente desenvolvidoe se aproximando do caminho do discipulado é possível para oestudante esotérico saber, com exatidão, a que raio pertence. Pessoasde todos os tipos e profissões são encontradas em todos os raios. Oconflito na vida do discípulo ocorre quando o raio da sua alma e o raio

    da sua personalidade integrada se opõem. Ao mesmo tempo, suanatureza emocional, seu equipamento mental e seu cérebro físicotambém são controlados por um ou outro dos raios e nesta quíntuplarelação encontra-se grande parte do problema do ser humano emevolução. O Tibetano esclarece aos membros de seu grupo quais sãoos cinco raios que os condicionam, de maneira que os estudantesaprenderão muito se refletirem sobre o exposto. Nos casos que conheçopessoalmente o discípulo envolvido e algo de seus problemas, foi

    surpreendentemente interessante observar como foi infalível odiagnóstico preciso do Tibetano sobre os raios envolvidos. Ao ler estasinstruções, lembrem-se que embora o Tibetano geralmente fale da alma,Ele também usa a palavra "Ego" como sinônimo, significando assim oego espiritual e não o ego pessoal dos psicólogos.

    Não creio que seja sábio dar as meditações de trabalho ou osexercícios respiratórios, exceto em uns poucos casos. Eles eram

    estritamente individuais e adequados para a pessoa e seus problemaspeculiares. Em um ou dois casos, no entanto, após a devidaconsideração, foram inseridas algumas das meditações com ligeirasalterações. Era óbvio que elas poderiam ser úteis.

    No final de cada instrução, nós adicionamos uma ou duas frasesinformando o trabalho do discípulo no Ashram. Isto se revelaráparticularmente esclarecedor como, por exemplo, nos casos de P.D.W.

    e K.E.S. onde O Tibetano mostra definitiva previsão e o conhecimento

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    de que ambos os homens morreriam alguns anos mais tarde.Obviamente, preparando-os para a grande transição.

    Finalmente, eu gostaria de agradecer a todos estes discípulos quetão gentilmente colocaram suas instruções pessoais à minha disposição,

    em um esforço para servir as futuras gerações de discípulos. Em muitoscasos, eles ajudaram a preparar o original para impressão. Gostariatambém de agradecer àqueles que me ajudaram a preparar o texto parapublicação, especialmente Joseph Lovejoy que dedicou muitos dias detrabalho, ajudando-me durante anos na preparação para a publicaçãodos livros do Tibetano.

    Espero que todos os que lerem este livro recebam a inspiração que

    recebemos e também que sua confiança na Hierarquia e na existênciado Cristo e Seus Discípulos, os Mestres, possa receber tal força queimpelirá muitos mais a tentar trilhar o Caminho e juntar-se ao grandenúmero de aspirantes em todos os países que estão buscando trilhar oCaminho, tornando-se, eles próprios, o próprio Caminho.

    Outubro de 1943

    Alice Bailey

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    AS GRANDES INVOCAÇÕES

    Que as Forças da Luz iluminem a humanidade.Que o Espírito da Paz se difunda pelo mundoQue os homens de boa vontade possam unir-se em toda parte num espírito

    de cooperaçãoQue o perdão por parte de todos os homens possa ser a tônica dessa

    épocaQue o poder sirva aos esforços dos Grandes SeresQue assim seja, e ajudai-nos a fazer a nossa parte.

    1935

    Que os Senhores da Liberação se manifestemQue Eles tragam socorro aos filhos dos homensQue o Cavaleiro do Lugar Sagrado venha a nós, e vindo, salveVinde a nós, ó Poderoso Ser

    Que as almas dos homens despertem para a LuzE possam eles permanecer com o propósito congregado

    Que a ordem do Senhor seja proclamada:O fim do infortúnio chegou!Vinde a nós, ó Poderoso Ser

     A hora do serviço da Força Salvadora é chegadaQue ela seja estendida por toda parte, ó Poderoso Ser

    Que a Luz e o Amor e o Poder e a MorteCumpram o propósito d’Aquele Que Vem 

     A VONTADE para salvar está aqui

    O AMOR para conduzir o trabalho está amplamente difundido A AJUDA ATIVA de todos os que conhecem a verdade também está aquiVinde a nós, ó Poderoso Ser, e funde estes trêsConstrói uma grande muralha defensoraO governo do mal deve agora terminar.

    1940

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    De um ponto de Luz na mente de DeusQue flua luz às mentes dos homens.Que a Luz desça a Terra.

    De um ponto de Amor no Coração de DeusQue brote amor nos corações dos homens.

    Que o Cristo volte à Terra.

    Desde o centro onde a Vontade de Deus é conhecidaQue o Propósito guie as pequenas vontades dos homensO Propósito que os Mestres conhecem e a que servem.

    Desde o centro a que chamamos raça dos homensQue se cumpra o Plano de Amor e LuzE que ele vede a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o PoderRestabeleçam o Plano Divino na Terra.

    1945

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    DISCIPULADO NA NOVA ERASEÇÃO UM

    Pelo Tibetano

    CONVERSA COM DISCÍPULOS

    PARTE I

    MEUS IRMÃOS:

    É importante que vocês percebam que algo novo está acontecendo hoje.Emerge um novo reino da natureza, o quinto reino; este é o Reino de Deus naterra, ou o reino das almas. Ele está se precipitando na Terra e será compostopor aqueles que estão se tornando cada vez mais grupo-conscientes e quepodem trabalhar na formação de grupos. Isso será possível, porque essas

    pessoas estão alcançando uma perfeição auto iniciada (embora relativa) e seidentificarão com certas expansões de consciência de grupo. Também o seráporque eles amam seus semelhantes, assim como eles têm amado a simesmos no passado. Pensem sobre isso com clareza, meus irmãos, ealcancem, se puderem, o pleno significado dessa última frase.

    003Sua principal tarefa será resumir e tornar efetivo o trabalho desses dois

    grandes Filhos de Deus, Buda e Cristo. Como sabem, um deles trouxe

    iluminação para o mundo e encarna em si o princípio da sabedoria, e o outrotrouxe amor ao mundo e encarna em si mesmo um grande princípio cósmico – o princípio do amor. O que podemos fazer para tornar seu trabalho eficaz?O processo vai seguir três linhas:

    1. O esforço individual, feito pelo discípulo individual, utilizando a técnica dedistanciamento, de desapego e de discriminação que o Buda ensinou.

    2. Iniciação grupal, tornada possível pelo esforço auto iniciado de discípulosindividuais, seguindo as injunções do Cristo e levando a completa

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    subordinação da personalidade e da unidade ao interesse do grupo e bemdo grupo.

    3. Esforço grupal, levado adiante como um grupo, para amar todos os seres,apreender e compreender o verdadeiro significado da técnica de Aquário

    de amor e trabalho grupal.

    Senti que me ligando a vossas mentes em conexão com o trabalho doBuda e do Cristo posso servir a um propósito útil, e dar-lhes um vislumbre euma indicação de Seus dois sistemas de preparação para desenvolvimento – um preparatório para o discipulado aceito e outro para a iniciação – que sãosequenciais e inter-relacionados. A síntese de Seu trabalho é facilmente vistapor nós que trabalhamos com uma visão e perspectiva mais clara do que ainda

    é possível a vocês.004Estou, portanto, dividindo os meus discípulos em grupos para que eles

    possam trabalhar em diferentes aspectos do Plano, e também preparar oterreno para o trabalho em grupo que vai ajudar muito o indivíduo, mas quetambém irá – acima de tudo – transmitir a tarefa da Nova Era.

    Pretendo, portanto, escrever de uma forma mais detalhada sobre estes

    grupos. Meu tempo é muito limitado e terei que colocar uma grande quantidadede informações nestas conversas e em quaisquer instruções individuais queeu possa transmitir (provavelmente em largos intervalos) aos meus discípulos.Não estou basicamente escrevendo para qualquer um de vocês, mas paratodos, a fim de estabelecer as bases para o trabalho grupal a ser feito nomundo durante os próximos anos. O que digo deve ser lido com cuidado, poisa palavra escrita pode conter vários significados que devem ser pressentidos,de acordo com a intuição – desperta ou não – do aspirante.

    Eu, seu Irmão Tibetano, estou supondo que cada um dos meusdiscípulos tem uma base essencial, pelo menos, e um zelo perseverante quenada deterá. Cada um de vocês começa este trabalho com certascaracterísticas fundamentais; cada um de vocês está começando estaempresa definida de treinamento para a iniciação com certos defeitos, queagem como impedimentos e obstáculos; cada um de vocês tem sidoreconhecido por sua luz e por suas potencialidades e com isto devemos

    forçosamente fazer o melhor que pudermos. Observem, portanto, o problema

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    difícil que confrontarão aqueles que estarão guiando a evolução do mundo eprocurando aqueles que possam ajudar no seu trabalho.

