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TÉCNICO DE SUPORTE EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES Área: Estradas Conhecimentos Específicos: 1. Execução e controle de serviços de obras de infraestrutura de trans- portes. 1.1. Operações básicas (Escavação, carga, transporte, descarga, com- pactação). 1.2. Tempos de ciclo. 1.3. Produção mecânica de serviços. 2. Equipamentos de Terraplenagem (de tração, de escavação e carre- gamento, de transporte, de regularização e conformação e de compacta- ção). 3. Equipamentos de pavimentação (usinas de solos, usinas de asfalto, centrais de concreto, misturadores, distribuidores, pavimentadoras, compactadores, vibradores, caldeiras, recicladoras e fresadoras). 4. Veículos transportadores de cargas (convencionais, tanques, especi- ais, elevadores de carga, betoneira, vagões e vagonetas). 5. Veículos e equipamentos ferroviários. 6. Equipamentos complementares (fábrica de artefatos de concreto, compressores de ar, ferramentas pneumáticas, guindastes e elevadores de inspeção e manutenção). 7. Controle tecnológico de compactação e pavimentação. 8. Controle geométrico de seções. 9. Especificações de Materiais e Serviços do DNIT. 10. Noções de custos de obras de infraestrutura de transportes (Sicro). 1. Execução e controle de serviços de obras de infraestrutura de transportes. 1.1. Operações básicas (Escavação, carga, transporte, descarga, compactação). 1.2. Tempos de ciclo. 1.3. Produção mecânica de serviços. Movimentação de Terra Movimento de terra é o conjunto de operações de escavação, carga, transporte, descarga, compactação e acabamento executados a fim de passar-se de um terreno em seu estado natural para uma nova conforma- ção topográfica desejada. Qualquer que seja a configuração do terreno, o movimento de terra deve ser precedido por uma fase que se denomina em geral de prepara- ção do terreno. Desmatamento: retirada da vegetação de grande porte. Pode ser fei- ta com moto-serra ou, eventualmente, com processos mecânicos. Destocamento: retirada dos troncos das árvores que foram cortadas. Pode ser feita manualmente ou através do fogo. Limpeza: retirada da vegetação rasteira. Remoção da camada vegetal: a camada do solo que pode ser con- siderada um banco genético, deve ser retirada particularmente, pois não pode ser utilizada em aterros. TIPOS DE MOVIMENTAÇÃO DE TERRA Cortes: São segmentos onde a implantação da geometria projetada requer a escavação do material constituinte no terreno. As operações de corte compreendem a escavação propriamente dita, a carga, o transporte, a descarga e o espalhamento do material no destino final (aterro, bota- fora ou depósito) Aterro: Preparar o terreno a fim de obter uma configuração desejada, através da deposição de terra. Os aterros, quando necessários, devem ser realizados acompanhados dos serviços de compactação, ou seja, passar repetidas vezes os equipamentos nos locais aterrados. Secção mista: Situação combinada de corte e aterro. Também exige a compactação e em pequenas áreas aterradas esta pode ser feita manu- almente através de equipamentos, os chamados “sapos”, que podem ser rudimentares e fabricados em obras ou mecanizados. Além dessas operações básicas, outras de caráter mais restrito são também bastante comuns, em função das necessidades do processo construtivo, das características do terreno e do tipo de fundação a ser executada. Em alguns casos são necessárias outras operações, tais como: troca de solo, configuração de caminho de serviço (forração) e a execução de valas e trincheiras. Poderá ser necessário no movimento de terra a retirada de matacões, isto é, fragmentos de rochas de grandes dimensões. ESTUDOS PRELIMINARES Sondagem de terreno: este tipo de dado que traz as camadas de so- lo as camadas de solo a serem atravessadas (tipos de solo e espessuras das camadas) e também a posição do nível d’água será importante para a definição do tipo de equipamento a ser utilizado bem como de plano de execução de terraplenagem. Controle da cota de fundo da escavação: este tipo de controle po- derá ser feito com a utilização de topografia (dispondo-se de teodolito) ou ainda de uma maneira mais rudimentar servindo-se de uma mangueira de nível com a ajuda de estacas auxiliares (pontaletes de madeira). Níveis da vizinhança: caso não haja estruturas de contenção de vi- zinhança este será o ponto de partida para início dos taludes periféricos. Projeto de canteiro: compatibiliza a escavação no canteiro; exemplos: posição de rampa de acesso, recuo de início de escavação para possibili- tar instalação dos alojamentos, sanitários. Grau de compactação: é necessária a análise do grau de compacta- ção do solo pois quando se corta um terreno, este perde a consistência inicial e aumenta de volume. A este fenômeno dá-se o nome de empola- mento. Quanto maior o volume de terra retirado, por caminhão, maior a produtividade da máquina e consequentemente maior será o seu benefí- cio. Aluguel de equipamento: deve haver uma análise prévia do volume de terra a ser retirado do terreno para configurar a frota de caminhões, de modo a não parar a máquina e nem formar uma fila de espera demorada para os caminhões. Além de adequar a máquina utilizada à tipologia do terreno. Controle de inclinação dos taludes: em função do tipo de solo a ser escavado e das condições de vizinhança do serviço de terraplenagem, deve ser definida uma inclinação para o talude que garanta a sua estabili- dade. Isto pode ser feito com auxílio de um gabarito de madeira. EQUIPAMENTOS COMUMENTE USADOS Os serviços de Movimento de Terra podem ser executados por pro- cessos manuais ou mecânicos. Processos manuais: utilizam a força humana, através de ferramen- tas e está restrito a pequenos movimentos de terra (100m³) ou a locais onde seja obrigatório, em vista de condições peculiares. Processos mecânicos: para o movimento de terra utilizam-se basi- camente duas máquinas distintas. Um equipamento que escava e carrega o material sobre um outro equipamento que o transporta até o local da descarga. Dentre eles: Pá-carregadora: a lança não tem giro nem movimento vertical a não ser em torno do eixo transversal, podendo-se mudar a posição da caçam- ba para a descarga, por meio de articulações. As pás-carregadoras po- dem ser de roda ou de esteira. Existem diversas marcas, sendo que cada modelo é caracterizado por alguma medidas geométricas básicas e por uma determinada capacidade da caçamba. As pás-carregadoras montadas sobre pneus apresentam certas van- tagens e certas deficiências de operação, se comparadas as de esteira. A vantagem reside na velocidade de deslocamento da máquina. Por outro lado a tração sobre pneus revela-se deficiente, já que há o risco perma- nente do seu patinamento. Por trabalharem diretamente sobre as superfí- cies escavadas são mais recomendadas para terrenos secos e duros pois desta forma as esteiras ou as rodas não causam danos à superfície acabada. Bobby-cat: é uma pá-carregadora, porém, de pequeno porte e capa- cidade tendo, por outro lado grande versatilidade. É muito utilizada para retirada de terra de subsolos após executadas as lajes, pois devido ao seu tamanho tem fácil acesso em quaisquer locais. Embora possa ser utilizada para corte, sua potência não permite que isto seja feito em qualquer tipo de terreno quando então só poderá ser utilizada para carga e descarga. Escavadeira: é um equipamento que trabalha estacionado, isto é, sua estrutura portante se destina apenas a lhe permitir o deslocamento, sem contudo participar do ciclo de trabalho. Nos trabalhos normais de

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TÉCNICO DE SUPORTE EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

Área: Estradas Conhecimentos Específicos: 1. Execução e controle de serviços de obras de infraestrutura de trans-portes. 1.1. Operações básicas (Escavação, carga, transporte, descarga, com-pactação). 1.2. Tempos de ciclo. 1.3. Produção mecânica de serviços. 2. Equipamentos de Terraplenagem (de tração, de escavação e carre-gamento, de transporte, de regularização e conformação e de compacta-ção). 3. Equipamentos de pavimentação (usinas de solos, usinas de asfalto, centrais de concreto, misturadores, distribuidores, pavimentadoras, compactadores, vibradores, caldeiras, recicladoras e fresadoras). 4. Veículos transportadores de cargas (convencionais, tanques, especi-ais, elevadores de carga, betoneira, vagões e vagonetas). 5. Veículos e equipamentos ferroviários. 6. Equipamentos complementares (fábrica de artefatos de concreto, compressores de ar, ferramentas pneumáticas, guindastes e elevadores de inspeção e manutenção). 7. Controle tecnológico de compactação e pavimentação. 8. Controle geométrico de seções. 9. Especificações de Materiais e Serviços do DNIT. 10. Noções de custos de obras de infraestrutura de transportes (Sicro).

1. Execução e controle de serviços de obras de infraestrutura de transportes.

1.1. Operações básicas (Escavação, carga, transporte, descarga, compactação).

1.2. Tempos de ciclo.

1.3. Produção mecânica de serviços.

Movimentação de Terra

Movimento de terra é o conjunto de operações de escavação, carga, transporte, descarga, compactação e acabamento executados a fim de passar-se de um terreno em seu estado natural para uma nova conforma-ção topográfica desejada.

Qualquer que seja a configuração do terreno, o movimento de terra deve ser precedido por uma fase que se denomina em geral de prepara-ção do terreno.

Desmatamento: retirada da vegetação de grande porte. Pode ser fei-ta com moto-serra ou, eventualmente, com processos mecânicos.

Destocamento: retirada dos troncos das árvores que foram cortadas. Pode ser feita manualmente ou através do fogo.

Limpeza: retirada da vegetação rasteira.

Remoção da camada vegetal: a camada do solo que pode ser con-siderada um banco genético, deve ser retirada particularmente, pois não pode ser utilizada em aterros.

TIPOS DE MOVIMENTAÇÃO DE TERRA

Cortes: São segmentos onde a implantação da geometria projetada requer a escavação do material constituinte no terreno. As operações de corte compreendem a escavação propriamente dita, a carga, o transporte, a descarga e o espalhamento do material no destino final (aterro, bota-fora ou depósito)

Aterro: Preparar o terreno a fim de obter uma configuração desejada, através da deposição de terra. Os aterros, quando necessários, devem ser realizados acompanhados dos serviços de compactação, ou seja, passar repetidas vezes os equipamentos nos locais aterrados.

Secção mista: Situação combinada de corte e aterro. Também exige a compactação e em pequenas áreas aterradas esta pode ser feita manu-almente através de equipamentos, os chamados “sapos”, que podem ser rudimentares e fabricados em obras ou mecanizados.

Além dessas operações básicas, outras de caráter mais restrito são também bastante comuns, em função das necessidades do processo

construtivo, das características do terreno e do tipo de fundação a ser executada. Em alguns casos são necessárias outras operações, tais como: troca de solo, configuração de caminho de serviço (forração) e a execução de valas e trincheiras.

Poderá ser necessário no movimento de terra a retirada de matacões, isto é, fragmentos de rochas de grandes dimensões.

ESTUDOS PRELIMINARES

Sondagem de terreno: este tipo de dado que traz as camadas de so-lo as camadas de solo a serem atravessadas (tipos de solo e espessuras das camadas) e também a posição do nível d’água será importante para a definição do tipo de equipamento a ser utilizado bem como de plano de execução de terraplenagem.

Controle da cota de fundo da escavação: este tipo de controle po-derá ser feito com a utilização de topografia (dispondo-se de teodolito) ou ainda de uma maneira mais rudimentar servindo-se de uma mangueira de nível com a ajuda de estacas auxiliares (pontaletes de madeira).

Níveis da vizinhança: caso não haja estruturas de contenção de vi-zinhança este será o ponto de partida para início dos taludes periféricos. Projeto de canteiro: compatibiliza a escavação no canteiro; exemplos: posição de rampa de acesso, recuo de início de escavação para possibili-tar instalação dos alojamentos, sanitários.

Grau de compactação: é necessária a análise do grau de compacta-ção do solo pois quando se corta um terreno, este perde a consistência inicial e aumenta de volume. A este fenômeno dá-se o nome de empola-mento. Quanto maior o volume de terra retirado, por caminhão, maior a produtividade da máquina e consequentemente maior será o seu benefí-cio.

Aluguel de equipamento: deve haver uma análise prévia do volume de terra a ser retirado do terreno para configurar a frota de caminhões, de modo a não parar a máquina e nem formar uma fila de espera demorada para os caminhões. Além de adequar a máquina utilizada à tipologia do terreno.

Controle de inclinação dos taludes: em função do tipo de solo a ser escavado e das condições de vizinhança do serviço de terraplenagem, deve ser definida uma inclinação para o talude que garanta a sua estabili-dade. Isto pode ser feito com auxílio de um gabarito de madeira.

EQUIPAMENTOS COMUMENTE USADOS

Os serviços de Movimento de Terra podem ser executados por pro-cessos manuais ou mecânicos.

Processos manuais: utilizam a força humana, através de ferramen-tas e está restrito a pequenos movimentos de terra (100m³) ou a locais onde seja obrigatório, em vista de condições peculiares.

Processos mecânicos: para o movimento de terra utilizam-se basi-camente duas máquinas distintas. Um equipamento que escava e carrega o material sobre um outro equipamento que o transporta até o local da descarga. Dentre eles:

Pá-carregadora: a lança não tem giro nem movimento vertical a não ser em torno do eixo transversal, podendo-se mudar a posição da caçam-ba para a descarga, por meio de articulações. As pás-carregadoras po-dem ser de roda ou de esteira. Existem diversas marcas, sendo que cada modelo é caracterizado por alguma medidas geométricas básicas e por uma determinada capacidade da caçamba.

As pás-carregadoras montadas sobre pneus apresentam certas van-tagens e certas deficiências de operação, se comparadas as de esteira. A vantagem reside na velocidade de deslocamento da máquina. Por outro lado a tração sobre pneus revela-se deficiente, já que há o risco perma-nente do seu patinamento. Por trabalharem diretamente sobre as superfí-cies escavadas são mais recomendadas para terrenos secos e duros pois desta forma as esteiras ou as rodas não causam danos à superfície acabada.

Bobby-cat: é uma pá-carregadora, porém, de pequeno porte e capa-cidade tendo, por outro lado grande versatilidade. É muito utilizada para retirada de terra de subsolos após executadas as lajes, pois devido ao seu tamanho tem fácil acesso em quaisquer locais. Embora possa ser utilizada para corte, sua potência não permite que isto seja feito em qualquer tipo de terreno quando então só poderá ser utilizada para carga e descarga.

Escavadeira: é um equipamento que trabalha estacionado, isto é, sua estrutura portante se destina apenas a lhe permitir o deslocamento, sem contudo participar do ciclo de trabalho. Nos trabalhos normais de

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movimento de terra as escavadeiras são montadas sobre esteiras, possu-indo mecanismos que permitem o giro de 360°.

As escavadeiras podem ser empregadas em trabalhos de escavação bastante diversos, dependendo do tipo de lança que é utilizado. A lança é o mecanismo que pode ser colocado ou retirado da escavadeira e é destinado a efetuar certos tipos de escavação.

ALGUNS TIPOS DE LANÇAS

Escavo – carregadeira: a lança é instalada numa escavadeira con-vencional e se destina a escavar em taludes situados acima do nível do terreno em que a máquina se encontra. A escavo – carregadeira permite movimentos rápidos e, sobretudo, mais precisos do que os permitidos pelo uso de guinchos e cabos.

Clamshell: é constituída de duas partes níveis, comandadas por ca-bos que se podem abrir ou fechar como mandíbulas, possuindo superfí-cies de corte ou dentes. A escavação se faz pela queda da caçamba e posteriormente pelo fechamento das mandíbulas, de modo que a remoção do material avança verticalmente em profundidade. A lança Clamshell é apropriada para abertura de valas de pequenas dimensões sobretudo quando há obstáculos tais como escoramentos e tubulações subterrâ-neas.

Retro – escavadeira: é um equipamento semelhante à escavo – car-regadeira com a diferença de que a caçamba, ao contrário desta última, é voltado para baixo. A medida que a escavação prossegue a máquina vai se deslocando em marcha à ré. A capacidade de caçamba desta máquina é relativamente pequena e o seu raio de alcance limitado. Destinam-se à escavação abaixo do nível em que se encontram e quando se deseja precisão nas dimensões da vala. Alguma retro- escavadeiras são equipa-das na outra extremidade do trator com uma pá – carregadora.

Unidades de transportes: para o transporte de terra são utilizados caminhões basculantes de descarga traseira feita através de braços de levantamento de comando hidráulico. Elevando-se a caçamba, abre-se a comporta traseira e o material cai por gravidade. Os caminhões basculan-tes são disponíveis em duas versões:

Caminhão toco: possui capacidade de caçamba mínima de 4 m³.

Caminhão trucado: dispõem de uma terceira linha de eixo com tra-ção e tem a capacidade dobrada em relação ao caminhão toco. http://www.fabricconstrucoes.com.br/movim-de-terra.php

O tempo de escavação direta depende da escavabilidade do material e da altura da bancada, enquanto o de carregamento depende da frag-mentação e da altura da pilha de material desmontado. Bancadas e pilhas baixas reduzem a eficiência durante o enchimento, aumentando o tempo necessário. Material mal fragmentado, com blocos grandes, também tem o efeito de dificultar o enchimento da caçamba.

O tempo de descarga depende apenas das dimensões relativas dos caminhões e da escavadeira e do posicionamento daquele em relação a esta. As dimensões são decididas na seleção e dimensionamento dos equipamentos e são definidas na compra. O posicionamento correto dos caminhões depende do treinamento dado aos motoristas e aos ajudantes da escavadeira.

Produção de Obra

Há muitos fatores influenciando cada obra. Um empreiteiro precisa saber o máximo possível sobre a obra, antes de poder enfrentá-la com sucesso. Embora não existam duas obras exatamente iguais, há várias semelhanças e sabendo como controlá-las, um empreiteiro conseguirá um bom ponto de partida para começar a resolver seu problema.

A produção sofre a influência de três fatores básicos:

1-Tempo

2-Material

3-Eficiência

Objetivo – escavação ou corte, carregamento, transporte (incluindo retorno), descarga e espalhamento.

Tempo de Ciclo

É o tempo gasto pela máquina para executar uma operação com-pleta (carregamento, transporte, descarga e retorno).

Tempo Fixo

É o tempo gasto em carregamento e descarga, incluindo quaisquer manobras que possam ser necessárias - Tempo Constante, indepen-dente da distância de transporte e retorno

Tempo Variável

É o tempo de percurso, ou o tempo nas fases de transporte e retorno do ciclo. Este tempo varia com a distância e as condições da estrada de transporte.

Produção mecânica de serviços

Trata da interação de homens, materiais, equipamentos, métodos e processos, o que proporciona ao profissional possibilidades de atuação nos diversos níveis das empresas.

A engenharia de produção mecânica atua na fronteira entre o co-nhecimento técnico da engenharia mecânica e o das áreas administrati-vas e econômicas.

Assim, os profissionais dessa área têm os conhecimentos básicos de engenharia mecânica e uma formação específica que o capacita a otimi-zar a produção, racionalizar métodos, processos e sistemas, com o intuito de melhoria da produtividade.

A atuação do engenheiro (ou técnico) de produção mecânica é útil sempre que houver necessidade de planejamento, coordenação e con-trole.

Atividades Principais

Efetuar a programação e controle da produção, através do acompa-nhamento e supervisão das operações de materiais e equipamentos;

projetar novos produtos e planejar instalação de fábricas;

gerenciar e aprimorar métodos de fabricação e as relações humanas no trabalho;

administrar os recursos disponíveis, na busca da produtividade e qualidade nos processos industriais;

planejar e reduzir a ociosidade das máquinas na empresa, minimi-zando os custos;

auxiliar na seleção e treinamento do pessoal técnico;

calcular custos de produção, previsão de venda e determinar o me-lhor meio de aplicar o capital da empresa.

2. Equipamentos de Terraplenagem (de tração, de escavação e carregamento, de transporte, de regularização e conformação e de compactação).

Terraplenagem

1- Introdução à Terraplenagem

De forma genérica, a terraplenagem ou movimento de terras pode ser entendida como o conjunto de operações necessárias para remover a terra dos locais em que se encontra em excesso para aqueles em que há falta, tendo em vista um determinado projeto a ser implantado.

Assim, a construção de uma estrada de rodagem, de uma ferrovia ou de um aeroporto, a edificação de uma fábrica ou de uma usina hidrelétri-ca, ou mesmo de um conjunto residencial, exigem a execução de servi-ços de terraplenagem prévios, regularizando o terreno natural, em obedi-ência ao projeto que se deseja implantar.

Pode-se afirmar, portanto, que todas as obras de Engenharia Civil de grande ou pequeno porte, exigem a realização de trabalhos prévios de movimentação de terras. Por esta razão a terraplenagem teve o enorme desenvolvimento verificado no último século.

2- Histórico

Na antiguidade, os movimentos de terra eram executados manual-mente ou com o auxílio de animais que carregavam ou rebocavam instrumentos rudimentares.

Este quadro não se modificou até meados do século XIX, pois o ins-trumento utilizado era ainda a chamada "pá-de-cavalo", constituída de uma caçamba dotada de lâmina de corte, a qual, rebocada por tração animal, escavava e transportava o material.

Com o advento da máquina a vapor, surgiram as primeiras tentativas de utilizá-la em equipamentos de terraplenagem, a partir da segunda metade do século XIX. No final desse século já existiam escavadeiras providas de pás, montadas em vagões e usadas na construção ferroviá-ria.

O desenvolvimento dos motores a combustão interna ocasionou a redução do tamanho físico dos equipamentos, permitindo novas aplica-ções.

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Em 1920 é lançado o primeiro trator movido a gasolina, ao qual des-de logo foi adaptada a lâmina, iniciando-se desta maneira a concepção e a fabricação dos modernos equipamentos de terraplenagem.

Nas décadas de 20 e 30, um inovador, R.G. Le Tourneau, criou o primeiro "Scraper" propelido, rebocado por trator. Em 1938 é introduzido o primeiro "Motoscraper", isto é, o "Scraper" autopropulsionado.

A partir desta data, é de todos conhecido o rápido desenvolvimento dos equipamentos de terraplenagem, apresentando máquinas cada vez mais eficientes sob o aspecto mecânico, do que resultou o aumento extraordinário de sua produtividade.

3- Terraplenagem Manual

Até o aparecimento dos equipamentos mecanizados e mesmo de-pois, a movimentação das terras era feita pelo homem, utilizando ferra-mentas tradicionais: pá e picareta para o corte, carroças ou vagonetas com tração animal para o transporte.

Como o rendimento da terraplenagem manual é pequeno, esse ser-viço dependia da mão-de-obra abundante e barata. Mas com o desen-volvimento tecnológico e social a mão-de-obra foi se tornando cada vez mais escassa e, por conseqüência, mais cara. Para se ter uma idéia do número de operários necessários para a execução braçal do movimento de terra, estima-se que para a produção de 50 m3/h de escavação, seriam necessários pelo menos 100 homens. A mesma tarefa pode ser executada por uma única escavadeira, operada apenas por um homem.

Todavia, a terraplenagem manual não significava excessiva lentidão dos trabalhos. Desde que a mão-de-obra fosse numerosa, os prazos de execução da movimentação de terras em grandes volumes eram razoá-veis, se comparados com os atuais.

Temos o exemplo de ferrovias construídas nos Estados Unidos, com milhões de metros cúbicos escavados e movidos em prazos relativamen-te curtos, dispondo-se porém de mão-de-obra abundante e de baixo custo.

Com suficiente organização para resolver os sérios problemas de re-crutamento, administração, alojamento e subsistência dos trabalhadores, a terraplenagem manual apresentava rendimento capaz de causar admi-ração, ainda nos dias atuais.

4- Terraplenagem Mecanizada

Os equipamentos mecanizados, surgidos em conseqüência do de-senvolvimento tecnológico, apesar de apresentarem elevado custo de aquisição, tornaram competitivo o preço do movimento de terras, em razão de sua alta produtividade.

Conforme exemplificado anteriormente, percebe-se a notável eco-nomia de mão-de-obra introduzida pela mecanização, o que vinha de encontro à escassez cada vez maior do trabalhador braçal, decorrente sobretudo da industrialização.

Resumindo, pode-se entender que a mecanização surgiu em conse-qüência de:

a) Escassez e encarecimento da mão-de-obra, causada sobretudo pela industrialização.

b) Elevada eficiência mecânica dos equipamentos, traduzindo-se em grande produtividade, o que significou preços mais baixos se compara-dos com os obtidos manualmente, especialmente em razão da redução de mão-de-obra.

Os equipamentos mecanizados (apesar do alto custo de aquisição) tornaram competitivo o preço do movimento de terras, em razão de sua alta produtividade Outro incentivo à terraplenagem mecanizada foi a escassez cada vez maior do trabalhador braçal, decorrente sobretudo da industrialização

5- Características da Terraplenagem Mecanizada

A mecanização caracteriza-se por:

a) Requerer grandes investimentos em equipamentos de alto custo;

b) Exigir serviços racionalmente planejados e executados, o que só pode ser conseguido através de empresas de alto padrão de eficiência;

c) Reduzir substancialmente a mão-de-obra empregada, mas por ou-tro lado provocar a especialização profissional e, conseqüentemente, melhor remuneração;

d) Permitir a movimentação de grandes volumes de terras em prazos curtos, graças à eficiência de operação e, sobretudo, pela grande veloci-dade no transporte, o que leva a preços unitários extremamente baixos,

apesar do custo elevado dos equipamentos. Para se ter uma idéia da influência do aumento da produtividade no custo da terraplenagem, apesar da elevação substancial ocorrida no valor de aquisição dos equi-pamentos, praticamente não houve acréscimo nos preços de movimento de terra, nos Estados Unidos, no período de 1930 a 1960.

6- Operações Básicas de Terraplenagem. Ciclo de Operação.

Examinando-se a execução de quaisquer serviços de terraplenagem, podem-se distinguir quatro operações básicas que ocorrem em seqüên-cia, ou, às vezes, com simultaneidade.

a)Escavação;

b)Carga do material escavado;

c)Transporte;

d) Descarga e espalhamento.

Essas operações básicas podem ser executadas pela mesma má-quina ou por equipamentos diversos. Exemplificando, um trator de esteira provido de lâmina, executa sozinho todas as operações acima indicadas, sendo que as três primeiras com simultaneidade.

Máquinas e Equipamentos

a)Máquinas Motrizes - São aquelas que produzem a energia para a execução do trabalho. Ex.: tratores de rodas ou de esteira, compresso-res, etc., quando convenientemente equipados podem realizar os servi-ços

b) Máquinas Operatrizes - São aquelas que acionadas pelas má-quinas motrizes realizam diretamente o trabalho. Ex.: scraper, escarifica-dores, compactadores.

Unidades de Tração (Tratores)

A Unidade de Tração (Trator) é a máquina básica de terraplena-gem, pois todos os equipamentos à disposição para executá-la são tratores devidamente modificados ou adaptados para realizar as opera-ções básicas de terraplenagem.

Chama-se trator a unidade autônoma que executa a tração ou em-purra outras máquinas e pode receber diversos implementos destinados a diferentes tarefas.

Essa unidade básica pode ser montada sobre:

a) Esteiras: De modo geral, as esteiras exercem pressões sobre o terreno portante da ordem de 0,5 a 0,8 kgf/cm2 aproximadamente, igual à pressão exercida por um homem em pé, sobre o chão.

b) Pneumáticos: Os equipamentos de rodas, ao contrário, transmi-tem ao terreno pressões de contato da ordem de 3 a 6 kgf/cm2.

Unidades Escavo-Empurradoras

O trator de esteira ou de pneus, que é a máquina básica da terra-plenagem, pode receber a adaptação de um implemento que o transfor-ma numa unidade capaz de escavar e empurrar a terra, chamando-se por isso, unidade escavo-empurradora.

Esse implemento é denominado lâmina e o equipamento passa a denominar-se trator de lâmina ou buldôzer.

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Escarificador ou “Ripper”

- Utilizado em material de 2a categoria

- Munidos de pistões hidráulicos, de duplo sentido com bomba de al-ta pressão.

Unidades Escavo-Transportadoras

As unidades Escavo-Transportadoras são as que escavam, carre-gam e transportam materiais de consistências média a distâncias mé-dias.

São representadas por dois tipos básicos:

a) Scraper Rebocado;

b) Scraper automotriz ou motoscraper.

Scraper Rebocado

O scraper rebocado consiste numa caçamba montada sobre um eixo com dois pneumáticos, rebocada por um trator.

Scraper Automotriz / Moto-scraper

O scraper automotriz ou moto-scraper consiste em um scraper de único eixo que se apóia sobre um rebocador de um ou dois eixos, atra-vés do pescoço.

A razão dessa montagem reside no ganho de aderência que as ro-das motrizes do trator passam a ter, em conseqüência do aumento do peso que incide sobre elas (Peso Aderente). O moto-scraper é um dos equipamentos responsáveis pela viabilização da utilização maciça da terraplenagem mecanizada. O que possibilitou a diminuição do preço do m3 transportado foi o invento do pescoço, que, quando o moto-scraper está em movimento, transmite aproximadamente 60% do peso da carga para a roda motriz, conseqüentemente aumentando a aderência, possi-bilitando a utilização de grande potência usável.

Os comandos de acionamento são executados por pistões hidráuli-cos de duplo sentido e acionados por bomba hidráulica de alta pressão.

A escavação é feita pelo movimento sincronizado da Lâmina de Corte que entra em contato com o terreno pelo abaixamento da caçam-ba, ao mesmo tempo que o Avental é elevado com a movimentação gradual do Ejetor.

A carga se faz pelo arrastamento do scraper, com o qual a lâmina penetra no solo, empurrando-o para o interior da caçamba.

Pusher e Pusher-Pull

Quando a aderência estiver baixa (patinagem das rodas) ou a po-tência disponível for insuficiente, usa-se trator de esteira ou de rodas para auxiliar no carregamento, denominando-se esta operação de Pu-sher.

Na operação Pusher-Pull são utilizados motoscrapers com dois mo-tores e tração nas quatro rodas. Como a força de tração nas quatro rodas ainda não é suficiente, criou-se um dispositivo em forma de gancho que acopla um motoscraper ao outro. Dessa forma o esforço das 8 rodas dos dois motoscrapers acoplados é utilizado para carregar um dos scrapers e em seguida o outro. Os motoscrapers se acoplam e se ajudam mutua-mente na operação de carregamento.

Enquanto a máquina da frente carrega, é auxiliada pela outra que fornece o esforço trator adicional necessário. Posteriormente a máquina da frente traciona o outro motoscraper, para o seu carregamento.

Máquinas Especiais

a) Motoscrapers com 2 (dois) motores - É o que possui o eixo trasei-ro também provido de força motriz - “Twin” ou seja motores geminados que funcionam em conjunto.

Vantagens:

• maior potência

• maior ADERÊNCIA

• trabalho em rampas mais acentuadas

• maior volume transportado

Equipamentos

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Unidades Escavo-Carregadeiras

São as unidades que “escavam” e carregam o material sobre um ou-tro equipamento, que o transporta até o local da descarga, de modo que o ciclo completo da terraplenagem, compreendendo as quatro operações básicas, é executado por duas máquinas distintas (as escavo-carregadeiras e as unidades de transporte).

As unidades escavo-carregadeiras são representadas pelas:

a) Carregadeiras

b) Escavadeiras

Embora bastante diferentes, ambas executam as mesmas opera-ções de escavação e carga.

Carregadeiras

São chamadas de pás-carregadeiras e podem ser montadas sobre esteiras ou rodas com pneumáticos.

Normalmente a caçamba é instalada na parte dianteira.

No carregamento, as carregadeiras é que se deslocam, movimen-tando-se entre o talude e o veículo de transporte.

Características da carregadeira de pneus

• Alta velocidade de deslocamento

• Grande mobilidade

• Deslocamento a grande distância (elimina transporte em carreta)

• Menor tração - principalmente na escavação, risco de patinagem

• Baixa flutuação

• Tração nas quatro rodas

• Peso próprio elevado - peso aderente sobre a roda motriz

• Motor sobre o eixo traseiro

Escavadeiras

São chamadas de pás mecânicas. Consistem em um equipamento que trabalha parado.

Pode ser montado sobre esteiras, pneumáticos ou trilhos.

- Características das Escavadeiras

• Normalmente sobre esteiras

• Giro de 360º

• Esteiras Lisas, sem garras e de maior largura

• Boa flutuação

• Baixo Balanceamento

• Deslocamento - 1,5 km/h (pequenas distâncias)

• Deslocamento em distância - carretas especiais

- Dependendo do tipo de trabalho, monta-se no trator, o tipo de lan-ça necessário.

Caçamba de mandíbulas ou “CLAM-SHELL”

A lança é constituída de duas partes móveis, comandadas por cabos que podem abrir ou fechar a caçamba com mandíbulas, possuindo superfícies de corte ou dentes. É apropriado para a abertura de valas de pequenas dimensões, sobretudo quando há obstáculos como escora-mentos, tubulações subterrâneas, etc.

Retroescavadeira

Semelhante à escavadeira de pá frontal, diferindo apenas em rela-ção à caçamba. A escavação se faz no sentido de cima para baixo. O movimento da máquina é em marcha a ré.

Escava solos mais compactados.

Unidades Aplanadoras

As unidade aplanadoras destinam-se especialmente ao acabamen-to final da terraplenagem, isto é, executam as operações para conformar o terreno aos greides finais do projeto.

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As principais características destes equipamentos são a grande mo-bilidade da lâmina de corte e a sua precisão de movimentos, permitindo o seu posicionamento nas situações mais diversas.

A lâmina pode ser angulada em relação a um eixo vertical e também inclinada lateralmente, buscando alcançar a posição vertical.

Para compensar as forças excêntricas surgidas por estes movimen-tos, as rodas dianteiras podem ser inclinadas, de maneira a contrabalan-çar aqueles esforços.

Entre a lâmina e o eixo dianteiro, pode ser encontrado um escarifi-cador, usado para romper um solo compacto.

Unidades de Transporte

As unidades transportadoras são utilizadas na terraplenagem quan-do as distâncias de transporte são de tal grandeza que o emprego de “Motoscrapers” ou “Scrapers” rebocados se torna antieconômico.

Assim, para as grandes distâncias deve-se optar pelo uso de equi-pamentos mais rápidos, de baixo custo, que tenham maior produção, ainda que com o emprego de um número elevado de unidades.

São unidades de transportes: Caminhões Basculantes Comuns; Va-gões; Caminhões Fora de Estrada.

Vagões

São unidade de porte, com grande capacidade, geralmente reboca-dos por tratores de pneus semelhantes aos utilizados nos “motoscra-pers”. Executam apenas as operações de transporte e descarga, sendo carregados por unidades escavo-carregadoras.

Os vagões diferenciam-se entre si, já que podem fazer a descarga por:

•Fundo móvel (“Bottom-dump”);

•Traseira, por basculagem da caçamba (“rear-dump”);

•Lateral (“side-dump”).

O volume da caçamba chega a 102 m3 e atinge a velocidade de 60 km/h.

-Fora de Estrada

Utilizado para serviços pesados. Necessita estrada especial, tem baixa flutuação.

Caçambas acima de 10 m3, chegando a 100 ton., com motores até 1000 HP.

Unidades Compactadoras

As unidades compactadoras destinam-se a efetuar a operação de-nominada compactação, isto é, o processo mecânico de compressão dos solos, resultando em um índice de vazios menor.

A compactação é o processo pelo qual se obtém mecanicamente o aumento de resistência do solo.

Os solos, para que possam ser utilizados nos aterros das obras de terraplenagem, devem preencher certos requisitos, ou seja, devem ter seu comportamento técnico melhorado, para que se transformem em verdadeiro material de construção. Esse objetivo é atingido de manei-ra rápida e econômica através das operações de compactação.

http://etg.ufmg.br/~jisela/pagina/notas%20aula%20Terraplenage

m.pdf

Pá-Carregadeira de Esteiras

Indicada para: Escavação, Nivelamento, Carregamento de Caminhão,

Remoção de Raíz de Árvore

Pá-Carregadeira de Pneus

Indicada para: Escavação, Nivelamento, Carregamento de Caminhão

(somente em terreno firme e seco)

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Retro-Escavadeira

Indicada para: Escavação, Abertura de Valas, Nivelamento e Carrega-mento de Caminhão (somente em terreno firme e seco, serviço de pe-

queno porte)

Escavadeira Hidráulica

Indicada para: Escavação, Carregamento de Caminhão (serviços de

médio e grande porte), Remoção de Raíz de Árvore

Trator de Esteiras

Indicada para: Nivelamento de grandes áreas, Remoção de Raíz de

Árvore

Motoniveladora

Indicada para: Nivelamento de grandes áreas e rodovias

Moto-Scraper

Indicado para: Movimentação de terra em larga escala e tramporte em trajeto curto.

MiniCarregadeira (também conhecida como Bobcat®)

Indicada para: Movimentação de Terra ou entulho de pequeno porte, Carregamento de Caminhão

MiniEscavadeira

Indicada para: Escavação de vala para assentamento de canos e mani-lhas

Rolo Compactador Pata (pé-de-carneiro)

Indicado para: Realizar Compactação de Solo onde houve aterro.

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Rolo Compactador Liso

Indicado para: Realizar Acabamento de Compactação de Solo após utilização do Rolo Pata, Compactar Pedra, Areia, etc.

http://www.guiadaobra.net/forum/post10.html

3. Equipamentos de pavimentação (usinas de solos, usinas de asfalto, centrais de concreto, misturadores, distribuidores, pavimen-tadoras, compactadores, vibradores, caldeiras, recicladoras e fresa-doras).

Usinas de solos

A usina de solo destina-se a homogeneizar, em planta fixa, a mistu-ras de dois ou mais solos, de solos agregados, dos agregados proveni-entes de britagem entre si e do solos ou agregados em aglomerantes ou ligante betuminoso.

Os materiais resultantes desta mistura serão constituintes das ca-madas de pavimento, conforme determinação do projeto Geotécnico.

A Usina é um sistema onde os agregados pétreos são dosados atra-vés de silos controlados por comportas reguláveis e correias eletrônicas. A água e o cimento são controlados pelo sistema de pesagem individual e de alta precisão.

Usinas de asfalto

Centrais de concreto

Misturador

Distribuidores

Pavimentadoras

Compactadora

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Vibrador

Caldeiras

Recicladoras

É uma operação que restaura a condição estrutural de um pavimen-to. Tritura e homogeneiza os materiais constituintes da capa e de base

originais,com ou sem agentes estabilizantes, tornando-os uma nova camada com melhor capacidade de suporte.

É realizada com equipamentos especialmente projetados,dotados de tambor reciclador e controle eletrônico de adição de água.

Fresadores

4. Veículos transportadores de cargas (convencionais, tanques, especiais, elevadores de carga, betoneira, vagões e vagonetas).

Tipos de caminhões (tamanhos e capacidades)

Nesta matéria vamos apresentar os diferentes tipos de caminhões, suas especificações e capacidades, começando pelos pequenos veículos urbanos de carga, utilizado dentro de centros urbanos, até os grandes

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caminhões articulados que encontramos em rodovias, utilizados para transporte de grandes quantidades de carga por longas distâncias.

O CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) limita o peso máximo por eixo que pode ser carregado pelos veículos. Este limite deve-se ao fato que quanto maior a força que os pneus aplicam sobre a camada de asfalto, maior será a degradação deste asfalto. Assim, os caminhões podem levar muito peso, desde que ele esteja distribuído por vários eixos (maior número de rodas para distribuir o peso da carga).

Confira os tipos de caminhões e algumas especificações:

Veículo Urbano de Carga (VUC): O VUC é o caminhão de menor porte, mais apropriado para áreas urbanas. Esta característica de veículo deve respeitar as seguintes características: largura máxima de 2,2 metros; comprimento máximo de 6,3 metros e limite de emissão de poluentes. A capacidade do VUC é de 3 toneladas.

Toco ou caminhão semi-pesado: caminhão que tem eixo simples na carroceria, ou seja, um eixo frontal e outro traseiro de rodagem simples. Sua capacidade é de até 6 toneladas, tem peso bruto máximo de 16 toneladas e comprimento máximo de 14 metros.

Truck ou caminhão pesado: caminhão que tem o eixo duplo na carroceria, ou seja, dois eixos juntos. O objetivo é poder carregar carga maior e proporcionar melhor desempenho ao veículo. Um dos eixos traseiros deve necessariamente receber a força do motor. Sua capacidade é de 10 a 14 toneladas, possui peso bruto máximo de 23 toneladas e seu comprimento é também de 14 metros, como no cami-nhão toco.

Carretas: são uma categoria em que uma parte possui a força motriz (motor), rodas de tração e a cabine do motorista e a outra parte recebe a carga. A parte motriz recebe o nome de cavalo mecânico, e este pode ser acoplado a diferentes tipos de módulos de carga, chamados de semi-reboque. Veja abaixo alguns modelos:

Cavalo Mecânico ou caminhão extra-pesado: é o conjunto formado pela cabine, motor e rodas de tração do caminhão com eixo simples (apenas 2 rodas de tração). Pode-ser enga-tado em vários tipos de carretas e semi-reboques, para o transporte.

Cavalo Mecânico Trucado ou LS: tem o mesmo conceito do cavalo mecânico, mas com o diferencial de ter eixo duplo em seu conjunto, para poder carregar mais peso. Assim o peso da carga do semi-reboque distribui-se por mais rodas, e a pressão exercida por cada uma no chão é menor.

Carreta 2 eixos: utiliza um cavalo mecânico e um se-mi-reboque com 2 eixos cada. Possui peso bruto máximo de 33 tonela-das e comprimento máximo de 18,15 metros.

Carreta 3 eixos: utiliza um cavalo mecânico simples (2 eixos) e um semi-reboque com 3 eixos. Possui peso bruto máximo de 41,5 toneladas e comprimento máximo de 18,15 metros.

Carreta cavalo trucado: utiliza um cavalo mecânico trucado e um semi-reboque também com 3 eixos. Possui peso bruto máximo de 45 toneladas e comprimento máximo também de 18,15 metros.

Bitrem ou treminhão: é uma combinação de veículos de carga composta por um total de sete eixos, que permite o transporte de um peso bruto total de 57 toneladas. Os semi-reboques dessa combinação podem ser tracionados por um cavalo-mecânico trucado.

Rodotrem: é uma combinação de veículos de carga (dois semi-reboques) composta por um total de 9 eixos que permite o transporte de um peso bruto total de 74 toneladas. Os dois semi-reboques dessa combinação são interligados por um veículo intermediário denominado Dolly. Essa combinação só pode ser tracionada por um cavalo-mecânico trucado e necessita de um trajeto definido para obter Autorização Espe-cial de Trânsito (AET).

O bitrem é um conjunto que possui duas articulações (quinta-roda do caminhão e a quinta-roda do semi-reboque dianteiro) e o rodotrem é um conjunto que possui três articulações (quinta-roda do caminhão, engate dianteiro do dolly e quinta-roda do dolly). http://www.logisticadescomplicada.com/tipos-de-caminhoes-tamanhos-e-capacidades/

Caminhão-tanque

Autotanque para fornecimento de água potável, na Baía das Gatas,

São Vicente, Cabo Verde.

Um caminhão-tanque ou carro-tanque é um caminhão equipado com um reservatório para transporte de líquidos ou materiais pulverulentos. O caminhão-pipa ou caminhão-cisterna é utilizado exclusivamente para transporte de água, potável ou não. O caminhão-pipa pode ser utilizado para controle de emissão de poeira, umectação de vias e pátios, terraplenagem, irrigação, lavagem de ruas e praças, abastecimento de água potável em residências, condomínios, indústrias e navios.

Incêndio e resgate

Às vezes as situações encontradas em incêndios exigem que você seja tudo para outras pessoas, assim como um veículo de resgate que está aparelhado com equipamento de combate a incêndio, remoção e primeiros socorros.

Hoje, a Scania tem mais de 90 anos de experiência em construção de chassis para veículos de combate a incêndio. A cada dia, conquista-mos mais sucesso nos principais mercados do mundo e estamos traba-lhando com os líderes mundiais em encarroçamento e fornecimento de equipamentos.

A ampla gama de componentes no Sistema Modular Scania permite aos operadores e encarroçadores criar uma especificação de veículo que atenda às necessidades definidas com precisão.

Caminhão-pipa e de resgate

Normalmente construído em uma configuração 4x2 ou 4x4, com uma cabine P Scania, um carro-pipa e de resgate tradicional é mais usado por corpo de bombeiros.

O veículo em geral tem um tanque de água com capacidade de mil até quatro mil litros. Uma pequena quantidade de mistura de espuma de até mil litros pode ser carregada.

Além de equipamentos contra incêndio, eles costumam ser equipa-dos com escadas e equipamentos de resgate, como serras e geradores móveis de energia

Carregadores de água e espuma

Esses veículos podem ser equipados com qualquer cabine, como uma sem leito, e estão disponíveis em várias versões e configurações de chassi.

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Tradicionalmente, os carregadores de água e espuma dão suporte aos veículos de água e resgate ou operam em plantas elétricas, químicas ou de óleo.

A capacidade normal é de dez mil litros de água e mil litros de es-puma. Em geral, eles são equipados com bombas maiores que os veícu-los de água e resgate e têm monitores montados na carroceria também.

Aeroporto e resgate

Seja para intervenções rápidas, veículos de segurança ou resgate de aeronaves, nós compreendemos as necessidades especiais às quais esses veículos precisam atender.

Os modelos disponíveis incluem tração total, caixa de mudanças au-tomatizada e uma variedade de opções de cabine, como a leito ou a simples.

Os veículos de resgate de aeroporto são altamente avançados se comparados aos veículos de resgate convencionais, e devem atender a uma gama de requisitos, como por exemplo, performance e velocidade máxima, incluindo padrões de aviação doméstica e internacional.

O terreno ao redor dos aeroportos geralmente não permite o uso de veículos de incêndio convencionais; portanto, os veículos de resgate de aeroporto são construídos para lidar com as condições dentro e fora da estrada.

Defesa

A habilidade de ir e voltar é o motivo pelo qual muitos países e orga-nizações de ajuda preferem os veículos da Scania para atividades de manutenção da paz e de socorro.

A ampla gama de componentes do Sistema Modular Scania permite aos operadores e encarroçadores criar uma especificação de veículo que atenda às necessidades definidas.

A modularidade da Scania também permite que comboios pesados não carreguem peso desnecessário, já que nosso Sistema Modular oferece maior compatibilidade e capacidade de trocar peças, o que se traduz na necessidade de carregar menos peças e ferramentas.

Além disso, os caminhões Scania estão prontos para o serviço em garagens comerciais utilizando mecânicos civis e peças locais.

Cargas pesadas

Procurando força bruta e capacidade de carga? Comece a calcular o quanto uma de nossas soluções personalizadas de carga pesada conse-gue carregar.

A Scania oferece diferentes opções de motor, eixos, suspensão, transmissão e combinações de chassi que não estão disponíveis em outro lugar.

Caminhão modelo hook-lift

Os chassis Scania com trens de força “off road” são ideais para o número crescente de diversas soluções de caminhões modelo “hook-lift” encontradas entre as aplicações de defesa atuais.

Dentro da altura geral de um veículo de quatro metros, dependendo dos requisitos de mobilidade, esses veículos são capazes de transportar contêineres de 2,4 metros ou quatro metros de altura.

Recuperação

Os veículos de recuperação são outra área especial na qual a Sca-nia detém forte lealdade e uma crescente participação no mercado.

A Scania é a preferida por seus clientes devido a vários motivos: chassi forte, boa estabilidade e diversas opções de suspensão, configu-rações de eixo e trens de força, entre outros.

As aplicações militares, com frequência, preferem soluções de cabi-ne dupla, disponíveis em uma variedade de versões.

Basculante

Veículos com caçambas são uma parte natural das unidades milita-res de engenharia estratégica.

Nesse segmento, a Scania oferece caminhões que são combinações funcionais da experiência adquirida na indústria de construção global e pelas relações antigas vindas de contratos de defesa para outros países.

Multiuso para base aérea

Intervenções rápidas, veículos de segurança ou resgate de aerona-ves. A Scania compreende as necessidades especiais às quais esses veículos precisam atender.

As aplicações militares com frequência exigem excelente tração e distância do solo para lidar melhor em situações fora de estrada.

As caixas de mudanças auxiliadas por energia são outra solicitação comum. Depois, é preciso atender às exigências regulatórias, nacionais ou internacionais.

Carga e transporte de tropas

Uma solução comprovada, baseada em um dos chassis rígidos de maior êxito do mundo.

Todas as vantagens da Scania – tão apreciadas na vida civil – são indispensáveis em operações de defesa e manutenção da paz como, por exemplo, maior economia de combustível para longo alcance e muito torque nas rotações mais baixas.

Suporte a aeroporto

O desenvolvimento contínuo de novas combinações de veículos pa-ra servir aeroportos é seguida de perto pela Scania para atender às necessidades desse tipo de mercado especializado.

A Scania disponibiliza para esse segmento abastecedores de aero-nave que permitem aos motoristas abastecerem vários aviões por dia, normalmente equipados com cabines baixas e Scania Opticruise.

Guindaste móvel

Chassi robusto e confiável com quadro resistente e membros cruza-dos tornam a Scania uma opção popular para guindastes montados em caminhões.

O chassi super-resistente da Scania ajuda a distribuir melhor as for-ças de levantamento, o que também simplifica o design do quadro de montagem auxiliar.

As opções de preparação de tomada de força também estão dispo-níveis para dirigir bombas hidráulicas diretamente do motor.

GTW de transporte pesado >150 toneladas

A necessidade por transporte de cargas pesadas é grande no seg-mento de logística de equipamento pesado.

A Scania fornece diferentes opções de motor, eixos, suspensão, transmissão e combinações de chassi que não estão disponíveis em outros países.

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Guindaste do caminhao

Betoneira

Uma betoneira ou misturador de concreto é o equipamento utilizado para mistura de materiais, na qual se adicionam cargas de pedra, areia e cimento mais água, na proporção e textura devida, de acordo com o tipo de obra.

A critério do arquiteto, engenheiro civil ou do mestre de obras, podem ser acrescidos outros tipos materiais, como diversos tipos de cimentos e pedras, ou aditivos, bem como diferentes proporções destes.

Utilização

É muito usada na construção civil, principalmente, para mistura de agregados como produtos e matérias primas a exemplo na construção de barragens e açudes utilizando-se o concreto na mistura da argamassa. Por ter composição diferente, não sendo adicionada a pedra e podendo-se adicionar a cal hidratada, esta é mais usada em revestimento, rejuntamentos e outros preparos na obra.

Pode ser usado na mistura e preparo de outros produtos como rações, adubos, plásticos, etc. Neste caso sua denominação passa a ser como misturador.

Tipos

Modelo mais comum

Pode ser:

móvel na forma de transporte por caminhão betoneira, com um sistema movido por uma correia de aço acoplada a um motor normalmente alimentado por um sistema de transmissão do veículo e hidráulico.

fixa como é conhecida no Brasil equipada com motor para que a mistura fique homogênea.

semi-fixa o mesmo que fixa porem pode ser fácilmente removida pois possui rodas.

automática movida por um motor sincronizada equipada com esteiras rolantes.

semi-automática.

Capacidade

A sua capacidade varia de acordo com a necessidade pode ir dos pequenos misturadores semi-automáticos que comportam pouco mais de 10 kg ou 10 litros de concreto, movidos por um motor com sistema de polias e correias, pois a mistura deve ser homogênea, até caminhões com mais de dez metros cúbicos de capacidade ou 10.000 litros.

Já que as betoneiras são medidas em litros em alguns locais, porem usa-se normalmente na construção civil como medida de capacidade a cubagem.

Os sistemas de mistura podem variar conforme o tipo, sendo os mais comuns pivotantes (onde o tambor gira entorno de um eixo) ou rotativas (o tambor gira sobre roletes). As pivorantes funcionam através do giro do tambor e palhetas que cortam a "massa" a ser misturada, como em um liquidificador, já as rotativas provocam o turbilhonamento da mistura, com pás elevando e jogando o material, como em uma roda d'água invertida.

Existem também os misturadores planetários, que para exemplificar funcionam como uma grande panela com pás misturando o material.

Comercialmente as betoneiras mais comercializadas são as de 320/400 litros onde o "traço" é de aproximadamente 1 saco de cimento por mistura (betonada).

Equipamentos complementares

Nas grandes construções ou em casos específicos, usa-se uma bomba especial chamada de bomba de concreto que impulsiona o concreto à altura que se fizer necessário, junto a uma central dosadora.

Quando a área é muito extensa usa-se o vibrador de concreto, que tem como função adensar a mistura, retirando as bolhas de ar.

A fim de evitar problemas de entupimento na interrupção ou queda de energia, junto a central dosadora fica um transformador a gás ou óleo diesel, que a mantém ligada por um período de tempo curto.

Caminhão betoneira

Um caminhão betoneira

Caminhões do tipo em frente à construção do Shopping Plaza

Anchieta, em Belo Horizonte.

É um caminhão usado para o transporte de cargas na construção civil normalmente o concreto e obedece a normas internacionais.

O betoneira, assim denominado também no meio da construção civil, deve obedecer à capacidade máxima de volume definido pelo fabricante.

Mistura do concreto na construção civil

A velocidade de mistura (inicial quando é preparada a mistura na usina de concretagem) deve ser de 12 a 14 rpm (rotações por minuto), durante um tempo de no mínimo 5 minutos.

Quando transportado ou estacionado, após a carga, a velocidade de agitação deve ser de 2 a 3 rpm e antes de se iniciar a descarga na obra deve ser realizada uma agitação do concreto por 2 a 3 minutos com a velocidade de mistura, evita-se dessa forma a formação de bolhas no concreto e placas de endurecimento, que prejudicam toda a carga.

Verificação do equipamento

Deve ser verificado periodicamente o estado das lâminas internas (facas), observando-se o desgaste e limpeza, não pode haver contaminação da carga anterior, pois cada pedido têm uma especificação fornecida pelo engenheiro responsável da obra.

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O balão do caminhão-betoneira não deve possuir incrustações de concreto endurecido, caso contrário todo o processo de mistura fica prejudicado.

Poderá ser feita uma verificação da eficiência do caminhão betoneira moldando e ensaiando 3 exemplares de corpos-de-prova no início, meio e fim da descarga. O volume mínimo de entrega não poderá ser inferior a 1/5 da capacidade máxima do equipamento assim para um balão de 10 m³ de volume,teremos 2,0 m³. como volume mínimo de entrega a título de exemplo. A movimentação da betoneira se dá através de duas pequenas alavancas, que controlam o sentido de giro do tambor (balão) e a velocidade deste giro, ou seja, sentido horário para carregar o caminhão e homogeneizar a mistura e anti-horário para descarregar o concreto.

Além do sistema de rotação, são necessárias também chapas helicoidais, dispostas internamente no tambor, de modo a auxiliar na mistura dos materiais e na descarga do concreto.

Outras partes que compõem este equipamento são o funil de carga, por onde os MCC’s entram no tambor e as calhas ou bicas de descarga, por onde o concreto desliza para ser descarregado em carrinhos de mão, bombas, nas próprias formas, etc.

Tipo de veículo ou caminhão

O caminhão pode ser movido a diesel, a gás, híbrido das duas misturas e ainda a gasolina.

Por consumir grande quantidade de energia no seu sistema de mistura, normalmente tais caminhões são equipados com duas baterias especiais de média amperagem e muito resistentes.

Vagão é um veículo de uma estrada de ferro ou ferrovia construído de propósito para o transporte de mercadorias . Um vagão pequeno é um vagonete.

Há vários tipos de vagões, consoante os tipos de carga, sendo os principais: fechado, gôndola, tanque, plataforma (prancha) e gaiola (atualmente fora de uso). Há também o vagão Double Stack .

5. Veículos e equipamentos ferroviários.

Transporte de passageiros

O transporte ferroviário está claramente vocacionado para ser concorrente e alternativo na mobilidade das pessoas nos fluxos urbanos, suburbanos, regionais e longo curso, distinguindo-se do modo rodoviário, coletivo e individual, por ser uma oferta de grande capacidade dirigida a grandes fluxos (Orientações, [2006c]).

As funções que devem ser exercidas pelas linhas ferroviárias no que respeita ao transporte de pessoas são (Regina, [2001?]):

Distribuição no centro: o transporte de pessoas, a curtas distâncias, na zona interna da cidade.

Aproximação intra-metropolitana: interligação da zona metropolitana ao centro da cidade.

Interligação regional: ligação de uma cidade ou conjunto de cidades a uma cidade metropolitana mais importante.

Ligação interurbana: transporte de passageiros entre cidades ou regiões metropolitanas de igual importância ou mesmo cidades de diferentes países.

Funções específicas, tais como, ligação a aeroportos, comboios turísticos, entre outros.

Suburbano

Com o aumento do número de habitantes nas grandes cidades, motivado por diversos fatores tais como êxodo rural, recebimento de correntes imigratórias, entre outros, e também devido à sucessiva transformação econômica das cidades, obriga a um deslocamento diário de um maior número de pessoas (Regina, [2001?]).

O transporte suburbano é composto, normalmente, por várias carruagens movidas a diesel ou elétricas, concebido para funcionar em ligação com outros meios de transporte.

Duas automotoras UME3400, na Estação de São Bento, no Porto

Este tipo de transporte serve sobretudo as grandes áreas urbanas. Facilita a mobilidade, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, através do descongestionamento do tráfego rodoviário e da redução da emissão de poluentes. Normalmente, estes serviços são reforçados nas horas de ponta. Em Portugal, as principais linhas suburbanas existentes concentram-se nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto (Urbanos, 2009).

Em 2005, foram transportados nos serviços suburbanos de Lisboa um total de 117 milhões de passageiros, sendo a linha de Sintra aquela que apresenta um maior número de passageiros transportados. Relativamente ao Porto, o número de utentes dos seus suburbanos foi de 17 milhões, destacando-se os serviços suburbanos de Aveiro e Braga, que no conjunto representam cerca de 68% do total de passageiros transportados. A taxa de ocupação média anual representa valores relativamente baixos, função de uma procura predominantemente pendular concentrada nos períodos de ponta da manhã e da tarde (Orientações, [2006a]).

Média/longa distância

Na altura em que apareceram os primeiros comboios, não havia outro meio de transporte que vencesse a distância entre as cidades. Este fato conduziu a uma procura do transporte de longa e média distância (Regina, [2001?]). A criação destes serviços rápidos remonta à criação do caminho-de-ferro. No entanto, em moldes mais contemporâneos, estes serviços só chegaram a Portugal no final da década de 40, com a introdução, por parte da CP, do comboio Foguete Lisboa – Porto, com recurso às primeiras locomotivas diesel de linha que tinha acabado de receber, e às carruagens em inox importadas dos Estados Unidos da América (Cunha, [2006b]).

Comboio Alfa Pendular na Estação do Oriente

Até 2005, não existia distinção entre os serviços de longo curso e os regionais. Ambos os serviços integravam a mesma unidade de negócios, a UVIR, Unidade de Viagens Interurbanas e Regionais. A partir deste ano, a UVIR deu origem a duas unidades de negócio distintas: a CP Regional e a CP Longo Curso, sendo esta a integrante dos serviços Alfa Pendular, Intercidades e Internacional.

O serviço regional tem registrado uma perda significativa no número de passageiros ao longo dos últimos anos, sendo que o decréscimo anual desde 2001 tem sido de 2,8%. Ainda assim, importa referir que, em 2006, com a reformulação da oferta, verificou-se, no primeiro semestre, um aumento da procura dos serviços por parte dos utentes. Para racionalizar os recursos disponíveis, a CP realizou alterações, incrementando a utilização de automotoras, em detrimento da utilização de locomotivas e carruagens.

O número de passageiros nos comboios de longo curso tem vindo a aumentar gradualmente (Orientações, [2006a]). No ano de 2008, a empresa ferroviária portuguesa bateu um recorde de passageiros, no mês de Julho, e desde o mês de Maio desse ano, a empresa tem tido um aumento continuado da procura do serviço de longa distância. Mas a

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empresa está nos seus limites de oferta, necessitando com urgência de novos comboios para responder à procura (Cipriano, 2008).

Transporte de mercadorias

Comboio de mercadorias que atravessa Rogers & Flat Creek, Canadá

O transporte ferroviário tem sofrido significativas evoluções técnicas, tornando-se cada vez mais rápido, seguro, cômodo e econômico. Com a evolução, houve a criação de vagões que dão resposta à necessidade de deslocação de certas mercadorias, tais como, os vagões – frigorífico, vagões – cisterna, entre outros.

Para o transporte de mercadorias , são fixados preços e condições que são reunidos em tabela, aos quais se dá o nome de tarifa. Os preços da tarifa variam de acordo com a distância, peso e dimensão do bem a transportar. Para comprovar o transporte, é emitido um documento, a declaração de expedição, que tem de acompanhar o expedidor até à entrega do produto ao destinatário (Comboio, [2003?]).

A circulação de bens e mercadorias entre diferentes países obriga ao cumprimento de um agregado de formalidades. Todas as mercadorias que circulam nas diversas redes ferroviárias têm de se fazer acompanhar por um documento identificativo denominado CIM (Declaração de Expedição de Tráfego Internacional), que substitui o documento de trânsito, facilitando todo o procedimento. Quando se trata de mercadorias comunitárias apenas é necessária a factura da mercadoria. No entanto, se as mercadorias forem extra-comunitárias, é indispensável um despacho aduaneiro.

O transporte de mercadorias perigosas também tem associado um regulamento, o RPF (Regulamento Nacional do Transporte de Mercadorias Perigosas por Caminho de Ferro). Neste documento está descrita a informação sobre quais as mercadorias perigosas que podem ser transportadas por caminho-de-ferro no território nacional e os termos em que esse transporte pode ser realizado (Informação, 2009).

Infra-estruturas

Zona de triagem em Utrecht, Países Baixos

Os principais conceitos associados às infra-estruturas do transporte ferroviário são os que se seguem (Transportes, 2009):

Caminho-de-ferro: via de comunicação por carril para utilização exclusiva dos veículos ferroviários.

Metropolitano: caminho-de-ferro eléctrico destinado ao transporte de passageiros, com capacidade para tráfego muito intenso. É composto por várias carruagens, caracterizando-se pela sua alta velocidade (cerca de 30 – 40 km/h nas distâncias mais curtas e 40 – 70 km/h nas mais longas), rápida aceleração, sistemas de sinalização sofisticados e ausência de passagens de nível, o que permite uma frequência elevada de comboios com grande ocupação do cais. O metro caracteriza-se ainda pela elevada quantidade de estações, normalmente a intervalos de 700m – 1 200m.

Metro ligeiro: caminho-de-ferro para o transporte de passageiros que utiliza frequentemente carruagens elétricas sobre carris, as quais funcionam isoladamente ou em comboios curtos.

Rede de caminho-de-ferro: todos os percursos de caminho-de-ferro de uma área determinada.

Via: par de carris sobre os quais podem circular veículos ferroviários.

Bitola: distância entre um par de carris, medida entre as extremidades interiores das cabeças dos carris. As bitolas mais utilizadas são a via normal (1,435m), a via larga e a via reduzida.

Gabari: perfil sobre os carris através do qual os veículos ferroviários devem poder passar.

Via principal: via que assegura a continuidade de uma linha de uma ponta a outra, utilizada para circulação de comboios entre estações ou locais indicados nas tarifas como pontos independentes de partida ou de chegada, para o transporte de passageiros ou de mercadorias.

Via eletrificada: via com um fio de contacto aéreo ou com carril condutor que permite a tração elétrica.

Vias de junção: bifurcação de uma via principal.

Linha ferroviária eletrificada em Zwolle, Países Baixos

Via de junção privada: via ou conjunto de vias que não pertencem à empresa de caminho-de-ferro, mas se encontram ligadas à via de uma empresa de caminho-de-ferro, permitindo servir, sem necessidade de transbordo, um estabelecimento ou grupo de estabelecimentos industriais, comerciais ou portuários.

Linha: uma ou mais vias principais adjacentes constituindo um itinerário entre dois pontos.

Linha dedicada à grande velocidade: linha especialmente concebida para permitir circular a velocidades iguais ou superiores a 250 km/h sobre os segmentos principais.

Comprimento médio de linha explorada: comprimento da linha utilizada para tráfego durante o ano considerado (incluindo as linhas exploradas conjuntamente com outras empresas de caminho-de-ferro) mais o comprimento médio das linhas abertas ou fechadas durante o ano (ponderadas em função do número de dias durante os quais foram exploradas).

Linha eletrificada : linha com uma ou mais vias de circulação eletrificadas.

Tipos de corrente elétrica: a corrente utilizada pode ser alterna ou contínua.

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Velocidade máxima de exploração: velocidade máxima autorizada em serviço comercial, tendo em conta as características técnicas da infra-estrutura.

A rede ferroviária

A classificação da rede ferroviária segue uma hierarquia determinada por critérios funcionais que decorrem de aspectos qualitativos associados aos níveis de procura e à lógica de organização territorial. As vias de caminho-de-ferro são preferencialmente construídas em ligação às infra-estruturas que, em coexistência com a rede ferroviária, contribuem para uma perspectiva de intermodalidade no sistema de transportes, como é o caso dos aeroportos, portos e plataformas logísticas.

Via ferroviária perto de Lagos, Portugal

Rede Principal

A rede ferroviária principal identifica-se com os eixos de maior procura e com as fundamentais acessibilidades às plataformas logísticas, portos, aeroportos e fronteiras. Esta rede deve corresponder, em termos de parâmetros técnicos de infra-estrutura e serviços, aos padrões superiores da oferta de transporte ferroviário.

Em Portugal, a rede principal desenvolve-se, no sentido longitudinal, em função de um corredor litoral que percorre o país de norte a sul, cobrindo as áreas dos principais portos, aeroportos, plataformas logísticas, capitais de distrito do litoral e ainda a ligação à fronteira espanhola, complementada por corredores transversais à linha norte-sul.

Rede complementar

As principais funções da rede ferroviária complementar são o fecho das malhas e a ligação à rede principal. Serve, ainda, para cobrir territórios com uma procura menor, garantindo a ligação à rede principal. Com a entrada em exploração da alta velocidade, a rede complementar passará a desempenhar, essencialmente, funções de distribuição no território, assegurando a ligação às localidades que não são servidas pela rede principal.

Rede secundária

A associação que é feita à rede ferroviária secundária é, essencialmente, de uma rede responsável pelos serviços de transporte de baixa procura, adaptados às características da respectiva área: densidade populacional, mobilidade e atividades instaladas.

A exploração da rede secundária, dedicada ao serviço de passageiros, é objeto de parcerias com autarquias ou outras entidades, públicas ou privadas, com interesse em viabilizar este tipo de transporte (Orientações, [2006c]).

Estações

Zona oriental da estação central de Amesterdão

As estações ferroviárias tiveram um papel preponderante durante toda a evolução do caminho-de-ferro e do transporte ferroviário como o conhecemos atualmente. No Século XIX foram responsáveis pela dinamização das cidades, ou mesmo pela fundação de núcleos urbanos, sendo referências locais incontornáveis.

Os aspectos funcionais de uma estação, para a operatividade dos comboios, variam de acordo com a dimensão da mesma. São eles:

Plataforma para embarque e desembarque de passageiros e mercadorias, localizada junto à via-férrea, com uma elevação física relativa ao nível do terreno, permitindo o embarque nos comboios sem grandes dificuldades.

Cobertura para abrigo de passageiros e mercadorias contra eventuais intempéries durante o embarque.

Compartimentos para os trabalhos de administração e de licenciamento dos comboios e ainda locais para venda de bilhetes.

Locais de espera para os passageiros.

Armazém de cargas e mercadorias.

Estação central de Frankfurt

No século XIX, com a existência das locomotivas a vapor, eram necessários, ainda, alguns equipamentos fundamentais à manutenção das máquinas, destacando-se:

Depósito de água suspenso para abastecimento da caldeira

Reservatório de carvão que era utilizado como combustível

Do ponto de vista do percurso, as estações ferroviárias podem ser classificadas de três formas: estações de passagem ou intermédias, que se situam entre o início e o final do percurso; estações terminais, onde os comboios estacionam após o cumprimento do percurso e iniciam um novo trajeto; e as estações de transferência ou de entroncamento, onde o passageiro pode trocar o percurso (A arquitetura, [2004?]).

Algumas das estações de comboios mais antigas têm como decoração característica painéis de azulejos, símbolo presente em qualquer cidade ou vila portuguesa. Estes painéis retratam os costumes locais. Na estação de São Bento, no Porto, estão presentes vários painéis, com um total de vinte mil azulejos, que relatam a história dos caminhos-de-ferro, assim como episódios célebres da história de Portugal (Visit, [2008b]). Já na estação de Santarém existem 16 painéis de azulejo que retratam, entre outros, a tomada de Santarém aos Mouros e a ponte sobre o Tejo (Ribatejo, [2009?]). Também em Sines se pode admirar uma estação coberta de azulejos. Estes retratam a história da cidade e a vida dos pescadores ali presentes (Antiga, [2007]).

A alta velocidade

Os comboios japoneses Shinkansen foram os precursores dos

comboios de alta velocidade. Na imagem, um Shinkansen da West Japan Railway Company da série 500 em Quioto.

A alta velocidade surge da necessidade de uma ligação rápida entre os principais aglomerados urbanos, aumentando assim a eficácia na

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mobilidade das populações. Este serviço rápido de transporte ferroviário diz respeito ao transporte de passageiros a uma velocidade operacional entre 200 e 300 km/h. O transporte de passageiros a alta velocidade teve origem no Japão, com a construção da linha Tokaido Shinkansen, que liga Tokyo e Osaka, com o intuito de ser uma alternativa eficaz às auto-estradas congestionadas e aos aeroportos sobrelotados. Para além do Japão, países como a França, Alemanha, Espanha e Coreia do Sul tiveram e continuam a ter um importante papel no desenvolvimento deste sistema de transporte (Comtois, [2009]).

Na Europa, o comboio de alta velocidade francês, o TGV (train à grande vitesse) teve primordial importância no desenvolvimento da rede de alta velocidade. Após o sucesso do TGV francês, primeiro comboio de alta velocidade europeu, vários países da Europa seguiram o exemplo da França e, neste momento, a expansão da rede de alta velocidade é um objetivo comum a países como a Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Bélgica, Inglaterra, Holanda, Coreia do Sul, China e Taiwan. Na Europa, a expansão da rede de alta velocidade é uma prioridade inerente à criação da Rede Transeuropeia de Transporte (Rede, 2009).

O Transrapid de Xangai circula graças à levitação magnética.

Face a outros tipos de transporte, a alta velocidade apresenta várias vantagens. No caso do transporte aéreo, a alta velocidade é o principal concorrente uma vez que consegue tempos de viagem mais curtos, redução das exigências de check-in, redução dos procedimentos durante o embarque e localização das estações (localizadas no centro das cidades, ao invés dos aeroportos que na sua maioria se encontram na periferia). Para além disso, a rede de alta velocidade permite uma enorme capacidade de transporte, fomentando a interoperabilidade e a intermodalidade, não está limitada por condições climatéricas adversas, consegue uma elevada taxa de serviço, ao não apresentar passagens de nível, garante viagens mais seguras e o fato de o material circulante ter tecnologia de ponta, aumenta a satisfação e confiança dos passageiros (Dima, 2009).

A expansão da rede de alta velocidade mundial tem tido como principais fatores limitadores a especificidade das infra-estruturas necessárias, a limitação de terrenos para criar infra-estruturas específicas, a distância entre estações e a necessidade de conjugação com outros sistemas ferroviários. (Comtois, [2009]).

Equipamentos de transporte

Os equipamentos que estão, vulgarmente, associados ao transporte ferroviário estão listados de seguida (Transportes, 2009).

Veículo ferroviário: material móvel que circula exclusivamente sobre carril, com tração própria (veículos tratores) ou rebocado (carruagens, reboques de automotora, furgões e vagões).

Elétrico: veículo rodoviário de passageiros concebido para levar sentadas mais de nove pessoas (incluindo o condutor), ligado a condutores elétricos ou movido a diesel e que se desloca sobre carris.

Veículo ferroviário a grande velocidade: veículo ferroviário concebido para circular a uma velocidade de cruzeiro de pelo menos 250 km/h sobre as linhas dedicadas à grande velocidade.

Veículo motor: veículo equipado com fonte de energia e motor ou apenas com motor, destinado unicamente a rebocar outros veículos ou destinado tanto a rebocar outros veículos como a transportar passageiros e/ou mercadorias.

Locomotiva: veículo ferroviário equipado com fonte de energia e motor ou apenas com motor, utilizado para rebocar veículos ferroviários.

Locomotiva a vapor: locomotiva, de cilindro ou turbina, em que a força motriz é o vapor, independentemente do tipo de combustível utilizado.

Locomotiva elétrica: locomotiva com um ou mais motores elétricos, acionados principalmente por energia elétrica transmitida por fios aéreos ou carris condutores, ou proveniente de acumuladores incorporados na locomotiva.

Locomotiva diesel: locomotiva cuja fonte de energia principal é um motor diesel, independentemente do tipo de transmissão instalada.

Automotora: veículo ferroviário com motor, construído para o transporte de passageiros ou mercadorias por caminho-de-ferro.

Veículo ferroviário para transporte de passageiros: veículo ferroviário para transporte de passageiros, mesmo quando inclui um ou mais compartimentos ou espaços especialmente reservados para bagagem, volumes, correio, etc.

Carruagem: veículo ferroviário para transporte de passageiros diferente de automotora ou de reboque de automotora.

Reboque de automotora: veículo ferroviário para transporte de passageiros, acoplado a uma ou mais automotoras.

Capacidade de transporte do veículo para transporte de passageiros: número de lugares sentados e de camas e número de lugares em pé autorizados num veículo para transporte de passageiros, quando este assegura o serviço a que se destina.

Furgão: veículo ferroviário sem motor que entra na composição dos comboios para transporte de passageiros ou de mercadorias e é utilizado pelo pessoal do comboio, bem como, se necessário, para o transporte de bagagens, volumes, bicicletas, etc.

Vagão: veículo ferroviário normalmente destinado ao transporte de mercadorias.

Vagão privado: vagões que não pertencem à empresa de caminho-de-ferro principal, mas registados por ela e autorizados a circular em determinadas condições, bem como vagões alugados pela empresa de caminho-de-ferro a terceiros e explorados como vagões privados.

Vagão coberto: vagão caracterizado pela sua construção fechada e pela segurança que proporciona às mercadorias nele transportadas (pode ser fechado a cadeado ou selado).

Vagão isotérmico: vagão coberto em que a caixa é construída com paredes, portas, chão e tejadilho isoladores, através dos quais as transferências de calor entre o interior e o exterior são reduzidas ao mínimo.

Vagão frigorífico: vagão isotérmico que utiliza uma fonte de frio (gelo natural, placas eutéticas, gelo carbônico, gases liquefeitos, etc.) diferente dos equipamentos mecânicos ou de absorção.

Vagão frigorífico mecânico: vagão isotérmico, com instalação de equipamento refrigerador individual ou a funcionar coletivamente com outros vagões de transporte.

Vagão calorífico: vagão isotérmico equipado com um dispositivo de produção de calor.

Vagão aberto de bordos altos: vagão sem tejadilho e com bordos rígidos, superiores a 60 cm de altura.

Vagão – plataforma: vagão sem tejadilho ou bordos, ou vagão sem tejadilho mas com bordos não superiores a 60 cm de altura, ou com balanceio transversal de tipo normal ou especial.

Vagão – cisterna: vagão destinado ao transporte a granel de líquidos ou gases.

Vagão – silo: vagão destinado ao transporte a granel de produtos em pó tais como cimento, farinha, gesso, etc.

