discurso de mala la yousafzai

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DISCURSO DE MALALA YOUSAFZAI ANALISE DISCURSO DE MALALA YOUSAFZAI 20 DE JANEIRO DE 2014 VITOR MANUEL GAVINA FARIA Número de aluno - 2110312

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Trabalho realizado à 20/01/2014

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Page 1: Discurso de mala la yousafzai

DISCURSO DE MALALA YOUSAFZAI

ANALISE DISCURSO DE MALALA YOUSAFZAI

20 DE JANEIRO DE 2014 VITOR MANUEL GAVINA FARIA

Número de aluno - 2110312

Page 2: Discurso de mala la yousafzai

Traduzido por mim:

" Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.“

Honorável Secretário Geral da ONU Ban Ki -moon ,

Respeitado presidente da Assembleia Geral Vuk Jeremic

Enviado da ONU para a educação Gordon Brown ,

Anciãos respeitados e queridos irmãos e irmãs; hoje, é uma honra para

mim estar aqui, falando novamente após muito tempo.

Estar aqui com pessoas tão ilustres é um grande momento na minha vida.

Não sei por onde começar o meu discurso.

Não sei o que iriam estar à espera que eu dissesse. Mas antes de tudo,

quero agradecer a Deus, para quem somos todos iguais, e muito obrigado

a todas as pessoas que rezaram pela minha rápida recuperação e por uma

vida nova.

Eu não posso acreditar na quantidade de amor que as pessoas me têm

mostrado. Tenho recebido milhares de cartões, presentes e desejos de

melhoras de todo o mundo.

Obrigado a todos eles. Obrigada às crianças cujas palavras inocentes me

encorajaram.

Obrigada aos meus anciãos, cujas orações me fortaleceram. Gostaria de

agradecer aos meus enfermeiros, médicos e todos os funcionários dos

hospitais do Paquistão e no Reino Unido e do governo dos Emirados

Árabes Unidos, que me ajudaram a ficar melhor e recuperar a minha

força.

Apoio plenamente o Sr. Ban Ki -moon, Secretário- Geral com o seu

“Global First Education Initiative” e com o trabalho do enviado especial da

ONU Gordon Brown.

Agradeço a ambos pela liderança que continuam a exercer. Eles

continuam a inspirar-nos a todos nós para a ação.

Page 3: Discurso de mala la yousafzai

Queridos irmãos e irmãs, lembrem-se de uma coisa:

O dia “Malala” não é o meu dia. Hoje é o dia de cada mulher, cada

menino e cada menina que levantaram a sua voz pelos seus direitos. Há

centenas de ativistas de direitos humanos e assistentes sociais que não

estão apenas falando sobre direitos humanos, mas que estão lutando para

atingir objectivos de paz, de educação e igualdade. Milhares de pessoas

foram mortas pelos terroristas e milhões ficaram feridos . Eu sou apenas

um deles.

Então, aqui estou ...Então, aqui estou, uma menina entre muitos. Eu falo -

não por mim, mas por todas as meninas e meninos. Eu levanto a minha

voz - não para que eu possa gritar, mas para que aqueles sem voz possam

ser ouvidos. Aqueles que lutam pelos seus direitos :

O direito de viver em paz.

O direito de ser tratado com dignidade.

O direito à igualdade de oportunidades.

O direito de ser educado.

Caros amigos, no dia 9 de outubro de 2012 um Talibã atingiu-me no lado

esquerdo da minha testa.

Eles atiraram também sobre os meus amigos.

Eles achavam que as balas nos iriam silenciar .

Mas eles falharam. E então, do silêncio chegou, milhares de vozes.

Os terroristas pensaram que iriam mudar os meus objetivos e parar as

minhas ambições, mas nada mudou na minha vida a não ser isto:

Fraqueza, medo e falta de esperança morreram .

Força, poder e coragem nasceram.

Eu sou a mesma Malala .

Minhas ambições são as mesmas.

Page 4: Discurso de mala la yousafzai

Minhas esperanças são as mesmas.

Meus sonhos são os mesmos.

Queridos irmãos e irmãs, eu não sou contra ninguém.

Também não estou aqui para falar em termos de vingança pessoal contra

os talibãs ou qualquer outro grupo terrorista.

Estou aqui para falar sobre o direito à educação de todas as crianças.