    005Eu ensinarei a vocês. Querendo ou não o que vocês lucram com o

    ensinamento é assunto inteiramente seu; isso é algo que os discípulos da

    Nova Era devem aprender. Não existe tal coisa como obediência oculta, comogeralmente ensinada pelas atuais escolas de ocultismo. Nos tempos antigos,no Oriente, o Mestre exigia de seus discípulos obediência implícita, o querealmente o tornava responsável, e colocava sobre seus ombros o destino ouo carma do discípulo. Essa condição já não existe. O princípio intelectual doindivíduo é agora muito desenvolvido para justificar esse tipo de condição.Portanto, essa condição já não é válida. Na vindoura Nova Era o Mestre seráresponsável pela oferta de oportunidades e pela correta enunciação da

    verdade, e por nada mais. Nestes dias mais esclarecidos, não assumi aposição que assumia o instrutor no passado. Devo falar com franqueza. Eu seiquem são meus discípulos, porque nenhum discípulo é admitido em um

     Ashram sem profunda análise por parte de seu instrutor. Transmitirei porinsinuações e símbolos o que deve ser apreendido, o que será observado ecompreendido por aqueles dentre meus discípulos que têm aberto o ouvidointerno e tem verdadeira humildade de coração. Se o símbolo não forreconhecido, o tempo vai seguir seu curso, e eventualmente, a revelação

    chegará. Não exijo, portanto, nenhuma obediência cega. Mas, no entanto, semeus conselhos e sugestões forem aceitos e vocês decidirem – de sua livrevontade  –  seguir minhas instruções, essas instruções devem ser seguidascom precisão. Além disso, não deve haver a constante busca de resultados efenômenos que impedem o curso e o progresso de muitos pseudo discípulos.

    006Esta é uma experiência também para mim, para aqueles de nós que são

    membros em algum grau da Hierarquia, que necessariamente precisam mudar

    os velhos hábitos e adaptar os métodos antigos para circunstâncias maisatuais e para o avanço da evolução. Muitos discípulos e aspirantes tentaram(talvez devesse ter dito "cansaram", irmão meu, pois eu suponho que ambasas palavras são verdadeiras?) se submeter a experimentos que envolvem aaplicação das regras antigas, de uma forma moderna. Os discípulos deantigamente eram o produto de tempos mais pacíficos. O "chitta" ousubstância mental (como Patanjali o denomina em seu famoso Livro deRegras), não era nem tão altamente desenvolvido, nem foi bem tingido pelo

    pensamento, nem potencialmente tão iluminado. Hoje, o conhecimento édifundido, e muitas, muitas pessoas já estão pensando por si mesmas. O

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    material para o discipulado com que os Mestres têm de lidar e o tipo de pessoaque tem de ser desenvolvida e conduzida em direção à iluminação é de umamaior qualidade e melhor grau, se posso empregar termos tão inadequados.O experimento de mudança de métodos e a implantação de nova técnica detrabalho de grupo têm de ser efetuado, do mesmo modo, no meio do estresse

    e tensão da civilização ocidental. Isto impõe a todos os escolhidos paraparticipar neste trabalho um esforço excessivo, mas se a continuidade épossível e se segue o sucesso, ele tempera o material a um grau maior depoder. Como já foi dito, as florestas do Ocidente são de um tipo diferentedaquelas selvas Orientais. Clamam pela paz em meio ao tumulto; pelaresistência à fadiga; pela persistência, apesar da má saúde; pelacompreensão, apesar do clamor de vida ocidental. O progresso é feito,portanto, apesar de, e não por causa, das condições existentes. Para os

    discípulos, como os que eu estou tentando agora ensinar, não há como seaposentar do mundo. Não há nenhuma condição de paz física e de calma naqual a alma possa ser invocada e na qual o trabalho  – potente em resultados – possa ser alcançado, na calma do silêncio e no restante daquilo que o hinduchama de “Samadhi”  –  o completo desapego do chamado do corpo e dasemoções. O trabalho tem que seguir adiante em meio à miragem. O ponto depaz deve ser encontrado em meio à desordem. A sabedoria deve ser atingidano próprio meio da turbulência intelectual e o trabalho de cooperação com a

    Hierarquia no lado interno da vida deve prosseguir em meio à agitaçãodevastadora da vida moderna nas grandes cidades. Tal é o seu problema e talé o meu problema quando eu procuro ajudá-los.

    007Para mim, há também o problema do desprendimento excessivo de força

    para tentar chegar a cada um de vocês e estudar cada um de vocês emdeterminados intervalos. Há o trabalho de ler suas mentes a longa distância,ver sua luz, e vitalizar suas auras. Isto não foi até agora problema dos mestres

    orientais, exceto em casos muito raros. Aqueles que trabalham agora nomundo moderno, sob os Mestres de Sabedoria, foram submetidos a umprocesso de afinação preliminar e a um treinamento na receptividade duranteuma encarnação ou encarnações anteriores. Não se esqueçam, portanto, queeu também tenho um problema, que estou disposto a confrontar em prol deum mundo carente, e como minha contribuição para apressar a vinda de umanova e mais frutífera era. Vamos, portanto, facilitar os esforços de cada um.

     Asseguro que não há resultados rápidos. O que me comprometo afornecer não trará desdobramentos espetaculares. Os resultados repousam

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    inteiramente em vocês. Eles dependem de sua paciência, da sua exatidão nosdetalhes, da disciplina que vocês estão dispostos a impor em suas vidas e doseu auto esquecimento. Peço-lhes para deixarem os resultados de lado etrabalharem sem o apego de saber ou não, com exatidão, quais são as metasque eu defini para vocês. Peço-lhes que desistam da autoanálise constante,

    que é uma característica marcante do místico ocidental introspectivo, masambicioso... Qual é, portanto, a posição adotada? A posição de que eu, umdentre um grande grupo de discípulos que – desde o mais humilde aspiranteaté o mais alto membro da Hierarquia que liga a humanidade ao reino daespiritual  – posso ensinar-lhes as antigas regras e dar sugestões para quevocês possam viajar mais rapidamente ao longo do Caminho e alcançar maiorutilidade para seus semelhantes. Não há o menor indício de declaração oficialpor um membro da hierarquia que deva ser obedecida e cuja palavra é

    infalível. Isto deve ser lembrado, caso contrário, não será possível trabalhar.Podem entrar elementos perigosos e o presente esforço será por nada. Meuanonimato sempre foi preservado e continuará a sê-lo, embora algunsmembros desse grupo de discípulos me conhecem por quem eu sou. Vocêsme conhecem como um instrutor, como um discípulo Tibetano e como uminiciado de certo grau – qual grau não tem nenhuma importância para vocês.É o ensinamento que importa. Eu sou um iniciado nos mistérios do ser. Estaafirmação em si transmite informações para aqueles que têm conhecimento.

    Vocês sabem também que estou em um corpo humano, e sou um residentedo norte da Índia. Que isso seja suficiente e não deixe a curiosidade perder devista o ensinamento.

    008Chegamos a um empreendimento espiritual. Todos vocês

    voluntariamente e livre de pressões manifestaram sua vontade de avançarpara uma vida espiritual mais intensa. Isso vocês devem fazer na liberdade desuas próprias almas e através do poder de seus próprios intelectos. Vocês

    seguirão as instruções que lhes parecer razoáveis e certas, mas, quandovocês optam por segui-las – devem tentar cumprir as exigências com exatidão.Vocês vão analisar e questionar as exigências que, de vez em quando, vemde mim, e vocês não aceitarão sua crença na inspiração verbal. A linguagemsempre tem desvantagens e limites. Vocês também serão guiados em seutrabalho pela saúde e circunstância, e vocês nunca se lembrarão que Mestresse fazem através da realização da mestria e não por meio da obediência aqualquer pessoa. Vocês devem ter em mente que eu, seu instrutor, não estou

    constantemente ciente de sua condição física ou de suas ações diárias. Eunão me preocupo com os assuntos da personalidade e aqueles aspirantes

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    equivocados que afirmam que os Mestres estão sempre lhes dizendo o quefazer e estão orientando-os nos seus assuntos pessoais ainda estão longe dograu do discipulado aceito. Vocês vão se lembrar que a luz brilhará em umamente que é autocontrolada e livre do domínio mental de outra mente. Comestas ressalvas claramente entendidas, vamos passar para a enunciação de

    certos princípios e à consideração do que é possível fazer.009Primeiro: Que seja constantemente lembrado que o novo discipulado é

    principalmente uma experiência de trabalho grupal e que seu principal objetivonão é o aperfeiçoamento do discípulo individual no grupo. Eu considero estadeclaração básica e essencial. Os indivíduos têm por objetivo completar umao outro e se complementarem, e no agregado de suas qualidades devemeventualmente fornecer ao grupo algo capaz de expressar utilidade espiritual,

    e através do qual a energia espiritual possa fluir para o auxílio da humanidade.O trabalho a ser feito é no plano mental. As esferas de serviço dos discípulosindividuais continuam a ser as mesmas de antes, mas aos diferentes camposde atuação individual, será acrescentada uma atividade e vida grupais, o quese tornará mais claro no decorrer do tempo. O primeiro objetivo é, portanto,fundir e unificar o grupo para que cada pessoa possa trabalhar em estreitarelação mental e em espiritual cooperação com os demais. Issoinevitavelmente leva tempo, e o sucesso deste novo esforço por parte da

    Hierarquia dependerá de uma atitude não-crítica e da afluência do espírito deamor por parte de cada membro do grupo. Isto será relativamente fácil dealcançar para alguns discípulos, mas muito difícil para outros. Além disso,hoje, muitas pessoas de alta qualidade desenvolveram excessivamente amente analítica. Conforme o tempo passa, no entanto, e se faça um verdadeiroesforço, o processo de fusão progredirá. Este, portanto, é o nosso primeiroesforço, pois é o primeiro esforço do grupo de cada Mestre e a realização daHierarquia mesma – a unidade grupal .