A capacidade de carga de um vagão corresponde ao peso máximo autorizado de mercadorias que pode transportar.

Transporte ferroviário no Brasil

O Transporte ferroviário no Brasil ou a Rede ferroviária brasileira possui 29.706[1] quilômetros de extensão (1121 eletrificados), espalhados por 22 estados brasileiros mais o Distrito Federal, divididos em 4 tipos de bitolas:

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Larga (irlandesa) - 1,600 m: 4.057 km

Padrão (internacional) - 1,435 m: 202,4 km

Métrica - 1,000 m: 23.489 km

Mista - 1,600(1,435)/1,000m : 336 km

Também existem bitolas de 0,600 e 0,762 m em trechos turísticos.

O país possui ligações ferroviárias com Argentina, Bolívia e Uruguai.

Chegou a possuir 34.207 km, porém crises econômicas e a falta de investimentos em modernização, tanto por parte da iniciativa privada como do poder público, aliados ao crescimento do transporte rodoviário fizeram com que parte da rede fosse erradicada.

A implantação das primeiras ferrovias no país foi estimulada por capitais privados nacionais e estrangeiros (principalmente inglês) que almejavam um sistema de transporte capaz de levar (de maneira segura e econômica) aos crescentes centros urbanos e portos do país toda a produção agrícola e de minério produzida principalmente no interior brasileiro.

O governo brasileiro também participou da expansão ferroviária, ora iniciando empreendimentos visando a integração do território nacional através desse meio de transporte ora encampando companhias privadas falidas para impedir o colapso econômico de regiões dependentes desse meio de transporte.

6. Equipamentos complementares (fábrica de artefatos de con-creto, compressores de ar, ferramentas pneumáticas, guindastes e elevadores de inspeção e manutenção).

Concreto

Construção em concreto.

Blocos de concreto em área de construção

Fundação de uma casa sendo feita com concreto.

O concreto é o material mais utilizado na construção civil, composto por uma mistura de cimento, areia, pedra e água, além de outros materiais eventuais, os aditivos e as adições.

Historicamente, os romanos foram os primeiros a usar uma versão deste material conhecida por pozzolana. No entanto, o material só veio a ser desenvolvido e pesquisado no século XIX.

Quando armado com ferragens passivas, recebe o nome de concreto armado, e quando for armado com ferragens ativas recebe o nome de concreto protendido ou betão pré-esforçado.

Além disso existem vários tipos de concretos especiais, como o concreto autoadensável, concreto leve, concreto posreativo, concreto translúcido, concreto colorido, concreto com fibras, que são utilizados de acordo com necessidades especificas de cada projeto.

Resistência

Sua resistência e durabilidade depende da proporção entre os materiais que o constituem. A mistura entre os materiais constituintes é chamada de dosagem ou traço.

A água utilizada contribui para a reação química que transforma o cimento portland em uma pasta aglomerante. Se a quantidade de água for muito pequena, a reação não ocorrerá por completo e também a facilidade de se adaptar às formas ficará prejudicada, porém se a quantidade for superior a ideal, a resistência diminuirá em função dos poros que ocorrerão quando este excesso evaporar. A porosidade, por sua vez, tem influência na impermeabilidade e, consequentemente, na durabilidade das estruturas confeccionadas em concreto. A proporção entre a água e o cimento utilizados na mistura é chamada de fator água/cimento. As proporções entre areia e brita na mistura tem influência na facilidade de se adaptar às formas e na resistência.

Constituição

Materiais constituintes do concreto:

Aglomerante — cimento portland;

Agregado Miúdo — areia natural ou artificial (pó de pedra beneficiado), pó de pedra;

Agregado Graúdo — pedra britada ou seixo natural;

Água — pode ter parte ou totalidade substituída por gelo;

Aditivo — plastificante, retardador de pega;

Adições — metacaulim, cinza volante, pozolanas, cal, pó de pedra.

Artefatos de concreto

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Fone: http://www.iconeconcretos.com/

Mourão

Pingadeira

Elemento Vazado

PRODUÇÃO

1. MATERIAIS UTILIZADOS

A produção de artefatos de cimento é uma atividade muito difundida em todo o território nacional, porém é fato que nem todas as empresas cumprem com as especificações e normas que regem a produção de diversos elementos, como por exemplo, blocos de concreto, pisos inter-travados de concreto (bloquete), canaletas de concreto, etc.

Os critérios para produção de artefatos de cimento são embasados nas recomendações da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP), e todos os procedimentos de ensaios para verifica-ção de Resistências Características foram regidos pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).

Os ensaios mecânicos para determinação de resistências dos artefa-tos foram realizados no Laboratório de Construção Civil do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos-USP.

2. AGREGADOS RECICLADOS

O momento atual é de ousar, e com o objetivo de reduzir ainda mais os custos referentes aos artefatos produzidos, em relação à aquisição de matéria prima virgem (Areia, brita, etc.), está sendo traçado um projeto arrojado, que visa substituir, com rigorosos controles, estes agregados por agregados reciclados de resíduos da construção civil.

O resíduo de Construção e demolição (RCD) apresenta grande vo-lume, ocupando, portanto muito espaço nos aterros; seu transporte, em função não só do volume, mas da massa, torna-se caro. A reciclagem e o reaproveitamento do resíduo são, portanto, de fundamental importância para o controle e minimização dos problemas ambientais causados pela geração de resíduos.

A implantação da USINA DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL da PROHAB surge na complementação desta idéia, ligando de forma extremamente racional a reciclagem de resíduos de obras civis, e a utilização destes resíduos reciclados na produção de artefatos de cimento, como blocos de concreto, a um custo inferior aos já produzidos, e com qualidade garantida.

Compressores de ar

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Ferramentas pneumáticas

A decisão em favor de ferramentas pneumáticas requer informação sobre as diferenças principais entre elas e outros tipos de ferramentas como, por exemplo: as ferramentas elétricas. Em comparação a outros tipos de ferramentas, as ferramentas pneumáticas têm vantagens que as fazem particularmente ideais para certas áreas de aplicação.

Fonte de energia

Ar existe em abundância e está disponível em todos os lugares. Em uma troca normal de processo, como é o caso de sistemas hidráulicos, ele não é necessário. Isso reduz as despesas e a necessidade de manu-tenção e ainda otimiza o tempo de trabalho. Ar comprimido não deixa para trás impurezas como, por exemplo, as provenientes de defeito na tubulação; ele as carrega consigo.

Transporte da energia

Ar comprimido pode ser transportado em tubulações (rede) por lon-gas distâncias. Isso favorece a instalação de uma central de geração de ar comprimido, a qual fornece o ar necessário para os pontos de consu-mo, com pressão de trabalho constante (sistema fechado). Dessa forma, a energia proveniente do ar comprimido pode ser distribuída por longas distâncias.

Nenhuma linha de retorno de ar é necessária, já que a exaustão de ar é feita pela abertura de descarga.

Armazenamento de energia

Ar comprimido pode, sem dificuldades, ser armazenado em reserva-tórios. Se um reservatório é instalado em um sistema de fornecimento de ar comprimido, o compressor somente começará a funcionar se a pres-são do ar cair abaixo de um valor crítico. Além disso, a reserva de pres-são disponível no reservatório permite, ainda por algum tempo, a realiza-ção de um trabalho iniciado, após o sistema provedor de energia deixar de trabalhar.

Se as necessidades de desempenho das ferramentas pneumáticas não forem muito altas, garrafas / tubos de ar comprimido transportáveis podem ser usados em lugares que não tenham o sistema de fornecimen-to de ar comprimido instalado.

Simplicidade

A construção e função de uma ferramenta pneumática são simples se comparadas a uma ferramenta elétrica. Por isso, elas são muito robustas e menos suscetíveis a falhas.

Ferramentas pneumáticas de movimento linear (marteletes) podem ser projetadas com componentes mecânicos simples, como alavancas, excêntricos e similares.

Ergonomia

Normalmente, as ferramentas pneumáticas são consideravelmente mais leves se comparadas às ferramentas elétricas. Esse ponto positivo pode ser notado particularmente no caso de furadeiras, parafusadeiras e chaves de impacto.

Elas não produzem e nem propagam aquecimento, visto que ferra-mentas pneumáticas não aquecem.

Segurança no manuseio

Ar comprimido é um meio seguro e livre de problemas, seja em am-bientes úmidos, seja sob temperaturas extremamente altas ou baixas. Ferramentas pneumáticas e/ou tubulações (rede) com vazamento de ar não interferem na segurança do operador e do local de trabalho. Sistema de ar comprimido e seus componentes geralmente são pouco exigidos. Por conseguinte, estes têm longa vida útil e um baixo índice de falha.

Em relação a fogo, explosão e riscos elétricos e até mesmo com gás inflamável, as ferramentas pneumáticas não oferecem riscos e são muito seguras, podendo ser manuseadas sem equipamentos de proteção caros

e volumosos. Até mesmo embaixo d’água as ferramentas podem ser operadas, se devidamente equipadas/vedadas.

Sobrecarga

As ferramentas pneumáticas e suas peças podem sofrer sobrecar-gas sem danificar-se. Por isso, elas são consideradas à prova de sobre-carga. Uma rede de ar pode até ser sobrecarregada pelo consumo excessivo, ao contrário de uma rede elétrica. Se a pressão da rede cair por muito tempo, o trabalho já não poderá mais ser executado, porém, não há nenhum dano à rede, à ferramenta ou às suas peças.

Ferramentas pneumáticas manuais

O grupo de ferramentas pneumáticas contém quase todos os tipos de ferramentas básicas em similaridade com as ferramentas da linha elétrica. Além disso, o grupo de ferramentas pneumáticas também con-tém máquinas grandes para uso em exploração de minas e construção de túneis. No decorrer desta publicação, descreveremos alguns tipos mais usuais de ferramentas pneumáticas manuais, que são:

Pregadores e grampeadores

Martelos demolidores

Desencrustadores

Furadeiras de impacto

Furadeiras

Parafusadeiras

Esmerilhadeiras

Serras

Tesouras faca e punção

http://www.bosch.com.br/

Guindaste

Guindaste

O guindaste (também chamado de grua e, nos navios pau de carga) é um equipamento utilizado para a elevação e a movimentação de cargas e materiais pesados, assim como, a ponte rolante usando o princípio da física no qual uma ou mais máquinas simples criam vantagem mecânica para mover cargas além da capacidade humana. São comumente empregados nas indústrias, terminais portuários e aeroportuários, aonde exige-se grande mobilidade no manuseio de cargas e transporte de uma fonte primária a embarcação, trem ou elemento de transporte primário ou mesmo avião para uma fonte secundária um veículo de transportes ou depósitos local. Pode descarregar e carregar contâiners, organizar material pesados em grandes depósitos, movimentação de cargas pesadas na construção civil e as conhecidas pontes rolantes ou guindastes móvel muito utilizados nas indústrias de laminação e motores pesados.

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Elevadores de Obra e a NR-18

As normas regulamentadoras constituem um a lista de verificação que determinam as ações da fiscalização das leis do trabalho. Apresen-tam quais itens as empresas devem atender para redução dos riscos de trabalho. Denomina-se NR18 como Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção.

Itens da NR18 que regulamentam os equipamentos da construção civil:

18.14 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas.

18.14.1 Os equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas devem ser dimensionados por profissional legalmente habilita-do.

18.14.1.1 A montagem e desmontagem devem ser realizadas por trabalhador qualificado.

18.14.1.2 A manutenção deve ser executada por trabalhador qualifi-cado, sob supervisão de profissional legalmente habilitado.

18.14.2 Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas só devem ser operados por trabalhador qualificado, o qual terá sua função anotada em Carteira de Trabalho.

18.14.3 No transporte vertical e horizontal de concreto, argamassas ou outros materiais, é proibida a circulação ou permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga, sendo a mesma isolada e sinali-zada.

18.14.4 Quando o local de lançamento de concreto não for visível pelo operador do equipamento de transporte ou bomba de concreto, deve ser utilizado um sistema de sinalização, sonoro ou visual e, quando isso não for possível, deve haver comunicação por telefone ou rádio para determinar o início e o fim do transporte.

18.14.5 No transporte e descarga dos perfis, vigas e elementos es-truturais devem ser adotados medidas preventivas quanto à sinalização e isolamento da área.

18.14.6 Os acessos da obra devem estar desimpedidos, possibili-tando a movimentação dos equipamentos de guindar e transportar.

18.14.7 Antes do início dos serviços, os equipamentos de guindar e transportar devem ser vistoriados por trabalhador qualificado, com rela-ção à capacidade de carga, altura de elevação e estado geral do equi-pamento.

18.14.8 Estruturas ou perfis de grande superfície somente devem ser içados com total precaução contra rajadas de vento.

18.14.9 Todas as manobras de movimentação devem ser executa-das por trabalhador qualificado e por meio de código de sinais conven-cionados.

18.14.10 Devem ser tomadas precauções especiais quando da mo-vimentação de máquinas e equipamentos próximo a redes elétricas.

18.14.11 O levantamento manual ou semimecanizado de cargas de-ve ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força, conforme a NR-17 - Ergonomia.

18.14.12 Os guinchos de coluna ou similar (tipo "velox") devem ser providos de dispositivos próprios para sua fixação.

18.14.13 O tambor do guincho de coluna deve estar nivelado para garantir o enrolamento adequado do cabo.

18.14.14 A distância entre a roldana livre e o tambor do guincho do elevador deve estar compreendido entre 2,50m (dois metros centímetros) e 3,00m (três metros), de eixo a eixo.

18.14.15 O cabo de aço situado entre o tambor de enrolamento e a roldana livre deve ser isolado por barreira segura, de forma que se evitem a circulação e o contato acidental de trabalhadores com o mesmo.

18.14.16 O guincho do elevador deve ser dotado de chave de partida e bloqueio que impeça o seu acionamento por pessoa não autorizada.

18.14.17 Em qualquer posição do guincho do elevador, o cabo de tração deve dispor, no mínimo, de 6 (seis) voltas enroladas no tambor. 18.14.18 Os elevadores de caçamba devem ser utilizados apenas para o transporte de material a granel.

18.14.19 É proibido o transporte de pessoas por equipamento de guindar. 18.14.20 Os equipamentos de transportes de materiais devem possuir dispositivos que impeçam a descarga acidental do material transportado.

18.14.21 Torres de Elevadores.

18.14.21.1 As torres de elevadores devem ser dimensionadas em função das cargas a que estarão sujeitas.

18.14.21.1.1 Na utilização de torres de madeira devem ser atendidas as seguintes exigências adicionais:

a) Permanência, na obra, do projeto e da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de projeto e execução da torre.

b) A madeira deve ser de boa qualidade e tratada.

18.14.21.2 As torres devem ser montadas e desmontadas por traba-lhadores qualificados.

18.14.21.3 As torres devem estar afastadas das redes elétricas ou estar isoladas conforme normas específicas da concessionária local.

18.14.21.4 As torres deve ser montada o mais possível da edifica-ção.

18.14.21.5 A base onde se instala a torre e o guincho deve ser úni-ca, de concreto, nivelada e rígida.

18.14.21.6 Os elementos estruturais (laterais e contraventos) com-ponentes da torre devem estar em perfeito estado, sem deformações que possam comprometer sua estabilidade.

18.14.21.7 As torres para elevadores de caçamba devem ser dota-das de dispositivos que mantenham a caçamba em equilíbrio.

18.14.21.8 Os parafusos de pressão dos painéis devem ser aperta-dos e os contraventos contrapinados.

18.14.21.9 O estaiamento ou fixação das torres à estrutura da edifi-cação, deve ser a cada laje ou pavimento.

18.14.21.10 A distância entre a viga superior da cabina e o topo da torre, após a última parada, deve ser de 4,00m (quatro metros).

18.14.21.11 As torres devem ter os montantes posteriores estaiados a cada 6,00m (seis metros) por meio de cabos de aço; quando a estrutu-ra for tubular ou rígida, a fixação por meio de cabo de aço é dispensável.

18.14.21.12 O trecho da torre acima da última laje deve ser mantido estaiado pelos montantes posteriores, para evitar o tombamento da torre no sentido, contrário à edificação.

18.14.21.13 As torres montadas externamente às construções de-vem ser estaiadas através dos montantes posteriores.

18.14.21.14 A torre e o guincho do elevador devem ser aterrados e-letricamente.

18.14.21.15 Em todos os acessos de entrada à torre do elevador de-ve ser instalada uma barreira que tenha, no mínimo 1,80m (um metro e oitenta centímetros) de altura, impedindo que pessoas exponham alguma parte de seu corpo no interior da mesma.

18.14.21.16 A torre do elevador deve ser dotada de proteção e sina-lização, de forma a proibir a circulação de trabalhadores através da mesma.

18.14.21.17 As torres de elevadores de materiais devem ter suas fa-ces revestidas com tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes.

18.14.21.17.1 Nos elevadores de materiais, onde a cabina for fecha-da por painéis fixos de, no mínimo 2 (dois) metros de altura, e dotada de um único acesso, o entelamento da torre é dispensável.

18.14.21.18 As torres do elevador de material e do elevador de pas-sageiros devem ser equipadas com dispositivo de segurança que impeça a abertura da barreira (cancela), quando o elevador não estiver no nível do pavimento.

18.14.21.19 As rampas de acesso à torre do elevador devem:

a) ser providas de sistema de guarda-corpo e rodapé, conforme subi-tem 18.13.5.

b) ter pisos de material resistente, sem apresentar aberturas.

c) ser fixadas à estrutura do prédio e da torre.

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d) não ter inclinação descendente no sentido da torre.

18.14.21.20 Deve haver altura livre de no mínimo 2,00m (dois me-tros) sobre a rampa.

18.14.22 Elevadores de Transporte de Materiais.

18.14.22.1 É proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais.

18.14.22.2 Deve ser fixada uma placa no interior do elevador de ma-terial, contendo a indicação de carga máxima e a proibição de transporte de pessoas.

18.14.22.3 O posto de trabalho do guincheiro deve ser isolado, dis-por de proteção segura contra queda de materiais, e os assentos utiliza-dos devem atender ao disposto na NR-17 - Ergonomia.

18.14.22.4 Os elevadores de materiais devem dispor de:

a) sistema de frenagem automática.

b) sistema de segurança eletromecânico no limite superior, instalado a 2,00m (dois metros).

c) abaixo da viga superior da torre.

d) sistema de trava de segurança para mantê-lo parado em altura a-lém do freio do motor.

e) interruptor de corrente para que só se movimente com portas ou painéis fechados.

18.14.22.5 Quando houver irregularidades no elevador de materiais quanto ao funcionamento e manutenção do mesmo, estas serão anota-das pelo operador em livro próprio e comunicadas, por escrito, ao res-ponsável pela obra.

18.14.22.6 O elevador deve contar com dispositivo de tração na su-bida e descida, de modo a impedir a descida da cabina em queda livre (banguela).

18.14.22.7 Os elevadores de materiais devem ser dotados de botão, em cada pavimento, para acionar lâmpada ou campainha junto ao guin-cheiro, a fim de garantir comunicação única.

18.14.22.8 Os elevadores de materiais devem ser providos, nas late-rais, de painéis fixos de contenção com altura em torno de 1,00m (um metro) e, nas demais faces, de portas ou painéis removíveis.

18.14.22.9 Os elevadores de materiais devem ser dotados de cober-tura fixa, basculável ou removíveis.

18.14.23 Elevadores de passageiros.

18.14.23.1 Nos edifícios em construção com 12 (doze) ou mais pa-vimentos, ou altura equivalente é obrigatória à instalação de, pelo menos, um elevador de passageiros, devendo o seu percurso alcançar toda a extensão vertical da obra.

18.14.23.1.1 O elevador de passageiros deve ser instalado, ainda, a partir da 7ª laje dos edifícios em construção com 08 (oito) ou mais pavi-mentos, ou altura equivalente, cujo canteiro possua, pelo menos, 30 (trinta) trabalhadores.

18.14.23.2 Fica proibido o transporte simultâneo de carga e passa-geiros no elevador de passageiros.

18.14.23.2.1 Quando ocorrer o transporte de carga, o comando do elevador deve ser externo.

18.14.23.2.2 Em caso de utilização do elevador de passageiros para transporte de cargas ou materiais, não simultâneo, deverá haver sinali-zação por meio de cartazes em seu interior, onde conste de forma visí-vel, os seguintes dizeres, ou outros que traduzam a mesma mensagem: "É PERMITIDO USO DESTE ELEVADOR PARA TRANSPORTE DE MATERIAL, DESDE QUE NÃO REALIZADO SIMULTÂNEO COM O TRANSPORTE DE PESSOAS".

18.14.23.2.3 Quando o elevador de passageiros for utilizado para o transporte de cargas e materiais, não simultaneamente, e for o único da obra, será instalado a partir do pavimento térreo.

18.14.23.2.4 O transporte de passageiros terá prioridade sobre o de carga ou de materiais.

18.14.23.3 O elevador de passageiros deve dispor de:

a) interruptor nos fins de curso superior e inferior, conjugado com freio automático eletromecânico.

b) sistema de frenagem automática, a ser acionado em caso de rup-tura do cabo de tração ou, em outras situações que possam provocar a queda livre da cabina.

c) sistema de segurança eletromecânico situado a 2,00m (dois me-tros) abaixo da viga superior da torre, ou outro sistema que impeça o choque da cabina com esta viga.

d) interruptor de corrente, para que se movimente apenas com as portas fechadas.

e) cabina metálica com porta.

f) freio manual situado na cabina, interligado ao interruptor de corren-te que quando acionado desligue o motor.

18.14.23.4 O elevador de passageiros deve ter um livro de inspeção, no qual o operador anotará, diariamente, as condições de funcionamento e de manutenção do mesmo. Este livro deve ser visto e assinado, sema-nalmente, pelo responsável pela obra.

18.14.23.5 A cabina do elevador automático de passageiros deve ter iluminação e ventilação natural ou artificial durante o uso e indicação do número máximo de passageiros e peso máximo equivalente (kg).

A manutenção do elevador é realizada mensalmente por um técnico da área de assistência técnica. Este técnico é responsável pela manu-tenção preventiva do elevador, que garante a qualidade e o bom funcio-namento do produto. Esta manutenção proporciona maior longevidade e confiabilidade do elevador, garantindo a segurança e bem-estar dos seus usuários.

7. Controle tecnológico de compactação e pavimentação.

CONTROLE TECNOLÓGICO E DE QUALIDADE

O controle tecnológico e de qualidade se constitui na amostragem dos serviços que estão sendo realizados além da realização de ensaios para verificar nas diversas fases de execução, desde a seleção dos materiais, misturas ou aplicação desses materiais, e fases posteriores. A verificação de se os serviços estão sendo realizados atendendo as especificações vigentes e apontadas no projeto, deve ser feita de manei-ra adequada, para que seja possível corrigir em tempo hábil, as distor-ções ou erros que porventura tenham ocorrido em uma determinada obra, garantindo o seu desempenho.

O controle da qualidade dos materiais e processos de uma constru-ção é uma importante ferramenta para a verificação da conformidade e do atendimento às especificações de um empreendimento. No entanto, ela não deve se restringir somente a esta função, mas também, fornecer elementos ao construtor e ao proprietário, que permitam, com segurança, monitorar o processo, introduzir melhorias e reduzir custos.

O controle tecnológico engloba o conhecimento e a experiência tec-nológica, devendo ser realizado por técnicos especializados, com experi-ência técnica comprovada. Porém não basta somente isto para garantir a eficácia de um ensaio, as rotinas do controle devem ser específicas e orientadas por normalização, requerendo dos técnicos e auxiliares um treinamento adequado e atualização constante. O laboratório deve possuir instalações e equipamentos calibrados atendendo os requisitos de confiabilidade.

Enquanto o controle tecnológico visa verificar se estão sendo atendi-das as especificações tanto do material como da mistura ou aplicação, o controle de qualidade é mais abrangente, uma vez que envolve além da verificação dos resultados dos ensaios realizados para controle, a sua referência normativa e análise quanto ao atendimento ou não das especi-ficações do empreendimento, também o acompanhamento da adequa-ção das instalações, da devida calibração dos instrumentos ou equipa-mento utilizados para medição de qualquer propriedade, dos métodos e documentação utilizados, da competência técnica e da experiência profissional dos envolvidos, enfim, todos as condicionantes para garantir confiabilidade e adequação aos resultados obtidos.

O controle de qualidade procura verificar de maneira sistêmica o controle tecnológico, retroalimentando os processos, buscando a melho-ria contínua, garantindo a rastreabilidade de cada ensaio, que não permi-tem anomalias originadas pela queda de qualidade dos materiais ou processos executivos.

Os resultados de ensaio, devem ser analisados, de maneira a verifi-car se estão condizentes aos parâmetros estabelecidos, verificando sua

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rastreabilidade desde quando a amostra deu entrada no laboratório até a confecção do relatório de ensaio. O laboratório deve possuir procedimen-to que visem a melhoria contínua, além de fornecerem parâmetros para que através de mecanismos utilizados pela qualidade, tais como a audi-toria, seja possível detectar quaisquer não conformidades, desenvolver-se um plano de ação corretiva e preventiva, para evitar e prevenir qual-quer não conformidade.

A atividade de controle da qualidade deve ser desenvolvida pelo construtor ou pela fiscalização da obra, ainda que o proprietário ou seu representante seja responsável pela supervisão da atividade.

Infelizmente, principalmente em obras públicas, esta atividade tem sido desenvolvida somente pelo executor da obra. Não que o empreiteiro não deva realizá-la. É importante que ele verifique tanto a qualidade dos materiais como sua aplicação, mas não somente ele. É fundamental que a fiscalização também exerça o seu papel avaliando a qualidade dos materiais assim como de sua aplicação, utilizando recursos próprios, de maneira idônea.

O recebimento de qualquer etapa de uma obra deve ser embasado em resultados concretos, em documentação que comprove a eficácia do controle tecnológico e da qualidade. É importante que tanto o empreiteiro como a fiscalização, desvinculem as suas verificações, para que os resultados sejam livres de qualquer pressão e espelhem a realidade da obra.

Pelo fato de não se ter dado a importância devida ao assunto, é que a imprensa tem destacado insucessos na execução de obras que tem apontado para o grande vilão da história: ausência de controle tecnológi-co e de qualidade adequados.

O Controle de qualidade quando exercido de maneira adequada evi-ta problemas patológicos da construção, bem como evita a perda prema-tura da serventia de obras tais como pontes ou estruturas que devido a colocação e fixação inadequada de sua ferragens apresentam as mes-mas expostas, sofrendo degradações quando poderiam estar protegidas se houvesse sido exercido um controle de qualidade adequado.

_ Na Central Dosadora:

_ Capacitação técnica de alguns tecnologistas

_ Influência da qualidade do cimento e dos agregados

_ Equipamentos descalibrados

_ Erros de dosagem

_ “Tabelinhas” – Comportamento variável dos materiais

_ Incompatibilidade e uso indiscriminado de aditivos inadequados

_ Não informação da quantidade de água para correção da consis-tência

_ No Laboratório:

_ Tratamento dos corpos de prova para rompimento

_ Equipamentos descalibrados

_ Capacitação técnica de alguns laboratoristas

Controle tecnológico do concreto:

_ Série de operações (controle, preparo, recebimento e aceitação) que têm como objetivo garantir a qualidade do concreto de acordo com as especificações e, consequentemente, com as exigências da obra.

_ Norma de referência: NBR 12655 - Preparo, controle e recebimen-to do concreto.

Controle de produção do concreto em central:

_ Atividades relacionadas ao processo de fabricação do concreto na central e transporte até o canteiro de obras. As centrais devem realizar o controle de produção continuamente para acompanhar a qualidade das matérias-primas e a homogeneidade do produto.

_ Norma de referência: NBR 7212 - Execução de concreto dosado em central.

8. Controle geométrico de seções.

O controle geométrico trata basicamente dos procedimentos de de-terminação de dimensões, forma e posição de elementos sólidos. Para isto deve-se considerar o comportamento metrológico do sistema de medição e a condição do objeto a medir.

Deve-se ter em mente que na fabricação de uma peça não se con-segue obter a forma geométrica perfeita, assim ao usinar um cilindro tem-se erros de circularidade na seção transversal. Se este cilindro foi usinado em um torno comum, um torno de precisão ou uma retifica, naturalmente e de se esperar que os erros de circularidade sejam, res-pectivamente, de valor decrescente. Quanto mais sofisticado o processo de fabricação, menor será o valor da tolerância de fabricação estipulada para a geometria em questão.

Desse modo, para garantir que os desvios de fabricação não preju-diquem a montagem e o funcionamento perfeito das peças, o controle geométrico passa a ser necessário e é realizado através de especifica-ções de tolerâncias geométricas.

Os desvios geométricos permissíveis para a peça são previamente indicados, aplicando-se tolerâncias geométricas que são os limites dentro dos quais as dimensões e formas geométricas possam variar sem que haja comprometimento do funcionamento e intercambiabilidade das peças.

Tais desvios podem ser macrogeométricos, sendo desvios macros-cópicos como retilineidade, planeza, dimensões nominais e desvios microgeométricos, sendo desvios superficiais microscópicos como rugosidade e aspereza.

Tolerâncias Dimensionais

Os limites de erros (tolerâncias dimensionais) que uma peça pode a-presentar em sua geometria, são estabelecidos pelo projetista da mesma, em função da aplicação prevista para a peça.

A determinação destas tolerâncias é um problema de projeto mecânico e não será abordado neste curso. Esta determinação exige grande experi-ência e/ou o conhecimento de procedimentos normalizados.

Existem sistemas de tolerância e ajustes normalizados para os elemen-tos geométricos rotineiramente utilizados, como: elementos unidimensionais (eixo/furo, cones, parafuso/rosca, engrenagens, etc.

Os afastamentos superiores e inferiores podem ser positivos ou negati-vos. Quando a dimensão máxima ou mínima está acima da linha zero, o afastamento correspondente é positivo; caso a dimensão máxima ou míni-ma esteja abaixo da linha zero, o afastamento é negativo.

O sistema de tolerâncias e ajustes para eixo/furo, por exemplo, prevê 18 níveis de qualidade.

Escolhido o nível de qualidade a ser adotado na fabricação de um ele-mento da peça, a tolerância dimensional pode ser obtida pelo quadro da Tabela 1.1, em função do grupo de dimensão em que se enquadra.

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Exemplo: Um eixo de 48 mm de diâmetro, qualidade 7, terá uma tole-

A posição do campo de tolerância em relação a dimensão nominal (pa-ra mais, para menos, distribuído em relação ao mesmo ou outro) é um problema de ajuste, isto é, diz respeito ao tipo de encaixe que deverá ser assegurado.

ExempIos: 1) O eixo com ajuste 48 g7, terá como limites de dimensão:

48,000 - 0,009 mm

- 0,034 mm, isto é,

diâmetro mínimo: 47,966 mm

diâmetro máximo: 47,991 mm

2) Eixo com ajuste 48 p7:

48,000 + 0,051 mm

+ 0,026 mm, isto é,

diâmetro mínimo: 48,051 mm

diâmetro máximo: 48,026 mm

O ajuste é o acoplamento de dois elementos com a mesma dimensão nominal caracterizando-se pelas tolerâncias adotadas, grau de acabamento exigido para a execução das peças e pela diferença das dimensões efetivas do eixo e furo.

Existem três condições de ajuste:

com folga: são aqueles que sempre apresentam um jogo efetivo entre os elementos, de forma que o eixo pode girar ou deslizar dentro do furo.

com Interferência: são aqueles que sempre apresentam uma resistên-cia ao acoplamento, caracterizando-se pela dimensão mínima do eixo superior à dimensão máxima do furo.

incertos: entre dois elementos a serem acoplados, poderá existir uma interferência ou folga conforme as dimensões efetivas das peças, as quais devem manter-se entre os limites impostos. Para que ocorra o ajuste incer-to, a dimensão máxima do furo é superior à dimensão máxima do eixo, enquanto que a dimensão mínima do furo é inferior à dimensão máxima do eixo.

Outros elementos geométricos caracterizados por duas ou mais dimen-sões tem seus próprios sistemas de tolerância e ajuste.

Tolerância de batimento radial: é definida como um campo de distân-cia t entre dois círculos concêntricos, medidos em um plano perpendicular ao eixo considerado.

Tolerância de batimento axial: é definida como o campo de tolerância determinado por duas superfícies, paralelas entre si e perpendiculares ao eixo de rotação da peça, dentro do qual deverá estar a superfície real quando a peça efetuar uma volta, sempre referida a seu eixo de rotação.

Rugosidade

É o conjunto de irregularidades, isto é, pequenas saliências e reentrân-cias que caracterizam uma superfície. Essas irregularidades podem ser avaliadas com aparelhos eletrônicos, a exemplo do rugosímetro. A rugosi-dade desempenha um papel importante no comportamento dos componen-tes mecânicos. Ela influi na:

dos e lubri-ficantes;

o-ras;

resistência à corrosão e à fadiga;

Causas dos desvios de forma

Os desvios de forma que afetam as dimensões nominais das peças podem ser ocasionados por diversos fatores, sendo os principais (conheci-dos por 6M) listados a seguir:

ao mensurando;

-ferramenta: ferramenta de corte, defeitos nas guias, erros de posicionamento;

, parâmetros de corte.

MEDIÇÃO DE UM COMPRIMENTO

Na determinação de um comprimento ou de um ângulo de uma peça, procede-se da mesma forma como na determinação de qualquer outra grandeza física, para se alcançar a resultado da medição.

Caso o problema a ser resolvido é saber se a peca se enquadra nos limites de tolerância especificados no projeto, o encaminhamento do pro-blema é distinto. Trata-se da execução de um controle dimensional.

CONTROLE DE UMA DIMENSÃO

Após a fabricação das peças inicia-se o trabalho do metrologista, ou seja, realizar a verificação se as peças produzidas tem dimensões dentro das especificações do projeto. Nesta verificação a peça será classificada como boa ou refugo A partir do valor da tolerância de fabricação (IT ou t), especifica-se qual o máximo erro admissível que pode ocorrer na medição da grandeza em questão.

Para efeito de aprovação ou rejeição da peça toma-se simplesmente a indicação dada pelo sistema de medição utilizado no processo de medição. Pelo fato da incerteza de medição ser um décimo do intervalo de tolerância IT, considera-se o processo de medição como perfeito. No entanto nem sempre dispomos de um processo de medição cuja incerteza de medição é inferior a um décimo do intervalo de tolerância.

CAUSAS DE ERROS NAS MEDIÇÕES DE COMPRIMENTO

Fatores de Natureza Mecânico

a) Força de Medição

Na maioria dos casos o processo de medição a realização da medição, está associado a um contato mecânico entre os sensores do SM (apalpado-res) e o objeto a medir. No caso de medição por processo óptico, eletroin-dutivo ou eletrocapacitivo não há contato mecânico direto e inexiste a força de medição.

Ao contato mecânico está associada uma força, denominada força de medição. Uma certa força é necessária para que o apalpador possa pene-trar (ou deslocar para o lado) camadas de sujeira, de óleo, de graxa, de gases aderentes e semelhantes que aderem nas superfícies de contato.

Por outro lado, a força de medição provoca no objeto, bem como no sistema de medição e demais componentes mecânicos utilizados no pro-cesso, deformações de vários tipos introduzindo assim erros de medição, na forma de retroação.

Assim, é necessário manter-se a força de medição em valores mínimos necessários ao funcionamento dos SM e, adicionalmente, mantê-la cons-tante ao máximo possível para se poder levar, eventualmente, em conside-ração nas correções.

A força de medição está, por exemplo, no caso de um micrômetro ex-terno, na faixa entre 5 a 10 N. No relógio comparador comum usa-se a força de medição entre 0,8 até 1,5 N, com variação da mesma de 0,4 N no máximo; no caso de alguns relógios comparadores, a força de medição é de 3 até 6 N, ou por outro lado, apenas 0,15 a 0,40 N. Interessante é que deixando-se descer a haste do relógio comparador bruscamente de um altura de 20 mm apenas, ocorre um ‘pico’ de força de medição dinâmica de até 70 N apesar da força estática ser de somente algumas unidades de N.

b) Deformações

Deformações que ocorrem na medição não devem ser, sob hipótese alguma, de caráter permanente, mas sim, exclusivamente, elásticas. Deste ponto de vista há certo perigo nas áreas de contato entre o sensor (especi-almente o de forma arredondada) e o objeto quando ocorrer um choque dinâmico.

Deformações indesejáveis podem ocorrer, também, pelo peso próprio, quer do sistema de medição, quer do objeto a medir especialmente se for usado apoio inadequado para os mesmos. As inevitáveis deformações ou são mantidas dentro de determinados limites através de dimensionamento adequado da peça, ou são isoladas e convenientemente consideradas (correções introduzidas) no resultado da medição. Os limites admissíveis

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das deformações dependem das correspondentes exigências quanto a incerteza de medição máxima permitida para o processo. As deformações podem ter caráter de variação de comprimento (encurtamento ou alonga-mento), de flexão, de distorção ou de achatamento na região de contato.

Fatores de Natureza Geométrica

a) Forma geométrica da peça a medir:

Uma peça mecânica é representada, num desenho técnico, sempre em sua forma ideal e com dimensões nominais. A peça depois de executada, não só diverge deste ideal em suas dimensões mas, também, em sua forma geométrica.

De acordo com a técnica utilizada na fabricação a superfície apresenta diferentes rugosidades, asperezas, etc., que são chamadas de erros micro-geométricos.

Os desvios da forma geométrica geral (retilineidade, cilindricidade, pla-neza de superfícies) são denominados erros da macrogeometria.

Os desvios macrogeométricos afetam o processo de medição e por is-so as relações geométricas de posição entre o sistema de medição e peça devem ser conhecidas, com clareza, para evitar erros de medida.

Isto exige que se meça de tal modo que os desvios macrogeométricos possam ser identificados.

Assim, tendo-se, por exemplo, uma placa retangular fabricada - errone-amente - em forma de um quadrilátero e tomando-se a medida em dois sentidos perpendiculares, em dois lugares a e b, apenas, obtém-se, por exemplo, para a medida a um valor completamente deliberado (que depen-derá do lugar da medida, a1, a2, a3, etc.) e o operador não perceberá o desvio da forma. Para identificar os erros de forma geométrica da peça é necessário medi-la em vários lugares.

b) Erro de Contato

Os elementos do instrumento de medição que tocam a peça a medir, ou seja, os sensores de medição, devem ter a forma correspondente a configuração da peça, a fim de que se obtenha o contato geometricamente bem definido: se a peça a medir é plana, o sensor de medição é geralmente esférico. Se por outro lado, a peça é esférica ou cilíndrica, usam-se senso-res planos de medição. Na medição de roscas utilizam-se pontas sensoras de forma cônica, cilíndrica ou esférica. Se o contato entre a peça a medir e a superfície de medição, devido a erros de forma de uma ou de outra não tem uma relação geométrica exata, correspondente ao recobrimento geo-métrico desejado, acontece então o que denominamos de erro do contato.

c) Relações Geométricas de Posição:

Erros geométricos de posição de medição são evitados, de forma mais segura pelo emprego do método da substituição. A dimensão da peça é captada com auxilio de um dispositivo e depois comparado a padrões de medição colocados exatamente no lugar e na posição da peça. Assim, não podem ocorrer erros de posição devidos a movimentação de cursores (não perfeição de guias) ou problemas semelhantes.

Fator de Natureza Física

Deformação térmica:

Como o volume dos materiais metálicos sofre alteração com a variação da temperatura, é extremamente importante estabelecer uma temperatura de referência. A temperatura de 20,0 oC é hoje adotada internacionalmente como temperatura de referência para apresentação de resultados de medi-ção ou calibração de instrumentos de medição da Área de Metrologia Dimensional. Assim, os resultados do comprimento de blocos padrão, os resultados da calibração de uma Máquina de Medir por Coordenadas, entre outros, são válidos para a temperatura de 20,0 oC.

Nas medições de comprimento é necessário dar uma atenção toda es-pecial à temperatura em virtude da deformação térmica sofrida pelos ins-trumentos, padrões, alguns dispositivos utilizados no processo de medição, além das deformações sofridas pelas próprias peças sujeitas a medição. http://ebookbrowse.com/

9. Especificações de Materiais e Serviços do DNIT.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 276/2000

Tinta para sinalização horizontal rodoviária à base de resina acríli-ca emulsionada em água

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para tinta para sinalização horizontal rodoviária à base de resina acrílica emulsionada em água, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma foi elaborada pelas equipes da Divisão de Pesquisas e De-senvolvimento (DPqD) e da Divisão de Capacitação Tecnológica (DCTec) do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR), estando de acordo com a norma DNER-PRO 101/97, e cancela e substitui a versão anterior DNER-EM 276/96.

1 OBJETIVO

Fixar os requisitos básicos e essenciais exigíveis na homologação e re-cebimento de tinta retrorrefletiva para sinalização horizontal rodoviária à base de resina acrílica emulsionada em água, fornecida separadamente das microesferas de vidro.

2 REFERÊNCIAS

Para entendimento desta Norma, deverão ser consultados os seguintes documentos:

a) DNER-EM 373/2000 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para si-nalização horizontal rodoviária;

b) DNER-ME 018/94 - Tinta para demarcação viária - verificação do sangramento no asfalto;

c) DNER-ME 019/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da flexibilidade;

d) DNER-ME 020/94 - Tinta para demarcação viária - resistência à á-gua;

e) DNER-ME 028/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da consistência;

f) DNER-ME 038/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da estabilidade na armazenagem;

g) DNER-ME 139/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da aderência;

h) DNER-ME 183/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da cor;

i) DNER-ME 185/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da formação de nata;

j) DNER-ME 186/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do tempo de secagem “no pick-up time”;

l) DNER-ME 234/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da resistência ao calor;

m) DNER-ME 235/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do teor de substâncias voláteis e não voláteis;

n) DNER-ME 236/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do brilho;

o) DNER-ME 239/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da resistência à abrasão;

p) DNER-PRO 104/94 - Amostragem da tinta para demarcação viária;

q) DNER-PRO 231/94 - Inspeção visual de recipientes com tinta para demarcação viária;

r) DNER-PRO 250/94 - Cálculo do veículo total e do veículo não volátil em tinta para demarcação viária.

3 DEFINIÇÃO

3.1 A tinta consiste de uma mistura bem proporcionada de resina, pig-mentos, cargas e aditivos, formando um produto líquido com características termoplásticas, sem reações prejudiciais ao revestimento e deve estar apto ou susceptível à adição de microesferas de vidro.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 A tinta deve ser fornecida para uso em superfície betuminosa ou de concreto de cimento Portland.

4.2 A tinta, logo após a abertura do recipiente, não deve apresentar se-dimentos, nata e grumos, que não possam ser facilmente redispersos por agitação manual, após a qual deve apresentar aspecto homogêneo.

4.3 A tinta deve ser apresentada nas cores branco-neve e amarelo-médio, de acordo com o especificado na Tabela 3.

DNER-EM 276/2000 p. 03/07

4.4 A tinta deve estar apta a ser aplicada, nas seguintes condições:

a) temperatura entre 10º C e 40º C;

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b) umidade relativa do ar até 90%.

4.5 A tinta deve ter condições para ser aplicada por máquinas apropri-adas e vir na consistência especificada, sem ser necessária a adição de outro qualquer aditivo. No caso de adição de microesferas de vidro “pre-mix”, pode ser adicionado, no máximo, 5% (cinco por cento) em volume de água potável, para acerto de viscosidade.

4.6 No caso de serem exigidas microesferas de vidro, a sua aplicação deve ser feita na proporção de:

a) “premix” – de 200g/l a 250 g/l;

b) “drop-on” (tipo F) – 200 g/m2 a 400 g/m2;

c) sistema de dupla aspersão:

“drop-on” (tipo F) – 1/3 do total de “drop-on” (alínea “b”)

“drop-on” (tipo G) – 2/3 do total de “drop-on” (alínea “b”)

4.7 No caso de serem exigidas microesferas de vidro “drop-on” (tipo F), a sua aplicação deve ser feita mecânica e simultaneamente com a tinta, na proporção especificada.

4.8 No caso de serem exigidas microesferas de vidro, sistema de dupla aspersão, a sua aplicação deve ser feita mecanicamente, utilizando dois bicos espargidores, alinhados, independentes, para aplicação dos dois materiais, nas proporções especificadas, de forma a haver a mistura dos dois tipos de microesferas exatamente no momento da sua aplicação sobre a faixa demarcada. As microesferas do tipo G devem fluir através do espar-gidor mais próximo do bico de aplicação da tinta.

4.9 A espessura úmida de tinta a ser aplicada deve ser de 0,4mm ou 0,6mm, a ser obtida de uma só passada da máquina sobre o revestimento.

4.10 A tinta, quando aplicada na quantidade especificada, deve recobrir perfeitamente o revestimento e permitir a liberação do tráfego a partir de 30 minutos após aplicação.

4.11 A tinta deve manter integralmente a sua coesão e cor, após apli-cação sobre superfície betuminosa ou de concreto de cimento Portland.

4.12 As microesferas de vidro devem satisfazer à especificação de mi-croesferas de vidro para sinalização horizontal rodoviária DNER - EM 373/00.

4.13 A tinta aplicada, após secagem física total, deve apresentar plasti-cidade e características de adesividade às microesferas de vidro e ao revestimento, produzir película seca, fosca, de aspecto uniforme, sem apresentar fissuras, gretas ou descascamento durante o período de vida útil que deve ser, no mínimo, de dois anos.

4.14 A tinta, quando aplicada sob superfície betuminosa, não deve a-presentar sangramento, nem exercer qualquer ação que danifique o reves-timento.

4.15 A tinta não deve modificar as suas características, ou deteriorar-se, quando estocada por um período mínimo de 6 meses, após a data de entrega do material.

4.16 Podem ser empregados aditivos na tinta, em quanti-dades suficientes para produzir uma perfeita dispersão e suspensão dos componentes sólidos no líquido; o agente ligante (resina sólida) deve se enquadrar nas características da resina acrílica (isenta de outro copolímero).

4.17 A tinta deve ser susceptível de rejuvenescimento mediante aplica-ção de nova camada.

4.18 A tinta, após aplicada, deve apresentar ótimas condições de apa-rência durante o dia, visibilidade noturna e durabilidade.

4.19 A unidade de compra é o litro.

4.20 Salvo combinação em contrário, entre o DNER e o fornecedor, a tinta deve ser fornecida embalada em recipientes metálicos, cilíndricos, possuindo tampa removível com diâmetro igual ao da embalagem.

4.21 Os recipientes devem trazer no seu corpo, bem legível, as seguin-tes identificações:

a) nome do produto: “Tinta para Sinalização Horizontal Rodoviária”;

b) nome comercial e/ou numeração;

c) cor da tinta: branca ou amarela;

d) referência quanto à natureza química da resina;

e) data da fabricação;

f) prazo de validade;

g) identificação da partida de fabricação;

h) nome e endereço do fabricante;

i) quantidade contida no recipiente, em litros.

4.22 Os recipientes devem encontrar-se em bom estado de conserva-ção.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Requisitos quantitativos

A tinta deve estar conforme as Tabelas 1 e 2.

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5.2 Requisitos qualitativos

A tinta deve estar conforme a Tabela 3.

6 INSPEÇÃO

6.1 Inspeção visual de recipientes

Deve ser feita em conformidade com a Norma DNER-PRO 231/94.

6.2 Amostragem

Deve ser feita em conformidade com a Norma DNER-PRO 104/94.

6.3 Ensaios de laboratório

6.3.1 Os requisitos quantitativos e qualitativos, expressos nas Tabelas 1, 2 e 3, são determinados através de ensaios de laboratórios nas amostras recebidas.

6.3.2 Os ensaios específicos, a serem aplicados nas determinações dos requisitos, estão citados na seção 2.

6.3.3 A exclusivo critério do DNER, podem ser dispensados um ou mais ensaios para o recebimento da tinta.

6.3.4 Ensaios especiais poderão ser realizados em amostras enviadas pelo DNER, em laboratórios credenciados, às expensas do responsável pelo material.

7 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

7.1 Cabe ao DNER aceitar ou rejeitar total ou parcialmente o material de início, à vista dos resultados de inspeção visual de recipientes (ver 6.1), independentemente da realização de ensaios de laboratório.

7.2 As partidas de material que satisfizerem às Condições Gerais e Es-pecíficas (seções 4 e 5) desta Norma devem ser aceitas; caso contrário, rejeitadas.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 362/97

As faltos diluídos tipo cura rápida

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para asfaltos di-luídos tipo cura rápida, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no recebimento e aceitação do material em epígrafe.

1 OBJ ETIVO

Fixar características exigíveis para asfaltos diluídos tipo cura rápida.

2 REFERÊNCI AS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-ME 003/ 94 - Materiais betuminosos - determinação da pene-tração;

b) DNER-ME 004/ 94 - Materiais betuminosos - determinação da visco-sidade “Saybol t -Furol” a alta temperatura;

Page 27: Dnit -Estradas

c) DNER-ME 010/ 94 - Cimentos asfálticos de petróleo - determinação do teor de betume;

d) DNER- ME 151/ 94 - Asfaltos - determinação da viscosi dade ci ne-mática;

e) DNER-ME 163/ 94 - Materiais betuminosos - determinação da ducti-bilidade;

f) ABNT MB - 37/ 75 - Determinação de água em petróleo e outros ma-teriais betuminosos - método por destilação;

g) ABNT NBR-5765/ 84 - Asfaltos diluídos - determinação do ponto de fulgor - vaso aberto Tag;

h) ABNT NBR-9619/ 86 - Produtos de petróleo - determinação da faixa de destilação;

i) ABNT NB-174/ 72 - Amostragem de petróleo e produtos derivados.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a seguinte definição.

Asfalto diluído de cura rápida - material resultante da diluição de um cimento asfáltico adequado, preparado do petróleo, com um destilado leve conveniente.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4. 1 Os asfaltos diluídos tipo cura rápida têm o símbolo CR precedendo as indicações dos tipos, conforme sua viscosidade cinemática. Classificam- se em: CR-70 e CR-250.

4. 2 Devem ser homogêneos.

4. 3 A unidade de compra é o quilograma.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5. 1 Dependendo da sua classificação, os CR quando ensaiados de-vem atender aos requisitos da Tabela a seguir:

Nota: No caso da ductilidade a 25 ºC ser menor que 100 cm, o material será aceito se o seu valor a 15 ºC for maior que 100 cm.

6 INSPEÇÃO

6. 1 Cont rol e do material

Efetuada a entrega do material, cabe ao comprador:

6. 1. 1 Verificar se a quantidade fornecida, a procedência e a natureza do acondicionamento correspondem ao estipulado no pedido.

6. 1. 2 Rejeitar a parte do fornecimento em mau estado de acondicio-namento.

6. 1. 3 Providenciar, junto ao fornecedor, a substituição do material re-jeItado.

6. 1. 4 Retirar amostra de acordo com a Norma ABNT NB-174/72 - A-mostragem de petróleo e produtos derivados.

6. 1. 5 Remeter a amostra, devidamente identificada, a um laboratório aparelhado para ensaios de recebimento.

6. 2 Aceitação e rejeição

6. 2. 1 A amostra submetida aos ensaios especificados deverá satisfa-zer às condições constantes da Tabela antes apresentada.

6. 2. 2 A vista dos resultados da inspeção e independente de qual quer ensaio, o comprador pode rejeitar o fornecimento, total ou parcial , caso não atenda ao prescrito em 6. 1. 1.

6. 2. 3 Caso todos os resultados dos ensaios preencham as exigências desta Norma, o fornecimento será aceito; deverá ser rejeitado se um ou mais resultados não atenderem ao especificado na Tabela.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 363/97

Asfaltos diluídos tipo cura média

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para asfaltos di-luídos tipo cura média, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no recebimento e aceitação do material em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar as características exigidas para asfaltos diluídos tipo cura média.

2 REFERÊNCIAS

Para o melhor entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

a) DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da pene-tração;

b) DNER-ME 004/94 - Materiais betuminosos - determinação da visco-sidade “Saybolt-

Furol” a alta Temperatura;

c) DNER-ME 010/94 - Cimentos asfálticos de petróleo - determinação do teor de betume;

d) DNER-ME 151/94 - Asfaltos - determinação da viscosidade cinemá-tica;

Page 28: Dnit -Estradas

e) DNER-ME 163/94 - Materiais betuminosos - determinação da ductibi-lidade;

f) ABNT NBR-5765/84 - Asfáltos diluídos - determinação de ponto de fulgor - vaso aberto Tag;

g) ABNT NBR-9619/86 - Produtos de petróleo - determinação da faixa de destilação;

h) ABNT MB-37/75 - Determinação de água em petróleo e outros mate-riais betuminosos - método por destilação;

i) ABNT NB-174/72 - Amostragem de petróleo e produtos derivados.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a seguinte definição.

Asfalto diluído de cura média - material resultante da diluição de um cimento asfáltico adequado proveniente do petróleo, com um destilado médio conveniente.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Os asfaltos diluídos tipo cura média têm o símbolo CM precedendo as indicações dos tipos, conforme sua viscosidade cinemática. Classificam-se em: CM-30 e CM-70.

4.2 Devem ser homogêneos.

4.3 A unidade de compra é o quilograma.

4.4 Apresentamos na Tabela 1 comparação de características dos no-vos e antigos tipos de asfaltos líquidos.

COMPARAÇÃO DOS NOVOS E ANTIGOS

TIPOS DE ASFALTOS LÍQUIDOS A 60º C

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Dependendo da sua classificação, os CM quando ensaiados devem atender aos requisitos da

Tabela 2.

Page 29: Dnit -Estradas

Nota: No caso da ductibilidade a 25 °C ser menor que 100 cm, o material será aceito se o seu valor a 15 °C for maior que 100 cm.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

No recebimento total ou parcial do material deverão ser adotados os procedimentos indicados a seguir:

6.1.1 Verificar se a quantidade fornecida, a procedência e a natureza do acondicionamento correspondem ao estipulado no pedido.

6.1.2 Rejeitar a parte do fornecimento em mau estado de acondiciona-mento.

6.1.3 Providenciar, junto ao fornecedor, a substituição do material rejei-tado.

6.1.4 Retirar amostra de acordo com a ABNT NB-174 - Amostragem de petróleo e produtos derivados.

6.1.5 Remeter a amostra, devidamente identificada, a um laboratório aparelhado para os ensaios de recebimento.

6.2 Aceitação e rejeição

6.2.1 A amostra submetida aos ensaios especificados deverá satisfazer às condições constantes da Tabela 2.

6.2.2 A vista dos resultados da inspeção e independentemente de qualquer ensaio, o comprador poderá rejeitar o fornecimento, total ou parcial, caso não atenda ao prescrito em 6.1.1.

6.2.3 Caso todos os resultados preencham as exigências desta Norma, o fornecimento será aceito; deverá ser rejeitado se um ou mais resultados não atenderem ao especificado nesta Norma.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 364/97

Alcatrões para pavimentação

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para alcatrões em pavimentação, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no recebimento e aceitação do material em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar as condições exigíveis para aceitação de alcatrões e o emprego em pavimentação rodoviária.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverá ser consultado o documento seguinte:

ABNT NB-174/72 - Amostragem de petróleo e produtos derivados.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma é adotada a seguinte definição.

Alcatrão - material betuminoso de consistência variável, resultante de destilação destrutiva de matéria orgânica, tal como, carvão, linhito, xisto e matéria vegetal. Os alcatrões têm o símbolo RT que deve preceder as indicações dos vários tipos, conforme sua viscosidade ou flutuação.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Os alcatrões para pavimentação são classificados pela viscosidade “Engler” e pela sua flutuação, nos tipos seguintes: RT-1, RT-2, RT-3, RT-4, RT-5, RT-6, RT-7, RT-8, RT-9, RT-10, RT-11 e RT-12.

4.2 Os alcatrões a que se refere esta Norma devem ser homogêneos.

4.3 A unidade de compra é o litro (a granel), em tambores de aço de 200 litros ou em caminhão tanque com aquecimento.

4.4 Cada unidade de acondicionamento deve trazer indicação de:

a) procedência;

b) tipo, qualidade e quantidade do produto.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

As condições específicas dos alcatrões estão apresentadas na Tabela anexa.

6 INSPEÇÃO

Efetuada a entrega do material, compete ao comprador:

a) verificar se a quantidade e o acondicionamento correspondem ao es-tipulado;

Page 30: Dnit -Estradas

b) rejeitar a parte do fornecimento que vier em mau estado do acondi-cionamento;

c) notificar o fornecedor para providenciar a substituição do material re-jeitado;

d) retirar amostra de acordo com a ABNT NB-174/72;

e) remeter a amostra devidamente embalada e autenticada a um labo-ratório credenciado.

6.1 Aceitação e rejeição

6.1.1 Com base nos resultados da inspeção, independentemente dos resultados dos ensaios, o comprador poderá rejeitar o fornecimento, total ou parcialmente.

6.1.2 Caso todos os resultados preencham as exigências desta Norma, o fornecimento será aceito;

será rejeitado caso um ou mais resultados dos ensaios não atendam ao especificado na Tabela.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 365/97

Emulsões asfálticas para lama asfáltica

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para emulsões asfálticas para lama asfáltica, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no recebimento e aceitação do material em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar as características exigíveis às emulsões asfálticas, para lama as-fáltica.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-ME 002/94 - Emulsão asfáltica – carga da partícula;

b) DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da pene-tração;

c) DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração;

d) DNER-ME 006/94 - Emulsão asfáltica - determinação da sedimenta-ção;

e) DNER-ME 007/94 - Emulsão asfáltica - determinação da ruptura - método da mistura com cimento;

f) DNER-ME 008/94 - Emulsão asfáltica - determinação da ruptura - método de mistura com filer silícico;

g) DNER-ME 010/94 - Cimentos asfálticos de petróleo - determinação do teor de betume;

h) DNER-ME 163/94 - Materiais betuminosos - determinação da ductibi-lidade;

i) ABNT NB-174/72 - Amostragem de petróleo e produtos derivados;

j) ABNT MB-581/71 - Viscosidade “Saybolt-Furol” de emulsões asfálti-cas.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a seguinte definição.

Emulsão para lama asfáltica - sistema constituído de uma fase asfáltica dispersa em uma fase aquosa, ou, então, de uma fase aquosa dispersa em uma fase asfáltica.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 As emulsões para lamas asfálticas têm o símbolo LA, seguida de uma ou duas indicações, conforme sua ruptura e carga de partícula.

4.2 De acordo com sua carga de partícula e ruptura, as emulsões para lamas asfálticas são classificadas nos seguintes tipos:

a) LA-1 e LA-2 - Emulsões aniônicas de lama asfáltica;

b) LA-1C e LA-2C - Emulsões catiônicas de lama asfáltica;

c) LA-E - Emulsão especial de lama asfáltica.

4.3 As emulsões para lama asfáltica devem ser homogêneas e não de-vem apresentar separação da fase asfáltica, após vigorosa agitação, dentro de 30 (trinta) dias a partir da data do carregamento.

4.4 A unidade de compra é o quilograma.

4.5 A natureza do acondicionamento, o local e as condições de entre-ga, serão indicados pelo comprador.

4.6 Cada unidade de acondicionamento deverá trazer indicação clara da procedência, do tipo e da quantidade do seu conteúdo.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

As condições específicas do material estão expressas na Tabela ane-xa.

Page 31: Dnit -Estradas

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

Efetuada a entrega do material, cabe ao comprador:

6.1.1 Verificar se a quantidade fornecida e a natureza do acondiciona-mento correspondem ao especificado.

6.1.2 Rejeitar a parte do fornecimento que apresentar mau estado de acondicionamento.

6.1.3 Notificar o fornecedor da necessidade de substituição do material rejeitado.

6.1.4 Retirar a amostra de acordo com a ABNT NB-174/72.

DNER-EM 365/97 p. 04/04

6.1.5 A amostra destinada à análise deverá ser colocada em um recipi-ente limpo, perfeitamente vedado, de maneira a impedir contato com o exterior, e mantida a uma temperatura mínima de 4,5ºC, até a realização do ensaio.

6.1.6 Remeter a amostra, devidamente autenticada, a um laboratório aparelhado para a realização dos ensaios constantes desta especificação.

6.2 Aceitação e rejeição

6.2.1 A amostra submetida aos ensaios especificados deverá satisfazer às condições constantes da Tabela.

6.2.2 A vista dos resultados da inspeção e independentemente de qualquer ensaio, o comprador poderá rejeitar o fornecimento, total ou parcial, caso não atenda ao prescrito em 6.1.1.

6.2.3 Caso todos os resultados preencham as exigências desta Norma o fornecimento será aceito e deverá ser rejeitado se um ou mais resultados não atenderem ao especificado nesta Norma.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 366/97

Arame farpado de aço zincado

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para arame far-pado de aço zincado, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no recebimento e aceitação do material em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar os requisitos básicos e essenciais exigíveis para aceitação de a-rame farpado de aço zincado a ser utilizado em cercas para delimitação das faixas de domínio de estradas.

2 REFERÊNCIAS

Para o melhor entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

a) ABNT NBR-6005 - Arames de aço - ensaio de enrolamento;

b) ABNT NBR-6207 - Arames de aço - ensaio de tração;

c) ABNT NBR-6317 - Arame farpado de aço zincado de dois fios;

d) ABNT NBR-6347 - Arame farpado de aço zincado - determinação de características;

e) ABNT NBR-7397 - Produto de aço ou ferro fundido revestido de zin-co por imersão a quente - determinação da massa do revestimento por unidade de área.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições de 3.1 e 3.2.

Page 32: Dnit -Estradas

3.1 Arame farpado - cordoalha formada por dois fios de aço zincado, do mesmo diâmetro, enrolados em hélice provida de farpas de quatro pontas espaçadas regularmente.

3.2 Farpas - pontas de fios de aço zincado cortadas em diagonal e en-roladas ou trançadas espaçadamente na cordoalha, de forma a se mante-rem em posição, sem deslizamento em torno e ao longo dela.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Classificação

Na presente Norma estão compreendidas as seguintes classes e tipos de arames farpados:

a) classe 350,

- arame farpado cuja carga de ruptura à tração seja igual ou superior a 350 N (kgf);

b) classe 250,

- arame farpado cuja carga de ruptura à tração seja igual ou superior a 250 N (kgf);

c) classe 175,

- arame farpado cuja carga de ruptura à tração seja igual ou superior a 175 N (kgf).

4.2 Diâmetros nominais de dois fios da cordoalha

Os fios da cordoalha devem ser produzidos nos diâmetros nominais de 1,60 mm, 1,80 mm, 2,00 mm ou 2,20 mm.

4.3 A unidade de compra é o rolo ou carretel contendo arame farpado com comprimentos nominais de 250, 400, 500 ou 600 m quando o diâmetro do fio for 1,60mm.

4.3.1 Cada rolo ou carretel deve ser identificado por etiqueta com ins-crição, firmemente presa, com as indicações seguintes:

a) nome ou símbolo do produtor;

b) comprimento nominal, em m;

c) massa teórica aproximada, em kg;

d) classe 350, 250 ou 175;

e) categoria de zincagem A, B ou C;

f) diâmetro nominal dos fios que formam a cordoalha, em mm;

g) espaçamento nominal entre farpas, em mm.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Tolerâncias dimensionais

5.1.1 A tolerância no diâmetro nominal dos fios da cordoalha e da farpa é de ! 0,09 mm.

5.1.2 As farpas devem ser formadas por fio de diâmetro nominal não in-ferior a 80% do diâmetro nominal dos fios da cordoalha, e no mínimo de 1,50 mm.

5.1.3 O comprimento das farpas deve ser tal, que suas pontas sejam situadas:

a) fora de uma circunferência de 14 mm de diâmetro;

b) dentro de uma circunferência de 24 mm de diâmetro, conforme Figu-ra:

5.1.4 O afastamento das farpas entre si, medido entre centros, deve ser de 75 mm, 100 mm ou 125 mm, com tolerância de ! 15%.

5.1.5 As farpas devem ser formadas por um ou dois fios, apresentando respectivamente duas ou quatro pontas, sendo que no mesmo rolo todas devem apresentar o mesmo número de pontas.

5.1.6 O número de torções entre farpas dos fios da cordoalha deve ser no mínimo dois e no máximo sete.

5.1.6.1 No caso de arame farpado, cujo enrolamento seja feito em um só sentido, permite-se um mínimo de 1,2 torções entre farpas.

5.1.7 A tolerância nos comprimentos nominais de rolos ou carretéis é de ± 3%.

5.1.8 O revestimento da camada protetora de zinco deverá ser contí-nuo e uniforme e deverá enquadrar-se nas seguintes categorias:

a) Categoria A - camada leve - 1,50

< 1,80 - min. - 60g/m²

> 1,80 - min. - 70g/m².

b) Categoria B - camada média - min. 150g/m².

c) Categoria C - camada pesada - 1,50

< 1,80 - min. - 200g/m²

> 1,80 - min. - 240g/m².

5.2 Propriedades mecânicas

5.2.1 O arame farpado deve apresentar alongamento superior a 1% sob 70% da carga de ruptura mínima da respectiva classe.

5.2.2 Para as classes 350 e 250 o arame farpado, enrolado no sentido alternado após cada farpa, deve apresentar uma carga mínima de desenro-lamento de 75% da carga de ruptura mínima da respectiva classe.

5.3 Emendas da cordoalha

As emendas da cordoalha somente são permitidas por enrolamento ou solda elétrica do topo, dentro dos limites seguintes:

a) até duas, nos rolos de 250m;

b) até três, nos rolos de 400m e acima.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

6.1.1 Inspeção visual que se refere ao aspecto de cordoalhamento, fi-xação de farpas e suas pontas, bem como o aspecto da superfície zincada dos fios da cordoalha e das farpas, visando verificar os defeitos grosseiros.

6.1.2 Determinação das seguintes características dimensionais:

a) bitolas e tolerâncias dos fios da cordoalha e das farpas;

b) espaçamento e comprimento das farpas;

c) número de torções da cordoalha entre farpas consecutivas.

6.1.3 Determinação de propriedades mecânicas:

a) carga de ruptura - ABNT NBR-6207;

b) carga de desenrolamento - ABNT NBR-6347;

c) alongamento sob carga - ABNT NBR-6207.

6.1.3.1 Massa de camada de zinco (g/m2), conforme - ABNT NBR- 7397.

6.1.3.2 Aderência da camada de zinco, conforme - ABNT NBR-6005, sendo o diâmetro do mandril especificado da forma seguinte:

a) camada leve,

- uma vez o diâmetro nominal dos fios da cordoalha;

b) camada média,

- duas vezes o diâmetro nominal dos fios da cordoalha;

c) camada pesada,

- três vezes o diâmetro nominal dos fios da cordoalha.

6.1.4 Amostragem

As amostras para ensaios são tomadas de lotes de 50 rolos ou fração restante. De cada lote deve ser selecionado, ao acaso, um rolo. Em segui-da, da extremidade de cada rolo, retira-se uma amostra de aproximada-mente 2 m de comprimento. Esta amostra é considerada como representa-tiva de cada lote e é submetida aos ensaios, conforme - ABNT NBR-6347.

6.2 Aceitação e rejeição

6.2.1 O lote é aceito quando todos os ensaios e verificações feitos cumprirem as exigências desta Norma.

6.2.2 Quando um lote não satisfizer qualquer dos requisitos desta Nor-ma, retiram-se quatro amostras de outros quatro rolos do mesmo lote e

Page 33: Dnit -Estradas

efetuam-se os ensaios referentes aos requisitos que não atenderam à Norma.

6.2.3 O lote é aceito se:

a) atender aos requisitos da inspeção visual em toda a amostra, con-forme 6.1;

b) houver atendimento de pelo menos duas das quatro amostras, con-forme 6.2;

c) houver atendimento das amostras, permitindo-se todavia que somen-te uma delas apresente cargas de ruptura e/ou desenrolamento, bem como a massa da camada de zinco, abaixo dos mínimos especificados, sendo que os valores encontrados nesta amostra, não devem ficar abaixo de 95% destes mínimos, conforme 6.1.3.

6.2.4 Mediante acordo prévio, pode-se ensaiar individualmente cada um dos rolos que compõem o lote rejeitado, quanto ao ensaio em que houve falhas, aceitando-se tão somente aqueles que satisfizerem aos requisitos desta Norma.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 367/97

Material de enchimento para misturas betuminosas

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para material de enchimento para misturas betuminosas, além dos critérios a serem adota-dos para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no fornecimento e aceitação do material em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar os requisitos básicos e essenciais exigíveis no recebimento de material de enchimento (filer) a ser utilizado em misturas betuminosas.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-EM 036/95 - Cimento Portland - recebimento e aceitação;

b) DNER-ME 083/94 - Agregados – análise granulométrica;

c) DNER-ME 084/95 - Agregado miúdo - determinação de densidade real;

d) DNER-ME 085/94 - Material finamente pulverizado - determinação da massa específica real;

e) DNER-ME 180/94 - Solos estabilizados com cinza volante e cal hi-dratada - determinação da resistência a compressão simples; Macrodescri-tores MT : cal extinta, cimento, filer

f) DNER-ME 181/94 - Solos estabilizados com cinza volante e cal hidra-tada - determinação da resistência à tração por compressão diametral;

g) ABNT NBR-7175/92 - Cal hidratada para argamassas.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a seguinte definição:

Material de enchimento (filer) - material mineral inerte em relação aos demais componentes da mistura, finamente dividido, passando pelo menos 65% na peneira de 0,075 mm de abertura de malha quadrada. É também denominado filer.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Deverá ser homogêneo, seco e livre de grumos provenientes de a-gregações das partículas finas.

4.2 O material de enchimento poderá ser cimento Portland, pó calcário, cal hidratada, pó de pedra, cinza volante ou outro material mineral conveni-ente preparado para apresentar as características especificadas nesta Norma.

4.3 As massas específicas real e aparente do filer deverão ser determi-nadas de acordo com os métodos DNER-ME 085/94 e DNER-ME 084/95.

4.4 O material deverá vir acondicionado em sacos vedados, protegidos da umidade.

Deve ser identificado com etiqueta, contendo:

a) tipo de material;

b) peso;

c) fabricante.

4.5 A unidade de compra é o quilograma.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Granulometria

O material de enchimento deverá possuir a granulometria de acordo com a Tabela a seguir:

5.2 O cimento Portland deve atender às exigências da especificação DNER-EM 036/95.

5.3 O pó calcário deve conter, no mínimo, 70% de carbonatos, em ter-mos de carbonato de cálcio.

5.4 A cal hidratada deve obedecer às exigências da especificação da ABNT NBR-7175/92.

5.5 A cinza volante deve obedecer às exigências das normas DNER-ME 180/94 e ME-181/94.

6 INSPEÇÃO

A inspeção no recebimento do material deve ser feita observando-se as especificações próprias a cada tipo de material referido no item 4.2.

6.1 Aceitação e rejeição

6.1.1 O material que satisfizer às exigências contidas nas Seções 4 e 5 desta Norma, atendendo ao procedimento de amostragem adotado para cada tipo de material, é aceito.

6.1.2 Caso contrário é rejeitado.

Norma rodoviária

Especificação de Material

DNER-EM 368/2000

Tinta para sinalização horizontal rodoviária à base de resina acríli-ca e/ou vinílica

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para tinta para sinalização horizontal rodoviária à base de resina acrílica e/ou vinílica, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

Esta Norma foi elaborada pelas equipes da Divisão de Pesquisas e De-senvolvimento (DPqD) e da Divisão de Capacitação Tecnológica (DCTec) do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR), estando de acordo com a norma DNER-PRO 101/97, e cancela e substitui a versão anterior DNER-EM 368/99.

1 OBJETIVO

Fixar os requisitos básicos e essenciais exigíveis na homologação e no recebimento de tinta retrorrefletiva para sinalização horizontal rodoviária à base de resina acrílica e/ou vinílica de secagem física por evaporação de solvente, fornecida separadamente das microesferas de vidro.

2 REFERÊNCIAS

Para entendimento desta Norma, deverão ser consultados os seguintes documentos:

a) DNER-EM 373/2000 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para si-nalização horizontal rodoviária;

b) DNER-ME 018/94 - Tinta para demarcação viária - verificação do sangramento no asfalto;

c) DNER-ME 019/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da flexibilidade;

d) DNER-ME 020/94 - Tinta para demarcação viária - resistência à á-gua;

e) DNER-ME 028/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da consistência;

Page 34: Dnit -Estradas

f) DNER-ME 038/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da estabilidade na armazenagem;

g) DNER-ME 139/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da aderência;

h) DNER-ME 183/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da cor;

i) DNER-ME 184/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da estabilidade na diluição;

j) DNER-ME 185/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da formação de nata;

l) DNER-ME 186/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do tempo de secagem “no pick-up time”;

m) DNER-ME 190/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da massa específica;

n) DNER-ME 233/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do cromato de chumbo no pigmento;

o) DNER-ME 234/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da resistência ao calor;

p) DNER-ME 235/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do teor de substâncias voláteis e não voláteis;

q) DNER-ME 236/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do brilho;

r) DNER-ME 237/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do teor de pigmento;

s) DNER-ME 238/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do dióxido de titânio no pigmento;

t) DNER-ME 239/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da resistência à abrasão;

u) DNER-ME 240/94 - Tinta para demarcação viária - determinação qualitativa de breu;

v) DNER-PRO 104/94 - Amostragem da tinta para demarcação viária;

x) DNER-PRO 231/94 - Inspeção visual de recipientes com tinta para demarcação viária;

y) DNER-PRO 250/94 - Cálculo do veículo total e veículo não volátil em tinta para demarcação viária.

3 DEFINIÇÃO

3.1 A tinta consiste de uma mistura bem proporcionada de resina, pig-mentos e cargas, solvente e aditivos, formando um produto líquido com características termoplásticas, de secagem física, sem reações prejudiciais ao revestimento e deve estar apto ou susceptível à adição de microesferas de vidro “premix” (tipo I B).

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 A tinta deve ser fornecida para uso em superfície betuminosa ou de concreto de cimento Portland.

4.2 A tinta, logo após a abertura do recipiente, não deve apresentar se-dimentos, nata e grumos, que não possam ser facilmente redispersos por agitação manual, após a qual deve apresentar aspecto homogêneo.

4.3 A tinta deve ser apresentada nas cores branco-neve e amarela, de acordo com o especificado na Tabela 2.

4.4 A tinta deve estar apta a ser aplicada, nas seguintes condições:

a) temperatura entre 10oC e 40oC;

b) umidade relativa do ar até 90%;

c) temperatura superficial da pista de rolamento, no máximo de 60oC.

4.5 A tinta deve ter condições para ser aplicada por máquinas apropri-adas e vir na consistência especificada, sem adição de aditivos. No caso de adição de microesferas de vidro “premix” (tipo I B) pode ser adicionado, no máximo, 5% (cinco por cento) em volume de solvente sobre a tinta, compa-tível com a mesma, para acerto da consistência.

4.6 A tinta deve estar apta ou susceptível à adição de microesferas de vidro.

4.7 No caso de serem exigidas microesferas de vidro, a sua aplicação deve ser feita na proporção de:

a) “premix” (tipo I B) - 200g/l a 250g/l;

b) “drop-on” (tipo F) - 200g/m2 a 400 g/m2;

c) Sistema de dupla aspersão

“drop-on” (tipo F) – 1/3 de “drop-on” (alínea “b”).

“drop-on” (tipo G) – 2/3 de “drop-on” (alínea “b”).

4.8 No caso de serem exigidas microesferas de vidro “drop-on” (tipo F) a sua aplicação deve ser feita mecânica e simultaneamente com a tinta, na proporção especificada.