Eu quero educação para os filhos e filhas de todos os extremistas,

especialmente dos talibãs.

Eu nem odeio o Talibã que disparou sobre mim. Mesmo se tivesse uma

arma na mão e ele estivesse a minha frente Eu não o mataria.

Esta é a compaixão que aprendi com Muhammed, o profeta da

misericórdia, Jesus Cristo e Buda.

Este é o legado de mudança que eu herdei de Martin Luther King, Nelson

Mandela e Muhammad Ali Jinnah .

Esta é a filosofia da não-violência que eu aprendi com Gandhi Jee , Bacha

Khan e Madre Teresa .

E este é o perdão que eu aprendi com a minha mãe e pai.

Isto é o que a minha alma me diz, estar em paz e amor com todos.

Queridos irmãos e irmãs, apercebemo-nos da importância da luz quando

vemos escuridão.

Apercebemo-nos da importância da nossa voz quando estamos em

silêncio.

Da mesma forma, que quando estávamos em Swat, no norte do

Paquistão, apercebemo-nos da importância das canetas e livros quando

vimos as armas.

O sábio ditado, " A caneta é mais poderosa que a espada " é verdade.

Os extremistas têm medo dos livros e das canetas.

Page 5: Discurso de mala la yousafzai

O poder, o poder da educação assusta.

Eles têm medo das mulheres. O poder da voz das mulheres assusta-os.

E foi por isso que mataram 14 inocentes estudantes no recente ataque a

Quetta .

E é por isso que eles mataram muitas professoras em Khyber

Pukhtoonkhwa.

É por isso que eles estão explodindo escolas todos os dias.

Porque eles têm medo da mudança, medo da igualdade que vamos trazer

para a nossa sociedade.

Lembro-me que havia um rapaz em nossa escola que foi questionado por

um jornalista: "Por que razão são os Talibã contra a educação? " Ele

respondeu de forma muito simples.

Apontando para seu livro, ele disse: " O Talibã não sabe o que está escrito

dentro deste livro. " Eles pensam que Deus é um pequeno ser

conservador, que iria enviar as meninas para o inferno só por causa de ir à

escola.

Os terroristas estão fazendo mau uso do nome do Islão e da sociedade

Pashtun apenas para seus próprios benefícios pessoais.

O Paquistão é um pais amante da paz e democrático.

Pashtuns querem educação para os seus filhos e filhas.

E o Islão é uma religião de paz, de humanidade e fraternidade.

O Islão não só diz que é um direito de cada criança a obtenção de

educação, mas também, um dever e responsabilidade do islão em dá-lo.

Honorável Secretário-geral, a paz é necessária para a educação.

Em muitas partes do mundo, especialmente no Paquistão e no

Afeganistão, o terrorismo, as guerras e conflitos estão a impedir as

crianças para ir para suas escolas.

Estamos realmente cansados dessas guerras.

Page 6: Discurso de mala la yousafzai

Mulheres e crianças estão sofrendo em muitas partes do mundo, de

muitas maneiras.

Na Índia, as crianças inocentes e pobres são vítimas do trabalho infantil.

Muitas escolas foram destruídas na Nigéria.

Pessoas no Afeganistão foram afetados pelas barreiras de extremismo

durante décadas.

As meninas tem que fazer o trabalho infantil doméstico e são forçadas a

casar-se em idade precoce .

Pobreza, ignorância, injustiça, racismo e a privação dos direitos básicos

são os principais problemas enfrentados por ambos, homens e mulheres .

Caros companheiros, hoje estou realçando os direitos das mulheres e da

educação das meninas, porque são elas que estão sofrendo mais.

Houve um tempo em que ativistas sociais mulheres pediram a homens

para lutar por seus direitos.

Mas, desta vez, vamos fazê-lo nós mesmas.

Eu não estou dizendo que os homens devem se afastar de falar dos

direitos das mulheres, em vez estou realçando a importância das mulheres

serem independentes e lutarem por si mesmas.

Queridos irmãos e irmãs, agora é hora de falar.

Então, hoje, apelemos aos líderes mundiais para alterar as suas políticas

estratégicas em favor da paz e da prosperidade.

Apelemos aos líderes mundiais para que todos os acordos de paz sejam

cumpridos e devam proteger as mulheres e os direitos das crianças.

Um acordo que vai contra a dignidade da mulher e dos seus direitos é

inaceitável.

