displasia coxofemoral em cães
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Apresentação em formato PDF sobre a Displasia Coxofemoral em CãesTRANSCRIPT
DISPLASIA COXOFEMORAL
Universidade Federal Rural do Semi-ÁridoDepartamento de Ciências Animais – DCADisciplina: Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais
DISPLASIA COXOFEMORAL
Introdução
� Ocorre em muitas espécies de mamíferos;
� É uma condição médica séria, tanto em humanosquanto em cães, porém nesses últimos a prevalênciaé de 50%, enquanto que nas pessoas é de apenasé de 50%, enquanto que nas pessoas é de apenas1%; (Baker Institute – Cornell University)
� Possível em todas as raças, sobretudo naquelas degrande porte e que se desenvolvam rapidamente.
Conceito
� DISPLASIA = DIS (mal) + PLASIA (forma), é a máformação das articulações coxofemorais. Incide emtodas as raças de cães, principalmente nas grandes ede crescimento rápido. Atinge igualmente machos ede crescimento rápido. Atinge igualmente machos efêmeas, podendo comprometer uma ou as duasarticulações.
Sommer, E.L - PROVET
Histórico
Schnelle1930
• Descreveu pela primeira vez a displasia coxofemoral;
Konde
1947
• Comentou sua origem hereditária;1947
Schales
1959
• Descreveu como má formação e indicou o exame radiográfico para o diagnóstico.
Wayne e Riser 1964
• Relacionaram o crescimento rápido e precoce, e ganho de peso de Pastores Alemães com transmissão genética.
Norberg e Olsson1966
• Consideraram como má formação hereditária e a subluxação consequente da alteração anatômica.
Sommer, E.L - PROVET
Transmissão
� Hereditária:
� Recessiva;
� Poligênica;
� Fatores nutricionais, biomecânicos e de meio ambiente.
Etiopatogenia
� A DCF é uma má formação descrita como de origemgenética;
�O modelo de herança parece ser poligênico, nãoseguindo as leis mendelianas básicas;seguindo as leis mendelianas básicas;
�Múltiplos fatores podem influenciar ou modificar suamanifestação genética.
Tôrres, R. C. S.
Etiopatogenia
� Existem também fatores não hereditários como ofornecimento aos cães, de dietas incorretas:� Ricas em proteína, energia, cálcio e fósforo, por cães em crescimento
Tôrres, R. C. S.
Etiopatogenia
� Pesquisadores fundamentam seus estudos nasmodificações bioquímicas do líquido sinovial;
� Diminuição do cloro (carga negativa) e aumento dosódio e potássio (cargas positivas);sódio e potássio (cargas positivas);
� Em função destas alterações ocorre um aumento daosmolaridade, que traz como conseqüência o aumentoda quantidade do mesmo líquido e a sinovite, comdesidratação da cartilagem articular.
Sommer, E.L - PROVET
Sintomatologia
� Principalmente entre os 4 primeiros meses e 1 ano de vida do animal;
� Diminuição da atividade do animal;
� Dor nas articulações comprometidas;
� Dificuldades para levantar, caminhar, correr, saltar e � Dificuldades para levantar, caminhar, correr, saltar e subir escadas;
� Claudicação;
� Deslocam o peso mais sobre os membros anteriores;
� Para correr poderão imitar a corrida de coelhos;
� Atrofia muscular.
Sommer, E.L - PROVET
Exame Clínico
� Observação do animal em estação, caminhando e trotando;
� Constatação de aumentos de volumes e assimetrias nos membros;nos membros;
� Busca da presença da dor;
� Crepitação e amplitude do movimento articular;
� Sinal de Ortolani;
� Sinal de Bardens.
Exame Clínico - Sinal de Bardens
� Animais mais leves e com menos de três meses deidade;
� Segurar o fêmur com uma mão e posicionar opolegar da outra na tuberosidade isquiática e opolegar da outra na tuberosidade isquiática e oindicador sobre o trocanter maior;
� Abduzir o fêmur paralelamente à mesa de exame;
Exame Clínico - Sinal de Ortolani
� Posicionar o fêmur paralelamente à superfície damesa de exame;
� Colocar a palma de uma das mãos sobre aarticulação coxofemoral e com a outra segurar aarticulação coxofemoral e com a outra segurar aarticulação do joelho pressionando o fêmur contra oseu acetábulo;
Exame Clínico - Sinal de Ortolani
� Abduzir ao máximo o fêmur;
� A cabeça do fêmur retornará a sua cavidadeacetabular, algumas vezes emitindo um som audível.
Diagnóstico
� Sinais clínicos;
� Sinais radiológicos:
� Acetábulo raso;
� Cabeça do fêmur não ajustada ao acetábulo;� Cabeça do fêmur não ajustada ao acetábulo;
� Contorno da cabeça do fêmur não acompanha contorno do acetábulo;
� Subluxação ou luxação da
cabeça do fêmur:�Método de Norberg (>105º).
Diagnóstico
� Método de Norberg:
� Determinação do centro da cabeça do fêmur;
� União desses centros numa mesma linha;
� Traçar linhas tangenciais ao bordo acetabular� Traçar linhas tangenciais ao bordo acetabularcraniolateral;
� Entre essas duas linha forma-se um ângulo:� Ângulo de Norberg.
Diagnóstico
� O procedimento radiográfico deverá ser realizado conforme as normas do CBRV:
� Idade;
� Contenção;
� Posicionamento;
� Identificação do filme;
� Tamanho do filme;
� Qualidade da radiografia;
� Laudo.