4.9 No caso de serem exigidas microesferas de vidro, sistema de dupla aspersão, a sua aplicação deve ser feita mecanicamente, utilizando dois bicos espargidores, alinhados, independentes, para aplicação dos dois materiais, nas proporções especificadas, de forma a haver a mistura dos dois tipos de microesferas exatamente no momento da sua aplicação sobre a faixa demarcada. As microesferas do tipo G devem fluir através do espar-gidor mais próximo do bico de aplicação da tinta.

4.10 A espessura úmida de tinta a ser aplicada deve ser de 0,4mm ou 0,6mm, a ser obtida de uma só passada da máquina sobre o revestimento.

4.11 A tinta, quando aplicada na quantidade especificada, deve recobrir perfeitamente o revestimento e permitir a liberação do tráfego a partir de 30 minutos após aplicação.

4.12 A tinta deve manter integralmente a sua coesão e cor, após apli-cação sobre superfície betuminosa ou de concreto de cimento Portland.

4.13 As microesferas de vidro devem satisfazer à especificação de mi-croesferas de vidro para sinalização horizontal rodoviária DNER-EM 373/2000.

4.14 A tinta aplicada, após secagem física total, deve apresentar plasti-cidade e características de adesividade às microesferas de vidro e ao revestimento, produzir película seca, fosca, de aspecto uniforme, sem apresentar fissuras, gretas ou descascamento durante o período de vida útil que deve ser, no mínimo, de dois anos.

4.15 A tinta, quando aplicada sobre superfície betuminosa, não deve apresentar sangramento, nem exercer qualquer ação que danifique o revestimento.

4.16 A tinta não deve modificar as suas características, ou deteriorar-se, quando estocada por um período mínimo de 6 meses, após a data de entrega do material.

4.17 Podem ser empregados aditivos na tinta, em quantidades suficien-tes para produzir uma perfeita dispersão e suspensão dos componentes sólidos no líquido; o agente ligante (resina sólida) deve se enquadrar nas características da resina acrílica (isenta de estireno) e/ou vinílica.

4.18 A tinta deve ser susceptível de rejuvenescimento mediante aplica-ção de nova camada.

4.19 A tinta, após aplicada, deve apresentar ótimas condições de apa-rência durante o dia, visibilidade noturna e durabilidade.

4.20 A unidade de compra é o litro.

4.21 Salvo combinação em contrário, entre o DNER e o fornecedor, a tinta deve ser fornecida embalada em recipientes metálicos, cilíndricos, possuindo tampa removível com diâmetro igual ao da embalagem.

4.22 Os recipientes devem trazer no seu corpo, bem legível, as seguin-tes identificações:

a) nome do produto: “Tinta para Sinalização Horizontal Rodoviária”;

b) nome comercial e/ou numeração;

c) cor da tinta : branca ou amarela;

d) referência quanto à natureza química da resina;

e) data da fabricação;

f) prazo de validade;

g) identificação da partida de fabricação;

h) nome e endereço do fabricante;

i) quantidade contida no recipiente, em litros.

4.23 Os recipientes devem encontrar-se em bom estado de conserva-ção.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Requisitos quantitativos

A tinta deve estar conforme a Tabela 1.

Page 35: Dnit -Estradas

5.2 Requisitos qualitativos

A tinta deve estar conforme a Tabela 2.

6 INSPEÇÃO

6.1 Inspeção visual de recipientes

Deve ser feita em conformidade com a Norma DNER-PRO 231/94.

6.2 Amostragem

Deve ser feita em conformidade com a Norma DNER-PRO 104/94.

6.3 Ensaios de laboratório

6.3.1 Os requisitos quantitativos e qualitativos, expressos nas Tabelas 1 e 2, são determinados através de ensaios de laboratório das amostras recebidas.

6.3.2 Os ensaios específicos, a serem aplicados nas determinações dos requisitos, estão referidos na seção 2.

6.3.3 A exclusivo critério do DNER, podem ser dispensados um ou mais ensaios para o recebimento ou homologação da tinta.

6.3.4 Ensaios especiais poderão ser realizados em amostras enviadas pelo DNER, em laboratórios credenciados, às expensas do responsável pelo material.

7 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

7.1 Cabe ao DNER aceitar ou rejeitar total ou parcialmente o material de início, à vista dos resultados de inspeção visual de recipientes (ver 6.1), independentemente da realização de ensaios de laboratório.

7.2 As partidas de material que satisfizerem às Condições Gerais e Es-pecíficas (seções 4 e 5) desta Norma devem ser aceitas; caso contrário, rejeitadas.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 369/97

Emulsões asfálticas catiônicas

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para emulsões asfálticas catiônicas, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no recebimento e aceitação do material em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar as condições exigíveis para emulsões asfálticas catiônicas para lama asfáltica.

2 REFERÊNCIAS

Para entendimento desta Norma deverão ser consultados os documen-tos seguintes:

a) DNER-ME 002/94 - Emulsão asfáltica – carga da partícula;

Page 36: Dnit -Estradas

b) DNER-ME 003/94 - Materiais betuminosos - determinação da pene-tração;

c) DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração;

d) DNER-ME 006/94 - Emulsão asfáltica - determinação da sedimenta-ção;

e) DNER-ME 007/94 - Emulsão asfáltica - determinação da ruptura - método da mistura com cimento;

f) DNER-ME 008/94 - Emulsão asfáltica - determinação da ruptura - método de mistura com filer silícico;

g) DNER-ME 010/94 - Cimentos asfálticos de petróleo - determinação do teor de betume;

h) DNER-ME 059/94 - Emulsões asfálticas - determinação da resistên-cia à água (adesividade);

i) DNER-ME 063/94 - Emulsões asfálticas catiônicas - determinação da desemulsibilidade;

j) DNER-ME 149/94 - Emulsões asfálticas - determinação do pH;

l) DNER-ME 163/94 - Materiais betuminosos - determinação da ductibi-lidade;

m) ABNT MB - 581/71 - Viscosidade “Saybolt-Furol” de emulsões asfál-ticas;

n) ABNT NB-174/72 - Amostragem de petróleo e produtos derivados.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a seguinte definição.

Emulsão asfáltica catiônica - sistema constituído pela dispersão de uma fase asfáltica em uma fase aquosa, ou então de uma fase aquosa dispersa em uma fase asfáltica, apresentando carga positiva de partícula.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 As emulsões asfálticas catiônicas têm os símbolos RR, RM e RL, seguidos de uma indicação e da letra C, conforme sua ruptura, viscosidade “Saybolt-Furol” e teor de solvente.

4.2 As emulsões asfálticas catiônicas são classificadas pela sua ruptu-ra, viscosidade “Saybolt-Furol”, teor de solvente e resíduo da destilação nos 5 (cinco) tipos seguintes:

a) RR-1C e RR-2C - Emulsões asfálticas catiônicas de ruptura rápida;

b) RM-1C e RM-2C - Emulsões asfálticas catiônicas de ruptura média;

c) RL-1C - Emulsão asfáltica catiônica de ruptura lenta.

4.3 As emulsões asfálticas, a que se refere esta Especificação, devem ser homogêneas. Elas não devem apresentar separação da fase asfáltica após uma vigorosa agitação, dentro de 30 (trinta) dias da data do carrega-mento.

4.4 A unidade de compra é o quilograma.

4.5 Por ocasião da tomada de preços o comprador indicará o tipo de emulsão, a natureza de acondicionamento, bem como local e condições de entrega.

4.6 Cada unidade de acondicionamento deve trazer indicação clara da sua procedência, do tipo e da quantidade do seu conteúdo.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

As condições específicas do material estão expressas na Tabela ane-xa.

Page 37: Dnit -Estradas

6 INSPEÇÃO

Efetuada a entrega do material, cabe ao comprador:

6.1 Controle do material

6.1.1 Verificar se a quantidade fornecida e a natureza do acondiciona-mento correspondem ao estipulado.

6.1.2 Rejeitar a parte do fornecimento que se apresentar em mau esta-do de acondicionamento.

6.1.3 Notificar o fornecedor para providenciar a substituição do material rejeitado.

6.1.4 Retirar amostra de acordo com a ABNT NB - 174/72.

6.1.5 Remeter a amostra, devidamente autenticada, a um laboratório aparelhado para os ensaios de recebimento.

6.1.6 A amostra deve ser embalada e estocada em um recipiente lim-po, perfeitamente vedado de maneira a impedir contato com o exterior, a uma temperatura mínima de 4,5ºC, até ser ensaiada.

6.2 Aceitação e rejeição

6.2.1 A amostra submetida aos ensaios especificados deverá satisfazer as condições da Tabela , constante desta Especificação.

6.2.2 A vista dos resultados da inspeção e independente de qualquer ensaio, o comprador pode rejeitar o fornecimento, total ou parcial, caso não atenda ao prescrito em 6.1.1.

6.2.3 Caso todos os resultados dos ensaios preencham as exigências desta Norma, o fornecimento será aceito. Deverá ser rejeitado se um ou mais resultados não atenderem ao especificado na Tabela.

Especificação de Material - DNER-EM 370/97

Defensas metálicas de perfis zincados

RESUMO

Este documento define as características exigíveis para defensas me-tálicas de perfis zincados para rodovias, bem como os critérios a serem adotados na aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no recebimento e aceitação do material em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar os requisitos básicos e essenciais exigíveis no recebimento de defensas metálicas de perfis zincados.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser a consultados os do-cumentos seguintes:

a) DNER-ES 144/85 - Defensas metálicas;

b) ABNT NBR-5425/85 - Guia para inspeção por amostragem no con-trole e certificação da qualidade - procedimento;

c) ABNT NBR-5426/85 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos - procedimento;

d) ABNT NBR-5871/85 - Arruela lisa de uso em parafuso sextavado es-trutural - dimensões e material;

e) ABNT NBR-6152/92 - Materiais metálicos - determinação das propri-edades mecânicas à tração - método de ensaio;

f) ABNT NBR-6153/88 - Produto metálico - ensaio de dobramento se-miguiado;

g) ABNT NBR-6323/90 - Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente - especificação;

h) ABNT NBR-6650/86 - Chapas finas a quente de aço-carbono para uso estrutural - especificação;

i) ABNT NBR-6971/82 - Defensas - procedimento;

j) ABNT NBR-6974/81 - Sistemas e dispositivos de segurança para contenção de veículos desgovernados - terminologia;

l) ABNT NBR-7013/81 - Chapas de aço-carbono zincadas por imersão a quente – requisitos gerais - padronização;

m)ABNT NBR-7397/90 - Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente - determinação da massa do revestimento por unidade de área - método de ensaio;

n) ABNT NBR-7398/91 - Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente - verificação da aderência do revestimento - método de ensaio;

o) ABNT NBR-7399/90 - Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente - verificação da espessura do revestimento por processo não-destrutivo - método de ensaio;

p) ABNT NBR-7400/90 - Produto de aço ou ferro fundido - verificação do revestimento de zinco - verificação da uniformidade do revestimento - método de ensaio;

q) ABNT NBR-7414/82 - Zincagem por imersão a quente - terminologia;

r) ABNT NBR-8855/84 - Elementos de fixação - parafusos - caracterís-ticas mecânicas;

s) ABNT NBR-10062/86 - Porcas com valores de cargas específicas - características mecânicas dos elementos de fixação.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.8.

3.1 Defensa metálica - é o dispositivo de proteção, contínuo, deformá-vel, com forma, resistência e dimensões capazes de absorção gradativa da energia cinética e redirecionamento de veículos desgovernados.

3.2 Defensa simples - a que dispõe de uma guia de deslizamento.

3.3 Defensa dupla - a que dispõe de duas guias de deslizamento, mon-tadas sobre uma única linha de elementos de sustentação.

3.4 Guia de deslizamento - é a superfície da defensa, simples ou dupla, destinada a receber o impacto e redirecionar o veículo.

3.5 Corpo - é a parte da defensa, cuja guia de deslizamento possui al-tura constante com o greide do pavimento.

3.6 Ancoragem - é o trecho inicial ou final da defensa, firmemente fixa-do ao terreno pela extremidade.

3.7 Estrutura de suporte - é o conjunto de peças que mantém a guia de deslizamento em altura e alinhamento definidos na DNER-ES 144.

3.8 Módulo - é o conjunto completo de peças para construção de 4,00 m úteis de defensa.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Todas as peças da defensa devem ser dimensionadas com estrita observância à uniformidade e facilidade de montagem.

4.2 O transporte e armazenamento das peças da defensa deverão ser efetuados de modo a não provocarem danos ao revestimento.

4.3 As peças devem ter uniformidade de camada de zinco, livre de á-reas não revestidas, mancha, bolhas e rugosidades que prejudiquem a resistência à corrosão.

4.4 Os ensaios de qualidade do material e revestimento serão efetua-dos nas peças que constituem os elementos da defensa, após a fabricação das mesmas.

4.5 Cada lote de material deve ser acompanhado de certificado expe-dido pelo fabricante das peças, contendo:

a) propriedades mecânicas;

b) dimensões;

c) identificação do fabricante;

d) número do lote de entrega.

4.6 Se for de interesse do consumidor acompanhar durante a fabrica-ção, a inspeção e os ensaios, das peças componentes da defensa, o produ-tor deve conceder todas as facilidades necessárias e suficientes à verifica-ção, sem que haja interrupção do processamento ou atraso na produção.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Os perfis de aço conformado que constituem as guias de desliza-mento, postes, espaçadores, calços e cintas, devem estar de acordo com ABNT NBR-6650, quanto às propriedades mecânicas a seguir relacionadas, obedecendo as seguintes características principais (Tabela 1).

Page 38: Dnit -Estradas

5.2 Os parafusos, porcas e arruelas devem ser de aço de acordo com a

ABNT NBR-8855 classe 4.6, ABNT NBR-10062 classe 5 e ABNT NBR-5871, respectivamente.

5.3 Todos os componentes metálicos das defensas devem ser zinca-dos por imersão a quente, para proteção contra corrosão, de acordo com ABNT NBR-6323.

5.4 A zincagem deve proporcionar um revestimento mínimo de 350g/m2, com uma espessura mínima de 50 micrômetros, em cada face revestida.

5.5 A forma, dimensões, tolerâncias e características de todos os ele-mentos constituintes do conjunto da defensa, especificados na ABNT NBR-6971, são suficientes para proporcionar a montagem da defensa com todos os elementos previstos de ligação, assegurando a formação de conjunto com capacidade de máxima absorção de energia cinética, sem verificar rompimentos ou projeções de fragmentos.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

A inspeção para fins de aceitação do material deve observar os proce-dimentos de 6.1.1 a 6.1.10.

6.1.1 Para controle dimensional das peças, as amostras devem ser reti-radas em número de 6, para cada lote de 300 peças. As amostras assim retiradas devem ser examinadas por processos convencionais ou por gabaritos passa-não-passa.

6.1.2 A cada 300 peças fabricadas, de um mesmo tipo (guias de desli-zamento, postes, espaçadores e cintas) uma será utilizada para ensaios destrutivos de tração e dobramento, conforme as normas NBR-6152 e NBR-6153.

6.1.3 Os ensaios de revestimento nos perfis de aço conformado, de-vem ser feitos pela verificação da espessura do revestimento por processo não destrutivo, de acordo com NBR-7399, e/ou pelo ensaio destrutivo para determinação da massa do revestimento por unidade de área - NBR-7397. O ensaio destrutivo deve ser utilizado sempre que ocorram dúvidas ou falta de confiabilidade nas leituras dos aparelhos de medição não destrutiva.

6.1.4 Para o ensaio destrutivo, os corpos de prova das guias de desli-zamento devem ter a superfície entre 25 cm² e 100 cm² e devem ser retira-dos um do centro e outros dois em posições diagonalmente opostas, distan-tes 50 mm da borda lateral e 100 mm da extremidade, conforme Figura 1. Para os demais componentes, apenas um corpo-de-prova da parte central será suficiente.

6.1.5 A amostragem deve estar de acordo com a Tabela 2.

Tabela 2 - Revestimento

6.1.6 A uniformidade da camada de zinco deve ser verificada pelo en-saio de Preece.

6.1.7 A verificação da aderência do revestimento deve ser feita pelo ensaio de dobramento, de acordo com a ABNT NBR-7398.

6.1.8 Para os ensaios de uniformidade e aderência do revestimento, as amostras devem ser retiradas na proporção de uma peça para cada lote de 300 peças com a superfície de acordo com o item 6.1.4.

6.1.9 O revestimento de parafusos, porcas e arruelas deve ser verifica-do através do ensaio de Preece. A amostragem deve ser realizada de acordo com a ABNT NBR-5426, sendo o nível geral de inspeção, o II, e o plano de amostragem, o simples atemado.

6.1.10 As defensas são fornecidas em função do seu comprimento, sendo o metro a unidade empregada.

6.2 Aceitação e rejeição

6.2.1 Quanto às dimensões das peças

6.2.1.1 O critério de aceitação ou rejeição do lote deve ser baseado na NBR-5425 da ABNT, regime de inspeção atenuada, NQA 1%.

6.2.1.2 O lote rejeitado poderá ser reapresentado para inspeção após a correção das deficiências verificadas. A amostragem do lote reapresentado seguirá o regime de inspeção normal.

6.2.1.3 As peças defeituosas encontradas durante a montagem devem ser devolvidas ao fabricante, desde que esta condição adicional ao método estatístico de controle adotado, conforme o item 6.1.1, conste das exigên-cias do fornecimento.

6.2.2 Propriedades mecânicas

6.2.2.1 Se o resultado de um ensaio for insatisfatório devido a uma fa-lha técnica ou a um defeito do corpo-de-prova, tal resultado deve ser aban-donado e o ensaio repetido.

6.2.2.2 Se algum corpo-de-prova não satisfizer aos requisitos do grau solicitado, dois novos corpos-de-prova devem ser retirados e realizados novos ensaios, os quais devem satisfazer integralmente as propriedades especificadas. Se um destes ensaios não satisfizer, o lote deve ser rejeita-do.

6.2.2.3 Todo material que não se apresentar de acordo com esta Espe-cificação, após seu recebimento ou durante a sua utilização, deve ser separado e o fornecedor notificado. Se o material não satisfizer às exigên-cias, deve ser rejeitado e substituído.

6.2.3 Revestimento

6.2.3.1 Se a espessura de revestimento não satisfizer o mínimo reque-rido, duas amostras devem ser tomadas do mesmo lote, para novos ensai-os.

6.2.3.2 A zincagem, no ensaio de Preece, deve suportar um mínimo de seis imersões para os perfis de aço conformado e quatro imersões para parafusos, porcas e arruelas sem apresentar sinais de depósito de cobre. Se o resultado do ensaio não satisfizer o mínimo requerido, devem ser retiradas duas amostras do mesmo lote, para novos ensaios.

6.2.3.3 O material do revestimento, no ensaio de dobramento, não de-ve separar-se do metal base ao se esfregar o dedo sobre ele. Caso ocorra

Page 39: Dnit -Estradas

separação, devem ser tomadas duas amostras do mesmo lote para novos ensaios.

6.2.3.4 Nos casos acima, se do mesmo lote um dos corpos-de-prova da 2ª verificação não satisfizer o especificado, o lote deve ser rejeitado, po-dendo ser reapresentado após nova zincagem.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 371/2000

Tinta para sinalização horizontal rodoviária à base de resina esti-reno-acrilato e/ou estireno-butadieno

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para tinta para sinalização horizontal rodoviária à base de resina estireno-acrilato ou estirenobutadieno, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma foi elaborada pelas equipes da Divisão de Pesquisas e De-senvolvimento (DPqD) e da Divisão de Capacitação Tecnológica (DCTec) do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR), estando de acordo com a norma DNER-PRO 101/97, e cancela e substitui a versão anterior DNER-EM 371/99.

1 OBJETIVO

Fixar os requisitos básicos e essenciais exigíveis na homologação e no recebimento de tinta para sinalização horizontal rodoviária à base de resina estireno-acrilato e/ou estireno-butadieno, de secagem física por evaporação do solvente, fornecido separadamente das microesferas de vidro.

2 REFERÊNCIAS

Para entendimento desta Norma deverão ser consultados os documen-tos seguintes:

a) DNER-EM 373/2000 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para si-nalização horizontal rodoviária;

b) DNER-ME 018/94 - Tinta para demarcação viária - verificação do sangramento no asfalto;

c) DNER-ME 018/94 - Tinta para demarcação viária - verificação do sangramento no asfalto;

d) DNER-ME 018/94 - Tinta para demarcação viária - verificação do sangramento no asfalto;

e) DNER-ME 019/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da flexibilidade;

f) DNER-ME 020/94 - Tinta para demarcação viária - resistência à á-gua;

g) DNER-ME 028/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da consistência;

h) DNER-ME 038/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da estabilidade na armazenagem;

i) DNER-ME 139/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da aderência;

j) DNER-ME 183/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da cor;

k) DNER-ME 184/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da estabilidade na diluição;

l) DNER-ME 185/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da formação de nata;

m) DNER-ME 186/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do tempo de secagem “no pick-up time”;

n) DNER-ME 190/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da massa específica;

o) DNER-ME 233/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do cromato de chumbo no pigmento;

p) DNER-ME 234/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da resistência ao calor;

q) DNER-ME 235/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do teor de substâncias voláteis e não voláteis;

r) DNER-ME 236/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do brilho;

s) DNER-ME 237/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do teor de pigmento;

t) DNER-ME 238/94 - Tinta para demarcação viária - determinação do dióxido de titânio no pigmento;

u) DNER-ME 239/94 - Tinta para demarcação viária - determinação da resistência à abrasão;

v) DNER-ME 240/94 - Tinta para demarcação viária - determinação qualitativa de breu;

w) DNER-PRO 104/94 - Amostragem da tinta para demarcação viária;

x) DNER-PRO 231/94 - Inspeção visual de recipientes com tinta para demarcação viária;

y) DNER-PRO 250/94 - Cálculo do veículo total e veículo não volátil em tinta para demarcação viária.

3 DEFINIÇÃO

3.1 A tinta consiste de uma mistura bem proporcionada de resina, pig-mentos e cargas, solventes e aditivos, formando um produto líquido com características termoplásticas, de secagem física, sem reações prejudiciais ao revestimento e deve estar apto ou susceptível à adição de microesferas de vidro “premix” (tipo I B).

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 A tinta deve ser fornecida para uso em superfície betuminosa ou de concreto de cimento Portland.

4.2 A tinta, logo após a abertura do recipiente, não deve apresentar se-dimentos, nata e grumos, que não possam ser facilmente redispersos por agitação manual, após a qual deve apresentar aspecto homogêneo.

4.3 A tinta deve ser apresentada nas cores branco-neve e amarela, de acordo com o especificado na Tabela 2.

4.4 A tinta deve estar apta a ser aplicada, nas seguintes condições:

a) temperatura entre 10oC e 40oC;

b) umidade relativa do ar até 90%;

c) temperatura superficial da pista de rolamento, no máximo de 60oC.

4.5 A tinta deve ter condições para ser aplicada por máquinas apropri-adas e vir na consistência especificada, sem adição de aditivos. No caso de adição de microesfera de vidro “premix” (tipo I B) pode ser adicionado, no máximo, 5% (cinco por cento) em volume de solvente sobre a tinta, compa-tível com a mesma, para acerto da consistência.

4.6 A tinta deve estar apta ou susceptível à adição de microesferas de vidro.

4.7 No caso de serem exigidas microesferas de vidro, a sua aplicação deve ser feita na proporção de:

a) “premix” (tipo I B) - 200g/l a 250g/l;

b) “drop-on” (tipo II A) - mínimo de 160g/m2;

c) Sistema de dupla aspersão

“drop-on” (tipo F) – 1/3 de “drop-on” (alínea “b”).

“drop-on” (tipo G) – 2/3 de “drop-on” (alínea “b”).

4.8 No caso de serem exigidas microesferas de vidro “drop-on” (tipo F) a sua aplicação deve ser feita mecânica e simultaneamente com a tinta, na proporção especificada.

4.9 No caso de serem exigidas microesferas de vidro, sistema de dupla aspersão, a sua aplicação deve ser feita mecanicamente, utilizando dois bicos espargidores, alinhados, independentes, para aplicação dos dois materiais, nas proporções especificadas, de forma a haver a mistura dos dois tipos de microesferas exatamente no momento da sua aplicação sobre a faixa demarcada. As microesferas do tipo G devem fluir através do espar-gidor mais próximo do bico de aplicação da tinta.

4.10 A espessura úmida de tinta a ser aplicada deve ser de 0,4mm e ser obtida de uma só passada da máquina sobre o revestimento.

4.11 A tinta, quando aplicada na quantidade especificada, deve recobrir perfeitamente o revestimento e permitir a liberação do tráfego a partir de 30 minutos após aplicação.

4.12 A tinta deve manter integralmente a sua coesão e cor, após sua aplicação sobre superfície betuminosa ou de concreto de cimento Portland.

4.13 As microesferas de vidro devem satisfazer à especificação de mi-croesferas de vidro retrorrefletivas para sinalização horizontal rodoviária - DNER-EM 373/2000.

4.14 A tinta aplicada, após secagem física total, deve apresentar plasti-cidade e características de adesividade às microesferas de vidro e ao revestimento, produzir película seca, fosca, de aspecto uniforme, sem

Page 40: Dnit -Estradas

apresentar fissuras, gretas ou descascamento durante o período de vida útil, que deve ser, no mínimo, de um ano.

4.15 A tinta, quando aplicada sobre superfície betuminosa, não deve apresentar sangramento, nem exercer qualquer ação que danifique o revestimento.

4.16 A tinta não deve modificar as suas características, ou deteriorar-se, quando estocada por um período mínimo de 6 meses, após a data de entrega do material.

4.17 Podem ser empregados aditivos na tinta, em quantidades suficien-tes para produzir uma perfeita dispersão e suspensão dos componentes sólidos no líquido; o agente ligante (resina sólida)

deve se enquadrar nas características da resina estireno-acrilato e/ou estireno-butadieno.

4.18 A tinta de ser susceptível de rejuvenescimento mediante aplicação de nova camada.

4.19 A tinta, após aplicada, deve apresentar ótimas condições de apa-rência durante o dia, visibilidade noturna e durabilidade.

4.20 A unidade de compra é o litro.

4.21 Salvo combinação em contrário, entre o DNER e o fornecedor, a tinta deve ser fornecida embalada em recipientes metálicos, cilíndricos, possuindo tampa removível com diâmetro igual ao da embalagem.

4.22 Os recipientes devem trazer no seu corpo, bem legível, as seguin-tes identificações:

a) nome do produto: “Tinta para Sinalização Horizontal Rodoviária”;

b) nome comercial e/ou numeração;

c) cor da tinta : branca ou amarela;

d) referência quanto à natureza química da resina;

e) data da fabricação;

f) prazo de validade;

g) identificação da partida de fabricação;

h) nome e endereço do fabricante;

i) quantidade contida no recipiente, em litros.

4.23 Os recipientes devem encontrar-se em bom estado de conserva-ção.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Requisitos quantitativos

A tinta deve estar conforme a Tabela 1.

5.2 Requisitos qualitativos

A tinta deve estar conforme a Tabela 2.

6 INSPEÇÃO

6.1 Inspeção visual de recipientes

Deve ser feita em conformidade com a Norma DNER-PRO 231/94.

6.2 Amostragem

Page 41: Dnit -Estradas

Deve ser feita em conformidade com a Norma DNER-PRO 104/94.

6.3 Ensaios de laboratório

6.3.1 Os requisitos quantitativos e qualitativos, expressos nas Tabelas 1 e 2, são determinados através de ensaios de laboratório das amostras recebidas.

6.3.2 Os ensaios específicos, a serem aplicados nas determinações dos requisitos, estão referidos na seção 2.

6.3.3 A exclusivo critério do DNER, podem ser dispensados um ou mais ensaios para o recebimento ou homologação da tinta.

6.3.4 Ensaios especiais poderão ser realizados em amostras enviadas pelo DNER, em laboratórios credenciados, às expensas do responsável pelo material.

7 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

7.1 Cabe ao DNER aceitar ou rejeitar total ou parcialmente o material de início, à vista dos resultados de inspeção visual de recipientes (ver 6.1), independentemente da realização de ensaios de laboratório.

7.2 As partidas de material que satisfizerem às Condições Gerais e Es-pecíficas (seções 4 e 5) desta Norma devem ser aceitas; caso contrário, rejeitadas.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 372/2000

Material termoplástico para sinalização horizontal rodoviária

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para material termoplástico para sinalização horizontal rodoviária, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma foi elaborada pelas equipes da Divisão de Pesquisas e De-senvolvimento (DPqD) e da Divisão de Capacitação Tecnológica (DCTec) do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR), estando de acordo com a norma DNER-PRO 101/97, e cancela e substitui a versão anterior DNER-EM 372/99.

1 OBJETIVO

Fixar os requisitos básicos e essenciais para a homologação e o rece-bimento de materiais termoplásticos retrorrefletivos empregados na sinali-zação horizontal rodoviária, aplicados à quente por aspersão (spray) ou extrusão (extrudado).

2 REFERÊNCIAS

Para o melhor entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

a) DNER-EM 373/2000 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para si-nalização horizontal rodoviária;

b) DNER-ME 243/94 - Material termoplástico para demarcação viária - determinação da densidade relativa;

c) DNER-ME 246/94 – Material termoplástico para demarcação viária – determinação da resistência à luz.

d) DNER-ME 247/94 – Material termoplástico para demarcação viária - determinação do ponto de amolecimento (método do anel e bola);

e) DNER-PRO 132/94 - Inspeção visual de embalagens de microesfe-ras de vidro retrorrefletivas.

f) DNER-ME 246/94 – Material termoplástico para demarcação viária - determinação da resistência à luz.

3 DEFINIÇÃO

3.1 Material termoplástico consiste de uma composição em que estão misturados, em proporções convenientes, um elemento aglutinante (resinas naturais e/ou sintéticas), um material inerte (partículas granulares minerais), um agente plastificante (óleo mineral), pigmentos, agentes dispersores e microesferas de vidro.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 O material termoplástico deve apresentar boas condições de traba-lho e suportar temperaturas

de até 80oC, sem sofrer deformações.

4.2 Deve aderir firmemente ao revestimento, não se destacando deste, em conseqüência de

esforços provenientes do tráfego ou do intemperismo.

4.3 Deve ser inerte às intempéries.

4.4 Deve ser passível de remoção intencional, sem ocasionar danos significativos ao revestimento.

4.5 Não deve ter ação desagregadora ou destrutiva do revestimento.

4.6 Deve ser resistente à ação do óleo diesel.

4.7 Quando aplicado sobre o revestimento de concreto, deve ser pre-cedido de uma pintura de ligação.

4.8 Depois de aplicado, deve permitir a liberação ao tráfego em, no máximo, 5 minutos.

4.9 Deve manter integralmente a sua coesão e cor, após a aplicação no revestimento.

4.10 O material assim definido, uma vez aquecido à temperatura de a-plicação, não deve desprender fumos ou gases tóxicos que possam causar danos a pessoas ou propriedades. Deve conservar a sua estabilidade quando submetido a no máximo 4 ciclos de aquecimento à temperatura de aplicação, e resfriamento até a temperatura ambiente.

4.11 As microesferas de vidro devem atender as exigências da DNER-EM 373/2000.

4.12 As partículas granulares utilizadas no material termoplástico de-vem ser de talco, dolomita, calcita, quartzo e microesferas de vidro “inner-mix” (tipo I A).

4.13 Para o material de cor amarela, o pigmento a ser utilizado deve ser o cromato de chumbo ou o sulfeto de cádmio, e para a cor branca, deve ser o dióxido de titânio rutilo (mínimo de 90% de pureza). Os pigmentos empregados devem assegurar uma qualidade de resistência à luz e ao calor, tal que a tonalidade do produto, depois de aplicado, permaneça inalterada.

4.14 O material termoplástico deve ser fornecido em sacos multifolha-dos, de papel ou plásticos, em embalagem padronizada, a qual deve apre-sentar, em padrão visível:

a) nome e endereço do fabricante;

b) nome do produto: “Material termoplástico para Sinalização Horizontal Rodoviária”;

c) cor do material;

d) identificação da partida de fabricação;

e) data de fabricação;

f) máxima temperatura de aquecimento;

g) quantidade em kg;

h) nome comercial e/ou numeração;

i) referência quanto à natureza química da resina.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 O teor do agente ligante deve estar compreendido entre um mínimo de 18% e um máximo de 24%, em relação à massa do material.

5.2 O dióxido de titânio, usado como pigmento para o termoplástico de cor branca, deve participar da composição final do produto num teor mínimo de 10%, em massa. Para o termoplástico de cor amarela o pigmento de cromato de chumbo deve ser de 2% no mínimo em massa, na mistura, e o sulfeto de cádmio de no mínimo 1%.

5.3 O teor de partículas granulares, pigmentos e microesferas de vidro deve estar entre um mínimo de 76% e um máximo de 82%, em relação à massa do material.

5.4 O ponto de amolecimento do material termoplástico não deve ser inferior a 80oC e não deve ser superior a 110oC, quando determinado pelo método DNER-ME 247/94.

5.5 A densidade relativa a 25oC/25oC do material termoplástico deve situar-se entre 1,85 e 2,25, quando determinada pelo método DNER-ME 243/94.

5.6 O material termoplástico não deve apresentar índice de desliza-mento maior que 5%.

5.7 O material termoplástico não deve apresentar desgaste superior a 0,4 g, quando submetido a 200 revoluções no Abrasômetro Taber a 25oC, utilizando rodas calibradas H-22 carregadas com 500g.

5.8 A incorporação das microesferas de vidro ao material termoplástico é feita obedecendo a duas fases distintas:

a) “Innermix” (tipo I A) - 18% a 22% em massa da composição final do produto;

Page 42: Dnit -Estradas

b) “Drop-on” (tipo F) - 300 g/m² a 600 g/m2;

c) Sistema de dupla aspersão “drop-on” (tipo F) – 1/3 de “drop-on” (alí-nea “b”).

“drop-on” (tipo G) – 2/3 de “drop-on” (alínea “b”).

5.9 No caso de serem exigidas microesferas de vidro, sistema de dupla aspersão, a sua aplicação deve ser feita mecanicamente, utilizando dois bicos espargidores, alinhados, independentes, para aplicação dos dois materiais, nas proporções especificadas, de forma a haver a mistura dos dois tipos de microesferas exatamente no momento da sua aplicação sobre a faixa demarcada. As microesferas do tipo G devem fluir através do espar-gidor mais próximo do sistema de aplicação do termoplástico.

5.10 A espessura do material termoplástico deve ser:

Sistema extrusão - 3mm

Sistema spray - 1,5mm

5.11 A cor do material termoplástico branco, deve ser N 9,5 com tole-rância N 9,0 (notação Munsell Highway).

5.12 A cor do material termoplástico amarelo deve ser 10 YR 7,5/14 e suas tolerâncias exceto notação Munsell 2,0 Y 7,5/14 e 10 YR 6,5/14.

5.13 O material termoplástico deve apresentar resistência à luz satisfa-tória quando ensaiado de acordo com método DNER-ME 246/94.

5.14 A unidade de compra é o quilograma.

6 INSPEÇÃO

6.1 Inspeção visual de recipientes

Deve ser feita em conformidade com a Norma DNER-PRO 132/94.

6.2 A exclusivo critério do DNER, podem ser dispensados um ou mais ensaios previstos na seção 5.

6.3 Ensaios especiais poderão ser realizados em amostras enviadas pelo DNER, a laboratórios credenciados, às expensas do responsável pelo material.

7 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

7.1 Cabe ao DNER aceitar ou rejeitar total ou parcialmente o material de início, à vista dos resultados de inspeção visual de recipientes (ver 6.1), independentemente da realização de ensaios.

7.2 O material é aceito quando atender as exigências desta Especifica-ção; caso contrário, será rejeitado.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 373/2000

Microesferas de vidro retrorrefletivas para sinalização horizontal rodoviária

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para microesfe-ras retrorrefletivas de vidro para sinalização horizontal rodoviária, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma foi elaborada pelas equipes da Divisão de Pesquisas e De-senvolvimento (DPqD) e da Divisão de Capacitação Tecnológica (DCTec) do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR), estando de acordo com a norma DNER-PRO 101/97, e cancela e substitui a versão anterior DNER-EM 373/99.

1 OBJETIVO

Fixar os requisitos básicos e essenciais exigíveis na homologação e no recebimento de microesferas destinadas ao uso em tintas e materiais termoplásticos para sinalização horizontal rodoviária.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-ME 011/94 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para de-marcação viária - verificação da resistência à solução de cloreto de cálcio;

b) DNER-ME 013/94 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para de-marcação viária - determinação da massa específica;

c) DNER-ME 014/94 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para de-marcação viária - determinação da resistência ao ácido clorídrico;

d) DNER-ME 015/94 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para de-marcação viária – resistência à umidade;

e) DNER-ME 022/94 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para de-marcação viária - determinação da resistência à solução de sulfeto de sódio;

f) DNER-ME 023/94 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para demar-cação viária - determinação da resistência à água;

g) DNER-ME 057/94 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para de-marcação viária - determinação do teor de sílica;

h) DNER-ME 058/94 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para de-marcação viária - determinação da granulometria;

i) DNER-ME 110/94 - Microesferas de vidro retrorrefletivas - avaliação do índice de refração;

j) DNER-PRO 132/94 - Inspeção visual de embalagens de microesferas de vidro retrorrefletivas;

l) DNER-PRO 251/94 - Microesferas de vidro retrorrefletivas para de-marcação viária - amostragem.

3 DEFINIÇÃO

3.1 Microesferas de vidro para sinalização horizontal rodoviária são e-lementos esféricos de vidro incolor com características fixadas nesta Nor-ma, com diâmetro máximo de 1000__ m, para serem adicionadas a materi-ais de sinalização horizontal viária, a fim de produzir retrorrefletorização da luz incidente.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 As microesferas de vidro classificam-se em:

4.1.1 “Innermix” (tipo I A)

São aquelas incorporadas às massas termoplásticas, durante sua fa-bricação, de modo a permanecerem internas à película aplicada, permitindo a retrorrefletorização, apenas após o desgaste da superfície da película, quando as microesferas de vidro tornam-se expostas.

4.1.2 “Premix” (tipo I B)

São aquelas incorporadas à tinta antes da sua aplicação, de modo a permanecerem internas à película aplicada, sendo que após o desgaste da superfície tornam-se expostas, permitindo retrorrefletorização .

4.1.3 “Drop-on” (tipos F e G)

São aquelas aplicadas por aspersão, concomitantemente com a tinta ou o material termoplástico, de modo a permanecerem na superfície da película, permitindo imediata retrorrefletorização ao material de sinalização horizontal .

4.2 As amostras de microesferas de vidro devem ser coletadas de a-cordo com a Norma DNER-PRO 251/94.

4.3 As microesferas de vidro devem ser fabricadas com vidro de alta qualidade do tipo soda-cal, e não devem conter chumbo, sendo essa impu-reza limitada a 0,01% da massa total.

4.4 Eventualmente, as microesferas de vidro do tipo F podem receber um revestimento químico para melhorar algumas características como: aderência a cada tipo de resina, reforço das tintas e termoplásticos, aumen-to da retrorrefletividade inicial e aumento de fluidez durante sua utilização.

4.5 As microesferas do tipo G devem receber um revestimento para melhorar a sua aderência, e podem ser aplicadas concomitantemente com as microesferas do tipo F para melhorar a retrorrefletorização das marca-ções, sem que seja dispensada a utilização das microesferas do tipo

I B, para tintas.

4.6 A unidade de acondicionamento das microesferas de vidro é o saco de 25kg. Os sacos de papel

ou juta devem ter internamente um saco de polietileno.

4.7 As embalagens devem ser identificadas externamente com as in-formações a seguir:

a) microesferas de vidro, tipo (classificação);

b) especificação: número desta Norma/ano;

c) nome e endereço do fabricante;

d) identificação da partida de fabricação;

e) data de fabricação;

f) quantidade de microesferas contidas, em quilograma;

g) havendo revestimento químico, caracterizá-lo.

4.8 A unidade de compra é o quilograma.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

Page 43: Dnit -Estradas

As microesferas devem atender aos requisitos especificados nos itens 5.1 a 5.11.

5.1 Resistência à solução de cloreto de cálcio - Quando ensaiadas con-forme DNER-ME 011/94, não devem apresentar superfície embaçada.

5.2 Resistência ao ácido clorídrico - Quando ensaiadas conforme DNER-ME 014/94, não devem apresentar superfície embaçada.

5.3 Resistência à umidade - Quando ensaiadas conforme DNER-ME 015/94, devem fluir ou escoar livremente, sem interrupção, no funil de vidro utilizado no ensaio.

5.4 Resistência à água - Quando ensaiadas conforme DNER-ME 023/94, não devem apresentar superfície embaçada, e não devem gastar mais do que 4,5ml de HCl 0,10 N para neutralização da solução.

5.5 Resistência à solução de sulfeto de sódio - Quando ensaiadas con-forme DNER-ME 022/94, não devem apresentar superfície embaçada.

5.6 Teor de sílica - Quando ensaiadas conforme DNER-ME 057/94, não devem apresentar teor de sílica menor do que 65%.

5.7 Aparência e defeitos - Devem ser limpas, claras, redondas, incolo-res e isentas de defeitos e de matérias estranhas. No máximo 3% em massa podem ser quebradas ou conter partículas de vidro não fundidos e elementos estranhos, e, no máximo 30% em massa, podem ser fragmentos ovóides, deformados, geminados ou com bolhas gasosas.

5.8 Índice de refração - Não devem ter índice de refração menor do que 1,50, quando ensaiadas conforme DNER-ME 110/94.

5.9 Massa específica - Devem ter massa específica entre 2,3g/cm3 e 2,6g/cm3, quando ensaiadas conforme DNER-ME 013/94.

5.10 Granulometria - As microesferas, conforme sua classificação, de-vem apresentar as faixas granulométricas da Tabela 1, quando ensaiadas conforme DNER-ME 058/94.

5.11 A unidade de compra é o quilograma.

6 INSPEÇÃO

6.1 Inspeção visual de recipientes

Deve ser feita em conformidade com a Norma DNER-PRO 132/94.

6.2 Amostragem

Deve ser feito em conformidade com a Norma DNER-PRO 251/94.

6.3 Ensaios de laboratório

6.3.1 A exclusivo critério do DNER, podem ser dispensados um ou mais ensaios para recebimento

ou homologação da tinta.

6.3.2 Ensaios especiais poderão ser realizados em amostras enviadas pelo DNER, em laboratórios credenciados, às expensas do responsável pelo material.

7 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

7.1 Cabe ao DNER aceitar ou rejeitar total ou parcialmente o material de início, a vista dos

resultados de inspeção visual de recipientes (ver 6.1), independente-mente da realização de ensaios de laboratório.

7.2 As partidas de material que satisfizerem às Condições Gerais e Es-pecíficas (seções 4 e 5) desta Norma devem ser aceitas; caso contrário, rejeitadas.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 374/97

Fios e barras de aço para concreto armado

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para fios e bar-ras de aço para concreto armado, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no recebimento e aceitação dos materiais em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar as condições exigíveis para aceitação de fios e barras de aço pa-ra concreto armado.

2 REFERÊNCIAS

Para melhor entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

a) DNER-EM 217/94 - Barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado;

b) ABNT-NBR 6152/92 - Materiais metálicos - determinação das propri-edades mecânicas à tração - método de ensaio;

c) ABNT-NBR 6215/86 - Produtos siderúrgicos - terminologia;

d) ABNT-NBR7480/85 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições de 3.1 a 3.10.

3.1 Barras - são os produtos de aço obtidos por laminação a quente e encruamento a frio de diâmetro igual ou superior a 5mm.

3.2 Fios - são os produtos de aço obtidos por trefilação ou processo equivalente, com diâmetro igual ou inferior a 12,5mm.

3.3 Lote - grupo de barras ou fios de procedência identificada, de mesma categoria e classe de aço e com o mesmo diâmetro e configuração geométrica superficial, apresentado à inspeção como um conjunto unitário, cuja massa não supera o valor indicado na Tabela 1.

Page 44: Dnit -Estradas

3.4 Partida - conjunto de lotes apresentados para inspeção de uma só vez.

3.5 Fornecimento - conjunto de partidas que perfaz a quantidade total da ordem de compra.

3.6 Resistência de escoamento (fy) - limite superior de escoamento para os materiais que apresentem patamar bem definido no diagrama tensão-deformação; caso contrário, é o valor convencional correspondente à deformação residual de 0,2%, conforme Figura 1.

P = força aplicada

A = área da seção em cada instante

Ao = área inicial da seção

a = é o ponto da curva correspondente à resistência convencional à ruptura

b = é o ponto da curva correspondente à resistência aparente à ruptura

c = é o ponto da curva correspondente à resistência real à ruptura

3.7 Resistência convencional de ruptura - máxima ordenada da curva ! x ! obtida sem considerar a redução da área inicial da seção transversal do fio ou barra tracionada.

3.8 Resistência aparente à ruptura - ordenada correspondente ao alon-gamento de ruptura na curva ! x ! , obtida sem considerar a redução da área inicial da seção transversal do fio ou barra tracionada.

3.9 Resistência real à ruptura - ordenada correspondente ao alonga-mento de ruptura na curva ! x ! obtida considerando-se a área da seção transversal do fio ou barra tracionada no instante da ruptura.

3.10 Diâmetro ( ! ) - para efeito desta Norma, diâmetro é a designação do fio ou barra de determinada massa por unidade de comprimento, con-forme a coluna V da Tabela 2 (o número relativo ao diâmetro corresponde ao valor arredondado, em milímetros, da seção transversal nominal).

Nota 1: A massa linear exata corresponde ao produto do valor da área exata por 7,85kg/dm3.

Page 45: Dnit -Estradas

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Classificação

4.1.1 De acordo com as resistências características de limites de esco-amento, nos valores de 250,0; 320,0; 400,0; 500,0 e 600,0, expressos em 0,1 MPa, as barras e fios de aço são classificados, respectivamente, nas seguintes categorias:

CA-25;CA-32;CA-40;CA-50 E CA-60

Notas 2: a) a categoria CA-60 aplica-se somente para fios. As proprie-dades mecânicas exigíveis para cada categoria estão indicadas na Tabela 3;

b) novas categorias além das estabelecidas só são permitidas após sua introdução nesta Norma;

c) para efeitos práticos de aplicação desta Norma admite-se 1 MPa = 0,1 kgf/mm2.

4.1.2 De acordo com o processo de fabricação, as barras e os fios de aço para concreto armado classificam-se em:

a) barras de aço classe A, obtidas por laminação a quente, sem neces-sidade de posterior deformação a frio, com escoamento definido caracteri-zado por patamar no diagrama tensãodeformação e com propriedades mecânicas que atendam aos valores exigidos na Tabela 3;

b) barras e fios de aço classe B, obtidos por deformação a frio, sem pa-tamar no diagrama tensão- deformação, com propriedades mecânicas que atendam aos valores exigidos na Tabela 3.

Nota 3: Barras de aço classe A, que não apresentarem patamar bem definido no diagrama tensãodeformação, são aceitas como tal, desde que sejam i-

dentificados o produtor e o processo de fabricação.

4.2 Designação

4.2.1 A designação da categoria (ver 4.1.1) deve ser seguida de letra maiúscula correspondente à classe do aço .

4.2.1.1 A designação da categoria pode, ainda, ser completada com a indicação do coeficiente de conformação superficial, especialmente quando este for superior ao valor mínimo exigido para a categoria.

4.2.1.2 Não é permitida qualquer designação comercial contendo ca-racteres que possam dar lugar a confusões sobre a categoria da barra ou do fio.

4.3 Homogeneidade geométrica

As barras e os fios de aço destinados a armadura para concreto arma-do devem apresentar suficiente homogeneidade quanto às suas caracterís-ticas geométricas (ver 4.7).

4.4 Defeitos

As barras e os fios de aço destinados a armadura para concreto arma-do devem ser isentos de defeitos prejudiciais, tais como: fissuras, esfolia-ções e corrosão.

4.5 Massa e tolerâncias

A massa real das barras deve ser igual à sua massa nominal, com tole-rância de ! 6% para diâmetro igual ou superior a 10 e de ! 10% para diâme-tro inferior a 10; para os fios, essa tolerância é de ! 6%, conforme a Tabela 2.

Nota 4: A massa nominal é obtida multiplicando-se o comprimento da barra ou do fio pela área da seção nominal e pela massa específica de 7,85kg/dm3.

4.6 Comprimento

O comprimento normal de fabricação das barras e dos fios é de 11m. A tolerância de comprimento é de 9% (ver 4.9.1). Permite-se a existência de até 2% de barras curtas, porém de comprimento não inferior a 6 m.

4.7 Marcação

4.7.1 As barras de qualquer categoria, de diâmetro igual ou superior a 10, com mossas e saliências devem apresentar marcas de laminação, em relevo, que identifiquem o fabricante e a categoria do material. A identifica-ção far-se-á de 2 em 2m, ou menos, ao longo da barra.

4.7.2 A identificação de cada barra de diâmetro menor que 10 e de ca-da fio é feita por pintura de topo, pelo menos em uma das extremidades, de acordo com as cores indicadas na Tabela 3. Os rolos são identificados com uma faixa pintada, abrangendo o toro.

4.8 Embalagem

4.8.1 As barras e os fios são fornecidos em feixes ou rolos, com massa especificada ou não, conforme acordo mútuo entre fornecedor e comprador, registrado na ordem de compra.

4.8.2 Cada feixe ou rolo deve ter etiqueta firmemente fixada, contendo gravadas, de modo indelével, pelo menos as seguintes indicações:

a) nome do fabricante;

b) categoria;

c) classe;

d) diâmetro.

4.9 Ordem de compra

Nas ordens de compra de barras e fios de aço para concreto armado, o comprador deve indicar:

a) número desta Norma;

b) diâmetro, categoria e classe da barra ou do fio;

c) quantidade, em toneladas;

d) comprimento e sua tolerância, no caso de ser diferente do valor normal;

e) embalagem (feixe, feixe dobrado, rolo);

Page 46: Dnit -Estradas

f) outros requisitos adicionais ou exceções aos indicados nesta Norma.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Propriedades mecânicas de tração

No ensaio de tração o corpo-de-prova deve apresentar resistências de escoamento e de alongamento iguais ou superiores aos mínimos fixados na Tabela 3 para a categoria correspondente. A relação entre a resistência convencional à ruptura (ver 3) e a resistência de escoamento, em cada corpo-deprova, deve ser pelo menos igual ao mínimo fixado na Tabela 3.

5.2 Dobramento

Nos ensaios de dobramento, com diâmetro do pino indicado na Tabela 3 para a categoria correspondente, o corpo-de-prova deve ser dobrado a 180º , sem ocorrer ruptura nem fissuração na zona tracionada.

5.3 Características complementares

Se julgado necessário pelo comprador ou pelo laboratório, as demais exigências desta Norma podem ser verificadas através dos ensaios com-plementares.

5.4 Padronização

Os diâmetros dos fios e das barras de aço destinados a armadura para concreto armado ficam padronizados conforme indicado na Tabela 2.

Nota 5: As barras emendadas devem satisfazer aos requisitos mecâni-cos indicados na Tabela 3, no que se refere à resistência convencional à ruptura (ver 3). Para essas barras, não é exigida a determinação dos valo-res da resistência de escoamento e de alongamento, observando-se quanto à resistência de escoamento das barras soldadas o prescrito na ABNT-NBR 6118/80.

6 INSPEÇÃO

6.1 Procedimento

6.1.1 O inspetor, representante do comprador, deve ter:

a) livre acesso aos locais que possibilitem a coleta das amostras e ins-peção;

b) livre acesso aos laboratórios do produtor, se nestes forem executa-dos os ensaios de recebimento, que objetivam verificar se o material em inspeção atende à presente Norma;

c) facilidades para desempenhar suas funções, sem interferência nos processos produtivos.

6.1.2 O comprador e o fornecedor podem, de comum acordo, estabele-cer itens adicionais quanto à inspeção e quanto a outros ensaios a serem executados.

6.2 Amostragem

Para verificação das propriedades mecânicas e características próprias das barras e dos fios de aço destinados a armaduras para concreto arma-do, prescritas nesta Norma, far-se-á uma amostragem nas condições seguintes:

6.2.1 Formação dos lotes

6.2.1.1 Cabe ao produtor ou fornecedor, em cada partida, repartir bar-ras ou fios em lotes aproximadamente iguais e perfeitamente identificáveis, cujas massas máximas, em função da categoria e do diâmetro, estão indicadas na Tabela 1.

6.2.1.2 Cabe ao produtor ou ao fornecedor, em cada partida, repartir os rolos em lotes aproximadamente iguais e perfeitamente identificáveis, cujas massas máximas em função da categoria e do diâmetro devem ser o dobro dos valores indicados na Tabela 1. Neste caso, o número de exemplares de cada amostra deve ser o dobro do indicado em 6.2.3.

6.2.1.3 Quando nas obras houver mistura de lotes formados conforme 6.2.1.1 e 6.2.1.2 ou estes não forem identificáveis, cabe ao inspetor orientar a formação de outros lotes para inspeção, conforme 6.2.1.1 e 6.2.1.2.

6.2.2 Formação de amostras

6.2.2.1 Cabe ao comprador ou a seu inspetor, em cada partida, extrair aleatoriamente de cada lote uma amostra composta de tantos exemplares quantos forem os indicados no plano de amostragem (ver 6.2.3). Cada amostra representa o lote correspondente.

6.2.2.2 Não é permitida a retirada de mais um exemplar de uma mesma barra ou fio reto. No caso de lotes formados por rolos, não é permitida a retirada de mais de um exemplar por rolo, exceto quando o número de rolos por lote for inferior ao número de exemplares. Neste caso, retiram-se e-xemplares de ambas as extremidades de um mesmo rolo.

6.2.2.3 O comprimento de cada exemplar é de 2,20 m, desprezando-se a ponta de 20 cm da barra ou do fio.

6.2.2.4 Os exemplares são identificados e enviados para o laboratório.

6.2.3 Planos de amostragem

6.2.3.1 Plano 1

6.2.3.1.1 Para corridas identificadas, a amostra representativa de cada lote é composta por um exemplar. No caso em que qualquer corpo-de-prova não satisfaça às exigências desta Norma, deve ser feita uma contra-prova, sendo a amostra representativa de cada lote composta por dois novos exemplares.

6.2.3.1.2 Para corridas não identificadas, a amostra representativa de cada lote é composta por dois exemplares. No caso em que qualquer corpo-de-prova não satisfaça às exigências desta Norma, deve ser feita uma contraprova, sendo a amostra representativa de cada lote composta por quatro novos exemplares.

6.2.3.2 Plano 2

6.2.3.2.1 Para corridas identificadas, a amostra representativa de cada lote é composta por dois exemplares. No caso em que qualquer corpo-de-prova não satisfaça às exigências desta Norma, deve ser feita uma contra-prova, sendo a amostra representativa de cada lote composta por dois novos exemplares.

6.2.3.2.2 Para corridas não identificadas, a amostra representativa de cada lote é composta por quatro exemplares. No caso em que qualquer corpo-de-prova não satisfaça às exigências desta Norma, deve ser feita uma contraprova, sendo a amostra representativa de cada lote composta por quatro novos exemplares.

6.2.3.3 Plano 3

A amostra representativa de cada lote é composta por quatro exempla-res. No caso em que qualquer corpo-de-prova não satisfaça às exigências desta Norma, deve ser feita uma contraprova, sendo a amostra representa-tiva do lote composta por quatro novos exemplares.

6.2.3.4 Critérios

6.2.3.4.1 Para os primeiros cinco lotes de fornecimento, é adotado o plano de amostragem 2 (ver 6.2.3.2).

6.2.3.4.2 Se os cinco primeiros lotes de fornecimento forem aprovados, para os lotes seguintes é adotado o plano de amostragem 1 (ver 6.2.3.1).

6.2.3.4.3 Se nos cinco primeiros lotes de fornecimento houver rejeição de um ou mais lotes, para os lotes seguintes é adotado o plano de amos-tragem 3 (ver 6.2.3.3).

6.2.3.4.4 Para os demais lotes de fornecimento, a amostragem é feita em função do plano adotado para os cinco lotes anteriores e dos resultados dos ensaios a eles correspondentes, de acordo com o que se prescreve na Tabela 4 e com o especificado na Seção 6.

Nota 6: Para os primeiros cinco lotes de uma partida, deve ser adotado

o plano de amostragem de acordo com os resultados obtidos na inspeção dos cinco últimos lotes da partida anterior.

6.2.4 Critério estatístico para a estimativa do valor característico da re-sistência de escoamento Em casos especiais, mediante acordo entre comprador e fornecedor, respeitadas as demais exigências desta Norma para a categoria mais próxima, o critério de aceitação ou rejeição pode ser o critério estatístico indicado neste item, ou seja, do lote é extraída uma amostra com um número de corpos-de-prova múltiplo de oito.

Nota 7: O valor característico é estimado pela média do oitavo inferior dos valores obtidos nos ensaios.

Page 47: Dnit -Estradas

6.3 Aceitação e rejeição

6.3.1 Aceitação

O lote é aprovado se atender aos seguintes requisitos:

a) cumprimento ao especificado nas Seções 4 e 5;

b) resultados satisfatórios dos ensaios de tração e de dobramento de todos os exemplares retirados de acordo com 6.2.1 e 6.2.2.

Nota 8: Se um ou mais destes resultados não atenderem ao estabele-cido nesta Norma, deve ser realizada uma contraprova, única, sendo a nova amostra formada conforme indicado em 6.2.3. O lote é aceito, se todos os resultados da contraprova forem satisfatórios;

c) aceitação na contraprova, das barras emendadas, conforme indicado na ABNT NBR- 6118/80.

6.3.2 Rejeição

O lote é rejeitado se:

a) não atender ao especificado nas Seções 4 e 5;

b) no ensaio de contraprova houver pelo menos um resultado que não satisfaça às exigências desta Norma.

6.3.3 Reclassificação do lote

Excepcionalmente, quando adotado o critério estatístico definido em 6.2.4 e o valor característico da resistência de escoamento resultar inferior ao da categoria nominal do lote e acordadas e respeitadas todas as demais exigências entre comprador e fornecedor, podem ser adotadas as seguintes alternativas:

a) o material é enquadrado em outra categoria; desde que sejam aten-didos todos os requisitos desta nova categoria e que não haja possibilidade da marcação conflitar com esta nova categoria;

b) o valor característico encontrado para a resistência de escoamento pode ser adotado na revisão do projeto estrutural.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 375/97

Fios de aço para concreto protendido

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para fios de aço para concreto protendido, além dos critérios a serem adotados para aceita-ção e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no recebimento e aceitação do material em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar as condições exigíveis para aceitação e fornecimento de fios de aço de alta resistência, de seção circular, encruados a frio por trefilação, com superfície lisa ou entalhada destinados a armaduras de protensão.

2 REFERÊNCIAS

Para entendimento desta Norma deverão ser consultados os documen-tos seguintes:

a) ABNT NBR-6004/84 - Arames de aço – ensaio de dobramento alter-nado;

b) ABNT NBR-6349/92 - Fios, barras e cordoalhas de aço para armadu-ras de protensão - ensaio de tração;

c) ABNT NBR-7482/91 - Fios de aço para concreto protendido;

d) ABNT NBR-7484/92 - Fios, barras e cordoalhas de aço destinados a armaduras de protensão - ensaio de relaxação isotérmica.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.3.

3.1 Valor nominal - valor numérico que caracteriza certa grandeza do produto.

3.2 Rolo - certo comprimento contínuo de fio acabado, sem junta ou emenda de nenhuma natureza, apresentado em espiras concêntricas formando volume compacto.

3.3 Lote - determinada quantidade de fio acabado, de mesmo diâmetro nominal e de mesma característica, apresentada para inspeção e ensaios de uma só vez.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Classificação

4.1.1 Conforme a resistência à tração, os fios classificam-se em duas categorias para cada diâmetro nominal (ver Tabelas 1 e 2).

4.1.2 Conforme o comportamento na relaxação, os fios classificam-se em:

a) relaxação normal (RN);

b) relaxação baixa (RB).

(A) Os três dígitos constantes na designação correspondem ao limite da resistência à tração na antiga unidade kgf/mm2. Para efeitos desta Norma, con-

sidera-se 1 kgf/mm2 = 10 MPa.

(B) O valor mínimo da tensão a 1% de alongamento é considerado equivalente à tensão a 0,2% de deformação permanente e correspondente a 85% do limite mínimo da resistência especificado.

(C) Para os fios entalhados, o número mínimo de dobramentos alternados é de dois.

Page 48: Dnit -Estradas

Tabela 2 - Características dos fios com relaxação baixa - RB

(A) Os três dígitos constantes na designação correspondem ao limite mínimo da resistência a tração na antiga unidade kgf/mm2. Para efeitos desta Nor-

ma, considera-se 1 kgf/mm2 = 10 MPa.

(B) O valor mínimo da tensão a 1% de alongamento é considerado equivalente à tensão a 0,2% de deformação permanente e correspondente a 90% do limite mínimo da resistência especificado.

(C) Para os fios entalhados, o número mínimo de dobramentos alternados é de dois.

4.1.3 Qualidade do fio acabado

Deve ser isento de defeitos na superfície e internos, prejudiciais ao seu emprego.

4.1.4 Emendas em rolos

Nos fios acabados não serão permitidas soldas ou quaisquer emendas. As eventuais soldas ou emendas feitas durante a fabricação, após o paten-teamento, a fim de permitir a continuidade das operações de fabricação deverão ser removidas pelo fabricante.

4.1.5 Acondicionamento e embalagem

4.1.5.1 Acondicionamento

Os fios são fornecidos em rolos, cujos diâmetros internos são indicados na Tabela 3.

Nota 1: Salvo indicado em contrário, os fios de outras dimensões deve-rão ser fornecidos em rolos com diâmetros internos iguais aos dos fios de diâmetros nominais imediatamente superiores.

4.1.5.2 Embalagem

Mediante acordo e no ato da encomenda será estabelecido o tipo de embalagem.

4.1.6 Marcação

Cada rolo será identificado por uma etiqueta suficientemente resistente, com inscrição indelével, firmemente presa, que indicará:

a) nome ou símbolo do produtor;

b) número desta Norma;

c) designação do produto:

- categoria (150, 160 e 170)

- relaxação (RN ou RB);

d) diâmetro nominal do fio, em mm;

e) número do rolo.

4.1.7 Designação

Os fios receberão designação conforme a seguir, por exemplo: CP-150 RN 7 significa fio para concreto protendido (CP), categoria 150, relaxação normal (RN) e diâmetro de 7 mm.

4.1.8 Encomenda

Na encomenda dos fios, o comprador deve indicar:

a) número desta Norma;

b) quantidade, em kg;

c) diâmetro nominal do fio, em mm;

d) categoria e relaxação;

e) acabamento da superfície (lisa ou entalhada);

f) acondicionamento e embalagem;

g) local e procedimento da inspeção.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Diâmetro e tolerâncias

Os diâmetros nominais padronizados e as tolerâncias dos fios são indi-cados nas Tabelas 1 e 2.

5.2 Propriedades mecânicas

5.2.1 Os fios fabricados e inspecionados, amostrados e ensaiados con-forme a Seção 6 deverão atender aos valores mínimos especificados de:

a) tensão a 1% de alongamento;

b) limite de resistência à tração;

c) alongamento após ruptura;

d) número de dobramentos alternados, sem fissuras ou rupturas.

Nota 2: O fio com uma profundidade de entalhe até 3,5% do seu diâ-metro nominal deverá suportar dois dobramentos alternados sem fissuras ou rupturas. O entalhe não deve ter profundidade superior a 3,5% do diâ-metro nominal do fio.

5.2.2 As propriedades mecânicas dos fios com relaxação normal são especificadas na Tabela 1.

5.2.3 As propriedades mecânicas dos fios com relaxação baixa são es-pecificadas na Tabela 2.

6 INSPEÇÃO

6.1 Procedimento de inspeção

6.1.1 Comprador

6.1.1.1 Ao comprador compete exigir do fabricante certificados de en-saios do material fornecido.

Page 49: Dnit -Estradas

Nota 3: Os resultados dos ensaios do fabricante deverão estar disponí-veis para exame pelo comprador ou seu representante, durante pelo menos cinco anos.

6.1.1.2 O certificado deverá conter:

a) data da realização dos ensaios;

b) identificação do lote, com a quantidade e a numeração respectivas dos rolos fornecidos;

c) características dimensionais, mecânicas e químicas do lote.

6.1.1.3 Fica a critério do comprador verificar se as características espe-cificadas em 6.1.1.2-c são mantidas na aceitação e executar as inspeções e ensaios que julgar necessários, em laboratório oficial ou homologado.

6.1.1.4 A partir da recepção do material, o comprador torna-se respon-sável pela integridade física do produto no decorrer de operações de trans-porte, manuseio, estocagem e colocação na estrutura.

6.1.2 Contratante

Cabe ao contratante adotar pelo menos um dos seguintes procedimen-tos:

a) verificar a integridade física das armaduras;

b) fiscalizar o comprador na aceitação do material;

c) analisar as características do material utilizado, através dos ensaios já realizados pelo comprador;

d) realizar o controle de qualidade do produto ou contratar firmas espe-cializadas para este fim.

6.2 Amostragem

6.2.1 Para os ensaios especificados em 6.3.1 e 6.3.2, retirar de qual-quer das duas extremidades de um rolo, de cada lote de cinco unidades ou fração, uma amostra de 2,00 metros de comprimento.

6.2.2 A determinação do diagrama de tensão-deformação será feita pa-ra cada corrida ou fração.

6.2.3 As amostras não serão submetidas a nenhuma forma de tensio-namento ou de aquecimento após a fabricação. Se necessário, o endireita-mento da amostra deve ser feito a frio e todo o procedimento obedecer à ABNT NBR- 6349.

6.3 Ensaios

6.3.1 O ensaio de tração dos fios será executado conforme a ABNT NBR-6349, determinando-se a tensão a 1% de alongamento, o limite de resistência à tração e o alongamento após ruptura, para todos os corpos-de-prova.

6.3.2 O ensaio de dobramento alternado será executado conforme a ABNT NBR-6004, utilizando-se mandris cilíndricos com os diâmetros indi-cados na Tabela 4 para os correspondentes diâmetros nominais dos fios.

Tabela 4 – Diâmetro do mandril para ensaio de dobramento alternado.

Nota 4: Para diâmetro intermediário de fio, adota-se o diâmetro do

mandril imediatamente superior.

6.3.3 O ensaio de relaxação dos fios será executado conforme a ABNT NBR-7484, determinando-se os valores de relaxação para uma tensão inicial equivalente a 70% ou 80% do limite de resistência mínimo estabele-cido.

6.4 Aceitação e rejeição

6.4.1 O produto inspecionado, amostrado e ensaiado conforme a Se-ção 6 é aceito, desde que todos os resultados atendam aos valores míni-mos especificados na Seção 5 e nas Tabelas 1 e 2.

6.4.2 Se qualquer corpo-de-prova, no ensaio de tração de dobramento alternado, não atingir os valores mínimos especificados, devem ser retira-das e submetidas duas amostras adicionais da mesma extremidade do mesmo rolo.

6.4.3 O lote é aceito somente se os resultados desses dois corpos-de-prova atenderem aos seus valores especificados. Caso falhe em uma determinação, o rolo será rejeitado e os restantes do lote devem ser ensai-ados um por um, aceitos somente os que atendam os valores especificados nas Tabelas 1 e 2.

6.4.4 Admitir a oxidação do produto, desde que superficial, leve e uni-forme e não apresente pontos de corrosão na superfície.

6.4.5 Normalmente uma oxidação superficial uniforme pode ser remo-vida com a mão ou esfregando-se os fios com um tecido grosseiro (estopa ou juta). Em caso de dúvida, o produto será submetido a ensaios especiais para comprovação de suas propriedades mecânicas originais.

Nota 5: Salvo acordo prévio entre comprador e fornecedor, a superfície do fio não deverá conter nenhum lubrificante, óleo ou outra substância capaz de prejudicar sua aplicação.

6.4.6 A liberação e o emprego do produto não são condicionados ao ensaio de relaxação, em vista de sua longa duração. O comprador pode-se basear em resultados recentes e regularmente obtidos com material da mesma categoria.

Norma rodoviária - Especificação de Material - DNER-EM 376/97

Cordoalhas de aço para concreto protendido

RESUMO

Este documento apresenta as características exigidas para cordoalhas de aço para concreto protendido, além dos critérios a serem adotados para aceitação e rejeição.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada no recebimento e aceitação do material em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar condições exigíveis para aceitação de cordoalhas de aço desti-nadas a concreto protendido.

2 REFERÊNCIAS

Para melhor entendimento desta Norma deverão ser consultados os documentos seguintes:

a) ABNT NBR-6349/92 - Fios, barras e cordoalhas de aço para armadu-ras de protensão - ensaio de tração;

b) ABNT NBR-7484/92 - Fios, barras e cordoalhas de aço destinados a armaduras de protensão - ensaios de relaxação isotérmica;

c) ABNT NBR-7483/91 - Cordoalhas de aço para concreto protendido.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.8.

3.1 Cordoalha de sete fios - constituída de seis fios de mesmo diâmetro nominal encordoados juntos em forma helicoidal, com um passo uniforme, em torno de um fio central.

3.2 Cordoalhas de dois e três fios - constituídas de dois ou três fios do mesmo diâmetro nominal encordoados juntos, em forma helicoidal, com um passo uniforme.

3.3 Passo da hélice - comprimento ao longo do eixo de uma volta com-pleta.

3.4 Diâmetro da cordoalha - diâmetro da circunferência que a circuns-creve.

3.5 Lance - determinado comprimento contínuo de cordoalha.

3.6 Rolo - certo comprimento de cordoalha apresentado em espiras concêntricas, formando um volume compacto.

3.7 Carretel - núcleo de madeira ou outro material no qual é enrolado certo comprimento de cordoalha.

3.8 Lote - determinada quantidade de cordoalhas, de mesmas caracte-rísticas, apresentada para inspeção e ensaio de uma só vez.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Classificação

4.1.1 Conforme o número de fios, as cordoalhas classificam-se em:

a) cordoalha de sete fios;

b) cordoalha de três fios;

c) cordoalha de dois fios.

Page 50: Dnit -Estradas

4.1.2 Conforme a resistência à tração, as cordoalhas de sete fios clas-sificam-se em:

a) categoria CP - 175;

b) categoria CP - 190.

4.1.3 Para as cordoalhas de dois e três fios, prevê-se apenas a catego-ria CP-180.

4.1.4 Os números 175, 180 e 190 representam valores aproximados em 0,1 MPa, do quociente da carga de ruptura mínima especificada pela área mínima da seção (valor nominal).

4.1.5 Conforme o comportamento na relaxação, as cordoalhas classifi-cam-se em:

a) cordoalha de sete fios:

- relaxação normal (RN);

- relaxação baixa (RB).

b) cordoalha de dois e de três fios:

- relaxação normal (RN).

4.1.6 Qualidade do fio

Deve ser isento de defeitos na superfície e internos, prejudiciais ao seu emprego.

4.1.7 Encordoamento (cordoalha de 7 fios)

Deve ter o fio central nominal pelo menos 2% maior do que o dos ex-ternos. Os seis fios externos devem ser firmemente dispostos em torno do fio central, com um passo de 12 a 16 vezes o diâmetro nominal da cordoa-lha.

4.1.8 Emendas

Nenhum comprimento de cordoalha deve ser unido a outro comprimen-to por emenda.

4.1.9 Acondicionamento

A cordoalha é fornecida em:

a) rolo, com diâmetro interno não inferior a 600mm, firmemente amar-rado;

b) carretel, com diâmetro do núcleo não inferior a 600mm.

Nota 1: O acondicionamento deve permitir a retirada de amostra sem danificar a estrutura do rolo ou do carretel.

4.1.10 Embalagem

Mediante acordo e no ato da encomenda será estabelecido o tipo de embalagem.

(A) Os três dígitos constantes da designação correspondem ao limite de resistência à tração mínimo na antiga unidade kgf/mm² . Para efeito desta Nor-

ma, considera-se 1 kgf/mm² = 10 Mpa (B) A carga mínima a 1% do alongamento é considerada equivalente à carga a 0,2% de deformação permanente correspondente a 85% da carga de ruptura mínima especificada. (C) A base de medida é de 600 mm mínimo.

Nota 2: Pode ser adotado, para efeito de cálculo, como módulo de elasticidade, o valor de 195 kN/mm². Não deve ser aceito material com módulo de e-lasticidade inferior a 170 kN/mm².

Page 51: Dnit -Estradas

(A) Os três dígitos constantes da designação correspondem ao limite de resistência à tração mínimo na antiga unidade 1 kgf/mm2 . Para efeito desta Norma, considera-se 1 kgf/mm² = 10 Mpa (B) A carga mínima a 1% do alongamento é considerada equivalente à carga a 0,2% de deformação permanente correspondente a 90% da carga de ruptura mínima especificada.

(C)A base de medida é de 600 mm mínimo.

Nota 3: Pode ser adotado, para efeito de cálculo, como módulo de elasticidade, o valor de 195 kN/mm2. Não deve ser aceito material com módulo de e-lasticidade inferior a 170 kN/mm².

(A) Os três dígitos constantes da designação correspondem ao limite de resistência à tração mínima na antiga unidade Kgf/mm2. Para efeito desta Nor-ma, considera-se 1Kgf/mm2 = 10 MPa

(B) A carga mínima 1% do alongamento é considerada equivalente a carga a 0,2% de deformação permanente correspondente a 85% da carga de ruptu-ra mínima especificada.

(C) A base de medida é de 600mm mínimo.

Nota 4: Pode ser adotado, para efeito de cálculo, como módulo de elasticidade, o valor de 195 kN/mm2. Não deve ser aceito material com módulo de e-lasticidade inferior a 170 kN/mm2.

4.1.11 Marcação

Cada rolo ou carretel será identificado por uma etiqueta suficientemen-te resistente, com inscrição indelével, firmemente presa, que indicará:

a) nome ou símbolo do produtor;

b) número desta Norma;

c) designação do produto:

- números de fios da cordoalha;

- categoria (175, 180 ou 190);

- relaxação (RN ou RB);

d) diâmetro nominal da cordoalha, em mm;

e) número do rolo ou carretel;

f) massa líquida, em kg, e comprimento nominal, em m;

g) quantidade em comprimento dos lances.

4.1.12 Designação

As cordoalhas receberão designação como segue:

Por exemplo: CP-175 RN 12,7 significa uma cordoalha de sete fios pa-ra concreto protendido (CP), categoria 175, relaxação normal (RN) e diâme-tro nominal de 12,7mm (12,7); CP-180 RN 3 x 2,5 significa uma cordoalha para concreto protendido (CP), categoria 180, relaxação normal (RN), cordoalha de três fios (n) e diâmetro de 2,5 mm (d) por fio.

Notas 5: a) CP-175 e CP-190 se referem sempre a cordoalhas de sete fios e CP-180 a cordoalhas de dois e de três fios.

b) as cordoalhas de dois e de três fios são usualmente designadas pela indicação de sua constituição, ou seja, por uma expressão: n x d, onde n é o número de fios componentes (dois ou três) e d o diâmetro nominal destes fios.