    Cada discípulo tem que aprender a subordinar suas próprias ideias decrescimento pessoal às necessidades do grupo  –  a fim de ter um grupocoordenado, funcionando como uma unidade de serviço  – porque enquantoalguns discípulos terão de acelerar seus progressos em certas linhas, outrosterão de desacelerar temporariamente para adequar-se ao ritmo da maioria.Isso acontecerá automaticamente, se a identidade grupal for o fator dominantenos pensamentos de cada discípulo, e o desejo de crescimento pessoal e de

    satisfação espiritual for relegado a um segundo plano. Os grupos dentro decada Ashram estão destinados a trabalhar juntos, eventualmente, da mesma

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    maneira que os vários departamentos de uma grande organização trabalhamde forma eficaz juntos, como uma unidade. Os grupos devem funcionar emharmonia e de forma inteligente. Isso será possível quando os indivíduos deum grupo e os grupos individuais perderem de vista suas próprias identidades,ao realizar um esforço para tornar esta experiência da Hierarquia bem

    sucedida. Os sentimentos, reações, desejos e os enfáticos sucessos doindivíduo não contam. Só é considerado de importância o que promove oesforço grupal e enriquece a consciência de grupo. Só atrai minha atenção,por exemplo, aquilo que traz mais poder espiritual ao meu grupo de discípulosou que aumenta sua luz ou escurece seu esplendor. Deve ser lembrado quesempre considero subjetivamente meu grupo de discípulos como um grupo. Éa total radiância que eu vejo; é o ritmo unido, o tom e a cor unificados que eunoto; é o som que emitem coletivamente que eu ouço. Posso reiterar que, em

    certo sentido, suas individualidades não me interessam, nem as considero deimportância, exceto na medida em que aumentam ou diminuem a vibraçãogrupal. Como personalidades, não importam para nós, os Instrutores do ladointerno. Como almas são de vital importância. Cada discípulo do grupo dequalquer Mestre pode ter muitas fraquezas e limitações que atuam comoobstáculos para o grupo em si. Mas, como almas, estão parcialmentedespertos e vivos, e alcançaram certo grau de alinhamento. Assim é com todosvocês no meu grupo. Como almas eu os estimo, e procuro ajudá-los a se

    elevar, para que alcancem expansão e iluminação. 010Gostaria aqui de salientar um ponto, à medida que consideramos o

    indivíduo no grupo e suas relações grupais. Vigiem cuidadosamente seuspensamentos a respeito uns dos outros, eliminem imediatamente todasuspeita e crítica, e procurem manterem-se mutuamente firmes na luz doamor. Vocês não têm ideia da potência de tal esforço, nem de seu poder paradesatar as amarras de cada um e elevar o grupo a uma altura extraordinária.

    Pela luz pura do mútuo amor podem aproximar-se mais a mim e dosprofessores no lado subjetivo da vida, e chegar mais rapidamente àqueleportão que conduz ao Caminho iluminado. Têm a oportunidade de demonstrarum ao outro o valor científico e o poder do amor, considerado como uma forçada natureza. Façam esforço para demonstrá-lo. Assim, cada um liberará o queé necessário para trazer mudanças potentes e vitais nos padrões e nopropósito de vida dos membros do grupo. O amor não é um sentimento ouemoção, nem é desejo ou um motivo egoísta para ação correta na vida diária.

     Amar é empunhar a força que guia os mundos e que conduz à integração,unidade e inclusividade, e que impele à ação a própria Divindade. O amor é

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    algo difícil de cultivar – tal é o egoísmo inerente da natureza humana; é difícilde aplicar a todas as condições da vida, e sua expressão exige o máximo quepossam dar e o salutar abandono de suas atividades pessoais egoístas.

    Os discípulos do grupo de um Mestre têm que amar-se mutuamente com

    inteligência e uma força permanente e, assim, liberar essa luz e energia queacabará por tornar o grupo de valor efetivo no mundo. Ao trabalhar com vocêsno futuro, não esperem que eu amenize as verdades que tenho a dizer a cadaum de vocês, de tal maneira que vocês não venham a melindrar-se. Eu nãodevo, no futuro, considerar seus sentimentos e reações de personalidade,porque conto com a sinceridade de seu propósito.

    011Talvez seja bom lembrar aqui que, como regra geral, ninguém acredita

    no que os outros dizem, não importa quão aparente seja a verdade, por maisque a pessoa afirme que aceita a verdade. Apenas aquelas verdades que sedemonstram individualmente no cadinho da experiência realmente penetramna consciência viva e dão frutos. Mas neste esforço grupal que estamosempreendendo, o fato é que todos no grupo estão cientes de que aquilo queé dito para o indivíduo pode revelar-se útil, e produzir ajustes muito maisrápidos do que de outro modo seria possível, desde que, unidos e em amor,ajudem seu condiscípulo a mudar a condição indesejável. Conto com apenas

    uma coisa, meus irmãos, que é sua profunda sinceridade. Não é uma coisanegativa (como alguns dizem) apontar uma falha ou erro. À medida que a claraluz da alma se derrama, revela à personalidade tal qual é. Se o verdadeirodesapego é praticado, este grupo de discípulos verá as coisas como elas são,e permanecerá intocado pela revelação de qualidades desejáveis ouindesejáveis. Se você se sentir deprimido, irritado ou ferido por tal revelação,indica uma falta básica de desapego e demonstra apego à personalidade e àsopiniões dos outros.

    Segundo, é essencial que os discípulos em um ashram sejamcontemplativos, mas contemplativos no sentido oculto e não místico. Em todoo trabalho de meditação que estão fazendo ou farão no futuro, seu objetivodeve ser o de alcançar o mais rapidamente possível o ponto mais alto noprocesso de meditação, passando rapidamente através dos estágios deconcentração, alinhamento e meditação, até chegar à contemplação. Tendoalcançado este elevado ponto, procurem mantê-lo e, assim, aprenderão a

    funcionar como alma em seu próprio mundo, contemplando o mundo deenergias, nas quais todos iniciados trabalham, e no qual cada um de vocês

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    deve algum dia – nesta ou em outra vida – tomar seu lugar. Este estado (se éque posso chamá-lo por esse nome) devem se esforçar cuidadosamente paraalcançar, com precisão, e quando observarem de alguma forma tê-lo atingido,procurem manter um registro exato das impressões. Devem, portanto,constituir um grupo de contemplativos ativos, e os resultados serão facilitados

    se refletirem e lutarem para alcançar a primeira condição de sua existênciagrupal, a unidade grupal.012

    Terceiro: Esta unidade grupal, que terá suas raízes na meditação grupalunida ou na vida contemplativa (em que a alma conhece a si mesmo com unacom todas as almas) deve trabalhar em alguma forma de atividade grupal. Issodeve demonstrar-se de uma vez no próprio grupo e mais tarde  – quando aunificação for mais completa  –  no mundo em geral. É desta forma que o

     Ashram dos Mestres será exteriorizado na terra e a Hierarquia funcionaráabertamente no plano físico, e não nos bastidores como até então. Em seguidavirá a restauração dos Mistérios.

    PARTE II

    Cabe agora perguntar: Como isso pode funcionar em forma prática em

    um grupo de discípulos, todos eles individuais, e sinceramente ansiosos paracooperar e ajudar neste trabalho? Deixe-me tentar dar uma resposta clara.