Apelemos a todos os governos para garantir a educação gratuita e

obrigatória para todas as crianças em todo o mundo.

Page 7: Discurso de mala la yousafzai

Apelemos a todos os governos para lutar contra o terrorismo e a violência,

para proteger as crianças de brutalidade e danos.

Apelemos aos países desenvolvidos para apoiar a expansão de

oportunidades educacionais para as meninas no mundo em

desenvolvimento.

Apelemos a todas as comunidades para serem tolerantes - para rejeitarem

os preconceitos baseados em, cor, religião ou sexo. Para garantir a

liberdade e igualdade para as mulheres, para que assim possam florescer.

Nós não podemos todos ter sucesso quando metade de nós são retidos.

Apelemos a todos os nossos irmãos ao redor do mundo para serem

corajosos - a abraçar a força dentro de si e se aperceberem de todo o seu

potencial.

Queridos irmãos e irmãs, queremos escolas e educação para todas as

crianças para assim poderem ter um futuro brilhante.

Vamos continuar o nosso caminho para o nosso destino de paz e educação

para todos.

Ninguém nos pode parar.

Vamos falar dos nossos direitos e vamos trazer a mudança através da

nossa voz.

Devemos acreditar no poder e na força de nossas palavras.

Nossas palavras podem mudar o mundo.

Porque todos nós estamos juntos, unidos pela causa da educação.

E se nós queremos alcançar o nosso objetivo, então vamos nos fortalecer

com a arma do conhecimento e vamos nos proteger com a unidade e

união.

Queridos irmãos e irmãs, não podemos esquecer que milhões de pessoas

estão sofrendo com a pobreza, a injustiça e a ignorância.

Não devemos esquecer que milhões de crianças estão fora das escolas.

Page 8: Discurso de mala la yousafzai

Não devemos esquecer que os nossos irmãos e irmãs estão à espera de

um futuro de paz brilhante.

Por isso, vamos travar, vamos travar, uma luta global contra o

analfabetismo, a pobreza e o terrorismo vamos agarrar, vamos agarrar em

nossos livros e canetas.

Eles são as nossas armas mais poderosas.

Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o

mundo.

A educação é a única solução.

"Obrigado”

Page 9: Discurso de mala la yousafzai

ANALISE DISCURSO DE MALALA YOUSAFZAI

No início de 2009, com 11 anos de idade, Malala Yousafzai escreveu um

blogue sob um pseudônimo para a BBC relatando detalhadamente como era a

sua vida sob o regime Talibã, nomeadamente as suas tentativas de ficar com o

controle da região, e seus pontos de vista sobre a promoção da educação para

mulheres. No verão seguinte, um documentário do The New York Times foi

filmado sobre sua vida. Malala Yousafzai destacou-se, dando entrevistas para

jornais e televisão, foi nomeada para o Prêmio internacional da Criança pelo

ativista sul-africano Desmond Tutu.

Em 9 de outubro de 2012, Malala foi baleada na cabeça e pescoço numa

tentativa de assassinato por talibãs armados, quando voltava para casa num

autocarro escolar. Nos dias que se seguiram ao ataque, ela permaneceu

inconsciente e em estado crítico, mas mais tarde a sua condição melhorou o

suficiente para que fosse enviada para o Queen Elizabeth Hospital, em

Birmingham, Inglaterra, para a reabilitação intensiva.

Em 12 de julho de 2013, Yousafzai comemorou seu aniversário de 16,

anos discursando na Assembleia da Juventude na Organização das Nações Unidas

em Nova Iorque, Estados Unidos e é a retorica desse discurso, que passo a

analisar.

Segundo a Retórica de Aristóteles, este discurso define-se como um

discurso deliberativo, ou seja, é um discurso elaborado com o objectivo de

influenciar, persuadir a decisão futura dos ouvintes.

Malala tem uma Tese, “A Paz é necessária à educação” acompanhada

com os seguintes argumentos:

- Todos têm o direito de viver em paz;

- Todos têm o direito de viver com dignidade;

- Todos têm o direito de serem instruídos;

- Todos têm o direito à igualdade de oportunidades;

Page 10: Discurso de mala la yousafzai

Irá tentar persuadir esta assembleia onde discursa, composta não só

pelos jovens representantes de cada país membro, como também por altos

cargos e representantes da ONU, pessoas com grande poder de decisão terem

como objetivo principal a luta pela paz e educação.