4.1.13 Encomenda

Na encomenda das cordoalhas o comprador indicará:

a) número desta Norma;

b) massa, em kg;

c) número de fios das cordoalhas, categoria e relaxação;

d) diâmetro nominal da cordoalha;

e) comprimento mínimo dos lances;

f) acondicionamento e embalagem;

g) local e procedimento de inspeção.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Diâmetro e tolerâncias

Os diâmetros nominais padronizados e as tolerâncias das cordoalhas de sete fios são indicados nas Tabelas 1 e 2, e os das cordoalhas de dois e de três fios, na Tabela 3.

5.1.1 A área da seção de aço da cordoalha não deverá exceder mais de 8% a área nominal (considerada mínima) indicada nas Tabelas 1, 2 e 3.

5.2 Propriedades mecânicas

5.2.1 As cordoalhas fabricadas conforme a Norma ABNT NBR-7483, e inspecionadas, amostradas e ensaiadas conforme a Seção 6 desta Norma, deverão atender aos valores mínimos especificados de:

a) carga a 1% de alongamento;

b) carga de ruptura;

c) alongamento sob carga de ruptura;

d) estricção nos fios (ver 6.3.2);

e) módulo de elasticidade.

5.2.2 As propriedades mecânicas das cordoalhas de sete fios com re-laxação normal são especificadas na Tabela 1.

5.2.3 As propriedades mecânicas das cordoalhas de sete fios com re-laxação baixa são especificadas na Tabela 2.

5.2.4 As propriedades mecânicas das cordoalhas de dois e de três fios são especificadas na Tabela 3.

6 INSPEÇÃO

6.1 Procedimento de inspeção

6.1.1 Comprador

6.1.1.1 Ao comprador compete exigir do fabricante certificados de en-saios do material fornecido.

Nota 6: Os resultados dos ensaios dos fabricantes deverão estar dis-poníveis para exame pelo comprador ou seu representante durante pelo menos cinco anos.

6.1.1.2 O certificado conterá:

a) data da realização dos ensaios;

Page 52: Dnit -Estradas

b) identificação do lote, com a qualidade e a numeração respectiva dos rolos ou carretéis fornecidos;

c) características dimensionais, mecânicas e químicas do lote.

6.1.1.3 Fica a critério do comprador verificar se as características espe-cificadas em 6.1.1.2-c são mantidas na aceitação e executar as inspeções e os ensaios que julgar necessários em laboratório oficial ou homologado.

6.1.1.4 A partir da recepção do material o comprador torna-se respon-sável pela integridade física do produto no decorrer das operações de transporte, de manuseio, de estocagem e na colocação da estrutura.

Nota 7: Caso o comprador deseje efetuar a inspeção do material na fá-brica, após este ter sido submetido aos ensaios de rotina, os eventuais ensaios adicionais, às expensas do fabricante, serão limitados ao máximo de uma unidade em cada dez rolos ou carretéis.

6.1.2 Contratante

Cabe ao contratante adotar pelo menos um dos seguintes procedimen-tos:

a) verificar a integridade física das armaduras;

b) fiscalizar o comprador na aceitação do material;

c) analisar as características do material utilizado através dos ensaios já realizados pelo comprador;

d) realizar o controle de qualidade do material ou contratar firmas espe-cializadas para este fim.

6.2 Amostragem

6.2.1 Para os ensaios especificados em 6.3.1 e 6.3.2 retirar da extre-midade de cada rolo ou carretel uma amostra de comprimento suficiente.

6.2.2 As amostras não serão submetidas a nenhuma forma de tensio-namento ou de aquecimento, e todo procedimento deve obedecer à ABNT NBR-6349.

6.3 Ensaios

6.3.1 O ensaio de tração das cordoalhas será executado conforme a ABNT NBR-6349, determinando-se:

a) a carga a 1% de alongamento, a carga de ruptura e o alongamento sob carga de ruptura, para todos os corpos-de-prova;

b)o traçado do gráfico carga-deformação, será realizado para cada cin-co corpos-de-prova ou fração.

6.3.2 A determinação do valor da estricção em todos os fios constituin-tes da cordoalha, no ensaio de tração, será executada sobre um rolo ou carretel, de cada dez unidades ou fração, adotando-se 25% de estricção do valor mínimo.

6.3.3 O ensaio de relaxação das cordoalhas será executado conforme a ABNT NBR-7484, determinando-se os valores da relaxação para uma carga inicial equivalente a 70% ou 80% da carga de ruptura mínima especi-ficada.

6.4 Aceitação e rejeição

6.4.1 O produto inspecionado, amostrado e ensaiado conforme esta Seção 6, é aceito desde que todos os resultados atendam aos valores mínimos especificados nas Seções 4 e 5 (Tabela 1, 2 e 3).

6.4.2 Se qualquer corpo-de-prova não atender aos valores menciona-dos em 4.1.7, 6.3.1 e 6.3.2, devem ser retiradas e submetidas a reensaios duas amostras adicionais da mesma extremidade, do mesmo rolo ou carre-tel.

6.4.3 Se os resultados destes dois corpos-de-prova atenderem aos va-lores mínimos especificados, o rolo ou carretel correspondente será aceito conforme esta Norma.

6.4.4 Se o valor de estricção nos fios não atender ao especificado, a sua determinação será feita em todos os rolos ou carretéis remanescentes.

6.4.5 Se qualquer um dos resultados de reensaio falhar, o rolo ou car-retel correspondente será rejeitado.

6.4.6 Admitir oxidação do produto desde que superficial, leve e unifor-me, e não apresente pontos de corrosão na superfície.

6.4.7 Normalmente uma oxidação superficial uniforme será removida com a mão, esfregando-se os fios com um tecido grosseiro (estopa ou juta). Em caso de dúvida quanto à gravidade do dano provocado pela oxidação, o material será submetido a ensaios especiais para a comprovação de suas propriedades mecânicas originais.

Nota 8: Salvo acordo prévio entre o comprador e fornecedor, a superfí-cie do fio não deverá conter nenhum lubrificante, óleo ou outra substância capaz de prejudicar sua aplicação.

6.4.8 A liberação e o emprego do produto não são condicionados ao ensaio de relaxação, em vista de sua longa duração. O comprador pode se basear em resultados recentes e regularmente obtidos com material de mesma categoria.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço - DNER-ES 327/97

Pavimentação - pavimento com peças pré-moldadas de concre-to

RESUMO

Este documento especifica os procedimentos a serem adotados na construção de pavimentos com peças pré-moldadas de concreto cimento, incluindo as condições de execução, equipamento, inspeção e critérios de medição.

7 Critérios de medição

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Fixar as exigências para a construção de pavimentos com peças pré-moldadas de concreto.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-EM 038/97 - Agregado miúdo para concreto de cimento;

b) DNER-ES 299/97 - Pavimentação - regularização do subleito;

c) DNER-ES 300/97 - Pavimentação - reforço de subleito;

d) ABNT NBR-7584 - Concreto endurecido - avaliação da dureza super-ficial pelo esclerômetro de reflexão.

e) ABNT NBR-9781 - Peças de concreto para pavimentação;

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma é adotada a seguinte definição:

Pavimento de peças pré-moldadas de concreto - tipo de pavimentação adequada para estacionamentos, vias de acesso, desvios ou rodovias de tráfego leve e preferencialmente urbanos, constituído por peças pré-moldadas de concreto, com diversos formatos, colocadas justapostas, com ou sem articulação e rejuntadas com asfalto.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Sub-base

As peças pré-moldadas de concreto deverão assentar sobre uma sub-base, executada com material que não apresente expansibilidade ou seja bombeável, intercalando-se entre ambos um colchão de areia para melhor assentamento.

4.2 Peças pré-moldadas de concreto

As peças pré-moldadas de concreto poderão ser fabricadas na obra ou adquiridas de fornecedores.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Material

5.1.1 Peças pré-moldadas de concreto

As peças pré-moldadas de concreto deverão atender as exigências da norma ABNT NBR 9781, devendo ter formato geométrico regular, e as seguintes dimensões mínimas: comprimento de 40 cm, largura de 10 cm e altura de 6 cm.

5.1.2 Areia

A areia destinada à execução do colchão para apoio das peças pré-moldadas de concreto deverá atender à norma DNER-EM 038.

5.1.3 Asfalto

Para rejuntamento das peças pré-moldadas deverá ser empregado o cimento asfáltico de penetração 40/50 ou 50/60.

5.2 Equipamento

Os equipamentos destinados à execução do pavimento são os seguin-tes:

Page 53: Dnit -Estradas

a) rolo compressor liso de 10 a 12 t;

b) caldeira para asfalto, dotada de rodas pneumáticas, engate para re-boque, torneira lateral para retirada de asfalto em baldes ou regadores, maçaricos e termômetros;

c) pegadores com capacidade de 10 a 20 litros com bico em forma de cone;

d) outras ferramentas: pás, picaretas, carrinhos de mão, régua, nível de pedreiro, cordões, ponteiras de aço, vassouras, alavanca de ferro, soquetes manuais ou mecânicos, e outras. 5.3 Execução

5.3.1 Subleito

O subleito deverá ser regularizado segundo a DNER-ES 299 e se ne-cessário reforçado de acordo com a DNER-ES 300.

5.3.2 Sub-base

5.3.2.1 Será executada de acordo com as especificações estabelecidas pelo DNER para o tipo empregado na execução do pavimento, devendo manter sua conformação geométrica até o assentamento das peças pré-moldadas. Os caimentos da superfície do pavimento, destinados à drena-gem da água superficial, deverão ser dados na sub-base.

5.3.2.2 Para melhor desempenho do pavimento sugere-se que o mate-rial da sub-base seja coesivo ou utilizar brita graduada de granulometria fechada. A espessura da sub-base deverá ser definida em projeto, não podendo, entretanto, ser inferior a 15 cm.

5.3.3 Colchão de areia

Para assentamento dos blocos deverá ser colocado sobre a sub-base um colchão de areia, que após compactado deverá ter espessura uniforme e igual a 4 cm. O confinamento do colchão de areia será feito pelas guias e sarjetas, cuja colocação é obrigatória neste tipo de pavimento.

5.3.4 Pavimento de peças pré-moldadas

5.3.4.1 Distribuição dos blocos

As peças pré-moldadas transportadas para a pista devem ser empilha-das, de preferência à margem da pista. O número de peças de cada pilha deve ser tal que cubra a primeira faixa à frente, mais o espaçamento entre elas. Não sendo possível utilizar as áreas laterais para depósito, empilhar as peças na própria pista, tendo-se o cuidado de deixar livre as faixas destinadas à colocação das linhas de referência para o assentamento.

5.3.4.2 Colocação da linhas de referência

Cravam-se ponteiros de aço, ao longo do eixo da pista, afastados não mais de 10 m, uns dos outros; em seguida, cravar ponteiros ao longo de duas ou mais linhas paralelas ao eixo da pista, a uma distância (desse eixo), igual a um número inteiro, cinco a seis vezes a distância entre os dois lados paralelos das peças, acrescidas as juntas intermediárias.

5.3.4.2.1 Marcar com giz nestes ponteiros, com o auxílio de régua e ní-vel de pedreiro, uma cota tal que referida ao nível da guia resulte a seção transversal correspondente ao abaulamento estabelecido pelo projeto. Distender fortemente um cordel pelas marcas de giz, de ponteiro a ponteiro, segundo a direção do eixo da pista, de modo que restem linhas paralelas e niveladas.

5.3.4.3 Assentamento das peças

5.3.4.3.1 Em trechos retos:

a) terminada a colocação de cordéis, iniciar o assentamento da primei-ra fileira, normal ao eixo;

b) quando as peças forem quadradas, faz-se a colocação da primeira peça com a aresta coincidindo com os eixos da pista. As peças deverão ser colocadas sobre a camada de areia, acertadas no ato do assentamento de cada peça, de modo que sua face superior fique pouco acima do cordel. Para tanto, o calceteiro deve pressionar a peça contra a areia, ao mesmo tempo que acerta a sua posição. Assentada a primeira peça, a segunda será encaixada da mesma forma que a primeira. Depois de assentadas, as peças são batidas com o maço;

c) quando as peças forem sextavadas, faz-se o assentamento da pri-meira peça com uma aresta coincidindo com o eixo da pista, restando assim o vértice de um ângulo encostado à linha de origem do assentamen-to. Os triângulos deixados vazios são preenchidos com frações de peças previamente fabricadas;

d) a fileira não apresenta mais dificuldades de colocação, uma vez que, os encaixes das articulações definem as posições das peças. Iniciar encai-xando a primeira peça, de modo a ficar a junta no centro da peça da primei-ra fileira que se encontra à frente. No caso das peças sextavadas, os

ângulos deixados no assentamento da primeira fileira, já definem a posição das peças da segunda, assim como estas definem a terceira e, assim por diante;

e) imediatamente após o assentamento da peça, processar o acerto das juntas com o auxílio da alavanca de ferro própria, igualando-se a dis-tância entre elas. Esta operação deve ser feita antes da distribuição do pedrisco para o rejuntamento, pois o acomodamento deste nas juntas prejudicará o acerto. Para evitar que a areia da base também possa preju-dicar o acerto, certos tipos de peças possuem chanfro nas arestas da face inferior;

f) na colocação das peças, o calceteiro deverá de preferência trabalhar de frente para a fileira que está assentando, ou seja, de frente para a área pavimentada;

g) para as quinas devem ser empregados segmentos de peças, de ¾ de peça;

h) o controle das fileira é feito por meio de esquadros de madeira (cate-tos de 1,50 m a 2,00 m), colocando-se um cateto paralelo ao cordel, de forma que o outro cateto defina o alinhamento transversal da fileira em execução;

i) o nivelamento é controlado por meio de uma régua de madeira, de comprimento pouco maior que a distância entre os cordéis, e acertando o nível dos blocos entre os cordéis e nivelando as extremidades da régua a esses cordéis;

j) o controle do alinhamento é feito acertando a face das peças que en-costam nos cordéis, de forma que as juntas definam uma reta sob o cordel.

5.3.4.3.2 Em cruzamentos e entroncamentos retos:

O assentamento na via principal deve seguir normalmente, na passa-gem do cruzamento ou entroncamento, inclusive acompanhando o alinha-mento das guias. Na via secundária que entronca ou cruza, o assentamento deve prosseguir inclusive pela faixa fronteira ao arco da concordância da quina, até encontrar o alinhamento das peças inteiras, distribuir a diferença pelas fileiras anteriores.

Em geral, utilizam-se amarrações de 10 m em 10 m, para permitir a dis-tribuição da diferença a ser corrigida por toda a extensão da quadra em pavimentação.

5.3.4.3.3 Em cruzamentos e entroncamentos esconsos:

O assentamento da via principal segue normalmente na via secundária, a superfície final a ser assentada, formará um triângulo. O preenchimento desse triângulo é feito da forma normal, providenciando-se peças de forma e dimensões exigidas para a conclusão de cada linha.

5.3.4.4 Rejuntamento

O rejuntamento da peças será feito com pedrisco seguido de derrame de asfalto. Distribui-se o pedrisco pelas juntas e depois, com a vassoura, procura-se forçá-lo a penetrar nessas juntas, de forma que cerca de ¾ de sua altura fiquem preenchidos. Depois, com o regador, derrama-se o asfalto previamente aquecido nas juntas, até que ele aflore na superfície do pavi-mento. Entre o esparrame do pedrisco e o derrame do asfalto deverá ser procedida a compressão. Esta é feita passando-se o rolo compressor iniciando por passadas nas bordas da pista e progredindo daí para o centro, nos trechos retos até o bordo externo nos trechos em curva.

5.3.4.5 Proteção, verificação e entrega ao tráfego

Durante todo o período de construção do pavimento deverão ser cons-truídas valetas provisórias que desviam as águas de chuva, e não será permitido tráfego sobre a pista em execução.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

No controle de recebimento dos materiais deverão ser adotados os procedimentos recomendados no item 5.1 desta Norma.

6.2 Verificação final da qualidade

Após executar cada trecho de pavimento definido para inspeção, pro-ceder à relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos, de 20 m em 20 m, ao longo do eixo, para verificar se a largura e a espessura do pavimento estão de acordo com o projeto.

6.2.1 Controle geométrico

O trecho de pavimento será aceito quando:

a) a variação na largura da placa for inferior a ! 10% em relação à defi-nida no projeto;

Page 54: Dnit -Estradas

b) a espessura média do pavimento for igual ou maior que a espessura de projeto e a diferença entre o maior e o menor valor obtido para as es-pessuras seja no máximo de 1 cm.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios dos itens 7.1 a 7.3.

7.1 O pavimento deverá ser medido em metros quadrados de pavimen-tação. Não serão motivo de medição: mão de obra, materiais, equipamen-tos, transporte e encargos.

7.2 No cálculo da área pavimentada serão incluídas as larguras médias obtidas no controle geométrico.

7.3 Não serão incluídos quantitativos de serviços superiores aos indi-cados no projeto.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço - DNER-ES 344/97

Edificações - serviços preliminares

RESUMO

Este documento dispõe sobre a sistemática a ser adotada na fase de preparação da área destinada a construção de edificação de acordo com o projeto executivo, incluindo as instalações provisórias e ligações de água, esgotos sanitários, energia e de outros recursos considerados necessários.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução das edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-ES 278/97 - Terraplenagem – serviços preliminares ;

b) ABNT NBR-8036/83 (NB-12) - Programação de sondagem de sim-ples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios;

c) ABNT NBR-6122/86 (NB-51) - Projeto e execução de fundação.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Serviços preliminares - atividades que compreendem: a limpeza ini-cial do local da obra, a instalação do canteiro de obras, a instalação das utilidades provisórias (como força, luz, água, telefone, etc.), a locação da obra, enfim, a preparação inicial das necessidades que permitem o desen-volvimento dos trabalhos a realizar.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de a-cordo com o projeto, desenhos, e demais elementos nele referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Caracterização do subsolo

5.1.1 O Contratante fornece à executante os resultados de sondagens, estudos ou ensaios de caracterização do subsolo de que dispõe, conside-rando porém, que à executante compete assumir inteira responsabilidade pela qualidade dos trabalhos, além de julgar quanto à conveniência de obter, sem ônus para o contratante, mais informações eventualmente necessárias.

5.1.2 A sondagem e os ensaios para caracterização do subsolo serão orientados pelos códigos e posturas dos órgãos oficiais competentes que jurisdicionem a localidade onde será executada a obra, e pelas normas da ABNT atinentes ao assunto, particularmente, a ABNT NBR-8036/83 (NB-12) e ABNT NBR- 6122/86 (NB-51).

5.2 Projetos

5.2.1 Os serviços serão executados com estrita e total observância das indicações constantes nos projetos e especificações fornecidos pelo DNER.

5.2.2 Cabe à executante elaborar de acordo com as necessidades da obra, a complementação de desenhos de detalhes de execução, os quais, serão previamente examinados e autenticados, se for o caso, pelo DNER.

5.2.3 Durante a construção, poderá o DNER apresentar desenhos complementares, os quais, também, serão devidamente autenticados pela executante.

5.3 Implantação e administração

5.3.1 A obra terá todas as instalações provisórias necessárias ao bom funcionamento: tapumes, barracão, escritório, sanitários, redes de água e energia elétrica, e outros.

5.3.2 Competirá à executante fornecer ferramental, maquinaria e apare-lhamento adequados a perfeita execução dos serviços contratados.

5.3.3 Tapumes

a) Tipo I

Construídos com chapas de madeira prensada, de 6mm de espessura, com montantes principais de 16cm x 16cm de seção, espaçados uns dos outros, de eixo a eixo de 2,20m. Os montantes intermediários e as traves-sas, com 7,5cm x 7,5cm, serão em pinho do Paraná.

Todo tapume, inclusive rodapés e chapins, receberá pintura protetora.

b) Tipo II

Executados com tábuas de pinho do Paraná, montantes em pinho, pe-ças de 75mm x 75mm de seção. Os tapumes do Tipo II, quando não espe-cificados de modo diverso, terão 2,50m de altura e acompanharão o cai-mento natural do terreno.

5.3.4 Barracão/escritório provisório

5.3.4.1 A executante deverá preparar, em local adequado, um barra-cão/escritório provisório, completo de banheiro com vaso, lavatório e chu-veiro, para uso da supervisão.

5.3.4.2 O escritório, claro e arejado, deverá possuir área compatível com o volume dos trabalhos e provido de mesa e escaninhos para plantas.

5.4 Demolições e limpeza do terreno

5.4.1 Demolições porventura necessárias, bem como, completa limpe-za do terreno serão feitas dentro da mais perfeita técnica, tomados os devidos cuidados, de forma a evitar danos a terceiros.

5.4.2 A limpeza do terreno compreenderá os serviços de capina, limpe-za, roçado, destocamento, queima e remoção, de forma a deixar a área livre de raízes, tocos de árvores, pedras, e outros resíduos.

5.4.3 Periodicamente deverão ser removidos entulho e detritos acumu-lados no terreno, em decorrência da execução da obra.

6 MANEJO AMBIENTAL

6.1 O corte das árvores será feito de acordo com a legislação ambien-tal vigente.

6.2 Considera-se como condição básica para a instalação do canteiro, a disponibilidade de água potável, a disposição de esgotos sanitários em fossas sépticas, instaladas a distâncias seguras de poço de abastecimento d'água e de talvegues naturais.

6.3 As áreas utilizadas como canteiro de serviço deverão ter os efluen-tes, tais como graxas, e óleos utilizados na limpeza e manutenção de equipamentos das oficinas de campo, controlados através de dispositivos de filtragem e contenção.

6.4 Cuidados deverão ser adotados para evitar represamento e empo-çamento d'água que produza áreas insalubres naturais, causa de prolifera-ção de mosquitos e outros vetores.

6.5 Os solos vegetais removidos de área destinada à instalação do canteiro de obra deverão ser estocados em local não sujeito à erosão, devendo ser reincorporados à área de origem após a desmobilização.

6.6 A desmobilização deverá abranger a recuperação de uso da área anteriormente ocupada pelas instalações.

7 INSPEÇÃO

7.1 Verificação final da qualidade

O controle de qualidade será realizado visualmente.

7.2 Aceitação e rejeição

Deverão atender aos seguintes critérios:

7.2.1 A aceitação dos serviços preliminares estará condicionada ao a-tendimento das exigências contidas nesta Especificação.

7.2.2 Serão rejeitados, todos os trabalhos que não satisfaçam às con-dições contratuais.

Page 55: Dnit -Estradas

7.2.3 Ficará a executante obrigada a demolir e refazer os trabalhos im-pugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente e por sua conta exclusiva, sem ônus para o Contratante.

8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

8.1 Todos os materiais, mão-de-obra, encargos sociais e trabalhistas, administração, impostos, taxas, contribuições, salvo disposto expressamen-te em contrário, serão de responsabilidade da executante.

8.2 Efetuar a medição levando em consideração as seguintes unidades de serviço:

8.2.1 Limpeza do local: m2 de área limpa.

8.2.2 Tapumes: m2 de tapume executado.

8.2.3 Barracão de obra: m2 de barracão realizado.

8.2.4 Instalação de utilidades provisórias: vb.

8.2.5 Locação de obra: m2 de obra locada.

8.2.6 Escavação de cavas: m3 de material escavado;

8.2.7 Reaterro de cavas: m3 de reaterro realizado;

8.2.8 Remoção de entulhos: m3 de material removido.

A composição de preços dos serviços, supramencionados, compreen-dem os custos de mão-de-obra, material, equipamento, transporte e encar-gos.

Especificação de Serviço - DNER-ES 345/97

Edificações - fundações

RESUMO

Este documento fixa a sistemática a ser adotada para a seleção do tipo de fundação a adotar em obras prediais e para sua execução, abrangendo os materiais e equipamento, bem como, as fases de inspeção, mediante os controles de material e da execução.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução das fundações das edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-ES 344/97 - Edificações – Serviços preliminares;

b) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

c) ABNT NBR-8036/83 (NB-12) - Programação de sondagem de sim-ples reconhecimento dos solos para fundação de edifícios;

d) ABNT NBR- 6122/86 (NB-51) - Projeto e execução de fundação;

e) Códigos e Posturas dos Órgãos Oficiais que jurisdicionem a locali-dade da obra.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Serviços de fundação - cravação das estacas e/ou a execução de sapatas isoladas ou corridas; execução dos blocos de fundação; execução de tubulões; execução de blocos de coroamento, vigas de equilíbrio ou vigas alavancas.

4 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos nele referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Caracterização do tipo de fundação

5.1.1 O tipo de fundação será definido em projeto, em função do tipo de solo, cargas atuantes e solicitação dos esforços.

5.1.2 A fundação direta é aquela colocada imediatamente abaixo da parte mais inferior da superestrutura, onde as pressões se transmitem pela base, diretamente ao terreno de apoio, sendo desprezível a parcela corres-pondente à transmissão pelo atrito lateral.

5.1.3 A fundação em profundidade se aplica quando os solos próximos à superfície do terreno são dotados de baixa capacidade de carga e com-

pressíveis, não permitindo o emprego de fundações em superfície, ocasião em que as cargas estruturais serão transferidas para os solos de maior capacidade de suporte situados em maiores profundidades, por meio de fundações, ditas, profundas.

5.2 Prescrições e cuidados especiais

5.2.1 Correrá por conta da construtora a execução de todos os esco-ramentos julgados necessários. 5.2.2 Caberá à construtora investigar a ocorrência de águas agressivas no subsolo, o que, caso constatado, será imediatamente comunicado à Fiscalização.

5.2.3 A execução das fundações é de responsabilidade integral da construtora quanto à sua resistência e estabilidade da obra.

5.2.4 O concreto a ser utilizado deverá satisfazer as condições previs-tas em projeto (Fck, “slumps”, por exemplo), bem como, a forma de aplica-ção estabelecida nas Normas Brasileiras.

5.2.5 Na execução das fundações em superfície, a construtora não de-verá limitar-se rigorosamente à profundidade prevista em projeto; a escava-ção será levada até a cota onde o terreno apresente resistência suficiente.

5.2.6 Antes do lançamento do concreto para confecção dos elementos de fundação, as cavas deverão ser cuidadosamente limpas, isentas de quaisquer materiais que sejam nocivos ao concreto, tais como: madeiras, solos carreados por chuva, e outros.

5.2.7 Em caso de existência de água nas valas de fundação, deverá ser efetivado seu total esgotamento, não sendo permitida a concretagem, antes desta providência.

5.2.8 O fundo da vala deverá ser recoberto com uma camada de brita de aproximadamente 3,0 cm e posteriormente, com uma camada de con-creto magro de pelo menos 7,0 cm de espessura.

5.3 Tipos de fundações

5.3.1 Sapatas e blocos

5.3.1.1 Blocos

Fundações em superfície, isoladas, rígidas e indeformáveis, serão utili-zadas em geral, quando as cargas estruturais não forem muito elevadas e a taxa admissível no terreno, não for muito reduzida.

As obras serão caracterizadas por sua grande altura e poderão ter as formas de tronco cônico ou tronco piramidal.

5.3.1.2 Sapatas

Isoladas - trata-se de fundações em superfície, isoladas, semi-flexíveis, ou semi-rígidas, rasas, confeccionadas em concreto armado.

Contínuas - trata-se de fundações em superfície, contínuas, rígidas, ra-sas, confeccionadas em concreto armado, utilizadas quando a base de duas ou mais sapatas se superpõem, por exigência de cálculo.

5.3.2 “Radiers”

Fundações em superfície, contínuas e rígidas, apresentando em geral a disposição de uma plataforma ou laje de concreto armado. As cargas são transmitidas ao solo através de uma superfície igual ou superior a da obra.

5.3.3 Vigas alavancas ou vigas de equilíbrio

São vigas destinadas a transmitir parte das cargas de um elemento de fundação a outro contíguo.

5.3.4 Estacas

5.3.4.1 Estacas de concreto moldadas “in situ”

a) brocas;

b) Strauss;

b) simplex;

c) duplex;

d) triplex;

e) Franki.

5.3.4.2 Pré-moldadas

a) metálicas;

b) de madeira.

5.4 Prescrições gerais para a execução

5.4.1 Na execução das estacas, o operador não deverá limitar-se, rigo-rosamente, à profundidade prevista no projeto, realizando, porém, a crava-ção até onde a nega da estaca e o material extraído indicarem a presença de camada suficientemente resistente para suportar a obra a ser executa-da.

Page 56: Dnit -Estradas

5.4.2 Quando não definido em projeto, a nega admitida será de 2,0 cm para 10 golpes do martelo, obtida na terceira tentativa consecutiva.

5.4.3 As fundações não poderão ter os blocos invadindo o terreno vizi-nho nem o passeio da rua.

5.4.4 As cabeças das estacas, caso necessário, deverão ser cortadas com ponteiros até que se atinja a cota de arrasamento prevista, não sendo admitida nenhuma outra ferramenta para tal serviço.

5.4.5 As estacas deverão penetrar no bloco de coroamento pelo menos 10,0 cm para estacas de concreto e 20,0 cm para estacas metálicas, salvo especificação em contrário.

5.4.6 Estacas moldadas no solo

5.4.6.1 Serão moldadas por meio de tubo de aço ou equipamento ade-quado, com um bulbo de alargamento da própria massa de concreto, na base.

a) diâmetro mínimo será de 25,0 cm;

b) a dosagem do concreto deverá ser racional, mas será admitida a empírica, quando a taxa nominal de trabalho da estaca for 10 t;

c) as estacas poderão ser armadas ou não;

d) no caso da dosagem empírica, o concreto das estacas apresentará um teor mínimo de cimento de 300,0 kg/m3 de concreto, e será de consis-tência plástica;

e) o espaçamento das estacas, de eixo a eixo, deverá ser, no mínimo, três vezes o diâmetro da menor delas;

f) quando não especificado de modo diverso, o recobrimento mínimo das armaduras das estacas será de 25,0 mm;

g) as estacas sujeitas a deslocamento horizontal serão dotadas de ar-maduras, para absorver os citados esforços;

h) as partes superiores dos fustes das estacas serão ligadas entre si por percintas ou blocos de fundações de concreto armado.

5.4.7 Estacas tipo Strauss

5.4.7.1 São estacas executadas com revestimento metálico recuperá-vel, de ponta aberta, de modo a permitir a escavação do solo. Poderão ser de concreto simples ou armado.

5.4.7.2 Não será admitido o uso em solos onde a camada resistente se situe acima do nível aqüífero, sendo terminantemente vedada sua utilização em argilas submersas de consistência muito mole. As estacas terão com-primento máximo de 15,0 m.

5.4.8 Estacas tipo Franki

5.4.8.1 São estacas executadas com revestimento metálico recuperá-vel, de base alargada, sendo para isso necessário que os últimos 150 litros de concreto sejam introduzidos com uma energia mínima de 2,5MNm, para estacas de diâmetro inferior ou igual a 45,0 cm, e 5,0 MNm para estacas de diâmetro superior a 45,0 cm.

5.4.8.2 Poderão ser utilizadas em qualquer tipo de solo, entretanto de-verão ser adotados cuidados especiais quando empregadas em argila submersa de consistência mole. Em argilas médias e rijas e em locais onde a cravação poderá acarretar danos a prédios vizinhos, será obrigatório que o fuste seja feito por escavação.

6 MANEJO AMBIENTAL

6.1 As estradas de acesso deverão atender às exigências contidas na Especificação DNER-ES-344/97, e na ISA 15 Abertura de Trilhas, Cami-nhos de Serviço e Estradas de Acesso.

6.2 Considera-se como condição básica para a instalação do canteiro a disponibilidade de água potável, a disposição de esgotos sanitários em fossas sépticas, instaladas a distâncias seguras de poços de abastecimento d'água e de talvegues naturais.

6.3 Cuidados deverão ser adotados para evitar represamento e empo-çamento d'água que possam produzir áreas insalubres naturais, causa de proliferação de mosquitos e outros vetores.

6.4 Os solos vegetais removidos de área destinada à instalação do canteiro de obra deverão ser estocado em local não sujeito à erosão, devendo ser reincorporado à área de origem após a desmobilização.

6.5 A desmobilização deverá abranger a recuperação de uso da área anteriormente ocupada pelas instalações.

7 INSPEÇÃO

7.1 Verificação final da qualidade

7.1.1 Tolerância de execução de estaca moldada “in situ”

7.1.2 Quanto a excentricidade:

a) de estaca isolada não travada, será tolerado um desvio entre eixos de estaca e ponto de aplicação da resultante das solicitações do pilar, de 10% do diâmetro;

b) de estaca isolada travada, neste caso, as vigas de travamento deve-rão ser dimensionadas para a excentricidade real, quando a mesma ultra-passar o valor de 10% do diâmetro.

7.1.3 Do conjunto de estacas alinhadas:

Admite-se sem correção, um acréscimo de no máximo 15% sobre a carga admissível de projeto da estaca. Acréscimos superiores deverão ser corrigidos, mediante acréscimos de estacas ou recurso estrutural.

7.1.4 Do conjunto de estacas não alinhadas:

Deverá ser verificada a solicitação em todas as estacas, admitindo-se que na estaca mais solicitada seja ultrapassada em 15%, a carga admissí-vel de projeto. Acréscimos superiores deverão ser corrigidos, mediante acréscimos de estacas ou recurso estrutural.

7.1.5 Quanto ao desvio de inclinação, tolera-se sem medidas correti-vas, um desvio de 1:100.

7.2 Aceitação e rejeição

7.2.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta Especificação.

7.2.2 Ficará a contratante obrigada a demolir e refazer, por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente.

8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

8.1 Escoramentos de cavas de fundações (ensecadeiras)

Serão medidos por metro quadrado de pranchas verticais (ensecadei-ras), com altura determinada pela diferença entre a cota de implantação da ensecadeira e a cota necessária à contenção. Não será medido em sepa-rado o escoramentos e contraventamento das pranchas verticais, bem como, o enchimento e apiloamento do material de enchimento, no caso de ensecadeira dupla.

8.2 Escavação e aterros

A medição dos volumes será feita em metros cúbicos, através das se-ções transversais determinadas, antes e depois da execução dos serviços.

8.3 Blocos e sapatas

Serão medidos separadamente, por metro quadrado de fôrmas coloca-das, por metro cúbico de concreto e por quilograma de aço dobrado e colocado nas fôrmas.

8.4 Estacas

Serão medidas pelo comprimento entre as cotas da ponta e do arrasa-mento; para as estacas moldadas no local, o comprimento medido entre as cotas do topo do bulbo e do arrasamento da estaca concluída. A base da estaca (bulbo), se houver, será considerada para efeito de medição, como um metro linear de estaca cravada e concretada. Não deverá ser incluída na medição o corte das estacas e a perda do seu excesso, inclusive do tubo metálico, se for o caso.

8.5 Tubulões e caixões

Os tubulões serão medidos por metro linear de camisa implantada e cheia de concreto e por metro cúbico de concreto da base alongada. Os caixões serão medidos por metro linear de camisa implantada e por metro cúbico de material de enchimento e de alargamento de base, se houver.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço

DNER-ES 346/97

Edificações - estruturas

RESUMO

Este documento fixa a sistemática a ser adotada para a execução das estruturas de obras prediais, abrangendo os materiais, equipamentos, bem como as fases de inspeção, mediante os controles de material e da execu-ção.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Page 57: Dnit -Estradas

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução das estruturas das edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-ES 330/97 - Obras-de-Arte Especiais - concretos e argamas-sas;

b) DNER-ES 335/97 - Obras-de-Arte Especiais - estruturas de concreto armado;

c) DNER-ES 336/97 - Obras-de-Arte Especiais - estruturas de concreto protendido;

d) ABNT NBR-6118/80 (NB-1) - Projeto e execução de obras de con-creto armado;

e) ABNT NBR-6119/80 (NB-4) - Cálculo e execução de lajes mistas;

f) ABNT NBR-6120/80 (NB-5) - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;

g) ABNT NBR-7190/82 (NB-11) - Cálculo e execução de estruturas de madeira;

h) ABNT NBR-7197/89 (NB-116) - Projeto de estruturas de concreto protendido;

i) ABNT NBR-8800/86 (NB-14) - Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios – método dos estados limites;

j) Códigos e Posturas dos Órgãos Oficiais que jurisdicionem a localida-de da obra;

l) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Serviços de estruturas - serviços que compreendem a execução das peças que são fundamentais na edificação representadas por lajes, vigas e pilares que suportam todos os esforços e

sobre os quais repousam os demais elementos da obra.

4 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos neles referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Deverá ser compatibilizado cuidadosamente o projeto de estrutura com o de fundações, especialmente em havendo fundações em profundi-dade.

5.2 Prescrições e cuidados especiais

5.2.1 Correrá por conta do executante a realização de todos os esco-ramentos julgados necessários.

5.2.2 A execução das estruturas implicará na responsabilidade integral do executante, pela sua resistência e pela estabilidade da obra.

5.2.3 O concreto a ser utilizado deverá satisfazer as condições previs-tas em projeto (Fck, “slumps”, por exemplo), bem como a forma de aplica-ção estabelecida nas Normas Brasileiras.

5.2.4 As barras de aço não deverão apresentar excesso de ferrugem, manchas de óleo, argamassa aderente ou qualquer outra substância que impeça uma perfeita aderência ao concreto.

5.2.5 Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas de serviço (andaimes, balancins, etc.), deverão estar firmes de modo a não provocarem deslocamentos das armaduras.

5.2.6 A armadura não poderá ficar em contato direto com a forma, obe-decendo-se para isso, a distância mínima prevista pela ABNT NBR-6118/80, em seu item 6.3.3.1.

5.2.7 Nos casos de estruturas resistentes ao fogo, o cobrimento deverá atender às exigências da ABNT NBR-5627/80 (NB-503).

5.2.8 Nos casos de estruturas sujeitas a abrasão, a altas temperaturas, a correntes elétricas ou a ambientes fortemente agressivos, deverão ser tomadas medidas especiais para aumentar a proteção da armadura, além do recobrimento mínimo.

5.2.9 As barras de espera deverão estar razoavelmente limpas, evitan-do-se excessiva oxidação das mesmas.

5.2.10 Nas peças sujeitas a ambientes agressivos, recomenda-se o uso de cimento que atenda às ABNT NBR-5736/91 (EB-758) e ABNT NBR-5737/92 (EB-903).

5.2.11 O cimento será obrigatoriamente medido em peso, não sendo permitida sua medição em volume.

5.2.12 As formas e escoramentos deverão obedecer aos critérios da ABNT NBR-7190/82 (NB-11).

5.2.13 O dimensionamento das formas deverá ser feito de modo a evi-tar possíveis deformações devido a fatores ambientais ou provocados pelo adensamento do concreto fresco.

5.2.14 Nas peças de grandes vãos, sujeitas a deformações, as formas deverão ser dotadas da contraflecha necessária.

5.2.15 Antes do início da concretagem, as formas deverão estar limpas e estanques, de modo a evitar eventuais fugas de pasta.

5.2.16 As fôrmas deverão ser molhadas até à saturação a fim de se e-vitar a absorção da água de amassamento do concreto.

5.2.17 Os produtos antiaderentes, destinados a facilitar a desmolda-gem, serão aplicados na superfície da fôrma antes da colocação da arma-dura.

5.2.18 Os andaimes deverão ser perfeitamente rígidos, sendo preferí-vel o emprego de andaimes mecânicos.

5.2.19 Os aditivos com finalidade de modificação das condições de pe-ga, endurecimento, resistência, trabalhabilidade, durabilidade e permeabili-dade do concreto, poderão ser usados, de acordo com as recomendações do fabricante, que devem ser idôneos e com comprovada qualificação, sendo obrigatórias as indicações de marca, procedência, e composição.

5.2.20 O equipamento mínimo para execução do concreto é de uma betoneira e dois vibradores, sendo dispensável a betoneira no caso de uso de concreto pré-misturado. Os vibradores poderão ser de imersão, de forma ou réguas vibradoras, de acordo com a natureza do serviço a ser realizado e desde que satisfaçam à condição de perfeito adensamento do concreto.

5.2.21 O traço do concreto será função da dosagem experimental (ra-cional), na forma preconizada na ABNT NBR-6118/90, item 8.3.1, de manei-ra que se obtenha, com os materiais disponíveis, um concreto que satisfaça as exigências do projeto a que se destina (fck).

5.2.22 Os elementos que caracterizam as dosagens do concreto são:

a) resistência de dosagem aos 28 dias - (fck);

b)dimensão máxima característica (diâmetro máximo) do agregado em função das dimensões das peças a serem concretadas, conforme item 8.1.2.3 da ABNT NBR-6118/80;

c) consistência - medida através do “Slump-test”, de acordo com o mé-todo ABNT NBR-7223/92 (MB-256);

d) composição granulométrica dos agregados;

e) fator água/cimento, em função da resistência e da durabilidade dese-jadas;

f) controle de qualidade a que será submetido o concreto;

g) adensamento a que será submetido o concreto;

h)índices físicos dos agregados (massa específica, peso unitário, coefi-ciente de inchamento e umidade).

5.3 Tipos de estrutura de concreto armado

5.3.1 Quanto ao acabamento: aparente, liso ou polido, apicoado ou ja-teado.

5.3.1.1 Para garantir o acabamento aparente, serão empregados afas-tadores de armadura tipo “clips” plásticos, com as armaduras sendo reco-bertas com aguada de cimento ou protegidas com filme de polietileno, o que as defenderá da ação atmosférica no período entre sua colocação na fôrma e o lançamento do concreto.

5.3.1.2 É vedado o uso de óleo queimado como agente protetor e ou-tros produtos que posteriormente venham a prejudicar a uniformidade de coloração do concreto aparente.

5.3.1.3 Para o acabamento apicoado, remove-se a camada superficial e endurecida, deixando expostos os agregados do concreto. A textura da superfície varia com o tipo de ferramenta utilizada e o método aplicado.

5.3.2 Quanto à densidade: convencional ou estrutural leve.

5.3.2.1 O concreto armado ou protendido convencional deve obedecer às ABNT NBR-6118/80 e ABNT NBR-7197/89, tendo os materiais as carac-terísticas preconizadas nestas Normas.

Page 58: Dnit -Estradas

5.3.2.2 O concreto estrutural leve, é um concreto estrutural de agrega-dos leves, que possua resistência à compressão, aos 28 dias, superior a 17,5 MPa (175 kgf/cm2 ) e peso específico seco também aos 28 dias inferior a 1850 kg/m3 .

5.4 Execução

5.4.1 O transporte do concreto deverá ser efetuado de maneira que não haja segregação ou desagregação de seus componentes nem perda sensível de qualquer deles por vazamento ou evaporação. Não será permi-tido o uso de carrinhos com roda de ferro ou de borracha maciça.

5.4.2 No bombeamento de concreto, deverá existir um dispositivo es-pecial na saída do tubo para evitar a segregação. O diâmetro interno do tubo deverá ser, no mínimo, três vezes o diâmetro máximo do agregado.

5.4.3 O transporte do concreto não deve exceder ao tempo máximo permitido para seu lançamento.

5.4.4 O transporte a longas distâncias só será admitido em veículos especiais dotados de movimento capaz de manter uniforme o concreto misturado.

5.4.5 Não será permitido o lançamento de concreto de altura superior a 2,0 m. Para evitar segregação em quedas livres maiores que a menciona-da, utilizar-se-ão calhas apropriadas. No caso de peças estreitas e altas, o concreto deverá ser lançado por janelas abertas na parte lateral ou por meio de funis ou trombas.

5.4.6 Nas peças com altura superior a 2,0 m, com concentração de fer-ragem e de difícil lançamento, além dos cuidados do item anterior deverá ser colocada no fundo da forma uma camada de argamassa com 5,0 cm a 10,0 cm de espessura, feita com o mesmo traço do concreto que vai ser utilizado, evitando-se com isto a formação de “ninhos de pedra”.

5.4.7 O intervalo máximo de tempo permitido entre o término do amas-samento do concreto e o seu lançamento não deverá exceder a uma hora. Quando do uso de aditivos retardadores de pega o prazo para lançamento poderá ser aumentado em função das características do aditivo.

5.4.8 Em nenhuma hipótese será permitido o lançamento após o início da pega.

5.4.9 Não será permitido o uso do concreto remisturado.

5.4.10 Não será permitido o adensamento manual.

5.4.11 Serão adotadas as devidas precauções para evitar vibração da armadura, de modo a não formar vazios ao seu redor nem dificultar a aderência com o concreto.

5.4.12 Os vibradores de imersão não deverão ser deslocados horizon-talmente. A vibração será apenas a suficiente para que apareçam bolhas de ar e uma fina película de água na superfície do concreto. A vibração deverá ser feita a uma profundidade não superior a agulha do vibrador. As cama-das a serem vibradas preferencialmente terão espessura equivalente a ¾ do comprimento da agulha. As distâncias entre os pontos de aplicação do vibrador serão da ordem de 6 a 10 vezes o diâmetro da agulha (aproxima-damente 1,5 vezes o raio de ação). Será aconselhável a vibração por períodos curtos em pontos próximos, ao invés de períodos longos num único ponto ou em pontos distantes. A vibração próxima às formas (menos de 100,0 mm), deverá ser evitada no caso do vibrador de imersão.

5.4.13 Durante a concretagem poderão ocorrer interrupções previstas ou imprevistas. A junta formada, denominada fria, deve-se cuidar para que não coincida com os planos de cisalhamento.

5.4.14 Quando não houver especificação em contrário, as juntas em vi-gas serão preferencialmente, em posição normal ao eixo longitudinal da peça (juntas verticais).

5.4.15 A concretagem das vigas deverá atingir o terço médio do vão, não sendo permitidas juntas próximas aos apoios.

5.4.16 Na ocorrência de juntas em lajes, a concretagem deverá atingir o terço médio do maior vão, localizando-se as juntas paralelamente a armadura principal. Em lajes nervuradas as juntas deverão situar-se parale-lamente ao eixo longitudinal das nervuras.

5.4.17 As juntas deverão permitir uma perfeita aderência entre o con-creto já endurecido e o que vai ser lançado.

5.4.18 Quando da retomada da concretagem, a superfície da junta concretada deverá ser limpa, e saturada com jatos d’água.

5.4.19 Qualquer que seja o processo empregado para a cura do con-creto, a aplicação deverá se iniciar tão logo termine a pega e continuar por um período mínimo de sete dias.

5.4.20 Quando no processo de cura for utilizada uma camada de pó de serragem, de areia ou qualquer outro material adequado, esta deverá ser mantida permanentemente molhada e com uma espessura mínima de 5,0 cm.

5.4.21 Quando for utilizado processo de cura por aplicação de vapor d’água, a temperatura deverá ser mantida entre 38o C e 66o C, por um período de aproximadamente 72 horas.

5.4.22 A retirada das formas deverá obedecer à ABNT NBR-6118/80, considerando os seguintes prazos:

a) faces laterais: três dias;

b) faces inferiores: 14 dias;

c) faces inferiores sem pontaletes: 21 dias.

5.4.23 A retirada do escoramento de tetos será feita de maneira conve-niente e progressiva, com especiais cuidados para as peças em balanço.

5.4.24 A posição das fôrmas - prumo e nível - será objeto de verifica-ção permanente, especialmente durante o processo de lançamento do concreto. Quando necessária, a correção será efetuada imediatamente, com emprego de cunhas, escoras, ou outros.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

Deverá ser realizado o controle de recebimento do material conforme recomendado na DNER-ES-330/97.

6.2 Controle da execução

Deverão ser adotadas as recomendações contidas nas DNER- ES 335/97 e DNER- ES 336/97.

6.2.1 O controle da resistência do concreto obedecerá rigorosamente ao disposto no item 15.1.1 da ABNT NBR-6118/80.

6.2.2 Será retirado o mínimo de um exemplar para cada 25,0 m3 de concreto aplicado. Cada exemplar deverá ser constituído de dois corpos-de-prova. Na hipótese de modificação de materiais ou traço, serão extraí-dos corpos-de-prova adicionais.

6.2.3 Serão moldados corpos-de-prova representativos de cada ele-mento da estrutura, à razão mínima de oito exemplares nas fundações, quatro exemplares em cada teto com as respectivas vigas e quatro exem-plares nas extremidades dos pilares de cada pavimento.

6.2.4 Em obras importantes e naquelas em que houver dúvidas sobre o resultado dos ensaios não destrutivos, serão também ensaiados corpos-de-prova extraídos da estrutura.

6.3 Verificação final da qualidade

Deverão ser verificados as cotas, alinhamentos e dimensões das peças estruturais, tomando-se como referências as indicações do projeto.

6.4 Aceitação e rejeição

6.4.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta Norma.

6.4.2 Serão rejeitados, todos os trabalhos que não satisfaçam às con-dições contratuais.

6.4.3 Ficará o executante obrigado a demolir e refazer os trabalhos im-pugnados, logo após o recebimento da ordem de serviço correspondente, ficando, por sua conta exclusiva, as despesas decorrentes dessas provi-dências.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Serão medidos separadamente, por metro quadrado de fôrmas coloca-das, por metro cúbico de concreto e por quilograma de aço dobrado e colocado nas fôrmas. Não serão medidos a mão-de-obra, materiais, equi-pamentos, transportes e encargos, uma vez que os mesmos foram conside-rados na composição dos preços unitários.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço

DNER-ES 347/97

Edificações - alvenarias e painéis

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada na execução de al-venarias e painéis nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

Page 59: Dnit -Estradas

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução dos serviços de alvenaria e painéis em edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-8545/84 (NB-788) - Execução de alvenaria sem função estrutural;

c) ABNT NBR-11673/91 (EB-2063) - Divisórias leves internas modula-das - perfis metálicos.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Alvenaria e painéis - elementos destinados a separar ambientes ex-ternos e internos, utilizando materiais adequados e específicos, para cada finalidade.

4 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços deverão ser executados, rigorosamente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos nele referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Material

5.1.1 As alvenarias de tijolos serão executadas com tijolos furados, ou maciços, de barro cozido.

5.2 As espessuras indicadas em planta referem-se sempre às paredes depois de revestidas.

5.3 Os tijolos serão ligeiramente molhados, antes da colocação.

5.4 Para assentamento de tijolos furados ou maciços serão utilizadas argamassas 1:3:5 de cimento, areia e saibro macio; ou 1:2:9 de cimento, cal em pasta e areia média.

5.5 As alvenarias recém concluídas deverão ser mantidas ao abrigo das chuvas.

5.6 As fiadas serão niveladas, alinhadas e aprumadas perfeitamente. As juntas terão espessura máxima de 15mm.

5.7 Não será permitido o uso de tijolos com os furos voltados no senti-do da espessura das paredes.

5.8 Para fixação de esquadrias e rodapés de madeira, serão emprega-dos tacos de madeira embutidos na parede. O espaçamento máximo entre tacos será de 80,0 cm.

5.9 Os vãos de portas e janelas levarão vergas de concreto armado, com traspasse mínimo de ¼ do vão, para cada lado.

5.10 As paredes de vedação, sem função estrutural, sofrerão um aper-to contra as vigas ou lajes através de fiada de alvenaria de tijolos dispostos obliquamente, aperto este a ocorrer oito dias após a conclusão de cada trecho de parede.

5.11 Todos os parapeitos, guarda-corpos, platibandas e paredes baixas de alvenaria de tijolos, não apertados na parte superior, receberão percin-tas de concreto armado, como respaldo.

5.12 Na alvenaria de tijolos especiais aparentes a parede será apru-mada numa das faces. Em paredes perimetrais, o faceamento será sempre pelo lado externo.

5.13 Na execução de cintas e vergas, nas paredes de tijolo aparente, o concreto não aparecerá na fachada, devendo estas peças serem recuadas de cerca de ½ tijolo.

5.14 No caso de aparecerem eflorescências, nas paredes de tijolo apa-rente, a lavagem deve ser feita com água levemente acidulada e as super-fícies escovadas.

5.15 Na execução de alvenaria de blocos de concreto será empregada argamassa de cimento areia no traço de 1:4.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

O controle de recebimento do material será realizado através da identi-ficação do tipo e das dimensões.

6.2 Verificação final da qualidade

O controle de qualidade será realizado visualmente.

6.3 Aceitação e rejeição

Deverão atender aos seguintes critérios:

6.3.1 A aceitação dos serviços de alvenaria estará condicionada ao a-tendimento às exigências contidas nesta Especificação.

6.3.2 Serão rejeitados, todos os trabalhos que não satisfaçam às con-dições de alinhamento, prumo e desempeno.

6.3.3 Ficará a executante obrigada a demolir e refazer os trabalhos im-pugnados, e, por sua conta exclusiva, as despesas decorrentes.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços serão pagos medindo-se a área de alvenaria, ou painel, efetivamente executados. A mão-de-obra, materiais, ferramentas, transpor-tes e encargos não serão medidos por estarem incluídos na composição do preço unitário.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço DNER-ES 348/97

Edificações - coberturas

RESUMO

Este documento apresenta a sistemática concernente a materiais, exe-cução e inspeção dos serviços necessários à construção das coberturas das edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer a sistemática a ser adotada na execução das coberturas das edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-8039/83 (NB-792) - Projeto e execução de telhados com telhas cerâmicas tipo francesa;

c) ABNT NBR-7196/83 (NB-84) - Folha de telha ondulada de fibroci-mento.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições de 3.1 a 3.2.

3.1 Cobertura - compreende o madeiramento e o telhamento das edifi-cações.

3.2 Rufo - elemento utilizado para fazer a concordância da parede com o telhado, podendo ser metálico ou constituído por saliências de concreto armado embutidas no paramento vertical e não solidário às telhas.

4 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos nele referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Tipos de coberturas

5.1.1 A estrutura da cobertura, sobre a qual são assentadas as telhas, classifica-se de acordo com a natureza do material empregado, a saber:

a) madeira;

b) estrutura metálica.

5.1.2 São usualmente utilizados os seguintes tipos de telhas:

a) telhas cerâmicas;

b) telhas de cimento amianto;

c) telhas de fibrocimento;

d) telhas de alumínio;

e) telhas de vidro.

5.1.3 As últimas citadas são utilizadas em proporções reduzidas nas coberturas, contribuindo, exclusivamente, para o processo de iluminação.

5.2 Execução

5.2.1 A estrutura de madeira da cobertura deve ser constituída por te-souras, cumeeiras, terças, caibros, pontaletes, espigões, ripas e respecti-vas peças de apoio, e na sua execução deve prever as emendas coinciden-tes nos apoios, sobre as asnas das tesouras ou sobre pontaletes, de forma a obter maior segurança e rigidez na ligação.

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5.2.2 As vigas de concreto armado do forro deverão ser aproveitadas para apoio da estrutura do telhado.

5.2.3 O madeiramento da cobertura poderá ser de peroba do campo, ipê, maçaranduba ou equivalente.

5.2.4 Toda a estrutura de madeira deve receber tratamento com produ-to a base de resinas sintéticas, pentaclorofenol e naftanato de ferro, combi-nados com agentes plásticos repelentes à água, de fácil aplicação à bro-cha, pistola ou imersão.

5.2.5 Todas as emendas de linhas levarão talas de chapa ou braçadei-ra com parafusos.

5.2.6 No caso de estrutura metálica, será evitado o contato da mesma com telhas de alumínio, aplicando-se pintura à base de cromato de zinco entre as duas superfícies.

5.2.7 Nas coberturas com usos de telhas de fibrocimento, autoportan-tes de alumínio, de aço ou de madeira ondulada, deverão ser obedecidas rigorosamente as orientações dos fabricantes.

5.2.8 Durante a execução dos serviços, o trânsito será sempre feito so-bre as madeiras da cobertura e nunca sobre as telhas nuas.

5.2.9 A vedação será realizada com calafetador que mantenha flexibili-dade permanente, e apresente aderência e resistência à água e à ação do tempo.

5.2.10 Serão usados rufos para fazer as concordâncias de paredes com os telhados, podendo ser metálicos ou constituídos por saliências de concreto armado embutidas no paramento vertical e não solidários às telhas.

5.2.11 Caso seja utilizado rufo de concreto, deverá ser devidamente impermeabilizado.

5.2.12 O telhamento com telhas de alumínio terá inclinação mínima de 10o (17,6%), procurando-se sempre vencer o vão com uma única peça, de modo a evitar a existência de junta transversal.

5.2.13 A colocação das chapas de alumínio será feita dos beirais para as cumeeiras, com o sentido da montagem contrário ao dos ventos domi-nantes.

5.2.14 No sentido longitudinal o espaçamento dos elementos de fixa-ção será de no máximo 1,0 m, e no transversal de duas ondas.

5.2.15 Os furos nas telhas serão, no máximo, 0,8 mm maiores do que o diâmetro do parafuso. A distância entre o furo e a borda da telha será no mínimo de 40,0 mm.

5.2.16 Poderão ser usadas telhas especiais de alumínio, constituídas de duas chapas de alumínio, recheadas com espuma rígida de poliuretano, para os casos indicados, como necessário o isolamento térmico.

5.2.17 O telhamento com telhas de cimento amianto terá inclinação mí-nima de 3% para a utilização de uma única peça e de 9% quando ocorrer superposição de peças.

5.2.18 Os elementos de fixação, de preferência serão de alumínio. Quando utilizados em aço, necessariamente galvanizados.

5.16 A cobertura com telhas cerâmicas terá inclinação mínima de 32,4% (ângulo de 18o) e de 50% (26o33’) quando o comprimento dos canais for superior a 5,0 m.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

O controle de recebimento dos materiais será realizado visualmente.

6.2 Verificação final da qualidade

Na execução das coberturas será observado o atendimento às indica-ções do projeto no que diz respeito às dimensões, alinhamentos e declivi-dades.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

As coberturas devem ser medidas pela sua projeção em metros qua-drados, sendo que na composição do seu preço unitário devem estar incluídos, mão-de-obra, materiais, equipamentos, transportes e encargos fiscais e trabalhistas.

Norma rodoviária

Especificação de Serviço - DNER-ES 349/97

Edificações - impermeabilização

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada na impermeabiliza-ção nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução da impermeabilização das obras de edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-12190/92 (NB-279) - Seleção de impermeabilização.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Impermeabilização - Aplicação de processo que torna impermeável à água, uma peça, solo ou elemento estrutural.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de a-cordo com o projeto, desenhos, e demais elementos nele referidos.

4.2 Durante a realização de impermeabilizações será estritamente ve-dada a passagem, no recinto dos trabalhos, de pessoas estranhas a estes serviços.

4.3 Nas impermeabilizações com asfaltos ou elastômeros, será termi-nantemente proibido o uso de tamancos ou sapatos de sola grossa.

4.4 Serão adotadas medidas especiais de segurança contra o perigo de intoxicação ou inflamação provocada por gases tóxicos, devendo-se assegurar ventilação suficiente no recinto. Os funcionários são obrigados a usar máscaras especiais, bem como, utilizar equipamento elétrico garantido contra centelhas.

4.5 As impermeabilizações serão executadas por funcionários habilita-dos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Tipos de impermeabilização

5.1.1 O tipo adequado de impermeabilização será determinado segun-do a solicitação imposta pela água, a saber: contra água sob pressão; contra água de percolação; e contra a umidade do solo.

5.1.2 Os tipos de impermeabilização contra água sob pressão compre-endem:

a) concreto impermeável;

b) argamassa impermeável;

c) cimentos especiais cristalizados;

d) membranas asfálticas; e,

e) membranas de polímeros.

5.1.3 Os tipos de impermeabilização contra água de percolação com-preendem, além dos citados no item anterior, os seguintes:

a) revestimentos impermeáveis;

b) membranas de polímeros moldadas no local.

5.1.4 Os tipos de impermeabilização contra umidade do solo compre-endem:

a) concreto impermeável;

b) argamassa impermeável;

c) cimentos especiais cristalizados.

5.2 Execução

5.2.1 A impermeabilização de lajes de cobertura será realizada levando em conta as juntas de dilatação, as de ruptura e de movimento, as linhas de cumeada ou espigões, e linhas de escoamento ou rincões, as cotas de nível e declividades, as calhas, ralos e caixas de condutores de águas

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pluviais, saliências, canteiros, jardineiras, ventiladores, lanternas, aberturas diversas e outros pontos notáveis da cobertura.

5.2.2 Deve-se procurar conseguir uma inclinação ótima de 1,5% a 2,5%, para impermeabilizações do tipo de membranas, admite-se uma declividade mínima nas calhas e rincões de 1,0%.

5.2.3 Deverão merecer maior cautela e atenção os locais de concor-dância dos ralos e bocas de condutores de águas pluviais com a imperme-abilização.

5.2.4 A impermeabilização passará por cima da gola dos ralos, sendo reforçada com tecido apropriado, em uma faixa com largura mínima de 15,0 cm a volta de cada boca e mergulhará até a bolsa do condutor, quando possível.

5.2.5 Nas vizinhanças de cada boca deve-se prever um aumento de declividade para 5% a 7%, e um rebaixo de 2,0 cm, no mínimo, em uma faixa de 15,0 cm circundando a boca ou caixa de ralo.

5.2.6 Todos os ralos de cobertura levarão proteção removível, de aces-so suficiente para reter os detritos previsíveis para o local considerado, mas não tão apertado que entupam com facilidade.

5.2.7 Os trabalhos de impermeabilização serão realizados com o tempo seco e firme.

5.2.8 No lançamento das camadas impermeáveis, tomar especial cui-dado para que não permaneçam água ou umidade, formadoras de futuras bolsas de vapor.

5.2.9 As camadas protetoras serão executadas com particular cuidado para que seu assentamento não danifique a impermeabilização propriamen-te dita.

5.2.10 Serão meticulosamente estudados quanto à forma, disposição, proteção e concordância, os seguintes elementos: muretas, platibandas, base de paredes, rodapés, relevos, soleiras, aberturas, bases de equipa-mentos, linhas de separação entre materiais diferentes, penetração de tubos de ventilação, de antenas de rádio e TV, de chaminés, passagem de canalizações, calhas, ralos e businotes e juntas diversas.

5.2.11 Nos casos de rodapés junto a muretas e paredes, será sempre preferível a proteção com pingadeiras e saliências ou chapas de recobri-mento, evitando-se quando possível, o recurso de simples arremate da camada impermeável em rasgos ou rebaixos abertos nos paramentos verticais.

5.2.12 Os reservatórios terão as paredes laterais e o fundo cuidadosa-mente impermeabilizados pela face interna. A tampa receberá proteção pela face superior externa. Os reservatórios destinados à água potável, serão impermeabilizados de modo a não comunicar qualquer odor ou gosto. A impermeabilização nas paredes laterais, deverá se estender até a altura de 30,0 cm, pelo menos, acima do nível máximo da água. Após a conclusão dos serviços de impermeabilização, será deixada uma lâmina d’água com altura de 20,0 cm, no interior do reservatório.

5.2.13 Nos subsolos, as impermeabilizações deverão ser envolvidas em maciços de construção resistente; levando-se em conta que as cama-das impermeáveis só resistem a esforços normais a seu plano, que as cargas deverão ser uniformemente distribuídas, e que a eficácia só é garan-tida quando a camada impermeável está permanentemente apertada entre duas superfícies resistentes, pode-se tomar a taxa de 1,0 MPa como sufici-ente, mas também necessária.

5.2.14 Os embasamentos de construções ao nível do solo, as paredes perimetrais e internas, serão impermeabilizadas desde as fundações até a altura de 30,0 cm acima do piso externo acabado, com argamassa imper-meável; nas superfícies externas das paredes perimetrais, até a altura de 60,0 cm acima do piso interno acabado; nas superfícies internas das pare-des perimetrais e nas superfícies das demais paredes, até a altura de 15,0 cm acima do piso interno acabado.

5.2.15 O concreto impermeável consistirá na adição de plastificante e densificador na sua fabricação, sendo do tipo BV-DIN e PL.

5.2.16 O sistema de impermeabilização, que prevê o uso de cimentos cristalizados, usa aditivos de composição inorgânica, hidrófilos, utilizando a água existente para sua reação, penetrando por capilaridade, cristalizando-se no interior da estrutura e permanecendo protegido pela mesma, é indi-cado em duas situações: a) pressão hidrostática positiva e umidade do solo, como reservatórios, piscinas, subsolos; b) pressão hidrostática negati-va, como subsolos, reservatórios, e outros. É contra indicado para superfí-cies expostas e sujeitas a variação térmica.

5.2.16.1 Em situação de pressão positiva utiliza-se um cimento de pega normal, dotado de aditivos químicos mineralizados, e um segundo compo-nente que é uma emulsão adesiva à base de PVA (acetato de polivinila). No caso da pressão negativa, o sistema é formado por dois cimentos cristali-zados, sendo um de pega rápida e o outro de pega normal.

5.2.16.2 A superfície a receber o sistema deverá estar curada e limpa, necessariamente porosa, para que a aderência seja resguardada. Será indispensável que a superfície a impermeabilizar, após curada, encontre-se úmida.

5.2.16.3 Após a mistura da emulsão adesiva (caso da pressão positiva) com o cimento cristalizado, a pasta pronta será aplicada com brocha, em demãos cruzadas. O número e intervalo entre demãos serão indicados pelo fabricante do produto. No caso da pressão negativa, aplica-se a mistura dos dois cimentos cristalizados com trincha, na proporção, modo e consumo indicados pelo fabricante.

5.2.17 Na impermeabilização com membranas de feltro asfáltico, o as-falto a empregar será o oxidado, com pontos de fusão médio de 84º e 94o C. O feltro asfáltico será constituído por fibras orgânicas - linter de algodão e celulose - saturado com asfalto. O feltro poderá ser dos tipos 250/15, 330/20, 420/25 ou 500/30. A quantidade de saturante será de 120% do peso do cartão cru, que acarreta pesos de 550,0 g, 750,0 g, 950,0 g e 1100,0 g/m2 (valores nominais). O número de membranas será de três para módulos construtivos de até 24,0 m; quatro para módulos entre 24,0 m e 34,0 m; e cinco para maiores que 34,0 m.

5.2.17.1 A aplicação da primeira demão de asfalto oxidado será com esfregalho (consumo de 2,0 kg/m2).

5.2.17.2 O esfregalho, sempre contendo asfalto, irá avançando encos-tado ao rolo de feltro, o que permitirá aquecê-lo e impregná-lo com asfalto.

5.2.17.3 O asfalto oxidado deverá formar uma pequena onda - quanti-dade maior na frente do rolo - o que evitará a formação de bolsas de ar entre o asfalto e o feltro. O feltro será apertado e batido contra o asfalto ainda quente, especialmente nas bordas, para eliminar formação de bolsas de ar. 5.2.17.4 O asfalto oxidado terá penetração de acordo com a declivi-dade da superfície a impermeabilizar - normalmente 20/30 - e será aplicado na temperatura de 180º a 200o C, verificado com uso do termômetro.

5.2.17.5 O recobrimento mínimo das juntas dos feltros será de 200,0 mm para as longitudinais e 100,0 mm para as transversais.

5.2.17.6 Sobre a última membrana de feltro, aplicar a última demão de asfalto oxidado, com o consumo de 2,0 kg/m2. Com esta demão ainda quente, será estendida e colada uma folha de telhado asfáltico mineralizado (ASTM 249-60), para melhorar a aderência da proteção mecânica e evitar danos à impermeabilização.

5.2.18 A impermeabilização com membrana de elastômero butil , anco-rada no perímetro, exige limpeza geral e cuidadosa de todas as superfícies a impermeabilizar. Será realizada inicialmente, uma camada separadora constituída por cimento, emulsão betuminosa com carga e areia média no traço volumétrico de 1:4:12 e terá 5,0 mm de espessura. A camada separa-dora prolongar-se-á até a altura de 20,0 cm nos elementos emergentes. Junto aos ralos, a camada separadora será reforçada com véu de fibra de vidro, com largura mínima de 15,0 cm a volta de cada boca. Sempre que possível a camada separadora mergulhará sob as peças de soleira.

5.2.18.1 Será realizada uma camada protetora em argamassa, com 2,0 cm de espessura, de cimento/areia média (1:4) em volume, estruturada com tela. A tela será de tecido com malha quadrangular 50,8 mm (2”) e fio 16 BWG galvanizado.

5.2.18.2 Após a camada protetora curada, será aplicada a camada ber-ço, constituída por emulsão betuminosa com carga, aplicada a frio, na proporção aproximada de 0,6 kg/m2.

5.2.18.3 Sobre a camada berço, seca ao tato, será estendida a mem-brana de elastômero butil, com 1,0 mm, por toda a área a impermeabilizar. Aguarda-se cerca de 30 minutos para que o lençol se acomode à superfí-cie. As ligações das membranas serão realizadas com emprego de fitas e adesivos, sendo a membrana ancorada apenas na periferia, nas tubula-ções, nos elementos emergentes e nos ralos. Na periferia, a ancoragem será efetuada com o emprego de perfis de alumínio, pré-fabricados para esta finalidade. Para evitar danos, o perfil de alumínio será recoberto com fita adesiva de papel crepado e precederá a execução do reboco.

5.2.19 A argamassa impermeável consiste na adição de hidrófugo de massa à argamassa de cimento e areia preparada no traço volumétrico de 1:3. A espessura mínima admissível da argamassa será de 3,0 cm, em

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duas camadas de 1,5 cm, aplicada inicialmente sobre camada de chapisco (cimento e areia 1:2). A espessura da argamassa impermeável será em função da pressão da água, sendo de 3,0 cm para 10,0 m de coluna d’água e a partir desta pressão, um acréscimo de 1,0 cm para cada aumento de 5,0 m de coluna. O aumento da espessura da argamassa será obtido pela aplicação de um maior número de camadas, respeitando o limite máximo de 1,5 cm de espessura por camada. O intervalo de tempo entre as aplica-ções das camadas será de 12 horas a 24 horas.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

6.1.2 No recebimento do material deverá ser exigida, para cada carre-gamento que chegar à obra, a apresentação de certificado de qualidade do material, resultante de análise em laboratório oficial.

6.1.3 Também, deverá ser realizada a inspeção visual por ocasião do recebimento.

6.2 Verificação final da qualidade

6.2.1 O teste nas lajes de cobertura será precedido da vedação de to-dos os ralos e saídas d’água, inclusive bordas livres das lajes. No caso de varandas, pisos de poços e áreas internas destinadas a receber revesti-mento, o teste será realizado antes da camada protetora e de pavimenta-ção, porém, depois da execução da camada de aderência. Assegurada a vedação de todas as saídas, a área a ensaiar será cheia até uma altura média de 5,0 cm acima do nível da membrana impermeável, não devendo atingir o nível do rodapé ou remate da membrana no plano vertical.

6.2.2 O plano d’água será mantido por cinco dias consecutivos, no ní-vel indicado no item anterior.

6.2.3 O ensaio será considerado satisfatório se nenhuma fuga ou sinal de umidade se manifestar na obra.

6.2.4 O concreto impermeável deverá impedir a passagem de água a mais de 3,0 cm, com pressões de 0,1 MPa por 48 horas, 0,3 MPa por 24 horas e 0,7 MPa por 12 horas, sucessivamente.

6.3 Aceitação e rejeição

6.3.1 A aceitação dos serviços preliminares estará condicionada ao a-tendimento às exigências contidas nesta Especificação.

6.3.2 Serão rejeitados, todos os trabalhos que não satisfaçam às con-dições contratuais.

6.3.3 Ficará o executante obrigado a demolir e refazer, por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

As áreas impermeabilizadas deverão ser medidas pela sua projeção em metros quadrados, sendo que na composição do seu preço unitário estarão incluídos mão-de-obra, materiais, equipamentos, transportes e encargos.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço

DNER-ES 350/97

Edificações - revestimento de pisos

RESUMO

Este documento fixa a sistemática a ser adotada para a execução dos pisos de obras prediais, abrangendo os materiais, equipamentos e os procedimentos para a execução, bem como as fases de inspeção, mediante os controles de material e da execução, e os critérios de aceitação e rejei-ção .

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução do revestimento de piso das edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-ES 301/97 - Pavimentação – Pavimento Flexível - sub-base estabilizada granulometricamente;

b) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

c) ABNT NBR-6451/84 (EB-14) - Taco de madeira para assoalho;

d) ABNT NBR-12655/92 - Preparo, controle e recebimento do concreto.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Revestimento de piso - camada executada com o objetivo de dotar a edificação de um acabamento de piso, adequado ao uso a que se destina a área construída.

4 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos nele referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 As pavimentações só poderão ser executadas após o assentamen-to das canalizações.

5.2 A argamassa para o assentamento de ladrilhos cerâmicos não con-terá cal, para evitar o aparecimento de manchas brancas na superfície das peças.

5.3 As pavimentações de áreas destinadas a lavagem, ou sujeitas à chuva, terão o caimento necessário para perfeito e rápido escoamento da água para os ralos. A declividade não será inferior a 0,5% (meio por cento).

5.4 Na pavimentação de cerâmica, os ladrilhos serão assentados de modo a deixar juntas perfeitamente alinhadas, de espessura mínima e tomadas a cimento branco ou Portland comum.

5.4.1 Para o assentamento de ladrilhos será usado argamassa de ci-mento, areia e saibro macio no traço volumétrico de 1:2:3. Na falta de saibro, a substituição por argamassa de cimento areia no traço volumétrico de 1:5. De preferência, o assentamento será com argamassa de alta adesi-vidade.

5.4.2 Depois de determinada a pega da argamassa, será verificada a perfeita colocação, percutindo-se os ladrilhos e substituindo-se as peças que não apresentem completa segurança.

5.4.3 As juntas não deverão exceder a 2,0 mm nos ladrilhos de dimen-sões superiores a 200,0 mm x 300,0 mm ou área superior a 400,0 cm2, e a 1,2 mm nos ladrilhos de dimensões inferiores a estas.

5.5 Para o revestimento de piso com argamassa de alta resistência, são considerados os seguintes componentes do sistema:

a) sub-base - laje de concreto com ou sem armadura;

b) base - chapisco e contrapiso de correção;

c) pavimentação - camada de argamassa de alta resistência.

5.5.1 Eventualmente, poderá haver a execução simultânea da sub-base com a pavimentação, o que dispensará a base, ou seja, o chapisco e o contrapiso de correção.

5.5.2 Para a laje de concreto, o teor mínimo de cimento por metro cúbi-co de concreto deve ser de 300 kg, com espessura mínima de 10,0 cm.

5.5.3 O chapisco terá de 3,0 mm a 4,0 mm de espessura e o objetivo de garantir a perfeita aderência entre a laje de concreto, o contrapiso e a pavimentação, é composto de cimento (que não seja de alto forno), areia grossa, no traço volumétrico de 1:2.

5.5.4 O contrapiso de correção será executado com argamassa de ci-mento (que não seja de alto forno) e areia grossa no traço volumétrico de 1:3, com baixa dosagem de água (mistura mecânica).

5.5.5 A argamassa de alta resistência terá a espessura, traço e fator água cimento de acordo com as indicações do fabricante, em função do tipo de solicitação da área, se para tráfego leve, médio ou pesado. A espessura será de no mínimo, 8,0 mm para trânsito industrial “rolando” e solicitação leve;

12,0 mm para trânsito industrial “deslizando” e solicitação média; e 15,0 mm para trânsito industrial com golpes e choques, e solicitação pesada.

5.5.6 Serão realizadas juntas, previamente projetadas, havendo neces-sidade de coincidência das juntas de acabamento com as da sub-base. Haverá, a 20,0 mm das paredes circundantes, uma junta de contorno. As juntas serão confeccionadas com tiras de metal (espessura mínima de 1,6 mm) ou de plástico (espessura mínima de 3,0 mm). Proibido o emprego de junta de madeira.

5.5.7 Os acabamentos poderão ser:

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- lisos : Após o sarrafeamento e já com a argamassa de alta resistência ligeiramente endurecida, alisados com desempenadeira metálica.

- polidos : Após obter o acabamento liso (depois de oito dias de lança-do), proceder o polimento da superfície com politriz.

