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1
Faculdades Unidas do Norte de Minas
Instituto de Ciências da Saúde
JULIA ELIS JOHANN PIGOSSO
DISTALIZAÇÃO DE MOLARES SUPERIORES
USANDO A ANCORAGEM ESQUELÉTICA:
REVISÃO DE LITERATURA
SANTA CRUZ DO SUL-RS
2013
2
JULIA ELIS JOHANN PIGOSSO
DISTALIZAÇÃO DE MOLARES SUPERIORES
USANDO A ANCORAGEM ESQUELÉTICA:
REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso
de Pós-graduação em Ortodontia das Faculdades
Unidas do Norte de Minas para obtenção do título de
especialista em ortodontia
Orientação Prof. Ms. Luís Fernando Côrrea Alonso
SANTA CRUZ DO SUL - RS
2013
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JULIA ELIS JOHANN PIGOSSO
DISTALIZAÇÃO DE MOLARES SUPERIORES
USANDO A ANCORAGEM ESQUELÉTICA:
REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso
de Pós-graduação em Ortodontia das Faculdades
Unidas do Norte de Minas para obtenção do título de
especialista em ortodontia
Orientação Prof. Ms. Luís Fernando Côrrea Alonso
Data da apresentação: 11/01/2013
Resultado:_________________
BANCA EXAMINADORA
Prof. Ms. Luís Fernando Corrêa Alonso ___________________
Prof. Dr. Ricardo Fidos Horliana ___________________
Prof. Mário Lania de Araujo ___________________
4
DEDICATÓRIA
À minha mãe, Irma Clarice Johann (in memorian), que sempre me incentivou a
perseverar em tudo que faço e de quem sinto cada vez mais saudade.
5
AGRADECIMENTOS
A Deus, obrigada.
Ao meu pai, Irno Januário Johann, de quem sempre escutei a frase: o importante é
começar, tudo que começa um dia termina!
Aos meus pais, obrigada pelo amor, carinho, dedicação e por estar sempre ao meu lado
para me ajudar no que for preciso, e por sempre acreditar em mim. Amo vocês!
Ao meu marido, Gustavo Pigosso, que me faz sentir tão feliz. A vida é bem mais
bonita contigo, obrigada por estar sempre ao meu lado. Te amo!
Ao professor, Luís Fernando Côrrea Alonso, obrigada pela dedicação ao curso, pelo
seu bom caráter, pelas palavras de conforto em horas difíceis, pela paciência conosco e com
os pacientes, pela orientação nas clínicas, neste trabalho e pela amizade.
À Alessandra e ao Maclovi, obrigada pela dedicação e eficiência nas clínicas e pela
amizade.
6
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse o amanhã
(Dado Villa-lobos, Renato Russo, Marcelo Bonfá)
7
RESUMO
Os mini-implantes associados a dispositivos de distalização surgiram como uma
alternativa de ancoragem para o tratamento. O objetivo deste estudo foi revisar a literatura
focando na distalização de molar usando a ancoragem esquelética. A idade dos indivíduos
incluídos nos trabalhos variou entre 10 anos e 45 anos. O tamanho dos mini-implantes variou
de 1,2mm a 4,5mm de diâmetro e 5 mm a 14mm de comprimento. Os dados mais relatados
nos artigos revisados foram: preferência da região palatina para a instalação dos mini-
implantes, a mola foi o dispositivo mais usado para a distalização, a média de força de
ativação mais usada foi de 200 a 250 gramas, o tempo mais relatado para alcançar a
distalização foi de 6 meses, a maioria dos artigos relatou magnitude de 4mm de distalização e
velocidade de distalização variou entre 0,1 a 1,25 mm por mês. O movimento distal dos
molares superiores usando ancoragem esquelética foi alcançado, na maioria dos artigos
revisados, com adequado controle de ancoragem, consistindo em uma alternativa que reduz a
necessidade de extração, é estético e não depende da colaboração do paciente.
Palavras-chave: ancoragem esquelética, mini-implante, molar superior e distalização.
8
ABSTRACT
Miniscrew combined to distalization appliances is an alternative anchorage option of
treatment. The aim of this study was to review the literature focusing on upper molar
distalization using skeletal anchorage. The age of people included in the studies varied from
10 to 45 years. The miniscrew varied from 1.2 mm to 4.5mm (diameter) and 5mm to 14 mm
(length). Data most related in the reviewed articles were: palatal region as preferred local of
installation of miniscrew, the coil spring as most used appliance in distalization, the medium
activation force was 200 to 250 grams, the most related time to achieve distalization was 6
months, majority of articles related a magnitude of 4mm of distalization and speed of
distalization varied from 0.1 to 1.25 mm per month. The distal movement of upper molar
using skeletal anchorage was achieved, in majority of the articles reviewed, with adequate
control of anchorage, consisting in an alternative that reduces the need of teeth extraction, is
aesthetic and does not need patient compliance.
Key words: skeletal anchorage, miniscrew, upper molar, distalization.
9
LISTA DE FIGURAS
Fig. 1, 2 e 3. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 21 anos.............. 19
Fig. 4. Radiografia panorâmica pré-tratamento de uma paciente de 21 anos................... 19
Fig. 5. Após 2 semanas de fixação da placa de ancoragem, antes dadistalização............ 20
Fig. 6. O pêndulo removível sendo ativado extraoralmente. Fig. 7. Durante o
tratamento com aparatologia fixa, o pêndulo mantém a ancoragem................................
20
Fig. 8 e 9. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica após 8 meses de
distalização.........................................................................................................................
20
Fig. 10, 11 e 12. Fotografias intraorais pós-tratamento..................................................... 21
Fig. 13. Fotografia intraoral pós-tratamento...................................................................... 21
Fig. 14 e 15. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento............ 21
Fig. 16 e 17. Fotografia pré-tratamento............................................................................ 22
Fig. 18 e 19. Fotografia pré-tratamento e aparelho Distal jet com mini-implante............ 22
Fig. 20 e 21. Fotografia pós-tratamento............................................................................ 22
Fig. 22. Fotografia pós-tratamento. Fig. 23. Mini-implante de ancoragem após
distalização........................................................................................................................
22
Fig. 24 e 25. Telerradiografia lateral antes e após tratamento........................................... 23
Fig. 26 e 27. Fotografias intraorais iniciais da paciente.................................................... 23
Fig. 28 e 29. Fotografias intraorais iniciais da paciente.................................................... 24
Fig. 30. Aparelho Keles slider modificado. Fig. 31. Após a distalização, o aparelho é
convertido em arco passivo (notar a remoção das molas).................................................
24
Fig. 32 e 33. Fotografias finais da paciente....................................................................... 24
Fig. 34 e 35. Fotografias finais da paciente....................................................................... 24
Fig. 36 e 37. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 16,5 anos........... 25
Fig. 38 e 39. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 16,5 anos........... 25
Fig. 40 e 41. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento............ 26
Fig. 42 e 43. Fotografias intraorais após distalização........................................................ 26
Fig. 44. Fotografia intraoral pós-tratamento...................................................................... 26
Fig. 45 e 46. Fotografias intraorais pós-tratamento........................................................... 26
Fig. 47 e 48. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento............ 27
10
Fig. 49 e 50. Mini-implante (em azul na 50) posicionado mesial a trava de ativação,
bloqueando movimento mesial do aparelho......................................................................
27
Fig. 51 e 52. Após distalização do molar, a força de compressão da mola do Distal jet
move a trava para distal do mini-implante. A perda de ancoragem é evitada
polimerizando resina entre o mini-implante e a trava (em amarelo na 52).......................
27
Fig. 53 e 54. Fotografias intraorais antes e após o tratamento.......................................... 28
Fig. 55, 56 e 57. Fotografias intraorais pré-tratamento..................................................... 28
Fig. 58 e 59. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento............ 28
Fig. 60, 61, 62, 63, 64 e 65. Após a distalização, fotografias intraorais, radiografia
oclusal e mini-implante......................................................................................................
29
Fig. 66, 67 e 68. Fotografias intraorais pós-tratamento.................................................... 29
Fig. 69 e 70. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento............ 29
Fig. 71, 72 e 73. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 13 anos........ 30
Fig. 74. Visão palatina do mini-implante.......................................................................... 30
Fig.75. Aparelho pêndulo com ancoragem esquelética. Fig. 76. Após a distalização de
molares superiores.............................................................................................................
30
Fig. 77 e 78. Telerradiografia lateral mostrando a posição do mini-implante antes e
após a distalização.......................................................................................................... ...
31
Fig. 79, 80 e 81. Fotografia pós-tratamento...................................................................... 31
Fig. 82, 83 e 84. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 26 anos........ 32
Fig. 85 e 86. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento............ 32
Fig. 87. Aparelho Distal jet ancorado no mini-implante entre o 1º e 2º pré-molar
esquerdo, após 4 meses de distalização. Fig. 88. Aparelho Distal jet convertido em
botão de Nance passivo e primeiro mini-implante removido............................................
33
Fig. 89, 90 e 91. Fotografias intraorais pós-tratamento..................................................... 33
Fig. 92. Telerradiografia de perfil pós-tratamento............................................................. 33
Fig. 93, 94 e 95. Fotografias intrabucais iniciais de uma paciente de 14 anos................. 34
Fig. 96. Mini-implantes instalados no palato................................................................... 34
Fig. 97. Simetria entre as molas e com as dimensões estabelecidas. Fig. 98. Ativação
das molas em 90º...............................................................................................................
34
Fig. 99, 100 e 101. Fotografias intrabucais após 6 meses de tratamento. ......................... 34
Fig.102 e 103. Mini-implante de titânio e anel intermediário de aço inoxidável.............. 35
Fig. 104. O aparelho pêndulo ativado é fixado ao mini-implante por meio de parafuso. 35
11
Fig. 105. O aparelho pêndulo fixado ao mini-implante e com as molas de titânio-
molibdênio encaixadas nos tubos palatinos dos molares
superiores...........................................................................................................................
Fig. 106, 107 e 108. Fotografias intraorais pré-tratamento.............................................. 36
Fig. 109 e 110. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento....... 36
Fig. 111. O mini-implante instalado. Fig. 112. Aparelho usado para a distalização........ 36
Fig. 113, 114 e 115. Fotografias intraorais pós-tratamento............................................... 37
Fig. 116 e 117. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós- tratamento...... 37
Fig. 118 e 119. Fotografias intraorais pré-tratamento....................................................... 37
Fig. 120. Fotografia intraoral pré-tratamento.................................................................... 38
Fig. 121 e 122 . Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento....... 38
Fig. 123. Visualização do aparelho no modelo................................................................. 38
Fig. 124. Fotografia intraoral após a instalação do aparelho. Fig. 125. Fotografia
intraoral após a distalização..............................................................................................
38
Fig. 126 e 127. Fotografias intraorais pós-tratamento...................................................... 39
Fig. 128. Fotografias intraorais pós-tratamento............................................................... 39
Fig. 129 e 130. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós- tratamento..... 39
Fig. 131, 132 e 133. Fotografias intraorais pré-tratamento.............................................. 40
Fig. 134 e 135. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento...... 40
Fig. 136. Placa palatina em C modificada e arco palatal com ganchos na lingual dos
caninos e elástico em corrente ligado a placa na região dos molares..............................
41
Fig. 137, 138 e 139. Fotografias intraorais pós-tratamento............................................ 41
Fig. 140 e 141. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento.... 41
Fig. 142, 143 e 144. Fotografias intraorais pré-tratamento............................................ 42
Fig. 145. Radiografia panorâmica pré-tratamento......................................................... 42
Fig. 146. Barra transpalatina modificada e mini-implante palatino. Fig. 147. Ativação
com corrente elástica.......................................................................................................
42
Fig. 148. Radiografia panorâmica após a distalização................................................... 43
Fig. 149, 150 e 151. Fotografias intraorais pós-tratamento............................................ 43
Fig. 152. Aparelho de distalização de molares avançado.............................................. 43
Fig. 153. e 154. Aparelho instalado em uma menina de 12 anos.................................. 44
12
Fig.155 e 156. Após a distalização................................................................................ 44
Fig. 157, 158 e 159. Fotografias intraorais pré-tratamento. ......................................... 45
Fig. 160 e 161. Mini-implantes instalados...................................................................... 45
Fig. 162. Ativação da distalização entre o mini-implante e 1º pré-molar na maxila......
Fig. 163. Após a distalização de molares, dentes anteriores alinhados............................
45
Fig. 164. Ativação da distalização entre o mini-implante e 2º pré-molar na mandíbula.
Fig. 165. Após a distalização de molares, dentes anteriores alinhados.............................
45
Fig. 166, 167 e 168. Fotografias intraorais pós-tratamento.............................................. 46
Fig. 169, 170 e 171. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 27 anos. 46
Fig. 172. Braço de força e sistema de mini-implante no arco superior............................ 46
Fig. 173 e 174. Braço de força e sistema de mini-implante no arco superior................. 47
Fig. 175, 176 e 177. Fotografias intraorais pós-tratamento............................................. 47
Fig. 178. Distalização dos dentes superiores usando a combinação mini-implante e
aparelho Forsus. Fig. 179. Após a distalização do molar. Fig. 180. Resultado final......
