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DISTÚRBIOS DE SONO e DOR CRÔNICA

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DISTÚRBIOS DE SONO e

DOR CRÔNICA

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Cassiano Mateus Forcelini

Neurologista / Medicina do Sono

Faculdade de Medicina – UPF – Passo Fundo Professor de Farmacologia / Coordenador de Pesquisa

Instituto de Neurologia e Neurocirurgia (INN)

Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) Comissão de Padronização de Medicamentos (2013-15)

Preceptoria da Residência Médica de Neurologia

Investigador em estudos patrocinados por: Novartis (esclerose múltipla), UCB (epilepsia), IPSEN

(bexiga neurogênica) e Novartis (doença de Fabry).

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Relações entre Sono e Dor

Distúrbios do Sono Dor

Distúrbios do Sono Dor

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Sono

Processo cronobiológico: circadiano.

Estado de quietude e diminuição da

responsividade a estímulos ambientais e

orgânicos.

Com papel crucial sobre a homeostase do

sistema nervoso central (SNC) e de outros

órgãos.

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Ciclos

Claro-escuro Vigília-sono

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Padrões de ritmos de sono

monofásicos

Indiferente: 80 a 90% da população.

Matutino (avanço de fase): 5-10%.

Vespertino (atraso de fase): 5-10%.

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Tempo de Sono

Dormidores “normais”: 7h – 8,5h

Dormidores “curtos”: < 7h

Dormidores “longos”: > 8h,5

Pessoas que dormem persistentemente <7h ou

>8,5 horas têm pequeno aumento de

mortalidade. 2016: Silva (BMJ Open); Shen (Sci Rep); Kim (Eur J Neur)

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Sono não-REM

Estádio N1

Estádio N2

Estádio N3

Predomina na primeira metade da noite

Norepinefrina e Serotonina

Sono “superficial”

Sono “profundo”

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Sono REM

(“sono paradoxal”)

Tônus muscular

Aumentam o metabolismo e a perfusão

cerebrais

Instabilidade respiratória e térmica

Movimentos rápidos dos olhos (REM)

Provável consolidação da memória

Acetilcolina

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+ + +

+

- - -

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Investigação do Sono

Pesquisa de sintomas

Exame de polissonografia

Actimetria (actigrafia): + usada em pesquisa

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Actigrafia

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Sintomas de Sono

Inadequado

Ronco

Fadiga matinal (e diurna)

Sonolência diurna excessiva

Dificuldade de concentração ou de memória

Irritabilidade

Despertares frequentes (sono fragmentado)

Cefaleia matinal

Dores no corpo?

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Polissonografia

Eletroencefalograma

Eletroculograma

Eletromiograma

Fluxo respiratório

Movimento ventilatório

Saturação da oxi-hemoglobina

Eletrocardiograma

Microfone (ronco)

Variação do decúbito

Movimentos de perna

Contratura do masseter

Filmagem

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Padrões Polissonográficos

Normais

Eficiência do sono: >85% (>75% em idosos)

Arquitetura do sono (estágios):

N1: <10%

N2: Até 55%

N3: 20% (15% em idosos)

Sono REM: 20% (15% em idosos)

Microdespertares: até 10/hora

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Relações entre Sono e Dor

Distúrbios do Sono Dor

Distúrbios do Sono Dor

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Relações entre Sono e Dor

10 e 30% da população sofre de dor crônica.

Destes, entre 44 a 89% têm queixas

relacionadas ao sono. Moldofsky (Sleep Med Rev 2001); Riley 3rd et al (Cranio 2001)

Considerando apenas dor músculo-esquelética

e fibromialgia, até 99% dos pacientes dormem

mal. Theadom et al (J Psychosom Res 2007)

50% dos que referem um sono ruim têm dor

crônica. Taylor et al (Sleep 2007)

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Relações entre Sono e Dor

Outros estudos transversais mostraram

prevalência significativa de queixas de sono

em pacientes com dor crônica, especialmente

fibromialgia.

Assim como relacionaram má-qualidade do

sono com predisposição à dor difusa e

depressão.

A grande crítica à maior parte desses estudos

é a não avaliação de potenciais vieses, como

os próprios distúrbios de sono. Lavigne et al (Curr Rheumatol Rep 2011)

Choy (Nat Rev Rheumatol 2015)

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Sono e Fibromialgia

O processamento anormal da dor pelo SNC

tem provável papel na fisiopatologia da

fibromialgia.