- áspero : Obtido o acabamento liso, aguarda-se de meia a uma hora e espreme-se, sobre a superfície, uma esponja encharcada com água; em seguida, faz -se absorver esta água com a mesma esponja. Esta operação remove o cimento superficial, deixando expostos os grãos do agregado, conferindo à superfície o acabamento áspero.

5.6 As superfícies de terreno destinadas a receber pavimentação de pedra portuguesa, ladrilhos, cimentados, ou outros materiais semelhantes, excluídos lajotas, pátios e pistas de concreto, receberão base de concreto simples.

5.7 A sub-base será compactada a pelo menos 95%, em relação à e-nergia do Proctor Normal, DNER-ES 301/97 (ABNT NBR-7182/86).

5.8 A espessura das bases de concreto será de, no mínimo, 8,0 cm nos locais sujeitos a trânsito “rolando” ou “deslizando” e à solicitação “leve”; e 12,0 cm, nos de tráfego que acarrete golpes e choques e solicitação do tipo “pesado”. O traço volumétrico do concreto de cimento, areia e brita será de 1:2:4.

5.9 Os cimentados, sempre que possível, serão obtidos pelo simples sarrafeamento, desempeno e moderado alisamento do próprio concreto da base, quando ainda plástico. Nos locais em que isto não for possível, usa-se argamassa de cimento e areia, com traço volumétrico de 1:3.

5.10 As superfícies dos cimentados serão cuidadosamente curadas e mantidas conservadas sob permanente umidade durante sete dias após sua execução. A espessura será de 20,0 mm, não sendo em nenhum ponto inferior a 10,0 mm.

5.11 Para o revestimento com placas de borracha/elastômero sobre base de cimentado, o assentamento poderá ser realizado com adesivo apropriado de base de borracha, sobre base perfeitamente lisa ou com argamassa sobre a base, com acabamento cimentado medianamente áspero.

5.12 Para o revestimento com tapetes, há dois tipos de colocação, co-lados e não colados. Para os colados, são considerados os compostos de multifilamentos de poliéster compactados por agulhamento em ambos os lados - “non-woven”, e impregnados em resinas acrílicas e compostos repelentes a sujeiras e cargas eletrostáticas. A parte superior será constitu-ída de “nylon”, virgem, e implantado sobre a manta de filamentos de poliés-ter. A aplicação será executada sobre cimentado com adesivo não solúvel em água. Os não colados serão presos por meio de molduras de madeira, com arremates laterais junto às paredes.

5.13 A pavimentação com placas de laminado fenólico-melamínico será executada sobre base de cimentado.

5.13.1 A base de cimentado terá acabamento ligeiramente camurçado e corretamente nivelado.

5.13.2 O laminado será do tipo de alta densidade, revestido com ca-mada de resina melamínica, que confere cor e padrão à placa protegida por espesso filme, também constituído, por resina melamínica de elevada resistência à abrasão. As juntas entre as placas serão de, no mínimo, 1,0 mm.

5.13.3 O trânsito sobre a pavimentação só será permitido 48 horas a-pós a colocação.

5.13.4 Características mínimas do produto:

a) Resistência à abrasão - CS-17 “wheels taber”: ciclos: 50000, índice de desgaste (g/100 ciclos): 0,0005;

b) Resistência ao impacto - NEMA LDI-2.15: - índice 56”.

c) Resistência à compressão: 2.450 kg/cm2 (245 MPa).

d) Resistência superficial à eletricidade estática: 8,1 x 103 megaohms.

5.14 A pavimentação com tacos de madeira deverá atender ao estipu-lado na ABNT NBR-6451/84, apresentando rebaixos longitudinais que formem perfil tipo “cauda de andorinha”. O assentamento será feito com argamassa de cimento, areia e saibro macio, no traço volumétrico 1:2:3.

5.14.1 Haverá uma junta de dilatação de 10,0 mm junto às paredes, que será recoberta pelo rodapé.

5.14.2 Os tacos serão suavemente golpeados com martelo de borra-cha, para obter aderência completa a base.

5.14.3 Será proibida a passagem por sobre os tacos nas 24 horas se-guintes à sua colocação, ainda que sobre tábuas.

5.14.4 O piso será protegido por uma camada de areia fina, até o tér-mino dos trabalhos. Os soalhos serão lixados, calafetados e encerados.

5.15 O revestimento de piso tipo marmorite, será fundido no local, em placas formadas por juntas de dilatação, constituindo painéis aproximada-mente quadrados, de área inferior a 0,80 m2, cuidadosamente nivelados e aprumados.

5.15.1 A saliência das juntas, acima da camada de base que correpon-derá à espessura da camada de marmorite, deverá ser de 15,0 mm. As juntas de dilatação poderão ser de tiras de latão, cobre, zinco, ebonite, plástico ou alumínio.

5.15.2 A dosagem de marmorite será em função da granulometria do agregado. Para agregado muito fino - nos 0 e 1 - o traço será de 1:1 de cimento branco e mármore triturado ou granilha; para agregado fino - nos 1 e 2 - o traço será de 1:1,5 cimento e mármore ou granilha; para agregado médio - nos 1, 2 e 3 - o traço será de 1:2,5 de cimento e granilha ou már-more; para agregado grosso - nos 3 e 4 - o traço poderá atingir 1:3 de cimento e mármore ou granilha.

5.15.3 Depois de perfeitamente misturados a seco os componentes do marmorite - cimento branco, granilha e corante - será adicionada a água de amassamento, na quantidade suficiente para tornar a mistura plástica, sem segregação dos materiais. Esta, será espalhada e batida sobre a camada de base. A superfície do marmorite será comprimida, com pequeno rolo compressor, de 50 kg no máximo e então, alisada a colher, retirando-se todo o excesso de água e cimento que aflorar à superfície.

5.15.4 A proporção de grânulos de mármore deve ser superior a 70%, com a maior compactação possível. A cura deve ser de, no mínimo, seis dias , mantendo-se a umidade constante.

5.15.5 Decorridos oito dias, no mínimo, do lançamento do marmorite, proceder ao primeiro polimento à máquina, com esmeris de carborundum de no 30 até o de no 60. Dar após a limpeza do polimento inicial, outro final com esmeris, sucessivamente mais finos, de nº 80 ao nº 120. Para o aca-bamento normal, lustra-se com duas demãos, no mínimo, de cera virgem ou de carnaúba branca.

Para o acabamento de luxo, a lustração será feita com sal de azedas (ácido oxálico). 5.16 A pavimentação em pedra “portuguesa” será constituí-da por fragmentos irregulares de pedra, de dimensões entre 30,0 mm e 70,0 mm, escolhidas de modo a formarem desenhos, estes obtidos por meio de gabaritos de madeira. Para o assentamento, será estendida uma camada de mistura seca de cimento, areia e saibro, com traço volumétrico de 1:2:3. O mosaico será formado sobre esta camada, convenientemente irrigado, energicamente comprimido com soquetes de madeira. A superfície deverá ficar perfeitamente unida, desempenada e não saliência entre as pedras.

5.17 O revestimento de piso em placas de vinil-amianto será aplicado com adesivo, recomendado pelo respectivo fabricante. A aplicação do adesivo será efetuada com desempenadeira dentada, e o início do trabalho partir do centro do retângulo ou quadrado. A base ideal será o cimentado desempenado sem queimar, devendo estar totalmente seca. A superfície deverá ser normalizada com massa regularizadora, formada de uma parte de emulsão de acetato de polivinila dissolvida em oito partes de água. Adiciona-se à mistura a quantidade de cimento necessária para conferir à pasta, consistência que permita sua aplicação com espátula. Após esta operação serão as placas de vinilamianto aplicadas com o adesivo.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

Os materiais aplicados deverão atender às exigências preconizadas pelos fabricantes.

6.2 Verificação final da qualidade

6.2.1 Controle geométrico

6.2.1.1 Os alinhamentos e cotas deverão atender às indicações de pro-jeto.

6.2.2.2 As espessuras de camadas deverão atender ao especificado no projeto.

6.2.3.3 Os pisos deverão ser executados com caimento mínimo de 0,5%, para atender ao escoamento das águas em direção aos ralos, no caso de pisos internos, e em direção às bocas de lobo ou bueiros nos casos, de pisos externos.

Page 64: Dnit -Estradas

7.3 Aceitação e rejeição

7.3.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta Especificação.

7.3.2 Serão rejeitados todos os trabalhos que não satisfaçam às condi-ções contratuais.

7.3.3 Ficará a executante obrigada a demolir e refazer, por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Efetuar a medição em m2, de acordo com a área abrangida pelo servi-ço. Não serão medidos, mão-de-obra, materiais, equipamentos, transportes e encargos, já incluídos na composição do preço unitário.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço

DNER-ES 351/97

Edificações - revestimento de paredes

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada na execução do re-vestimento de paredes nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução do revestimento de parede nas obras de edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-7200/82 (NB-231) – Revestimento de paredes e tetos com argamassa - materiais, preparo, aplicação e manutenção.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1.

3.1 Revestimento de paredes - compreende serviços destinados a do-tar as paredes e painéis, de acabamento compatível ao uso a que se desti-nam nas edificações.

4 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços de revestimento de paredes serão executados, rigorosa-mente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos nele referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Os revestimentos deverão apresentar paramentos perfeitamente desempenados e aprumados.

5.2 A superfície da base, para os diversas tipos de argamassas, deverá ser bastante regular para que possa ser aplicada em espessura uniforme.

5.3 A superfície a revestir deverá ser limpa, livre de pó, graxas, óleos ou resíduos orgânicos.

5.4 A superfície para aplicação de argamassa deverá ser áspera.

5.5 Os revestimentos em argamassa, salvo indicação em contrário, se-rão constituídos, no mínimo, por duas camadas superpostas, contínuas e uniformes: o emboço, aplicado sobre a superfície a revestir, e o reboco, aplicado sobre o emboço.

5.6 Objetivando melhorar a aderência do emboço, será aplicada uma camada irregular de argamassa forte sobre a superfície a revestir: o chapis-co.

5.7 As superfícies de paredes e tetos serão limpas e abundantemente molhadas, antes da aplicação do chapisco.

5.8 As superfícies impróprias para base do revestimento, como no caso de madeira ou ferro, deverão ser cobertas com um suporte de revestimento (tela de arame).

5.9 Qualquer camada de revestimento só poderá ser aplicada quando a anterior estiver suficientemente firme.

5.10 A aplicação de cada nova camada exigirá a umidificação da ante-rior.

5.11 Deverão ser executadas guias de emboço, compostas da mesma argamassa de emboço especificado.

5.12 Os emboços e rebocos internos e externos de paredes de alvena-ria, ao nível do solo, serão executados com argamassa no traço de 1:3 de cimento e areia, com aditivo impermeabilizante adequado.

5.13 Os traços volumétricos a serem obedecidos são os seguintes:

a) chapisco - e-dominância de 5,0 mm) 1:3;

b) emboço - o 3,0 mm) 1:2:9, ou cimento e areia fina peneirada 1:8, ou cimento, areia média e saibro macio 1:3:5.

5.14 Os emboços só serão iniciados após completa pega das arga-massas das alvenarias e chapiscos e depois de embutidas todas as tubula-ções.

5.15 A espessura do emboço não deverá ultrapassar 20,0 mm, de mo-do que, com a aplicação de 5,0 mm de reboco, o revestimento de argamas-sa não exceda 25,0 mm.

5.16 Os rebocos só serão executados depois da colocação de peitoris e marcos e antes da colocação de alizares e rodapés.

5.16.1 Os tipos de reboco, consideradas as propriedades físicas, pre-parados na obra ou préfabricados, serão os seguintes:

a) reboco comum: reboco que admita a permuta de umidade entre a superfície rebocada e o ambiente;

b) reboco hidrófugo: com adição de hidrofugantes a sua composição;

c) reboco impermeável: resistente à pressão d’água.

5.17 Os tipos de reboco, consideradas as características de acabamen-to, são os seguintes:

a) reboco camurçado: com acabamento áspero, obtido com a utilização de desempenadeira de madeira ou talochinha de espuma de poliuretano ou de feltro;

b) reboco liso a colher: com acabamento alisado a desempenadeira ou talocha de aço, com a superfície inteiramente lisa e uniforme;

c) reboco projetado: com acabamento granulado, fino ou grosso à gui-sa de acabamento rústico, aplicado preferencialmente com máquina;

d) reboco raspado: desempenado com acabamento obtido por raspa-gem à serra, logo após o início da pega e antes do endurecimento;

e) reboco com acabamento travertino: de aspecto semelhante ao már-more travertino.

5.18 Para o revestimento cerâmico, sejam azulejos, ladrilhos ou tijolos, serão realizadas as colocações de chapisco, e emboço. Após a cura do emboço, cerca de 10 dias, será feita a colocação do azulejo. O assenta-mento será a seco, com emprego de argamassa de alta adesividade, o que dispensa molhar as superfícies do emboço e dos azulejos, ladrilhos ou tijolos.

5.18.1 Adicionar água a argamassa de alta adesividade até se obter consistência pastosa, ou, uma parte de água para três ou quatro partes de argamassa.

5.18.2 Deixa-se, em seguida, a argamassa assim preparada “descan-sar” por um período de 15 minutos, e executa-se novo amassamento.

5.18.3 O emprego da argamassa deverá ocorrer, no máximo, até duas horas após o seu preparo, é vedada nova adição de água ou de outros produtos.

5.18.4 A argamassa será estendida uniformemente sobre o emboço, numa camada de 3,0 mm a 4,0 mm, com desempenadeira de aço dentea-da.

5.18.5 O rejuntamento só será realizado, decorridos 72 horas do as-sentamento, com pasta de cimento branco e pó de mármore no traço volumétrico de 1:4.

5.18.6 Na eventualidade de falta de argamassa de alta adesividade, os ladrilhos serão assentes com argamassa de cimento, areia e saibro macio, no traço volumétrico de 1:2:3. Na falta de saibro, a argamassa poderá ser de cimento areia, com traço volumétrico de 1:5.

5.18.7 Com o uso destas argamassas alternativas, o assentamento dos azulejos, ladrilhos e tijolos deverão prever a imersão, em água limpa duran-te 24 horas dos materiais a aplicar. Ao cabo deste prazo, serão retirados e deixa-se escorrer o excesso de água, chapiscando-se a face não vitrificada com argamassa de cimento areia 1:3. O momento adequado para lançar o

Page 65: Dnit -Estradas

chapisco será quando, colocados os azulejos a escorrer, desaparecer o brilho da lâmina do excesso d’água sobre a face a chapiscar.

5.18.8 Depois de endurecido o chapisco, a cura se processando ao a-brigo do sol e do vento para evitar evaporação rápida, serão os azulejos, ladrilhos ou tijolos imersos em água limpa, durante 12 horas que precedem seu assentamento.

5.18.9 Para o assentamento nas paredes, será empregada, tendo-se em vista a plasticidade conveniente, a argamassa de cimento, areia e saibro macio, no traço volumétrico de 1:3:3.

5.19 Para o assentamento de ladrilhos em mosaico (pastilhas), antes de assentar a placa, aplica-se uma camada de pasta pré-fabricada, na face oposta ao papel, de modo a preencher todas as juntas. O excesso será removido com um rodo, de forma que a superfície do ladrilho em mosaico resulte completamente limpa. Uma vez aplicadas, as placas serão batidas com uma desempenadeira de madeira, de modo a obter-se aderência perfeita com a base.

5.19.1 A remoção de papel das placas, iniciada no segundo período de trabalho, será processada com espátula, após abundantemente molhada a superfície com uma solução de 5% de água e soda (carbonato de sódio). Retirado o papel, lava-se a superfície com bastante água, com auxilio de uma brocha. Em seguida, completa-se o rejuntamento com a mesma pasta pré-fabricada.

5.19.2 Após seis dias, lavar a superfície com uma brocha embebida em solução de 10% de ácido muriático e logo depois com água, diversas vezes, enxugando-se em seguida.

5.20 O revestimento de parede com chapas de laminado fenólico me-lamínico será colocado sobre revestimento de argamassa de cimento areia, no traço volumétrico de 1:3, que deverá se apresentar bem desempenado sem saliências ou reentrâncias e isento de manchas, poeira, graxa, óleo ou quaisquer impurezas.

5.20.1 Aplica-se uma pintura preliminar de adesivo, recomendado pelo fabricante.

5.20.2 Nove a doze horas após a pintura preliminar, far-se-á a colagem das chapas.

5.20.3 Na face secundária da chapa e na superfície da argamassa será aplicada cola na área correspondente às placas a assentar.

5.20.4 Decorrido o tempo de secagem recomendado pelo fabricante da cola, a chapa será cuidadosamente colocada sobre a superfície de arga-massa, perfeitamente a prumo.

5.20.5 Partindo-se do centro para as extremidades, aplica-se uma pressão instantânea, com rolete manual, sobre toda a área da placa, de modo a expulsar todo o ar existente entre ela e a superfície de argamassa. A operação será completada com o emprego de martelo de borracha.

5.20.6 As chapas terão juntas de dilatação, tanto no sentido horizontal como no vertical, de aproximadamente, 0,8 mm, obtidas com emprego de pregos de aço de 1/32”, ao longo das bordas das chapas. Os arremates com revestimentos adjacentes serão executados com barras chatas de aço inoxidável de 2,0 mm de espessura e 1,5 cm a 2,5 cm de largura, ou em alumínio.

5.21 Os rodapés de madeira, quando não especificados de modo di-verso, serão lisos, com 50,0 mm x 20,0 mm de seção, apresentando a aresta livre ligeiramente arredondada. Serão fixados a tacos (embutidos na parede), por meio de parafusos, com ilhós, do tipo Rd, ferro no 4 x 1 1/2” (38,0 mm).

5.21.1 O espaçamento dos tacos será de 0,80 m, no máximo.

5.22 Os revestimentos de pedra deverão atender os desenhos de deta-lhes, tipos de pedra e acabamentos especificados.

5.22.1 O assentamento será executado com argamassa de cimento a-reia, no traço volumétrico de 1:3, em camada de espessura superior a 25,0 mm.

5.22.2 Para perfeita segurança, serão chumbadas, na face posterior de todas as forras, “grampos” ou “gatos” de latão, de 150,0 mm de comprimen-to total e 4,7 mm de diâmetro (3/16”).

5.22.3 Na falta de dados expressos para cada caso particular, a quan-tidade de “grampos” obedecerá ao mínimo indicado no quadro a seguir:

Área das forras (m²) Quantidade de Grampos

< 0,20 2

0,21 < e < 0,40 3

0,41 < e < 1,00 4

1,01 < e < 2,00 6

> 2,00 1 p/ cada 0,30 m2

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

Os materiais aplicados deverão atender às características recomenda-das nos catálogos dos fabricantes.

6.2 Verificação final da qualidade

6.2.1 Deverão ser observadas as cotas, alinhamentos e espessuras in-dicadas no projeto.

6.2.2 Deverão ser atendidas as recomendações de desempeno das superfícies.

6.3 Aceitação e rejeição

6.3.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta Especificação.

6.3.2 Serão rejeitados, todos os trabalhos que não satisfaçam às con-dições contratuais.

6.3.3 Ficará a construtora obrigada a demolir e refazer, por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Efetuar a medição em m2, de acordo com a área executada. Não serão medidos a mão-de-obra, materiais, equipamentos, transportes e encargos por estarem já incluídos na composição do preço unitário.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço

DNER-ES 352/97

Edificações - forros

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada na execução de for-ros nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução de forros nas obras de edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-12775/92 - Placas lisas de gesso para forro - determina-ção das dimensões e propriedades físicas - método de ensaio.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Serviços de forro - compreendem aqueles que objetivam dotar a e-dificação com o tipo de revestimento no teto, compatível com o uso a que se destinam.

4 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos neles referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Os forros só serão iniciados após serem realizadas todas as tubu-lações que lhes caibam ocultar.

5.2 Os tipos de forros especificados são os seguintes:

5.2.1 Metálicos - alumínio ou aço.

Page 66: Dnit -Estradas

5.2.2 Chapas de fibra vegetal ou de vermiculita.

5.2.3 De fibra de vidro.

5.2.4 De gesso.

5.2.5 De plástico.

5.2.6 De madeira.

5.3 Os forros metálicos são constituídos por lâminas, de alumínio ou aço, com distância máxima de eixo a eixo dos perfis de sustentação, de 1,10 m e suspensão a um máximo de 1,40 m.

5.3.1 A suspensão será realizada através de suportes fixados na estru-tura por meio de pinos, projetados por carga explosiva ou por buchas plásticas embutidas nas lajes.

5.3.2 Os suportes poderão ser em tiras de ferro galvanizado de 1,0 mm de espessura por 20,0 mm de largura, ou tirantes de ferro galvanizado de

5.3.3 As lâminas ou painéis serão em alumínio ou aço, de 0,3 mm a 0,7 mm de espessura em ligas ALMG 5050H ou SAE 1010.

5.3.4 Terão tratamento anticorrosivo, comprimento máximo de 9,0 m e largura variável de acordo com o tipo de lâmina. Serão esmaltadas a forno por processo contínuo, anodizadas ou cromatizadas.

5.3.5 Os arremates serão executados por meio de cantoneiras de ma-terial idêntico ao dos painéis, aplicadas junto aos elementos estruturais ou grelhas, luminárias, difusores de ar, sonofletores, sprinklers, ou outros, quando não especificado de forma diversa.

5.3.6 Poderá ser realizado tratamento termoacústico com aplicação de manta de lã mineral, com densidade e espessura especificada para cada caso particular, colocada diretamente sobre os painéis, envolta em película de polietileno auto-extinguível.

5.4 Os forros de chapa de fibra vegetal ou vermiculita terão estrutura de madeira em treliça, disposta paralelamente ao menor vão. As treliças serão constituidas por peças horizontais (longarinas), verticais (tirantes) e inclinadas (diagonais).

5.4.1 As longarinas superiores serão fixadas às lajes por meio de para-fusos, em buchas de “nylon”, e parafusos de 57,2 mm (6 x 2 1/4”). Abaixo das treliças e longarinas, pregam-se sarrafos de 50,0 mm x 25,0 mm com a maior dimensão no sentido horizontal, fixados com pregos 17 x 21, com cabeça.

5.4.2 Como alternativa à estrutura de madeira, poderá existir a suspen-são metálica, com uso de arames galvanizados e perfis metálicos.

5.4.3 Os revestimentos poderão ser de fibra vegetal, com placas fono-absorventes, de fibra de madeira ou de vermiculita e aglutinantes minerais.

5.5 Os forros de fibra de vidro serão em placas rígidas, de fibra de vidro longas e finas, aglutinadas com resina fenólica polimerizada, podendo ser revestidas na face principal com laminado plástico, poliéster ou PVC rígido.

5.5.1 A suspensão à laje será efetuada por meio de tirantes, fixados com pregos, pinos ou parafusos.

5.5.2 Os apoios serão sobre perfis T em alumínio anodizado natural ou aço galvanizado pintado.

5.6 O forro de gesso em placas terá ou não tratamento acústico, sendo suspenso por arame galvanizado ou por tirantes metálicos rígidos. Os arames e tirantes serão fixados à laje por pinos projetados com carga explosiva. A sustentação será efetuada por meio de presilhas ou perfis de alumínio. As placas só poderão ser assentes quando completamente secas.

5.7 Os forros em plástico serão formados por placas de cloreto de poli-vinila em sistema de extrusão contínua e auto-extinguível.

5.7.1 A suspensão será feita por tirantes metálicos, com fixação de pi-nos, parafusos ou pregos.

5.7.2 Serão fixados em estrutura auxiliar.

5.8 Os forros de madeira serão constituidos por frisos de madeira ma-ciça do tipo macho-fêmea, secos em estufa.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

Os materiais aplicados deverão atender às exigências recomendadas nos catálogos dos fabricantes.

6.2 Verificação final da qualidade

6.2.1 Deverão ser observadas as cotas e alinhamentos indicados no projeto.

6.3 Aceitação e rejeição

6.3.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta

Especificação.

6.3.2 Serão rejeitados, todos os trabalhos que não satisfaçam às con-dições contratuais.

6.3.3 Ficará a construtora obrigada a demolir e refazer, por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços serão medidos em m2, de acordo com a área efetivamente executada. Não serão medidos a mão-de-obra, materiais, equipamentos, transportes e encargos por estarem incluídos na composição do preço unitário.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço DNER-ES 353/97

Edificações - esquadrias

RESUMO

Este documento define a sistemática a ser utilizada quanto aos tipos, procedimentos para a execução, inspeção e critérios de medição das esquadrias instaladas nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução das esquadrias das edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-7202/82 (NB-606) – Desempenho de janela de alumínio em edificação de uso residencial e comercial;

c) ABNT NBR-6123/88 (NB-599) – Forças devidas ao vento em edifica-ção.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Esquadrias - elementos de fechamento de vãos das edificações, que fornecem segurança, permitem a passagem de pessoas, iluminação e ventilação.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Os serviços deverão ser executados, rigorosamente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos neles referidos.

4.2 As esquadrias deverão ser fornecidas com todos os acessórios ne-cessários ao seu perfeito funcionamento.

4.3 O revestimento final das portas e janelas será especificado para cada caso particular.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Tipos de esquadrias

As esquadrias conforme o movimento se classificam em:

a) charneira - porta ou janela com movimento de rotação sobre o eixo vertical na borda da folha;

b) pivotante - porta ou janela com movimento de rotação sobre o eixo vertical, através de pivôs, passando por um ponto entre as bordas da folha;

c) basculante - porta ou janela com movimento de rotação sobre o eixo horizontal, passando pelo meio da folha;

d) guilhotina - porta ou janela com movimento de translação na direção vertical;

e) de correr - porta ou janela com movimento de translação na direção horizontal;

f) maxim-air - janela que se movimenta por rotação e translação até uma posição qualquer definida pelo ângulo máximo de abertura desejada;

Page 67: Dnit -Estradas

g) projetante - janela que se projeta através de rotação da folha em tor-no do eixo horizontal fixo na borda superior (da folha).

5.2 Execução

5.2.1 Marcos

5.2.1.1 Os marcos de madeira serão fixados aos tacos, preferencial-mente de canela, por intermédio de parafusos tipo EC- latão “6 x 2 1/4”.

5.2.1.2 Especial cuidado deve ser tomado nas juntas, com calafetador entre os quadros ou marcos e a alvenaria, observar a composição que assegure plasticidade permanente.

5.2.2 Esquadrias de madeira

Os núcleos comuns de portas e elementos afins poderão ser dos tipos seguintes:

5.2.2.1 De raspas de madeira selecionada, aglutinadas com cola sinté-tica, à base de uréia-formol, secas em estufa, capeados com duas lâminas de cedro aromático, para aplicação em locais não sujeitos a molhaduras.

5.2.2.2 De lâminas compensadas de cedro aromático ou madeira equi-valente, capeados com duas folhas da mesma madeira, para aplicação em locais não sujeitos a molhaduras.

5.2.2.3 De vermiculita e aglutinantes minerais, para aplicação em locais não sujeitos a molhaduras.

5.2.2.4 Os núcleos à prova d’água serão constituídos por sarrafos, compensados, cedro aromático ou equivalente, aglutinados com cola à prova d’água (compensado naval), capeados com lâminas do mesmo material.

5.2.3 Esquadrias de alumínio

5.2.3.1 As serralharias não serão jamais forçadas em rasgos, fora do esquadro ou de escassas dimensões.

5.2.3.2 As partes móveis das serralharias serão dotadas de pingadei-ras, tanto no sentido horizontal quanto no vertical, de forma a garantir perfeita estanqueidade. Não será aceito o uso de caixilhos com “rebaixo aberto”.

5.2.3.3 Os perfis estruturais e contramarcos das esquadrias de alumí-nio deverão apresentar espessuras compatíveis com as dimensões dos vãos, não podendo, entretanto, ser inferiores a 1,6 mm.

5.2.3.4 O contato direto de elementos de cobre, metais pesados ou li-gas em que estes predominem com peças de ligas de alumínio, será rigo-rosamente proibido.

5.2.3.5 As ligações dos quadros ou caixilhos de alumínio serão assegu-radas por encaixe ou autorebitagem, só sendo admitida quando inevitáveis, o uso de parafusos. Para ligações entre alumínio e aço serão utilizados parafusos de aço cadmiado cromado.

5.2.3.6 A proteção de anodização nas esquadrias de alumínio será em função da agressividade da atmosfera da região onde deva ser empregada a peça. Os três elementos fundamentais para a avaliação desta agressivi-dade serão: umidade e poluição do ar e teor de sais encontrados no ar (cloretos) com a proximidade do mar. Adota-se espessura mínima do filme em 20 micra para anodização da cor natural e 25 micra para anodização colorida, em regiões sujeitas a fortes efeitos de agentes corrosivos severos.

Para as regiões sujeitas a efeitos leves ou nulos de corrosão, as es-pessuras mínimas poderão ser de 12 micra para a cor natural e 20 micra para anodização colorida.

5.2.3.7 As superfícies anodizadas das peças sofrerão uma proteção à base de silicone.

5.3 Assentamento de vidros

O assentamento dos vidros nas esquadrias de madeira pode ser efetu-ado com o uso de baguetes de madeira associadas a calafetador de base de elastômero (de preferência silicone), ou gaxetas de compressão, em perfil rígido de elastômero, de preferência neoprene, dotadas de tira de enchimento.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

Os materiais empregados deverão atender às exigências preconizadas nos catálogos dos fabricantes.

6.2 Verificação final da qualidade

6.2.1 Serão recusadas todas as peças que apresentem sinais de em-penamento, deslocamento, rachaduras, lascas, desigualdades de madeira e outros defeitos visíveis.

6.2.2 Todos os vãos envidraçados expostos às intempéries, serão submetidos à prova de estanqueidade, por jato de mangueira d’água sob pressão.

6.2.3 A AAMA - “Architectural Aluminium Manufacturers Association” prescreve o teste de vazamento conforme a seguir: “Não haverá vazamento durante a aplicação, pelo período de 15 minutos, de 19 litros d’água (5 galões) por hora, lançados sob pressão estática de 51,5 Kg/cm2 (10,55 libras/pé quadrado), que equivale a uma velocidade de vento de 105 km/h (65 milhas/hora), numa área de vão envidraçado de 0,093 m2 (um pé quadrado).”

6.2.4 As peças estruturais dos caixilhos deverão apresentar flecha infe-rior a 1:250 de seu comprimento, quando submetidas às cargas previstas na ABNT NBR-6123/88.

6.2.5 A variação admitida para espessura na camada de anodização nas esquadrias de alumínio é de 10% (dez por cento).

6.3 Aceitação e rejeição

6.3.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta Especificação.

6.3.2 Serão rejeitados todos os trabalhos que não satisfaçam às condi-ções contratuais.

6.3.3 Ficará a Executante obrigada a demolir e refazer por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

A medição será efetuada em metros quadrados de acordo com a área efetivamente abrangida pelo serviço. A mão-de-obra, materiais, ferramen-tas, transporte e encargos não serão medidos devendo ser incluídos na composição do preço unitário.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço

DNER-ES 354/97

Edificações - ferragens

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada na instalação das ferragens nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução das ferragens em edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-6485/89 (MB-1225) – Caixilho para edificação - Janelas, fachada - cortina e portas externas em edificações - penetração de ar;

c) ABNT NBR-6486/89 (MB-1226) – Caixilho para edificação - Janelas, fachadas - cortina e portas externas em edificações - penetração de água;

d) ABNT NBR-6487/89 (MB-1227) – Caixilho para edificação - Janelas, fachadas - cortina e portas externas em edificações - resistência à carga de vento;

e) ABNT NBR-7202/82 (NB-606) - Desempenho de janela de alumínio em edificações de uso residencial e comercial.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1.

3.1 Os serviços de ferragens de esquadrias - compreenderão aqueles que objetivam dotar a edificação com os elementos de fechamento das esquadrias em perfeitas condições de funcionamento.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de a-cordo com o projeto, desenhos, e demais elementos neles referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

Page 68: Dnit -Estradas

5.1 As ferragens das esquadrias serão em latão cromado ou ferro cro-mado, com acabamentos fosco ou polido, conforme especificado para cada caso, podendo admitir tipos misturados com partes de ferro cromado, de acordo com o projeto.

5.2 Os rebaixos ou encaixes para dobradiças, fechaduras de embutir, chapa-testas, e outros, deverão ter a forma das ferragens; não serão tole-radas folgas que exijam emendas, enchimento com taliscas de madeira, etc.

5.3 A localização das ferragens nas esquadrias será medida com preci-são, de modo a serem evitar discrepâncias de posição ou diferenças de nível perceptíveis à vista.

5.4 As maçanetas das portas, salvo condições especiais, serão locali-zadas a 105,0 cm do piso acabado.

5.5 As ferragens, principalmente as dobradiças, deverão ser suficien-temente robustas, de forma a suportar, com folga o regime de trabalho a que serão submetidas.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

Nas instalações das ferragens será observado o atendimento às exi-gências contidas nos catálogos dos fabricantes.

6.2 Verificação final da qualidade

Serão verificadas visualmente as condições das ferragens, bem como o seu funcionamento.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

A medição será efetuada por unidade de peça. A mão-de-obra, materi-ais, ferramentas transportes e encargos não serão medidos por estarem incluídos na composição dos custos unitários.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço

DNER-ES 355/97

Edificações - vidraçaria

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada na execução de serviços de vidraçaria nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução de vidraçaria nas obras de edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-7199/89 (NB-220) - Projeto, execução e aplicações - vi-dros na construção.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Serviços de vidraçaria - compreenderão aqueles que objetivam do-tar a edificação com as chapas de vidro adequadas aos locais onde reque-ridas.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Os serviços devem ser executados, rigorosamente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos neles referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Os vidros comuns lisos e transparentes, serão assentes de modo a ficar com as ondulações na horizontal.

5.2 Os vidros serão, de preferência, fornecidos nas dimensões respec-tivas, procurando-se evitar o corte no local da obra.

5.3 As bordas de cortes serão esmerilhadas de forma a se apresenta-rem lisas e sem irregularidades, não se admitindo arestas estilhaçadas.

5.4 Nos pavimentos acima do térreo, as chapas de vidro, quando pre-vistas nas faces externas da edificação e sem proteção adequada, só poderão ser instalados a 0,90 m acima do respectivo piso; abaixo desta

cota, quando sem proteção, o vidro deverá ser de segurança (laminado ou aramado).

Internamente os vidros recozidos só poderão ser colocados a partir de 0,10 m acima do piso.

5.5 Para os vidros temperados, tendo em vista a impossibilidade de cortes ou perfurações das chapas no canteiro, deverão ser cuidadosamente estudados e detalhados os dispositivos de assentamento, cuidando-se ainda, de verificar a indeformabilidade e resistência dos elementos de sustentação do conjunto.

5.6 No assentamento com grampos ou prendedores, será vedado o contato direto entre elementos metálicos e o vidro, intercalando-se cartão apropriado que possa ser apertado sem risco de escoamento.

5.7 Quando assentes em caixilhos, para evitar quebras provocadas por diferenças muito grandes de temperaturas entre os centros e as bordas das chapas, serão empregadas gaxetas de neopreno ou baguetes de fixação com altura pequena. As placas não deverão repousar sobre toda a exten-são de sua borda, mas somente sobre dois calços, os quais deverão distar das extremidades, de 1/3 do vão.

Deixar folga da ordem de 3,0 mm a 5,0 mm entre o vidro e a esquadria.

6 INSPEÇÃO

O controle do recebimento e da instalação serão realizados visualmen-te.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços serão medidos por metro quadrado de vidro efetivamente instalado. Não serão motivo de medição a mão-de-obra, materiais, ferra-mentas, transporte e encargos, por estarem incluídos na composição do custo unitário.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço

DNER-ES 356/97

Edificações - pintura

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada na execução de pin-tura nas obras de edificações.

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas adotadas na execução da pintura em edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverá ser consultado o documento seguinte:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-11702/92 - Tintas para edificações não industriais.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Serviços de pintura - compreenderão aqueles que objetivam dotar a edificação de proteção e acabamento das superfícies, com uso de tintas, esmaltes e vernizes adequados a cada caso.

4 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços serão executados, rigorosamente, de acordo com o proje-to, desenhos, e demais elementos neles referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Além de seguir as normas da ABNT e as prescrições do fabricante da tinta, o processo de pintura deverá abranger as seguintes etapas:

a) preparação da superfície;

b) aplicação eventual de fundos, massa e condicionantes;

c) aplicação da tinta de acabamento.

5.2 A preparação das superfícies terá por finalidade melhorar as condi-ções para recebimento da tinta.

5.2.1 A superfície bem preparada será limpa, seca, lisa e geralmente plana, isenta de graxas, óleos, ceras, resinas, sais solúveis e ferrugem.

5.2.2 A porosidade quando exagerada será corrigida.

Page 69: Dnit -Estradas

5.2.3 As superfícies serão preparadas com o uso de lixas, cada vez mais finas, eliminando-se em seguida a poeira por completo, de modo a obter superfícies planas, lisas e limpas.

5.2.4 Em superfícies metálicas atender ao desengraxe e eliminação da ferrugem.

5.3 A aplicação de fundos, massas e condicionantes servirá para redu-zir a porosidade e uniformizar as superfícies, para melhorar sua textura e facilitar a adesão da tinta de acabamento.

5.3.1 Para paredes com reboco:

a) selador para reduzir e uniformizar a absorção inútil e excessiva da superfície;

b) massa para o fechamento de rachaduras e buracos menores na su-perfície observados após a primeira demão do selador;

c) aparelhamento que promova mudança das condições da superfície, mediante alisamento para obter textura especial.

5.3.2 Para madeira: adotar a mesma seqüência do item anterior, aler-tando-se que as madeiras contêm substâncias que podem interferir na secagem das tintas.

5.3.3 Para ferro ou aço: limpeza com areia, jatos ou esmeril para remo-ção de ferrugem e sujidades, aplicado após desengraxamento por imersão ou por vapores de solventes. Em sequência usar “primer” à base de zarcão, óxido de ferro ou cromato de zinco.

5.4 Para a pintura, o número de demãos será o suficiente para cobrir totalmente a superfície a pintar, de acordo com as especificações do fabri-cante e nunca inferior a duas.

5.4.1 Cada demão de tinta só poderá ser aplicada quando a preceden-te estiver perfeitamente seca, devendo-se observar o intervalo de 24 horas entre demãos sucessivas, salvo especificado em contrário.

5.4.2 Os trabalhos de pintura em locais desabrigados serão suspensos em tempo de chuva.

5.4.3 Proteger as superfícies não destinadas a pintura, isolando-as com tiras de papel, fitas de celulose ou pano, como as guarnições de esquadri-as.

5.5 O verniz protege as superfícies da ação das intempéries, dando po-limento e acabamento brilhante ou fosco. O verniz poderá ser aplicado diretamente sobre a madeira, após uma demão de óleo ou sobre pintura com tinta a óleo.

5.5.1 Não admitir adição de óleo ou álcool aos vernizes, sendo admiti-da aguarrás em pequena quantidade.

5.5.2 A aplicação do verniz poderá ser feita a pincel ou “boneca”.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

6.1.1 Os materiais devem ser recebidos nas embalagens originais in-violadas.

6.2 Verificação final da qualidade

A verificação final da qualidade será realizada visualmente, quanto à uniformidade de coloração e a inexistência de manchas na superfície pintada.

6.3 Aceitação e rejeição

6.3.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta Norma.

6.3.2 Serão rejeitados todos os trabalhos que não satisfaçam às condi-ções contratuais.

6.3.3 Ficará o executante obrigado a demolir e refazer, por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

A medição se efetuará por metro quadrado de superfície trabalhada. A mão-de-obra, materiais, transporte e encargos não serão motivo de medi-ção por estarem incluídos na composição do preço unitário.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço

DNER-ES 357/97

Edificações - instalações elétricas, mecânicas e de telecomuni-cações

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada para instalações elétricas, mecânicas, e de telecomunicações nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução das instalações em edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-5410/90 (NB-03) – Instalações elétricas de baixa tensão

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição de 3.1.

3.1 Serviços de instalações elétricas, mecânicas e de telecomunica-ções - compreendem aqueles previstos para dotar as edificações de insta-lações seguras, de qualidade, operacionalmente confiáveis e que atendam a todas as exigências dos diversos equipamentos a serem operados. 4 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos neles referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Além de seguir as normas da ABNT, do NEC (National Electrical Code) e das Concessionárias locais, as instalações elétricas, mecânicas e de telecomunicações devem atender ao contido nesta Norma.

5.2 Para obtenção de aprovação do projeto de instalação de telefones será obedecida a sistemática estabelecida pela TELEBRÁS.

5.3 Conforme definido pela TELEBRÁS, nenhuma tubulação telefônica deverá ser executada sem que seu projeto tenha sido aprovado.

5.4 Todas as instalações elétricas, mecânicas e de telecomunicações serão executadas com esmero e bom acabamento, com todos os conduto-res, condutos e equipamentos cuidadosamente arrumados em posição e firmemente ligados às estruturas de suporte e aos respectivos pertences, formando um conjunto mecânica e eletricamente satisfatório e de boa aparência.

5.5 As partes vivas expostas dos circuitos e do equipamento elétrico serão protegidas contra contatos acidentais. As partes dos equipamentos elétricos que, em operação normal, possam produzir centelhas, deverão possuir separação incombustível protetora ou efetivamente separadas de todo material facilmente combustível.

5.6 Em lugares úmidos ou sujeitos às intempéries serão usados méto-dos de instalação adequados e materiais destinados especialmente a essa finalidade.

5.7 Todas as extremidades dos tubos serão, antes da concretagem e durante a construção, convenientemente obturadas, a fim de evitar a pene-tração de detritos e umidade.

5.8 A resistência de aterramento terá os valores indicados nos projetos, não ultrapassando jamais a 5 ohms.

5.9 A taxa máxima de ocupação para calhas não deverá ultrapassar a 35% de sua área útil. Os cabos instalados em bandejas deverão formar camada única, ficando os fios presos à estrutura.

5.10 Os condutos metálicos serão sempre instalados com luvas, bu-chas e porcas vedadas com adesivo não secativo.

5.11 As extensões de interligação de máquinas sujeitas a vibrações se-rão feitas por condutos flexíveis metálicos.

5.12 Os condutos metálicos envolverão simultaneamente as três fases de um circuito trifásico, evitando perdas e aquecimento por indução.

5.13 Os condutos deverão ser limpos e secos internamente, antes da passagem dos condutores elétricos, os condutos não utilizados serão providos de arames guias.

5.14 Todos os condutos metálicos serão aterrados e não sofrerão solu-ção de continuidade.

5.15 As instalações embutidas em lajes, paredes, e pisos deverão ser exclusivamente em eletrodutos rígidos, a seu turno emendados, por luvas

Page 70: Dnit -Estradas

ou outro processo que atenda a perfeita continuidade elétrica, boa resistên-cia mecânica e vedação equivalente à da luva.

5.16 Deverão ser empregadas caixas, em todos os pontos de entrada e saída dos condutores na canalização; em todos os pontos de emenda ou derivação de condutores e em todos os pontos de instalações de aparelhos e dispositivos.

5.17 As alturas das caixas em relação ao piso acabado serão as se-guintes: ,

a) interruptores e botões de campainha (bordo superior da caixa)

1,10 m.

b) tomadas baixas, quando não indicadas no rodapé (bordo inferior da caixa)

0,20 m.

c) tomadas em locais úmidos (bordo inferior da caixa).

0,80 m.

d) caixas de passagem (bordo inferior da caixa) 0,20 m.

5.18 As caixas de interruptores quando próximas de alizares serão lo-calizadas a, no mínimo, 0,10m dos mesmos.

5.19 Os pontos de luz dos tetos serão rigorosamente centrados ou ali-nhados nos respectivos recintos.

5.20 A distância entre caixas ou conduletes deverá ser determinada de modo a permitir, em qualquer tempo, fácil enfiação e desenfiação dos condutores. Nos trechos retilíneos, o espaçamento deverá ter no máximo o comprimento de 15,0 m nos trechos dotados de curvas, este espaçamento será reduzido para 3,0 m entre curvas de 90o .

5.21 A colocação de canalização embutida em peças estruturais de concreto armado deverá ser feita de modo que as peças não fiquem sujei-tas a esforços, nem sofram deformação na concretagem.

5.22 Os eletrodutos rígidos expostos deverão ser adequadamente fixa-dos, de modo a apresentarem boa aparência e firmeza suficiente para suporte do peso dos condutores e os esforços quando da enfiação.

5.23 Nas instalações subterrâneas serão usados dutos, canaletas e ga-lerias. As caixas usadas serão de alvenaria, revestidas com argamassa ou concreto, impermeabilizadas e com previsões para drenagem. Serão usa-das caixas em todos os pontos de mudança de direção das canalizações, instaladas em trechos não maiores do que 60,0 m. As dimensões internas das caixas serão determinadas em função do raio mínimo de curvas do cabo usado de modo a permitir o trabalho de enfiação.

5.24 As caixas serão cobertas com tampas convenientemente calafe-tadas para impedir a entrada de água e corpos estranhos. Nas passagens do exterior para o interior dos edifícios, pelo menos a extremidade interior da linha, será convenientemente fechada a fim de impedir a entrada de água e pequenos animais.

5.25 As canaletas serão construídas com o fundo em desnível e deve-rão ser providas de meios para drenagem em todos os pontos baixos capazes de coletar água, sendo fechadas com tampa para impedir a entra-da d’água e corpos estranhos. Deverão ser assentadas de modo a resisti-rem aos esforços externos.

5.26 As saídas dos condutores e dos cabos deverão ser alojadas em caixas metálicas acessíveis e dispensadas quando os cabos terminarem na caixa de chaves ou disjuntores, no interior do conjunto de manobra ou ainda quando ligados a linhas abertas ou redes aéreas. Para saídas nos postes de iluminação serão colocadas caixas na base.

5.27 Os condutores serão instalados de forma a evitar esforços mecâ-nicos incompatíveis com a sua resistência, isolamento ou revestimento. Nas deflexões os condutores serão curvados segundo raios iguais ou maiores do que os mínimos admitidos para seu tipo.

5.28 O isolamento das emendas e derivações deverá ter características no mínimo equivalentes às dos condutores usados. Os fios de seção igual ou menor que 10,0 mm2 poderão ser ligados diretamente aos bornes, sob pressão de parafuso; os de seção maior serão ligados por terminais ade-quados.

5.29 As instalações dos condutores terra deverão obedecer às seguin-tes disposições:

5.29.1 O condutor será tão curto e retilíneo quanto possível, sem e-mendas e não contendo chaves ou quaisquer dispositivos que possam causar sua interrupção.

5.29.2 Os aterramentos especiais destinados a instalações de compu-tadores e similares serão totalmente isolados da estrutura do prédio.

5.29.3 Serão devidamente protegidos por eletrodutos aterrados, rígidos ou flexíveis, os trechos que possam sofrer danos mecânicos.

5.30 Deverão ser ligados à terra as partes metálicas dos equipamentos que em condições normais não estejam sob tensão: caixas de equipamen-tos de controle ou proteção dos motores, equipamentos elétricos de eleva-dores e guindastes, equipamentos de garagens, exceto lâmpadas penden-tes em circuitos com menos de 150 volts contra a terra.

5.30.1 Também serão ligados à terra os equipamentos elétricos fixos e suas estruturas, como as partes metálicas expostas que em condições normais não estejam sob tensão, quando o equipamento estiver dentro do alcance de uma pessoa sobre piso de terra, cimento, ladrilhos ou materiais semelhantes ou o equipamento for suprido por meio de instalação em condutos metálicos estiver em local úmido ou perigoso; ou em contato com uma estrutura metálica.

5.31 O condutor de ligação à terra deverá ser preso ao equipamento por meios mecânicos tais como: braçadeiras, orelhas, conectores que assegurem contato elétrico perfeito e permanente. Não deverão ser usados dispositivos que dependam de solda de estanho.

5.32 As instalações dos condutores só poderão ser efetuadas depois de limpar e seca internamente a tubulação; as pavimentações que levem argamassa estejam concluídas; e concluída a impermeabilização dos telhados ou coberturas, portas, janelas e vedações que impeçam a pene-tração da água da chuva, e os revestimentos de argamassa ou que levem argamassa.

5.33 As barras nuas sobre isoladores deverão ser instaladas protegidas contra contatos acidentais.

Não serão empregadas barras nuas nas localizações perigosas. Dis-tâncias mínimas entre barras: 6,0 cm para tensões até 300 V e 10,0 cm para tensões entre 300 V e 600 V.

5.34 O nível dos quadros de distribuição será regulado por suas di-mensões e pela comodidade de operação das chaves ou inspeção dos instrumentos, não devendo estar o bordo inferior a menos de 0,6 m do piso acabado. A profundidade do quadro será regulada pela espessura do revestimento previsto para o local e dos equipamentos e chaves ali instala-dos.

5.35 Os transformadores serão instalados sobre base apropriada com-patível com seu peso e dimensão. O local sendo fechado deverá ter uma ventilação eficiente para manutenção da temperatura dentro dos padrões admissíveis.

5.35.1 O tanque do transformador deverá ser conectado à malha geral do aterramento do prédio.

5.35.2 O local de instalação do transformador deverá ter condições de escoar o seu óleo e não poderá ser interligado ao sistema de esgoto.

5.36 Os motores elétricos serão, instalados sobre bases apropriadas, capazes de suportar seus pesos e vibrações; serão nos casos mais críticos isolados da estrutura do prédio através de amortecedores específicos para este fim.

5.36.1 O local de instalação de motor deverá possuir ventilação ade-quada, com distanciamento entre motores suficiente para os serviços de manutenção.

5.37 Os pára-raios serão montados de modo a proteger eficazmente todo o prédio.

5.37.1 As hastes de aterramento serão cravadas a uma distância mí-nima de 3,0 m das paredes ou muros, em número e comprimentos suficien-tes para dar o valor de resistência de aterramento exigível.

5.37.2 Todos os aterramentos do prédio serão interligados, formando uma malha comum, conforme as normas NFPA 78 (National Fire Protection Association - USA), item 2183.

5.37.3 As hastes de aterramento serão cravadas dentro de caixas com tampa removível, para permitir a vistoria periódica de suas conexões.

5.37.4 A distância entre fixadores para cordoalhas de descida não po-derá ser superior a 1,5 m.

5.37.5 As cordoalhas de descida e de interligação das hastes terão á-rea mínima de 70 mm2 protegida mecanicamente com material não magné-tico a partir de 3,0 m acima do solo.

6 INSPEÇÃO

Page 71: Dnit -Estradas

6.1 Controle do material

Os materiais serão recebidos nas embalagens originais invioladas.

6.2 Controle da execução

Durante a execução serão observados as cotas, alinhamentos e di-mensões com base nas indicações do projeto.

6.3 Verificação final da qualidade

6.3.1 Após a instalação dos equipamentos elétricos , mecânicos e de telecomunicações será verificado o atendimento quanto ao funcionamento e características indicadas nos catálogos dos fabricantes.

6.3.2 Caso atendam às exigências preconizadas para o seu funciona-mento os equipamentos e serviços de instalação serão aceitos, caso con-trário rejeitados.

6.4 Aceitação e rejeição

6.4.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta Norma.

6.4.2 Serão rejeitados todos os trabalhos que não satisfaçam às condi-ções contratuais.

6.4.3 Ficará o Executante obrigado a substituir e/ou refazer, por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após recebimento da Or-dem de Serviço correspondente.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

A medição será efetuada por unidade de serviço instalada. Não serão motivo de medição a mão-de-obra, materiais, transportes e encargos por estarem incluídos na composição do preço unitário.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço DNER-ES 358/97

Edificações - instalações de água

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada na instalação de água potável nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução de instalações de água potável, visando o abastecimento em edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-7372/82 (NB-115) - Execução de tubulação de PVC rígi-do com juntas soldadas, rosqueadas, ou com anéis de borracha;

c) ABNT NBR-5626/82 (NB-92) – Instalações prediais de água fria.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1.

3.1 Serviços de instalações d’água - compreendem aqueles que têm por objetivo dotar as edificações com os pontos de consumo d’água devi-damente abastecidos, nas condições ideais de pressão, vazão e condição de potabilidade adequada ao uso.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de a-cordo com o projeto, desenhos, e demais elementos neles referidos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 As canalizações serão assentes antes da execução das alvenarias de tijolos ou pedra.

5.2 As colunas de canalização correrão embutidas nas alvenarias, sal-vo quando em chaminés falsas ou outros espaços para tal fim previstos, devendo neste caso ser fixadas por braçadeiras de 3,0 m em 3,0 m, no mínimo.

5.3 As furações, rasgos e aberturas necessárias em elementos da es-trutura de concreto armado para passagem de tubulações serão locadas e tomadas com tacos, buchas ou bainhas antes da concretagem. Medidas deverão ser tomadas para que não venham a sofrer esforços não previstos, decorrentes de recalques ou deformações estruturais e para assegurar a possibilidade de dilatações e contrações. Na passagem através de elemen-

tos estruturais de reservatórios ou piscinas deverão ser tomadas medidas acessórias para perfeita estanqueidade e facilidade de substituição.

5.4 As canalizações de distribuição de água nunca serão inteiramente horizontais e deverão apresentar declividade mínima de 2% no sentido do escoamento, não se admitindo o sentido inverso.

5.5 As canalizações enterradas - cujo recobrimento será, no mínimo, de 0,5 m sob o leito de vias trafegáveis e de 0,3 m nos demais casos, deverão ser devidamente protegidas contra eventual acesso de água poluída.

5.6 As canalizações de água quente, quando abaixo do nível do solo, deverão ser instaladas em canaletas inspecionáveis e providas de registros de descarga de limpeza.

5.7 As canalizações não poderão passar dentro de fossas, poços ab-sorventes, poços de visita, caixas de inspeção ou valas.

5.8 Durante a construção e até a montagem dos aparelhos, as extremi-dades livres das canalizações serão vedadas com bujões rosqueados ou plugues, convenientemente apertados, não se admitindo o uso de buchas de madeira ou papel para tal fim.

5.9 Os tubos de aço galvanizado nunca deverão ser curvados, usando-se sempre joelhos, curvas e derivações necessárias.

5.9.1 As juntas rosqueadas deverão ser abertas com muito cuidado, e-vitando-se a utilização excessiva de vedante, sendo tomadas com fio apropriado de sisal e massa de zarcão ou calafetador à base de resina sintética.

5.9.2 Nas canalizações de sucção ou recalque só será permitido o uso de curvas nas deflexões a 90o, não será tolerado o emprego de joelhos, objetivando a redução de perdas de carga.

5.9.3 Para facilitar a desmontagem das canalizações serão colocadas uniões ou flanges nas sucções das bombas, recalques, barriletes, ou onde convier.

5.10 Nas canalizações de PVC as aberturas de rosca serão necessari-amente feitas com a utilização de ferramentas adequadas, sendo a tarraxa empregada na operação própria para este fim. O corte dos tubos deverá ser feito rigorosamente em esquadro, objetivando que a rosca não se desen-volva torta. As roscas deverão ser concêntricas à periferia do tubo.

5.10.1 A vedação da rosca deverá ser feita por meio de vedante ade-quado sobre os filetes, fitas “Teflon”, solução de borracha ou similares para juntas que tenham que ser desfeitas e resinas do tipo “Epoxy” para aquelas não desmontáveis.

5.10.2 Quando usadas conexões de metal a vedação será feita com cânhamo e tinta de zarcão.

5.10.3 Não serão utilizados tubos com rosca para trabalhar enterrados, dando-se preferência aos soldados para bitolas até 2”e os de ponta e bolsa para bitolas superiores.

5.10.4 Os tubos de PVC só poderão ser curvados depois de inteira-mente cheios de areia fina e seca e aquecidos em calor sem chama até tornarem-se maleáveis.

5.10.5 No caso do uso de tubos com juntas soldáveis enterrados cuidar para que o leito esteja isento de pedras ou arestas vivas. O material de envolvimento deverá ser firme, dando-se

preferência a areia, para conservar a elasticidade longitudinal do tubo, razão pela qual, não é recomendável o envolvimento direto com concreto magro.

5.11 Os tubos e conexões para condução de água quente poderão ser de cobre, latão, aço galvanizado ou não, e bronze desde que obedeçam às especificações próprias para cada material.

5.11.1 Todas as canalizações que transportem água quente e os reser-vatórios deverão ser convenientemente isolados.

5.12 Deverão ser tomadas precauções quando da união entre um tubo de cobre e um tubo de aço galvanizado, tendo em vista as diferentes pro-priedades dos materiais, podendo trazer situações desastrosas para a instalação.

5.13 Para evitar inconvenientes decorrentes da dilatação, que promove variação no comprimento dos tubos, os seguintes cuidados têm de ser tomados:

5.13.1 Emprego de juntas de dilatação em intervalos convenientes;

5.13.2 Escolha de pontos fixos nas canalizações e outros deslizantes;

Page 72: Dnit -Estradas

5.13.3 Uso de material isolante que permita o livre movimento da tubu-lação sem transmitir esforços ao reboco (quando a tubulação for embutida em paredes).

5.14 A instalação de aquecedores de acumulação e de pressão deverá observar as seguintes condições:

5.14.1 Os de acumulação e baixa pressão deverão ser instalados de modo que a canalização de alimentação de água fria saia do reservatório em cota superior ao aquecedor, entrando no mesmo pela parte inferior; esta canalização deverá ser provida de registro de gaveta. A canalização de água quente deverá sair pela parte superior oposta e ser provida de suspi-ro.

5.14.2 Os aquecedores de passagem e alta pressão deverão ser insta-lados de modo que a canalização de alimentação de água fria seja derivada da coluna de distribuição em cota superior ao do aquecedor, entrando pela parte inferior do mesmo. Esta canalização deverá ser provida de registro de gaveta e válvula de segurança, sendo proibida a instalação de válvula de retenção. A canalização de água quente deverá sair pela parte superior oposta, sendo desaconselhada a sua ligação a um suspiro.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

Os materiais devem ser recebidos nas embalagens originais invioladas.

6.2 Controle da execução

Durante a execução serão observados alinhamentos, cotas e dimen-sões com base nas indicações do projeto.

6.3 Verificação final da qualidade

6.3.1 As tubulações de distribuição de água serão - antes de eventual pintura ou fechamento de rasgos das alvenarias ou de seu envolvimento por capas de argamassa ou de isolamento térmico - lentamente cheias de água, para eliminação completa de ar, e, em seguida, submetidas à prova de pressão interna.

6.3.2 A prova de pressão será feita com água sob pressão 50% superi-or à pressão estática máxima na instalação, não devendo descer em ponto algum da canalização, a menos de 1kg/cm2. A duração da prova será de pelo menos 6,0 horas.

6.4 Aceitação e rejeição

6.4.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta Norma.

6.4.2 Serão rejeitados, todos os trabalhos que não satisfaçam às con-dições contratuais.

6.4.3 Ficará o executante obrigado a demolir e refazer, por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Efetuar a medição por unidade de serviço executado. A mão-de-obra, e os materiais, transportes e encargos não serão incluídos por já os terem sido na composição do custo.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço DNER-ES 359/97

Edificações - instalações de esgoto e águas pluviais

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada para instalações de esgoto e águas pluviais nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução das instalações de esgoto e águas pluviais em edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR-8160/83 (NB-19) – Instalações prediais de esgotos sani-tários;

c) ABNT NBR-7229/93 (NB-41) - Projeto construção e operação de sis-temas de tanques sépticos.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1.

3.1 Serviços de instalações sanitárias de esgoto e águas pluviais - compreendem aqueles que têm por objetivo dotar as edificações com os pontos de descarga hídrica, nas condições adequadas ao uso, atendendo plenamente aos aspectos sanitários e de proteção ambiental característicos de cada caso.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de a-cordo com o projeto, desenhos, e demais elementos neles referidos, além dos códigos e posturas dos órgãos oficiais competentes que jurisdicionem a localidade onde será executada a obra.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 As colunas de esgoto correrão embutidas nas alvenarias, salvo quando em chaminés falsas ou outros espaços para tal fim previstos, devendo neste caso ser fixadas por braçadeiras de 3,0 m em 3,0 m, no mínimo.

5.2 As furações, rasgos e aberturas necessárias em elementos da es-trutura de concreto armado para passagem de tubulações, serão locadas e tomadas com tacos, buchas ou bainhas antes da concretagem. Medidas deverão ser tomadas para que não venham a sofrer esforços não previstos, decorrentes de recalques ou deformações estruturais e para assegurar a possibilidade de dilatações e contrações.

5.3 As canalizações enterradas - cujo recobrimento será, no mínimo, de 0,5 m sob o leito de vias trafegáveis e de 0,3 m nos demais casos deverão ser assentes em terreno resistente ou sobre embasamento adequado. Nas áreas sujeitas a pressões ou choques, ou ainda, nos trechos com edifica-ções, deverá a canalização ter proteção ou ser executada com tubos de ferro fundido.

5.4 Serão observadas as seguintes declividades mínimas:

5.4.1 Ramais de descarga 2% (dois por cento).

5.4.2 Ramais de esgoto e subcoletores:

Diâmetro do tubo (mm) declividade, %

100 2,0

125 1,2

150 0,7

200 0,5

250 0,4

5.5 As canalizações de esgoto não deverão ser instaladas imediata-mente acima de reservatórios de água, depósitos de gelo ou locais destina-dos a preparação ou depósito de gêneros alimentícios.

5.6 Os tubos serão assentes com a bolsa voltada em sentido oposto ao do escoamento.

5.7 A instalação será dotada de todos os elementos necessários às possíveis e futuras operações de inspeção e desobstrução.

5.8 Durante a construção e até a montagem dos aparelhos sanitários, as extremidades livres das canalizações serão vedadas com bujões ou plugues, convenientemente apertados, não sendo admitido o uso de bu-chas de madeira ou papel para tal fim. Especiais precauções deverão ser tomadas para evitar entrada de detritos nos condutores de águas pluviais.

5.9 As canalizações internas serão sempre acessíveis por intermédio de caixas de inspeção ou peças especiais de inspeção, como tubos opercu-lados e bujões.

5.10 Os sifões serão visitáveis ou inspecionáveis na parte correspon-dente ao fecho hídrico, por meio de bujões com rosca de metal ou outro meio de fácil inspeção.

5.11 Os tubos de queda apresentarão visitas nos seus trechos inferio-res (tubos radiais com inspeção).

5.12 As emendas dos tubos com os diferentes materiais far-se-ão da seguinte maneira: chumbo com chumbo ou cobre, solda de estanho.

a) ferro fundido com chumbo: estopa ou corda alcatroada e chumbo em estado de fusão, precavendo-se para evitar a deformação;

Page 73: Dnit -Estradas

b) cerâmica com chumbo: estopa ou corda alcatroada e massa de ci-mento com areia ou saibro;

c) tabatinga ou para maior plasticidade, asfalto. Cuidados especiais de-vem ser tomados para não se diminuir a seção pelo amassamento do cano de chumbo;

d) ferro fundido com cimento-amianto: no fundo da junta, estopa ou corda alcatroada e, por cima, chumbo em estado de fusão;

e) cimento-amianto com cimento-amianto: estopa ou corda alcatroada no fundo da junta e massa de cimento e areia, tabatinga ou para maior plasticidade, asfalto.

5.13 Os tubos e conexões de cimento-amianto só poderão ser empre-gados nas colunas de ventilação e nos tubos ventiladores primários, desde que não sujeitos a choques ou vibrações.

5.14 Os tubos e conexões de cerâmica vidrada só poderão ser usados enterrados e em terrenos de boa resistência à compressão, sendo vedados nos locais que fiquem expostos a choques ou perfurações; numa distância inferior a 2,0 m de reservatório subterrâneo de água; em canalizações com recobrimento inferior a 0,5 m; e em locais com construções de mais de um pavimento.

5.15 O somatório das seções dos furos das grelhas, seja nos ralos simples, sifonados ou de calha de água pluvial, será no mínimo igual a uma vez a seção do conduto ou ramal respectivo.

5.16 Nas canalizações de esgoto e águas pluviais, além dos materiais citados nos itens anteriores poderão ser usados, sem as restrições ali citadas - mas guardando os cuidados inerentes ao tipo de material - tubos em PVC, com juntas soldáveis ou com bolsa e virola; tubos em ferro fundi-do com juntas rígidas(chumbo) , elásticas(anel de borracha) ou mecânicas (flange e contra flange).

5.17 O sistema de ventilação da instalação de esgoto, constituído por colunas de ventilação, tubos ventiladores e ramais de ventilação, será executado de forma a não haver a menor possibilidade de os gases ema-nados dos coletores entrarem no ambiente interno dos prédios.

5.17.1 Os tubos de queda serão sempre ventilados na cobertura.

5.17.2 A ligação de um tubo ventilador a uma canalização horizontal deverá ser sempre feita acima do eixo desta tubulação, elevando-se o tubo ventilador até 15 cm, pelo menos, acima do nível máximo d’água, no mais alto dos aparelhos servidos, antes de desenvolver-se horizontalmente ou de ligar-se a outro tubo ventilador.

5.17.3 Os tubos ventiladores primários e as colunas de ventilação se-rão verticais e, sempre que possível, instalados em um único alinhamento reto; quando for impossível evitar mudança de direção, estas serão feitas mediante curvas de ângulo central menor de 90o .

5.17.4 O trecho de um tubo ventilador primário ou coluna de ventilação, situado acima da cobertura do edifício deverá medir no mínimo 0,3 m no caso de telhado ou simples laje de cobertura e 2,0 m, no caso de laje utilizada para outros fins, devendo neste último caso ser devidamente protegido contra choques ou acidentes que possam danificá-lo.

5.17.5 A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna de ventilação, situada a menos de 4,0 m de distância de qualquer janela ou porta deverá elevar-se, pelo menos, 1,0 m acima da respectiva verga.

5.18 Os tipos de fossa séptica a serem usados são: de câmaras sobre-postas, de câmara única e de câmaras em série.

5.18.1 No de câmaras sobrepostas os despejos e o lodo digerido são separados em câmaras distintas, nas quais se processam independente-mente os fenômenos de decantação e digestão.

5.18.2 No de câmara única, num só compartimento se processam to-dos os fenômenos de decantação e digestão.

5.18.3 No de câmara em série, dois ou mais compartimentos são inter-ligados e nos quais se processam conjuntamente os fenômenos de decan-tação e digestão.

5.18.4 As fossas poderão ser de concreto, alvenaria, cimento-amianto ou outro material que atenda às condições de segurança, durabilidade, estanqueidade e resistência às agressões químicas dos despejos, observa-das as normas de cálculos e execução.

5.19 A localização das fossas sépticas deve atender às seguintes con-dições:

a) possibilidade de fácil ligação do coletor predial ao futuro coletor pú-blico;

b) facilidade de acesso, tendo em vista a necessidade de remoção pe-riódica do lodo digerido;

c) afastamento mínimo de 20,0 m de qualquer manancial;

d) não possibilitar o comprometimento dos mananciais e da estabilida-de de prédios e terrenos próximos.

5.20 O efluente de fossas sépticas poderá ser depositado do seguinte modo:

a) no solo - por irrigação superficial, através de valas de infiltração;

b) no solo - por infiltração subterrânea, através de sumidouros;

c) em valas de filtração ou filtro biológico, antes do lançamento em á-gua de superfície.

5.21 A escolha para utilização de valas de filtração e filtro biológico de-penderá da consistência, do tipo de solo e do juízo da autoridade sanitária competente, antes de sua deposição em água de superfície.

5.22 As valas de infiltração são escavadas no terreno com profundida-de entre 0,4 m a 0,9 m, e largura mínima de 0,5 m, nas quais serão assen-tes tubos de diâmetro mínimo de 0,1 m, preferencialmente de tipo furado, com juntas livres, recobertas na parte superior com papel alcatroado ou similar.

5.22.1 A tubulação mencionada será envolvida em camada de pedra britada, pedregulho ou escória, sobre a qual deverá ser colocado papel alcatroado ou similar, antes de ser efetuado o enchimento restante da vala com terra.

5.22.2 A declividade da tubulação deverá ser de 1:300 a 1:500 quando a tubulação das valas for alimentada intermitentemente, o que poderá ser conseguido pela intercalação do tanque fluxível na tubulação do efluente.

5.22.3 A quantidade de valas de infiltração será função de dimensio-namento, observado o mínimo de duas. O comprimento máximo de cada vala deverá ser de 30,0 m. O espaçamento mínimo entre duas valas de infiltração deverá ser de 1,0 m. O comprimento total das valas será deter-minado em função da capacidade de absorção do terreno, calculada se-gundo as indicações da ABNT-NBR 7229/93, devendo ser considerada como superfície útil de absorção a do fundo da vala.

5.23 Os sumidouros deverão ter as paredes revestidas de alvenaria de tijolo assentes com juntas livres, ou de anéis pré-moldados de concreto convenientemente furados, podendo ter ou não enchimento de cascalho, pedra britada, com recolhimento de areia grossa.

5.23.1 As lajes de cobertura dos sumidouros deverão ficar no nível do terreno, em concreto armado e dotadas de aberturas de inspeção com tampão de fechamento hermético, cuja menor dimensão será de 0,60m.

5.23.2 No dimensionamento do sumidouro, que será efetuado em fun-ção da capacidade de absorção do terreno, calculada conforme a ABNT NBR-7220/87, deve-se considerar como superfície útil de absorção a do fundo e das paredes laterais até o nível de entrada do efluente na fossa.

5.23.3 Os sumidouros não deverão atingir o lençol freático.

5.24 As valas de filtração terão de 1,2 m a 1,5 m de profundidade, com 0,5 m de largura na soleira.

Tubulação receptora com diâmetro de 0,10m, preferencialmente do tipo furado, recobertas na parte inferior com papel alcatroado. Camada de areia grossa constituindo a massa filtrante que recobrirá a canalização receptora. Tubulação de distribuição do efluente da fossa séptica, com diâmetro de 0,1 m, também preferencialmente do tipo furado, assente sobre camada de areia, com juntas livres e recobertas na parte superior com papel alcatroado ou similar. Camada de cascalho, brita corrida ou escória de coque, coloca-da sobre a tubulação de distribuição, recoberto em toda a extensão da vala com papel alcatroado ou similar e, finalmente, camada de terra, que com-pletará o enchimento da vala.

5.24.1 Nos terminais das valas de filtração serão instaladas caixas de inspeção.

5.24.2 A declividade das tubulações deverá ser de 1:300 a 1:500.

5.24.3 O efluente da fossa séptica deverá ser distribuído eqüitativa-mente pelas valas de filtração.

5.24.4 A extensão mínima das valas deverá ser de 8,0 m por pessoa ou equivalente, não sendo admissível menos de duas valas para o atendi-mento de uma fossa séptica.

5.25 Os filtros biológicos são constituídos por depósitos revestidos por concreto e camadas de agregados com granulometria diferente, que fun-

Page 74: Dnit -Estradas

cionam como filtros. Sua utilização só será recomendada em terrenos onde for impossível utilizar as valas de filtração.

6 MANEJO AMBIENTAL

Os despejos deverão ser tratados e afastados de modo que atendam aos seguintes requisitos:

6.1 Nenhum manancial destinado ao abastecimento domiciliar corra pe-rigo de poluição.

6.2 Não sejam prejudicadas as condições próprias à vida nas águas receptoras.

6.3 Não sejam prejudicadas as condições de balneabilidade de praias, rios, lagoas, e outros locais de recreio e esporte.

6.4 Não haja risco de poluição de águas subterrâneas.

6.5 Não venham a ser observados odores desagradáveis, presença de insetos e outros inconvenientes.

6.6 Não haja poluição do solo capaz de afetar direta e indiretamente pessoas e animais.

7 INSPEÇÃO

7.1 Controle do material

7.1.1 Os materiais devem ser recebidos nas embalagens originais in-violadas.

7.2 Controle da execução

7.2.1 As tubulações deverão apresentar as emendas dos tubos aten-dendo ao preconizado nesta Norma.

7.2.2 Durante a execução das tubulações será observado o atendimen-to às cotas, alinhamentos e dimensões indicados no projeto.

7.3 Verificação final da qualidade

7.3.1 As tubulações de esgoto serão testadas com água ou ar compri-mido, sob pressão mínima de 3,0 m de coluna d’água, antes da instalação dos aparelhos e submetidas a uma prova de fumaça, sob pressão mínima de 25,0 m de coluna d’água, depois da colocação dos aparelhos. Em am-bas as provas, as canalizações deverão permanecer sob a pressão da prova durante 15 minutos.

7.4 Aceitação e rejeição

7.4.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta Especificação.

7.4.2 Serão rejeitados, todos os trabalhos que não satisfaçam às con-dições contratuais.

7.4.3 Ficará a construtora obrigada a demolir e refazer, por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente.

8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Efetuar a medição por unidade de serviço executado. A mão-de-obra e os materiais, transportes e encargos não serão incluídos na medição por constarem da composição do orçamento da obra.

Norma rodoviária - Especificação de Serviço - DNER-ES 360/97

Edificações - instalação de gás

RESUMO

Este documento estabelece a sistemática utilizada na execução de ins-talação de gás nas obras de edificações.

0 PREFÁCIO

Esta Norma estabelece a sistemática a ser empregada na execução e no controle da qualidade do serviço em epígrafe.

1 OBJETIVO

Estabelecer as exigências básicas a serem adotadas na execução das instalações de gás em edificações.

2 REFERÊNCIAS

Para o entendimento desta Norma deverão ser consultados os docu-mentos seguintes:

a) DNER-PRO 361/97 - Procedimentos para similaridades de materiais de construção;

b) ABNT NBR - 08130/83 (NB-582) - Aquecedores de água à gás tipo instantâneo;

c) ABNT NBR - 08132/83 (NB-211) – Chaminés para tiragem dos gases de combustão de aquecedores a gás.

3 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1.

3.1 Serviços de instalação de gás - compreendem aqueles que têm por objetivo dotar as edificações com os pontos de consumo de gás, nas condi-ções adequadas ao uso, atendendo plenamente aos aspectos de seguran-ça e vazão necessários.

4 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços contratados serão executados, rigorosamente, de acordo com o projeto, desenhos, e demais elementos neles referidos, além dos códigos e posturas dos órgãos oficiais competentes que jurisdicionem a localidade onde será executada a obra.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Será proibida a passagem de ramal interno (tubulação) em locais que não possam oferecer segurança tais como:

5.1.1 Tubos de lixo, de ar condicionado e outros;

5.1.2 No interior de reservatórios de água, de esgotos pluviais, de es-gotos sanitários e de incinerador de lixo;

5.1.3 Em compartimentos de aparelhagem elétrica;

5.1.4 Em poços de elevadores e de ventilação;

5.1.5 Em compartimentos não ventilados.

5.2 Nas paredes onde forem embutidas as prumadas, não será permiti-do o uso de tijolos furados em uma distância mínima de 50,0 cm, para cada lado da prumada.

5.3 As canalizações que forem instaladas para uso futuro deverão ser fechadas com bujão de rosca, ou tampa de metal, em todas as entradas.

5.4 Somente deverão ser empregados tubos sem rebarbas e sem de-feitos de estrutura e de roscas.

5.5 As ramificações da instalação de gás deverão ter um afastamento mínimo de 0,2 m das canalizações de outra natureza e no caso de super-posição de tubulações, deverá sempre ficar acima das demais. Sua declivi-dade será de forma a dirigir as águas de condensação para os coletores.

5.6 As emendas nos tubos deverão ser feitas com peças de ligação de rosca à direita por meio de flanges ou de juntas de chumbo rebatido, de acordo com a natureza do material a utilizar.