48
Fig. 181 Distalização usando a combinação mini-implante e ATP. Fig. 182. Vista
oclusal após a distalização do molar. Fig. 183. Após a retração anterior..........................
48
Fig. 184. Início da fase de alinhamento, para ganho de espaço na região anterior, foi
aplicada força de distalização dos caninos aos mini-implantes. Fig. 185. Retração em
massa através de força aplicada nos caninos.....................................................................
49
Fig. 186. Ancoragem indireta ligando o mini-implante aos dentes entre o canino e 1º
pré-molar. Fig. 187. Ancoragem direta com mini-implante instalado entre o 2º pré-
molar e 1º molar aplicando a força de retração no gancho................................................
49
Fig. 188. Ancoragem direta através do mini-implante instalado entre o 2º pré-molar e 1º
molar, aplicando a força de retração no gancho do canino. Placa palatina instalada na
altura dos 1º molares.....................................................................................................
50
Fig. 189, 190 e 191. Fotografias intraorais pré-tratamento............................................... 50
Fig. 192 e 193. Aplicação da força de distalização através das molas de nitinol............. 50
Fig. 194, 195 e 196. Fotografias intraorais pós-tratamento.............................................. 51
Fig. 197. A força de distalização foi aplicada ao canino superior através da mola de
nitinol conectada ao mini-implante....................................................................................
51
Fig. 198, 199 e 200. Placas de ancoragem ortodôntica de titânio para movimento distal
de molares superiores........................................................................................................ .
52
Fig. 201. Biomecânica do sistema de ancoragem esquelética para movimento distal de
molares superiores. Fig. 202. Movimento distal simples de molar. Fig. 203.
Movimento distal de molar em massa...............................................................................
52
13
Fig. 204, 205 e 206. Fotografias intraorais pré-tratamento de paciente com
apinhamento.................................................................................................................. ......
52
Fig. 207, 208, 209 e 210. Fotografias intraorais pós-tratamento........................................ 53
Fig. 211, 212 e 213. Fotografias intraorais pré-tratamento de paciente com relação de
classe II............................................................................................................... ...............
53
Fig. 214, 215 e 216. Fotografias intraorais pós-tratamento............................................... 53
Fig. 217, 218 e 219. Fotografias intraorais iniciais de paciente em tratamento para
descompensação de classe III antes de cirurgia................................................................
53
Fig. 220, 221 e 222. Fotografias intraorais finais de paciente que realizou tratamento
para descompensação de classe III.....................................................................................
54
Fig. 223, 224 e 225. Fotografias intraorais pré-tratamento................................................ 54
Fig. 226 e 227. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré- tratamento....... 55
Fig. 228 e 229. Mecanismo de movimento distal de molar. O mini-implante é
esplintado ao 1º pré-molar e uma mola aberta de nitinol é usada para aplicar a força
distal. Ganchos adicionais são anexados e uma força contínua é aplicada com elástico
em corrente.........................................................................................................................
55
Fig. 230 e 231. Mecanismo de movimento distal de molar............................................... 55
Fig. 232, 233 e 234. Fotografias intraorais após 1 ano de remoção da aparatologia fixa. 55
Fig. 235 e 236. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento........ 56
Fig. 237, 238 e 239. Fotografias intraorais pré-tratamento............................................... 56
Fig. 240 e 241. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré- tratamento...... 57
Fig. 242. Utilização do cursor com uma mola, ancorada no mini-implante, para efetuar
a distalização dos molares.................................................................................................
57
Fig. 243, 244 e 245. Fotografias intraorais pós-tratamento............................................... 57
Fig. 246 e 247. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós- tratamento...... 57
Fig. 248, 249 e 250. Ancoragem zigomática e aplicação de força de distalização de
450g com mola de nitinol fechada no grupo da ancoragem zigomática...........................
58
Fig. 251, 252 e 253. Fotografias intraorais pré-tratamento.............................................. 59
Fig. 254, 255 e 256. Biomecânica de distalização com o uso de mini-implantes............ 59
Fig. 257, 258 e 259. Fotografias intraorais pós-tratamento.............................................. 59
Fig. 260. Esquema de distalização do molar superior com ancoragem no mini-implante 60
Fig. 261. Mini-implante e o cursor para a distalização de molar..................................... 60
Fig. 262, 263 e 264. Fotografias intraorais pré-tratamento............................................. 61
14
Fig. 265 e 266. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento...... 61
Fig. 267 e 268. Mola fechada de nitinol ancorada no mini-implante foram usadas para
distalizar os molares superiores ligando as molas ao distal jig..........................................
61
Fig. 269, 270 e 271. Fotografias intraorais 2 anos após concluído o tratamento.............. 62
Fig. 272 e 273. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento........ 62
Fig. 274, 275 e 276. Fotografias intraorais pré-tratamento................................................ 62
Fig. 277 e 278. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré- tratamento....... 63
Fig. 279. Modelo do sistema de distalização..................................................................... 63
Fig. 280, 281 e 282. Instalação do sistema de distalização................................................ 63
Fig. 283. Instalação do segundo mini-implante.................................................................. 63
Fig. 284 e 285. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica antes de remover a
aparotologia fixa................................................................................................................
64
Fig. 286, 287 e 288. Fotografias intraorais pós-tratamento............................................... 64
Fig. 289 e 290. Arco intraoral modificado usado para a distalização e ativação do
aparelho..............................................................................................................................
65
15
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………….. 16
2 REVISÃO DE LITERATURA…………………………………………….. 19
3 PROPOSIÇÃO……………………………………………………………… 66
4 DISCUSSÃO……………………………………………………………….. 67
5 CONCLUSÃO……………………………………………………………… 76
REFERÊNCIAS………………………………………………………………. 77
16
1. INTRODUÇÃO
A maloclusão de classe II é o problema mais frequente na prática ortodôntica.
(PAPADOULOS, 2008) Nos Estados Unidos, aproximadamente um terço dos pacientes
ortodônticos são tratados devido a esta maloclusão. (PROFFIT; FIELDS; SARVER, 2007)
No Brasil, há uma prevalência de cerca de 42% de indivíduos que apresentam a relação de
classe II. (REIS; FILHO; MANDETTA, 2002)
O tratamento da classe II dentária, em indivíduos adultos, geralmente requer extração
dos pré-molares ou movimento distal dos molares. (CHOI et al., 2007)
Para o tratamento sem extrações, é necessário o movimento do arco superior para
distal, o movimento anterior do arco inferior ou a combinação de ambos. (PARK; KWON;
SUNG, 2004)
A tração extra-oral cervical, que tem sido usada desde os anos de 1800, é o método
mais antigo e mais comumente empregado para correção de classe II pela restrição de
crescimento da maxila e/ou distalização dos molares superiores. Apesar de sua eficácia, este
tratamento depende da cooperação do paciente, além da dificuldade de uso e preocupações
estéticas que dificultam a cooperação do paciente durante o curso do tratamento. (KAYA et
al., 2009)
Os dispositivos de distalização de molares que não dependem da colaboração do
paciente e se utilizam do suporte dento mucoso são muito utilizados na correção das más
oclusões de Classe II de natureza dentoalveolar em pacientes adultos e não-colaboradores.
(VILLELA et al., 2008) Porém, desenvolvem efeitos adversos como perda de ancoragem da
parte de reação, vestibularização dos incisivos, inclinação distal e rotação dos molares
distalizados. Os dentes anteriores tendem a mover-se para frente durante a distalização dos
molares e precisam ser retraídos posteriormente. Este efeito colateral indesejado pode
acarretar num aumento do tempo de tratamento, pois estas unidades terão que ser
movimentadas novamente no sentido contrário, para distal. (OH; PARK; KWON, 2001;
PARK; LEE; KWON, 2005) A recidiva da distalização do molar é comumente observada
porque os molares são usados como ancoragem durante a distalização e retração dos pré-
molares, caninos e incisivos. (KAYA et al., 2009)
Todos os movimentos intrabucais necessitam de dois pontos de apoio para que sejam
realizados, um movimento de ação e outro de reação. Se não quisermos que o ponto de reação
17
se movimente, devemos usar aparelhos auxiliares de ancoragem para impedi-lo. Podemos
chamar o ponto de ação de unidade de movimentação e o ponto de reação de unidade de
ancoragem. (ZANELATO et al., 2009)
A maloclusão de classe II é uma das mais difíceis de tratar e a ancoragem estacionária
é um dos principais fatores determinantes do sucesso do tratamento. (KELES; ERVERDI;
SEZEN, 2003)
Os mini-implantes ortodônticos de ancoragem esquelética surgiram como opções
preciosas na manutenção da ancoragem, auxiliando na biomecânica ortodôntica. Os mini-
implantes simplificam a aparatologia ortodôntica e absorvem, muitas vezes, as indesejadas
unidades de reação. O procedimento cirúrgico de instalação é simples, a cicatrização é rápida
e a ativação pode ser imediata. Os mini-implantes possuem tamanho reduzido e resistem bem
às forças ortodônticas de tração. Não há osseointegração, a retenção é obtida mecanicamente,
permitindo que os mesmos sejam instalados em diversas áreas do osso alveolar, inclusive
entre as raízes, facilitando a remoção. A compreensão e o controle das forças de reação da
biomecânica ortodôntica podem ser um diferencial na busca do melhor resultado clínico, uma
vez que a ancoragem não se ganha; ela é preservada ou perdida. (ZANELATO et al., 2009)
De acordo com o estudo de Blaya et al.(2010), noventa por cento dos pacientes
escolheram instalar mini-implantes em vez de extrair pré-molares (camuflagem ortodôntica),
usar um aparelho extraoral ou algum outro tratamento de não-cooperação para o tratamento
da classe II.
Tendo em vista a crescente demanda de pacientes adultos para o tratamento
ortodôntico, em que a relação de classe II é de grande prevalência, e os tratamentos de
distalização baseados em ancoragem dento muco suportada apresentam diversos efeitos
adversos que dificultam um bom resultado, os aparelhos extra-orais apresentam grande
desvantagem estética e a rejeição dos pacientes frente a opção de extrações de pré-molares,
nos leva a buscar alternativas de ancoragem para a execução do tratamento, possibilitando
resolver essas maloclusões.
O surgimento do uso de mini-implantes para ancoragem esquelética abre uma vasta
possibilidade de sua utilização, combinado aos mais variados aparelhos, alguns já conhecidos
e que são remodelados para se adaptarem a essa nova forma de ancoragem e outros são
criados originalmente para o uso conjugado aos mini-implantes. Esse recente dispositivo de
18
ancoragem esquelética deve ser pesquisado para verificar quais são as possibilidades de uso.
Com o objetivo de contribuir nesse processo de estudo, foi realizada uma revisão de literatura
direcionada a casos em que a técnica de distalização de molares superiores foi usada baseada
na ancoragem esquelética.
19
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Ancoragem na região palatina
Byloff et al. (2000) relataram um caso de distalização de molares superiores utilizando
o aparelho pêndulo ancorado em uma placa de ancoragem Graz (15x10mm), na região
palatina, que apresenta 4 aberturas para mini-implantes (5mm de comprimento). A paciente
de 21 anos apresentava relação de canino e molar classe II completa direita e classe II
completa de canino e relação topo a topo de molar esquerda, mordida profunda e
sobressaliência de 10 mm. Os incisivos estavam vestibularizados e apinhados. A relação
esquelética era de classe I, apresentando ângulo ANB (ângulo formado entre o ponto A ao
Nasion e Nasion ao ponto B) de 2º. Os 3º molares foram removidos para criar espaço
distalmente e diminuir a resistência à distalização. Após 8 meses de distalização, aplicando
uma força de 250g (gramas), ambos 1º e 2º molares foram distalizados em uma relação de
classe I levemente sobrecorrigida. O tratamento completo com a aparatologia fixa durou 22
meses. (figuras de 1 a 15)
Fig. 1, 2 e 3. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 21 anos.
Fonte: Byloff et al., 2000.
Fig. 4. Radiografia panorâmica pré-tratamento de uma paciente de 21 anos.
Fonte: Byloff et al., 2000.
20
Fig. 5. Após 2 semanas de fixação da placa de ancoragem, antes da distalização.
Fonte: Byloff et al., 2000.
Fig. 6. O pêndulo removível sendo ativado extraoralmente. Fig. 7. Durante o tratamento com
aparatologia fixa, o pêndulo mantém a ancoragem. Fonte: Byloff et al., 2000.
Fig. 8 e 9. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica após 8 meses de distalização.
Fonte: Byloff et al., 2000.
21
Fig. 10, 11 e 12. Fotografias intraorais pós-tratamento. Fonte: Byloff et al., 2000.