Ao longo do seu discurso, Malala com o intuito de inspirar os jovens, e

tocar quem decide. Deste modo recorre a várias formas de persuasão: o ethos ,

logos e pathos.

No ethos, Malala, por ser uma jovem corajosa que vivenciou e sofreu na

pele o ataque/massacre talibã, usa a sua voz para alertar à urgência de pôr

termo ao terrorismo, acreditando que o mesmo apenas poderá ser combatido

com o recurso à educação, que crê ser o único meio de travar a violência,

libertando o povo, crianças e adultos, do medo e da ignorância em que se

encontram; “O dia “Malala” não é o meu dia. Hoje é o dia de cada mulher, cada

menino e cada menina levantar a sua voz pelos seus direitos.”. A sua

personalidade confere-lhe uma credibilidade e verosimilhança muito grandes.

Então Malala estabelece um acordo prévio, ou seja, predetermina o

relato de factos, verdades, a sua própria história, utiliza topoi de qualidade por

exemplo: perdão, vida, morte, amor que permite a construção de argumentos

centrados na valorização dos direitos humanos, e naquilo que se acredita e que

se faz. Deste modo, o auditório irá estar atento, ansioso de a ouvir desde a

primeira palavra, receptivos de serem persuadidos.

De acordo com as características deste público, Malala, elaborou um

discurso emocional em torno de um eixo: sua história e sua capacidade de

perdoar, a par do seu conhecimento do que realmente acontece e de como

vivem as pessoas sem acesso à educação e da sua certeza que a educação não é

meramente uma solução, mas sim a única solução para atingir a paz. Note-se

nestes excertos do discurso:

“Eu nem odeio o Talibã que disparou sobre mim. Mesmo se tivesse uma

arma na mão e ele estivesse a minha frente Eu não o mataria. “

“Da mesma forma, que quando estávamos em Swat, no norte do

Paquistão, apercebemo-nos da importância das canetas e livros quando vimos

as armas.”

Page 11: Discurso de mala la yousafzai

“A educação é a única solução”.

Malala utiliza um estilo médio mas também recorre ao estilo elevado

para atingir os seus objectivos. Ela pretende captar a simpatia do auditório e

cativa-los para que adiram à sua causa e através do relato das suas experiências

pretende suscitar emoções profundas e comover o auditório como é por

exemplo o relato da sua história quando foi vítima de uma tentativa de

assassinato por parte de um talibã que acertou-lhe na testa, ”… um Talibã

atingiu-me no lado esquerdo da minha testa”. Descreve a sua determinação;

“Os terroristas pensaram que iriam mudar os meus objetivos e parar as minhas

ambições, mas nada mudou na minha vida a não ser isto: Fraqueza, medo e

falta de esperança morreram. Força, poder e coragem nasceram. Eu sou a

mesma Malala”. Ao expor assim o seu discurso, irá incutir a necessidade nos

ouvintes de futuramente, adotarem uma postura forte e determinada de forma

a alcançarem a paz e lutarem pelos direitos humanos em todo o mundo.

Ela vai recorrer única e exclusivamente aos argumentos de experiência

através deles, desde o início do seu discurso vai começar a arranjar no

pensamento dos seus ouvintes um espaço para indo introduzindo as suas

premissas até chegar ao que pretende incutir

Assim, no início deste manifesta ser uma pessoa humilde através do

elogio, reconhecimento, e orgulho por estar presente na ONU e algum

nervosismo próprio destas ocasiões; “Honorável Secretário Geral da ONU Ban

Ki –Moon”; “Estar aqui com pessoas tão ilustres é um grande momento na

minha vida”; “Não sei por onde começar o meu discurso”.

Assim, e na minha opinião, através desta exposição do seu carácter

moral, humildade os ouvintes irão aumentar a sua confiança e empatia por ela.

Esta irá aumentar gradualmente com o relato da sua história, corajosa e também

porque estes irão se identificar com alguns dos seus valores e com a sua luta.