5.7 A vedação de juntas deverá ser obtida por um dos seguintes pro-cessos: pelo uso de rosca para gás; pelo emprego de substância apropria-da para vedação entre roscas externas e internas (pasta de silicone, fita “Teflon”); pelo uso de conexão com juntas de fibras adequadamente colo-cadas ou por outro sistema que permita vedação perfeita.

5.8 Serão colocadas, onde necessário, saídas - purgadores - para o escoamento da água de condensação que possa obstruir a canalização.

5.9 Todos os aparelhos de utilização serão ligados por meio de cone-xões rígidas à instalação interna, através de um registro que permita isolar ou retirar o aparelho sem necessidade de interromper o abastecimento de gás dos demais aparelhos servidos.

5.10 Iniciada a admissão de gás na tubulação deixar escapar todo o ar retido na mesma por meio de abertura dos registros nos aparelhos de utilização, cujos locais serão mantidos perfeitamente arejados.

5.11 Quando indispensável a passagem do ramal interno por estruturas ou locais cuja pavimentação não possa ser danificada ou aberta para atender possíveis reparos em casos de escapamento ou para substituições ou remoções, a tubulação deverá ser inserida em bainha, cujo diâmetro interno será 1”(25,4 mm) maior que o diâmetro externo do ramal.

6 INSPEÇÃO

6.1 Controle do material

6.1.1 Os materiais devem ser recebidos nas embalagens originais in-violadas.

6.1.2 Verificar o atendimento às características indicadas pelos fabri-cantes dos materiais.

6.2 Controle da execução

Durante a execução observar as cotas, alinhamentos e dimensões com base nas indicações do projeto.

6.3 Verificação final da qualidade

Page 75: Dnit -Estradas

As tubulações de gás serão testadas, cuidadosamente antes do fe-chamento dos rasgos e vazios das alvenarias, e submetidas a prova com ar comprimido de pressão superior a 10,0 m de coluna d’água, não havendo variação do seu valor durante 20 minutos. Não será permitido o processo de escapamento por meio de chama ou pressão de água na tubulação.

6.4 Aceitação e rejeição

6.4.1 A aceitação dos serviços estará condicionada ao atendimento às exigências contidas nesta Norma.

6.4.2 Serão rejeitados todos os trabalhos que não satisfaçam às condi-ções contratuais.

6.4.3 Ficará o executante obrigado a demolir e refazer, por sua conta exclusiva, os trabalhos impugnados, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Efetuar a medição por unidade de serviço executado. A mão-de-obra e os materiais, equipamentos, transporte e encargos não serão incluídos em medição por constarem da composição do custo da obra.

NORMA DNIT 015/2006 – ES DNIT

Drenagem - Drenos subterrâneos -

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na execução dos drenos subterrâneos. São também apresentados os requisitos concernen-tes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condições de conformidade e nãoconformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa, para servir como documento base na sistemática a ser empregada na execução de drenos subterrâneos e no controle da qualidade desses serviços. Está baseada e constitui revisão da Norma DNIT 015/2004 - ES.

1 Objetivo

Esta Norma fixa a sistemática a ser adotada nas atividades de implan-tação de drenos subterrâneos, de acordo com os alinhamentos, profundi-dades, declividades e dimensões indicadas no projeto.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

b) ______. NBR 7362-1: sistemas enterrados para condução de esgo-to. Parte 1: requisitos para tubos de PVC com junta elástica. Rio de Janeiro, 2005.

c) ______. NBR 7362-2: sistemas enterrados para condução de esgo-to. Parte 2: requisitos para tubos de PVC com parede maciça. Rio de Janei-ro, 1999.

d) ______. NBR 7362-3: sistemas enterrados de esgoto. Parte 3: requi-sitos para tubos de PVC com dupla parede. Rio de Janeiro, 2005.

e) ______. NBR 7367: projeto e assentamento de tubulações de PVC rígido para sistemas de esgoto sanitário: procedimento. Rio de Janeiro, 1988.

f) ______. NBR 8161: tubos e conexões de ferro fundido para esgoto e ventilação - formato e dimensões: padronização. Rio de Janeiro, 1983.

g) ______. NBR 8890: tubo de concreto, de seção circular, para águas pluviais e esgotos sanitários: requisitos e método de

ensaio. Rio de Janeiro, 2003.

h) ______. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

i) ______. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: pro-cedimento. Rio de Janeiro, 1996.

j) ______. NBR NM 67: concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

k) _____. NBR NM 68: concreto - determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro, 1998.

l) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TUBOS POLIOLEFíNICOS E SIS-TEMAS. ABPE E/009: sistemas coletores de esgotos - tubos corrugados de dupla parede em polietileno: especificação. São Paulo, 2003.

m) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-EM 036: cimento Portland - recebimento e aceitação. Rio de Janeiro: IPR, 1995.

n) ______. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais - concretos e arga-massas especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

o) ______. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias - cau-sas/ mitigação/ eliminação. In: ______. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

p) ______; ENEMAX. Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

q) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. ______. DNIT 011/2004 - PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias - procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

r) ______. DNIT 093/2006 - EM: tubo dreno corrugado de polietileno de alta densidade (PEAD) para drenagem rodoviária - especificação de mate-rial. Rio de Janeiro: IPR, 2006.

s) ______. DNIT 094/2006 - EM: tubo de poliéster reforçado com fibra de vidro (prfv) para drenagem rodoviária – especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 2006.

3 Definições

3.1 Drenos subterrâneos

Dispositivos instalados nas camadas sub-superficiais das rodovias, em geral no subleito, de modo a permitir a captação, condução e deságüe das águas que se infiltram pelo pavimento ou estão contidas no próprio maciço e que, por ação do tráfego e carregamento, comprometem a estrutura do pavimento e a estabilidade do corpo estradal.

Quanto à forma construtiva, os drenos poderão ser cegos ou com tubos e, devido à pequena profundidade, podem ser também designados como drenos rasos; recebem, ainda, designações particulares como dreno trans-versal ou dreno longitudinal de base.

A parte do dispositivo que exerce a função de captação em um sistema de drenagem subterrânea pode ser constituída por drenos cegos ou drenos tubulares, neste ultimo caso utilizando tubos dreno em polietileno de alta densidade - PEAD - corrugados perfurados ou tubos dreno em concreto perfurado ou poroso.

O conjunto de captação em um dreno é constituído basicamente pelos seguintes componentes: material filtrante, material drenante e condutor tubular, conforme ilustrado na figura a seguir:

A parte da canalização que exerce a função de condução a partir do

conjunto de captação até o deságüe em um sistema de drenagem subter-rânea pode ser constituída por drenos cegos ou tubos condutores não perfurados de PVC, PEAD, PRFV ou Concreto.

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3.2 Dreno cego

Dreno profundo constituído de cava e material de enchi-mento adequado de forma a possibilitar o fluxo intersticial, desprovido de condutores tubulares.

O material filtrante poderá ser constituído de geotextil não tecido, ou areia que satisfaça a granulometria indicada no projeto.

NOTA: dimensões “a”, “b”, “c” e “d” conforme orientações do Álbum de Projetos-tipo de Dispositivos de Drenagem ou outras detalhadas no projeto.

4 Condições gerais

Os drenos subterrâneos devem ser implantados durante o acabamento da terraplanagem, de modo a favorecer as condições construtivas.

Os drenos cegos poderão ser executados sob a forma de trincheira ou colchão, de acordo com as recomendações de projeto, adequando-se às condições geométricas e inclinação da área a ser esgotada.

Os drenos verticais de areia ou geossintéticos, cuja implantação é re-comendada para os processos especiais de estabilização de maciço ou de camadas de terraplanagem, passíveis de deformações por ruptura ou adensamento, serão tratados em especificação própria, decorrente de indicação dos estudos geotécnicos.

Quando os alinhamentos forem muito longos, com extensões superio-res a 80m, tornando extremamente complexa a limpeza dos drenos, mesmo por meio de processos mecânicos, deverão ser executadas caixas de passagem para permitir a limpeza dos drenos e facilitar sua manutenção.

Somente poderá ser realizado o fechamento das valas após a vistoria dos drenos instalados e a comprovação da sua operacionalidade, devendo ser mantido, durante todo o tempo da construção, o tamponamento dos tubos e a proteção das camadas intermediárias, para impossibilitar o entu-pimento das canalizações e a colmatação do material permeável.

No caso de colchões drenantes ou drenos cegos, quando serão utiliza-das camadas de materiais com granulometria definida, não será permitida a mistura com materiais diferentes, de modo a garantir-se a permeabilidade de projeto, devendo tais materiais serem armazenados e depositados em pilhas ou em baias que impeçam sua contaminação.

Os dispositivos considerados nesta Norma abrangem aqueles integran-tes do Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem do DNER ou outros detalhados no projeto.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

Os materiais utilizados na implantação dos drenos subterrâneos deve-rão satisfazer às exigências dos projetos específicos e às normas vigentes da ABNT e do DNIT, tanto no que se refere aos tubos, quanto aos materiais usados para o envolvimento dos drenos, filtros, geotêxteis não tecido e processos construtivos.

5.1.1 Tubos dreno perfurados

Os tubos perfurados para drenos subterrâneos poderão ser corrugados de polietileno de alta densidade – PEAD ou lisos de concreto, com dimen-sões e características de resistência indicados no projeto, devendo satisfa-zer às especificações contidas no item 2 desta Norma.

5.1.1.1 Tubos dreno corrugados de polietileno de alta densidade - PE-AD

Os tubos dreno PEAD deverão satisfazer aos requisitos impostos pelas especificações de materiais DNIT 093/2006 - EM: Tubo Dreno Corrugado de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) para Drenagem Rodoviária citada no item 2 desta Norma.

5.1.1.2 Tubos dreno perfurados de concreto ou de cerâmica

Os tubos dreno perfurados de concreto ou de cerâmica deverão satis-fazer aos requisitos impostos pelas especificações de materiais da ABNT citadas no item 2 desta Norma.

5.1.2 Tubos coletores (não perfurados)

5.1.2.1 Tubos coletores de policloreto de vinila - PVC, polietileno de al-ta densidade - PEAD ou Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro – PRFV

Quando forem utilizados os tubos de PVC ou PEAD, que poderão ser rígidos ou flexíveis e deverão atender às Normas NBR 7362, 7367/88, ABPE E/009, DNIT 094/2006 - EM e/ou NBR 7362. Os tubos coletores de PVC poderão utilizar conexões elásticas ou rosqueadas, desde que seja garantida a estanqueidade ou rigidez da conexão. Os tubos PEAD poderão utilizar conexão elástica com bolsa luva externa de modo a não comprome-ter a seção interna do tubo.

5.1.2.2 Tubos coletores de concreto ou de cerâmica Os tubos coletores de concreto ou cerâmica deverão satisfazer aos requisitos impostos pelas especificações de materiais da ABNT citadas no item 2 desta Norma.

5.1.2.3 Tubos coletores de metal

Quando forem utilizados tubos metálicos de ferro fundido, estes deve-rão atender à Norma NBR 8161/83.

5.1.3 Tubos porosos de concreto

Os tubos porosos de concreto deverão ter seção circular, com circunfe-rências concêntricas, interna e externamente, e encaixe do tipo macho e fêmea. Os tubos deverão atender às condições de resistência e porosidade prescritas no item 5.1.4, e não apresentar defeitos geométricos ou estrutu-rais.

5.1.4 Tubos de concreto de cimento

Os tubos a serem utilizados na construção dos drenos poderão ser construídos no canteiro das obras ou adquiridos em indústrias próximas, sendo exigíveis, em ambos os casos, todos os procedimentos de controle e acompanhamento do processo construtivo, de acordo com o que dispõe a norma NBR 8890/03, para tubos de concreto armado, além de outros procedimentos, entre os relacionados adiante.

A resistência à ruptura e à permeabilidade devem obedecer às indica-ções da Tabela 1.

Os resultados individuais dos diversos ensaios, para cada diâmetro de tubo e para cada carregamento, ou inspeção na fábrica, deverão ser tabu-lados separadamente, de modo a mostrar a porcentagem de falhas em cada caso.

O ensaio de resistência à ruptura será ordinariamente aplicado a não menos que 75% das unidades fornecidas para ensaio.

Dever-se-á prever amostras para ensaio em quantidade igual ou maior do que 0,5% do número de tubos de cada diâmetro objeto do pedido. Em nenhum caso serão ensaiadas menos de duas unidades.

Os tubos serão fornecidos nos diâmetros e dimensões prescritas na Tabela 1.

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As variações permissíveis nas dimensões prescritas na Tabela 1 não deverão exceder às tolerâncias indicadas na Tabela 2

Os tubos não deverão apresentar trincas ou fraturas tanto no seu corpo como nas bocas.

Os tubos não deverão apresentar deformações, em alinhamento, de mais de 0,3cm, num comprimento de 30cm. Os planos das extremidades deverão apresentar-se em esquadro com o eixo longitudinal.

Os tubos estarão sujeitos à inspeção, na fábrica, nos depósitos ou nas valas e, sempre que possível com inspeção visual após o assentamento, de modo a constatar-se a estanqueidade e a integridade da tubulação.

O objetivo da inspeção visual será rejeitar os tubos que, independen-temente dos ensaios físicos aqui especificados, não atendam às exigências desta Norma.

5.1.5 Material filtrante

O material filtrante deverá satisfazer à granulometria indicada no proje-to e, quando não especificada, às seguintes condições.

a) Solos com mais de 35% passando pela peneira de 0,075mm (nº200):

– material de envolvimento do tubo

Peneiras (mm) %, em massa, passando

19,0 85 max.

9,5 60 min.

2,0 15 min.

0,42 15 max.

– material de enchimento da vala de drenagem:

Peneiras (mm) %, em massa, passando

9,5 60 min.

2,0 15 min.

0,42 15 max.

b) Solos com menos de 35% passando na peneira de 0,075mm (nº 200):

– material de envolvimento do tubo:

Peneiras (mm) %, em massa, passando

38,0 60 max.

19,0 85 min.

9,5 15 min.

2,0 15 max.

– material de preenchimento da vala de drenagem:

Peneiras (mm) %, em massa, passando

38,0 60 max.

9,5 15 min.

2,0 15 max.

c) O material filtrante para envolvimento e o material de enchimento pa-ra os drenos subterrâneos construídos com tubos porosos de concreto deverão consistir de partículas limpas, resistentes e duráveis de areia, pedregulho ou pedra britada, isentos de matéria orgânica, torrões de argila ou outros materiais deletérios. O material filtrante deverá obedecer à se-guinte faixa granulométrica:

Peneiras (mm) %, em massa, passando

9,5 100

4,8 95 - 100

1,2 45 - 80

0,3 10 - 30

0,15 2 -10

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d) Os materiais naturais utilizados para execução de camada filtrante poderão ser substituídos por manta sintética cuja especificação será a recomendada pelo fabricante. A utilização da manta geotêxtil não tecido (sintética), entretanto, caso não tenha sido especificada no projeto, deverá ser previamente analisada por meio de estudo específico.

5.1.6 Material de rejuntamento

O material de rejuntamento a ser empregado para tubos de concreto será argamassa de cimento e areia, no traço de 1:4, em massa, obedecen-do ao que dispõe a Especificação DNER-ES 330/97. O material para junção de tubos dreno de PEAD será a luva de emenda, conforme detalhado nas especificações de materiais DNIT 093/2006 - EM: Tubo Dreno Corrugado de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) para Drenagem Rodoviária citada no item 2 desta Norma.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Caminhão basculante;

b) Caminhão de carroceria fixa;

c) Betoneira ou caminhão betoneira;

d) Motoniveladora;

e) Pá carregadeira;

f) Rolo compactador metálico;

g) Retroescavadeira ou valetadeira;

h) Guinchos ou caminhões com grua ou “Munck”;

i) Serra elétrica para formas.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado antes do início da execução do serviço, de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

5.3 Execução

As valas deverão ser escavadas de acordo com a largura, o alinhamen-to e as cotas indicados no projeto.

Os tubos de tipo e dimensões requeridas deverão ser assentados em berços, adequadamente compactados e acabados, de modo a serem preservadas as cotas de projeto perfeitamente estáveis para o carregamen-to previsto.

O material de envolvimento dos drenos deverá ser firmemente adensa-do, adotando-se compactador vibratório, de modo a garantir a imobilidade dos tubos, as espessuras das camadas e a perfeita graduação granulomé-trica dos materiais drenante e filtrante.

As juntas da ponta e da bolsa deverão ser colocadas de modo que as bolsas fiquem voltadas para o lado ascendente da declividade.

A parte superior da vala deverá então ser preenchida com material argi-loso, caso indicado no projeto, cuidando-se quando da utilização de bases granulares para que haja a continuidade de permeabilidade, de modo a favorecer o esgotamento das águas que, por infiltração, possam ficar retidas na camada.

Todos os materiais de enchimento deverão ser compactados com e-quipamentos vibratórios e na umidade adequada para o perfeito adensa-mento das camadas

Nas extremidades de saída das valas deverão ser instalados tubos ou terminais, em conformidade com as indicações do projeto.

6 Manejo ambiental

Durante a execução dos drenos subterrâneos deverão ser preservadas as condições ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedi-mentos:

a) Todo o material excedente de escavação ou sobras, deverá ser re-movido das proximidades dos drenos de modo a não provocar a sua colma-tagem.

b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d’água de modo a não causar assoreamento e / ou entupimentos nos sistemas de drenagem naturais ou implantados em função das obras.

c) Nos pontos de deságüe dos drenos, deverão ser executadas obras de proteção, de modo a não promover a erosão das vertentes ou assorea-mento de cursos d'água.

d) Como em geral as águas subterrâneas afetam os mananciais locais, a Fiscalização verificará se os posicionamentos, caimentos e deságües dos drenos obedecem ao projeto.

Caso necessário, em função das condições locais, o projeto poderá ser alterado, de acordo com a Fiscalização.

e) Especial atenção deverá ser dada à manutenção da estabilidade dos maciços onde são instalados os drenos subterrâneos. Após a implantação dos dispositivos estes maciços deverão ser monitorados, para verificação do surgimento de escorregamentos ou desagregações em função da alte-ração do nível do lençol freático.

f) Durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desne-cessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração.

g) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNER ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes ao escoamento das águas, e proteção contra a erosão, captação, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acor-do com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97.

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto, das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas.

Os tubos de concreto serão controlados por meio dos ensaios preconi-zados na NBR 8890/03 no que couber, atendidas as recomendações dos fabricantes e especificações particulares.

Para cada partida de tubos de concreto, quando utilizadas grandes quantidades, não rejeitados na inspeção, serão formados lotes para amos-tragem, correspondendo cada lote a grupos de 100 a 200 unidades.

De cada lote serão retirados quatros tubos a serem ensaiados.

Dois tubos serão submetidos a ensaio de permeabilidade de acordo com a NBR 8890/03.

Dois tubos serão ensaiados à compressão diametral e submetidos ao ensaio de absorção de acordo com a NBR 8890/03.

Os tubos dreno corrugados PEAD deverão ser controlados por meio dos ensaios preconizados na especificação de material DNIT 093/2006 - EM: Tubo Dreno Corrugado de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) para Drenagem Rodoviária citada no item 2 desta Norma.

Os materiais constituintes das camadas de envolvimento dos drenos e de enchimento das valas terão suas características granulométricas contro-ladas por meio de ensaios específicos, seguindo-se a orientação das Espe-cificações de materiais de pavimentação.

7.2 Controle da produção (execução)

O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados na execução da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas, cada vez que forem moldados corpos-de-prova e na troca de operadores.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao contro-le fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

7.3 Verificação do produto

O controle geométrico da execução dos drenos será feito por meio de levantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço com as quais será feito o acompanhamento da execução.

Da mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de en-volvimento dos drenos e de enchimento das valas, o acabamento das obras, o reaterro e a compactação das valas.

O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual, avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-

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centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das de projeto em mais que 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no inter-valo de ± 10% em relação à espessura de projeto.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, devendo atender às condições gerais e específicas dos capítulos 4 e 5 desta Norma, respecti-vamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck - não-conformidade;

fck, est fck - conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das nãoconformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) Os dispositivos serão medidos pelo seu comprimento, determinados em metros acompanhando as declividades executadas, incluindo forneci-mento e colocação de materiais, mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à sua execução.

b) No caso de utilização de dispositivos pontuais acessórios, como cai-xas coletoras ou de passagem, as obras serão medidas por unidade, de acordo com as especificações respectivas.

c) Deverão ser medidas as escavações necessárias à implantação des-tes dispositivos, pela determinação do tipo e do volume de material, ex-presso em metros cúbicos.

NORMA DNIT 016/2006 – ES DNIT Drenagem –

Drenos sub-superficiais -

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na execução dos drenos sub-superficiais. São também apresentados os requisitos concer-nentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condições de conformidade e nãoconformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa, para servir como documento base na sistemática a ser empregada na execução de drenos sub-superficiais e no controle da qualidade desses serviços. Está baseada e constitui revisão da Norma DNIT 016/2004 - ES.

1 Objetivo

Esta norma fixa a sistemática a ser adotada nas atividades de implan-tação de drenos sub-superficiais a serem instalados nas rodovias para preservar as condições de suporte para os pavimentos de cortes e aterros. Também é aplicada nos dispositivos de drenagem destinados à captação e condução das águas que se infiltram nos revestimentos permeáveis que por ação do tráfego podem causar danos às camadas de base e sub-base, provocando desgaste precoce do pavimento.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM C 444 – 95: perforated concrete pipe. West Conshohocken, PA, 1995.

b) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7362-1: sistemas enterrados para condução de esgoto. Parte 1: requisitos para tubos de PVC com junta elástica. Rio de Janeiro, 2005.

c) ______. NBR 7362-2: sistemas enterrados para condução de esgo-to. Parte 2: requisitos para tubos de PVC com parede maciça. Rio de Janei-ro, 1999.

d) ______. NBR 7362-3: sistemas enterrados de esgoto. Parte 3: requi-sitos para tubos de PVC com dupla parede. Rio de Janeiro, 2005.

e) ______. NBR 7367: projeto e assentamento de tubulações de PVC rígido para sistemas de esgoto sanitário: procedimento. Rio de Janeiro, 1988.

f) ______. NBR 8161: tubos e conexões de ferro fundido para esgoto e ventilação - formato e dimensões: padronização. Rio de Janeiro, 1983.

g) ______. NBR 8890: tubo de concreto, de seção circular, para águas pluviais e esgotos sanitários: requisitos e método de ensaio. Rio de Janeiro, 2003.

h) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais - concretos e argamassas: especifi-cação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

i) ______. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias - cau-sas/ mitigação/ eliminação. In: ______. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

j) ______; ENEMAX. Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

k) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANS-PORTES. DNIT 011/2004 - PRO: gestão da qualidade em obras rodoviá-rias: procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

l) ______. DNIT 015/2006 - ES: drenagem - drenos subterrâneos: es-pecificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 2006.

m) ______. DNIIT 093/2006 - EM: tubo dreno corrugado de polietileno de alta densidade (PEAD) para drenagem rodoviária: especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 2006.

n) ______. DNIT 094/2006 - EM: tubo de poliéster reforçado com fibra de vidro (prfv) para drenagem rodoviária: especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 2006.

3 Definições

3.1 Drenos sub-superficiais

Dispositivos instalados nas camadas subjacentes dos pavimentos de cortes ou aterros que, liberando parte da água retida, aliviam as tensões e propiciam a preservação desses pavimentos.

Quanto à forma construtiva, os drenos poderão ser cegos ou com tubos e, devido à pequena profundidade, podem ser também designados como drenos rasos; recebem, ainda, designações particulares como dreno trans-versal ou dreno longitudinal de base (ver DNIT 015/2006-ES).

A parte do dispositivo que exerce a função de captação em um sistema de drenagem subterrânea pode ser constituída por drenos cegos ou drenos tubulares, neste ultimo caso utilizando tubos dreno em polietileno de alta densidade - PEAD - corrugados perfurados ou tubos dreno em concreto perfurado ou poroso.

O conjunto de captação em um dreno é constituído basicamente pelos seguintes componentes: material filtrante, material drenante e condutor tubular, conforme ilustrado na figura a seguir:

Page 80: Dnit -Estradas

A parte da canalização que exerce a função de condução a partir do conjunto de captação até o deságüe em um sistema de drenagem subter-rânea pode ser constituída por drenos cegos ou tubos condutores não perfurados de PVC, PEAD, PRFV ou Concreto.

4 Condições gerais

Os drenos sub-superficiais deverão ser instalados durante o desenvol-vimento da camada final de terraplanagem.

O fechamento das valas só poderá ser realizado após a vistoria e a comprovação da operacionalidade dos drenos instalados, por meio de inspeção visual.

Durante todo o tempo da construção deverão ser mantidos o tampo-namento dos tubos e a proteção das camadas filtrantes e de envolvimento dos tubos de modo a impedir o entupimento das canalizações e a colmata-ção do material permeável.

Os dispositivos considerados nesta Norma abrangem aqueles integran-tes do Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem do DNER ou outros detalhados no projeto.

NOTA: Quando a instalação de drenos envolver problemas de preser-vação de pavimentos, deverá ser tratada nos Estudos Geotécnicos.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

Todo material utilizado deverá satisfazer aos requisitos impostos pelas normas vigentes da ABNT e do DNIT.

Deverão ser realizados ensaios e estudos indicadores da textura e da granulometria dos materiais.

5.1.1 Material drenante

O material drenante deverá dispor de permeabilidade adequada ao ma-terial local e ao volume de água a ser removida.

Poderão ser utilizados como material drenante produtos naturais ou re-sultantes de britagem, classificados como rocha sã, areias, pedregulhos naturais ou seixos rolados isentos de impurezas e de torrões de argila.

Em locais onde não se disponha de agregado natural que apresente resistência à abrasão ou esmagamento satisfatória ou por razões especiais, poderão ser empregados agregados sintéticos, argila expandida, com a granulometria e permeabilidade indicada no projeto.

A granulometria do material drenante deverá ser verificada e projetada segundo critérios de dimensionamento para atender às seguintes condi-ções:

a) o material filtrante não poderá ser colmatado pelo material envolven-te;

b) a permeabilidade deverá ser satisfatória;

c) os fragmentos do material drenante devem ser compatíveis com os orifícios ou ranhuras dos drenos, de modo a não escoarem pelos tubos.

5.1.2 Material filtrante

O material filtrante deverá ter granulometria satisfatória, de modo a im-pedir que as partículas finas possam ser conduzidas por via fluida e que fiquem retidas nos interstícios do material drenante, causando sua colmata-ção.

O material filtrante do dreno sub-superficial poderá ser executado com material granular ou em manta sintética/geotêxtil não tecido com permeabi-lidade e espessura indicadas no projeto.

O material filtrante granular recomendado para os drenos sub-superficiais é a areia quartzosa natural, isenta de impurezas orgânicas e de torrões de argila.

A granulometria da areia deverá ser previamente aprovada por ensaios específicos.

Caso não se constate ocorrência de areias naturais satisfatórias, será permitida a composição por mistura de materiais naturais ou provenientes de britagem ou a substituição por filtro executado com manta sintética.

5.1.3 Tubos

Os tubos a serem utilizados nos drenos poderão ser:

5.1.3.1 Tubos perfurados

Os tubos perfurados para drenos subterrâneos poderão ser de concre-to, de cerâmica, de plástico ou de metal, com dimensões e características de resistência indicadas no projeto.

Os tubos perfurados de concreto ou de cerâmica deverão satisfazer aos requisitos impostos pelas Especificações de materiais da ABNT, do DNIT e complementarmente pelas especificações C444-95 da ASTM.

Será também permitida a utilização de drenos flexíveis de PVC ou PE-AD, desde que atendam às dimensões, às perfurações e ao posicionamen-to indicados no projeto, adotando-se nesses casos as recomendações dos fabricantes ou normas internacionais adequadas, até que sejam editadas as normas brasileiras correspondentes.

Quando forem utilizados tubos de PVC, deverão ser atendidas as nor-mas NBR 7362 e NBR 7367/88, e no caso de tubos de metal a norma NBR 8161/83.

5.1.3.2 Tubos porosos de concreto

Os tubos porosos de concreto terão seção circular com circunferências concêntricas, internas e externamente, e encaixe tipo macho e fêmea.

Os tubos deverão atender às condições de resistência e porosidade prescrita no projeto e não apresentar defeitos.

5.1.3.3 Tubos de concreto de cimento

Os tubos que serão utilizados na construção dos drenos poderão ser construídos no canteiro de obras ou adquiridos em indústria próxima, sendo exigíveis, em qualquer caso, os procedimentos de controle e acompanha-mento do processo construtivo, de acordo com o que dispõem as normas NBR 9794/87 e NBR 9795/87, além de outros procedimentos prescritos no projeto.

5.1.4 Manta sintética

Os materiais naturais utilizados para execução da camada filtrante po-derão ser substituídos por manta sintética. As especificações serão as recomendadas pelo fabricante.

A utilização da manta sintética, entretanto, caso não tenha sido especi-ficada no projeto, deverá ser previamente analisada por meio de estudo específico.

5.1.5 Material de rejuntamento

O material de rejuntamento a ser empregado será argamassa de ci-mento e areia, no traço de 1:4, em massa, atendendo ao que dispõe a norma DNER-ES 330/97.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos ao locais de instalação dos drenos e compatíveis como os materiais utilizados, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) caminhão basculante;

b) caminhão de carroceria fixa;

c) betoneira ou caminhão betoneira;

d) motoniveladora;

e) pá carregadeira;

f) rolo compactador metálico ou compactadora vibratória;

g) retroescavadeira ou valetadeira;

h) guincho ou caminhão com grua ou “Munck”.

NOTA: Todo equipamento utilizado deverá ser vistoriado, antes do iní-cio da execução do serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

5.3 Execução

Os drenos sub-superficiais deverão ser construídos cumprindo-se as seguintes etapas:

Page 81: Dnit -Estradas

a) a abertura das valas deve atender às dimensões estabelecidas no projeto-tipo adotado;

b) no caso de drenos transversais rasos, as valas deverão ser abertas seguindo as retas de maior declive, nas seções indicadas no projeto;

c) para os drenos longitudinais rasos, as valas deverão ser abertas no sentido de jusante para montante, paralelas ao eixo, na posição indicada no projeto;

d) a declividade longitudinal mínima do fundo das valas deverá ser de 1%;

e) deverá ser utilizado um processo de escavação compatível com a di-ficuldade de extração do material;

f) a disposição do material escavado será feita em local próximo aos pontos de passagem, de forma a não prejudicar a configuração do terreno e o escoamento das águas superficiais (ver item 6);

g) instalação dos drenos sub-superficiais;

h) o preenchimento das valas deverá ser no sentido de montante para jusante, com os materiais especificados no projeto;

i) o espalhamento do material granular no preenchimento das valas de-verá ser feito em camadas com espessura máxima de 30cm, com o agre-gado na umidade indicada no projeto e adensado com rolos vibratórios ou placas metálicas vibratórias manuais.

5.3.1 Drenos contínuos com tubos plásticos

Os drenos sub-superficiais serão preenchidos com uma camada de material filtrante com profundidade indicada no projeto e espessura ade-quada que, após o adensamento, receberá o tubo de captação de PEAD corrugado perfurado ou concreto perfurado/poroso e o tubo de condução de PVC, PEAD, PRFV ou concreto.

O preenchimento das valas obedecerá às seguintes etapas:

a) preparação de uma camada de 10cm de espessura do material fil-trante no fundo da vala, devidamente compactada;

b) instalação dos tubos dreno de PEAD com furos em toda a superfície do tubo, conforme especificações de materiais DNIT 093/2006 - EM: Tubo Dreno Corrugado de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) para Drenagem Rodoviária citada no item 2 desta Norma;

c) complementação do enchimento com material filtrante, colocados em camadas de igual espessura, sendo no máximo de 30cm cada uma;

d) quando por razões excepcionais forem utilizados na operação de compactação soquetes manuais e, principalmente, com a utilização de compactadores, será indispensável tomar os cuidados necessários à manu-tenção da integridade dos tubos.

5.3.2 Drenos cegos

Quando não existir, nas áreas adjacentes ou próximas das obras mate-riais que satisfaçam às características drenantes, serão utilizados drenos superficiais com a aplicação e compactação em duas camadas de iguais espessuras de material importado de jazidas qualificadas.

5.3.2.1 Drenos tubulares com filtro de manta sintética/geotêxtil não te-cido

Estes drenos serão constituídos por material drenante envolvendo um tubo dreno PEAD corrugado ou concreto poroso/perfurado, sendo o conjun-to protegido por manta sintética/geotêxtil não tecido com função de filtro.

O preenchimento das valas envolve:

a) colocação de manta sintética fixada nas paredes da vala e na super-fície anexa ao dreno com grampos de ferro de 5mm, dobrados em forma de “U”;

b) execução de camada de 10cm de material drenante compactado, no fundo da vala;

c) instalação dos tubos dreno de concreto poroso ou PEAD com furos em toda a superfície do tubo, conforme especificações de materiais DNIT 093/2006 - EM: Tubo Dreno Corrugado de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) para Drenagem Rodoviária citada no item 2 desta Norma;

d) complementação da vala com material drenante, compactado em camada de igual espessura de, no máximo, 30cm cada uma;

e) dobragem e costura da manta com sobreposição transversal de cer-ca de 20cm, complementando o envelopamento;

f) a sobreposição da manta nas emendas longitudinais deverá ter, pelo menos, 20cm com uso de costura ou 50cm sem costura.

5.3.2.2 Drenos cegos com filtro de manta sintética/geotêxtil não tecido

Estes drenos são constituídos por um material drenante envolvido por manta sintética.

O processo de enchimento é idêntico aos dos drenos cegos, exceto por não dispor de tubos de captação, que não serão utilizados.

As etapas executadas são as seguintes:

a) execução das bocas de saída dos tubos de condução que deverão ser posicionados sempre em seção de aterro, aplicando-se tanto a drenos longitudinais quanto a drenos transversais rasos;

b) opcionalmente, os drenos longitudinais rasos poderão descarregar em caixas coletoras ou em drenos longitudinais profundos, para cortes extensos, ou em drenos transversais localizados em aterro.

6 Manejo ambiental

Durante a execução dos drenos deverão ser preservadas as condições ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:

a) todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser remo-vido das proximidades dos drenos de modo a não

provocar a sua colmatagem;

b) o material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d’água de modo a não causar assoreamento e / ou entupimentos nos sistemas de drenagem naturais ou implantados em função das obras;

c) nos pontos de deságüe dos drenos, deverão ser executadas obras de proteção, de modo a não promover a erosão das vertentes ou assorea-mento de cursos d'água;

d) como em geral as águas subterrâneas afetam os mananciais locais, a Fiscalização verificará se os posicionamentos, caimentos e deságües dos drenos obedecem ao projeto.

Caso necessário, em função das condições locais, o projeto poderá ser alterado, de acordo com a Fiscalização.

e) especial atenção deverá ser dada à manutenção da estabilidade dos maciços onde são instalados os drenos subterrâneos. Após a implantação dos dispositivos estes maciços deverão ser monitorados, para verificação do surgimento de escorregamentos ou desagregações, em função da alteração do nível do lençol freático;

f) durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desne-cessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração;

g) além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNER-ISA 07- Instrução de Serviço Ambientai, referentes ao escoamento das águas, e proteção contra a erosão, captação, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico dos insumos será realizado de acordo com o Plano de Qualidade da obra, observando-se os preceitos desta Norma, e as especificações particulares do projeto quando for o caso.

7.2 Controle da produção (execução)

O controle da produção será realizado de acordo com o Plano de Qua-lidade da obra, observando-se os preceitos desta Norma, e as especifica-ções particulares do projeto quando for o caso.

7.3 Verificação do produto

O controle geométrico dos drenos sub-superficiais no que diz respeito aos alinhamentos e às profundidades será executado por meio de levanta-mentos topográficos e pela comparação com o gabarito para execução de canalização.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço específicas, com as quais será feito o acompanhamento da execução.

O acompanhamento da execução das camadas de materiais de envol-vimento dos drenos e enchimento das valas será realizado da mesma forma.

Somente será permitida a colocação dos tubos perfurados ou porosos de captação ou contínuos de condução após a inspeção das valas e a compactação dos berços, não sendo toleradas variações de cota acima de 1cm;

Page 82: Dnit -Estradas

A colocação do material de envolvimento do dreno deverá ser executa-da em camadas cuidando-se para que cada camada preceda o lançamento do material de preenchimento da vala, em segmentos de mesma espessu-ra;

Durante a execução dos drenos, até que tenha sido completado o rea-terro da vala, os tubos deverão ser tamponados para evitar o seu entupi-mento;

Não será permitida a colocação, na vala, de tubos quebrados ou ra-chados e também não será tolerada a utilização de tubos que façam parte de lotes cujos resultados de ensaio não tenham sido satisfatórios;

Todos os materiais utilizados nos drenos subterrâneos deverão satisfa-zer às especificações próprias;

Caso se apresentem em desacordo com esta Norma ou com as tole-râncias indicadas, os serviços serão recusados, devendo ser refeitos.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade Os controles dos insumos e da produção, e a verificação do produto serão realizados de acordo com o Plano de Qualidade da obra, observando-se as condições gerais e especificas dos itens 5 e 6 desta Norma, respectivamente.

Os resultados do controle estatístico e as nãoconformidades serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento, de acordo com a norma DNIT 011/2004 – PRO.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) os drenos serão medidos pelo seu comprimento, em metros, execu-tados de conformidade com o projeto incluindo o fornecimento e a coloca-ção de materiais, mão-de-obra, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à sua execução;

b) as escavações de valas serão medidas pela determinação do volu-me de material escavado, classificando-se o tipo de material e medindo-o em metros cúbicos;

c) não se fará distinção entre drenos transversais e longitudinais rasos para fins de medição;

d) as bocas de saída serão medidas, pela determinação do número de unidades executadas.

NORMA DNIT 017/2006 - ES

DNIT Drenagem - Drenos sub-horizontais -

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na execução dos drenos sub-horizontais. São também apresentados os requisitos concer-nentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condições de conformidade e não conformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa, para servir como documento base visando estabelecer as especifica-ções de serviço para a execução de drenos sub-horizontais. Está baseada e constitui revisão da Norma DNIT 017/2004 - ES.

1 Objetivo

Esta Norma tem como objetivo estabelecer os procedimentos a serem seguidos na execução de drenos sub-horizontais, aplicáveis à drenagem de taludes de cortes, aterros ou encostas, de acordo com as imposições e detalhamento do projeto de terraplanagem, visando a sua estabilização.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: concreto – ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1994.

b) ______. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

c) ______. NBR 7187: projeto de pontes de concreto armado e de con-creto protendido: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

d) ______. NBR 7362-1: sistemas enterrados para condução de esgo-to. Parte 1: requisitos para tubos de PVC com junta elástica. Rio de Janeiro, 2005.

e) ______. NBR 7362-2: sistemas enterrados para condução de esgo-to. Parte 2: requisitos para tubos de PVC com parede maciça. Rio de Janei-ro, 1999.

f) ______. NBR 7362-3: sistemas enterrados de esgoto. Parte 3: requi-sitos para tubos de PVC com dupla parede. Rio de Janeiro, 2005.

g) ______. NBR 7365: ruptura por pressão interna de tubos de poliéster armados com fios de vidro: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1982.

h) ______. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

i) ______. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: pro-cedimento. Rio de Janeiro, 1996.

j) ______. NBR NM 67: concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

k) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais - concretos e

argamassas: especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

l) ______. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias - cau-sas/ mitigação/ eliminação. In: ______. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

m) ______; ENEMAX. Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

n) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.

______. DNIT 011/2004 - PRO: gestão da qualidade em obras rodoviá-rias:

procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

o) ______. DNIT 015/2006 - ES: drenagem - drenos subterrâneos: es-pecificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 2006.

p) ______. DNIIT 093/2006 - EM: tubo dreno corrugado de polietileno de alta densidade (PEAD) para drenagem rodoviária: especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 2006.

q) ______. DNIT 094/2006 - EM: tubo de poliéster reforçado com fibra de vidro (prfv) para drenagem rodoviária: especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 2006

3 Definições

3.1 Drenos sub-horizontais

Dispositivos instalados nos taludes de cortes, aterros ou encostas, que visam proporcionar o escoamento das águas retidas nos maciços, de forma a aliviar os empuxos capazes de comprometer a estabilidade dos taludes.

No caso dos cortes os drenos sub-horizontais são, geralmente, instala-dos no sentido ortogonal ao eixo, sendo, via de regra, realizados com tubos perfurados introduzidos transversalmente aos taludes por cravação ou mediante escavação, de modo a recolher a água retida no maciço, razão pela qual são também denominados “drenos interceptantes”.

No caso de aterro esses drenos serão constituídos por tubos dreno em PEAD corrugado perfurado ou tubos dreno em concreto perfurado ou poroso dispostos em profundidades recomendadas no projeto, podendo dispor de alinhamentos transversal, longitudinal ou sob a forma de espinha-de-peixe, tendo também a finalidade de aliviar a água que, por saturação, pode comprometer a estabilidade do aterro.

4 Condições gerais

Os drenos sub-horizontais deverão ser instalados durante o desenvol-vimento da camada final de terraplanagem.

Somente poderá ser aceito o serviço de instalação dos drenos e a reti-rada dos equipamentos, após a vistoria dos drenos instalados e a compro-vação de sua operacionalidade, com especial atenção para o recolhimento das descargas e seu lançamento em ponto de deságüe adequado.

Durante todo o tempo da construção deverá ser mantido o tampona-mento dos tubos e a proteção das camadas intermediárias ou de envolvi-mento dos tubos, para impedir o entupimento das canalizações e a colma-tação do material permeável.

Page 83: Dnit -Estradas

Os dispositivos aqui considerados abrangem aqueles integrantes do Álbum de Projetos-Tipo de dispositivos de drenagem do DNER ou outros detalhados no projeto.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

Todo material utilizado na execução deverá satisfazer aos requisitos impostos pelas normas vigentes da ABNT e do DNIT.

5.1.1 Tubos dreno de PVC rígido para cravação em corte

Os drenos em cortes serão realizados com tubos de PVC, perfurados ou ranhurados, com juntas elásticas ou rosqueadas.

Os tubos dreno de PVC rígido utilizados deverão apresentar diâmetro interno mínimo de 5cm e, de preferência, deverão ser de encaixe tipo ponta e bolsa.

Os furos ou ranhuras deverão atender ao disposto no projeto tipo ado-tado, devendo-se evitar a furação, com serra ou furadeira, no canteiro de serviço, de modo a não comprometer o tubo estruturalmente.

Nas áreas de cortes, para eliminar as rebarbas, faz-se o lixamento ou raspagem e alisamento com lima.

As conexões de tubos nos maciços em corte serão feitas por meio de luvas rosqueadas, de modo a garantir a estanqueidade do tubo nas extre-midades.

5.1.2 Tubos dreno corrugado de polietileno de alta densidade - PEAD para aterros

No caso dos aterros, quando forem utilizados tubos PEAD, as cone-xões deverão ser executadas com peças especiais, conforme especifica-ções de materiais DNIT 093/2006 - EM: Tubo Dreno Corrugado de Polieti-leno de Alta Densidade (PEAD) para Drenagem Rodoviária citada no item 2 desta Norma.

5.1.3 Concreto para as saídas

O concreto para as saídas d’água deverá ser dosado, racional e expe-rimentalmente, para uma resistência característica à compressão mínima (fck; min), aos 28 dias, de 15 MPa.

O concreto deverá ser preparado de acordo com o previsto na norma NBR 12655/96.

O material drenante deverá dispor de permeabilidade adequada ao ma-terial local e ao volume de água a ser removido.

5.1.4 Manta sintética

Na extremidade do dreno nos cortes, no interior do maciço, será execu-tado um capuz de manta sintética, envolvendo toda a área de furos ou ranhuras do tubo.

A manta sintética a ser utilizada deverá ser do tipo geotextil não tecido, atender às especificações do fabricante e ser aprovada pelo projeto especí-fico de estabilização.

A manta deverá dispor de permeabilidade e espessura adequadas ao material local e ao volume de água a ser removido.

Para tanto, deverão ser realizados ensaios e estudos que permitirão indicar a textura e a granulometria dos materiais a serem utilizados.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação dos drenos e compatíveis com os materiais utilizados, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) caminhão basculante;

b) caminhão de carroceria fixa;

c) betoneira ou caminhão betoneira;

d) motoniveladora;

e) pá carregadeira;

f) rolo compactador metálico;

g) retroescavadeira ou valetadeira;

h) guincho ou caminhão com grua ou “Munck”;

i) sonda rotativa específica para furos horizontais ou inclinados.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado antes do início da execução do serviço, de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

5.3 Execução

Os drenos sub-horizontais deverão ser construídos cumprindo-se as seguintes etapas:

a) locação dos pontos de instalação, de acordo com o previsto no pro-jeto;

b) instalação do equipamento de perfuração;

NOTA: Nesta operação poderão ser necessários andaimes de madeira ou estruturas similares, de acordo com as condições específicas de cada local.

c) execução da perfuração, na profundidade especificada no projeto. A água utilizada deverá ser canalizada e lançada de maneira a não causar danos ao talude e à encosta, ou comprometer o sistema de drenagem local, natural ou artificial;

d) instalação dos tubos de PVC previamente envolvidos pelo capuz e-xecutado com a manta filtrante;

e) execução da boca de saída, destinada à adequada proteção da saí-da e fixação do dreno;

f) caso o sistema seja composto de um painel com muitos drenos, po-derá ser executado o barrilete de recepção dos drenos, que conduzirá as águas para ponto de lançamento adequado;

g) poderão ser adotados processos de perfuração alternativos, como é o caso da utilização de jato d´água, de perfuratrizes a ar comprimido, ou outros que se evidenciem eficazes, que deverão, entretanto, ser submeti-dos à aprovação prévia;

h) os pontos indicados no projeto para execução de drenos sub-horizontais deverão ser ajustados aos problemas constatados nas obras;

i) para adequar o projeto às vazões constatadas, deverá ser analisada a necessidade de adensamento dos drenos em determinadas áreas, da mesma forma que, ocorrendo vazões insignificantes, será analisada a possibilidade da sua rarefação.

j) no caso dos aterros o procedimento será similar ao dos drenos sub-terrâneos, adotando-se o que é estabelecido na norma DNIT 015/2006-ES.

6 Manejo ambiental

Durante a execução dos drenos subterrâneos deverão ser preservadas as condições ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedi-mentos:

a) todo o material excedente de escavação ou sobras, deverá ser re-movido das proximidades dos drenos de modo a não provocar a sua colma-tagem;

b) o material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d'água de modo a não causar assoreamento e / ou entupimentos nos sistemas de drenagem naturais ou implantados em função das obras;

c) nos pontos de deságüe dos drenos, deverão ser executadas obras de proteção, de modo a não promover a erosão das vertentes ou assorea-mento de cursos d'água;

d) como em geral as águas subterrâneas afetam os mananciais locais, a Fiscalização verificará se os posicionamentos, caimentos e deságües dos drenos obedecem ao projeto.

Caso necessário, em função das condições locais, o projeto poderá ser alterado, de acordo com a Fiscalização.

e) especial atenção deverá ser dada à manutenção da estabilidade dos maciços onde são instalados os drenos subterrâneos. Após a implantação dos dispositivos, estes maciços deverão ser monitorados, para verificação do surgimento de escorregamentos ou desagregações em função da alte-ração do nível do lençol freático;

f) durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desne-cessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração;

g) além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNER-ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes ao escoamento das águas, e proteção contra a erosão, captação, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

Page 84: Dnit -Estradas

Para os tubos de PVC serão seguidas as diretrizes das Normas NBR 7362 ou NBR 7365, no que couberem e atendidas as recomendações dos fabricantes e especificações particulares.

Para tubos dreno PEAD deverão ser seguidas as especificações de materiais DNIT 093/2006 - EM: Tubo Dreno Corrugado de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) para Drenagem Rodoviária citada no item 2 desta Norma.

Os materiais constituintes das camadas de envolvimento dos drenos e os materiais adicionais acessórios terão suas características controladas por meio de ensaios específicos.

O controle tecnológico do concreto empregado (inclusive o concreto ci-clópico) será realizado de acordo com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNERES 330/97.

7.2 Controle da produção (execução)

O controle da produção será realizado de acordo com o Plano de Qua-lidade da obra, observando-se os preceitos desta Norma, e as especifica-ções particulares do projeto quando for o caso.

7.3 Verificação do produto

O controle geométrico da execução dos drenos subhorizontais será fei-to por meio de levantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço, com as quais será feito o acompanhamento da execução.

Da mesma forma, será feito o acompanhamento das camadas de en-volvimento dos drenos e de enchimento das valas, o acabamento das obras, o reaterro e a compactação das valas.

O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual, avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das de projetos em mais do que 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no inter-valo de ± 10% em relação à espessura de projeto.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, de-vendo atender às condições gerais e específicas dos capítulos 4 e 5 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) os drenos serão medidos pelo seu comprimento, determinado em metros, executados de conformidade com o projeto, incluindo fornecimento e colocação de materiais, mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferra-mentas e eventuais necessários à sua execução;

b) as escavações serão medidas pela determinação do volume de ma-terial escavado, classificando-se o tipo de material escavado, expresso em metros cúbicos;

c) não se fará distinção entre drenos transversais e longitudinais rasos para fins de medição;

d) as bocas de saída serão medidas pela determinação do número de unidades executadas.

NORMA DNIT 018/2006 – ES DNIT

Drenagem - Sarjetas e valetas - Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na execução de sarjetas e valetas de drenagem destinadas a conduzir as águas que inci-dem sobre o corpo estradal.

São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, e-quipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condi-ções de conformidade e não-conformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

Esta Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa, para servir como documento base, visando estabelecer as especificações de serviço para a execução de sarjetas e valetas de drenagem destinadas a conduzir as águas que incidem sobre o corpo estradal. Está baseada na norma DNIT 001/2002 – PRO e cancela e substitui a norma DNIT 018/2004 - ES.

1 Objetivo

Esta Norma tem como objetivo estabelecer os procedimentos a serem seguidos na execução de sarjetas e valetas, revestidas ou não, coletoras dos deflúvios, que escoam transversalmente à plataforma e às áreas adja-centes, conduzindo-os a pontos previamente estabelecidos para lançamen-to.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

b) ______. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

c) ______. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: procedimento. Rio de Janeiro, 1996.

d) ______. NBR NM 67: concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

e) _____. NBR NM 68: concreto - determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro, 1998..

f) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais - concretos e argamassas: especifi-cação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

g) ______. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias - cau-sas/ mitigação/ eliminação. In: ______. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

h) ______; ENEMAX. Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

i) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANS-PORTES. DNIT 011/2004 - PRO: gestão da qualidade em obras rodoviá-rias: procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definições

3.1 Sarjetas

Dispositivos de drenagem longitudinal construídos lateralmente às pis-tas de rolamento e às plataformas dos escalonamentos, destinados a interceptar os deflúvios, que escoando pelo talude ou terrenos marginais podem comprometer a estabilidade dos taludes, a integridade dos pavimen-tos e a segurança do tráfego, e geralmente têm, por razões de segurança, a forma triangular ou semicircular.

3.2 Valetas

Dispositivos localizados nas cristas de cortes ou pés de aterro, conse-qüentemente afastados das faixas de tráfego, com a mesma finalidade das sarjetas, mas que por escoarem maiores deflúvios ou em razão de suas características construtivas têm em geral a forma trapezoidal ou retangular.

4 Condições gerais

As sarjetas e valetas especificadas referem-se a cortes, aterros e ao terreno natural, marginal à área afetada pela construção, que por ação da erosão poderão ter sua estabilidade comprometida.

Page 85: Dnit -Estradas

Os dispositivos abrangidos por esta Norma serão construídos de acor-do com as dimensões, localização, confecção e acabamento determinados no projeto.

Na ausência de projeto específico deverão ser utilizados os dispositivos padronizados que constam do Álbum de projetos–tipo de dispositivos de drenagem do DNER.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

Todo material utilizado na execução deverá satisfazer aos requisitos impostos pelas normas vigentes da ABNT e do DNIT.

5.1.1 Concreto de cimento

O concreto quando utilizado nos dispositivos que especificam este tipo de revestimento deverá ser dosado racionalmente e experimentalmente, para uma resistência característica à compressão mínima (fck;min), aos 28 dias, de 15MPa.

O concreto utilizado deverá ser preparado de acordo com o prescrito na norma NBR 6118/03, além de atender ao que dispõem as especifica-ções do DNER – ES 330/97.

5.1.2 Revestimento vegetal

Quando recomendado o revestimento vegetal, poderão ser adotadas as alternativas de plantio de grama em leivas ou mudas, utilizando espécies típicas da região da obra, atendendo às especificações próprias. Poderá ser também feito o plantio por meio de hidro-semeadura, no caso de áreas maiores.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:

a) caminhão basculante;

b) caminhão de carroceria fixa;

c) betoneira ou caminhão betoneira;

d) motoniveladora;

e) pá-carregadeira;

f) rolo compactador metálico;

g) retroescavadeira ou valetadeira.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução do serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

5.3 Execução

5.3.1 Sarjetas e valetas revestidas de concreto

As sarjetas e valetas revestidas de concreto poderão ser moldadas “in loco” ou pré-moldadas atendendo ao disposto no projeto ou em conseqüên-cia de imposições construtivas.

A execução das sarjetas de corte deverá ser iniciada após a conclusão de todas as operações de pavimentação que envolvam atividades na faixa anexa à plataforma cujos trabalhos de regularização ou acerto possam danificá-las.

No caso de banquetas de escalonamentos e valetas de proteção, quando revestidas, as sarjetas serão executadas logo após a conclusão das operações de terraplanagem, precedendo a operação de plantio ou colocação de revestimento dos taludes.

O preparo e a regularização da superfície de assentamento serão exe-cutados com operação manual envolvendo cortes, aterros ou acertos, de forma a atingir a geometria projetada para cada dispositivo.

No caso de valetas de proteção de aterros ou cortes admite-se, opcio-nalmente, a associação de operações manual e mecânica, mediante em-prego de lâmina de motoniveladora, pá carregadeira equipada com retroes-cavadeira ou valetadeira adequadamente dimensionada para o trabalho.

Os materiais empregados para camadas preparatórias para o assen-tamento das sarjetas serão os próprios solos existentes no local, ou mes-mo, material excedente da pavimentação, no caso de sarjetas de corte.

Em qualquer condição, a superfície de assentamento deverá ser com-pactada de modo a resultar uma base firme e bem desempenada.

Os materiais escavados e não utilizados nas operações de escavação e regularização da superfície de assentamento serão destinados a bota-

fora, cuja localização será definida de modo a não prejudicar o escoamento das águas superficiais.

Para as valetas, os materiais escavados serão aproveitados na execu-ção de uma banqueta de material energicamente compactado junto ao bordo de jusante da valeta de proteção do corte ou de modo a conformar o terreno do aterro, na região situada entre o bordo de jusante da valeta de proteção e o “off-set” do aterro.

Para marcação da localização das valetas serão implantados gabaritos constituídos de guias de madeira servindo de referência para concretagem, cuja seção transversal corresponda às dimensões e forma de cada disposi-tivo, e com a evolução geométrica estabelecida no projeto, espaçando-se estes gabaritos em 3,0m, no máximo.

A concretagem envolverá um plano executivo, prevendo o lançamento do concreto em lances alternados.

O espalhamento e acabamento do concreto serão feitos mediante o emprego de ferramentas manuais, em especial de uma régua que, apoiada nas duas guias adjacentes permitirá a conformação da sarjeta ou valeta à seção pretendida.

A retirada das guias dos segmentos concretados será feita logo após constatar-se o início do processo de cura do concreto.

O espalhamento e acabamento do concreto dos segmentos intermediá-rios será feito com apoio da régua de desempeno no próprio concreto dos trechos adjacentes.

A cada segmento com extensão máxima de 12,0m será executada uma junta de dilatação, preenchida com argamassa asfáltica.

Quando especificado no projeto, será aplicado revestimento vegetal de forma a complementar o acabamento do material apiloado contíguo ao dispositivo.

As saídas d´água das sarjetas serão executadas de forma idêntica às próprias sarjetas, sendo prolongadas por cerca de 10m a partir do final do corte, com deflexão que propicie o seu afastamento do bordo da plataforma (bigodes).

Esta extensão deverá ser ajustada às condições locais de modo a evi-tar os efeitos destrutivos de erosão.

O concreto utilizado, no caso de dispositivos revestidos, deverá ser preparado em betoneira, com fator água/cimento apenas suficiente para alcançar trabalhidade e em quantidade suficiente para o uso imediato, não sendo permitido a sua redosagem.

5.3.2 Sarjetas e valetas com revestimento vegetal A execução de sarje-tas e valetas com revestimento vegetal se iniciará com o preparo e a regu-larização da superfície de assentamento, seguindo-se as mesmas prescri-ções apresentadas para os dispositivos com revestimento de concreto.

A disposição do material escavado atenderá, igualmente, ao disposto para sarjetas e valetas revestidas de concreto.

Concluída a regularização da superfície de assentamento e verificadas as condições de escoamento será aplicada camada de terra vegetal, previ-amente selecionada e adubada de modo a facilitar a germinação da grama.

As leivas selecionadas serão então colocadas sobre a camada de terra vegetal e compactadas com soquetes de madeira, recomendando-se o emprego de gramíneas de porte baixo, de sistema radicular profundo e abundante, nativas da região e podadas rentes, antes de sua extração.

O revestimento vegetal aplicado será periodicamente irrigado, até se constatar a sua efetiva fixação nas superfícies recobertas.

Durante o período remanescente da obra, ficará a cargo da executora a recomposição de eventuais falhas em que não tenha sido bem sucedido o plantio ou em locais onde se tenha constatado a danificação do revestimen-to vegetal aplicado.

5.3.3 Sarjetas e valetas não revestidas

As sarjetas e valetas não providas de revestimento deverão ser utiliza-das somente em locais em que se assegure a sua eficiência e durabilidade, ou em caso de obras provisórias ou desvios temporários de tráfego. Por esta razão o seu uso restringe-se às áreas onde se associam moderadas precipitações e materiais resistentes à erosão ou segmentos com modera-das declividades.

Sua execução compreende as operações descritas nos casos das sar-jetas e valetas revestidas de concreto, acrescentando-se a obrigatoriedade da avaliação das suas características construtivas com a aplicação de

Page 86: Dnit -Estradas

gabaritos, de modo a se constatar que foram atendidas as dimensões, forma da seção transversal e a declividade longitudinal.

6 Manejo ambiental

Durante a construção das obras deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-se, entre outros os seguintes procedimentos:

a) todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser remo-vido das proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupimen-to;

b) o material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d’água de modo a não causar assoreamento;

c) nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água;

d) durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração;

e) caberá à Fiscalização definir, caso não previsto em projeto, ou alte-rar no projeto, o tipo de revestimento a adotar nos dispositivos implantados, em função das condições locais;

f) além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNER-ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à capta-ção, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acor-do com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97.

O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados, na execução da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas, cada vez que forem moldados corpos-de-prova e na troca de operadores.

7.2 Controle da produção (execução)

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto, das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao contro-le fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

7.3 Verificação do produto

7.3.1 Controle geométrico

O controle geométrico da execução das obras será feito por meio de levantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço, com as quais será feito o acompanhamento da execução.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto de mais de 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no inter-valo de ± 10% em relação à espessura de projeto.

7.3.2 Controle de acabamento

Será feito o controle qualitativo dos dispositivos, de forma visual, avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de em-basamento dos dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, de-vendo atender às condições gerais e específicas dos capítulos 4 e 5 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) as sarjetas e valetas serão medidas pelo seu comprimento, determi-nado em metros, acompanhando as declividades executadas, incluindo fornecimento e colocação de materiais, mão-de-obra e encargos, equipa-mentos, ferramentas e eventuais necessários à execução;

b) não serão medidas as escavações manuais ou mecânicas, e o api-loamento dos solos nos locais contíguos aos dispositivos;

c) os materiais decorrentes das escavações e não aproveitados nos lo-cais contíguos aos dispositivos deverão ser removidos, medindo-se o transporte efetivamente realizado;

d) caso haja necessidade de importação de solos, será medido o volu-me e o transporte dos materiais efetivamente empregados;

e) no caso de utilização de revestimento vegetal, a sua aquisição e a-plicação será remunerada, medindo-se a área efetivamente aplicada e o transporte realizado;

f) no caso de utilização de dispositivos pontuais e acessórios, como caixas coletoras ou de passagem, as obras serão medidas por unidade, de acordo com as especificações respectivas.

NORMA DNIT 019/2004 – ES DNIT

Drenagem - Transposição de sarjetas e valetas -

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na execução da transposição de sarjetas e valetas de drenagem. São também apresenta-dos os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condições de conformidade e não-conformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

Esta Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa, para servir como documento base, visando estabelecer as especificações de serviço para a execução da transposição de valetas e sarjetas de drena-gem, destinadas a conduzir as águas que incidem sobre o corpo estradal. Está baseada na norma DNIT 001/2002 – PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 289/97.

1 Objetivo

Esta Norma tem como objetivo estabelecer os procedimentos a serem seguidos na execução de dispositivos que permitam a transposição de sarjetas e valetas por veículos que se dirijam a acesso secundário, trans-versal à rodovia.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9793: tubo de concreto simples de seção circular para águas pluviais: especifica-ção. Rio de Janeiro, 1986.

b) _____. NBR 9794: tubo de concreto armado de seção circular para águas pluviais: especificação. Rio de Janeiro, 1987.

c) _____. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

d) _____. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: pro-cedimento. Rio de Janeiro, 1996.

Page 87: Dnit -Estradas

e) _____. NBR NM 67: concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

f) _____. NBR NM 68: concreto - determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro, 1998.

g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais – armaduras para concretos e argamassas. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

h) _____. DNER-ES 331: obras-de-arte especiais – armaduras para concreto armado. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

i) _____. DNER ISA-07: impactos da fase de obras rodoviárias - cau-sas/ mitigação/ eliminação. In: _____. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

j) _____. ENEMAX. Álbum de projetos – tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

k) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANS-PORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

l) _____. DNIT 023/2004-ES: drenagem - bueiros tubulares de concre-to. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

m) _____. DNIT 024/2004-ES: drenagem - bueiros metálicos executa-dos sem interrupção do tráfego. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

n) _____. DNIT 025/2004-ES: drenagem - bueiros celulares de concre-to. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definições

3.1 Transposição com tubo de concreto

Utilizada quando os deflúvios conduzidos podem ser transferidos para um coletor de águas pluviais, por meio de canalizações tubulares inteira-mente confinadas.

3.2 Transposição com laje de concreto armado

Utilizada nos casos em que os deflúvios somente poderão ser absorvi-dos por canalizações retangulares, trapezoidais ou triangulares, exigindo o capeamento com laje de concreto para permitir a execução do pavimento do acesso. Também são indicadas em locais onde não se possa dispor de profundidades que permitam a utilização de tubos com suficiente recobri-mento.

4 Condições gerais

Os dispositivos de transposição abrangidos por esta Especificação se-rão executados de acordo com as indicações do projeto. Na ausência de projetos específicos deverão ser utilizados os dispositivos padronizados pelo DNER que constam do Álbum de projetos–tipo de dispositivos de drenagem.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

Todo material utilizado na execução deverá satisfazer aos requisitos impostos pelas normas vigentes da ABNT e do DNIT.

5.1.1 Transposição com tubo de concreto

No caso em que a transposição for executada com tubos de concreto deverão ser cumpridas as recomendações da norma DNIT 023/2004 – ES.

Se por conveniência ou exigência construtiva for necessária a adoção de tubos metálicos, para travessias sem interrupção do tráfego, deverão ser atendidas, no que couber, as recomendações da norma DNIT 024/2004 – ES.

5.1.2 Transposição com laje de concreto armado Para a construção da travessia com laje de concreto armado deverão ser atendidas, no que couber, as determinações da norma DNIT 025/2004 – ES.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares. Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Caminhão basculante;

b) Caminhão de carroceria fixa;

c) Betoneira ou caminhão-betoneira;

d) Motoniveladora;

e) Pá-carregadeira;

f) Rolo compactador metálico;

g) Retroescavadeira ou valetadeira.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado antes do início da execução do serviço, de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

5.3 Execução

5.3.1 Transposição com tubo de concreto

Para a execução da travessia de sarjetas ou valetas de drenagem com tubos de concreto, deverá ser adotada a seguinte sistemática:

a) Interrupção da sarjeta ou valeta no segmento correspondente ao a-cesso a ser atendido;

b) Escavação de forma a comportar o dispositivo selecionado, obede-cendo, no que couber, à especificação apropriada ao tipo de canalização a ser adotada;

c) Apiloamento da superfície resultante da escavação;

d) Execução do berço com concreto de resistência característica à compressão mínima (fck, mín), aos 28 dias, de 15 MPa,

com espessura de 10cm.

e) Colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamas-sa cimento-areia, traço 1:3, em massa, de acordo com o estabelecido na norma DNER-ES 330/97.

f) Complementação do envolvimento do tubo com o mesmo tipo de concreto, obedecendo à geometria prevista no projeto-tipo e com recobri-mento mínimo sobre a geratriz de 15cm.

5.3.2 Transposição com laje de concreto armado

Os trabalhos preliminares de locação, abertura de vala e preparo do berço para lançamento de concreto deverão satisfazer o que dispõe a norma DNIT 025/2004 – ES.

No caso de utilização de placas pré-moldadas, o procedimento consta-rá de confecção e cura de placas em forma de laje armada, em módulos de 0,50m a 1,50m de comprimento, utilizando concreto com fck �. 15 MPa e com armadura dimensionada em projeto, de acordo com os procedimentos recomendados pela norma DNER-ES 331/97.

Os dispositivos serão executados nas seguintes fases:

a) Interrupção da sarjeta ou valeta no segmento correspondente ao a-cesso a ser atendido;

b) Escavação de forma a comportar o dispositivo selecionado;

c) Apiloamento da superfície resultante da escavação;

d) Execução da base de assentamento com concreto fck �. 15MPa;

e) Complementação da sarjeta no segmento interrompido;

f) Instalação dos módulos de laje prémoldada e rejuntamento das pe-ças.

6 Manejo ambiental

Durante a execução das travessias de sarjetas ou valetas de drenagem superficial deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:

a) Todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser re-movido das proximidades dos dispositivos.

b) O material excedente removido será transportado para local pré de-finido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda que este material não seja conduzido para os cursos d’água de modo a não causar assorea-mento.

c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.

d) Durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração.

e) Caberá à Fiscalização definir, caso não previsto em projeto, ou alte-rar no projeto, o tipo de revestimento a adotar nos dispositivos implantados, em função das condições locais.

f) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNERISA 07- Instrução de Serviço Ambiental,

referentes à captação, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

Page 88: Dnit -Estradas

Face a natureza das obras de transposição de sarjetas e valetas trata-rem de intervenções pontuais, na maioria dos casos a Inspeção será feita por intermédio de medições geométricas e acompanhamento visual. Se, entretanto, em função da importância do segmento e do tráfego a que será submetido exigirem maior cuidado no controle das obras, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

7.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acor-do com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97.

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas.

Os tubos de concreto serão controlados por meio dos ensaios preconi-zados pela NBR 9793/86 no caso de tubos de concreto simples ou NBR 9794/87 quando os tubos forem de concreto armado.

7.2 Controle da produção (execução)

O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados, na execução da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas, cada vez que forem moldados corpos-de-prova e na troca de operadores.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao contro-le fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

7.3 Verificação do produto

O controle geométrico da execução das transposições de sarjetas e va-letas será feito por meio de levantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço, com as quais será feito o acompanhamento da execução.

Da mesma forma, será feito o acompanhamento das escavações e preparo das cavas de fundação e da execução dos berços, atendendo ainda, o assentamento dos tubos ou execução das canalizações, o enchi-mento das valas, o acabamento das obras, o reaterro e a compactação das valas.

O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual, avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, caso seja necessário, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das de projeto de mais do que 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no inter-valo de ± 10% em relação à espessura de projeto.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, de-vendo atender às condições gerais e específicas dos capítulos 4 e 5 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) os dispositivos de transposição de sarjetas e valetas serão medidos pelo seu comprimento, determinado em metros, acompanhando as declivi-dades executadas, incluindo fornecimento e colocação de materiais, mão-

de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à sua execução.

b) as escavações de valas serão medidas pela determinação do volu-me de material escavado, classificando-se o tipo de material escavado, expresso em metros cúbicos.

c) será medido o transporte dos tubos entre o canteiro e o local da o-bra.

d) os materiais decorrentes das escavações não aproveitados deverão ser removidos, medindo-se o transporte efetivamente realizado.

NORMA DNIT 020/2006 – ES DNIT

Drenagem - Meios-fios e guias -Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na execução de meio-fios e guias de drenagem. São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condições de conformidade e não-conformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa para servir como documento base na execução e no controle da qualidade de meiosfios e guias de concreto utilizados como dispositivos de drenagem da plataforma rodoviária. Está baseada na norma DNIT 001/2002 – PRO e cancela e substitui a norma DNIT 020/2004 – ES.

1 Objetivo

Esta norma fixa as condições exigíveis para a execução de meios-fios e guias de concreto, utilizados como dispositivos de drenagem da platafor-ma rodoviária.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

b) ______. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

c) ______. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: procedimento. Rio de Janeiro, 1996.

d) ______. NBR NM 67: concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

e) ______. NBR NM 68: concreto - determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro, 1998.

f) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais – concretos e argamassas: especi-ficação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

g) ______. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – cau-sas/ mitigação/ eliminação. In: ______. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

h) ______; ENEMAX. Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

i) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANS-PORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias: procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definições

3.1 Meios-fios

Limitadores físicos da plataforma rodoviária, com diversas finalidades, entre as quais, destaca-se a função de proteger o bordo da pista dos efeitos da erosão causada pelo escoamento das águas precipitadas sobre a plata-forma que, decorrentes da declividade transversal, tendem a verter sobre os taludes dos aterros. Desta forma, os meios-fios têm a função de inter-ceptar este fluxo, conduzindo os deflúvios para os pontos previamente escolhidos para lançamento.

3.2 Guias

Page 89: Dnit -Estradas

Dispositivos com a função de limitar a área da plataforma dos terrenos marginais, principalmente em segmentos onde se torna necessária a orien-tação do tráfego como: canteiro central, interseções, obras-de-arte e outros pontos singulares, cumprindo desta forma importante função de segurança, além de orientar a drenagem superficial.

4 Condições gerais

Os dispositivos abrangidos por esta Especificação serão executados de acordo com as indicações do projeto. Na ausência de projetos específicos deverão ser utilizados os dispositivos padronizados pelo DNER, que cons-tam do Álbum de Projetos-Tipo de dispositivos de Drenagem.

5 Condições específicas

Basicamente os dispositivos de drenagem abrangidos por esta Norma serão executados em concreto de cimento, moldados “in loco” ou pré-moldados, devendo satisfazer as prescrições:

5.1 Materiais

Todo material utilizado na execução deverá satisfazer aos requisitos impostos pelas normas vigentes da ABNT e do DNIT.

5.1.1 Concreto de cimento

O concreto, quando utilizado nos dispositivos em que se especifica es-te tipo de material, deverá ser dosado racional e experimentalmente para uma resistência característica à compressão mínima (fck) min., aos 28 dias de 15Mpa. O concreto utilizado deverá ser preparado de acordo com o prescrito na norma NBR 6118/03, além de atender ao que dispõe a norma DNER-ES 330/97.

5.1.2 Concreto asfáltico

As guias e os meios-fios também poderão ser feitos com concreto as-fáltico, utilizando-se, neste caso, equipamento adequado para aplicação do material por extrusão e com a forma previamente definida, de acordo com a seção transversal conveniente. O processo executivo para implantação deste dispositivo é similar ao utilizado para os dispositivos de concreto de cimento, quando forem empregadas as fôrmas deslizantes e betoneira automotriz ou quando o abastecimento da betoneira for realizado com caminhão betoneira.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:

a) caminhão basculante;

b) caminhão de carroceria fixa;

c) betoneira ou caminhão betoneira;

d) motoniveladora;

e) pá-carregadeira;

f) rolo compactador metálico;

g) retroescavadeira ou valetadeira;

h) máquina automotriz para execução de perfis pré-moldados de con-creto de cimento ou asfáltico por extrusão.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado antes do início da execução do serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não poderá ser autorizada sua utilização.

5.3 Execução de meios-fios ou guias de concreto

5.3.1 Processo executivo

Poderão ser moldados “in loco” ou pré-moldados, conforme disposto no projeto. O processo executivo mais utilizado refere-se ao emprego de dispositivos moldados “in loco” com emprego de fôrmas convencionais, desenvolvendo-se as seguintes etapas:

a) escavação da porção anexa ao bordo do pavimento, obedecendo aos alinhamentos, cotas e dimensões indicadas no projeto;

b) execução de base de brita para regularização do terreno e apoio dos meios-fios;

c) instalação de formas de madeira segundo a seção transversal do meio-fio, espaçadas de 3m. Nas extensões de curvas esse espaçamento será reduzido para permitir melhor concordância, adotando-se uma junta a cada 1,00m. A concretagem envolverá um Plano Executivo, prevendo o lançamento do concreto em lances alternados;

d) instalação das fôrmas laterais e das partes anterior e posterior do dispositivo;

e) lançamento e vibração do concreto. Para as faces dos dispositivos próximas a horizontal ou trabalháveis sem uso de forma, será feito o espa-lhamento e acabamento do concreto mediante o emprego de ferramentas manuais, em especial de uma régua que apoiada nas duas formas-guias adjacentes permitirá a conformação da face à seção pretendida;

f) constatação do início do processo de cura do concreto e retirada das guias e formas dos segmentos concretados;

g) execução dos segmentos intermediários. Nestes segmentos o pro-cesso é o mesmo. O apoio da régua de desempenho ocorrerá no próprio concreto;

h) execução de juntas de dilatação, a intervalos de 12,0m, preenchidas com argamassa asfáltica.

5.3.2 Processo executivo alternativo

Opcionalmente, poderão ser adotados outros procedimentos executi-vos, tais como:

5.3.2.1 Meios-fios ou guias pré-moldados de concreto

a) escavação da porção anexa ao bordo do pavimento, obedecendo aos alinhamentos, cotas e dimensões indicado no projeto;

b) execução de base de brita para regularização do terreno e apoio dos meios-fios;

c) instalação e assentamento dos meios-fios pré-moldados, de forma compatível com o projeto-tipo considerado;

d) rejuntamento com argamassa cimentoareia, traço 1:3, em massa.

e) os meios-fios ou guias deverão ser prémoldados em fôrmas metáli-cas ou de madeira revestida que conduza a igual acabamento, sendo submetidos a adensamento por vibração. As peças deverão ter no máximo 1,0m, devendo esta dimensão ser reduzida para segmentos em curva.

5.3.2.2 Meios-fios ou guias moldados “in loco” com formas deslizantes

Esta alternativa refere-se ao emprego de fôrmas metálicas deslizantes, acopladas a máquinas automotrizes, adequadas à execução de concreto por extrusão, compreendendo as etapas de construção relacionadas a seguir:

a) escavação da porção anexa ao bordo do pavimento, obedecendo aos alinhamentos, cotas e dimensões indicados no projeto;

b) execução da base de brita para regularização do terreno e apoio dos meios-fios;

c) lançamento do concreto e moldagem, por extrusão;

d) interrupção da concretagem dos dispositivos; e execução de juntas de dilatação a intervalos de 12,0m, preenchidas com asfalto.