Fig. 13. Fotografia intraoral pós-tratamento. Fonte: Byloff et al., 2000.
Fig. 14 e 15. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento.
Fonte: Byloff et al., 2000.
Em 2002, Karaman, Basciftci e Polat relataram o uso do aparelho Distal jet
modificado ancorado em um mini-implante palatino (3x14mm) em um paciente de 11 anos
que apresentava relação de classe II esquerda e classe I direita. O molar superior esquerdo
apresentava-se mesializado devido a perda prematura do molar superior decíduo esquerdo.
Não havia espaço para a irrupção do 2º pré-molar superior esquerdo. Cefalometricamente,
apresentava o ângulo SNA (ângulo formado entre os pontos sela túrcica-S, nasion-N e ponto
22
A) e SNB (ângulo formado entre os pontos sela túrcica-S, nasion-N e ponto B) de 78º e ANB
de 0º. Após 4 meses, alcançou-se 5mm de distalização do molar superior, 2mm de intrusão do
1º molar superior esquerdo e a posição dos incisivos foi mantida estável. (figuras de 16 a 25)
Fig. 16 e 17. Fotografia pré-tratamento. Fonte: Karaman, Basciftci e Polat, 2002.
Fig. 18 e 19. Fotografia pré-tratamento e aparelho Distal jet com mini-implante.
Fonte: Karaman, Basciftci e Polat, 2002.
Fig. 20 e 21. Fotografia pós-tratamento. Fonte: Karaman, Basciftci e Polat, 2002.
Fig. 22. Fotografia pós-tratamento. Fig. 23. Mini-implante de ancoragem após distalização.
Fonte: Karaman, Basciftci e Polat, 2002.
23
Fig. 24 e 25. Telerradiografia lateral antes e após tratamento.
Fonte: Karaman, Basciftci e Polat, 2002.
Keles, Erverdi e Sezen (2003) realizaram uma modificação no aparelho Keles slider,
usando um mini-implante palatino (4,5x8mm) ao invés do botão de Nance. Relataram seu
uso em uma paciente de 17 anos que apresentava classe II. Após 3 meses da instalação do
mini-implante, aplicaram uma força de 200g durante 5 meses, resultando em uma distalização
de 3mm dos molares superiores. A relação de classe I foi alcançada em ambos os lados e os 1º
e 2º pré-molares moveram-se distalmente, permitindo o alinhamento dos caninos em uma
relação de Classe I. O movimento distal dos molares foi alcançado e não houve perda de
ancoragem no segmento anterior, sem inclinação dos incisivos ou aumento de sobressaliência.
O segundo estágio de aparatologia fixa foi iniciado após a distalização e durou 12 meses.
(figuras 26 a 35)
Fig. 26 e 27. Fotografias intraorais iniciais da paciente.
Fonte: Keles, Erverdi e Sezen, 2003.
24
Fig. 28 e 29. Fotografias intraorais iniciais da paciente.
Fonte: Keles, Erverdi e Sezen, 2003.
Fig. 30. Aparelho Keles slider modificado. Fig. 31. Após a distalização, o aparelho é
convertido em arco passivo (notar a remoção das molas).
Fonte: Keles, Erverdi e Sezen, 2003.
Fig. 32 e 33. Fotografias finais da paciente. Fonte: Keles, Erverdi e Sezen, 2003.
Fig. 34 e 35. Fotografias finais da paciente.
Fonte: Keles, Erverdi e Sezen, 2003.
25
Gelgör et al. (2004) investigaram a eficiência da ancoragem esquelética usando um
arco transpalatal soldado na banda dos 2º pré-molares e ligado ao mini-implante (1,8x14mm)
com resina fotopolimerizada. Na região vestibular, a ativação de 250g/f era realizada através
da mola aberta entre o 2º pré-molar e 1º molar superior. A amostra abrangeu 25 pacientes (18
do gênero feminino e 7 do gênero masculino) na faixa etária entre 11,3 e 16,5 anos. No
cefalograma, a média de distalização dos molares superiores foi de 3,9 mm, medida a partir da
cúspide vestibular mesial. A análise dos modelos foi realizada a partir de inspeção direta,
baseada em linhas verticais de referência da rafe e linhas de referência horizontais construídas
nos modelos de estudo e obtiveram média de 5 mm de distalização, em um período médio de
4,6 meses. (figuras 36 a 48)
Fig. 36 e 37. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 16,5 anos.
Fonte: Gelgör et al., 2004.
Fig. 38 e 39. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 16,5 anos.
Fonte: Gelgör et al., 2004.
26
Fig. 40 e 41. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento.
Fonte: Gelgör et al., 2004.
Fig. 42 e 43. Fotografias intraorais após distalização. Fonte: Gelgör et al., 2004.
Fig. 44. Fotografia intraoral pós-tratamento. Fonte: Gelgör et al., 2004.
Fig. 45 e 46. Fotografias intraorais pós-tratamento. Fonte: Gelgör et al., 2004.
27
Fig. 47 e 48. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento.
Fonte: Gelgör et al., 2004.
Em 2005, Carano et al. demonstraram o uso do aparelho Distal jet ancorado em um
mini-implante (mais de 2 mm de diâmetro) na região palatina entre 1º e 2º pré-molares
superiores, mesial ao ponto de ativação do Distal jet. O paciente apresentava classe II
asssimétrica e após 5 meses de distalização obteve-se a correção. (figuras 49 a 54)
Fig. 49 e 50. Mini-implante (em azul na 50) posicionado mesial a trava de ativação,
bloqueando movimento mesial do aparelho. Fonte: Carano et al., 2005.
Fig. 51 e 52. Após distalização do molar, a força de compressão da mola do Distal jet move
a trava para distal do mini-implante. A perda de ancoragem é evitada polimerizando resina
entre o mini-implante e a trava (em amarelo na 52). Fonte: Carano et al., 2005.
28
Fig. 53 e 54. Fotografias intraorais antes e após o tratamento.
Fonte: Carano et al., 2005.
Gelgor, Karaman e Buyukyilmaz (2006), relataram o caso de um menino de 13 anos
que apresentava relação de classe II molar esquerda e 2º pré-molar esquerdo superior
impactado. Foi utilizado um arco transpalatal em U soldado na banda dos 2º pré-molares
superiores, ligado ao mini-implante palatino (1,8 x 14mm) através de resina fotopolimerizada.
A ativação da distalização (250g/F no lado esquerdo) foi realizada por vestibular, através de
mola aberta entre 2º pré-molar e 1º molar superior. Após 3,6 meses, houve distalização de 3,9
mm e obteve-se relação de Classe I e espaço para irrupção do 2º pré-molar que estava
impactado. Na análise cefalométrica, os ângulos SNA de 86º, SNB de 84º e ANB de 2º
mantiveram-se inalterados antes e após o tratamento. (figuras 55 a 70)
Fig. 55, 56 e 57. Fotografias intraorais pré-tratamento.
Fonte: Gelgor, Karaman e Buyukyilmaz, 2006.
Fig. 58 e 59. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento.
Fonte: Gelgor, Karaman e Buyukyilmaz, 2006.
29
Fig. 60, 61, 62, 63, 64 e 65. Após a distalização, fotografias intraorais, radiografia oclusal e
mini-implante. Fonte: Gelgor, Karaman e Buyukyilmaz, 2006.
Fig. 66, 67 e 68. Fotografias intraorais pós-tratamento.
Fonte: Gelgor, Karaman e Buyukyilmaz, 2006.
Fig. 69 e 70. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento.
Fonte: Gelgor, Karaman e Buyukyilmaz, 2006.
Em 2006, Kircelli, Pektas e Kircelli realizaram uma pesquisa para avaliar a
distalização de molares utilizando o aparelho pêndulo ancorado a um mini-implante (2x8mm)
palatino. Em 2 pacientes, foram usados 2 mini-implantes bilateralmente a sutura palatina
mediana. A amostra estudada incluiu 10 pacientes, sendo 9 indivíduos do gênero feminino e 1
do masculino, média de 13,5 anos de idade e apresentavam relação de classe II molar. Após
período médio de 7 meses, os 1ºs molares superiores foram distalizados em média 6,4mm,
30
estabelecendo relação de classe I molar. A distância linear sagital do 1º molar superior a linha
pterigóidea vertical foi de 26,7mm antes da distalização e 20,3mm após a distalização. Não
foi observada alteração estatisticamente significante na posição dos incisivos superiores.
(figuras 71 a 81)
Fig. 71, 72 e 73. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 13 anos.
Fonte: Kircelli, Pektas e Kircelli, 2006.
Fig. 74. Visão palatina do mini-implante. Fonte: Kircelli, Pektas e Kircelli, 2006.
Fig.75. Aparelho pêndulo com ancoragem esquelética. Fig. 76. Após a distalização de molares
superiores. Fonte: Kircelli, Pektas e Kircelli, 2006.
31
Fig. 77 e 78. Telerradiografia lateral mostrando a posição do mini-implante antes e após a
distalização. Fonte: Kircelli, Pektas e Kircelli, 2006.
Fig. 79, 80 e 81. Fotografia pós-tratamento.
Fonte: Kircelli, Pektas e Kircelli, 2006.
Öncag, Akyalcin e Arikan (2007) relataram um caso de uma menina de 15 anos que
apresentava relação Classe II bilateral de molar, trespasse horizontal de 4 mm, trespasse
vertical de 3 mm, apinhamento superior e o canino superior esquerdo encontrava-se em infra-
vestíbulo-versão. Havia também um desvio de linha média dentária superior de 3,5mm para o
lado esquerdo. Sua face era simétrica na análise frontal, o perfil era suavemente convexo, com
ângulo nasolabial obtuso, lábios retruídos, e nariz e mento proeminentes. A análise
cefalométrica mostrou um ângulo ANB de 2º. Os incisivos superiores estavam
retroinclinados, enquanto que os incisivos inferiores estavam suavemente protruídos.
Cefalometricamente, suas medidas esqueléticas verticais foram consideradas dentro da
normalidade. Os autores utilizaram um mini-implante palatino (3,8x9mm) combinado com
molas pêndulo para a distalização de molares. A força de ativação foi de 300g/F
(grama/força). Após 6 meses, 7 mm de distalização foram obtidos para o lado direito e 7 mm
para o lado esquerdo, sem perda de ancoragem. O espaço ganho pela distalização do molar foi
usado para corrigir o apinhamento, reduzir o trespasse horizontal, e verticalizar os primeiros e
segundos molares maxilares. O ângulo nasolabial diminuiu, e os lábios tornaram-se
protruídos. A superposição dos traçados pré-tratamento, após a distalização e pós-tratamento
32
mostram a melhora do perfil do tecido mole, particularmente na área do lábio. Isto foi
conseguido pela vestibularização dos incisivos superiores e mandibulares. As medidas
verticais não aumentaram visto que os molares superiores foram verticalizados.
Velo, Rotunno e Cozzani (2007) utilizaram o aparelho Distal jet ancorado em um
mini-implante palatino para corrigir a relação de classe II unilateral esquerda em uma paciente
de 26 anos, que também apresentava mordida profunda. Na análise cefalométrica, o ângulo
SNA foi de 78º, SNB de 75º e ANB de 3º. O mini-implante de 1,5 x 11 mm foi instalado entre
o 1º e 2º pré-molar esquerdo e reposicionado após a distalização, entre o 2º pré-molar e 1º
molar esquerdo. A mola aberta ativada em 240g gerou a força de distalização nos molares.
No espaço criado entre a trava do aparelho e o mini-implante foi adicionada resina
fotopolimerizada até alcançar a relação de Classe I. O reposicionamento do mini-implante
permitiu a ancoragem da nova posição do molar. O tratamento com aparatologia fixa
completa durou 15 meses. Após a finalização, o ângulo SNA diminuiu para 77º, o SNB para
74º e o ANB manteve-se inalterado. (figuras 82 a 92)
Fig. 82, 83 e 84. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 26 anos.
Fonte: Velo, Rotunno e Cozzani, 2007.
Fig. 85 e 86. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento.
Fonte: Velo, Rotunno e Cozzani, 2007.
33
Fig. 87. Aparelho Distal jet ancorado no mini-implante entre o 1º e 2º pré-molar esquerdo,
após 4 meses de distalização. Fig. 88. Aparelho Distal jet convertido em botão de Nance
passivo e primeiro mini-implante removido. Fonte: Velo, Rotunno e Cozzani, 2007.
Fig. 89, 90 e 91. Fotografias intraorais pós-tratamento.
Fonte: Velo, Rotunno e Cozzani, 2007.
Fig. 92. Telerradiografia de perfil pós-tratamento.
Fonte: Velo, Rotunno e Cozzani, 2007.