    Vocês se comprometeram voluntariamente a trabalhar juntos quando foioferecida a oportunidade. Aspiram a uma solidariedade grupal, baseada nofato de que são almas. Isto deve, eventualmente, manifestar-sesubjetivamente e, essencialmente, na forma de uma intercomunicaçãotelepática grupal, como compreensão também grupal dos problemas e

    dificuldades de cada um e, portanto, como uma oportunidade grupal paraajudar-se mutuamente. Esta ajuda não pode nem deve vir através do esforçodo contato pessoal, ou através da afirmação de problemas relacionados àscircunstâncias e caráter, nem através de conselhos e sugestões. Nós nãolidamos com personalidades no grupo de um Mestre, no que concerne a cadaum. Assim, cada um de vocês deve aprender a fortalecer e a ajudar uns aosoutros, evitando sempre qualquer intromissão da personalidade. Cada umdeve aprender a transmitir a qualidade do raio da sua alma a um condiscípulo,

    estimulando-o a maior coragem, para fins de adquirir pureza de intenção e umamor mais profundo, evitando a dinamização das suas características de

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    personalidade. Também devem aprender sempre a pensar em si mesmoscomo almas, e não como seres humanos limitados.

    013Temos, portanto, três objetivos diante de nós:

    1. Unidade grupal... através do pensamento, conhecimento exotérico um dooutro e um constante envio de amor.

    2. Meditação grupal... como um grupo de contemplativos, enraizando, assim,este grupo dentro do reino da alma e fortalecendo a todos os indivíduosenvolvidos.

    3. Atividade grupal... resultando na mutua ajuda em problemas específicos de

    personalidade, mas não circunstanciais. Reflitam sobre essa distinção,meus irmãos.

    Mais tarde, quando o grupo estiver realmente estabelecido, ele devecomeçar a funcionar externamente, e sua vida fará sentir sua presença. Deveprocurar aumentar constantemente a potência espiritual de todos os gruposcom os quais os membros do grupo possam estar relacionados ou associados.Refiro-me a todos os grupos que pertencem à Nova Era e trabalham em linhas

    espirituais. Eventualmente isso trará como efeito a cura dos diversos males dahumanidade – físico, mental, psicológico e emocional.

    Há certas regras simples, mas precisas, que devem reger a vida internaespiritual dos neófitos em treinamento para as distintas etapas do discipulado.Deixem-me fazer sugestões para este trabalho simples e imediato.

     Antes de tudo, os discípulos devem praticar a meditação regular e diária.

    Essas meditações são individuais e adequadas ao discípulo implicado evariam de acordo com os raios, ponto da evolução e do estágio do discipulado,que é o objetivo imediato. Estas informações não podem ser dadas aqui.Essas meditações serão dadas como sugestões para seu uso e aceitação. Emalgum estágio de sua meditação procurem conectar-se comigo, mas façamisso depois de terem tentado e alcançado um alinhamento com a sua alma. Éessencial a vocês conectarem-se comigo somente após o alinhamento, emrazão de evitar, então, as miragens e as ilusões do plano astral onde milhares

    de formas-pensamento e entidades se disfarçam de instrutores. Durante sua

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    meditação dediquem um curto período de tempo para tentar conectar-se comseus condiscípulos, enviando-lhes amor, a força de alma, e ajuda.

    014Poderão achar útil manter o que poderia ser chamado de um diário

    espiritual. Isso não envolve anotar diariamente os eventos do dia e não tem

    relação com os acontecimentos que podem dizer respeito à personalidade.Observem, neste diário vocês devem anotar o seguinte:

    1. Qualquer experiência espiritual obtida, como o contato com algumaPresença, ou de sua própria alma, o Anjo da Presença, ou o contato comalgum discípulo e, eventualmente (quando o justifiquem a vida, obra edisciplina) o contato com um dos Mestres. Registrem de forma imparcial,preservando a atitude científica e buscando sempre uma explicação prática

    antes de aceitar uma mística. Um espírito agnóstico (não ateu) é de realvalor para o iniciante e o resguarda das armadilhas do mundo da ilusão edo psiquismo inferior.

    2. Qualquer iluminação que lhes chegue, lançando um facho de luz sobre umproblema e revelando o caminho que cada um ou o grupo deve seguir.Qualquer intuição que – corroborada pela razão – leve ao conhecimento eevoque a sabedoria da alma, e o registro pelo cérebro, através da mente.

    3. Quaisquer acontecimentos telepáticos entre você e seus condiscípulos.Essa interação telepática deve ser cultivada, mas deve ser cuidadosamentecontrolada e verificada, com sua precisão estritamente preservada. Assimteremos a promoção do espírito da Verdade, que é o princípio que regetoda verdadeira comunicação telepática. Um Ashram trabalhatelepaticamente quando totalmente organizado.

    4. Quaisquer fenômenos de caráter místico e espiritual também devem ser

    registrados. A visão da luz na cabeça vem sob esta categoria. O seu brilhodeve ser observado, seu crescimento e escurecimento; a audição da Vozdo Silêncio, que é a voz da alma, não do subconsciente; o registro demensagens da alma ou de outros discípulos e servidores do mundo;expansões de consciência que os inicia para a vida consciente de Deus, àmedida que se manifesta através de quaisquer formas, e devem ouvir anota que emitem todos os seres. Um estudo minucioso da terceira parte de

     A Luz da Alma (os Aforismos de Patanjali ) vai indicar o tipo de fenômenos

    que devem encontrar seu lugar neste diário. 015

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    5. Todas as experiências do tipo psíquico, que não se enquadram naclassificação anterior. Os mencionados acima vêm sob o título depsiquismo superior, e concernem às faculdades psíquicas superiores,percepção espiritual, conhecimento intuitivo, telepatia mental (e não a

    telepatia que tem por base a atividade do plexo solar). Se puderem, anotemtambém as experiências psíquicas inferiores, agradáveis oudesagradáveis. Uma vez registradas, no entanto, devem ser esquecidas,pois não são de nenhuma importância.

    Podem se passar dias e semanas sem nada a registrar. Não permitamque isso de forma alguma os desconcerte. A sensibilidade do mecanismo àalma e a vibração espiritual devem ser cultivadas, e abandonada a

    sensibilidade às impressões psíquicas inferiores sintonizadas de fora; tantasvozes clamam por atenção, tantas impressões – emanadas das formas físicase astrais em torno de nós – que nossa consciência registra, que as vibraçõese sons que vêm do mundo subjetivo e espiritual se perdem, e não sãoregistrados nem percebidos. Acharão interessante notar, no final de algunsanos, a diferença entre os dados registrados e o desenvolvimento dasensibilidade para o tipo certo de impressão. Isso só pode ser realizado depoisde muito tempo decorrido e muito material espúrio ter sido eliminado, depois

    de ser reconhecido por aquilo que é: astralismo, afirmações espúrias e formas-pensamento.016

    Outra pergunta pode ser aqui formulada: O que devem buscar osdiscípulos no grupo de seu Mestre, para comprovar o trabalho grupal bemsucedido? Em primeiro lugar, como sabem, a integridade e a coesão do grupo.Nada pode ser feito sem isto. A ligação subjetiva dos discípulos entre si, emseu próprio grupo, e a ligação do grupo com outros grupos ocupados com

    trabalho especial dentro do Ashram e (como resultado deste) o surgimento deum grupo e uma consciência ashramica são objetivos vitais. Espera-se queisso também ocasione uma eventual interação telepática que trará resultadospotentes e um trabalho externo bem sucedido. Essas atividades produzirãouma circulação grupal de energia, que estarão a serviço do salvamentomundial. Cada um deve se lembrar que a pureza do corpo, controle dasemoções e estabilidade mental são necessidades fundamentais, e deve-setentar conquistá-las diariamente. De novo e de novo reitero estes requisitos

    básicos e – à custa de cansativa repetição – exorto-os sobre o cultivo dessasqualidades. Gostaria de lembrá-los também que vocês são homens e

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    mulheres adultos e maduros, que não precisam de declarações específicassobre defeitos e características. Busco apenas fazer sugestões quanto àstendências de pensamento. Observem aqui a palavra sugestão, pois isso étudo o que eu procuro dar. O discípulo deve sentir livre para seguir umasugestão ou uma dica, como melhor lhe parecer. Este trabalho todo pode ser

    denominado um experimento no sentido comum esotérico e na disposição deaceitar a sugestão. É um ensaio da intuição e um teste em discernimento. Otrabalho, para o qual os tenho chamado, é também uma experiência naimpessoalidade, na vontade de trabalhar e aprender, na liberdade de escolherou rejeitar as observações e as técnicas. Tudo têm o seu valor.