5.4 Recomendações gerais

Para garantir maior resistência dos meios-fios a impactos laterais, quando estes não forem contidos por canteiros ou passeios, serão aplica-das escoras de concreto magro, em forma de “bolas” espaçadas de 3,0m. Em qualquer dos casos o processo alternativo, eventualmente utilizado, será adequado às particularidades de cada obra.

6 Manejo ambiental

Durante a execução dos dispositivos de drenagem deverão ser preser-vadas as condições ambientais, exigindo-se, entre outros os seguintes procedimentos:

a) todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser remo-vido das proximidades dos dispositivos;

b) o material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se

ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d'água de modo a não causar assoreamento;

c) nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água;

d) durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração;

e) além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNER-ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à capta-ção, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

Page 90: Dnit -Estradas

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acor-do com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97. O ensaio de consistência dos concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umida-de dos agregados, na execução da primeira amassada do dia, após o reinicio dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas, em cada vez que forem moldados corpos-de-prova, e na troca de operadores.

7.2 Controle da produção (execução)

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto, das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas. O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

7.3 Verificação do produto

7.3.1 Controle geométrico

O controle geométrico da execução das obras será feito através de le-vantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço com as quais será feito o acompanhamento da execução. As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indica-das no projeto de mais de 1%, em pontos isolados. Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no intervalo de ± 10% em relação à espessura de projeto.

7.3.2 Controle de acabamento

Será feito o controle qualitativo dos dispositivos, de forma visual, avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de em-basamento dos dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, devendo atender às condições gerais e específicas dos capítulos 4 e 5 desta Norma, respecti-vamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) os meios-fios e as guias serão medidos pelo comprimento, determi-nado em metros, acompanhando as declividades executadas, incluindo fornecimento e colocação de materiais, mão-de-obra e encargos, equipa-mentos, ferramentas e eventuais necessários à execução;

b) no caso de utilização de dispositivos pontuais acessórios, como cai-xas coletoras ou de passagem, as obras serão medidas por unidade, de acordo com as especificações respectivas.

NORMA DNIT 021/2004 - ES

DNIT Drenagem - Entradas e descidas d’água -

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na construção de entradas e descidas d´água integrantes do sistema de drenagem de rodovi-as. São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condi-ções de conformidade e nãoconformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa, para servir como documento base na sistemática a ser empregada na execução de entradas e descidas d´água integrantes dos sistemas de drenagem de rodovias. Está baseada na norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 291/97.

1 Objetivo

Esta norma fixa a sistemática a ser adotada na execução de entradas e descidas d´água de concreto destinadas à captação e transferência das águas que incidem sobre as plataformas das rodovias.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto e execução de obras de concreto armado: procedimento. Rio de Janeiro, 1980.

b) _____. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

c) _____. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: pro-cedimento. Rio de Janeiro, 1996.

d) _____. NBR NM 67: concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

e) _____. NBR NM 68: concreto - determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro: IPR, 1998.

f) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais – concretos e argamassas. Rio de Janeiro, 1997.

g) _____. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias - cau-sas/ mitigação/ eliminação. In: _____. Corpo normativo

ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

h) _____; ENEMAX. Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1989.

i) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANS-PORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definições

3.1 Descidas d´água

Dispositivos que possibilitam o escoamento das águas que se concen-tram em talvegues interceptados pela terraplanagem, e que vertem sobre os taludes de cortes ou aterros. Nestas condições, para evitar os danos da erosão, torna-se necessária a sua canalização e condução através de dispositivos, adequadamente construídos, de forma a promover a dissipa-ção das velocidades e com isto, desenvolver o escoamento em condições favoráveis até os pontos de deságüe, previamente escolhidos.

3.2 Entradas d´água

Dispositivos destinados à transferência das águas captadas para cana-lizações ou outros dispositivos, possibilitando o escoamento de forma segura e eficiente.

4 Condições gerais

Os dispositivos de transposições abrangidos por esta Norma serão e-xecutados de acordo com as indicações do projeto. Na ausência de proje-tos específicos deverão ser utilizados os dispositivos padronizados pelo DNER que constam do Álbum de projetos–tipo de dispositivos de drena-gem.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

Page 91: Dnit -Estradas

Todo material utilizado na execução deverá satisfazer aos requisitos impostos pelas normas vigentes da ABNT e do DNIT.

O concreto de cimento, quando utilizado nos dispositivos, conforme es-pecificação, deverá ser dosado racional e experimentalmente para uma resistência característica à compressão mínima (fck) min., aos 28 dias, de 15 MPa. O concreto utilizado deverá ser preparado de acordo com o pres-crito na norma NBR 6118/80, além de atender ao que dispõe a norma DNER-ES 330/97.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Caminhão basculante;

b) Caminhão de carroceria fixa;

c) Betoneira ou caminhão betoneira;

d) Motoniveladora;

e) Pá-carregadeira;

f) Rolo compactador metálico;

g) Retroescavadeira ou valetadeira;

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução do serviço de modo a se garantir que esteja em condições apropriadas de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

5.3 Execução

5.3.1 Processo executivo

As entradas e descidas d´água de concreto deverão ser moldadas “in loco” atendendo ao disposto nos projetos específicos e desenvolvidas de acordo com as seguintes etapas:

a) Escavação, obedecendo aos alinhamentos, cotas e dimensões indi-cadas no projeto;

b) Para uniformização da base para apoio do dispositivo recomenda-se a execução de base de brita para regularização;

c) Instalação das formas e cimbramento;

d) Lançamento, vibração e cura do concreto;

e) Retirada das guias e das fôrmas laterais;

f) Preenchimento das juntas com argamassa cimento-areia, traço 1:3, em massa.

5.3.2 Processo executivo alternativo

Opcionalmente, poderão ser adotados outros procedimentos executi-vos, através de elementos pré-moldados, envolvendo as seguintes etapas:

a) Escavação do material situado nas adjacências do bordo do pavi-mento, obedecendo aos alinhamentos, cotas e dimensões indicadas no projeto;

b) Execução de base de brita para regularização e apoio;

c) Instalação e assentamento dos prémoldados, de forma compatível com o projeto-tipo considerado;

d) Rejuntamento com argamassa cimentoareia, traço 1:3, em massa;

6 Manejo ambiental

Durante a construção dos dispositivos de drenagem deverão ser pre-servadas as condições ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:

a) Todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser re-movido das proximidades dos dispositivos.

b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar assoreamento.

c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.

d) Durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração,

e) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNERISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à capta-ção, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acor-do com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97.

O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor da umidade dos agregados, na execução da primeira amassada do dia, após o reinicio dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas, cada vez que forem moldados corpos-de-prova e na troca de operadores.

7.2 Controle da produção (execução)

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto, das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas. O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

7.3 Verificação do produto

7.3.1 Controle geométrico

O controle geométrico da execução das obras será feito através de le-vantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço, com as quais será feito o acompanhamento da execução. As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto de mais de 1%, em pontos isolados. Todas as medidas de espessuras efetuadas devem se situar no intervalo de ± 10% em relação à espessura do projeto.

7.3.2 Controle de acabamento

Será feito o controle qualitativo dos dispositivos, de forma visual, avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de em-basamento dos dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, de-vendo atender às condições gerais e específicas dos capítulos 4 e 5 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de

acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) As entradas d’água serão medidas por unidade de dispositivo cons-truído e as descidas d’água serão medidas por comprimento linear de dispositivo executado, medidos em metros, estabelecendo-se custos unitá-rios de execução com a quantificação de volumes e áreas das unidades executivas, de acordo com os tipos indicados no projeto, acompanhando as espessuras e formas executadas, incluindo o fornecimento e colocação de materiais, bem como a mão-de-obra e respectivos encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à sua execução.

Page 92: Dnit -Estradas

b) As escavações de valas serão medidas pela determinação do volu-me de material escavado, classificando-se o tipo de material, e expresso em metros cúbicos.

NORMA DNIT 022/2006 – ES DNIT

Drenagem – Dissipadores de energia – Especificação de servi-ço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na execução de dissipadores de energia. São também apresentados os requisitos concer-nentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condições de conformidade e nãoconformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa para servir como documento base na execução e no controle da qualidade de dissipadores de energia de concreto utilizados como dispositi-vos de drenagem da plataforma rodoviária. Está baseada na norma DNIT 001/2002 – PRO e cancela e substitui a norma DNIT 022/2004 – ES.

1 Objetivo

Esta norma fixa as condições exigíveis para a execução de dissipado-res de energia a serem construídos nas saídas de bueiros, descidas d’água, sarjetas e valetas.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: concreto – ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1994.

b) ______. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

c) ______. NBR 7187: projeto de pontes de concreto armado e concre-to protendido: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

d) ______. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

e) ______. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: procedimento. Rio de Janeiro, 1996.

f) ______. NBR NM 67: concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

g) _____. NBR NM 68: concreto - determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro, 1998.

h) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais - concretos e argamassas: especifi-cação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 1997

i) ______. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – cau-sas/ mitigação/ eliminação. In: ______. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

j) ______; ENEMAX. Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

k) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANS-PORTES. DNIT 011/2004 - PRO: gestão da qualidade em obras rodoviá-rias: procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definição

Dissipador de energia - dispositivo que visa promover a redução da ve-locidade de escoamento nas entradas, saídas ou mesmo ao longo da própria canalização de modo a reduzir os riscos dos efeitos de erosão nos próprios dispositivos ou nas áreas adjacentes.

4 Condições gerais

Os dispositivos abrangidos por esta Especificação serão executados de acordo com as indicações do projeto e especificações particulares.

Na ausência de projetos específicos deverão ser utilizados os dispositi-vos padronizados pelo DNER que constam do Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem.

5 Condições específicas

Basicamente os dispositivos de drenagem abrangidos por esta Norma serão executados em concreto de cimento, moldados “in loco” ou pré-moldados, devendo satisfazer as prescrições:

5.1 Materiais

5.1.1 Concreto de cimento

O concreto, quando utilizado nos dispositivos em que se especifica es-te tipo de material, deverá ser dosado racional e experimentalmente para uma resistência característica à compressão mínima (fck) min., aos 28 dias de 15Mpa. O concreto utilizado deverá ser preparado de acordo com o prescrito na norma NBR 6118/03, além de atender ao que dispõe a norma DNER-ES 330/97.

5.1.2 Concreto ciclópico

Os dissipadores de energia também poderão ser feitos com concreto ciclópico, utilizando-se na sua confecção pedra-de-mão, com diâmetro de 10 a 15cm, com preenchimento dos vazios com concreto de cimento com as características indicadas no item 5.1.1.

O concreto deverá ser preparado de acordo com o prescrito nas nor-mas ABNT NBR 6118/03 e ABNT NBR 7187/03, além de atender o que dispõem as Especificações do DNER.

No caso de uso de concreto ciclópico com berço de pedra argamassa-da ou arrumada, a pedra-de-mão utilizada deverá ser originária de rocha sã e estável, apresentando os mesmos requisitos qualitativos exigidos para a pedra britada destinada à confecção do concreto.

O diâmetro da pedra-de-mão deve se situar na faixa de 10 a 15cm.

5.1.3 Concreto armado

Em razão de sua localização em terreno de grande declividade ou pas-sível de deformação o dissipador de energia deverá ser executado em concreto armado adotando-se no caso as dimensões, formas e armaduras recomendadas no projeto executando os serviços de acordo com as especi-ficações ABNT NBR 6118/03 e ABNT NBR 7187/03 e DNER-ES 330/97, no que couberem.

5.2 Tipos de dissipadores

Os dissipadores poderão ter diferentes formas cuja adoção será defini-da no projeto específico, em função das descargas a serem dissipadas e das condições de deságüe, conforme definição do projeto. Os tipos de dissipadores usualmente adotados são:

a) dissipadores de concreto com berço contínuo de pedra argamassa-da;

b) dissipadores de concreto com caixa de pedra argamassada;

c) dissipadores de concreto monolítico com dentes de concreto;

d) dissipadores de concreto monolítico em degraus.

Os dissipadores com berço contínuo visam a dissipação do deflúvio conduzido por uma canalização ao longo do terreno, em área relativamente ampla.

Nas saídas ou entradas de bueiros, onde o fluxo é concentrado são adotados dissipadores com caixas de pedra argamassada ou arrumada de modo a reduzir o impacto do lançamento.

Os dissipadores dotados de dentes ou em degraus são adotados em trechos de canalizações muito íngremes onde a dispersão do fluxo visa diminuir a velocidade e, conseqüentemente reduzir os efeitos da erosão da canalização.

5.3 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:

a) caminhão basculante;

b) caminhão de carroceria fixa;

c) betoneira ou caminhão betoneira;

d) motoniveladora;

e) pá-carregadeira;

f) rolo compactador metálico;

g) retroescavadeira ou valetadeira;

h) guincho ou caminhão com grua ou Munck;

i) serra elétrica para formas.

Page 93: Dnit -Estradas

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado antes do início da execução do serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não poderá ser autorizada sua utilização.

5.4 Execução

O processo executivo para implantação do dissipador de energia é si-milar ao utilizado para os demais dispositivos de concreto de cimento, podendo-se adotar formas de madeira convencionais ou formas deslizan-tes.

Em função da posição relativa dos dissipadores em relação ao ponto de suprimento o concreto deverá ser lançado na fôrma preferencialmente por bombeamento.

Caso venha a ser utilizada calha em forma de “bica” deverão ser ado-tadas rotinas de controle de modo a reduzir a segregação dos materiais componentes do concreto, não sendo permitido o basculamento diretamen-te na fôrma.

5.4.1 Processo executivo

O processo executivo mais utilizado refere-se ao emprego de dispositi-vos moldados “in loco” com emprego de formas convencionais, desenvol-vendo-se as seguintes etapas:

a) escavação da vala para assentamento do dissipador, obedecendo aos alinhamentos, cotas e dimensões indicadas no projeto;

b) regularização da vala escavada com compactação com emprego de compactador mecânico e com controle de umidade a fim de garantir o suporte necessário para o dissipador, em geral de considerável peso pró-prio;

c) lançamento de concreto magro com utilização de concreto de cimen-to amassado em betoneira ou produzido em usina e transportado para o local em caminhão betoneira, sendo o concreto dosado experimentalmente para resistência característica à compressão (fck) min., aos 28 dias de 15 Mpa;

d) instalação das formas laterais e das paredes de dispositivos acessó-rios, como dentes e degraus, limitando-se os segmentos a serem concreta-dos em cada etapa e execução de juntas de dilatação, a intervalos de 12,0m.

e) colocação e amarração das armaduras definidas pelo projeto, no ca-so de utilização de estrutura de concreto armado;

f) lançamento, vibração e cura do concreto tomando-se as precauções anteriormente mencionadas;

g) retirada das guias e das formas;

h) recomposição do terreno lateral às paredes dos dissipadores com colocação e compactação de material escolhido do excedente da escava-ção, com a remoção de pedras ou fragmentos de estrutura que possam dificultar a compactação;

i) sendo o material local de baixa resistência, deverá ser feito o preen-chimento dos vazios com areia;

j) no caso de utilização de caixas deverá ser feito o lançamento e arru-mação cuidadosa das pedras visando criar alterações bruscas no fluxo d’água (dissipar energia).

Para as saídas de sarjetas e valetas usar pedra de mão com diâmetros entre 10 e 15 cm e para saídas de bueiros, diâmetros de 15 cm a 25 cm;

k) no caso de utilização de dispositivos que utilizem berço de pedra ar-gamassada as pedras serão colocadas sobre camada de concreto previa-mente lançado, antes de se iniciar a sua cura.

6 Manejo ambiental

Durante a construção das obras deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-se, entre outros os seguintes procedimentos:

a) todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser remo-vido das proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupimen-to;

b) o material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d’água, de modo a não causar assoreamento;

c) nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água;

d) durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desne-cessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração;

e) caberá à Fiscalização definir, caso não previsto em projeto, ou alte-rar no projeto, o tipo de revestimento a adotar nos dispositivos implantados, em função das condições locais;

f) além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNER-ISA 07 – Instrução de Serviço Ambiental, referentes à captação, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acor-do com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97. O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umida-de dos agregados, na execução da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas, em cada vez que forem moldados corpos-de-prova, e na troca de operadores.

7.2 Controle da produção (execução)

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto, das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao contro-le fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

7.3 Verificação do produto

7.3.1 Controle geométrico

O controle geométrico da execução das obras será feito através de le-vantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço com as quais será feito o acompanhamento da execução. As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indica-das no projeto de mais de 1%, em pontos isolados. Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no intervalo de ± 10% em relação à espessura de projeto.

7.3.2 Controle de acabamento

Será feito o controle qualitativo dos dispositivos, de forma visual, avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de em-basamento dos dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, de-vendo atender às condições gerais e específicas dos capítulos 4 e 5 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) as entradas d’águas serão medidas por unidade de dispositivo cons-truído e as descidas d’água serão medidas por comprimento linear de dispositivo executado, medidos em metros estabelecendo-se custos unitá-

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rios de execução com a quantificação de volumes e áreas das unidades executivas, de acordo com os tipos indicados no projeto, acompanhando as espessuras e formas executadas, incluindo o fornecimento e colocação de materiais bem como a mão-de-obra e respectivos encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à sua execução;

b) no caso de utilização de dispositivos pontuais acessórios, como cai-xas com depósito de pedra arrumada ou argamassada ou conexões, as obras serão medidas por unidade, de acordo com as especificações res-pectivas;

c) deverão ser medidas as escavações necessárias a implantação dos dissipadores, classificando-se o tipo de material e determinando-se o volume, expresso em metros cúbicos.

NORMA DNIT 023/2006 – ES DNIT

Drenagem – Bueiros tubulares de concreto - Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática recomendada para a construção de bueiros tubulares de concreto em rodovias. São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condições de conformidade e não-conformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

Esta Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa, para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática a ser empregada para a execução dos serviços de construção de bueiros tubula-res de concreto. Está baseada na norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNIT 023/2004-ES.

1 Objetivo

Esta norma tem como objetivo estabelecer o tratamento adequado à execução de bueiros tubulares de concreto para canalizar cursos d’água perenes ou intermitentes de modo a permitir a transposição de talvegues que escoam de um lado para outro da rodovia.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citados no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2003

b) ______. NBR 7187: projeto de pontes de concreto armado e de con-creto protendido: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

c) ______. NBR 8890: tubo de concreto, de seção circular, para águas pluviais e esgotos sanitários: requisitos e método de

ensaio. Rio de Janeiro, 2003.

d) ______. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

e) ______. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: procedimento. Rio de Janeiro, 1996.

f) ______. NBR NM 67: concreto - determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

g) _____. NBR NM 68: concreto - determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro, 1998.

h) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais - concretos e argamassas: especifi-cação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

i) ______. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias - cau-sas/ mitigação/ eliminação. In: ______. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

j) ______; ENEMAX. Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drena-gem. 2. ed. Rio de Janeiro, 2006.

k) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANS-PORTES. DNIT 011/2004 - PRO: gestão da qualidade em obras rodoviá-rias: procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

l) _____. DNIT 024/2004-ES: drenagem – bueiros metálicos sem inter-rupção do tráfego: especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

m) _____. DNIT 025/2004-ES: drenagem - bueiros celulares de concre-to: especificação de serviço. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definições

3.1 Bueiros de grota

Obras-de-arte correntes que se instalam no fundo dos talvegues. No caso de obras mais significativas correspondem a cursos d’água permanen-tes e, conseqüentemente, obras de maior porte. Por se instalarem no fundo das grotas, estas obras deverão dispor de bocas e alas.

3.2 Bueiros de greide

Obras de transposição de talvegues naturais ou ravinas que são inter-ceptadas pela rodovia e que por condições altimétricas, necessitam disposi-tivos especiais de captação e deságüe, em geral caixas coletoras e saídas d’água.

4 Símbolos e abreviaturas

4.1 PVC - Cloreto de polivinila

4.2 PEAD - Polietileno de alta densidade

5 Condições gerais

Os bueiros tubulares de concreto deverão ser locados de acordo com os elementos especificados no projeto. Para melhor orientação das profun-didades e declividade da canalização recomenda-se a utilização de gabari-tos para execução dos berços e assentamento através de cruzetas.

Os bueiros deverão dispor de seção de escoamento seguro dos deflú-vios, o que representa atender às descargas de projeto calculadas para períodos de recorrência preestabelecidos.

Para o escoamento seguro e satisfatório o dimensionamento hidráulico deverá considerar o desempenho do bueiro com velocidade de escoamento adequada, cuidando ainda, evitar a ocorrência de velocidades erosivas, tanto no corpo estradal, como na própria tubulação e dispositivos acessó-rios.

No caso de obras próximas à plataforma de terraplenagem, a fim de diminuir os riscos de degradação precoce do pavimento e, principalmente, favorecer a segurança do tráfego, os bueiros deverão ser construídos de modo a impedir, também, a formação de película de água na superfície das pistas, favorecendo a ocorrência de acidentes.

Os dispositivos abrangidos por esta Especificação serão executados de acordo com as indicações do projeto e especificações particulares. Na ausência de projetos específicos deverão sem utilizados os dispositivos padronizados pelo DNER que constam do Álbum de projetos–tipo de dispo-sitivos de drenagem, ressaltando-se ainda que, estando localizados no perímetro urbano, deverão satisfazer à padronização do sistema municipal.

6 Condições específicas

6.1 Materiais

6.1.1 Tubos de concreto

Os tubos de concreto para bueiros de grota e greide deverão ser do ti-po e dimensões indicadas no projeto e ter encaixe tipo ponta e bolsa, obedecendo às exigências da ABNT NBR 8890/03, tanto para os tubos de concreto armado quanto para os tubos de concreto simples.

Particular importância será dada à qualificação da tubulação, com rela-ção à resistência quanto à compressão diametral, adotando-se tubos e tipos de berço e reaterro das valas como o recomendado.

O concreto usado para a fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com as normas NBR 6118/03, NBR 12655/96, NBR 7187/03 e DNER-ES 330/97 e dosado experimentalmente para a resistência à com-pressão ( fck min ) aos 28 dias de 15 MPa. 6.1.2 Tubos de PVC

Em condições excepcionais, atendendo às especificações de projeto, poderão ser adotados tubos de outros materiais como tubos de PVC ou PAD para cuja execução deverão ser obedecidas as prescrições normati-vas de outros países ou instrução dos fabricantes.

6.1.3 Tubos metálicos

No caso da adoção de tubos de chapa metálica corrugada deverão ser obedecidas as exigências e prescrições próprias às canalizações e às recomendações dos fabricantes.

6.2 Material de rejuntamento

O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o estabelecido nos projetos específicos e na falta de outra indicação deverá

Page 95: Dnit -Estradas

atender ao traço mínimo de 1:4, em massa, executado e aplicado de acordo com o que dispõe a DNER-ES 330/97.

O rejuntamento será feito de modo a atingir toda a circunferência da tubulação a fim de garantir a sua estanqueidade.

6.3 Material para construção de calçadas, berços, bocas, alas e demais dispositivos

Os materiais a serem empregados na construção das caixas, berços, bocas e demais dispositivos de captação

e transferências de deflúvios deverão atender às recomendações de projeto e satisfazer às indicações e exigências previstas pelas normas da ABNT e do DNIT.

Os materiais a serem empregados poderão ser: concreto ciclópico, concreto simples, concreto armado ou alvenaria e deverão atender às indicações do projeto.

Para as bocas, alas, testas e berços o concreto deverá ser preparado como estabelecido pelas DNER-ES 330/97, NBR 6118/03, NBR 7187/03 e NBR 12655/96 de forma a atender a resistência à compressão ( fck min ) aos 28 dias de 15 MPa.

6.4 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dis-põem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) caminhão basculante;

b) caminhão de carroceria fixa;

c) betoneira ou caminhão betoneira;

d) motoniveladora;

e) pá carregadeira;

f) rolo compactador metálico;

g) retroescavadeira ou valetadeira;

h) guincho ou caminhão com grua ou “Munck”;

i) serra elétrica para fôrmas;

j) vibradores de placa ou de imersão.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução do serviço de modo a garantir as condições apropria-das de operação, sem o que não ser autorizada a sua utilização.

6.5 Execução

6.5.1 Execução de bueiros de grota

Para execução de bueiros tubulares de concreto instalados no fundo de grotas deverão ser atendidas as etapas executivas seguintes:

Locação da obra atendendo às Notas de Serviço para implantação de obras-de-arte correntes de acordo com o projeto executivo de cada obra.

A locação será feita por instrumentação topográfica após desmatamen-to e regularização do fundo do talvegue.

Precedendo a locação recomenda-se no caso de deslocamento do eixo do bueiro do leito natural executar o preenchimento da vala com pedra de mão ou “rachão” para proporcionar o fluxo das águas de infiltração ou remanescentes da canalização do talvegue.

Após a regularização do fundo da grota, antes da concretagem do ber-ço, locar a obra com a instalação de réguas e gabaritos, que permitirão materializar no local, as indicações de alinhamento, profundidade e declivi-dade do bueiro.

O espaçamento máximo entre réguas será de 5m, permissíveis peque-nos ajustamentos das obras, definidas pelas Notas de Serviço, garantindo adequação ao terreno.

A declividade longitudinal do bueiro deverá ser contínua e somente em condições excepcionais permitir descontinuidades no perfil dos bueiros.

No caso de interrupção da sarjeta ou da canalização coletora, junto ao acesso, instalar dispositivo de transferência para o bueiro, como: caixa coletora, caixa de passagem ou outro indicado.

A escavação das cavas será feita em profundidade que comporte a e-xecução do berço, adequada ao bueiro selecionado, por processo mecâni-co ou manual.

A largura da cava deverá ser superior à do berço em pelo menos 30cm para cada lado, de modo a garantir a implantação de fôrmas nas dimensões exigidas.

Havendo necessidade de aterro para alcançar a cota de assentamento, o lançamento, sem queda, do material será feito em camadas, com espes-sura máxima de 15cm.

Deve ser exigida a compactação mecânica por compactadores manu-ais, placa vibratória ou compactador de impacto, para garantir o grau de compactação satisfatório e a uniformidade de apoio para a execução do berço.

Após atingir o grau de compactação adequado, instalar formas laterais para o berço de concreto e executar a porção inferior do berço com concre-to de resistência (fckmin > 15 MPa), com a espessura de 10cm.

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão fei-tos a colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia, traço 1:4, em massa.

A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo tipo de concreto, obedecendo à geometria prevista no projeto-tipo e posterior reaterro com recobrimento mínimo de 1,5 vezes o diâmetro da tubulação, acima da geratriz superior da canalização.

6.5.2 Execução de bueiros de greide com tubos de concreto

Para a execução de bueiros de greide com tubos de concreto deverá ser adotada a seguinte sistemática: Interrupção da sarjeta ou da canaliza-ção coletora junto ao acesso do bueiro e execução do dispositivo de trans-ferência para o bueiro, como: caixa coletora, caixa de passagem ou outro indicado.

Escavação em profundidade que comporte o bueiro selecionado, ga-rantindo inclusive o recobrimento da canalização.

Compactação do berço do bueiro de forma a garantir a estabilidade da fundação e a declividade longitudinal indicada.

Execução da porção inferior do berço com concreto de resistência (fckmin > 15 MPa), com a espessura de 10cm. Colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia, traço 1:4, em massa.

Complementação do envolvimento do tubo com o mesmo tipo de con-creto, obedecendo a geometria prevista no projeto e posterior reaterro com recobrimento mínimo de 1,5 vezes o diâmetro da tubulação acima da geratriz superior da canalização. 6.5.3 Execução de bueiros com tubos metálicos

Para a execução de bueiros metálicos serão adotados procedimentos semelhantes aos recomendados, não aplicados no que diz respeito a rejuntamento, quando serão adotadas as recomendações dos fabricantes, atendidas às prescrições da DNIT 024/2004 - ES.

7 Manejo ambiental

Durante a construção das obras deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-se, entre outros os seguintes procedimentos:

a) todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser remo-vido das proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupimen-to;

b) o material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar assoreamento;

c) nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água;

d) durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desne-cessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração;

e) caberá à Fiscalização definir, caso não previsto em projeto, ou alte-rar no projeto, o tipo de revestimento a adotar nos dispositivos implantados, em função das condições locais;

f) além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNER-ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à capta-ção, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

8 Inspeção

8.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acor-do com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97.

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Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas.

Os tubos de concreto serão controlados através dos ensaios preconi-zados na norma NBR 8890/03.

Para cada partida de tubos não rejeitados na inspeção, serão formados lotes para amostragem,

correspondendo cada lote a grupo de 100 a 200 unidades.

De cada lote serão retirados quatros tubos a serem ensaiados. Dois tu-bos serão submetidos a ensaio de permeabilidade de acordo com a norma NBR 8890/03.

Dois tubos serão ensaiados à compressão diametral e submetidos ao ensaio de absorção de acordo com a norma NBR 8890/03.

O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com as nor-mas NBR NM 67/98 e NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados na execução da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas e cada vez que forem moldados corpos-de-prova e na troca de operadores.

8.2 Controle da produção (execução)

O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma, será feito o acompanhamento das camadas de em-basamento dos dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao contro-le fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

8.3 Verificação do produto

O controle geométrico da execução das obras será feito através de le-vantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço com as quais será feito o acompanhamento.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto de mais de 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no inter-valo de ± 10% em relação à espessura de projeto.

8.4 Condições de conformidade e nãoconformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, de-vendo atender às condições gerais e específicas dos itens 5e 6 esta Nor-ma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

9 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) o corpo do bueiro tubular de concreto será medido pelo seu compri-mento, determinado em metros, acompanhando as declividades executa-das, incluindo fornecimento e colocação de materiais, mão-de-obra e en-cargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à sua execu-ção;

b) as bocas dos bueiros serão medidas por unidade, incluindo forneci-mento e colocação de materiais, mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à sua execução;

c) serão medidos os volumes e classificados os materiais referentes às escavações necessárias à execução do corpo do bueiro tubular de concre-to;

d) no caso de utilização de dispositivos pontuais acessórios, como cai-xas coletoras ou de passagem, as obras serão medidas por unidade, de acordo com as especificações respectivas;

e) será medido o transporte dos tubos entre o canteiro e o local da o-bra.

NORMA DNIT 024/2004 – ES DNIT

Drenagem – Bueiros metálicos sem interrupção do tráfego – Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na implantação de bueiros metálicos no corpo dos aterros, sem interrupção do tráfego, por processo não destrutivo.

São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, e-quipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condi-ções de conformidade e não-conformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

Esta Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa, para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática a ser empregada para a execução dos serviços de execução de bueiros metáli-cos sem a interrupção do tráfego de rodovias e acessos. Está baseada na norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 285/97.

1 Objetivo

Estabelecer os procedimentos para a execução de bueiros tubulares metálicos executados sem a interrupção do tráfego, por processo não destrutivo dos aterros, de modo a permitir o escoamento das águas de um lado para outro, ou para estabelecer uma passagem sob a rodovia.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citados no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: concreto – ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1994.

b) _____. NBR 6118: projeto e execução de obras de concreto armado: procedimento. Rio de Janeiro, 1980.

c) _____. NBR 7187: projeto e execução de pontes de concreto arma-do e protendido: procedimento. Rio de Janeiro, 1987.

d) _____. NBR 9793: tubo de concreto simples de seção circular para águas pluviais: especificação. Rio de Janeiro, 1987.

e) _____. NBR 9794: tubos de concreto armado de seção circular para águas pluviais: especificação. Rio de Janeiro, 1987.

f) _____. NBR 9795: tubo de concreto armado – determinação da resis-tência à compressão diametral: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1987.

g) _____. NBR 9796: tubo de concreto – verificação de permeabilidade: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1987.

h) _____. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

i) _____. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: pro-cedimento. Rio de Janeiro, 1996.

j) _____. NBR NM 67: concreto – determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

k) _____. NBR NM 68: concreto – determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro, 1998.

l) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais – concretos e argamassas. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

Page 97: Dnit -Estradas

m) _____. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – cau-sas/ mitigação/ eliminação. In: _____. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

n) _____; ENEMAX. Álbum de projetos–tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

o) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

p) _____. DNIT 021/2004-ES: drenagem – entradas e descidas d’água. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

q) _____. DNIT 023/2004-ES: drenagem - bueiros tubulares de concre-to. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definição

Bueiros metálicos executados sem interrupção do tráfego – obras-de-arte correntes destinadas ao escoamento de cursos d’água permanentes ou temporários, através de aterros executados por processo não destrutivo. Para sua construção são utilizadas chapas de aço corrugadas, fixadas por parafusos e porcas ou grampos especiais, cujo avanço de instalação é alcançado com o processo construtivo designado “Tunnel-Liner”.

4 Condições gerais

Os bueiros serão locados de acordo com os elementos especificados no projeto, utilizando-se aparelhos topográficos.

Para melhor orientação das profundidades e declividade da canaliza-ção, recomenda-se a utilização de gabaritos para execução dos berços e assentamento através de cruzetas.

Os bueiros deverão dispor de seção de escoamento capazes de permi-tir o escoamento seguro dos deflúvios, atendendo às descargas de projeto calculadas para períodos de recorrência preestabelecidos.

Para que o escoamento ocorra de forma segura e satisfatória o dimen-sionamento hidráulico deverá considerar a velocidade de escoamento adequada, evitando ocorrência de velocidades erosivas, tanto no corpo estradal como na própria tubulação e dispositivos acessórios.

Na ausência de projetos específicos, deverão ser utilizados os disposi-tivos padronizados pelo DNER que constam do Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

5.1.1 Bueiros de chapas metálicas corrugadas galvanizadas

Nos casos de ocorrência de águas com baixa acidez, em que é remota a possibilidade de corrosão das chapas metálicas, poderão ser usadas chapas tratadas por galvanização.

As chapas serão de fabricação especializada e deverão ser fornecidas acompanhadas dos elementos de fixação, parafusos, porcas ou grampos especiais, submetidos ao mesmo tratamento.

A instalação do bueiro deverá ser feita por firma credenciada pelo fa-bricante.

5.1.2 Bueiros de chapas metálicas corrugadas revestidas com epóxi

Nos casos onde for constatada a possibilidade de corrosão, nas áreas urbanas ou em locais de despejos sanitários, deverão ser utilizadas as chapas metálicas corrugadas revestidas por proteção de resina epóxi.

Nestes locais os fabricantes deverão fornecer os elementos de fixação também protegidos por tratamento de epóxi, devendo-se ainda ter o cuida-do de pintar com tinta epóxi todas as superfícies que, por arranhões, ve-nham a ter o metal descoberto.

No manuseio das chapas e peças revestidas com epóxi deverão ser adotados cuidados especiais, de modo a não comprometer o revestimento das chapas.

5.1.3 Material de enchimento

O espaço vazio resultante da escavação do maciço e a parede externa da chapa metálica deverão ser preenchidos com argamassa de solo-cimento, de forma a impedir o escoamento na interface tubulação-aterro e dificultar a corrosão da chapa.

5.1.4 Material vedante

Para garantir a estanqueidade das juntas deverá ser colocada entre as chapas a serem justapostas, tiras de feltro, comprimidas com o aparafusa-mento das chapas.

5.1.5 Entradas e saídas

As entradas e saídas dos bueiros metálicos poderão ser realizadas com bocas e alas de concreto, construídas por processo semelhante ao considerado para os bueiros de concreto, ou através de peças de extremi-dades metálicas em forma de bisel, protegendo-se a saia dos aterros com enrocamento de pedra arrumada.

Desta forma os materiais a serem empregados na construção das cal-çadas, berços, alas, testas, poderão ser: concreto ciclópico, concreto sim-ples, concreto armado ou alvenaria, e deverão atender às prescrições e exigências previstas pelas normas da ABNT e contidas nas seções perti-nentes das Especificações Gerais do DNER.

Para as bocas, alas, testas e berços o concreto deverá ser preparado como estabelecido pelas DNER-ES 330/97, ABNT NBR 6118/80 e ABNT NBR 7187/87 de forma a atender a resistência à compressão ( fck min ), aos 28 dias de 15MPa.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação dos bueiros e compatíveis com os materiais utilizados nas obras de arte correntes, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se no mínimo os seguintes equipamentos:

– Caminhão basculante;

– Caminhão de carroceria;

– Betoneira ou caminhão betoneira;

– Motoniveladora;

– Pá carregadeira;

– Rolo compactador metálico;

– Retroescavadeira ou valetadeira;

– Guincho ou caminhão com grua ou Munck.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução do serviço de modo a garantir as condições apropri-adas de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

5.3 Execução

Para execução dos bueiros metálicos sem interrupção do tráfego deve-rão ser atendidas as seguintes etapas:

Locação da obra atendendo às Notas de Serviço para implantação de obras de arte correntes, de acordo com o projeto executivo de cada obra. A locação será feita por instrumentação topográfica, após o desmatamento e regularização do fundo do talvegue.

Precedendo a escavação do maciço para implantação do bueiro, deve-rá ser feito minucioso estudo das condições de estabilidade do maciço e resistência ao escorregamento, de modo a estabelecer as características das fundações e do escoramento a ser adotado para implantação do buei-ro.

No caso de ocorrência de solos fracos que careçam de reforço, reco-menda-se executar o embasamento com pedra de mão, ou “rachão”, de modo a proporcionar o aumento da resistência do solo e permitir o fluxo das águas de infiltração ou remanescentes da canalização do talvegue, sem comprometer o maciço.

Na impossibilidade, em função de condições locais, do emboque direto das escavações, deverão ser abertos poços de ataque, em pontos previa-mente determinados, escorados e revestidos, seguros para os operários que procederão às escavações.

Os poços de ataque provisórios poderão ser aproveitados como poços de visita da nova canalização, caso julgado adequado.

Em caso de tornar-se necessário o esgotamento do local a ser escava-do, deverá ser executado poço para instalação de bomba submersa, manti-da em condições de uso durante todo o processo construtivo.

O bueiro deverá ser construído de jusante para montante, tomando-se o cuidado de impedir que com o avanço da escavação seja inundada a canalização, mantendo-se para tanto o tamponamento da boca de montan-te.

A escavação deverá restringir-se ao perímetro mais próximo possível da circunferência externa do bueiro, com profundidade aproximadamente igual a dos anéis que serão montados em cada lance.

Imediatamente após a execução da escavação, montar os anéis, ajus-tando-se as chapas ao terreno escavado e às precedentes, fixadas com parafusos, porcas ou grampos.

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Caso o trabalho se desenvolva em terreno de pouca resistência ou possível abatimento do aterro, serão montadas entroncas que promoverão o escoramento do teto da escavação até que se instalem os anéis.

Para garantir maior estanqueidade da canalização serão introduzidas tiras de feltro entre as chapas justapostas, antes do aperto dos parafusos.

Os espaços vazios entre as chapas e o terrenoescavado deverão ser preenchidos com injeção de argamassa, de forma a impedir o fluxo de água na interface chapa metálica-terreno.

Caso necessário será feito o rebaixamento do lençol d’água.

Concluída a montagem dos bueiros serão executadas as bocas, alas ou terminais da canalização, cuidando-se também da preservação da integridade das saias dos aterros.

6 Manejo ambiental

Durante a construção das obras deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-se, entre outros os seguintes procedimentos:

a) Todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser re-movido das proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupi-mento.

b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d’água de modo a não causar assoreamento.

c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.

d) Durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desne-cessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração.

e) Caberá à Fiscalização definir, caso não previsto em projeto, ou alte-rar no projeto, o tipo de revestimento a adotar nos dispositivos implantados, em função das condições locais.

f) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNERISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à capta-ção, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais. 7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

As chapas de aço e ferragens, utilizadas na construção dos bueiros, deverão satisfazer às prescrições dos fabricantes e estar acompanhadas de certificados de qualidade que indiquem o atendimento às normas pertinen-tes ao tipo de aço utilizado.

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acor-do com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97. Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas. Os tubos de concreto serão controlados através dos ensaios preconizados nas normas NBR 9793/87 e NBR 9794/87.

Para cada partida de tubos não rejeitados na inspeção, serão formados lotes para amostragem, correspondendo cada lote a grupo de 100 a 200 unidades. De cada lote serão retirados quatros tubos a serem ensaiados. Dois tubos serão submetidos a ensaio de permeabilidade de acordo com a norma NBR 9796/87. Dois tubos serão ensaiados à compressão diametral de acordo com a norma NBR 9795/87, sendo estes mesmos tubos subme-tidos ao ensaio de absorção de acordo com a norma NBR 9794/87. O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com as normas NBR NM 67/98 e NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados na execução da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas e cada vez que forem moldados corpos-de-prova e na troca de operadores.

7.2 Controle da produção (execução)

O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma, será feito o acompanhamento das camadas de em-basamento dos dispositivos, acabamento das obras e enchimento das

valas. O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

7.3 Verificação do produto

O controle geométrico da execução das obras será feito através de le-vantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço com as quais será feito o acompanhamento. As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto de mais de 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no inter-valo de ± 10% em relação à espessura de projeto.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, de-vendo atender às condições gerais e específicas dos itens 4 e 5 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) O corpo do dispositivo será medido pelo seu comprimento determi-nado em metros, acompanhando as declividades executadas, incluindo escavação, fornecimento e montagem do tubo metálico, argamassa de solo-cimento, mão de obra e encargos, equipamentos, ferramentas e even-tuais necessários à sua execução.

b) Serão medidos os transportes dos tubos, da fábrica até o canteiro e do canteiro até o local da obra.

c) No caso de utilização de dispositivos pontuais acessórios, como cai-xas coletoras ou de passagem, as obras serão medidas por unidade, de acordo com as especificações respectivas.

NORMA DNIT 025/2004 – ES DNIT

Drenagem – Bueiros celulares de concreto –

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotado na execução de bueiros celulares de concreto. São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condições de conformidade e não-conformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

Esta Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa, para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática a ser empregada para os serviços de execução de bueiros celulares de concreto. Está baseada na norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 286/97.

1 Objetivo

Esta Norma tem como objetivo estabelecer o tratamento adequado à execução de bueiros celulares de concreto para canalizar cursos d’água perenes ou intermitentes de modo a permitir a transposição de talvegues que escoam de um lado para outro da rodovia.

2 Referências normativas

Page 99: Dnit -Estradas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citados no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: concreto – ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1994.

b) _____. NBR 6118: projeto e execução de obras de concreto armado: procedimento. Rio de Janeiro, 1980.

c) _____. NBR 7187: projeto e execução de pontes de concreto arma-do e protendido: procedimento. Rio de Janeiro, 1987.

d) _____. NBR 7197: projeto de estruturas de concreto protendido: pro-cedimento. Rio de Janeiro, 1989.

e) _____. NBR 9795: tubo de concreto armado – determinação da re-sistência à compressão diametral: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1987.

f) _____. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

g) _____. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: pro-cedimento. Rio de Janeiro, 1996.

h) _____. NBR NM 67: concreto – determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

i) _____. NBR NM 68: concreto – determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro, 1998.

j) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais – concretos e argamassas. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

k) _____. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – cau-sas/mitigação/ eliminação. In: ______. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

l) _____; ENEMAX. Álbum de projetos–tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

m) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

n) _____. DNIT 023/2004-ES: drenagem – bueiros tubulares de concre-to. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

o) _____. DNIT 024/2004-ES: drenagem - bueiros metálicos sem inter-rupção do tráfego. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definição

Bueiros celulares – obras-de-arte correntes, de porte razoável, que se instalam no fundo dos talvegues e, em geral, correspondem a cursos d’água permanentes. Por razões construtivas e estruturais são construídos em seções geometricamente definidas, na forma de retângulos ou quadra-dos, podendo ser de células únicas ou múltiplas, separadas por septos verticais.

4 Condições gerais

Os bueiros celulares de concreto deverão ser locados de acordo com os elementos especificados no projeto e, por se tratarem de estruturas relativamente importantes, demandam projetos específicos.

Para melhor orientação das profundidades e declividade da canaliza-ção recomenda-se a utilização de gabaritos para execução dos berços e assentamento através de cruzetas.

Os bueiros devem dispor de seção de vazão capaz de permitir o esco-amento seguro dos deflúvios, o que representa atender às descargas de projeto calculadas para períodos de recorrência preestabelecidos.

Para escoamento seguro e satisfatório o dimensionamento hidráulico deverá considerar que o bueiro desempenha sua função com velocidade de escoamento adequada, cuidando-se ainda evitar a ocorrência de velocida-des erosivas, tanto no corpo estradal, como na própria tubulação e disposi-tivos acessórios.

Na ausência de projetos específicos deverão ser utilizados os dispositi-vos padronizados pelo DNER que constam do Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

Os bueiros celulares, quer se tratem de obras moldadas in loco ou pré-moldadas, abrangem estruturas de concreto armado cujo projeto deverá atender às diretrizes das normas NBR 6118/80 e NBR 7187/87.

Face à sua natureza e por se tratarem de bocas e alas de estruturas monolíticas rigidamente vinculadas ao corpo dos bueiros celulares, os mesmos cuidados serão dispensados ao conjunto bueiro e bocas.

O concreto usado para a fabricação dos bueiros será confeccionado de acordo com as normas NBR 6118/80, NBR 7187/87, NBR 12654/92 e NBR 12655/96 e ser dosado de acordo com o projeto estrutural aprovado. Para implantação dos bueiros torna-se necessária a uniformização das condi-ções de resistência das fundações, conseguida com a execução de camada preparatória de embasamento, utilizando concreto magro dosado para uma resistência à compressão (fckmin) aos 28 dias de 15 Mpa, considerando-se ainda o sistema estrutural de fundação recomendado, cuja execução será feita de acordo com as Normas apropriadas.

Para o revestimento das paredes e fundo da canalização deverá ser utilizada argamassa de cimento e areia no traço 1:3, em massa, alisada a desempenadeira, ou com tratamento adequado para as formas e isolamen-to da superfície, no caso de recomendação do uso de concreto aparente.

As formas internas deverão ser previamente untadas com desmoldan-te, antes da concretagem, de modo a resultar numa superfície com baixa rugosidade e facilitar a desmoldagem.

O aço estrutural a ser utilizado será da classe 50 A ou 50 B.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação dos bueiros e compatíveis com os materiais utilizados nas obras de arte correntes, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Caminhão basculante;

b) Caminhão de carroceria;

c) Betoneira ou caminhão betoneira;

d) Motoniveladora;

e) Pá carregadeira;

f) Rolo compactador metálico;

g) Retroescavadeira valetadeira ou valetadeira;

h) Guincho ou caminhão com grua ou Munck;

i) Serra elétrica para formas;

j) Vibradores de placa ou de imersão.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução do serviço de modo a garantir as condições apropria-das de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

5.3 Execução

Para execução dos bueiros celulares de concreto deverão ser cumpri-das as seguintes etapas:

Locação da obra atendendo às Notas de Serviço para implantação de obras de arte correntes, de acordo com o projeto executivo de cada obra.

A locação será feita por instrumentação topográfica, após o desmata-mento e regularização do fundo do talvegue.

No caso de deslocamento do eixo do bueiro do leito natural será execu-tado o preenchimento da vala com pedra de mão ou “rachão”, de modo a proporcionar o fluxo das águas de infiltração ou remanescentes da canali-zação do talvegue.

Após a regularização do fundo da grota, antes da concretagem do ber-ço, será feita a locação da obra com instalação das réguas e gabaritos que permitirão materializar, no local, as indicações de alinhamento, profundida-de e declividade do bueiro.

O espaçamento máximo entre réguas será de 5m, sendo permissíveis pequenos ajustamentos das obras definidas pelas Notas de Serviço, de modo a adequá-las ao terreno ou de facilidade construtiva.

A declividade longitudinal do bueiro deverá ser contínua e somente em condições excepcionais, desde que previsto no projeto serão permitidas descontinuidades no perfil dos bueiros, adotando-se declividade adequada para que não ocorra erosão das paredes e do fundo da canalização.

A escavação das cavas deverá ser feita em profundidade que comporte a execução do berço adequado ao bueiro selecionado, podendo ser feita

Page 100: Dnit -Estradas

por processo mecânico ou manual, após o que serão executadas as obras de fundação recomendadas.

A largura da cava deverá ser superior a do berço em pelo menos 50cm para cada lado, de modo a garantir a implantação de formas nas dimensões exigidas.

Havendo necessidade de aterro para que se alcance a cota de assen-tamento, o lançamento do material será feito em camadas com espessura máxima de 15cm, sendo exigida a compactação mecânica por compactado-res manuais, placa vibratória ou compactador de impacto, garantindo o grau de compactação satisfatório e a uniformidade de apoio para a execução do berço.

As irregularidades remanescentes serão corrigidas com o espalhamen-to do lastro de concreto magro, com resistência (fckmin > 11 MPa), e na espessura de 10cm, aplicado em camadas contínuas sobre toda a superfí-cie, mais um excesso de 15cm para cada lado.

Caso o terreno não apresente resistência adequada à fundação da es-trutura serão realizados trabalhos de reforço que poderão envolver: crava-ção de estacas, substituição de material, melhoria do solo com mistura, etc.

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão permitidas a colocação e amarração da armadura da laje de fundo do bueiro e as formas laterais, que servirão de apoio aos ferros das paredes.

Segue-se, o lançamento, espalhamento e acabamento do concreto de fundo, na espessura e resistência estabelecidas no projeto, até a cota superior da mísula inferior, aplicando-se vibração adequada.

Concretado o fundo, serão complementadas e posicionadas as arma-duras laterais e colocadas as fôrmas interna e externa da parede, após o que, será feito o lançamento e espalhamento do concreto, com a simultâ-nea vibração, até a cota inferior das mísulas superiores.

Instalação das formas da laje superior e a colocação e posicionamento da armadura, e espalhamento do concreto necessário à complementação do corpo do bueiro.

Simultaneamente a concretagem da laje superior, nas extremidades do bueiro, serão executadas as vigas de cabeceira ou muros de testa.

Para assegurar a indeformabilidade da estrutura serão executadas jun-tas de dilatação para segmentos máximos de 10m de comprimento, de acordo com o projeto estrutural.

Não havendo recomendações específicas, estas juntas serão executa-das com 1cm de espessura e realizadas com réguas de madeira compen-sada e isopor: após a concretagem serão retiradas e rejuntadas com mistu-ra de cimento asfáltico e cimento, aplicada a quente. Esta junta poderá ser do tipo fungenband ou similar, garantindo a estanqueidade da obra.

Concluída a concretagem envolvendo o corpo do bueiro, bocas e alas, executar aterro sobre o bueiro com material escavado, se de qualidade compatível.

Caso o material local não possua a qualidade adequada, o aterro será feito com material importado de empréstimos de terraplenagem.

O aterro será iniciado com o espalhamento de camadas de espessura máxima de 20cm sobre a laje do bueiro e junto às paredes, compactadas com compactador manual “sapo mecânico”, tomando-se cuidado para não danificar as peças concretadas.

Este processo será contínuo até atingir 60cm acima da laje, e seguido de espalhamento e compactação mecânicos.

A execução das bocas terá início pela escavação a fim de implantar as vigas frontais e as soleiras, após o que, será feita a regularização do fundo e espalhamento do lastro.

Concluído o lastro serão colocadas as armaduras das soleiras e das alas, solidarizadas, e concretadas a soleira e a viga frontal.

Colocação e escoramento das paredes interna e externa das alas.

Após a concretagem e a desmoldagem do bueiro será feito o revesti-mento das paredes e do fundo.

Concluídos os trabalhos deverão ser corrigidos todos os pontos susce-tíveis de erosão com a realização de enrocamento e canalizações de acesso e saída dos bueiros.

Da mesma forma deverão ser tomadas as medidas capazes de contro-lar os possíveis assoreamentos.

6 Manejo ambiental

Durante a construção das obras deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-se, entre outros os seguintes procedimentos:

a) Todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser re-movido das proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupi-mento.

b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar assoreamento.

c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.

d) Durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desne-cessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração.

e) Caberá à Fiscalização definir, caso não previsto em projeto, ou alte-rar no projeto, o tipo de revestimento a adotar nos dispositivos implanta-dos, em função das condições locais.

f) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNERISA 07- Instrução de Serviço Ambiental,

referentes à captação, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado pelo rompimento de corpos de prova à compressão simples, aos 28 dias com base no que dispõe a norma NBR 5739/94.

O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com a nor-ma NBR NM 67/98 ou a NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados, na execução da primeira amassada do dia após o reinício dos trabalhos, desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas e cada vez que forem moldados corpos de prova e na troca de operadores.

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas.

7.2 Controle da produção (execução)

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos de prova de concreto e das amostras de concreto e das amostras de aço estrutural, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações referidas.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao contro-le fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

7.3 Verificação do produto

7.3.1 Controle geométrico

O controle geométrico da execução das obras será feito através de le-vantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço com as quais será feito o acompanhamento da execução.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto em mais de 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem se situar no inter-valo de ± 10% em relação à espessura de projeto.

7.3.2 Controle qualitativo

O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma, será feito o acompanhamento das camadas de em-basamento dos dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, de-vendo atender às condições gerais e específicas dos capítulos 4 e 5 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

Page 101: Dnit -Estradas

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) Os bueiros celulares de concreto serão medidos pelo seu compri-mento determinado em metros, acompanhando as declividades executa-das, incluindo o fornecimento e colocação de materiais, bem como, a mão-de-obra e respectivos encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à sua execução.

b) No caso de utilização de dispositivos pontuais acessórios, como cai-xas coletoras ou de passagem, as obras serão medidas por unidade, cujas quantidades foram estabelecidas nos projetos específicos.

c) Nas medições dos demais dispositivos serão determinadas, em cada piquete, a largura, a profundidade total e a classificação do material esca-vado, cubando-se o volume total.

d) Na medição dos serviços, de acordo com as indicações das alíneas “b” e “c”, estão incluídos a mão de obra, materiais, transportes e encargos necessários à execução dos serviços.

NORMA DNIT 026/2004 – ES DNIT

Drenagem – Caixas coletoras -

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na execução das caixas coletoras de concreto. São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condições de conformidade e não-conformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa para servir como documento base na execução e no controle da qualidade de caixas coletoras de concreto utilizadas como dispositivos de drenagem da plataforma rodoviária. Está baseada na norma DNIT 001/2002 – PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 287/97.

1 Objetivo

Esta Norma fixa as condições exigíveis para a execução de caixa cole-toras de concreto, bocas, alas e poços de derivação a serem construídos nas saídas e entradas de bueiros ou outros dispositivos de condução do sistema de drenagem de rodovias como descidas d’água, sarjetas e vale-tas.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: concreto – ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos: métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 1994.

b) _____. NBR 6118: projeto e execução de obras de concreto armado: procedimento. Rio de Janeiro, 1980.

c) _____. NBR 7187: projeto e execução de pontes de concreto arma-do e protendido: procedimento. Rio de Janeiro, 1987.

d) _____. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

e) _____. NBR 12655: concreto – preparo, controle e recebimento: pro-cedimento. Rio de Janeiro, 1996.

f) _____. NBR NM 67: concreto: determinação da consistência pelo a-batimento do tronco cone. Rio de Janeiro, 1992.

g) _____. NBR NM 68: concreto – determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro, 1998.

h) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 287: drenagem – caixas coletoras. Rio de

Janeiro: IPR, 1997.

i) _____. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais – concretos e arga-massas. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

j) _____. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – cau-sas /mitigação/ eliminação. In: _____. Corpo normativo

ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1997.

k) _____; ENEMAX. Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

l) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANS-PORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definições

3.1 Caixas coletoras

Dispositivos construídos nas extremidades dos bueiros de forma a permitir a captação e transferência dos deflúvios, conduzido-os superficial-mente para as canalizações a serem construídas em nível inferior (ao da captação), garantindo ao bueiro o recobrimento necessário.

3.2 Bocas e alas

Dispositivos também destinados a captar e transferir os deflúvios para os bueiros, mas que por se encontrarem no mesmo nível ou à pequena profundidade, não carecem de dispositivos especiais.

3.3 Poços de inspeção

Caixas destinadas a permitir a conexão de canalizações com alinha-mentos ou declividades diferentes que se interceptam em um ponto. São também utilizados poços de inspeção em segmentos muito longos de canalizações, de modo a facilitar as tarefas de limpeza e manutenção.

4 Condições gerais

Os dispositivos abrangidos por esta Especificação serão executados de acordo com as indicações do projeto.

Na ausência de projetos específicos deverão ser utilizados os dispositi-vos padronizados pelo DNER que constam do Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem.

5 Condições específicas

Basicamente os dispositivos de drenagem abrangidos por esta Norma serão executados em concreto de cimento, moldados “in loco” ou pré-moldados, podendo ainda serem executados em concreto armado ou de alvenaria, devendo satisfazer às condições:

5.1 Materiais

5.1.1 Concreto de cimento

O concreto, quando utilizado nos dispositivos em que se especifica es-te tipo de material, deverá ser dosado racional e experimentalmente para uma resistência característica à compressão mínima (fck) min., aos 28 dias de 15Mpa. O concreto utilizado deverá ser preparado de acordo com o prescrito nas normas NBR 6118/80 e NBR 12655/96, além de atender ao que dispõe a norma DNER-ES 330/97.

5.1.2 Concreto ciclópico

Os dispositivos também poderão ser feitos com concreto ciclópico, utili-zando-se na sua confecção pedra-de-mão com diâmetro de 10 a 15 cm, com preenchimento dos vazios com concreto de cimento com as caracterís-ticas indicadas no item 5.1.1.

No caso de uso de concreto ciclópico com berço de pedra argamassa-da ou arrumada, a pedra-de-mão utilizada deverá ser originária de rocha sã e estável, apresentando os mesmos requisitos qualitativos exigidos para a pedra britada destinada à confecção do concreto.

5.1.3 Concreto armado

Em razão de sua localização em terreno de grande declividade ou pas-sível de deformação as caixas coletoras deverão ser executadas em con-creto armado adotando-se no caso as dimensões, fôrmas e armaduras recomendadas no projeto, executando os serviços de acordo com as nor-mas NBR 6118/80, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97, no que couberem.

Page 102: Dnit -Estradas

5.1.4 Alvenaria

Além dos materiais apresentados as caixas coletoras, principalmente aquelas com menores dimensões, poderão ser executadas com alvenaria de blocos de concreto, pedra argamassada ou tijolo cerâmico, devendo obedecer para cada caso as normas vigentes da ABNT e do DNER.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Caminhão basculante;

b) Caminhão de carroceria fixa;

c) Betoneira ou caminhão betoneira;

d) Motoniveladora;

e) Pá-carregadeira;

f) Rolo compactador metálico;

g) Retroescavadeira ou valetadeira;

h) Guincho ou caminhão com grua ou Munck;

i) Serra elétrica para fôrmas

j) Compactadores manuais

k) Vibradores para concreto.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado antes do início da execução do serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não será autorizada sua utilização.

5.3 Execução

O processo executivo para implantação das caixas coletoras, bocas e alas é similar ao utilizado para os demais dispositivos de concreto de ci-mento, podendo-se adotar fôrmas de madeira ou metálicas.

Em função da posição relativa dos dispositivos em relação ao ponto de suprimento, o concreto deverá ser lançado na fôrma preferencialmente por bombeamento.

Caso venha a ser utilizada calha em forma de “bica” deverão ser ado-tadas rotinas de controle de modo a reduzir a segregação dos materiais componentes do concreto, não sendo permitido o basculamento diretamen-te na fôrma.

5.3.1 Processo executivo

O processo executivo mais utilizado refere-se ao emprego de dispositi-vos moldados “in loco” com emprego de fôrmas convencionais, desenvol-vendo-se as seguintes etapas:

a) Escavação das cavas para assentamento do dispositivo, obedecen-do aos alinhamentos, cotas e dimensões indicadas no projeto;

b) Regularização do fundo escavado com compactação com emprego de compactador mecânico e com controle de umidade a fim de garantir o suporte necessário para a caixa, a boca ou ala, em geral de considerável peso próprio;

c) Lançamento de concreto magro com utilização de concreto de ci-mento amassado em betoneira ou produzido em usina e transportado para o local em caminhão betoneira, sendo o concreto dosado experimentalmen-te para resistência característica à compressão (fck min), aos 28 dias de 11 Mpa;

d) Instalação das fôrmas laterais e das paredes de dispositivos acessó-rios, com adequado cimbramento, limitando-se os segmentos a serem concretados em cada etapa, adotando-se as juntas de dilatação estabeleci-das no projeto.

e) No caso de dispositivos para os quais convergem canalizações cir-culares as paredes somente poderão ser iniciadas após a colocação e amarração dos tubos, assegurando-se ainda da execução de reforço no perímetro da tubulação;

f) Colocação e amarração das armaduras definidas pelo projeto, no ca-so de utilização de estrutura de concreto armado;

g) Lançamento e vibração do concreto tomando-se as precauções an-teriormente mencionadas ;

h) Retirada das guias e das fôrmas que somente poderá ser feita após a cura do concreto, somente iniciando-se o reaterro lateral após a total desforma;

i) Os dispositivos deverão ser protegidos para que não haja a queda de materiais soltos para o seu interior, o que poderia causar sua obstrução;

j) Recomposição do terreno lateral às paredes, com colocação e com-pactação de material escolhido do excedente da escavação, com a remo-ção de pedras ou fragmentos de estrutura que possam dificultar a compac-tação;

k) Sendo o material local de baixa resistência, deverá ser feita substitu-ição por areia ou pó-de-pedra, fazendo-se o preenchimento dos vazios com adensamento com adequada umidade;

l) No caso de utilização de concreto ciclópico, deverão ser feitos o lan-çamento e arrumação cuidadosa da pedra de mão, evitando-se a contami-nação com torrões de argila ou lama;

m) No caso de utilização de dispositivos que utilizem berço de pedra argamassada as pedras serão colocadas sobre camada de concreto previ-amente lançado, antes de se iniciar a sua cura;

n) Para execução do dispositivo com alvenaria de cimento ou pedra deverão ser adotadas juntas desencontradas, com controle destas juntas com o uso de prumos e níveis, de modo a assegurar-se da estabilidade das paredes;

o) Quando forem utilizadas grelhas ou tampas somente será permitida a sua colocação e chumbamento após a total limpeza do dispositivo;

p) No caso de utilização de grelha ou tampa metálica será exigido o seu tratamento antioxidante.

6 Manejo ambiental

Durante a construção das obras deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-se, entre outros os seguintes procedimentos:

a) Todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser re-movido das proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupi-mento.

b) O material excedente removido será transportado para local pré de-finido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda que este material não seja conduzido para os cursos d’água, de modo a não causar assore-amento.

c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.

d) Durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desne-cessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração.

e) Caberá à Fiscalização definir, caso não previsto em projeto, ou alte-rar no projeto, o tipo de revestimento a adotar nos dispositivos implantados em função das condições locais.

f) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNERISA 07- Instrução de Serviço Ambiental,

referentes à captação, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acor-do com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97. O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umida-de dos agregados, na execução da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas, cada vez que forem moldados corpos-de-prova e na troca de operadores.

7.2 Controle da produção (execução)

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto, das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao contro-le fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

7.3 Verificação do produto

7.3.1 Controle geométrico

O controle geométrico da execução das obras será feito através de le-vantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Page 103: Dnit -Estradas

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço com as quais será feito o acompanhamento da execução. As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indica-das no projeto de mais de 1%, em pontos isolados. Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no intervalo de ± 10% em relação à espessura de projeto.

7.3.2 Controle de acabamento

O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual, avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de em-basamento dos dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, de-vendo atender às condições gerais e específicas dos itens 4 e 5 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT

011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) As caixas coletoras, bocas, alas e poços serão medidos por unidade construída, de acordo com o projeto, acompanhando-se as dimensões executadas, incluindo fornecimento e colocação de materiais, mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à execu-ção;

b) As escavações ou reaterros excedentes não serão objeto de medi-ção, bem como não serão remunerados os materiais necessários a recon-formação ou reparos decorrentes de imprecisão construtiva.

c) As escavações de valas serão medidas pela determinação do volu-me de material escavado, classificando-se o tipo de material escavado, e expresso em metros cúbicos.

NORMA DNIT 027/2004 – ES DNIT

Drenagem - Demolição de dispositivos de concreto - Especifi-cação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser adotada na demolição e re-moção de dispositivos de concreto, simples ou armado, inclusive tubula-ções. São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condi-ções de conformidade e nãoconformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

Esta Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa, para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática a ser empregada para a demolição e remoção de dispositivo de concreto de drenagem. Está baseada na norma DNIT 001/2002 – PRO e cancela e substitui a norma DNERES 296/97.

1 Objetivo

Esta Norma tem como objetivo estabelecer os procedimentos a serem seguidos para a demolição de dispositivos de drenagem de concreto sim-

ples ou armado, inclusive tubulações, e sua remoção para fora do corpo estradal.

2 Referência normativa

O documento relacionado neste item serviu de base à elaboração des-ta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. A edição apresentada é a que estava em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

BRASIL. DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODA-GEM. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – cau-sas/mitigação/eliminação. In: _____. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

3 Definição

Dispositivo de drenagem de concreto - todo e qualquer artefato de con-creto simples ou armado destinado ao escoamento dos deflúvios afluentes, incidentes ou provenientes do corpo estradal.

4 Condições gerais

As obras de demolição e remoção dos dispositivos de drenagem so-mente poderão ser autorizadas após a instalação de novos dispositivos em substituição àqueles que serão removidos, ou de dispositivos provisórios que possam escoar os deflúvios afluentes, sem risco para o tráfego ou para a estabilidade da rodovia. Para tanto, deverão ser previamente planejadas e programadas as atividades a serem desenvolvidas, inclusive, a elabora-ção de projetos, para que o trabalho se realize no menor prazo possível. Antes da execução da demolição, todos os equipamentos necessários e os materiais de substituição deverão estar disponíveis no canteiro de serviços. Na demolição de dispositivos de concreto deverão ser tomados os cuidados necessários à manutenção da integridade de estruturas anexas.

Opcionalmente, poderão ser utilizados ou associados os processos mecânicos de demolição e transporte de estruturas de concreto (martelete pneumático, pácarregadeira etc).

5 Condições específicas

5.1 Serviços

Os serviços compreenderão a demolição de concreto simples ou arma-do, tubos metálicos, alvenaria ou outro tipo de material de construção.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais e compatíveis com os materiais utilizados nas obras-de-arte correntes, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para serviços similares.

Recomenda-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Caminhão basculante;

b) Caminhão de carroceria fixa;

c) Compressor de ar, marteletes e ponteira;

d) Pá-carregadeira;

e) Guincho ou caminhão com grua ou Munck.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início de execução do serviço, de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

5.3 Execução

A demolição dos dispositivos de concreto envolverá as seguintes eta-pas:

a) Indicação e avaliação do dispositivo ou da fração de dispositivos a ser demolida e dos processos a serem utilizados.

b) Demolição do dispositivo de concreto mediante emprego de ferra-mentas manuais (marretas, punções, talhadeiras, pás, picaretas, alavancas etc.) ou equipamentos mecânicos como martelete a ar comprimido, trator, escavadeira, retroescavadeira.

c) Os fragmentos resultantes devem ser reduzidos a ponto de tornar possível o seu carregamento com emprego de pás ou

outros processos manuais ou mecânicos.

d) Carga e transporte do material demolido, por carrinhos de mão, e disposição em local próximo aos pontos de passagem, de forma a não interferir no processo de escoamento de águas superficiais e, se possível, não comprometer o aspecto visual. O material fragmentado será então carregado em caminhões e transportado para os bota-foras previamente escolhidos.

Page 104: Dnit -Estradas

e) Limpeza da superfície resultante da remoção, com emprego de vas-souras manuais ou mecânicas.

6 Manejo ambiental

Durante a construção dos dispositivos de drenagem deverão ser pre-servadas as condições ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:

a) Todo o material excedente de escavação, demolição ou sobras, de-verá ser removido das proximidades dos dispositivos.

b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d’água, de modo a não causar assoreamento,

c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.

d) Durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração.

e) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNERISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à. capta-ção, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle da produção (execução)

O controle do serviço consistirá da apreciação visual da demolição efe-tuada e da verificação da adequação do local escolhido para a deposição do material removido.

7.2 Verificação do produto

A verificação dos trabalhos de demolição será feita por meio de levan-tamentos topográficos, e de determinações de medidas a régua, trena ou outros procedimentos nos locais indicados. Os segmentos e peças a serem demolidas serão indicados em Notas de Serviço, com as quais será feito o acompanhamento da execução. Da mesma forma será feito o acompanha-mento dos volumes demolidos e de sua fragmentação, de modo a favorecer a sua remoção da área de trabalho. O controle qualitativo dos trabalhos será feito de forma visual, avaliando-se as características das obras a serem removidas, acrescentando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação da canalização ou dispositivo envolvido.

7.3 Condições de conformidade e nãoconformidade

Os serviços estarão conformes desde que atendidas as exigências contidas nesta Norma. Em caso contrário os serviços deverão ser refeitos ou complementados, de forma a atenderem ao especificado nesta Norma.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) O serviço será medido, previamente à demolição, pela determinação do volume de concreto demolido, em metros cúbicos, considerando-se separadamente peças de concreto armado ou concreto simples e do trans-porte dos materiais resultantes para os locais definidos para bota-foras;

b) Não será feita distinção entre processos manuais e mecânicos de demolição e o transporte do material removido será objeto de medição.

NORMA DNIT 028/2004 – ES DNIT

Drenagem - Limpeza e desobstrução de dispositivos de drena-gem -

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática recomendada para a limpeza e desobstrução de dispositivos de drenagem, possibilitando um contínuo escoamento das águas que incidem sobre o corpo estradal ou que se deslocam de um lado para o outro através dos mesmos. São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, exe-cução, manejo ambiental, controle da qualidade, condições de conformida-de e nãoconformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

Esta Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa, para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática a ser empregada para a execução dos serviços de limpeza e desobstrução de dispositivos de drenagem. Está baseada na norma DNIT 001/2002 – PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 297/97.

1 Objetivo

Esta Norma tem como objetivo estabelecer os procedimentos a serem seguidos na execução dos serviços de limpeza e desobstrução de dispositi-vos de drenagem.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11997: sistema de desobstrução e limpeza de tubulações de PVC com hidrojato – determinação da máxima força de avanço hidráulico: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1990.

b) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – causas / mitigação / eliminação. In: _____. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

3 Definições

3.1 Limpeza manual de dispositivo de drenagem superficial

Trabalhos de limpeza manual dos dispositivos de drenagem superficial, construídos em concreto que, por se tratarem de obras executadas com peças esbeltas, não poderão ser operados por equipamentos pesados ou especiais.

3.2 Limpeza mecânica de dispositivo de drenagem não revestido

Trabalhos de limpeza e recomposição de sarjetas e valetas em terra, executados com motoniveladora no caso das sarjetas triangulares e por retroescavadeira ou valetadeira no caso das canaletas trapezoidais ou retangulares.

3.3 Limpeza de dispositivo de drenagem por processos especiais

Trabalhos de limpeza alcançados com a utilização de equipamentos específicos, realizados sem danificação do revestimento, por arraste ou por desaterro hidráulico.

4 Condições gerais

As obras de limpeza dos dispositivos de drenagem somente poderão ser autorizadas após sua vistoria, com a constatação da efetiva necessida-de dos serviços e avaliação prévia dos trabalhos a serem desenvolvidos.

Para tanto deverão ser previamente planejadas e programadas as ati-vidades a serem desenvolvidas, inclusive indicação dos processos e equi-pamentos a serem utilizados, para que se realize o trabalho no menor prazo possível. Deverá ser feita também a avaliação da capacidade de escoa-mento do dispositivo que permitirá caracterizar a suficiência hidráulica ou a necessidade de sua substituição por outra obra mais adequada. Deverá ser previamente determinado o ponto de descarga dos entulhos e lixos removidos evitando que sejam reconduzidos para o sistema de drenagem. O recolhimento dos entulhos junto aos dispositivos deverá ser feito por carrinhos-de-mão, transportando-se o material para o ponto escolhido para a carga nos caminhões, que farão a remoção para os bota-foras.

5 Condições específicas

5.1 Execução

5.1.1 Dispositivos de concreto

A limpeza de dispositivos de concreto deverá ser feita por processo manual ou especial, para que as paredes e fundo não sejam danificados por impacto. No caso das sarjetas triangulares revestidas poderá ser feita por meio da passagem da lâmina da motoniveladora, de forma cuidadosa e com velocidade controlada, desde que não formem fragmentos que possam ser arrancados e acelerem o processo destrutivo. Existindo trechos que apresentem ruptura das superfícies, estas deverão ser reparadas. A limpe-za de dispositivos a céu aberto será feita por ferramentas manuais.

Alternativamente, quando a canalização for fechada, a limpeza poderá ser feita com equipamento de arraste, “bucket machine”, ou por desagrega-ção hidráulica com jateamento de água de alta pressão, devendo ser aten-

Page 105: Dnit -Estradas

dida, no que couber, as recomendações da norma NBR 11997/90. Neste caso a remoção do material desagregado poderá ser feita por vácuo.

5.1.2 Dispositivos sem revestimento

Nas sarjetas triangulares, sem revestimento, o mais adequado para a remoção do entulho e desobstrução é a utilização de motoniveladora. Nas canaletas, cujos fundos se situam em plano inferior às paredes laterais, impossibilitando o trabalho de equipamento com lâmina, a limpeza será feita por retroescavadeira ou valetadeira dispondo de caçamba adequada à forma da canaleta.

Nas obras desprovidas de revestimento não será feito trabalho por de-sagregação hidráulica.

5.1.3 Dispositivos pontuais

Nos dispositivos pontuais como caixas, entradas ou descidas d´água, a limpeza deverá ser manual. Todas as deficiências constatadas durante os trabalhos de limpeza deverão ser reparadas e, quando não puderem ser imediatamente sanadas, deverão ser anotadas em relatório encaminhado ao setor responsável pela conservação da rodovia, para posterior atendi-mento.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dis-põem as prescrições específicas para serviços similares.

Recomenda-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Caminhão basculante;

b) Caminhão de carroceria fixa;

c) Caminhão cisterna;

d) Vassoura mecânica;

e) Pá-carregadeira;

f) Retroescavadeira ou valetadeira;

g) Motoniveladora.

Equipamentos especiais, quando indicados:

a) Caminhão equipado com alta pressão, “Sewer Jet”;

b) Caminhão equipado com vácuo, “Vacuum Cleaner”;

c) “Bucket-machines” (par).

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução do serviço, de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

6 Manejo ambiental

Durante a realização dos serviços deverão ser preservadas as condi-ções ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:

a) Todo o material excedente de escavação, limpeza ou sobras, deverá ser removido das proximidades dos dispositivos.

b) No caso de remoção de galhos, folhas ou outros resíduos vegetais, somente não será tolerada a sua redução através de queima.

Este refugo será reduzido, por meio de ferramentas manuais diversas, a dimensões tais que permitam sua incorporação ao terreno natural ou taludes dos maciços resultantes da terraplenagem.

c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.

d) Durante a execução das obras, deverá ser evitado o tráfego desne-cessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a desfiguração.

e) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNERISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à. capta-ção, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle da produção (execução)

Os materiais empregados e os serviços a serem realizados serão esta-belecidos em Notas de Serviço, com as quais será feito o acompanhamento da execução. Durante a execução dos serviços será realizado o acompa-nhamento visual, objetivando verificar o atendimento às exigências preconi-zadas nesta Norma.