Em 2008, Fuziy et al. apresentaram um caso em que foi usado o aparelho pêndulo
associado à ancoragem esquelética palatina (mini-implante de 2,7x14mm) para distalizar os
molares superiores. A paciente de 14 anos de idade era portadora de uma má oclusão de classe
II, divisão 1, cuja severidade da distoclusão de molares, pré-molares e de caninos era de meia
cúspide. Decorrido o período de 6 meses de tratamento, observou-se a obtenção da
34
sobrecorreção, de 2mm, da relação molar de Classe II, concomitantemente à distalização dos
molares superiores, houve a distalização dos pré-molares e caninos, pela ação das fibras
transeptais. (figuras 93 a 101)
Fig. 93, 94 e 95. Fotografias intrabucais iniciais de uma paciente de 14 anos.
Fonte: Fuziy et al., 2008.
Fig. 96. Mini-implantes instalados no palato. Fonte: Fuziy et al., 2008.
Fig. 97. Simetria entre as molas e com as dimensões estabelecidas. Fig. 98. Ativação das
molas em 90º. Fonte: Fuziy et al., 2008.
Fig. 99, 100 e 101. Fotografias intrabucais após 6 meses de tratamento.
Fonte: Fuziy et al., 2008.
35
Garib et al. (2008) implementaram uma modificação do aparelho pendulum para
ancorá-lo em um implante único, posicionado na região anterior do palato, posteriormente ao
forame incisivo. O mini-implante projetado para ancoragem ortodôntica apresenta diâmetro
de 3 mm e comprimento variando entre 6 mm e 14 mm. Um anel intermediário de aço
inoxidável foi idealizado para receber a solda com a estrutura metálica do aparelho pêndulo.
Esse anel de aço fixa-se ao mini-implante por meio de um parafuso. Primeiramente, executou-
se a estrutura metálica com fio de aço de 1 mm soldada ao anel intermediário de aço. Sobre a
estrutura metálica, adicionou-se a porção acrílica que representa o componente de ancoragem
do aparelho pêndulo. Desta maneira, o corpo de acrílico do aparelho inclui o anel de aço
inoxidável que se prende ao mini-implante palatino. O componente ativo do aparelho,
representado pelas molas distalizadoras de titânio-molibdênio (TMA), encaixam-se
anteriormente no acrílico e, posteriormente, no tubo palatino dos molares. Na etapa clínica,
após a confecção laboratorial do aparelho, o profissional primeiramente cimentou as bandas
aos primeiros molares superiores e, em seguida, encaixou o pendulo ativo no palato
parafusando-o sobre o mini-implante. O próximo e último passo foi encaixar as molas no tubo
palatino dos molares, finalizando o procedimento de instalação. (figuras 102 a 105)
Fig.102 e 103. Mini-implante de titânio e anel intermediário de aço inoxidável.
Fonte: Garib et al., 2008.
Fig. 104. O aparelho pêndulo ativado é fixado ao mini-implante por meio de parafuso.
Fig. 105. O aparelho pêndulo fixado ao mini-implante e com as molas de titânio-molibdênio
encaixadas nos tubos palatinos dos molares superiores.
Fonte: Garib et al., 2008.
36
Em 2008, Ozsoy relatou um caso de uma paciente de 19 anos em que foi realizada
distalização através de ancoragem dos 1ºs pré-molares ao botão de resina acrílica fixado ao
mini-implante (2x14mm) palatino e ativação de molas por vestibular em 250g/F. Ela
apresentava relação de classe I de canino e molar no lado esquerdo e relação de classe II
direita, sobressaliência de 5 mm e sobremordida de 4mm, linha média superior desviada 4
mm para a direita e a linha média inferior desviada 2 mm para a direita. Em 6 meses, obteve-
se a correção da relação de classe II direita em classe I através de uma distalização de 3,5 mm.
Houve intrusão de 2 mm dos 1ºs molares superiores. As medições nos modelos demonstraram
rotação distopalatal dos pré-molares e 1ºs molares superiores. Na análise cefalométrica, o
ângulo SNA pré e pós-tratamento variou de 80,9º para 81º, o ângulo SNB de 79,5º para 79º e
o ângulo ANB de 1,3º para 2º. (figuras 106 a 117)
Fig. 106, 107 e 108. Fotografias intraorais pré-tratamento. Fonte: Ozsoy, 2008.
Fig. 109 e 110. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento.
Fonte: Ozsoy, 2008.
Fig. 111. O mini-implante instalado. Fig. 112. Aparelho usado para a distalização.
Fonte: Ozsoy, 2008.
37
Fig. 113, 114 e 115. Fotografias intraorais pós-tratamento. Fonte: Ozsoy, 2008.
Fig. 116 e 117. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós- tratamento.
Fonte: Ozsoy, 2008.
Em 2008, Papadoulos relatou o uso do aparelho descrito por Keles, Erverdi e Sezen
(2003) usando 2 mini-implantes palatinos como ancoragem, ao contrário do original que
usava apenas 1 mini-implante. A ancoragem com 2 mini-implantes previne a rotação no caso
de aplicação de forças assimétricas, como no caso de distalização unilateral ou aplicação
bilateral de forças de diferentes magnitudes. A paciente de 11,5 anos apresentava relação de
classe II esquelética, sobressaliência de 10 mm e sobremordida de 4 mm, ângulo ANB de
6,1º, maxila protruída com ângulo SNA de 83,6º e mandíbula levemente retruída com ângulo
ANB de 77,5º. A superposição dos traçados cefalométricos mostraram movimento puro de
corpo dos 1ºs molares superiores sem inclinação distal ou extrusão e sem inclinação mesial
dos dentes anteriores. A distalização foi alcançada em um período de 6 meses, e o tratamento
com o uso da aparatologia fixa completa durou 18 meses. A análise da radiografia
cefalométrica lateral após o tratamento mostrou a manutenção da relação de classe II
esquelética. (figuras 118 a 130)
Fig. 118 e 119. Fotografias intraorais pré-tratamento. Fonte: Papadoulos, 2008.
38
Fig. 120. Fotografia intraoral pré-tratamento. Fonte: Papadoulos, 2008.
Fig. 121 e 122 . Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento.
Fonte: Papadoulos, 2008.
Fig. 123. Visualização do aparelho no modelo. Fonte: Papadoulos, 2008.
Fig. 124. Fotografia intraoral após a instalação do aparelho. Fig. 125. Fotografia intraoral
após a distalização. Fonte: Papadoulos, 2008.
39
Fig. 126 e 127. Fotografias intraorais pós-tratamento. Fonte: Papadoulos, 2008.
Fig. 128. Fotografias intraorais pós-tratamento. Fonte: Papadoulos, 2008.
Fig. 129 e 130. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós- tratamento.
Fonte: Papadoulos, 2008.
Em 2009, Gregolin, por meio de um estudo prospectivo, avaliou as alterações
promovidas pela distalização de molares superiores com um aparelho pêndulo modificado,
apoiado em 2 mini-implantes (2x8-10mm) instalados no palato de 10 indivíduos (2 do gênero
feminino e 8 do gênero masculino) com média de idade de 14,3 anos. Foi aplicada 250g/F
bilateralmente. A amostra foi composta por 20 modelos digitalizados em 3D(dimensões)
obtidos no início e após a distalização. Os resultados mostraram significativa distalização para
os segundos e primeiros molares superiores em média de 4,34 e 3,91mm, respectivamente.
Foi observado aumento transversal para os molares, de ambos os lados, quando avaliados pela
distância transversal de cada dente, e rotação mesiovestibular e inclinação distal das coroas
40
dos 1º molares superiores, de ambos os lados. Foi observada perda de ancoragem nos dentes
anteriores. Este dispositivo mostrou-se eficaz na correção da classe II em um tempo médio de
6,2 meses.
Em 2010, Kook, Kim e Chung utilizaram placas palatinas em C modificada (3
aberturas para mini-implantes de 1,8x6mm) para distalização do arco superior. A placa
palatina em C modificada serve de ancoragem para a distalização, através do uso de um arco
palatal com ganchos na lingual dos caninos e elástico em corrente ligado a placa na região dos
molares. Os autores relataram o caso de uma paciente de 11 anos que apresentava relação de
classe II de canino e de molar e mordida aberta. Após 4 meses de tratamento foi obtido espaço
de 4mm, e o tratamento foi interrompido aos 16 meses por razões pessoais da paciente. O
ângulo SNA variou de 79º para 79,5º, o SNB de76º para 75,5º e o ANB de 3º para 4,5º, antes
e após o tratamento, respectivamente. (figuras 131 a 141)
Fig. 131, 132 e 133. Fotografias intraorais pré-tratamento.
Fonte: Kook, Kim e Chung, 2010.
Fig. 134 e 135. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento.
Fonte: Kook, Kim e Chung, 2010.
41
Fig. 136. Placa palatina em C modificada e arco palatal com ganchos na lingual dos caninos e
elástico em corrente ligado a placa na região dos molares. Fonte: Kook, Kim e Chung, 2010.
Fig. 137, 138 e 139. Fotografias intraorais pós-tratamento.
Fonte: Kook, Kim e Chung, 2010.
Fig. 140 e 141. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento.
Fonte: Kook, Kim e Chung, 2010.
Oberti et al., em 2010, utilizaram uma barra transpalatina modificada e ancorada em
um mini-implante (2x11mm) palatino para distalizar os molares superiores em uma paciente
de 10 anos. Ela apresentava classe II esquelética, relação dentária de classe II, divisão 1 e
sobressaliência de 8mm. A ativação de 250g/F foi realizada com o uso do elástico em corrente
da barra transpalatina ao mini-implante. Após 5 meses, obtiveram 4 mm de distalização com
este dispositivo. (figuras 142 a 151)
42
Fig. 142, 143 e 144. Fotografias intraorais pré-tratamento. Fonte: Oberti et al., 2010.
Fig. 145. Radiografia panorâmica pré-tratamento. Fonte: Oberti et al., 2010.
Fig. 146. Barra transpalatina modificada e mini-implante palatino. Fig. 147. Ativação com
corrente elástica. Fonte: Oberti et al., 2010.
43
Fig. 148. Radiografia panorâmica após a distalização. Fonte: Oberti et al., 2010.
Fig. 149, 150 e 151. Fotografias intraorais pós-tratamento.
Fonte: Oberti et al., 2010.
Em 2010, Papadoulos demonstrou o aparelho avançado de distalização de molares
ancorado em 2 mini-implantes palatinos (2x8-10mm). O aparelho consiste de um arco
palatino em forma de ferradura ativado por molas de nitinol comprimidas que geram forças
para distalizar os molares. A correção da relação de classe II molar em classe I, segundo o
autor, leva em média de 6 a 8 meses. (figuras 152 a 156)
Fig. 152. Aparelho de distalização de molares avançado. Fonte: Papadoulos, 2010.
44
Fig. 153. e 154. Aparelho instalado em uma menina de 12 anos. Fonte: Papadoulos, 2010.
Fig.155 e 156. Após a distalização.
Fonte: Papadoulos, 2010.
2.2. Ancoragem palatina e vestibular
Em 2004, Park, Kwon e Sung relataram um caso de uma paciente de 28 anos que
apresentava classe I com apinhamento e planejaram a distalização de molares para o
tratamento. Os mini-implantes (1,2 x 10 mm) foram posicionados na região palatina entre 1º e
2º molares superiores e na região vestibular distalmente ao 2º molar inferior. Foi utilizada a
técnica de colagem de bráquetes lingual. Após 2 semanas da instalação dos mini-implantes,
molas foram ativadas do mini-implante ao 1º pré-molar, na maxila, e ao botão do 2º pré-molar
na mandíbula. Em 10 meses, houve 3 mm de distalização e resolução do apinhamento
anterior. Na análise cefalométrica, antes do tratamento, a paciente apresentava ângulo SNA de
81,5º, SNB de 78º e ANB de 3,5º e após o tratamento, SNA de 81º, SNB de 78º e ANB de 3º.
(figuras 157 a 168)
45
Fig. 157, 158 e 159. Fotografias intraorais pré-tratamento.
Fonte: Park, Kwon e Sung, 2004.
Fig. 160 e 161. Mini-implantes instalados. Fonte: Park, Kwon e Sung, 2004.
Fig. 162. Ativação da distalização entre o mini-implante e 1º pré-molar na maxila.
Fig. 163. Após a distalização de molares, dentes anteriores alinhados.
Fonte: Park, Kwon e Sung, 2004.
Fig. 164. Ativação da distalização entre o mini-implante e 2º pré-molar na mandíbula.
Fig. 165. Após a distalização de molares, dentes anteriores alinhados.
Fonte: Park, Kwon e Sung, 2004.
46
Fig. 166, 167 e 168. Fotografias intraorais pós-tratamento.
Fonte: Park, Kwon e Sung, 2004.
Lim e Hong (2008) relataram casos de distalização em que usaram um braço de força
e arco transpalatino ativados aos mini-implantes com elástico em cadeia (300g/F por palatino
e 150g/F por vestibular). Os mini-implantes foram instalados na região vestibular entre 2º pré-
molar e 1º molar superior e na região posterior da sutura palatina mediana. Um dos casos
relatados foi de uma paciente de 27 anos, que apresentava relação dentária de classe II molar,
mordida aberta e cefalometricamente apresentava classe II esquelética e perfil dolicofacial.