Polissonografia na fibromialgia:

Diminuição do sono de ondas lentas (estágio N3)

Intrusão de frequências rápidas (ritmo alfa) no

sono REM

MAS, tais achados não são patognomônicos de

fibromialgia. Choy (Nat Rev Rheumatol 2015)

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Sono e Fibromialgia

Em indivíduos saudáveis a privação de sono

pode induzir sintomas fibromialgia-símiles. Choy (Nat Rev Rheumatol 2015)

Dormir demais também facilita dor,

especialmente (mas não exclusivamente),

cefaleia. Edwards et al (Pain 2008)

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Mecanismos Prováveis

Privação e/ou fragmentação do sono levando a:

Aumento de marcadores inflamatórios

Diminuição do limiar para dor. Edwards et al(Pain 2008); Lautenbacher et al(Sleep Med Rev 2006)

Dor crônica aumenta o estado de alerta cortical,

subvertendo a arquitetura normal do sono Sutton & Opp (Sleep 2014)

e/ou causando sua fragmentação, o que gera:

Insônia

Sensação de sono não reparador

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Indicações de Polissonografia

Insônia de manutenção

Suspeita de Apneia do Sono Ronco

Sonolência diurna

Fadiga matinal

Outros sintomas de sono não restaurador Ex: CEFALEIA MATINAL

Parassonias Sonambulismo

Terror noturno

Transtorno comportamental do sono REM

Movimentos no sono / sono agitado Convulsões

Movimentos periódicos de membros

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Distúrbios do Sono

(classificações anteriores a 2014)

Dissonias

Transtornos que afetam a qualidade do sono e

produzem

INSÔNIA e/ou SONOLÊNCIA DIURNA EXCESSIVA.

Parassonias

Novas propostas de distúrbios do sono

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Distúrbios do Sono

(classificação de 2014)

Insônia

Distúrbios respiratórios relacionados ao sono

Distúrbios centrais causadores de

hipersonolência

Distúrbios do ritmo circadiano de sono-vigília

Parassonias

Distúrbios do movimento relacionados ao sono

Outros distúrbios do sono American Academy of Sleep Medicine 2014

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Queixas relacionadas ao sono

(adultos – Brasil)

21%: insônia (24%: mulheres; 18%: homens)

22%: tempo de sono insuficiente

22%: excesso de movimentação durante o sono

25%: ronco

27%: sono superficial Hirotsu et al (Sleep Sci 2014)

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Escala de Sonolência de

Epwort

Qual a chance de você cochilar numa

das seguintes situações

(considere a média das últimas semanas)

0 – Nenhuma

1 – Pequena

2 – Moderada

3 – Grande

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Escala de Sonolência de

Epwort

Sentado e lendo

Assistindo TV

Sentado em lugar público, sem atividade

Como passageiro de ônibus ou carro, por 1h

Deitado para descansar, à tarde

Sentado, conversando com alguém

Sentado, após o almoço (sem álcool)

No volante, com trânsito lento

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Escala de Sonolência de

Epwort

Índice até 10: normal

Índice 11: sonolência

Índice 16: sonolência grave

OBS: tem se questionado o limite arbitrário de

10, pois mesmo índices menores são

relacionados a doenças do sono.

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Distúrbios do Sono

(classificação de 2014)

Insônia

Distúrbios respiratórios relacionados ao sono

Distúrbios centrais causadores de

hipersonolência

Distúrbios do ritmo circadiano de sono-vigília

Parassonias

Distúrbios do movimento relacionados ao sono

Outros distúrbios do sono American Academy of Sleep Medicine 2014

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Distúrbios do movimento

relacionados ao sono

Síndrome das Pernas Inquietas

A resposta positiva a 2 perguntas:

“Você sente dor, queimação, formigamento

ou desconforto nas pernas quando se deita?”

“E essa sensação só passa depois de mexer

ou esfregar muito as pernas, ou depois de

caminhar?”

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Síndrome das Pernas Inquietas

Causa comum de insônia inicial:

2,5 a 10% da população ocidental

Frequentemente subdiagnosticada

Predomina nos membros inferiores

Às X também nos superiores

Também com a imobilidade prolongada

Viagens

Palestras / aulas

Pode se associar a movimentos involuntários

que fragmentam o sono: Transtorno de

Movimentos Periódicos de Membros.

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Síndrome das Pernas Inquietas

Causas

Hereditareidade (a + comum)

Deficiência de ferritina

Doenças afetando os membros inferiores

Neuropatias periféricas, insuficiência vascular

Não rara a morbidade associada com dor crônica.