    Este é um experimento, da mesma forma, para mim. Tenho trabalhadoaté agora com apenas três chelas ocidentais, dos quais A.A.B. é uma. Os

    outros dois são totalmente desconhecidos para vocês. Peço a vossa ajuda ecooperação durante as fases iniciais do trabalho, no que diz respeito àobtenção de conclusões. Peço-lhes para se manterem unidos – não importaquais eventos ou que forças possam tentar separá-los. Peço aos meusdiscípulos para amarem-se uns aos outros, apesar das diferenças de carátere de raios, e para trabalhar lealmente juntos pela coerência e integridade dogrupo – não importa quais opiniões diversas vocês possam ter, ou o que possaocorrer no decorrer do tempo. Se puderem manter-se unidos ao longo dos

    anos e ao longo deste ciclo de vida, então o grupo poderá seguir adiante, parao futuro, e trabalhar em conjunto em outros planos, economizando, assim,energia. Podem persistir e continuar? Pode ser configurada uma interaçãotelepática de tal forma que a morte não constitua uma barreira, a fim de quese prove que tudo persiste e continua a comunicação?

    017Muitas dessas questões surgem e só o tempo trará a resposta. Se

    houver persistência do esforço, um vínculo leal de amor, adesão ao ideal

    grupal e mútua tolerância, compreensão e paciência, será possível a estegrupo fundir-se em uma unidade que, na realidade, será um átomo vivente nocorpo hierárquico. Todos estão no caminho do discipulado em alguma etapa;e nisto reside a oportunidade.

    Este é um grupo (pequeno de fato) de discípulos que  –  através dadevoção à verdade, por meio de sua tentativa de cumprir seu dever, e emrazão de sua mútua relação carmica uns com os outros e comigo  –  foram

    escolhidos (apesar das limitações e desenvolvimento deficiente) paratrabalhar em conjunto com o fim específico de formar um núcleo de poder e

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    energia espirituais, para ajudar a humanidade. Mas acima de tudo, é um grupoformado para inaugurar os métodos da Nova Era a respeito do trabalho grupal,bem como para o treinamento de discípulos e sua preparação para a iniciação,

     juntamente com outros grupos em todo o mundo, que captaram a nova visãoe trabalham sob a inspiração e a impressão dos Mestres. A fundação dessas

    escolas de mistérios que posteriormente serão estabelecidas no mundo e àsquais me referi no livro Cartas sobre Meditação Ocultista, pode ser possívelse todos vocês se colocarem à altura da oportunidade. Isto se deve ter emmente. O experimento pode fracassar. Fracasse ou não, em qualquer casohaverá benefício... Que todos e cada um de vocês estejam à altura daoportunidade e possam levar o trabalho adiante nos três mundos e no reinoonde a luz da alma flui, é meu mais sincero anelo e desejo. 

    PARTE III

     À medida que enfrentam esta oportunidade em um mundo que atravessauma grande crise, gostaria de afirmar a todos os irmãos e discípulos ativos,que é necessário ter em mente três coisas, para que possam trabalhar comeficiência e como desejado.

    018 Primeiro: Os discípulos devem saber que os Mestres têm três tipos detrabalhadores. Existem aqueles que fazem o trabalho difícil do mundo exterior.Eles materializam as formas pelas quais a Hierarquia pode expressar suasintenções e estabelecer contatos humanos. Há muitos desses discípulos, efazem este trabalho de sua livre escolha, e porque já perceberam anecessidade imediata e vindoura da humanidade, e se comprometeram aservir. Há outros, os que agem como elemento de ligação entre os Irmãos MaisVelhos da raça, os Mestres de Sabedoria que encarnam o plano divino, e os

    trabalhadores mencionados acima. Não atuam como elementos de ligaçãoentre o discípulo e seu Mestre, porque nessa relação direta ninguém podeintervir, particularmente nos estágios mais avançados. Este segundo grupo dediscípulos trabalha, no entanto, agindo como intermediários na elaboração doplano no mundo, e estão de prontidão para ir a qualquer lugar, quandosolicitado, auxiliando, assim, com sua sabedoria e experiência, e completandoas capacidades dos trabalhadores locais, trocando ideias. Existem váriosdesses que são enviados expressamente para campo, atualmente, para

    acelerar o trabalho sempre que possível, e para aumentar a atração magnéticadesses centros, através do qual a força espiritual da Nova Era possa fluir.

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    Isso tudo é preparatório para um esforço supremo que a Hierarquia dosMestres planeja fazer. Caso vocês, no local que se encontram, trabalhem comcompleta entrega e devoção  – doando seu tempo e interesse pela causa  – será possível preparar o terreno, de tal forma que, o esforço vindouro dos

    Mestres esteja adequado para emergir.

    O terceiro grupo é o dos Mestres e Seus iniciados colaboradores.Trabalham principalmente desde o lado interno. Suas atividades se confinamem grande parte ao plano mental e ao uso científico do pensamento. Assim,Eles orientam Seus trabalhadores e ajudantes, e influenciam e direcionamSeus discípulos e os discípulos mundiais.

    Existe neste momento a intenção interna de mesclar as abordagensocidentais e orientais das antigas sabedorias e da Hierarquia. A cooperação eo intercâmbio mútuo de sabedoria e de conhecimento são essenciais para oaperfeiçoamento. Os objetivos de ambos os métodos – o místico e o ocultista – são os mesmos.

    019Segundo: É necessário que os discípulos trabalhando neste momento

    compreendam a emergência imediata. Há uma crise nos assuntos dos

    homens. Esta crise deve ser vista em termos de oportunidade e não em termosde cataclismo ou catástrofe. Assim como na vida de um aspirante aodiscipulado, surge uma vida ou série de vidas em que existe conflito diretoentre a alma e a natureza inferior, também existe agora uma crise semelhanteem nosso planeta. O objetivo em ambos os casos é o de que a alma possaassumir um controle cada vez maior sobre o aspecto forma.

    Observando de outro ângulo, esta alma planetária – funcionando como

    uma Hierarquia de Mestres – se encontra em conflito direto com as forças domal. Convém, no entanto, ter em mente que essas forças também constituemuma hierarquia de entidades, constituindo as formas materiais e, portanto,reais e corretas em seu lugar. Em realidade, trata-se de qual é o objetivo, emqualquer ciclo de tempo particular. O presente objetivo é o de que a famíliahumana deve agora, como um todo, fazer três coisas e tudo o que milita contraeste mal.

    1. Manifestar a natureza da alma, através da personalidade integrada. Anatureza da alma é o amor e a vontade para o bem.

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    2. Transferir a energia, agora direcionada para a vitalização do corpo físico epara a criação física, ao cultivo da faculdade criadora no plano mental;assim a família humana inteira será transmutada em um agente dinâmico,autoconsciente, e criador.

    3. Inaugurar um período de desenvolvimento espiritual em cada reino danatureza. No final deste período, a porta para o reino animal se abriránovamente, serão oferecidas oportunidades para as almas embrionáriasque aguardam. Muitos também, neste momento, poderão receber ainiciação, equilibrando, portanto, as forças em cada extremidade da linhahumana de desenvolvimento. Isto será produzido pela renovada atividadecíclica da Grande Loja Branca e será alcançado por meio das energias que

    estão inaugurando a nova era. Esta crise nos alcançou quaseprematuramente, devido ao avanço extremamente rápido feito pelahumanidade desde 1850. Através do impulsivo desejo dos próprioshomens, foi feito contato com um novo reino e com uma nova dimensão.

     A humanidade liberou energias até então desconhecidas e os efeitos sãode dois tipos, com resultados bons e maus.

    020Terceiro: Os discípulos devem agora se organizar para um esforço firme

    e unido. Esta atitude deve assumir a forma de uma cooperação mais estreitaentre todos os grupos, permanecendo em estreita relação, fortalecendo-seassim mutuamente, e sempre que possível, partilhando recursos. Deveresultar também em um impulso adiante unido de todas as agências espirituaise ocultistas, e na apresentação da verdade ao longo de todas as linhaspossíveis, para as massas dos homens. Assim como nos dias Atlantes, asforças espirituais foram subordinadas aos desejos  egoístas dos homens,também hoje, estão sendo subordinadas às mentes egoístas e às ambições 

    dos homens e os resultados serão profundamente malignos. A situação domundo hoje demonstra isso. Pois, embora benefício material e prosperidadefísica possa eventualmente emergir a partir de certos países onde grandesexperimentos estão sendo realizados, eles só vão exemplificar o triunfo daforma e finalmente chegarão a nada. Assim como todo ser humano se esforçaem alguma vida pela realização da personalidade, assim é entre as nações.No entanto, no coração de cada nação encontra-se latente a alma mística e,eventualmente  –  após terrível luta e sofrimento  –  tudo ficará bem. As

    tendências para o materialismo e para a realização da personalidade devem,no âmbito do plano maior e da vontade para o bem, ser compensadas por um

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    movimento contrário da vida espiritual e este deve ser o objetivo de todos osdiscípulos ativos.