Em um período de 6 meses, obtiveram 3,4mm de distalização e 1,5mm de intrusão dos
molares superiores. O tratamento com aparatologia fixa completa durou 14 meses. O ângulo
SNA permaneceu inalterado em 75,3º antes e após o tratamento, enquanto que o SNB variou
de 71,3º para 72,4º e o ANB variou de 4º para 2,9º. (figuras 169 a 177)
Fig. 169, 170 e 171. Fotografias intraorais pré-tratamento de uma paciente de 27 anos.
Fonte: Lim e Hong, 2008.
Fig. 172. Braço de força e sistema de mini-implante no arco superior.
Fonte: Lim e Hong, 2008.
47
Fig. 173 e 174. Braço de força e sistema de mini-implante no arco superior.
Fonte: Lim e Hong, 2008.
Fig. 175, 176 e 177. Fotografias intraorais pós-tratamento.
Fonte: Lim e Hong, 2008.
Em 2011, Cope relatou em entrevista que tem verificado que, independentemente de o
mini-implante estar na vestibular ou palatina, é sempre melhor aplicar a força na vestibular
porque, nesse caso, a linha de força fica em posição vestibular em relação ao centro de
resistência do dente e ajuda na movimentação do molar da relação de Classe II para a chave
de oclusão. Cope relata sucesso com duas técnicas específicas para distalização. A primeira é
posicionar o mini-implante entre o incisivo lateral e o canino, e adaptar um aparelho Forsus
(3M Unitek, Monrovia, CA, EUA) do mini-implante ao primeiro molar superior, para
distalizar o molar e, então, permitir a retração dos caninos, seguida pela retração dos dentes
anteriores após a retirada do mini-implante. A segunda, colocar o mini-implante no palato, na
altura do primeiro pré-molar e a cerca de 2mm a 3mm da sutura palatina mediana, já que essa
não está consolidada em pacientes em crescimento. Então, adapta um arco transpalatino
(ATP) pré-fabricado, do mini-implante aos primeiros pré-molares ou caninos, e usa uma mola
espiral aberta na face vestibular para distalizar os molares. Após os molares estarem em chave
de oclusão, coloca o mesmo ATP dos molares ao mini-implante, para retrair os demais dentes.
Essa opção é geralmente melhor porque requer apenas um mini-implante e usa a mecânica
tradicional. (figuras 178 a 183)
48
Em 2011, Oh, Park e Kwon estudaram os efeitos da retração distal dos dentes
posteriores ancorados em mini-implantes. A amostra compreendeu 23 pacientes na faixa
etária entre 12 anos e 9 meses e 31 anos e 7 meses. Foram usados 70 mini-implantes,
distribuídos na região vestibular superior entre 2º pré-molar e 1º molar, na região palatina
entre o 1º e 2º molar em pacientes tratados com ortodontia lingual, na região distovestibular
ao 2º molar inferior, entre o 1º e 2º molar inferior e entre o 2º pré-molar e o 1º molar inferior.
Inicialmente, os arcos usados durante a distalização foram arcos retangulares de beta titânio e
foram trocados por fios de aço de 0.016 x 0.022 na maxila e 0.017 x 0.025 na mandíbula.
Após o alinhamento dos dentes anteriores, os seis dentes anteriores foram ligados, e a força de
distalização foi aplicada a partir dos caninos ou dos ganchos anteriores entre os incisivos
laterais e os caninos. A direção de aplicação da força foi para trás e para cima no arco superior
e para baixo e para trás no arco inferior. A ativação de 200g/F dos caninos ou pré-molares aos
mini-implantes foi realizada usando molas de nitinol fechadas e elásticos. Obtiveram uma
média de 1,4 a 2 mm de distalização e 1 mm de intrusão dos dentes posteriores superiores em
período médio de 20 meses. (figuras 184 e 185)
Fig. 178. Distalização dos dentes superiores usando a combinação mini-implante e
aparelho Forsus. Fig. 179. Após a distalização do molar. Fig. 180. Resultado final.
Fig. 181 Distalização usando a combinação mini-implante e ATP. Fig. 182. Vista
oclusal após a distalização do molar. Fig. 183. Após a retração anterior.
Fonte: Cope, 2001.
Fonte: Cope, 2001.
Fonte: Cope, 2001.
49
Fig. 184. Início da fase de alinhamento, para ganho de espaço na região anterior, foi aplicada
força de distalização dos caninos aos mini-implantes. Fig. 185. Retração em massa através de
força aplicada nos caninos. Fonte: Oh, Park e Kwon, 2011.
Em 2011, Yu et al. avaliaram as modalidades de distalização através da aplicação da
ancoragem esquelética usando a análise de elementos finitos. A amostra compreendeu 10
modelos com dentes comerciais. Os grupos de modelos analisados receberam 3 tipos de
tratamentos. No grupo 1, foi realizada a ancoragem indireta vestibular entre canino e 1º pré-
molar, ativando a distalização com molas aberta entre o 1º pré-molar e 1º molar. No grupo 2,
utilizaram a ancoragem direta através do mini-implante instalado entre o 2º pré-molar e 1º
molar, aplicando a força de retração no gancho do canino. No grupo 3, instalaram a placa na
região palatina e um arco palatal com ganchos na lingual dos caninos com molas abertas
ligadas a placa na região dos molares. A força de ativação foi de 150g. A distalização usando
placa palatina (grupo 3) apresentou distalização de corpo dos molares sem inclinação nem
intrusão, enquanto nos grupos de ancoragem vestibular (grupo 1 com ancoragem indireta e
grupo 2 com ancoragem direta) foi observada a inclinação distal e extrusão dos 1º molares, e a
vestibularização e intrusão dos incisivos. (figuras 186 a 188)
Fig. 186. Ancoragem indireta ligando o mini-implante aos dentes entre o canino e 1º pré-
molar. Fig. 187. Ancoragem direta com mini-implante instalado entre o 2º pré-molar e 1º
molar aplicando a força de retração no gancho. Fonte: Yu et al., 2011.
50
Fig. 188. Ancoragem direta através do mini-implante instalado entre o 2º pré-molar e 1º
molar, aplicando a força de retração no gancho do canino. Placa palatina instalada na altura
dos 1º molares.
Fonte: Yu et al., 2011.
2.3. Ancoragem vestibular
Park, kwon e Sung (2004) relataram um caso de um menino de 13 anos, em que
usaram mini-implante (1,2 x 8mm) vestibular entre as raízes do 2º pré-molar e 1º molar
superior para a ancoragem no movimento de distalização. O dispositivo de ativação foi a mola
de nitinol. O paciente apresentava classe I com apinhamento anterior, e após 17 meses,
obteve-se uma distalização de 2 mm do molar superior, resultando em resolução do
apinhamento anterior. Na análise cefalométrica, os ângulos SNA de 78º, SNB de 75,5º e ANB
de 2,5º mantiveram-se inalterados antes e após o tratamento. (figuras 189 a 196)
Fig. 189, 190 e 191. Fotografias intraorais pré-tratamento.
Fonte: Park, kwon e Sung, 2004.
Fig. 192 e 193. Aplicação da força de distalização através das molas de nitinol.
Fonte: Park, kwon e Sung, 2004.
51
Fig. 194, 195 e 196. Fotografias intraorais pós-tratamento.
Fonte: Park, kwon e Sung, 2004.
Park, Lee e Kwon (2005) pesquisaram a distalização de molares superiores em 4
pacientes. O mini-implante foi instalado na região vestibular entre o 2º pré-molar e 1º molar
superior. A força de 200g foi aplicada através de molas fechadas de nitinol. Os fios usados na
maxila durante a distalização foram 0.016 x 0.022 de titânio e molibdênio (TMA) ou aço. Os
autores relataram significante movimento de distalização dos 1º molares e 1º pré-molares
superiores, sem movimento recíproco significante dos dentes anteriores superiores. (figura
197)
Fig. 197. A força de distalização foi aplicada ao canino superior através da mola de nitinol
conectada ao mini-implante.
Fonte: Park, Lee e Kwon, 2005.
Sugawara et al. (2006) investigaram o movimento distal dos molares superiores
usando ancoragem na região zigomática. A pesquisa envolveu 25 pacientes entre 15 anos e 2
meses e 45 anos e 5 meses. Em 6 pacientes, foi realizada a exodontia de 2º molares
superiores. Do total de indivíduos estudados, 16 apresentavam relação de classe II, 8
apresentavam classe III e o tratamento visou a descompensação para cirurgia e 1 paciente
apresentava relação de classe I. A placa de ancoragem apresentava 3 aberturas para mini-
implantes de 2x5mm e foi instalada na região zigomática. A força de ativação para o
52
movimento distal simples de molar foi de 200g, enquanto que para a distalização em massa
foi usado 500g. Os dispositivos usados foram mola aberta de nitinol e elásticos em cadeia
ancorados na placa zigomática. Os indivíduos foram divididos em 2 grupos de pacientes,
abaixo de 23 anos e 11 meses e o outro com os indivíduos maiores de 24 anos. Não houve
diferença entre os dois grupos quanto ao espaço de distalização obtido. A média de
distalização do 1º molar superior foi de 3,78mm ao nível da coroa e 3,2mm ao nível radicular.
(figuras 198 a 222)
Fig. 198, 199 e 200. Placas de ancoragem ortodôntica de titânio para movimento distal de
molares superiores. Fonte: Sugawara et al., 2006.
Fig. 201. Biomecânica do sistema de ancoragem esquelética para movimento distal de
molares superiores. Fig. 202. Movimento distal simples de molar. Fig. 203. Movimento distal
de molar em massa. Fonte: Sugawara et al., 2006.
Fig. 204, 205 e 206. Fotografias intraorais pré-tratamento de paciente com apinhamento.
Fonte: Sugawara et al., 2006.
53
Fig. 207, 208, 209 e 210. Fotografias intraorais pós-tratamento.
Fonte: Sugawara et al., 2006.
Fig. 211, 212 e 213. Fotografias intraorais pré-tratamento de paciente com relação de classe
II. Fonte: Sugawara et al., 2006.
Fig. 214, 215 e 216. Fotografias intraorais pós-tratamento.
Fonte: Sugawara et al., 2006.
Fig. 217, 218 e 219. Fotografias intraorais iniciais de paciente em tratamento para
descompensação de classe III antes de cirurgia. Fonte: Sugawara et al., 2006.
54
Fig. 220, 221 e 222. Fotografias intraorais finais de paciente que realizou tratamento para
descompensação de classe III. Fonte: Sugawara et al., 2006.
Choi et al., (2007) relataram o caso de uma paciente de 20 anos que apresentava
relação de Classe II, sobressaliência de 6mm e severo apinhamento. A linha média superior
estava desviada 1mm para a direita e a linha média inferior estava desviada 2mm para a
direita. Na análise cefalométrica, foi observado ângulo ANB de 9,1º, indicando classe II
esquelética. Foram extraídos os 1º pré-molares superiores e inferiores e 2º molares superiores.
A ancoragem para o movimento de distalização foi obtida usando mini-implante (1,8 x 7mm)
vestibular entre 2º pré-molar e 1º molar superior. O mini-implante foi esplintado ao 1º pré-
molar e uma mola aberta de nitinol foi usada para aplicar a força distal. Ganchos adicionais
foram anexados e uma força contínua foi aplicada com elástico em corrente. Após a
distalização, o mini-implante foi reposicionado distalmente ao 1º molar superior. A força de
ativação foi de 200 a 250g. Após 8 meses de tratamento, obtiveram a correção da classe II e
distalização de 8mm. No final do tratamento, o ângulo ANB diminuiu para 8º. (figuras 223 a
236)
Fig. 223, 224 e 225. Fotografias intraorais pré-tratamento. Fonte: Choi et al., 2007.
55
Fig. 226 e 227. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento.
Fonte: Choi et al., 2007.
Fig. 228 e 229. Mecanismo de movimento distal de molar. O mini-implante é esplintado ao 1º
pré-molar e uma mola aberta de nitinol é usada para aplicar a força distal. Ganchos adicionais
são anexados e uma força contínua é aplicada com elástico em corrente.
Fonte: Choi et al., 2007.
Fig. 230 e 231. Mecanismo de movimento distal de molar. Fonte: Choi et al., 2007.
Fig. 232, 233 e 234. Fotografias intraorais após 1 ano de remoção da aparatologia fixa.
Fonte: Choi et al., 2007.
56
Fig. 235 e 236. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento.
Fonte: Choi et al., 2007.