Classificação
� Grau A (HD –): Articulações coxofemorais normais
� A cabeça femoral e o acetábulo são congruentes;
�O espaço articular é estreito e regular; �O espaço articular é estreito e regular;
�O ângulo de Norberg, é de aproximadamente 105º;
� Animal apto à reprodução.
Classificação
� Grau B (HD +/–): Articulações coxofemorais próximas da normalidade
� A cabeça femoral e o acetábulo são ligeiramente incongruentes;
�O ângulo de Norberg, é próximo de 105º;
� Centro da cabeça femoral
se apresenta medialmente
à borda acetabular dorsal;
� Apto à reprodução.
Classificação
� Grau C (HD +): Displasia coxofemoral leve
� A cabeça femoral e o acetábulo são incongruentes.
�O ângulo de Norberg, é próximo de 100º;
� Poderão estar presentes irregularidades osteoartrósicas� Poderão estar presentes irregularidades osteoartrósicasna margem acetabular ou na cabeça e colo femoral;
� Ainda permitida reprodução.
Classificação
� Grau D (HD ++): Displasia coxofemoral moderada
� A incongruência entre a cabeça femoral e o acetábulo é evidente, com sinais de subluxação;
�O ângulo de Norberg, é de aproximadamente 95º;
� Presença de achatamento da borda do acetábulo ou sinais osteoartrósicos;
� Não apto à reprodução.
Classificação
� Grau E (HD +++): Displasia coxofemoral grave
� Há evidentes alterações displásicas da articulação coxofemoral, com sinais de luxação ou distinta subluxação.
�O ângulo de Norberg é menor que 90º.
� Há evidente achatamento da borda acetabular cranial,
deformação da cabeça femoral
ou outros sinais de osteoartrose;
� Não apto à reprodução.
Diagnóstico Diferencial
� Pan-osteíte;
� Osteocondrose;
� Osteodistrofia hipertrófica;
� Lesão parcial ou completa do ligamento cruzado cranial
(FOSSUM,2008)
Tratamento Clínico
� Repouso;
� Atividade física moderada;
� Dieta:� Sulfato de condroitina;Sulfato de condroitina;
� Sulfato de glicosamina;
�Omega 3;
� Antiinflamatórios e analgésicos;
� Acupuntura;
� Fisioterapia.
Tratamento Cirúrgico
� Ostectomia de Cabeça e Colo Femorais;
� Osteotomia Pélvica;
� Substituição Total do Quadril;
� Sinfisiodese Púbica Juvenil.
Sommer, E.L - PROVET
Pré-operatório
� Antibióticos sistêmicos perioperatórios devem ser administrados quando a osteotomia pélvica ou a substituição total do quadril forem realizadas;
� A administração epidural de anestésicos pode ser utilizada para diminuir a dose anestésica necessária para a redução do desconforto pós-operatório.
Ostectomia de Cabeça e Colo Femorais
� Realizar uma abordagem craniolateral;
� Luxar a articulação;
� Incisar o ligamento redondo, se já não estiver rompido;rompido;
� Realizar a ostectomia
� Identificar a linha de osteoctomia e a junção do colo com a metáfise do fêmur;
� Cavar anteriormente uma série de três ou mais orifícios ao longo da linha.
Ostectomia de Cabeça e Colo Femorais
� Palpar a superfície de incisão e remover as bordas;
� Suturar a cápsula articular sobre o acetábulo, se possível.
Osteotomia Pélvica
� Paciente em decúbito lateral;
� Incisar o tecido e liberar a origem do músculo pectíneo na eminência ileopectínea;
� Expor a borda cranial do púbis
� Rebater o periósteo das superfícies púbicas;
� Fazer osteotomia púbica
adjacente à parede media
do acetábulo;
� Suturar o tecido mole
Osteotomia Pélvica
� Incisar a pele no ponto médio, entre a proeminência medial do ísquio e a tuberosidade lateral;
� Elevar o músculo obturador interno cranialmente ao forame obturador;forame obturador;
� Incisar a origem periosteal do
músculo obturador externo;
� Osteotomia no assoalho isquial;
� Suturar o tecido mole
Osteotomia Pélvica
� A osteoctomia do íleo permite a rotação axial do acetábulo;
� Fazer uma incisão a partir da extremidade cranial da crista ilíaca, estendendo-a caudalmente de 1 a 2 cm além do trocanter maior;além do trocanter maior;
� Realizar a osteotmia;
� Reduzir a osteotomia e aplicar
parafusos de placa no segmento
cranial;
� Suturar os tecidos moles.
Sinfisiodese Púbica Juvenil
� Paciente em decúbito dorsal;
� Incisão na linha média ventral sobre a sínfise pélvica;
� Introduzir um afastador maleável no canal pélvico para proteger o reto e a uretra;para proteger o reto e a uretra;
� Expor a sínfise pélvica;
� Utilizando um eletrodo de espátula,
configurado a 40 watts, realizar a
ablação
Pós-operatório
� Administração de antibióticos, antiinflamatórios e analgésicos;
� Repouso total do paciente;� Repouso total do paciente;
� A fisioterapia e acupuntura tem um importante papel no restabelecimento da força muscular;
Prognóstico
� Condição da displasia no paciente;
� Procedimento cirúrgico realizado;
� A substituição total do quadril resulta em excelente retorno da função, a menos que ocorram complicações;
� Cuidados pós-operatórios.
Prevenção e Controle
� Não deixar o cão em pisos escorregadios;
� Exercitar a partir dos 3 meses de idade, mas sem exageros;
� A natação é recomendada, pois exercita a � A natação é recomendada, pois exercita a musculatura sem forçar a articulação;
� Evitar que o animal fique
muito gordo;
� Facilitar o dia-a-dia.