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Síndrome das Pernas Inquietas

Tratamento (1 hora antes de deitar ou viajar)

A I - Agonista dopaminérgico: Pramipexol 0,25 mg

A IIa – Levodopa + benserazida/carbidopa

B IIa – Gabapentina / Pregabalina

B IIa – Opioides

B IIb – Carbamazepina

B IIb – Ferro (em pacientes com deficiência de ferritina)

Tratamento não farmacológico

EXERCÍCIOS FÍSICOS com os membros inferiores à

tardinha ou no início da noite.

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Apneia Obstrutiva do Sono

(AOS)

Presença de eventos respiratórios obstrutivos:

Parada ou diminuição do fluxo respiratório (20 - 50%)

Dessaturação do oxi-hemoglobina ( 3%)

Despertar (ou microdespertar)

Alteração cardiovascular:

Bradicardia Taquicardia

PA

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Apneia Obstrutiva do Sono

+ comum em homens

Obesos / altos

Mulheres pós-menopáusicas

Crianças com deformidades orofaciais

Crianças com hipertorfia amigdaliana

Perímetro cervical aumentado

Consumo de álcool à noite

Associada a: Ronco

Fadiga matinal

Sonolência diurna

Cefaleia matinal crônica

Exacerbação de dor orofacial

Dores crônica no corpo???

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AOS & Dor

AOS é causa comum de cefaleia matinal

crônica. Stark & Stark (Curr Pain Headache Rep 2015)

Além disso, é morbidade associada comum

em pacientes com dor facial crônica. Omos (Curr Opin Pulm Medicine 2016)

AOS é condição prevalente (13,8%) em

pacientes com dor crônica. Pampati & Manchikanti (Pain Physician 2016)

Paciente com AOS e dor musculoesquelética

crônica têm eficiência e qualidade de sono

inferior àqueles com AOS sem dor. Nadeem et al (Sleep Breath 2014)

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Apneia Obstrutiva

Repercussão Cardiovascular

AOS grave (>30 apneias/hora)

Desenvolvimento ou agravamento de HAS

incidência de:

Infarto do miocárdio

Insuficiência cardíaca

Arrtimia cardíaca

Acidente Vascular Cerebral isquêmico

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Graduação da Gravidade

Número de apneias:

Normal: <5 por hora (ATÉ 1/h em crianças)

Leve: 5 a 15 por hora

Moderada: 15 a 30 por hora

Grave: > 30 por hora

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Indicações de Tratamento

Leve

Aparelhos intra-orais de avanço mandibular +

medidas não-farmacológicas (ex: perda de peso)

Cirurgia otorrinolaringológica (em crianças)?

Exercícios fonoaudiológicos específicos

Moderada:

CPAP

Alternativa: aparelhos de avanço mandibular

Grave:

CPAP (aparelhos de pressão positiva contínua nas

vias aéreas)

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Insônia

21% da população adulta brasileira Hirotsu et al (Sleep Sci 2014)

+ comum em mulheres

Multifatorial

Pode ser sintoma ou doença primária.

Inicial (diferenciar de vespertinidade)

Ansiedade

Síndrome das pernas inquietas

Maus hábitos de sono

De manutenção (distúrbios de sono)

Indicação de polissonografia

Terminal (depressão, distúrbios de sono)

Indicação de polissonografia

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Maus Hábitos de Sono

Ingestão de substâncias estimulantes à

tardinha e à noite:

Café

Chimarrão

Refrigerantes

Chocolate e achocolatados

Chá preto, chá verde, chá-mate

Guaraná cerebral

Energéticos

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Maus Hábitos de Sono

Exercícios físicos muito tarde à noite

Manter atividades de alerta até tarde

Estudo

Trabalho

Computador / Celular / Internet

Deitar sem ter sono

Usar a cama para:

Assistir TV

Ouvir música

Falar ao telefone

Ficar pensando

Ler

Ritmo irregular de sono

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Insônia - Tratamento

Terapia cognitivo comportamental (Evidência A I)

• Medidas de higiene do sono

• Controle de estímulos

• Restrição de sono (inicialmente)

• Terapia cognitiva

• Técnicas de relaxamento

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Insônia - Tratamento

Medicações

Evitar benzodiazepínicos.

Z-drugs (zolpidem, zopiclone, zaleplom)

somente para uso eventual.

Melatonina (3 a 10 mg/noite; cápsulas de 3, 5 e

10 mg).

Trazodona (50 a 300 mg/noite; cps de 50, 100

e 150 mg).

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Receptor neuronal de

membrana GABA A

Cl-

Cl- Álcool

Barbitúricos

Alguns anestésicos

Benzodiazepínicos

Z-drugs

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Até nos vermos de novo,

tchê!