    Que esses discípulos ativos procurem, portanto, aprofundar seu amorpor todos os seres, e que o crescimento desse amor venha através do amor

    grupal que jaz por trás de todos os acontecimentos mundiais. Meus irmãos,quando chegará o tempo em que o mundo perceba que o aspecto amor  doLogos – no que afeta o reino humano – é focalizado através do grupo internosubjetivo dos trabalhadores? Esse amor se acha agora na fase de se ancorarfisicamente através dos novos grupos (como este grupo) que estão emprocesso de formação em todo o mundo. Estes novos grupos são centros (oudeveriam ser) do amor divino, magnéticos, construtivos e puros. Procurem,portanto, cumprir os requisitos na medida de sua força física, tendo sempre

    em mente que são mais capazes que antes, a um maior esforço e a uma maiorpressão.021

    Esta experiência que instituí e para o qual se submeteramvoluntariamente e de bom grado, deve ser empreendida para propósitosgrupais. A Hierarquia procura descobrir até que grau os grupos são sensíveis,como um todo, à orientação e instrução subjetiva, e até onde os canais decomunicação estão desimpedidos, entre os vários indivíduos do grupo e o

    Mestre, e entre os vários grupos dentro do Ashram de um Mestre. O grupo dediscípulos do Mestre, no lado interno da vida, constitui um organismointegrado, caracterizado pela vida, amor e interação mútuos. As relações emtal grupo são estabelecidas inteiramente nos níveis mental e astral e, portanto,não são sentidas as limitações de força do corpo etérico, nem as do cérebrofísico. Desnecessário dizer que a relação fundamental é nos níveis de alma.O fato é que o corpo etérico e o cérebro físico estão fora destas relaçõesbásicas às quais o Ashram se refere; isso facilita a compreensão e a interação

    recíproca. É sábio lembrar, no entanto, que a potência astral é mais fortementesentida no plano físico do que em outros planos e, portanto, é maior a ênfasecolocada sobre controle do desejo emocional, recomendada em todos ostratados sobre discipulado ou em preparação para aquele estado. Não é fácilpara o principiante médio no Caminho do Discipulado compreender isto ou aver a necessidade das regras e sugestões feitas. Para algumas pessoas nãoé fácil se conformar às regras e disciplina, a menos que seja inteiramente autoiniciada. As sugestões que eu faço a vocês, meus irmãos, são apenas isto:

    sugestões, mas certamente é sábio segui-las, desde que se colocaramvoluntariamente sob minha tutela. Seu trabalho comigo tem de ser

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    inteiramente de sua própria vontade e escolha. Vocês não estão sujeitos anenhuma compulsão. Outros tipos de discípulos evidenciam a vontade deseguir as instruções, mas sua verdadeira dificuldade consiste em trazer a vidaem conformidade com os ritmos desejados. O caminho estreito, que todos osdiscípulos têm a trilhar, exige obediência às regras antigas para discípulos.

    Esta obediência se presta de bom grado e com os olhos abertos, embora nãose espere uma rígida aderência a essas regras. O discípulo progrideadaptando sua vida inteligentemente a esses requisitos, tanto quanto forrazoavelmente possível e não adaptando os requisitos à sua vida.Flexibilidade dentro de certos limites é sempre necessária, mas que aflexibilidade não seja posta em movimento por qualquer inércia pessoal oudúvidas mentais.

    022

    Uma mudança nesta relação entre os discípulos está sendo feita agora.O início de uma atividade e interação grupais no plano físico, pode agora sertentada, envolvendo, por conseguinte, o uso do corpo etérico e do cérebro. Asdificuldades enfrentadas são grandes, e anseio que entendam isso.Compreendem, por exemplo, que as divergências de opinião que podemocorrer nas relações deste grupo de discípulos serão causadas por reaçõescérebro-astrais e, portanto, não se deve ser dar qualquer importância a elas?Devem ser imediatamente eliminadas, e limpas da ardósia da mente e da

    memória, e classificadas inteiramente como limitações de personalidade eindignas de entravar a integridade grupal.

    Este experimento, sendo tentado por um grupo dentro do meu Ashram,é em relações mentais e contato com a alma, que consiste basicamente emcolocar a atenção lá. As reações astrais-físicas cerebrais devem serconsideradas como inexistentes e como ilusões, e devem descer abaixo dolimiar da consciência do grupo – e morrer lá por falta de atenção. Este tipo de

    trabalho em grupo é um novo empreendimento e, a menos que algodefinitivamente novo surja como resultado desta experiência, não se justificao gasto de tempo e o esforço. Não devem imaginar que a linha particular detrabalho em que estão empenhados é o fator de principal interesse. Odesdobramento da intuição, o poder de curar ou a eficiência telepática não sãode principal importância. Aquilo que conta para a Hierarquia comofuncionamento dos Ashrams é o estabelecimento subjetivo de uma interaçãogrupal e um grupo tão potente, que possa ser visto como o surgimento de uma

    união mundial em embrião. A potência conjunta para se tornar telepático ou acapacidade grupal de intuir a verdade é valiosa e algo utópica. É o

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    funcionamento dos grupos que têm habilidade de trabalhar como umaunidade, cujos ideais são unos, cujas personalidades estão fundidas em ummovimento adiante, cujo ritmo é uno e cuja unidade está tão firmementeestabelecida que não permita gerar no grupo características humanaspuramente separatistas, de isolamento pessoal e busca egoísta, que é novo.

    Pessoas altruístas não são raras. Grupos altruístas são muito raros. Adevoção individual pura em um ser humano não é rara, mas encontrar devoçãoem um grupo certamente é. Muitas vezes se encontra a submersão dosinteresses pessoais pelo bem da família, ou de outra pessoa, pois a beleza docoração humano tem se manifestado ao longo das eras. Encontrar essaatitude em um grupo de pessoas e ver tal ponto de vista mantido com um ritmoininterrupto e demonstrando de forma espontânea e natural – será a glória daNova Era.

    023O estabelecimento de um vínculo de puro amor e relação de alma,realizados e aplicados em forma grupal e no trabalho grupal, é de fato novo, ea realização deste ideal é o que ponho diante deste grupo de meus discípulos.Se este grupo estiver à altura da visão como existe em minha mente, seestabelecerão no plano físico os pontos focais da força especializada, atravésdos quais a Hierarquia poderá trabalhar com maior segurança do que atéagora. Será (através deste e grupos análogos) colocada em movimento na

    terra uma rede de energias espirituais que facilitarão a regeneração de todo omundo. A influência desses grupos – quando estabelecidos permanentementee trabalhando de forma potente  –  terá um objetivo bem mais amplo do queapenas a elevação da humanidade.

    O potente ritmo que anima internamente a Fraternidade da Loja dosMestres se fará sentir em todas as partes da terra, e esses grupos, se bemsucedidos, serão considerados como o primeiro passo para a exteriorização

    da Grande Loja Branca. Mas lembrem-se: a tônica da Loja não é a obtençãode uma graduação. É a relação estável, a unidade de pensamento, além dadiversidade de método, de esforço e de função, sendo essa qualidade aamizade em seu sentido mais puro. A Fraternidade é uma comunidade dealmas impulsionadas pelo desejo de servir, impelidas por um impulsoespontâneo para amar, iluminadas por uma Luz pura, devotamente fundidase misturadas em grupos de Mentes de serviço, e energizadas por uma só Vida.Seus Membros são organizados para promover o Plano com o qual eles

    conscientemente entraram em contato e com o qual Eles deliberadamentecooperam.

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    Será aparente para vocês, portanto, que o propósito desses grupos édesenvolver, com o tempo, três grandes poderes de todas as mentesiluminadas:

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    Primeiro: o poder de trabalhar em e com toda a substância mental. AHierarquia de Mentes Iluminadas é um grupo Cujos poderes telepáticos ostornam sensíveis às correntes mentais e suscetíveis de registrar ospensamentos Daqueles que personificam a Mente de Deus, a MenteUniversal, e também ao registro das formas-pensamento Daqueles que estãomais além da Hierarquia de Mestres e Aqueles que, por sua vez, estão alémdos discípulos do mundo.

    Estas Vidas que realizam as ideias da Mente Divina existem em ordensgraduadas, e não nos concernem os detalhes de Seus grupos, a não ser o fatode que a Fraternidade planetária está em relação telepática com Aqueles quesão responsáveis pelas condições planetárias do sistema solar, com o GrandeConselho, portanto, com Shamballa. Eles também estão em relação telepáticaimediata uns com os outros. Os poderes se manifestando lentamente do rádioe o funcionamento sensível dos mecanismos de rádio e da televisão que estãose aperfeiçoando são a contraparte, em matéria física, dos poderes telepáticos

    aperfeiçoados e televisivos das mentes dos Mestres de Sabedoria. Não seesqueçam que tais poderes são inerentes a todos os homens.