No recurso ao logos, Malala introduz o seu discurso de uma forma

coerente e clara. Começa por cumprimentar a assembleia, elogia os presentes

“…liderança que continuam a exercer. Eles continuam a inspirar-nos a todos nós

Page 12: Discurso de mala la yousafzai

para a ação…” e apresenta o seu objetivo “...Então, aqui estou, uma menina

entre muitos. Eu falo - não por mim, mas por todas as meninas e meninos. Eu

levanto a minha voz - não para que eu possa gritar, mas para que aqueles sem

voz possam ser ouvidos”. Para defender a sua tese, bem como a maneira de

como olha para a questão, utiliza metáforas como:

“….importância das canetas e livros…” que representa o

conhecimento, saber, que conduz à construção de um mundo justo, novo em

que todos os cidadãos têm os mesmos direitos e oportunidades.

“…armas…”representando aqui o regime opressivo dos talibã,

terrorismo, violência.

“…apercebemo-nos da importância da luz quando vemos escuridão”, e

aqui “escuridão” representa a ignorância, o medo, aspetos que levam a atitudes,

comportamentos de violência, terrorismo. A “luz” metáfora do saber que é o

meio de combate à ignorância e ao medo, que por conseguinte conduz à paz. A

“luz” é sinónimo de liberdade de expressão em plena consciência.

A oradora identifica-se e caracteriza-se com diferentes filosofias de vida

invocando grandes personagens da história mundial símbolos de exemplos de

vida a seguir. Como filosofia da não violência “que eu aprendi com Gandhi Jee ,

Bacha Khan e Madre Teresa”. Filosofia de mudança “legado de mudança que eu

herdei de Martin Luther King, Nelson Mandela e Muhammad Ali Jinnah”.

Filosofia de compaixão e misericórdia “compaixão que aprendi com Muhammed, o

profeta da misericórdia, Jesus Cristo e Buda”. Dando exemplos vida seus que

comprovam isso mesmo; “Eu nem odeio o Talibã que disparou sobre mim.

Mesmo se tivesse uma arma na mão e ele estivesse a minha frente Eu não o

mataria”; “não estou aqui para falar em termos de vingança pessoal contra os

talibãs ou qualquer outro grupo terrorista”; “este é o perdão que eu aprendi

com a minha mãe e pai”.

Além destas abordagens vai utilizar a amplificação e a repetição de

palavras para prolongar a atenção do auditório, e consequentemente reforçar a

coesão da sua tese, e apelar à sua luta como sendo uma luta de todos os

Page 13: Discurso de mala la yousafzai

presentes no auditório; “…Queridos irmãos e irmãs…“,”…Apelemos a todos os

governos…” , “Porque todos nós estamos juntos, unidos pela causa da

educação”

Durante o seu discurso utiliza outros, recursos, artifícios retóricos

como; A utilização da questão retórica para desenvolver a tese do discurso e

simultaneamente interpelar e conduzir o auditório à reflexão, “…Porque são os

talibã contra a educação ?...”;

O paralelismo sintático, anafórico (repetição) “…esta é…”/“…esta é…”, “O

poder, o poder…”, “…vamos travar, vamos travar…”,”…vamos agarrar, vamos

agarrar…”, para reforçar as suas ideias, convicções e assim captar a atenção do

auditório.

A Invocação, o chamar, interpelar “Queridos irmãos….”,”Caros amigos…”, o

uso desta traduz uma estratégia discursiva, em que o objetivo é envolver o

auditório e captar a sua atenção, interesse sobre a matéria apresentada.

Metáforas como por exemplo “…A caneta é mais poderosa que a espada…”,

reforça a importância do conhecimento como parâmetro essencial à construção

de um mundo, que saiba respeitar o direito do próximo em viver em paz e com

dignidade. O uso da primeira pessoa do plural (nós) “Vamos travar…”,

”…estamos juntos…”, deixa clara a ideia do quanto é necessário o contributo de

todos para concretizar uma sociedade instruída, educada com princípios

baseados na igualdade de direitos e oportunidades para que todos possam

aprender e que a paz seja alcançada. “Apelemos aos líderes mundiais …”,

“Apelemos aos países desenvolvidos…”, “Apelemos a todas as

comunidades…”, “Apelemos a todos os nossos irmãos…”. Note-se que pela

repetição do apelo a figuras, lideres, instituições, setores de poder, Malala

Yousafzai pretende convocá-los para que, em primeira instância, apoiem a

expansão de oportunidades educacionais, e lutarem contra a violência para

garantirem a educação obrigatória para todas as crianças em todo o mundo.

Page 14: Discurso de mala la yousafzai

Nome: Vitor Manuel Gavina Faria

Numero: 2110312