Villela et al. (2008) apresentaram um caso de tratamento da Classe II com a
distalização de molares, utilizando um cursor e mola de nitinol (ativação de 200g/F) associado
à ancoragem esquelética por meio de mini-implante (8 x1,6mm) na região vestibular entre o
2º pré-molar e 1º molar superior. A análise dos arcos dentários revelou uma má oclusão de
Classe II-1, subdivisão direita, relação de ¾ de Classe II dos caninos do lado direito, presença
de diastemas anteriores no arco superior, desvio da linha média superior para a esquerda, em
relação à linha média inferior, e mordida profunda. A relação de molares e caninos do lado
esquerdo se apresentou em Classe I. Na análise cefalométrica, antes do tratamento, o ângulo
SNA era de 83,5º, SNB de 81,5º e ANB de 2º. No caso relatado, o paciente de 28 anos teve a
relação de classe II corrigida para a relação de classe I. Ao final do tratamento, o ângulo SNA
alterou-se para 85º, SNB 81,5º e ANB 3,5º. (figuras 237 a 247)
Fig. 237, 238 e 239. Fotografias intraorais pré-tratamento. Fonte: Villela et al., 2008.
57
Fig. 240 e 241. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré- tratamento.
Fonte: Villela et al., 2008.
Fig. 242. Utilização do cursor com uma mola, ancorada no mini-implante, para efetuar a
distalização dos molares. Fonte: Villela et al., 2008.
Fig. 243, 244 e 245. Fotografias intraorais pós-tratamento. Fonte: Villela et al., 2008.
Fig. 246 e 247. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós- tratamento.
Fonte: Villela et al., 2008.
58
Kaya et al.(2009) compararam o movimento de distalização usando 2 tipos de
ancoragem, no grupo 1 foi usada placa na região zigomática e no grupo 2 a tração cervical.
Cada grupo pesquisado compreendeu 15 pacientes, com idade média de 14,7 anos no grupo 1
e 15,26 anos no grupo 2. A mola fechada de nitinol foi usada no grupo 1, e a tração cervical
durante 20h por dia no grupo 2. A força de ativação em ambos os grupos foi de 450g/F. A
relação de classe II foi corrigida para uma relação de classe I em um tempo médio de 9 meses
nos dois grupos. O ângulo SNA diminuiu em ambos os grupos, e confirmaram a retrusão do
ponto A. Foi observada significante retrusão e distalização nos incisivos superiores, pré-
molares e molares em ambos os grupos. Entretanto, foram encontradas diferenças de
distalização entre os grupos para o 2º pré-molar e 1º molar, e estes foram mais sgnificantes no
grupo da placa na região zigomática. Os incisivos superiores e molares mostraram inclinação
distolingual em ambos os grupos. Enquanto que os pré-molares superiores no grupo da placa
na região zigomática não mostraram inclinação, no grupo da tração cervical apresentaram
inclinação distal. Os incisivos superiores foram extruídos e os 2º molares superiores foram
intruídos em ambos os grupos. Os pré-molares superiores não mostraram significante
movimento vertical no grupo da placa na região zigomática, embora mostraram significante
extrusão no grupo da tração cervical. A sobressaliência diminuiu significantemente em ambos
os grupos. A sobremordida não foi alterada no grupo da placa na região zigomática, mas
diminuiu significantemente no grupo da tração cervical. A avaliação dos tecidos moles
mostrou retrusão dos lábios superiores e inferiores. A placa na região zigomática promoveu
ancoragem absoluta para a distalização dos dentes posteriores superiores e pode ser usada
como uma alternativa a tração extraoral, com as vantagens estética e que não precisa de
colaboração do paciente no tratamento da maloclusão de classe II. (figuras 248 a 250)
Fig. 248, 249 e 250. Ancoragem zigomática e aplicação de força de distalização de 450g com
mola de nitinol fechada no grupo da ancoragem zigomática. Fonte: Kaya et al., 2009.
59
Em 2009, Zanelato et al. relataram um caso de uma paciente que apresentava relação
dentária bilateral de classe II com apinhamento superior e pequeno apinhamento inferior.
Optaram pela extração dos segundos molares superiores para facilitar a distalização. Na
primeira fase, o mini-implante é instalado na mesial dos primeiros molares superiores e, por
meio de um cursor e de molas de fechamento de espaço, realiza-se a fase ativa da distalização.
Esta fase termina quando os molares superiores estiverem posicionados ligeiramente em
classe III. Após um período de contenção da distalização de 60 dias, o mini-implante é
removido e um novo é instalado, novamente na mesial do primeiro molar superior. Este mini-
implante vai ser usado tanto para ancorar o bloco posterior superior, quanto para promover a
retração do bloco anterior superior. (figuras 251 a 259)
Fig. 251, 252 e 253. Fotografias intraorais pré-tratamento. Fonte: Zanelato et al., 2009.
Fig. 254, 255 e 256. Biomecânica de distalização com o uso de mini-implantes.
Fonte: Zanelato et al., 2009.
Fig. 257, 258 e 259. Fotografias intraorais pós-tratamento. Fonte: Zanelato et al., 2009.
Yamada et al., (2009) estudaram o movimento distal de molares superiores usando
mini-implante (1,3x8mm e 1,5x9mm) na região vestibular entre o 2º pré-molar e 1º molar. A
força de ativação de 200g foi aplicada através de molas fechadas de nitinol. A amostra
compreendeu 12 pacientes com média de idade de 28,3 anos, em que 5 apresentavam relação
de classe II, 4 apresentavam classe I com biprotrusão de incisivos e 3 apresentavam classe III
60
(indicação para melhorar a inclinação dos incisivos em uma fase pré-cirúrgica). Após média
de 8,4 meses de tratamento, foi obtida uma média de 2,8mm de distalização, inclinação distal
de 4,8º e intrusão de 0,6mm dos molares superiores. Os incisivos superiores foram
distalizados em 2,7mm com inclinação palatal de 4,3º. Os mini-implantes instalados na região
vestibular interradicular superior servem como meio de ancoragem eficiente para o
movimento distal de molar de 2,8mm sem cooperação do paciente e sem efeitos colaterais
indesejados como protrusão de incisivos, extrusão de molar, reabsorção radicular e rotação
mandibular. (figura 260)
Fig. 260. Esquema de distalização do molar superior com ancoragem no mini-implante
Fonte: Yamada et al., 2009.
Em 2010, Blaya et al., estudaram uma amostra composta por 30 pacientes adultos (19
do sexo feminino e 11 do masculino) com uma média de idade de 30 anos, com maloclusão
Classe II subdivisão direita ou esquerda. Um mini-implante (1,2x10mm) foi instalado em
cada paciente, na região vestibular entre o 1º molar e o 2º pré-molar no arco superior para
conseguir a distalização de molar. A média de ativação de 300g/f foi realizada com o auxílio
de cursor. A distalização de molares ocorreu em um tempo médio de 7,5 meses. (figura 261)
Fig. 261. Mini-implante e o cursor para a distalização de molar. Fonte: Blaya et al., 2010.
61
Chung et al. (2010) relataram um caso uma de paciente de 18 anos em que foi
realizada a distalização de molar e recolocação de mini-implante(1,8x8,5mm) após o período
de distalização, da região vestibular entre o 2º pré-molar e 1º molar para a região entre o 1º
molar superior e 2º molar superior. Após a distalização dos molares superiores para uma
relação de classe I, os mini-implantes foram removidos e imediatamente reinstalados
distalmente para disponibilizar espaço para a retração dos dentes anteriores. A mecânica foi
realizada com o uso de mola fechada de nitinol e cursor. A superposição das radiografias
cefalométricas pré e pós-tratamento confirmam a distalização de corpo dos molares superiores
e a retração dos incisivos superiores. A melhora do ângulo interincisal de 98º para 115,9º foi
resultado da retroinclinação dos incisivos superiores. (figura 262 a 273)
Fig. 262, 263 e 264. Fotografias intraorais pré-tratamento. Fonte: Chung et al., 2010.
Fig. 265 e 266. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré-tratamento.
Fonte: Chung et al., 2010.
Fig. 267 e 268. Mola fechada de nitinol ancorada no mini-implante foram usadas para
distalizar os molares superiores ligando as molas ao distal jig. Fonte: Chung et al., 2010.
62
Fig. 269, 270 e 271. Fotografias intraorais 2 anos após concluído o tratamento.
Fonte: Chung et al., 2010.
Fig. 272 e 273. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pós-tratamento.
Fonte: Chung et al., 2010.
Doshi, Jamwal e Bhad (2011) relataram um caso de uma menina de 15 anos em que
foi realizada a distalização usando molas de nitinol comprimidas (força de 240g) entre o 1º
molar e 2º pré-molar superior, enquanto o 1º pré-molar estava ancorado ao mini-implante
(1,4x10mm) na região vestibular entre o 1º molar e 2º pré-molar superior. Após a distalização,
o mini-implante foi reposicionado mesialmente ao molar distalizado. Ela apresentava relação
de classe I canino e classe II de molar, sobressaliência de 3mm e sobremordida de 2mm.
Após 6 meses, obtiveram uma distalização de 4mm e leve inclinação distal dos molares. Os
incisivos superiores foram mantidos na sua posição pré-tratamento e houve apenas leve
inclinação dos incisivos inferiores. O ângulo SNA de 81º, SNB de 78º e ANB de 3º
mantiveram-se inalterados. (figuras 274 a 288)
Fig. 274, 275 e 276. Fotografias intraorais pré-tratamento.
Fonte: Doshi, Jamwal e Bhad, 2011.
63
Fig. 277 e 278. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica pré- tratamento.
Fonte: Doshi, Jamwal e Bhad, 2011.
Fig. 279. Modelo do sistema de distalização. Fonte: Doshi, Jamwal e Bhad, 2011.
Fig. 280, 281 e 282. Instalação do sistema de distalização.
Fonte: Doshi, Jamwal e Bhad, 2011.
Fig. 283. Instalação do segundo mini-implante. Fonte: Doshi, Jamwal e Bhad, 2011.
64
Fig. 284 e 285. Telerradiografia de perfil e radiografia panorâmica antes de remover a
aparotologia fixa. Fonte: Doshi, Jamwal e Bhad, 2011.
Fig. 286, 287 e 288. Fotografias intraorais pós-tratamento.
Fonte: Doshi, Jamwal e Bhad, 2011.
Nur et al., em 2011, realizaram uma pesquisa com 15 pacientes, média de idade de
15,87 anos, para verificar o movimento de distalização suportado por miniplacas de
ancoragem na região zigomática. Foram instalados 3 mini-implantes de 2x5mm para fixar a
miniplaca. Para a realizar a mecânica, utilizaram um arco intraoral modificado, ativando a
distalização de 300g/f através de molas fechadas de nitinol da miniplaca ao gancho localizado
na região entre canino e incisivo lateral superior do arco. O tempo médio requerido para
atingir a relação de classe I foi de 5,21 meses. A média de distalização dos molares superiores
foi 4,37mm. Não houve diferenças significantes entre gêneros e faixa etária quanto ao período
médio de distalização. Não houve variação estatisticamente significante nos ângulos SNA,
SNB e ANB. Houve diminuição da sobressaliência de -0,5mm, indicando que não houve
perda de ancoragem com o uso da ancoragem na região zigomática. (figuras 289 e 290)
65
Fig. 289 e 290. Arco intraoral modificado usado para a distalização e ativação do aparelho.
Fonte: Nur et al., 2011.
66
3. PROPOSIÇÃO
Revisar a literatura sobre a distalização de molares superiores usando a ancoragem
esquelética, avaliando os seguintes tópicos:
3.1. A variação de faixa etária em que a técnica de distalização foi usada.
3.2. A área de instalação predominante dos mini-implantes.
3.3. A variação de tamanho dos mini-implantes.
3.4. Qual o dispositivo associado aos mini-implantes é mais usado para o
movimento de distalização dos molares superiores.
3.5. A força de ativação mais usada para alcançar o movimento de distalização.
3.6. O tempo necessário para alcançar o movimento de distalização.
3.7. A magnitude de distalização alcançada com o movimento de distalização.
3.8. A velocidade em que o movimento de distalização ocorre.
3.9. As desvantagens do uso da ancoragem esquelética.
3.10. As vantagens do uso da ancoragem esquelética.
67
4. DISCUSSÃO
O uso de aparelhos de distalização intrabucais dento muco suportado geralmente está
associado à perda de ancoragem, o que representa o aspecto negativo principal da sua
aplicação. (PAPADOULOS, 2009) Para solucionar os problemas decorrente do uso dos
aparelhos dento muco suportados, mecanismos de distalização combinados a mini-implantes
têm despertado a atenção porque tem tornado possível a distalização dos molares superiores
com o uso da ancoragem absoluta de forma mais eficiente do que todas as formas de
ancoragem já conhecidas. (KELES; ERVERDI; SEZEN, 2003; SUGAWARA et al., 2006)
Nos trabalhos revisados, segundo Oberti et al. (2010) e Sugawara et al. (2006), a idade dos
indivíduos incluídos nas amostras das pesquisas e nos relatos de caso em que a ancoragem
absoluta foi utilizada para a distalização dos molares superiores variou entre 10 anos e 45
anos, revelando o potencial de uso em pacientes adultos, para os quais, anteriormente ao uso
da ancoragem esquelética a idade era um fator limitante na eficácia do tratamento.