    O grupo interno do Mestre com o Qual estou associado, também trabalhatelepaticamente com Seus discípulos e os discípulos trabalham mutuamentetelepaticamente em menor grau. O poder de "ver" o Mestre – que tem sido oimpulso equivocado dos devotos do mundo que substituíram esse desejo pelaaspiração ao contato com a alma – é sua resposta a "tele-visão", daqueles que

    buscam guiá-los para a luz de suas próprias almas. Reagem apenas a um dospoderes divinos demonstrados pelo Mestre, mas não a ação da alma.

    Sua resposta ao estímulo que eu eventualmente dê a vocês constitui-senum esforço sério de sua parte para amar com desprendimento, e que acabarápor aperfeiçoar lhes gradualmente até que atinjam uma condição semelhanteà de outros trabalhadores. Isto se fará em três direções:

    1. Na capacidade demonstrada para estar em contato telepático comigo ecom Aqueles com quem estou associado.

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    2. No poder de comunicarem-se uns com os outros, em qualquer momento.

    3. Na sensibilidade aos pensamentos da humanidade como um todo.025

    Podem ver, portanto, como é possível estabelecer na Terra uma réplicaem miniatura da Fraternidade e como, em décadas futuras, os discípulosativos do mundo, os Iniciados isolados nas muitas organizações mundiais e opessoal do Novo Grupo de Servidores do Mundo responderãoautomaticamente à sensibilidade telepática dos grupos que trabalham nosmuitos Ashrams dos Mestres? O resultado desse sucesso conduzirá aoreconhecimento do poder universal e do estado mental dos discípulos de todosos graus, e não será apenas o reconhecimento de um grupo qualquer em

    particular. Isto demonstrará, com o tempo, e sem controvérsia, a unidade detodos os seres. A revelação da unidade através do poder do pensamento é agloriosa consumação do trabalho da Fraternidade, e vocês, como todos osdiscípulos, respondem em seus momentos de maior elevação. Em menor graue na medida em que se consagrarem, assim será sua glória e seu propósito,se mantém a ideia de unidade, de serviço e acima de tudo de amor .

    Segundo: o poder da intuição, que é o objetivo da maior parte do trabalho

    que os discípulos devem realizar, requer o desenvolvimento de outrafaculdade no homem. A intuição é uma função da mente também, e quandousada corretamente, capacita ao homem a apreender a realidade com clarezae ver a realidade livre de qualquer miragem ou ilusão nos três mundos.Quando o ser humano possui intuição, está habilitado a agir direta ecorretamente, porque está em contato com o Plano, com os fatos puros eideias não adulteradas – livres da ilusão, e que provém diretamente da Mentedivina ou universal. O desenvolvimento dessa faculdade trará um

    reconhecimento mundial do Plano, e esta é a maior conquista da intuição nopresente ciclo mundial. Quando esse Plano é percebido, traz a compreensãoda unidade de todos os seres, da síntese da evolução mundial e da unidadedo propósito divino. Todas as vidas e todas as formas serão vistas, então, emsua verdadeira perspectiva; se obterá um correto sentido de valores e detempo. Quando o Plano é diretamente e verdadeiramente intuído, o esforçoconstrutivo torna-se inevitável e não há desperdício de movimento. É acompreensão parcial do Plano e sua interpretação em segunda ou terceira

    mão pelo ignorante que é responsável pelo esforço desperdiçado e pelos

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    impulsos insensatos que caracterizam as atuais organizações ocultistas emundiais.

    026Os distintos grupos do Ashram de um Mestre podem cumprir

    determinadas funções e fornecer laboratórios para trabalhos específicos.

     Alguns podem fornecer um laboratório para os observadores treinados domundo e ocupar-se com a miragem e ilusão mundiais. Outros grupos podemconcentrar-se no desenvolvimento da faculdade telepática e tornarem-secomunicadores treinados. O objetivo atual que a Hierarquia tem diante de si,nesta época, é romper e dissipar a miragem mundial. Isso tem que acontecerem escala mundial assim como acontece na vida de cada discípulo. Do mesmomodo que um homem transfere seu foco de consciência (quando no Caminhodo Discipulado) para o plano mental e aprende romper a miragem que até

    então o manteve preso ao plano astral, assim é o problema atual diante daHierarquia, de produzir um acontecimento semelhante na vida da humanidadecomo um todo, porque a humanidade está numa encruzilhada e suaconsciência está se tornando focalizada, rapidamente, no plano mental. Umgolpe mortal deve ser desferido na ilusão mundial, porque ela escraviza osfilhos dos homens. Aprendendo a romper a miragem em suas próprias vidase a viver à luz da intuição, os discípulos podem fortalecer Aqueles Cuja tarefaé despertar a intuição no homem. Há muitos e diferentes tipos de miragem, e

    os discípulos são frequentemente surpreendidos quando eles aprendem o queé considerado como miragem pelos Mestres. Vou enumerar algumas dasmiragens mais comuns para vocês, deixando que façam qualquer aplicaçãonecessária, e expandindo a ideia, desde o indivíduo até humanidade como umtodo. Aqui estão os nomes de algumas dessas miragens:

    1.  A miragem do destino. Esta é uma miragem que indica àquele que estápor ela controlado, que tem um trabalho importante a fazer, e que deve

    agir e trabalhar como está destinado. Isso alimenta o orgulho e não temnenhum fundamento real.

    2.  A miragem da aspiração. Aqueles assim condicionados se sentemcompletamente satisfeitos, se ocupam com sua aspiração à luz, e serespaldam no fato de que são aspirantes. Essas pessoas precisamavançar no caminho do discipulado e abandonar a preocupação esatisfação com as suas ambições e metas espirituais.

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    3.  A miragem de autoconfiança, ou o que se poderia chamar de os princípiosastrais do discípulo. Em linguagem simples é a crença do discípulo queconsidera seu ponto de vista totalmente correto. Também alimenta oorgulho e tende a fazer crer que o discípulo é uma autoridade infalível. É opano de fundo do teólogo.

    4.  A miragem do dever . Leva a uma ênfase exagerada do sentido deresponsabilidade, produzindo movimentos inúteis e a ênfase naquilo queé não-essencial.

    5.  A miragem das condições ambientais, levando frequentemente a umsentimento de frustração, de futilidade ou de importância.

    6.  A miragem da mente, e de sua eficiência e capacidade de lidar comqualquer ou todos os problemas. Isto conduz inevitavelmente aoisolamento e solidão.

    7.  A miragem da devoção, levando a uma estimulação excessiva do corpoastral. O homem ou a mulher sob essa miragem vê apenas uma ideia, umapessoa, uma autoridade e um aspecto de verdade, alimentando ofanatismo e o orgulho espiritual.

    8.  A miragem do desejo, com sua ação reflexa sobre o corpo físico. Conduza uma condição constante de luta e turbulência, nega toda paz e trabalhofrutífero, e algum dia deve terminar.

    9.  A miragem da ambição pessoal .

    Existem muitas outras miragens, tanto individuais como mundiais, mas

    estas servem para indicar a tendência geral.

     Aqueles que estão em preparação para a iniciação devem aprender aagir conscientemente com a miragem; devem trabalhar de forma eficaz com averdade apresentada, ignorando qualquer dor ou sofrimento, ouquestionamento mental, incidentais à rebeldia e limitações da personalidade;eles devem cultivar essa "divina indiferença" pelas considerações pessoaiscaracterística do Iniciado treinado.

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    Não me ocuparei mais do assunto da miragem, como ela afeta ou podeafetar esse grupo particular de discípulos em meu Ashram. Os tempos urgeme a necessidade da humanidade é tão grande que não há "espaço naconsciência" (para usar uma antiga frase ocultista) para a reiteração do idealconhecido, ou para dizer novamente o que precisa ser feito.

    028 Gostaria que compreendessem que não há pressa no trabalho que umMestre executa com Seus discípulos. Não há pressa no trabalho que proponhofazermos juntos, mas também não deve haver qualquer desperdício de tempoou movimento perdido. Será evidente para vocês que muito do que eu procurorealizar se relaciona com o controle do pensamento e da atividade daimaginação criativa. A Hierarquia produz seus efeitos no plano das aparências,pela potência de seu consciente pensamento unificado. O estabelecimento de

    tal condição de pensamento unificado dentro do Novo Grupo de Servidores doMundo faz parte do meu principal esforço neste momento; nós poucopoderemos alcançar até que isso tenha sido conseguido.

     Assim eu os convoco a uma nova fase de intensa vida interior e a pensardinamicamente, mas desta vez com um objetivo grupal – o objetivo da fusão,pensamento unido grupal e relação grupal.... A vida interna de reflexão, ocultivado reconhecimento da alma e o reflexivo alinhamento da alma e

    personalidade, determinarão o sucesso deste trabalho.