De acordo com Papadoulos, em 2009, os aparelhos de tração extrabucal e os aparelhos
de distalização dento muco suportado apresentam vários efeitos colaterais não desejados, que
diminuem sua eficácia clínica. Esses efeitos colaterais podem variar entre os diferentes tipos
de aparelhos, mas eles sempre acompanham a distalização do molar (inclinação e rotação
distal da coroa do molar e, ocasionalmente, extrusão do molar) ou perda de ancoragem
anterior (proclinação dos dentes anteriores superiores). Os maiores benefícios relatados do
uso da ancoragem esquelética na distalização dos molares superiores são a eliminação da
perda de ancoragem, não necessita de colaboração do paciente para o uso do aparelho, mas
sim para a manutenção da higiene bucal e evita a preocupação quanto a estética desfavorável
dos aparelhos extraorais. (SUGAWARA et al., 2006; KAYA et al., 2009; ZANELATO et al.,
2009)
Algumas desvantagens relacionadas ao uso dos mini-implantes são a possibilidade de
dano a estruturas anatômicas como nervos, artérias, veias e raízes dentárias, perda do mini-
implante durante a colocação ou aplicação de carga, fratura do mini-implante, inflamação ao
redor da região de instalação e instabilidade durante o curso do tratamento ou possíveis falhas
antes da conclusão do mesmo. (CARANO et al., 2005; PAPADOULOS, 2009)
Gelgor et al. (2004), Park, Kwon e Sung (2004), Park, Lee e Kwon (2005), Gelgor,
Karaman e Buyukyilmaz (2006), Sugawara et al. (2006), Choi et al. (2007), Velo, Rotunno e
Cozzani (2007), Kyung (2008); Ozsoy (2008), Papadoulos (2008), Villela et al. (2008),
68
Yamada et al. (2008), Kaya et al. (2009), Zanelato et al. (2009), Chung et al. (2010), Kook,
Kim e Chung (2010), Oberti et al. (2010), Papadoulos (2010), Doshi, Jamwal e Bhad (2011),
Nur et al. (2011), Oh, Park e Kwon (2011), Yu et al. (2011) relataram usar molas para o
movimento de distalização, sendo os dispositivos mais usados nos trabalhos revisados. Em
segundo lugar, apareceu o elástico em corrente, sendo relatado por Sugawara et al. (2006),
Choi et al. (2007), Lim e Hong (2008), Kook, Kim e Chung (2010), Oberti et al. (2010), Oh,
Park e Kwon (2011). Em terceiro lugar, o arco transpalatal com vários formas foi usado por
Gelgor et al., (2004), Gelgor, Karaman, Buyukyilmaz (2006), Lim e Hong (2008), Kook, Kim
e Chung, (2010), Oberti et al. (2010), Papadoulos (2010) e Yu et al. (2011). Os outros
dispositivos relatados nos trabalhos foram o pêndulo modificado usado por Byloff et al.
(2000), Kircelli, Pektas e Kircelli (2006), Öncag, Akyalcin e Arikan (2007), Fuziy et al.
(2008), Garib et al. (2008) e Gregolin (2009), o Distal Jet relatado por Karaman, Basciftci,
Polat (2002), Carano et al. (2005), Velo, Rotunno e Cozzani, (2007), o uso do cursor por
Blaya et al. (2010), Zanelato et al. (2009) e Chung (2010), o Keles slider modificado relatado
por Keles, Erverdi e Sezen (2003) e aparelho Forsus relatado por Cope, (2011).
A ancoragem esquelética foi usada em todos os artigos revisados. A região palatina foi
a preferida para a instalação dos mini-implantes, sendo relatada por Byloff et al. (2000),
Karaman, Basciftci e Polat (2002), Keles, Erverdi e Sezen (2003), Gelgor et al. (2004),
Carano et al. (2005), Gelgor, Karaman e Buyukyilmaz (2006); Kircelli, Pektas e Kircelli
(2006), Öncag, Akyalcin, Arikan (2007), Velo, Rotunno e Cozzani (2007), Fuziy et al.
(2008), Garib et al. (2008), Ozsoy (2008), Papadoulos (2008), Gregolin (2009), Kim e
Chung (2010), Kook, Kim e Chung (2010), Oberti et al.(2010) e Papadoulos, (2010). O
relato de instalação na região vestibular foi descrita por Park, Kwon e Sung (2004), Sugawara
et al.(2006), Choi et al. (2007), Villela et al. (2008), Yamada et al. (2008), Kaya et
al.(2009), Zanelato et al.(2009), Blaya et al.(2010), Chung et al. (2010), Doshi, Jamwal e
Bhad (2011), Nur et al. (2011). A instalação em ambas regiões vestibular e palatina foi
realizada nos trabalhos de Park, Kwon, Sung (2004), Park, Lee e Kwon (2005), Kyung
(2008), Lim e Hong (2008), Cope (2011), Oh, Park e Kwon (2011), Yu et al. (2011).
O menor diâmetro de mini-implante (1,2mm) usado nos artigos revisados foi relatado
por Park, Kwon, Sung (2004) e Blaya et al. (2010) e foi instalado na região vestibular,
enquanto que e o maior diâmetro de mini-implante (4,5 mm) usado foi relatado por Keles,
Erverdi, Sezen (2003) e foi instalado na região palatina. O mini-implante de menor
comprimento (5mm) usado foi relatado por Sugawara et al.(2006) e Nur et al.(2011),
69
enquanto que Karaman, Basciftci e Polat (2002), Gelgor et al. (2004), Gelgor, Karaman,
Buyukyilmaz (2006), Fuziy et al. (2008) e Ozsoy (2008) relataram usar mini-implante de até
14 mm de comprimento.
De acordo com Villela et al., em 2008, a instalação do mini-implante na região
vestibular deve ser feita em mucosa ceratinizada, já que esta oferece condições favoráveis à
manutenção da saúde dos tecidos em torno do mini-implante. Para evitar proximidade do
mini-implante às raízes dentárias, a região vestibular interradicular entre o 2º pré-molar e o 1º
molar superior é escolhida para a inserção do mini-implante, porque vários relatos indicam
que há mais espaço para instalação neste local. (YAMADA et al., 2008) Doshi, Jamwal e
Bhad (2011) relataram que a região interradicular entre o 1º molar e 2º pré-molar superior é
aproximadamente de 3mm e a inserção de um mini-implante de 1,5mm de diâmetro diminui
esse espaço pela metade, e ainda, relataram que há chance de contato do mini-implante com
as raízes dentárias próximas.
Segundo Gelgor et al.( 2004) e Kircelli, Pektas e Kircelli (2006), a região anterior do
palato é um local favorável para instalação de mini-implante porque apresenta espessura óssea
adequada e representa baixo risco de dano a estruturas anatômicas como raízes dentárias,
nervos e vasos sanguíneos. De acordo com Kook, Kim e Chung, (2010) e Yu et al.(2011), os
mini-implantes palatinos apresentam a vantagem de não necessitar reposicionamento durante
o tratamento de distalização e evita o problema de instalação do mini-implante no espaço
estreito entre as raízes dentárias na região vestibular. Também relataram que osso palatino
tende a ser mais espesso posteriormente devendo os mini-implantes serem posicionados o
mais próximo possível da linha média para melhor estabilidade.
Villela et al. (2008) utilizaram um mini-implante na região vestibular entre o 2º pré-
molar e 1º molar superior. Esta técnica proporciona um protocolo cirúrgico seguro e simples.
Apresenta, ainda, vantagens como simplificação da mecânica ortodôntica e dispensa
moldagens e passos laboratoriais. Segundo Papadoulos, em 2008, os mini-implantes
apresentam as vantagens como fácil instalação e remoção, ao contrário dos implantes ou
miniplacas que requerem cirurgia com retalho, a aplicação de carga pode ser realizada
imediatamente após a instalação, reduzindo tempo de tratamento, pode ser instalado em várias
regiões e apresenta custo reduzido quando comparado a implantes ou miniplacas.
Lim e Hong (2008) relataram casos de distalização em que usaram braço de força e
arco transpalatino ativados aos mini-implantes com elástico em cadeia. Os mini-implantes
foram instalados na região vestibular entre 2º pré-molar e 1º molar superior e na região
70
posterior da sutura palatina mediana. Os mini-implantes em conjunto com o braço de força
podem ser usados para controlar o ponto de aplicação da força e produzir controle
tridimensional dos molares durante o movimento de distalização. Aplicando força na coroa a
partir da região vestibular e outra força no nível do ápice radicular pela região palatina, a
força resultante passa pelo centro de resistência e não causa movimento de rotação. Kyung
(2008), conforme entrevista, em casos de distalização de molares, relata preferir o uso de
mini-implantes vestibulares e palatinos para conseguir que a movimentação dos dentes se
processe em corpo. Em 2011, Yu et al. avaliaram as modalidades de distalização através da
aplicação da ancoragem esquelética em modelos, usando a análise de elementos finitos. Nas
modalidades de tratamento 1 e 2, os mini-implantes foram instalados na região vestibular e na
modalidade 3 na região palatina. A instalação dos mini-implantes por vestibular ocasionou a
inclinação distal e extrusão dos molares, enquanto que os incisivos vestibularizaram e
intruíram. No grupo em que foi usada a ancoragem palatina, houve distalização de corpo e
insignificante perda de ancoragem.
Park, kwon e Sung (2004) relataram o uso de mini-implante vestibular entre as raízes
do 2º pré-molar e 1º molar superior para a ancoragem no movimento de distalização. Na
aplicação de força pela vestibular, os dentes posteriores tendem a inclinar lingualmente e os
molares a rotacionar distalmente, o que pode ser evitado aplicando torque vestibular na coroa.
Por outro lado, conforme entrevista, em 2011, Cope relata que independentemente de o mini-
implante estar na vestibular ou palatina, é sempre melhor aplicar a força na vestibular porque,
nesse caso, a linha de força fica em posição vestibular em relação ao centro de resistência do
dente e ajuda na movimentação do molar da relação de Classe II para a chave de oclusão.
Karaman, Basciftci e Polat (2002) e Velo, Rotunno e Cozzani, (2007) relataram
efetiva distalização obtida com o uso do aparelho Distal jet modificado ancorado em um mini-
implante palatino, sem perda de ancoragem. As vantagens deste sistema são possibilidade de
aplicar carga imediata sendo a força uni ou bilateral e facilidade de inserção e remoção do
mini-implante palatino.
Byloff et al. (2000), relataram que a ancoragem do aparelho pendulum através da
placa palatina Graz (que apresenta 4 aberturas para mini-implantes e 2 pinos associados)
apresenta vantagens como estabilidade contra movimentos de rotações, diferentes ativações
em cada lado na distalização uni ou bilateral. A desvantagem é que a instalação dos mini-
implantes da placa Graz requer uma cirurgia mais invasiva e é realizada sob anestesia geral e
a aplicação da carga pode ser realizada após 2 semanas da instalação. A remoção da placa
requer duas incisões longitudinais de tunelização na mucosa. Em 2006, Kircelli, Pektas e
71
Kircelli sugeriram a utilização de mini-implantes palatinos bilaterais para eliminar os efeitos
de rotação durante a ativação das molas pêndulo e diminuir a irritação dos tecidos moles,
apesar de nenhum mini-implante unilateral ter falhado durante o período de distalização.
Além disso, eles relatam que o uso de mini-implantes bilaterais apresentam resultados mais
previsíveis. Öncag, Akyalcin e Arikan (2007) utilizaram um mini-implante palatino
combinado com molas pendulum, sendo um sistema mecânico menos complexo que o
proposto por Byloff et al., (2000) alcançando os mesmos resultados, num mesmo período de
tempo. Além disso, a eliminação do botão de acrílico foi uma vantagem para a higiene bucal.
Comparando o aparelho pêndulo removível descrito por Byloff et al., (2000) ao pêndulo fixo
citado por Kircelli, Pektas e Kircelli, (2006), este apresenta a desvantagem de não poder ser
ativado extraoralmente.
O maior benefício do aparelho pêndulo associado a ancoragem esquelética palatina é a
distalização simultânea de molares e pré-molares, que estão livres para se movimentarem pela
ação das fibras transseptais. O movimento distal, sem perda de ancoragem evita o movimento
anterior desnecessário dos pré-molares e incisivos, diminuindo o tempo de tratamento.
(FUZIY et al., 2008; GARIB et al., 2008) Em 2009, Gregolin apoiou o sistema distalizador
do aparelho pêndulo nos pré-molares, observando uma pequena perda de ancoragem nos
dentes anteriores, mesmo com o sistema ancorado em mini-implantes.
Keles, Erverdi e Sezen (2003) realizaram uma modificação no aparelho Keles slider,
eliminando o botão de Nance e a bandagem dos pré-molares, conectando o sistema
distalizador dos molares diretamente ao mini-implante palatino. Em 2008 e 2010, Papadoulos
relatou o uso do aparelho descrito por Keles, Erverdi e Sezen (2003) usando 2 mini-implantes
palatinos como ancoragem, ao contrário do original que usava apenas 1 mini-implante,
prevenindo a rotação no caso de aplicação de forças assimétricas. Ambos obtiveram a
distalização de corpo dos molares sem perda de ancoragem.
Gelgör et al. (2004) investigaram a eficiência da ancoragem esquelética usando um
arco transpalatal soldado na banda dos 2º pré-molares e ligado ao mini-implante palatino, e a
ativação da distalização era realizada pela região vestibular com mola aberta. Os autores
relataram 88% de distalização e 12% de perda de ancoragem. Gelgor, Karaman e
Buyukyilmaz, (2006) relataram o uso do mesmo aparelho usado por Gelgör et al. (2004) e
observaram leve perda de ancoragem, considerada insignificante clinicamente. Em 2008,
Ozsoy relatou a realização de distalização através de ancoragem dos 1ºs pré-molares ao botão
de resina acrílica fixado ao mini-implante palatino, ativando as molas por vestibular e um
pequeno movimento mesial foi observado nos pré-molares. Oberti et al., em 2010, utilizaram
72
uma barra transpalatina modificada e ancorada em um mini-implante palatino e a ativação foi
realizada com o uso do elástico em corrente da barra transpalatina ao mini-implante. Os
autores relataram sucesso da distalização sem efeitos colaterais.
Lim e Hong (2008) e Yu et al. (2011) relataram usar força de 150 gramas de ativação
para a distalização simples de molar, enquanto que Sugawara et al.(2006), Kook, Kim e
Chung (2010) relataram usar força de 500 gramas na distalização em massa. Na maioria dos
artigos revisados, foi relatado uma variação média de força de 200 a 250 gramas. (BYLOFF et
al. 2000; KELES; ERVERDI; SEZEN, 2003; GELGOR et al., 2004; PARK; LEE; KWON,
2005; GELGOR; KARAMAN; BUYUKYILMAZ, 2006; SUGAWARA et al., 2006; CHOI et
al., 2007; VELO; ROTUNNO; COZZANI, 2007; OZSOY, 2008; VILLELA et al., 2008;
YAMADA et al., 2008; GREGOLIN, 2009; OBERTI et al., 2010; DOSHI; JAMWAL;
BHAD, 2011; OH; PARK; KWON, 2011)
Em 2010, Kook, Kim e Chung utilizaram placas palatinas em C modificada para
distalização do arco superior, através do uso de um arco palatal com ganchos na lingual dos
caninos e elástico em corrente ligado a placa na região dos molares, relatando que a força
necessária para a distalização de todo o arco superior requer a aplicação de 450-500g/F e que
apenas um mini-implante não suportaria esta carga de ativação. Sugawara et al. (2006)
investigaram o movimento distal dos molares superiores usando ancoragem na região
zigomática com a força de ativação para o movimento distal simples de molar de 200g,
enquanto que para a distalização em massa foi usado 500g. Em 2011, Oh, Park e Kwon
relataram a possibilidade de distalização de todos os dentes em conjunto, usando força de
ativação de 200g, com mínimos efeitos de rotação e inclinação distal dos molares. Segundo
Park, Lee e Kwon (2005), no movimento distal de grupo usando mini-implante, não há efeito
colateral nos dentes anteriores, pois não há força para mover os dentes para a frente, apenas o
movimento distal, e o tempo total de tratamento do movimento distal em massa seria similar
ou menor do que o tempo de distalização em duas etapas, em que inicialmente são
distalizados os posteriores e depois os anteriores.
Nur et al., em 2011, realizaram uma pesquisa para verificar o movimento de
distalização suportado por miniplacas de ancoragem na região zigomática. Para realizar a
mecânica, utilizaram um arco intraoral modificado, ativando a distalização através de molas
fechadas da miniplaca ao gancho localizado na região entre canino e incisivo lateral superior
do arco. Sugawara et al. (2006) também investigaram o movimento distal dos molares
superiores usando ancoragem na região zigomática. Em ambos métodos de distalização, os
73
molares distalizados não são requeridos como unidade de ancoragem durante a distalização
dos pré-molares e dentes anteriores, porque a força ortodôntica é provida diretamente da placa
de ancoragem instalada na região zigomática. Assim, é possível o movimento em massa de
molares, pré-molares e dentes anteriores em sequência, sem separá-los em 2 estágios.
Sugawara et al. (2006) indicam este método de tratamento para a correção de maloclusão
classe II, descompensação para correção cirúrgica de classe III e resolução de apinhamento
anterior. Ainda, a mordida aberta era uma contra-indicação para uso de aparelhos
distalizadores porque havia aumento da altura facial após a distalização de molares. O uso da
ancoragem esquelética durante a distalização com vetor de intrusão, há a possibilidade de
fechamento da mordida aberta durante o movimento de distalização, transformando-se em
indicação de tratamento. Kaya et al.,(2009) compararam o movimento de distalização usando
placa na região zigomática e a tração cervical, relatando que a força de distalização a partir da
placa é paralela ao plano oclusal, enquanto que na tração cervical a direção é para baixo e
para trás. Mais mudanças verticais e extrusões significativas ocorreram com o uso da tração
cervical. A placa na região zigomática promoveu ancoragem absoluta para a distalização dos
dentes posteriores superiores e pode ser usada como uma alternativa a tração extraoral, com as
vantagens estética e que não precisa de colaboração do paciente no tratamento da maloclusão
de classe II.
Park, Lee e Kwon (2005) instalaram mini-implante na região vestibular entre o 2º pré-
molar e 1º molar superior e a ativação ocorreu através de mola, relatando movimento de
distalização em massa dos dentes posteriores. Os dentes posteriores foram intruídos durante a
distalização provavelmente por causa do componente vertical de força exercido a partir do
mini-implante. Ao contrário do que ocorria com aparelhos distalizadores dento muco
suportados, a ancoragem esquelética favorece o fechamento do ângulo do plano mandibular.
Yamada et al., (2009) estudaram o movimento distal de molares superiores usando mini-
implante na região vestibular entre o 2º pré-molar e 1º molar e a força foi aplicada através de
molas, relatando que a rotação da mandíbula em sentido horário pode ser prevenida através de
força intrusiva aplicada a partir do mini-implante.
Em 2009, Zanelato et al. relataram a distalização em 2 fases em que o mini-implante é
instalado na mesial dos primeiros molares superiores e, por meio de um cursor e de molas de
fechamento de espaço, realiza-se a fase ativa da distalização. Na segunda fase, o mini-
implante reinstalado vai ser usado tanto para ancorar o bloco posterior superior, quanto para
promover a retração do bloco anterior superior. Os autores enfatizam que não se pode
74
esquecer que, após alcançado o posicionamento final dos molares, o foco do tratamento passa
a ser o controle da ancoragem, ou seja, os molares (que até então eram tidos como unidades
de movimentação), passam a representar as unidades de ancoragem. Chung et al. (2010)
também relataram um caso de recolocação de mini-implante após o período de distalização. A
mecânica foi realizada com o uso de mola fechada de nitinol e cursor. Apesar do sucesso
quanto à reinstalação do mini-implante, os autores relatam a preocupação com a estabilidade
primária e a qualidade da área óssea que está em fase de remodelação após o movimento de
distalização. Doshi, Jamwal e Bhad( 2011) relataram um caso de reposicionamento de mini-
implante vestibular após distalização, relatando que a segunda localização do mini-implante
previne a perda de ancoragem posterior após a distalização, assim como age como fonte de
ancoragem. De acordo com Kook, Kim e Chung (2010), a instalação de mini-implantes na
região vestibular na dentição mista é mais difícil por causa do menor espaço interradicular e
irrupção dos dentes permanentes. Nos casos que requerem movimento dentário de grandes
distâncias, os mini-implantes precisam ser recolocados durante o tratamento para permitir
movimentações das raízes dentárias.
Em 2004, Park, Kwon e Sung relataram o uso da técnica de colagem de bráquetes
lingual e mini-implantes palatinos entre 1º e 2º molares superiores e na região vestibular
distalmente ao 2º molar inferior, alcançando o movimento em massa de toda a dentição sem
perda de ancoragem. Em 2011, Oh, Park e Kwon estudaram os efeitos da retração distal dos
dentes posteriores ancorados em mini-implantes na região palatina entre o 1º e 2º molar em
pacientes tratados com ortodontia lingual. Ambos estudos relataram sucesso com o uso de
mini-implantes associados a técnica de colagem de bráquetes lingual.
A técnica de distalização sem extrações foi abordada nos artigos incluídos na revisão
da literatura, com exceção de alguns trabalhos. A distalização visa reduzir as extrações
dentárias, porém Choi et al., (2007) relataram o caso de uma paciente que apresentava relação
de Classe II com protrusão e severo apinhamento, necessitando extrair os 1º pré-molares e 2º
molares superiores, além da distalização. Em 2009, Zanelato et al. relataram um caso de uma
paciente que apresentava relação dentária bilateral de classe II com apinhamento superior e
optaram pela extração dos segundos molares superiores para facilitar a distalização. Sugawara
et al. (2006) investigaram o movimento distal dos molares superiores usando ancoragem na
região zigomática. A pesquisa envolveu 25 pacientes, sendo que em 6 pacientes foi realizada
a exodontia de 2º molares superiores em conjunto com a técnica da distalização.
75
Gelgor, Karaman e Buyukyilmaz, (2006) alcançaram a distalização dos molares
superiores em 3,6 meses, enquanto Sugawara et al., (2006) realizaram a distalização em
massa levando até 29 meses. Nos trabalhos revisados, o período de 6 meses foi o mais
relatado como o tempo médio para alcançar a distalização. (ÖNCAG; AKYALCIN;
ARIKAN, 2007; FUZIY et al., 2008; LIM; HONG, 2008; OZSOY, 2008; PAPADOULOS,
2008; GREGOLIN, 2009; KOOK; KIM; CHUNG, 2010; PAPADOULOS, 2010; DOSHI;
JAMWAL; BHAD, 2011)
Oh, Park e Kwon, (2011) relataram alcançar 1,4 mm de movimento de distalização dos
molares superiores, enquanto que Choi et al. (2007) relataram um caso em que foram
extraídos os 1º pré-molares e 2º molares superiores e alcançaram movimento distal de 8 mm.
Nos trabalhos revisados, a magnitude média de distalização predominante foi de
aproximadamente 4 mm. (GELGOR et al., 2004; SUGAWARA et al. 2006; LIM; HONG,
2008; GREGOLIN, 2009; OBERTI et al., 2010; DOSHI; JAMWAL; BHAD, 2011; NUR et
al., 2011)
A velocidade de distalização calculada a partir dos dados relatados nos trabalhos
variou entre 0,1mm por mês no estudo de Oh, Park e Kwon, (2011) a 1,25mm por mês
alcançado no estudo de Karaman, Basciftci e Polat, (2002).
Houve grande variabilidade das técnicas usadas para a distalização de molares
superiores relatada nos diversos trabalhos revisados, tanto nos dispositivos de distalização
usados, diferentes tamanhos, tipos e localizações de mini-implantes ou placas associadas a
mini-implantes, diferentes forças de ativação dos aparelhos, resultando em tempo e magnitude
de distalização bastante variável. Há várias alternativas para o tratamento de pacientes em que
a técnica da distalização com ancoragem esquelética seja eleita para a resolução do caso.
76
5. CONCLUSÃO
De acordo com os trabalhos revisados, concluímos que:
5.1. A faixa etária em que a técnica de distalização com ancoragem esquelética foi
usada nos trabalhos variou entre 10 anos e 45 anos.
5.2. A área de instalação predominante dos mini-implantes foi a região palatina.
5.3. O tamanho dos mini-implantes variou entre 1,2mm a 4,5mm de diâmetro e 5mm a
14mm de comprimento.
5.4. Os dispositivos mais usados para a distalização de molares associados aos mini-
implantes foram as molas.
5.5. A média de força de ativação mais relatada para alcançar o movimento de
distalização foi de 200 a 250 gramas/força.
5.6. O período de 6 meses foi o mais relatado como o tempo médio para alcançar a
distalização.
5.7. A magnitude média de distalização predominante foi de aproximadamente 4 mm.
5.8. A velocidade de distalização calculada a partir dos dados relatados nos trabalhos
variou de 0,1mm a 1,25mm por mês.
5.9. As desvantagens relacionadas ao uso dos mini-implantes são a possibilidade de
dano a estruturas anatômicas como nervos, artérias, veias e raízes dentárias, perda do mini-
implante durante a instalação ou aplicação de carga, fratura do mini-implante e inflamação ao
redor da região de instalação.
5.10. As vantagens do uso da ancoragem esquelética durante a distalização de molares
superiores é que proporciona o adequado controle de ancoragem possibilitando o movimento
distal, reduz a necessidade de extrações dentárias, independe de colaboração do paciente para
o uso do aparelho e apresenta estética favorável.
77
REFERÊNCIAS
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