    Terceiro: Há outro grande poder da mente que tem que ser desenvolvido.Caracteriza todas as almas liberadas, não importa qual seja seu raio. É o poderde curar. Este trabalho está ainda em embrião e a consciência grupal é aindatão jovem e sem polarização, que me é desnecessário explanar aspossibilidades futuras. Quando os homens puderem ser treinados a seraltruístas, divinamente magnéticos e radioativos, então se derramarão sobre

    o mundo certas forças divinas que vivificam e reconstroem, eliminam o mal ecuram os doentes. Até agora, as tentativas dos homens no campo damedicina, da cura e das várias formas de terapia têm sido o resultado deimpulsos para responder a essas forças que pairam, mas isso é tudo porenquanto.

    Estas são as três principais faculdades que o homem espiritual podedesenvolver; outras faculdades e capacidades em desenvolvimento são

    apenas expansões destas três  –  telepatia mental, recepção e transmissão;reconhecimento intuitivo da verdade e sua formulação em conceitos mentais,

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    acrescido do posterior processo de materializar o que foi intuído, a forma maiselevada do trabalho criativo; a cura, com a consequente compreensão daenergia e das forças, que conduzirão mais adiante ao renascimento dahumanidade.

    029

    Pouco a pouco, o quadro das possibilidades e do Plano se desdobraráante vocês, à medida que suas mentes aumentem a sensibilidade e seuscérebros se tornem mais sensíveis aos impulsos mentais. Pouco a pouco, osdiscípulos do mundo reproduzirão  –  no plano físico  –  o que existesubjetivamente. Pouco a pouco, aparecerão na terra grupos de almasiluminadas que poderão cooperar com os Mestres com perfeita liberdade eintercâmbio, porque sua faculdade de resposta foi cientificamente treinada edesenvolvida. Seu poder para trabalhar em sintonia ou em uníssono com a

    Hierarquia, de cooperar com a vida grupal de muitos outros grupos dediscípulos e transmitir a luz e revelação ao mundo dos homens, será maisadiante um fato consumado, e já está muito ativo no presente e mais potentedo que vocês creem. Um pouco de visão, irmão meu, facilita o caminho dodiscípulo e, portanto, explanei mais amplamente sobre as possibilidades que,devido a nossa previsão, já são consideradas como fatos em manifestação.Nada pode deter o eventual êxito do Plano; é simplesmente uma questão detempo.

    Um dos passos a dar no treinamento é o estabelecimento de um contatomais próximo comigo, seu Instrutor Tibetano. Devem tentar, sem ideias pré-concebidas quanto aos resultados  – se querem realizá-lo objetivamente. Osresultados podem ser percebidos apenas por mim, ou podem constituir-se emcertas realizações específicas e até mesmo fenomênicas por vocês. Nãoindico quais seriam os resultados de tal atividade, a fim de evitar o poder dasugestão e a resposta da imaginação criativa, que são uma fonte fecunda de

    miragens. 030Gostaria, por isso, de pedir a todos vocês, que se esforcem para fazer

    contato comigo no momento da lua cheia de cada mês. Façam o sacrifício, afim de estabelecer essa relação mensal, assim como, também eu, farei ajustespara contatá-los. Enfatizo a necessidade de manter a ideia deste contatodurante os três dias que antecedem a própria Lua Cheia, com aspiração e comconfiança e, depois, nos três dias posteriores, com expectativa. Gostaria de

    assinalar a importância primordial de tornar esta uma atividade grupal, não umcontato pessoal. Comecem o trabalho compreendendo sua relação grupal com

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    seus condiscípulos e comigo, pois só na medida em que procurem contatar-me, como discípulos no meu grupo poderá ser avaliada a medida de seusucesso. Este contato é da mesma natureza que o contato direto e individualentre um discípulo e seu Mestre. Muitos de vocês estão ligados com seupróprio Mestre, apesar de trabalharem temporariamente em meu Ashram; seu

    contato comigo se destina a ser um contato grupal e, como um grupo,procurem reforçar o laço entre nós. Este, portanto, é um ato de serviço grupala ser prestado de forma altruísta e sem nenhuma expectativa pessoal . Devidoà pressão do tempo e da urgência do serviço, sou um dos vários instrutoresque se comprometeram a manter, durante os próximos anos, doze horasdisponíveis antes da Lua Cheia de cada mês para contatos com seusdiscípulos, de modo que, a qualquer momento durante essas 12 horas, osservidores mundiais e os discípulos possam tentar chegar até nós. Isso

    facilitará um pouco seu trabalho, porque vocês não precisam se adequar àhora exata da Lua Cheia, a menos que isso seja facilmente possível. O serviçono mundo nos dias de hoje requer uma constante pressão e atenção, e otrabalho é árduo. Pode ser que nem sempre seja possível na hora exata daLua Cheia, embora possam sempre, àquela hora  –  silenciosamente einternamente – elevar seus corações e seus olhos ao Eterno. Mas podem seaproximar em algum momento durante as doze horas anteriores. Quando ofaçam corretamente, me encontrarão esperando. Realizem seu trabalho com

    uma visão clara, um coração amoroso e um amor compreensivo. Muitopoderá, então, ser realizado.

    PARTE IV031

     À medida que estes grupos de discípulos tornam-se ativos no mundo esua integração interna e realização grupal tornar-se firmemente estabelecida,teremos o germe destas características que dignificarão os grupos da Nova

    Era. Não se esqueçam que este trabalho de grupo que estão tentando fazeré, na realidade, um trabalho pioneiro e, portanto, com todas as dificuldadesinerentes ao trabalho pioneiro, inevitável e necessariamente. Assim se adquireforça ao progredir. Conforme o número desses grupos aumenta, e se váobtendo, gradualmente, o pessoal necessário, o esqueleto de uma estruturafutura emergirá lentamente. Como essa estrutura se apresentará quandoconcluída só o sabe a visão inspirada dos arquitetos. Mas as fundações devemser definidas com certeza e profundidade; o quadro deve ser verdadeiro e

    corretamente ajustado. Esses dois requisitos são tudo o que vocês verãomaterializar-se nesta vida.

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    Já se aperceberam, meus irmãos, o progresso mundial oculto que vocêspoderão presenciar durante o atual ciclo de vida? Já vislumbraram amagnitude do presente impulso  que está sendo dado pelos Mestres ereconhecem Seus planos tomando forma diante de seus olhos? Captaram a

    essência do que a Grande Loja Branca tem feito durante os últimos vinte ecinco anos e a extensão do trabalho no qual compartilham discípulos easpirantes autorizados, em todos os lugares? Gostaria de ampliar um poucodisto, de modo a tornar a imagem mais clara aos seus olhos, a fim de quevocês possam cooperar com maior inteligência, pois, sobretudo, o trabalho égrupal.

    Lenta e gradualmente, no que concerne a vocês, reuni um grupo de

    discípulos no plano externo. Conforme o grupo se integre mentalmente, ediscípulos respondam ao meu chamado, se conhecerão mutuamente etrabalharão em conjunto, tornando possível eu ir adiante com o trabalho queescolhi, e levar adiante os planos que defini quando recebi certa iniciação.

    Primeiro de tudo, meus livros foram publicados em sequência ordenada,e forneceram um ensinamento e verdade que satisfarão as necessidades dageração vindoura. Meus discípulos devem salvaguardar esta apresentação da

    verdade durante este século, e fazer com que os livros sejam lidos e cumpramsua missão, até que sejam finalmente substituídos num século vindouro, porum ensinamento mais novo e mais adequado.

    Em seguida veio um acontecimento de importância vital  –  de maisimportância do que talvez vocês possam apreciar. Uma instrução sobre oNovo Grupo de Servidores do Mundo foi enviada e amplamente divulgada pormeio do panfleto intitulado “Os Próximos Três Anos”. Estes sinalizaram a

    ancoragem  – se posso chamá-lo assim  – do Novo Grupo de Servidores doMundo no plano físico, já em existência ativa agora. Este grupo estálentamente se integrando e, também lentamente, faz sentir sua influência notrabalho primário de educação da opinião pública, único meio potente detrabalho, de maior força e valor final, do que qualquer legislação ou ênfaseposta na autoridade.

    032Em decorrência da integração deste novo grupo, está se formando no

    mundo uma "ponte de almas e de servidores" que possibilitará a fusão dasubjetiva Hierarquia interna de almas e o mundo externo da humanidade. Isto

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     A criação da forma externa na terra, por meio de livros, de escolasesotéricas e da educação da opinião pública, a que se comprometeu um grupode nós que fazemos parte do governo interno do mundo  –  discípulos einiciados  –  e nesse grupo eu desempenho o papel de secretário e sou ohomem de contato e o organizador – uso palavras que signifiquem algo para

    seus ouvidos, versados como estão no trabalho de organização no planofísico; elas significam pouco ou n