7.2 Verificação do produto

O controle do serviço consistirá na apreciação visual da limpeza efeti-vada e da verificação da adequação do local escolhido para a deposição do material removido.

7.3 Condições de conformidade e nãoconformidade

Os serviços estarão conformes quando atenderem às exigências pre-conizadas nesta Norma. Em caso contrário serão refeitos ou complementa-dos de forma a atenderem ao especificado nesta Norma.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) O serviço será medido pela extensão de dispositivo efetivamente limpo ou segmento desobstruído. No caso das obras de

drenagem superficial de evolução longitudinal, tais como sarjetas e va-letas, o serviço será medido pela extensão de dispositivo limpo.

b) No caso de obras pontuais, a medição será feita em função da natu-reza dos trabalhos realizados, através da determinação do volume efetiva-mente removido.

c) Para os bueiros, os serviços serão medidos com base nos preços u-nitários propostos para limpeza e desobstrução de bueiros, os quais deve-rão remunerar mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas, trans-portes e eventuais necessários à execução.

d) Os serviços de limpeza de valas de entrada ou saída não serão ob-jeto de pagamento direto, devendo seu custo estar incluso nos serviços de limpeza e desobstrução de bueiros.

NORMA DNIT 029/2004 – ES DNIT

Drenagem - Restauração de dispositivos de drenagem danifi-cados –

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática recomendada para a restauração de dispositivos de drenagem danificados, restabelecendo suas formas e dimensões originais. São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da quali-dade, condições de conformidade e não-conformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

Esta Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa, como documento base, visando estabelecer a sistemática a ser empregada para a execução dos serviços de restauração de dispositivos de drenagem danificados. Está baseada na Norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 298/97.

1 Objetivo

Esta Norma tem como objetivo estabelecer os procedimentos a serem seguidos na execução dos serviços de restauração de dispositivos de drenagem danificados, com o emprego de concreto e argamassas utilizan-do cimento Portland.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais – concretos e argamassas. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

b) _____. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – cau-sas / mitigação / eliminação. In: _____. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

3 Definição

Restauração de dispositivo de drenagem danificado – trabalho de re-composição dos dispositivos que, pelo desgaste ou acidentes, apresentam-se danificados, mas que, pelas condições operacionais e estruturais, não requerem a sua demolição e substituição por outra obra.

4 Condições gerais

Page 106: Dnit -Estradas

As obras de restauração dos dispositivos de drenagem somente pode-rão ser autorizadas após sua vistoria, com a constatação da efetiva neces-sidade dos serviços e avaliação prévia dos trabalhos a serem desenvolvi-dos.

Para tanto, deverão ser previamente planejadas e programadas as ati-vidades a serem desenvolvidas, inclusive, a elaboração de projetos, para que se realize o trabalho no menor prazo e custo possíveis. Deverá, tam-bém, ser feita a avaliação da capacidade de escoamento do dispositivo mediante a caracterização da suficiência hidráulica, ou a necessidade de substituição por outra obra mais adequada.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

Os materiais a serem empregados na restauração dos dispositivos de drenagem serão o concreto e argamassas de cimento Portland, os quais devem atender às exigências preconizadas na norma DNERES 330/97. O cimento Portland, a brita, a areia e a água utilizados na confecção da mistura deverão atender às exigências preconizadas na referida norma. A argamassa cimento-areia utilizada deverá ser preparada em betoneira e obedecer ao traço 1:3, em massa.

5.2 Execução

A restauração de dispositivos de concreto danificados poderá ser feita pelo emprego especificado de concreto de cimento Portland ou de arga-massa, procedendo-se à realização das seguintes etapas:

a) Preliminarmente será realizado o preparo da superfície a ser restau-rada, envolvendo a limpeza e remoção de qualquerfragmento solto.

b) Apicoamento da superfície com emprego de marreta e punção, de forma a torná-la rugosa e melhorar sua aderência ao material a ser incorpo-rado, fazendo-se a limpeza da peça com escova de aço.

c) Instalação das fôrmas, se necessárias.

d) Lançamento, espalhamento e cura do concreto ou argamassa, re-compondo a forma original do dispositivo, umidecida previamente a superfí-cie.

e) Retirada das fôrmas.

5.3 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dis-põem as prescrições específicas para serviços similares.

Recomendam-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Caminhão basculante;

b) Caminhão de carroceria fixa;

c) Betoneira ou caminhão betoneira;

d) Pá-carregadeira;

e) Guincho ou caminhão com grua ou “Munck”;

f) Serra elétrica para fôrmas.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução do serviço, de modo a garantir as condições apropri-adas de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

6 Manejo ambiental

Durante a execução das obras deverão ser preservadas as condições ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:

a) Todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser re-movido das proximidades dos dispositivos.

b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d'água de modo a não causar assoreamento.

c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.

d) Durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração.

e) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNERISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à capta-ção, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle da produção (execução)

Os materiais empregados e os serviços a serem realizados serão esta-belecidos em Notas de Serviço com as quais será feito o acompanhamento da restauração. Durante a execução dos serviços será realizado o acompa-nhamento visual objetivando verificar o atendimento às exigências preconi-zadas nesta Norma.

7.2 Verificação do produto

O controle da execução do serviço consistirá na apreciação visual da restauração efetuada e da verificação da adequação do local escolhido para a deposição do material removido. O controle geométrico da execução da restauração será feito com medidas a régua e a trena para avaliação dos trabalhos. Da mesma forma será feito o acompanhamento dos volu-mes.

7.3 Condições de conformidade e nãoconformidade

Os serviços estarão conformes quando atenderem às exigências pre-conizadas nesta Norma. Em caso contrário serão refeitos ou complementa-dos, de forma a atenderem ao especificado nesta Norma.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) O serviço será medido pela determinação do volume de concreto ou argamassa utilizado e das áreas de fôrmas e da massa das armaduras empregadas.

b) Não será feita distinção entre concreto simples e armado ou entre processos manuais e mecânicos.

c) O transporte do material será objeto de medição particular, quando couber, não sendo remunerado se já estiver considerado no preço do material fornecido.

d) No caso da restauração de dispositivos pontuais acessórios, como caixas coletoras ou de passagem, as obras serão medidas por volumes, cujas quantidades serão estabelecidas nos levantamentos específicos.

NORMA DNIT 030/2004 - ES

DNIT Drenagem - Dispositivos de drenagem pluvial urbana –

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática recomendada para a construção de dispositivos de drenagem pluvial de rodovias na transposição de áreas urbanas. São também apresentados os requisitos concernentes a materiais, equipamentos, execução, manejo ambiental, controle da qualidade, condi-ções de conformidade e não-conformidade e os critérios de medição dos serviços.

Prefácio

Esta Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pesquisa, para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática a ser empregada para a execução dos serviços de construção de dispositivos de drenagem pluvial urbana. Está baseada na norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 293/97.

1 Objetivo

Esta Norma tem como objetivo estabelecer os procedimentos que de-vem ser seguidos para a construção de dispositivos de drenagem pluvial urbana, envolvendo galerias, bocas-de-lobo e poços de visita, destinados à coleta de águas superficiais e condução subterrânea para locais de descar-ga mais favorável.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citados no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: concreto – ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1994.

b) _____. NBR 9793: tubo de concreto simples de seção circular para águas pluviais: especificação. Rio de Janeiro, 1987.

Page 107: Dnit -Estradas

c) _____. NBR 9794: tubos de concreto armado de seção circular para águas pluviais: especificação. Rio de Janeiro, 1987.

d) _____. NBR 9795: tubo de concreto armado – determinação da re-sistência à compressão diametral: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1987.

e) _____. NBR 9596: tubo de concreto – verificação da permeabilidade: método de ensaio. Rio de Janeiro, 1996.

f) _____. NBR 12654: controle tecnológico de materiais componentes do concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

g) _____. NBR 12655: concreto - preparo, controle e recebimento: pro-cedimento. Rio de Janeiro, 1996.

h) _____. NBR NM 67: concreto – determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998.

i) _____. NBR NM 68: concreto – determinação da consistência pelo espalhamento na mesa de Graff. Rio de Janeiro, 1998.

j) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ES 330: obras-de-arte especiais – concretos e argamassas. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

k) _____. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – cau-sas / mitigação / eliminação. In: _____ Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

l) _____; ENEMAX. Álbum de projetos – tipo de dispositivos de drena-gem. Rio de Janeiro, 1988.

m) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

n) _____. DNIT 023/2004-ES: drenagem – bueiros tubulares de concre-to. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

o) _____. DNIT 025/2004-ES: drenagem - bueiros celulares de concre-to. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definições

3.1 Galerias

Dispositivos destinados à condução dos deflúvios que se desenvolvem na plataforma rodoviária para os coletores de drenagem, através de canali-zações subterrâneas, integrando o sistema de drenagem da rodovia ao sistema urbano, de modo a permitir a livre circulação de veículos.

3.2 Bocas-de-lobo

Dispositivos de captação, localizados junto aos bordos dos acostamen-tos ou meios-fios da malha viária urbana que, através de ramais, transferem os deflúvios para as galerias ou outros coletores. Por se situarem em área urbana, por razões de segurança, são capeados por grelhas metálicas ou de concreto.

3.3 Poços de visita

Caixas intermediárias que se localizam ao longo da rede para permitir modificações de alinhamento, dimensões, declividade ou alterações de quedas.

4 Condições gerais

Os dispositivos abrangidos por esta Especificação serão executados de acordo com as indicações do projeto. Na ausência de projetos específicos deverão ser utilizados os dispositivos padronizados pelo DNER que cons-tam do Álbum de projetos–tipo de dispositivos de drenagem, ressaltando-se ainda que, estando localizados no perímetro urbano, deverão satisfazer à padronização do sistema municipal.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

5.1.1 Tubos de concreto

Os tubos de concreto deverão ser do tipo e dimensões indicadas no projeto e serão de encaixe tipo ponta e bolsa, devendo obedecer às exi-gências das normas NBR 9793/87 e NBR 9794/87.

5.1.2 Tubos metálicos

No caso da adoção de tubos de chapa metálica corrugada deverão ser obedecidas as exigências e prescrições próprias às canalizações e às recomendações dos fabricantes.

5.1.3 Material de rejuntamento

O material de rejuntamento a ser empregado será argamassa de ci-mento e areia, no traço de 1:4, em massa.

5.1.4 Material para construção de bocas-de-lobo, caixas de visita e saí-das

Os materiais a serem empregados na construção das caixas, berços, bocas e demais dispositivos de captação e transferências de deflúvios deverão atender às prescrições e exigências previstas pelas normas da ABNT e do DNIT.

5.2 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dis-põem as prescrições específicas para os serviços similares. Recomenda-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Caminhão basculante;

b) Caminhão de carroceria fixa;

c) Betoneira ou caminhão betoneira;

d) Motoniveladora;

e) Pá carregadeira;

f) Rolo compactador metálico;

g) Retroescavadeira ou valetadeira;

h) Guincho ou caminhão com grua ou “Munck”;

i) Serra elétrica para fôrmas;

j) Vibradores de placa ou de imersão.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução do serviço de modo a garantir as condições apropria-das de operação, sem o que não será autorizada a sua utilização.

5.3 Execução

5.3.1 Galerias

Em geral, os coletores urbanos são constituídos por galerias com tubos de concreto, exigindo para a sua execução o atendimento à norma DNIT 023/2004-ES.

Os tubos deverão satisfazer às especificações da NBR 9794/87. No caso de galerias celulares, em geral de forma retangular, serão atendidas as prescrições da norma DNIT 025/2004-ES. As escavações deverão ser executadas de acordo com as cotas e alinhamentos indicados no projeto e com a largura superando o diâmetro da canalização, no mínimo, em 60cm. O fundo das cavas deverá ser compactado mecanicamente até atingir a resistência prevista no projeto. Nas áreas trafegáveis a tubulação será assente em berço de concreto. O assentamento dos tubos poderá ser feito sobre berço de concreto ciclópico com 30% de pedra-de-mão, lançado sobre o terreno natural, quando este apresentar condições de resistência característica adequadas, adotando-se o (fck, min), aos 28 dias de 15MPa. No caso de execução de bases em concreto armado, ou berços de concre-to simples, deverá ser adotado concreto com resistência à compressão mínima (fck, min), aos 28 dias, de 15MPa. Quando o material local for de baixa resistência deverá ser prevista sua substituição ou a execução de camada de reforço com colocação de pedra-de-mão ou rachão. As juntas dos tubos serão preenchidas com argamassa de cimento e areia em traço 1:3, em massa, cuidando-se de remover toda a argamassa excedente no interior da

tubulação. Os tubos terão suas bolsas assentadas no lado de montante para captar os deflúvios no sentido descendente das águas. O assentamen-to dos tubos deverá obedecer às cotas e ao alinhamento indicados no projeto. O reaterro somente será autorizado depois de fixadas as tubula-ções e deverá ser feito, de preferência, com o material da própria escava-ção, desde que este seja de boa qualidade, em camadas com espessura máxima de 15cm, sendo compactado com equipamento manual até uma altura de 60cm acima da geratriz superior da tubulação. Somente após esta altura será permitida a compactação mecânica, que deverá ser cuidadosa de modo a não danificar a canalização.

5.3.2 Bocas-de-lobo

As bocas-de-lobo, as caixas de visita e as saídas deverão obedecer às indicações do projeto. As escavações deverão ser feitas de modo a permitir a instalação dos dispositivos previstos, adotando-se uma sobrelargura conveniente nas cavas de assentamento.

Concluída a escavação e preparada a superfície do fundo será feita a compactação para fundação da boca-de-lobo. As bocas-de-lobo serão assentes sobre base de concreto dosado para a resistência característica à compressão mínima (fck, min), aos 28 dias, de 15 MPa. As paredes serão executadas com alvenaria de tijolo maciço recozido ou bloco de concreto,

Page 108: Dnit -Estradas

assentes com argamassa de cimento-areia no traço 1:3, em massa, sendo internamente revestidas com a mesma argamassa; desempenada e alisada a colher. A parte superior da alvenaria será fechada com uma cinta de concreto simples, dosado para uma resistência característica à compressão (fck, min), aos 28 dias, de 15MPa, sobre a qual será fixado o quadro para assentamento da grelha. A grelha poderá ser de ferro fundido ou de concre-to armado e deverá ter as dimensões e formas fixadas no projeto. Sendo a grelha de concreto armado este deverá ser dosado para resistência carac-terística à compressão mínima (fck, min), aos 28 dias, de 22 MPa.

5.3.3 Poços de visita

Os poços de visita deverão ser constituídos de duas partes componen-tes: a câmara de trabalho, na parte inferior e a chaminé que dá acesso à superfície na parte superior. Os poços de visita serão executados com as dimensões e características fixadas pelos projetos específicos ou de acordo com o Álbum de projetos–tipo de dispositivos de drenagem do DNER. Os poços serão assentes sobre a superfície resultante da escavação regulari-zada e compactada, executando-se o lastro com concreto magro dosado para resistência característica à compressão mínima (fck, min), aos 28 dias, de 11MPa.

Após a execução do lastro, serão instaladas as fôrmas das paredes da câmara de trabalho e os tubos convergentes ao poço. Em seguida procede-se à colocação das armaduras e à concretagem do fundo da caixa, com a conseqüente vibração, utilizando concreto com resistência característica à compressão mínima (fck, min), aos 28 dias, de 15Mpa. Concluída a concre-tagem das paredes, será feita a desmoldagem, seguindo-se a colocação da laje pré-moldada de cobertura da caixa, executada com concreto dosado para resistência característica à compressão mínima (fck, min), aos 28 dias, de 22MPa, sendo esta provida de abertura circular com a dimensão da chaminé. A laje de cobertura do poço poderá ser moldada “in loco” execu-tando-se o cimbramento e o painel de fôrmas, posteriormente retirados pela chaminé. Sobre a laje será instalada a chaminé de alvenaria com tijolos maciços recozidos, rejuntados e revestidos internamente com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, em massa.

Alternativamente, a chaminé poderá ser executada com anéis de con-creto armado, de acordo com os procedimentos fixados na norma NBR 9794/87.

Internamente será fixada na chaminé a escada de marinheiro, para a-cesso à câmara de trabalho, com degraus feitos de aço CA-25 de 16 mm de diâmetro, chumbados à alvenaria, distantes um do outro no máximo 30cm. Na parte superior da chaminé será executada cinta de concreto, onde será colocada a laje de redução, pré-moldada, ajustada para recebi-mento do caixilho do tampão de ferro fundido. A instalação do poço de visita será concluída com a colocação do tampão especificado.

6 Manejo ambiental

Durante a construção dos dispositivos de drenagem deverão ser pre-servadas as condições ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:

a) Todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser re-movido das proximidades dos dispositivos.

b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar assoreamento.

c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas o-bras de proteção de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.

d) Durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração.

e) Durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desne-cessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração.

f) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNERISA 07- Instrução de Serviço Ambiental,

referentes á captação, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acor-do com as normas NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97. Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às especificações respectivas. Os tubos de concreto serão controlados através dos ensaios preconizados nas normas NBR 9793/87 e NBR 9794/87.

Para cada partida de tubos não rejeitados na inspeção, serão formados lotes para amostragem, correspondentes cada lote a grupo de 100 a 200 unidades. De cada lote serão retirados quatros tubos a serem ensaiados. Dois tubos serão submetidos a ensaio de permeabilidade de acordo com a norma NBR 9796/96. Dois tubos serão ensaiados à compressão diametral de acordo com a norma NBR 9795/87, sendo estes mesmos tubos subme-tidos ao ensaio de absorção de acordo com a norma NBR 9794/87. O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com as normas NBR NM 67/98 e NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados na execução da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas e cada vez que forem moldados corpos-de-prova.

7.2 Controle da produção (execução)

O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual avali-ando-se as características de acabamento das obras executadas, acres-centando-se outros processos de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma, será feito o acompanhamento das camadas de em-basamento dos dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas. O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado pelos procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

7.3 Verificação do produto

O controle geométrico da execução das obras será feito através de le-vantamentos topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em No-tas de Serviço com as quais será feito o acompanhamento. As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto de mais de 1%, em pontos isolados. Todas as medidas de espessu-ras efetuadas devem situar-se no intervalo de ± 10% em relação à espes-sura de projeto.

7.4 Condições de conformidade e nãoconformidade

Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão realizados de acordo com o Plano da Qualidade, de-vendo atender às condições gerais e específicas dos itens 4 e 5 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias, adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;

fck, est fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.

fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do produto.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes cri-térios:

a) Os dispositivos de drenagem pluvial serão medidos de acordo com os critérios definidos nas especificações respectivas, incluindo fornecimento e colocação de materiais, mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferra-mentas e eventuais necessários à sua execução.

b) Deverão ser medidas as escavações necessárias à implantação des-tes dispositivos, pela determinação do volume de material escavado, classi-ficando-se o tipo de material, expresso em metros cúbicos.

NORMA DNIT 031/2006 – ES DNIT

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Pavimentos flexíveis - Concreto asfáltico -

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser empregada na execução de camada do pavimento flexível de estradas de rodagem, pela confecção de mistura asfáltica a quente em usina apropriada utilizando ligante asfáltico, agregados e material de enchimento (filer).

Estabelece os requisitos concernentes aos materiais, equipamentos, execução e controle de qualidade dos materiais empregados, além das condições de conformidade e não-conformidade e de medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa, para servir como documento base na sistemática a ser empregada na execução de camada de pavimento flexível de estradas de rodagem pela utilização de mistura asfáltica a quente em usina apropriada, empre-gando, além, do ligante asfáltico, agregados e material de enchimento (filer). Está baseada na norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNIT 031/2004 - ES.

1 Objetivo

Estabelecer a sistemática a ser empregada na produção de misturas asfálticas para a construção de camadas do pavimento de estradas de rodagem, de acordo com os alinhamentos, greide e seção transversal de projeto.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTEATION OFFICIALS. T 283-89: resistance of compacted bituminous mixture to moisture induced damage. In: ______. Standard specifications for transportation materials and methods of sampling and testing. Washington, D.C., 1986. v.2

b) AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM D 1754: effect of heat and air on asphaltic materials ( Thin-Film Oven Test ): test. In: ______. 1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

c) ______.ASTM D 2872: effect of heat and air on a moving film of as-phalt ( Rolling Thin-Film Oven Test ): test. In: ______.

1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

d) ______ . ASTM E 303: pavement surface frictional properties using the British Portable Tester – Surface Frictional Properties Using the Britsh Pendulum Tester: test for measuring. In: ______. 1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

e) ______. NBR 6560: materiais asfálticos – determinação de ponto de amolecimento – método do anel e bola. Rio de Janeiro, 2000.

f) ASSOCIATION FRANÇAISE DE NORMALISATION. AFNOR NF P-98-216-7: determination de la macrotexture - partie 7: determination de hauteur au sable. Paris, 1999.

g) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – causas/ mitigação/ eliminação. In: ______. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

h) BRASIL. Agência Nacional de Petróleo. Gás Natural e Biocombustí-veis - ANP. Regulamento Técnico no 03/2005. Resolução ANP nº 19, de 11 de julho de 2005. Brasília, DF, Anexo I, julho de 2005. Disponível em: <htpp://www.200.179.25.133/ NXT/gateway.dll/leg/resoluções_anp/2005julho /ramp%2019%....> Acesso em 11 de julho de 2005.

i) ______. DNER-EM 367/97: material de enchimento para misturas as-fálticas: especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

j) ______. DNER-ME 003/99: material asfáltico – determinação da pe-netração: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1999.

k) ______. DNER-ME 004/94: material asfáltico – determinação da vis-cosidade “Saybolt-Furol” a alta temperatura: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

l) ______. DNER-ME 035/98: agregados – determinação da abrasão “Los Angeles” : método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1998.

m) ______. DNER-ME 043/95: misturas asfálticas a quente – ensaio Marshall: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1995.

n) ______. DNER-ME 053/94: misturas asfálticas – percentagem de be-tume: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

o) ______. DNER-ME 054/97: equivalente de areia: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

p) ______. DNER-ME 078/94: agregado graúdo – adesividade a ligante asfáltico: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

q) ______. DNER-ME 079/94: agregado - adesividade a ligante asfálti-co: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

r) ______. DNER-ME 083/98: agregados – análise granulométrica: mé-todo de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1998.

s) ______. DNER-ME 086/94: agregados – determinação do índice de forma: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

t) ______. DNER-ME 089/94: agregados – avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de sulfato de sódio ou de magnésio: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

u) ______. DNER-ME 138/94: misturas asfálticas – determinação da resistência à tração por compressão diametral: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

v) ______. DNER-ME 148/94: material asfáltico – determinação dos pontos de fulgor e combustão (vaso aberto Cleveland): método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

w) ______. DNER-ME 401/99: agregados – determinação de índice de degradação de rochas após compactação Marshall com ligante IDml e sem ligante IDm: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1999.

x) ______. DNER-PRO 164/94 – Calibração e controle de sistemas de medidores de irregularidade de superfície do pavimento (Sistemas Integra-dores IPR/USP e Maysmeter);

y) ______. DNER-PRO 182/94: medição de irregularidade de superfície de pavimento com sistemas integradores IPR/USP e Maysmeter: procedi-mento. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

z) ______. DNER-PRO 277/97: metodologia para controle estatístico de obras e serviços: procedimento: Rio de Janeiro: IPR, 1997.

aa) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias: procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definição

Concreto Asfáltico - Mistura executada a quente, em usina apropriada, com características específicas, composta de agregado graduado, material de enchimento (filer) se necessário e cimento asfáltico, espalhada e com-pactada a quente.

4 Condições gerais

O concreto asfáltico pode ser empregado como revestimento, camada de ligação (binder), base, regularização ou reforço do pavimento.

Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.

O concreto asfáltico somente deve ser fabricado, transportado e apli-cado quando a temperatura ambiente for superior a 10ºC.

Todo o carregamento de cimento asfáltico que chegar à obra deve a-presentar por parte do fabricante/distribuidor certificado de resultados de análise dos ensaios de caracterização exigidos pela especificação, corres-pondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento para transporte com destino ao canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar de 10 dias. Deve trazer também indicação clara da sua proce-dência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de obra.

5 Condições específicas

5.1 Materiais

Os materiais constituintes do concreto asfáltico são agregado graúdo, agregado miúdo, material de enchimento filer e ligante asfáltico, os quais devem satisfazer às Normas pertinentes, e às Especificações aprovadas pelo DNIT.

5.1.1 Cimento asfáltico

Page 110: Dnit -Estradas

Podem ser empregados os seguintes tipos de cimento asfáltico de pe-tróleo:

– CAP-30/45

– CAP-50/70

– CAP-85/100

5.1.2 Agregados

5.1.2.1 Agregado graúdo

O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória, seixo rolado prefe-rencialmente britado ou outro material indicado nas Especificações Com-plementares

a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50% (DNER-ME 035); admi-tindo-se excepcionalmente agregados com valores maiores, no caso de terem apresentado comprovadamente desempenho satisfatório em utiliza-ção anterior;

NOTA: Caso o agregado graúdo a ser usado apresente um índice de desgaste Los Angeles superior a 50%, poderá ser usado o Método DNER-ME 401 – Agregados – determinação de degradação de rochas após com-pactação Marshall, com ligante IDml, e sem ligante IDm, cujos valores tentativas de degradação para julgamento da qualidade de rochas destina-das ao uso do Concreto Asfáltico Usinado a Quente são: IDml _ 5% e IDm _ 8%.

b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);

c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNERME 089).

5.1.2.2 Agregado miúdo

O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos ou outro material indicado nas Especificações Complementares. Suas partículas individuais devem ser resistentes, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deve apresentar equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054).

5.1.2.3 Material de enchimento (filer)

Quando da aplicação deve estar seco e isento de

grumos, e deve ser constituído por materiais minerais finamente dividi-dos, tais como cimento Portland, cal extinta, pós-calcários, cinza volante, etc; de acordo com a Norma DNER-EM 367.

5.1.2.4 Melhorador de adesividade

Não havendo boa adesividade entre o ligante asfáltico e os agregados graúdos ou miúdos (DNER-ME 078 e DNER-ME 079), pode ser empregado melhorador de adesividade na quantidade fixada no projeto.

A determinação da adesividade do ligante com o melhorador de adesi-vidade é definida pelos seguintes ensaios:

a) Métodos DNER-ME 078 e DNER 079, após submeter o ligante asfál-tico contendo o dope ao ensaio RTFOT (ASTM – D 2872) ou ao ensaio ECA (ASTM D-1754);

b) Método de ensaio para determinar a resistência de misturas asfálti-cas compactadas à degradação produzida pela umidade (AASHTO 283). Neste caso a razão da resistência à tração por compressão diametral estática antes e após a imersão deve ser superior a 0,7 (DNER-ME 138).

5.2 Composição da mistura

A composição do concreto asfáltico deve satisfazer aos requisitos do quadro seguinte com as respectivas tolerâncias no que diz respeito à granulometria (DNERME 083) e aos percentuais do ligante asfáltico deter-minados pelo projeto da mistura.

A faixa usada deve ser aquela, cujo diâmetro máximo é inferior a 2/3 da espessura da camada.

No projeto da curva granulométrica, para camada de revestimento, de-ve ser considerada a segurança do usuário, especificada no item 7.3 – Condições de Segurança.

As porcentagens de ligante se referem à mistura de agregados, consi-derada como 100%. Para todos os tipos a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deve ser inferior a 4% do total.

a) devem ser observados os valores limites para as características es-pecificadas no quadro a seguir:

b) as Especificações Complementares podem fixar outra energia de

compactação;

c) as misturas devem atender às especificações da relação betu-me/vazios ou aos mínimos de vazios do agregado mineral, dados pela seguinte tabela:

5.3 Equipamentos

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Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras, atendendo ao que dispõem as especificações para os serviços.

Devem ser utilizados, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Depósito para ligante asfáltico;

Os depósitos para o ligante asfáltico devem possuir dispositivos capa-zes de aquecer o ligante nas temperaturas fixadas nesta Norma. Estes dispositivos também devem evitar qualquer superaquecimento localizado. Deve ser instalado um sistema de recirculação para o ligante asfáltico, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador, durante todo o período de operação. A capacidade dos depósi-tos deve ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

b) Silos para agregados;

Os silos devem ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capa-cidade do misturador e ser divididos em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar, adequadamente, as frações apropriadas do agregado. Cada compartimento deve possuir dispositivos adequados de descarga. Deve haver um silo adequado para o filer, conjugado com dispo-sitivos para a sua dosagem.

c) Usina para misturas asfálticas;

A usina deve estar equipada com uma unidade classificadora de agre-gados, após o secador, dispor de misturador capaz de

produzir uma mistura uniforme. Um termômetro, com proteção metálica e escala de 90° a 210 °C (precisão ± 1 °C), deve ser fixado no dosador de ligante ou na linha de alimentação do asfalto, em local adequado, próximo à descarga do misturador. A usina deve ser equipada além disto, com pirô-metro elétrico, ou outros instrumentos termométricos aprovados, colocados na descarga do secador, com dispositivos para registrar a temperatura dos agregados, com precisão de ± 5 °C. A usina deve possuir termômetros nos silos quentes.

Pode, também, ser utilizada uma usina do tipo tam-bor/secador/misturador, de duas zonas (convecção e radiação), provida de: coletor de pó, alimentador de “filler”, sistema de descarga da mistura asfál-tica, por intermédio de transportador de correia com comporta do tipo “clam-shell” ou alternativamente, em silos de estocagem.

A usina deve possuir silos de agregados múltiplos, com pesagem di-nâmica e deve ser assegurada a homogeneidade das granulometrias dos diferentes agregados.

A usina deve possuir ainda uma cabine de comando e quadros de for-ça. Tais partes devem estar instaladas em recinto fechado, com os cabos de força e comandos ligados em tomadas externas especiais para esta aplicação. A operação de pesagem de agregados e do ligante asfáltico deve ser semi-automática com leitura instantânea e acumuladora , por meio de registros digitais em “display” de cristal líquido. Devem existir potenciô-metros para compensação das massas específicas dos diferentes tipos de ligantes asfálticos e para seleção de velocidade dos alimentadores dos agregados frios.

d) Caminhões basculantes para transporte da mistura;

Os caminhões, tipo basculante, para o transporte do concreto asfáltico usinado a quente, devem ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura à chapa. A utilização de produtos susceptíveis de dissolver o ligante asfáltico (óleo diesel, gasolina etc.) não é permitida.

e) Equipamento para espalhamento e acabamento;

O equipamento para espalhamento e acabamento deve ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento definidos no projeto. As acabadoras devem ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para a frente e para trás. As acabadoras devem ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento, à temperatura requerida, para a colocação da mistura sem irregularidade.

f) Equipamento para compactação;

O equipamento para a compactação deve ser constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem ou rolo vibratório.

Os rolos pneumáticos, autopropulsionados, devem ser dotados de dis-positivos que permitam a calibragem de variação da pressão dos pneus de 2,5 kgf/cm² a 8,4 kgf/cm² .

O equipamento em operação deve ser suficiente para compactar a mis-tura na densidade de projeto, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deve ser vistoriado antes do início da execução do serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que, não será autorizada a sua utilização.

5.4 Execução

5.4.1 Pintura de ligação

Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deve ser feita uma pintura de ligação.

5.4.2 Temperatura do ligante

A temperatura do cimento asfáltico empregado na mistura deve ser de-terminada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o cimento asfálti-co apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 a 150 SSF, “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), indicando-se, preferencialmente, a visco-sidade de 75 a 95 SSF. A temperatura do ligante não deve ser inferior a 107°C nem exceder a 177°C.

5.4.3 Aquecimento dos agregados

Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10°C a 15°C acima da temperatura do ligante asfáltico, sem ultrapassar 177°C.

5.4.4 Produção do concreto asfáltico

A produção do concreto asfáltico é efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente especificado.

5.4.5 Transporte do concreto asfáltico

O concreto asfáltico produzido deve ser transportado, da usina ao pon-to de aplicação, nos veículos especificados no item 5.3 quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada. Cada carregamento deve ser coberto com lona ou outro material aceitável, com tamanho suficiente para proteger a mistura.

5.4.6 Distribuição e compactação da mistura

A distribuição do concreto asfáltico deve ser feita por equipamentos adequados, conforme especificado no item 5.3.

Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas devem ser sanadas pela adição manual de concreto asfáltico, sendo esse espa-lhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.

Após a distribuição do concreto asfáltico, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso.

Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual deve ser aumentada à medida que a mistura seja compactada, e, conseqüentemente, suportando pressões mais elevadas.

A compactação deve ser iniciada pelos bordos, longitudinalmente, con-tinuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a supere-levação, a compactação deve começar sempre do ponto mais baixo para o ponto mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta na seguinte de, pelo menos, metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

Durante a rolagem não são permitidas mudanças de direção e inver-sões bruscas da marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém – rolado. As rodas do rolo devem ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

5.4.7 Abertura ao tráfego

Os revestimentos recém–acabados devem ser mantidos sem tráfego, até o seu completo resfriamento.

6 Manejo ambiental

Para execução do concreto asfáltico são necessários trabalhos envol-vendo a utilização de asfalto e agregados, além da instalação de usina misturadora.

Os cuidados observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção, a estocagem e a aplicação de agregados, assim como a operação da usina.

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NOTA: Devem ser observadas as prescrições estabelecidas nos Pro-gramas Ambientais que integram o Projeto Básico Ambiental – PBA.

6.1 Agregados

No decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras e a-reias devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

a) caso utilizadas instalações comerciais, a brita e a areia somente são aceitas após apresentação da licença ambiental de operação da pedrei-ra/areal, cuja cópia deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da Obra;

b) não é permitida a localização da pedreira e das instalações de brita-gem em área de preservação ambiental;

c) planejar adequadamente a exploração da pedreira e do areal, de modo a minimizar os impactos decorrentes da exploração e a possibilitar a recuperação ambiental após o término das atividades exploratórias;

d) impedir as queimadas;

e) seguir as recomendações constantes da Norma DNER-ES 279 para os caminhos de serviço;

f) construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso;

g) além destas, devem ser atendidas, no que couber, as recomenda-ções da DNER ISA-07 – Instrução de Serviço Ambiental: impactos da fase de obras rodoviárias – causas/ mitigação/ eliminação.

6.2 Cimento asfáltico

Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

Vedar o descarte do refugo de materiais usados na faixa de domínio e em áreas onde possam causar prejuízos ambientais.

Recuperar a área afetada pelas operações de construção / execução, imediatamente após a remoção da usina e dos depósitos e a limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

a) estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;

b) transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;

c) transporte e estocagem de filer;

d) transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e do ci-mento asfáltico.

Os agentes e fontes poluidoras compreendem:

AGENTES E FONTES POLUIDORAS

AGENTE POLUIDOR FONTES POLUIDORAS

I. Emissão de partículas A principal fonte é o secador rotativo.

Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agrega-dos, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II. Emissão de gases Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.

Misturador de asfalto: hidrocarbone-tos.

Aquecimento de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

Tanques de estocagem de óleo com-bustível e de cimento asfáltico: hidro-carbonetos.

III. Emissões Fugitivas

As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego, áreas de peneiramento, pesagem e mistura.

NOTA: Emissões Fugitivas - São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar seu fluxo.

Em função destes agentes devem ser obedecidos os itens 6.3 e 6.4.

6.3 Instalação

Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distancia infe-rior a 200 m (duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de

residências, de hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas asilos, orfanatos creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras cons-truções comunitárias.

Definir no projeto executivo, áreas para as instalações industriais, de maneira tal que se consiga o mínimo de agressão ao meio ambiente.

O Executante será responsável pela obtenção da licença de instala-ção/operação, assim como pela manutenção e condições de funcionamento da usina dentro do prescrito nesta Norma.

6.4 Operação

Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclo-nes e filtro de mangas ou por equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos na legislação.

Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, os resultados de medições em chaminés que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto, para atender aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental.

Dotar os silos de estocagem de agregado frio de proteções lateral e cobertura, para evitar dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

Enclausurar a correia transportadora de agregado frio.

Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja fei-ta sem emissão visível para a atmosfera. Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação, para evitar emis-sões de partículas na entrada e na saída.

Dotar o misturador, os silos de agregado quente e as peneiras classifi-catórias do sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

Fechar os silos de estocagem de mistura asfáltica.

Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem a seco.

Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de recicla-gem do pó retido nas mangas.

Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipa-mentos de processo.

Manter em boas condições todos os equipamentos de processo e de controle.

Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medi-ções.

Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluido-ra (gás ou eletricidade) e estabelecer barreiras vegetais no local, sempre que possível.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

Todos os materiais utilizados na fabricação de Concreto Asfáltico (In-sumos) devem ser examinados em laboratório, obedecendo a metodologia indicada pelo DNIT, e satisfazer às especificações em vigor.

7.1.1 Cimento asfáltico

O controle da qualidade do cimento asfáltico consta do seguinte:

– 01 ensaio de penetração a 25ºC (DNER-ME 003), para todo carre-gamento que chegar à obra;

– 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar à obra (DNERME 148);

– 01 índice de susceptibilidade térmica para cada 100t, determinado pelos ensaios DNER-ME 003 e NBR 6560;

– 01 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra;

– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), para todo carregamento que chegar à obra;

– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004) a diferen-tes temperaturas, para o estabelecimento da curva viscosidade x tempera-tura, para cada 100t. 7.1.2 Agregados

O controle da qualidade dos agregados consta do seguinte:

a) Ensaios eventuais

Page 113: Dnit -Estradas

Somente quando houver dúvidas ou variações quanto à origem e natu-reza dos materiais.

– ensaio de desgaste Los Angeles (DNER-ME 035);

– ensaio de adesividade (DNER-ME 078 e DNER-ME 079). Se o con-creto asfáltico contiver dope também devem ser executados os ensaios de RTFOT (ASTM D-2872) ou ECA (ASTM-D- 1754) e de degradação produ-zida pela umidade (AASHTO-283/89 e DNERME 138);

– ensaio de índice de forma do agregado graúdo (DNER-ME 086);

b) Ensaios de rotina

– 02 ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083);

– 01 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 054);

– 01 ensaio de granulometria do material de enchimento (filer), por jor-nada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083).

7.2 Controle da produção

O controle da produção (Execução) do Concreto Asfáltico deve ser e-xercido através de coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória de acordo com o Plano de Amostragem Aleatória (vide item 7.4).

7.2.1 Controle da usinagem do concreto asfáltico

a) Controles da quantidade de ligante na mistura

Devem ser efetuadas extrações de asfalto, de amostras coletadas na pista, logo após a passagem da acabadora (DNER-ME 053).

A porcentagem de ligante na mistura deve respeitar os limites estabe-lecidos no projeto da mistura, devendo-se observar a

tolerância máxima de ± 0,3.

Deve ser executada uma determinação, no mínimo a cada 700m2 de pista.

b) Controle da graduação da mistura de agregados

Deve ser procedido o ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mis-tura dos agregados resultantes das extrações citadas na alínea "a". A curva granulométrica deve manter-se contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias especificadas no projeto da mistura.

c) Controle de temperatura

São efetuadas medidas de temperatura, durante a jornada de 8 horas de trabalho, em cada um dos itens abaixo discriminados:

– do agregado, no silo quente da usina;

– do ligante, na usina;

– da mistura, no momento da saída do misturador.

As temperaturas podem apresentar variações de ± 5ºC das especifica-das no projeto da mistura.

d) Controle das características da mistura

Devem ser realizados ensaios Marshall em três corpos-de-prova de ca-da mistura por jornada de oito horas de trabalho (DNERME 043) e também o ensaio de tração por compressão diametral a 25°C (DNER-ME 138), em material coletado após a passagem da acabadora. Os corpos-deprova devem ser moldados in loco, imediatamente antes do início da compacta-ção da massa.

Os valores de estabilidade, e da resistência à tração por compressão diametral devem satisfazer ao especificado.

7.2.2 Espalhamento e compactação na pista

Devem ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa imediatamente antes de iniciada a compactação. Estas tempera-turas devem ser as indicadas, com uma tolerância de ± 5°C.

O controle do grau de compactação - GC da mistura asfáltica deve ser feito, medindo-se a densidade aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura espalhada e compactada na pista, por meio de brocas rotativas e comparando-se os valores obtidos com os resultados da densidade aparen-te de projeto da mistura.

Devem ser realizadas determinações em locais escolhidos, aleatoria-mente, durante a jornada de trabalho, não sendo permitidos GC inferiores a 97% ou superiores a 101%, em relação à massa específica aparente do projeto da mistura (conforme item 7.5, alínea "a").

7.3 Verificação do produto

A verificação final da qualidade do revestimento de Concreto Asfáltico (Produto) deve ser exercida através das seguintes determinações, executa-das de acordo com o Plano de Amostragem Aleatório (vide item 7.4):

a) Espessura da camada

Deve ser medida por ocasião da extração dos corpos-de-prova na pis-ta, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos; antes e

depois do espalhamento e compactação da mistura. Admite-se a varia-ção de ± 5% em relação às espessuras de projeto.

b) Alinhamentos

A verificação do eixo e dos bordos deve ser feita durante os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação..

Os desvios verificados não devem exceder ± 5cm.

c) Acabamento da superfície

Durante a execução deve ser feito em cada estaca da locação o con-trole de acabamento da superfície do revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da superfí-cie, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas.

O acabamento longitudinal da superfície deve ser verificado por apare-lhos medidores de irregularidade tipo resposta devidamente calibrados (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182) ou outro dispositivo equivalente para esta finalidade. Neste caso o Quociente de Irregularidade – QI deve apre-sentar valor inferior ou igual a 35 contagens/km (IRI _ 2,7).

d) Condições de segurança

O revestimento de concreto asfáltico acabado deve apresentar Valores de Resistência à Derrapagem - VDR _ 45 quando medido com o Pêndulo Britânico (ASTM-E 303) e Altura de Areia – 1,20mm _ HS _ 0,60mm (NF P-98-216-7).

Os ensaios de controle são realizados em segmentos escolhidos de maneira aleatória, na forma definida pelo Plano da Qualidade.

7.4 Plano de Amostragem - Controle Tecnológico

O número e a freqüência de determinações correspondentes aos diver-sos ensaios para o controle tecnológico da produção e do produto são estabelecidos segundo um Plano de Amostragem aprovado pela Fiscaliza-ção, de acordo com a seguinte tabela de controle estatístico de resultados (DNER-PRO 277):

7.5 Condições de conformidade e não conformidade

Todos os ensaios de controle e determinações relativos à produção e ao produto, realizados de acordo com o Plano de Amostragem citado em 7.4, deverão cumprir as Condições Gerais e Específicas desta Norma, e estar de acordo com os seguintes critérios:

Page 114: Dnit -Estradas

a) Quando especificada uma faixa de valores mínimos e máximos de-vem ser verificadas as seguintes condições:

X - ks < valor mínimo especificado ou X + ks > valor máximo de pro-jeto: Não Conformidade;

X - ks valor mínimo especificado ou X + ks valor máximo de projeto: Conformidade;

Sendo:

Onde:

– valores individuais

– média da amostra

s - desvio padrão da amostra.

k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.

n - número de determinações.

b) Quando especificado um valor mínimo a ser atingido devem ser veri-ficadas as seguintes condições:

Se x - ks < valor mínimo especificado: Não Conformidade;

Se x -

Conformidade.

Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO a qual estabelece que sejam tomadas providências para tratamento das “Não-Conformidades” da Produção e do Produto.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço só deve ser aceito se as correções executadas colo-carem-no em conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário será rejeitado.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os critérios esta-belecidos no Edital de Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com as seguintes disposições gerais:

a) o concreto asfáltico será medido em toneladas de mistura efetiva-mente aplicada na pista. Não serão motivos de medição: mão-de-obra, materiais (exceto cimento asfáltico), transporte da mistura da usina à pista e encargos quando estiverem incluídos na composição do preço unitário;

b) a quantidade de cimento asfáltico aplicada é obtida pela média arit-mética dos valores medidos na usina, em toneladas;

c) a transporte do cimento asfáltico efetivamente aplicado será medido com base na distância entre a refinaria e o canteiro de serviço;

d) nenhuma medição será processada se a ela não estiver anexado um relatório de controle da qualidade contendo os resultados dos ensaios e determinações devidamente interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado.

NORMA DNIT 032/2005 – ES DNIT

Pavimentos flexíveis – Areia-Asfalto a quente –

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser empregada na execução de camada do pavimento por meio da confecção de mistura a quente em usina apropriada utilizando cimento asfáltico, areia e material de enchimento (filer). Estabelece os requisitos concernentes a materiais , equipamentos,

execução e controle da qualidade dos materiais empregados, além dos critérios para aceitação e rejeição e medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa, objetivando estabelecer as condições exigíveis para a execução de camada de pavimento com mistura a quente em usina apropriada utilizando ligante asfáltico, areia e filer. Está formatada de acordo com a norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 312/97.

1 Objetivo

Estabelecer a sistemática a ser empregada na fabricação de misturas asfálticas do tipo Areia-Asfalto a quente para a construção de camadas do pavimento de acordo com os alinhamentos, greide e seção transversal de projeto.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTEATION OFFICIALS. T 283-89: resistance of compacted bituminous mixture to moisture induced damage. In: _____. Standard speci-fications for transportation materials and methods of sampling and testing. Washington, D.C., 1986. v.2

b) AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM D 1754: effect of heat and air on asphaltic materials ( Thin-Film Oven Test ): test. In: _____. 1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

c) ______.ASTM D 2872: effect of heat and air on a moving film of as-phalt ( Rolling Thin-Film Oven Test ): test. In: _____. 1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

d) ______ . ASTM E 303: pavement surface frictional properties using the British Portable Tester – Surface Frictional Properties Using the Britsh Pendulum Tester: test for measuring. In: _____. 1978 annual book of ASTM standards.

Philadelphia, Pa., 1978.

e) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5847: materiais asfálticos - determinação da viscosidade absoluta. Rio de Janeiro, 2001.

f) _____. NBR 6560: materiais asfálticos – determinação do ponto do amolecimento – método do anel e bola. Rio de Janeiro, 2000.

g) ASSOCIATION FRANÇAISE DE NORMALISATION. AFNOR NF P-98-216 - : determination de la macrotexture - partie 1:

determination de hauteur au sable. Paris, 1999.

h) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – causas/ mitigação/ eliminação. In: _____. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

i) _____. DNER-EM 204/95: cimentos asfálticos de petróleo: especifi-cação de material. Rio de Janeiro: IPR, 1995.

j) _____. DNER-EM 367/97: material de enchimento para misturas as-fálticas: especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

k) _____. DNER-ME 003/99: material asfáltico – determinação da pene-tração: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1999.

l) _____. DNER-ME 004/94: material asfáltico – determinação da visco-sidade “Saybolt- Furol” a alta temperatura: método de ensaio. Rio de Janei-ro: IPR, 1994.

m) _____. DNER-ME 043/95: misturas asfálticas a quente – ensaio Marshall: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1995.

n) _____. DNER-ME 053/94: misturas asfálticas – percentagem de be-tume: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

o) _____. DNER-ME 054/97: equivalente de areia: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

p) _____. DNER-ME 079/94: agregado - adesividade a ligante asfáltico: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

q) _____. DNER-ME 083/98: agregados – análise granulométrica: mé-todo de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1998.

Page 115: Dnit -Estradas

r) _____. DNER-ME 089/94: agregados – avaliação da durabilidade pe-lo emprego de soluções de sulfato de sódio ou de magnésio: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

s) _____. DNER-ME 138/94: misturas asfálticas – determinação da re-sistência à tração por compressão diametral: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

t) _____. DNER-ME 148/94: material asfáltico – determinação dos pon-tos de fulgor e combustão ( vaso aberto Cleveland ):

método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

u) _____. DNER-PRO 164/94 – Calibração e controle de sistemas de medidores de irregularidade de superfície do pavimento (Sistemas Integra-dores IPR/USP e Maysmeter);

v) _____. DNER-PRO 182/94: medição de irregularidade de superfície de pavimento com sistemas integradores IPR/USP e Maysmeter: procedi-mento. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

w) _____. DNER-PRO 277/97: metodologia para controle estatístico de obras e serviços: procedimento: Rio de Janeiro:

IPR, 1997.

x) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANS-PORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias: procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definição

Areia-Asfalto a quente é a mistura executada a quente em usina apro-priada, com características específicas, composta de areia (agregado miúdo), material de enchimento (filer) se necessário, e cimento asfáltico espalhado e compactado a quente.

4 Condições gerais

A Areia-Asfalto a quente pode ser empregada como revestimento, ba-se, regularização ou reforço do pavimento.

Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Norma, em dias de chuva.

A Areia-Asfalto a quente somente deverá ser fabricada, transportada e aplicada quando a temperatura ambiente for superior a 10ºC.

Todo o carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deverá a-presentar certificado de resultados de análise dos ensaios de caracteriza-ção exigidos pela especificação, correspondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento e transporte para o canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar de 10 dias. Deverá trazer também indica-ção clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de obra.

5 Condições específicas

5.1 Material

Os materiais constituintes são os agregados miúdos, material de en-chimento (filer) e cimento asfáltico, os quais devem satisfazer estas Especi-ficações , item 2 – Referências, e às Especificações aprovadas pelo DNIT.

5.1.1 Ligante asfáltico

Podem ser empregados os seguintes ligantes asfálticos: – cimento as-fáltico de petróleo, CAP-30/45, CAP-50/60, CAP-85/100, (classificação por penetração), CAP-20 e CAP-40 (classificação por viscosidade);

5.1.2 Agregados

5.1.2.1 Areia - agregado miúdo

O agregado é a areia. Suas partículas individuais devem ser resisten-tes, em seus grãos, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deve apresentar equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054).

5.1.2.2 Material de enchimento (filer)

Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, tais como cimento Portland, cal extinta, pós - calcários, cinza volante, etc; e que atendam à Norma DNER-ME 367.

Quando da aplicação deve estar seco, e/ou isento de grumos.

NOTA: Denomina-se filer nesta norma a porção de qualquer um destes materiais acima, que passa na peneira n° 200.

5.1.2.3 Melhorador de adesividade

Não havendo boa adesividade entre o ligante asfáltico a areia – agre-gado miúdo (DNER-ME 079), poderá ser empregado melhorador de adesi-vidade na quantidade fixada no projeto.

A determinação da adesividade é definida pelos seguintes ensaios:

a) Método DNER 079/95, após submeter o ligante asfáltico contendo o dope no ensaio RTFOT (ASTM – D 2872);

b) Método de ensaio para determinar a resistência de misturas asfálti-cas compactadas à degradação produzidas pela umidade (AASHTO 283/89). Neste caso a razão da resistência à tração por compressão diame-tral estática deverá ser superior a 0,7 (DNER-ME 138/94).

5.2 Composição da mistura

A composição da mistura Areia-Asfalto a quente deve satisfazer aos requisitos do quadro seguinte com as respectivas tolerâncias no que diz respeito a granulométrica (DNER-ME 083/94) e aos percentuais do ligante asfáltico.

Quando a camada de Areia-Asfalto for destinada a ser uma camada de revestimento deve ser projetada com uma faixa granulométrica próxima aos limites inferiores da especificação.

No projeto da curva granulométrica para camada de re-

vestimento, deve ser considerada a segurança do usuário, especificada no item 7.3.4 – Condições de Segurança.

As porcentagens de betume referem-se à mistura de Areia e filer, con-siderada como 100%.

a) devem ser adotados o Método Ensaio Marshall para Misturas Asfálti-cas para verificações de condições de vazios, estabilidade e fluência da mistura.

b) as Especificações Complementares podem fixar outra energia de

compactação;

5.3 Equipamento

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deve ser e-xaminando, devendo estar apto para realizar os trabalhos constantes desta Norma. Os equipamentos requeridos são os seguintes:

5.3.1 Depósito para ligante asfáltico

Page 116: Dnit -Estradas

Os depósitos para o ligante asfáltico devem ser capazes de aquecer o material, às temperaturas fixadas nas Especificações . O aquecimento deve ser feito por meio de serpentinas a vapor, eletricidade ou outros meios, de modo não haver contatos de chamas com interior do depósito. Deve ser instalado um sistema de circulação para o asfalto, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao mis turador,, durante todo o período de operação. Todas as tubulações devem ser dotadas de isolamento, a fim de evitar perdas de calor. A capacidade dos depósitos deve ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

5.3.2 Depósito para agregados (Areia)

Os silos devem ter capacidade total adequada e serem divididos em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar, as frações apro-priadas do agregado.

Cada compartimento deve possuir dispositivos de descarga. Haverá um silo para o filer, conjugado com dispositivos para a sua dosagem.

5.3.3 Usina para misturas asfálticas (Areia-Asfalto)

A usina deve estar equipada com uma unidade classificadora de agre-gados, após o secador, dispor de misturador tipo Pugmill, com duplo eixo conjugado, provido de palhetas reversíveis e removíveis, ou outro tipo de produzir uma mistura uniforme. Deve, ainda, o misturador possuir dispositi-vo de descarga, de função ajustável e dispositivo completo para controlar o ciclo completo de mistura. Um termômetro, com proteção metálica e escala de 90° a 210°C, deve ser fixado na linha de alimentação do asfalto, em local adequado próximo a descarga do misturador. A usina deve ser equi-pada, além disso, com um termômetro de mercúrio, com escala em “dial”, pirômetro elétrico, ou outros instrumentos termométricos aprovados, colo-cados na descarga do secador, para registrar a temperatura dos agrega-dos.

5.3.4 Caminhões para transporte da mistura

Os caminhões, tipo basculante, para o transporte da Areia-Asfalto, de-vem ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrifica-das com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas. A utilização de produtos susceptíveis de dissolver o ligante asfáltico (óleo diesel, gasolina, etc.) não são permitidos.

5.3.5 Equipamento para espalhamento

O equipamento para espalhamento e acabamento deve ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento requeridos. As acabadoras devem ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar cãs misturas nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para frente e para trás, As acabadoras devem ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento dos mesmos , à temperatura requerida, para a colocação da mistura sem irregularidades.

5.3.6 Equipamento para a compressão

O equipamento para compressão deve ser constituído por rolo pneu-mático e rolo metálico liso, tipo tandem ou rolo vibratório. Os rolos pneumá-ticos , autopropulsionados , devem ser dotados de dispositivos que permi-tam a calibragem de variação de pressão dos pneus de 2,5 Kgf/cm2 a 8,4 Kgf/cm2 (35 a 120 psi).

O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mis-tura à densidade requerida, enquanto esta se encontrar em condições de operacionalidade.

5.4 Execução

5.4.1 Pintura de ligação

Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda ter sido a imprimação recoberta com areia, deve ser feita uma pintura de ligação.

5.4.2 Temperatura do cimento asfáltico

A temperatura do cimento asfáltico empregado na mistura deve ser de-terminada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresen-ta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 e 95 segundos, “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), indicando-se preferencialmente, a viscosidade de 85 a 95 segundos. Entretanto, a temperatura do ligante não deve ser inferi-or a 107ºC e nem exceder a 177°C.

5.4.3 Temperatura dos agregados (Areia)

Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10ºC a 15ºC, acima da temperatura do ligante asfáltico, sem ultrapassar 177°C.

5.4.4 Produção de Areia-Asfalto

A produção de Areia-Asfalto é efetuada em usinas apropriadas, con-forme anteriormente especificado.

5.4.5 Transporte de Areia-Asfalto a quente

A Areia-Asfalto a quente produzida pode ser transportada, da usina ao ponto de aplicação, nos veículos basculantes especificados no item 5.3.4 quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatu-ra especificada. Cada carregamento deve ser coberto com lona ou outro material aceitável, com tamanho suficiente para proteger a mistura.

5.4.6 Distribuição e compressão da mistura

A distribuição da Areia-Asfalto deve ser feita por máquinas acabadoras, conforme especificado no item 5.3.6; e não deve ser aplicado a temperatura ambiente inferior a 10°C.

Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas devem ser sanadas pela adição manual da Areia- Asfalto, sendo esse espalhamen-to efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.

Imediatamente após a distribuição da Areia-Asfalto , tem início a rola-gem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar, temperatura essa fixada, experimen-talmente, para cada caso.

Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual é aumentada à medida que a mistura vai sendo compactada, e, conseqüentemente, suportando pressões mais elevadas.

A compactação será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continu-ando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superele-vação, a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o ponto mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta, pelo menos, metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdu-ra até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

Durante a rolagem não são permitidas mudanças de direção e inver-sões bruscas de marcha nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém – rolado. As rodas do rolo devem ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

5.4.7 Abertura ao tráfego

Os revestimentos recém – acabados devem ser mantidos sem tráfego, até o seu completo resfriamento.

6 Manejo ambiental

Para execução de revestimento asfáltico do tipo Areia- Asfalto usinado a quente são necessários trabalhos envolvendo a utilização de asfalto e agregados, além da instalação de usina misturadora.

Os cuidados a serem observados para fins de preservação do meio ambiente, envolvem a produção e aplicação de agregados , o estoque e operação da usina.

NOTA: Devem ser observadas as prescrições estabelecidas nos Pro-gramas Ambientais que integram o Projeto Básico Ambiental – PBA.

6.1 Agregados

No decorrer do processo de obtenção de agregados de areais devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

Caso utilizado areal comercial, a areia somente é aceita após apresen-tação da licença ambiental de operação do areal, cuja cópia deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da Obra.

Não é permitida a exploração de areal em área de preservação ambi-ental.

Planejar adequadamente a exploração do areal, de modo a minimizar os impactos decorrentes da exploração e facilitar a recuperação ambiental após o término das atividades exploratórias.

Impedir queimadas como forma de desmatamento.

Seguir as recomendações constantes da DNER-ES 279/97 para os caminhos de serviço.

6.2 Ligante asfáltico

Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

Vedar o descarte do refugo de materiais usados na faixa de domínio onde possam causar prejuízos ambientais.

Page 117: Dnit -Estradas

Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução, imediatamente após a remoção da usina e dos depósitos , e limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

a) estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;

b) transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;

c) transporte e estocagem de filer;

d) transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

Os agentes e fontes poluidoras, compreendem:

Agentes e fontes poluidoras

AGENTE POLUIDOR

FONTES POLUIDORAS

I. Emissão de partículas

A principal fonte é o secador rotativo.

Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de aces-so.

II. Emissão de gases

Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbone-tos.

Aquecimento de cimento asfáltico: hidrocarbone-tos.

Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

III. Emissões Fugitivas

As principais fontes são: pilhas de estocagem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistu-ra.

NOTA: Emissões Fugitivas - São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar seu fluxo.

Em função destes agentes devem ser obedecidos os itens 6.3 e 6.4.

6.3 Quanto à instalação

Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distancia infe-rior a 200 m (duzentos metros),

medidos a partir da base da chaminé, de residências, de hospitais, clí-nicas, centros de reabilitação, escolas asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias.

Definir no projeto executivo áreas para as instalações industriais, de maneira tal que se consiga o mínimo de agressão ao meio ambiente.

Atribuir à Executante responsabilidade pela obtenção da licença de ins-talação/operação, assim como manter a usina em condições de funciona-mento dentro do prescrito nestas especificações.

6.4 Operação

Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclone e filtro de mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabele-cidos nas legislações vigentes.

Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições das chaminés que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto, para atender aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental.

Dotar os silos de estocagem de agregado frio de proteções laterais e de cobertura, para evitar dispersão das emissões fugitivas durante a opera-ção de carregamento.

Enclausurar a correia transportadora de agregado frio.

Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja fei-ta sem emissão visível para a atmosfera.

Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação, para evitar emissões de partículas na entrada e saída do mesmo.

Conectar o misturador, os silos de agregado quente e as peneiras clas-sificatórias do sistema de exaustão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

Fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem a seco.

Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de recicla-gem do pó, retidos nas mangas.

Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipa-mentos de processo.

Manter em boas condições todos os equipamentos de processo e de controle.

Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medi-ções.

Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluido-ra (gás ou eletricidade).

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

Todos os materiais utilizados na fabricação de Areia-Asfalto a quente (Insumos) devem ser examinados em laboratório, obedecendo à metodolo-gia indicada pelo DNIT, e satisfazer as especificações em vigor.

7.1.1 Ligante asfáltico

O controle de qualidade do ligante asfáltico consta do seguinte:

– 01 ensaio de penetração a 25ºC (DNER-ME 003) para todo carrega-mento que chegar à obra;

– 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar à obra (DNERME 148);

– 01 índice de susceptibilidade térmica para cada 100t determinado pe-los ensaios (DNER-ME 003 e ABNT NBR 6560);

– 01 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra;

– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004) em várias temperaturas para a verificação da viscosidade especificada e o estabele-cimento da curva viscosidade X temperatura para cada 100t;

7.1.2 Agregados

O controle de qualidade dos agregados consta do seguinte:

a) ensaios de granulometria do agregado (areia), de cada silo por jor-nada de trabalho (DNER-ME 083);

b) ensaios de equivalente de areia, (DNERME 054);

c) ensaio de granulometria do material de enchimento (filer), (DNER-ME 083).

Nota: A quantidade de ensaios dos agregados obedecerá ao Plano de Amostragem estabelecido e aprovado pela Fiscalização.

7.2 Controle da produção

O controle da produção (Execução) Areia-Asfalto a quente deve ser exercido através de coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória.

7.2.1 Controle da usinagem da Areia-Asfalto a quente

a) Controle da quantidade de ligante na mistura

– Devem ser efetuadas extrações de asfalto, de amostras da mistura coletada na pista (DNER-ME 053). A porcentagem de ligante pode variar, no máximo ± 0,3%, da fixada no projeto.

b) Controle da graduação da mistura de agregados (areia)

– Deve ser procedido o ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mistura dos agregados resultantes das extrações citadas no item anterior. A curva granulométrica deve manter-se contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias, especificadas no projeto.

c) Controle de temperatura

Devem ser efetuadas medidas de temperatura, durante a jornada de 8 horas de trabalho, em cada um dos itens abaixo

Page 118: Dnit -Estradas

discriminados:

– do ligante, na usina;

– da mistura, no momento, da saída do misturador.

– da mistura no momento do espalhamento no início de rolagem, na pista.

5ºC das temperaturas especificadas.

d) Controle das características da mistura – Devem ser realizados en-saios Marshall em três corpos -de-prova de cada mistura por cada jornada de oito horas de trabalho (DNER-ME 043).

– O valor de estabilidade deve satisfazer ao especificado no item pro-posto. As amostras devem ser coletadas na pista.

7.2.2 Espalhamento e compressão na pista

Devem ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa imediatamente, antes de iniciada a compressão. Estas tempera-turas devem ser as indicadas para compressão, com uma tolerância de ± 5°C.

O controle do grau de compressão - GC da areia-asfalto deve ser feito, preferencialmente, medindo-se a densidade aparente de corpos -de-prova extraídos da mistura espalhada e comprimida na pista, por meio de brocas rotativas , comparando-as com os resultados da densidade aparente de projeto.

Podem ser empregados outros métodos para determinação da densi-dade aparente na pista, desde que indicada no projeto.

Devem ser realizados determinações em locais escolhidos aleatoria-mente durante a jornada de trabalho, não sendo permitidos - GC inferiores a 97% ou superiores a 101%, em relação à massa específica aparente do projeto.

As medidas do grau de compactação devem ser efetuadas a cada 700m2 de pista.

7.3 Verificação do produto

A verificação final da qualidade do revestimento de Areia-Asfalto (Pro-duto) deve ser exercida através das seguintes determinações:

a) Espessura da camada

– Deve ser medida a espessura por ocasião da extração dos corpos –de prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura. Admite-se a variação de ± 5% em relação às espessuras de projeto, em 10(dez) medidas sucessi-vas .

b) Alinhamentos

– A verificação do eixo e bordos é feita durante os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. Poderá também ser a trena.

Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

c) Acabamento da superfície

– Durante a execução deve ser feito em cada estaca da locação o con-trole de acabamento da superfície do revestimento, com o auxilio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da superfí-cie, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas.

– O acabamento longitudinal da superfície deve ser verificado por "apa-relhos medidores de irregularidade tipo resposta" devidamente calibrados (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182) ou outro dispositivo equivalente para esta finalidade. Neste caso o Quociente de Irregularidade - QI deverá apresentar valor inferior a 35 contagens/km.

d) Condições de segurança

– O revestimento de Areia-Asfalto a quente acabado deve apresentar valores de Resistência à Derrapagem - VDR = 45 quando medido com o Pêndulo Britânico (ASTM-E 303/93) e Altura de Areia - HS na faixa de 0,6 > HS > 1,2mm (NF P-38).

– Pode, também, ser empregado outro processo para avaliação da re-sistência à derrapagem, quando indicado no projeto. Os ensaios de controle da execução devem ser realizados em segmentos homogêneos escolhidos de maneira aleatória.

7.4 Plano de Amostragem - Controle tecnológico

O número e a freqüência de verificação e de determinações correspon-dentes aos diversos ensaios para o controle tecnológico dos insumos, da produção e do produto devem ser estabelecidos pelo Executante segundo um Plano de Amostragem Aleatória definido de acordo com a seguinte tabela de controle estatístico de resultados (DNER-PRO 277):

7.5 Condições de Conformidade e Não Conformidade

Todos os ensaios de controle e verificações para os Insumos a produ-ção e o Produto realizados de acordo com o Plano de Amostragem, devem cumprir as Condições Gerais e Condições Específicas do Capítulo 4 e Capítulo 5 desta Norma, e atenderem às condições de Conformidade e Não Conformidade de acordo com os seguintes critérios (DNER-PRO 277):

a) Nos ensaios ou verificações em que é especificada uma faixa de va-lores mínimos e máximos devem ser verificadas as

seguintes condições para atender às exigências de Conformidade e Não Conformidade:

x - ks < valor mínimo especificado ou;

x + ks > valor máximo de projeto - Não

Conformidade;

x - ks = valor mínimo especificado ou;

x + ks = valor máximo de projeto -

Conformidade;

Sendo:

Onde:

– valores individuais

– média da amostra

S - desvio padrão da amostra.

k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.

n - número de determinações.

b) Nos ensaios e verificações em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar a seguinte condição para atender às exigên-cias de Conformidade e não Conformidade:

Se x - ks < valor mínimo especificado - Não Conformidade;

Page 119: Dnit -Estradas

Se x - - Conformidade.

Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relató-rios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO a qual estabelece que sejam tomadas providências para tratamento das “Não-Conformidades” da Produção e do Produto.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço só deve ser aceito se as correções executadas colo-carem-no em conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário será rejeitado.

8 Critérios de medição

Os serviços Conformes serão medidos de acordo com os critérios es-tabelecidos no Edital de Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com as seguintes disposições gerais:

a) A Areia-Asfalto deve der medida em toneladas de mistura efetiva-mente aplicada na pista. Não devem ser motivos de medição: mão-de-obra, materiais (exceto cimento asfáltico), transporte da mistura da usina à pista e encargos quando estiverem incluídos na composição do preço unitário;

b) A quantidade de cimento asfáltico aplicada é obtida pela média arit-mética dos valores medidos na usina, em toneladas;

c) O transporte do cimento asfáltico efetivamente aplicado deve ser medido com base na distância entre a refinaria e o canteiro de serviço.

d) Nenhuma medição deve ser processada se à ela não estiver anexa-do um relatório de controle da qualidade contendo os resultados dos ensai-os e determinações devidamente interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado

NORMA DNIT 033/2005 – ES DNIT

Pavimentos flexíveis – Concreto asfáltico reciclado a quente na usina - Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser empregada na execução de camada do pavimento por meio da confecção de mistura asfáltica reciclada a quente na usina utilizando cimento asfáltico, material de revestimento asfáltico removido de pavimento existente, agregados minerais e material de enchimento (filer) e agente de reciclagem. Estabelece os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle da qualidade dos materiais empregados, além de conformidade, não conformidade e medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa, objetivando estabelecer as condições exigíveis para a execução de camada de pavimento em mistura asfáltica reciclada a quente em usina apropriada utilizando ligante asfáltico, material de revestimento removido de pavimento existente, agregados minerais, material de enchimento (filer) e agente de reciclagem. Está formatada de acordo com a norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 318/97.

1 Objetivo

Estabelecer os procedimentos a serem empregados no processo da reciclagem a quente na usina, de materiais de revestimento asfálticos dos pavimentos degradados, sua reutilização objetivando reconstituir as carac-terísticas mecânicas originais ou melhorá-las, atendendo os alinhamentos, greide e seção transversal do projeto.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTEATION OFFICIALS. T 283-89: resistance of compacted bituminous mixture to moisture induced damage. In: _____. Standard speci-fications for transportation materials and methods of sampling and testing. Washington, D.C., 1986. v.2

b) AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM D 1754: effect of heat and air on asphaltic materials ( Thin-Film Oven Test ): test. In: _____. 1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

c) ______.ASTM D 2872: effect of heat and air on a moving film of as-phalt ( Rolling Thin-Film Oven Test ): test. In: _____. 1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

d) ______ . ASTM E 303: pavement surface frictional properties using the British Portable Tester – Surface Frictional Properties Using the Britsh Pendulum Tester: test for measuring. In: _____. 1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

e) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5847: materiais asfálticos - determinação da viscosidade absoluta. Rio de Janeiro, 2001.

f) _____. NBR 6560: materiais asfálticos – determinação de ponto de amolecimento – método do anel e bola. Rio de Janeiro, 2000.

g) ASSOCIATION FRANÇAISE DE NORMALISATION. AFNOR NF P-98-216-7: determination de la macrotexture - partie 7: determination de hauteur au sable. Paris, 1999.

h) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – causas/ mitigação/ eliminação. In: _____. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

i) _____. DNER-EM 204/95: cimentos asfálticos de petróleo: especifi-cação de material. Rio de Janeiro: IPR, 1995.

j) _____. DNER-EM 367/97: material de enchimento para misturas as-fálticas: especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

k) _____. DNER-ME 003/99: material asfáltico – determinação da pene-tração: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1999.

l) _____. DNER-ME 004/94: material asfáltico – determinação da visco-sidade “Saybolt- Furol” a alta temperatura: método e

ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

m) _____. DNER-ME 035/98: agregados – determinação da abrasão “Los Angeles” : método de ensaio. Rio de Janeiro: PR, 1998.

n) _____. DNER-ME 043/95: misturas asfálticas a quente – ensaio Marshall: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1995.

o) _____. DNER-ME 053/94: misturas asfálticas – percentagem de be-tume: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

p) _____. DNER-ME 054/97: equivalente de areia: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

q) _____. DNER-ME 078/94: agregado graúdo – adesividade a ligante asfáltico: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

r) _____. DNER-ME 079/94: agregado - adesividade a ligante asfáltico: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

s) _____. DNER-ME 083/98: agregados – análise granulométrica: mé-todo de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1998.

t) _____. DNER-ME 086/94: agregados – determinação do índice de forma: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

u) _____. DNER-ME 089/94: agregados – avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de sulfato de sódio ou de magnésio: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

v) _____. DNER-ME 138/94: misturas asfálticas – determinação da re-sistência à tração por compressão diametral: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

w) _____. DNER-ME 148/94: material asfáltico – determinação dos pontos de fulgor e combustão ( vaso aberto Cleveland ): método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

x) _____. DNER-ME 401/99: agregados – determinação de índice de degradação de rochas após compactação Marshall com ligante IDml e sem ligante IDm: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1999.

y) _____. DNER-PRO 164/94 – Calibração e controle de sistemas de medidores de irregularidade de superfície do pavimento (Sistemas Integra-dores IPR/USP e Maysmeter);

z) _____. DNER-PRO 182/94: medição de irregularidade de superfície de pavimento com sistemas integradores IPR/USP e Maysmeter: procedi-mento. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

Page 120: Dnit -Estradas

aa) _____. DNER-PRO 277/97: metodologia para controle estatístico de obras e serviços: procedimento: Rio de Janeiro: IPR, 1997.

bb) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias: procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definição

Concreto asfáltico reciclado a quente na usina - é a mistura realizada em usina com características específicas utilizando-se como agregado o material do revestimento asfáltico removido a frio do pavimento existente, cimento asfáltico e agregados adicionais e, se necessário, material de enchimento (filer) e agente de reciclagem misturado, espalhado e compri-mido à quente.

4 Condições gerais

O concreto asfáltico reciclado em usina pode ser empregado como re-vestimento, base, regularização ou reforço do pavimento.

Não deve ser permitida a execução dos serviços, objeto desta Especifi-cação, em dias de chuva.

O concreto asfáltico reciclado a quente na usina somente deve ser fa-bricado, transportado e aplicado quando a temperatura ambiente for superi-or a 10ºC.

Todo o carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve apre-sentar por parte do fabricante/distribuidor certificado de resultados de análise dos ensaios de caracterização exigidos pela especificação, corres-pondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento e transporte para o canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar de 10 dias.

Deve trazer também indicação clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de obra.

5 Condições específicas

5.1 Material

Os materiais constituintes do concreto asfáltico reciclado a quente na usina são a mistura asfáltica a reciclar extraída do pavimento existente, agregado graúdo, agregado miúdo, material de enchimento filer e ligante asfáltico, os quais devem satisfazer às Normas pertinentes, e às Especifi-cações aprovadas pelo DNIT.

5.1.1 Ligante asfáltico adicional

O ligante asfáltico adicional pode ser cimento asfáltico puro ou mistura-do com agente de reciclagem, satisfazendo às especificações do projeto.

5.1.2 Agente de reciclagem

Podem ser empregados hidrocarbonetos puros ou misturados com ci-mento asfáltico de petróleo capazes de regenerar o ligante da antiga mistu-ra asfáltica à reciclar, restaurando suas caracterís ticas físicas e químicas iguais ou próximas ao do ligante original, ou de outro tipo de ligante definido no projeto, satisfazendo às Especificações para cimento asfáltico de petró-leo do DNIT. A quantidade adicionada à mistura asfáltica a reciclar deve ser definida no projeto.

5.1.3 Agregados

5.1.3.1 Agregado graúdo adicional

O agregado graúdo adicional pode ser pedra, seixo rolado britado ou outro material indicado nas Especificações complementares. O agregado graúdo deve ser constituído de fragmentos sãos, duráveis, livres de torrões de argila, e de substâncias nocivas, e apresentar as características seguin-tes:

a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50% (DNER-ME 035); admi-tindo-se agregados com valores maiores, no caso de terem apresentado desempenho satisfatório em utilização anterior;

Nota: Caso o agregado graúdo a ser usado apresente um índice de desgaste Los Angeles superior ou igual a 50%, pode ser usado o Método DNER-ME 401/99 – Agregado – Determinação de degradação de rochas após compactação Marshall, com ligante IDML, e sem ligante IDM, cujos valores tentativas de degradação para julgamento da qualidade de rochas destinadas ao uso no Concreto Asfáltico são: IDML = 5% e IDM = 8%.

b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);

c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNERME 89);

5.1.3.2 Agregado miúdo adicional

O agregado miúdo adicional pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais devem ser resis tentes, livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deve apresentar: – equivalente de areia igual ou superior a 55%

(DNER-ME 054).

5.1.3.3 Mistura asfáltica a reciclar

A mistura asfáltica a reciclar é obtida na remoção a quente ou frio da camada asfáltica do pavimento.

5.1.3.4 Material de enchimento (filer)

Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, tais como pó de pedra, cimento Portland, cal extinta, pós-calcários etc; e que atendam à especificação DNER-EM 367.

5.1.3.5 Melhorador de adesividade

Não havendo boa adesividade entre o ligante asfáltico e os agregados adicionais (DNER-ME 078 e DNER-ME 079), pode ser empregado melho-rador de adesividade na quantidade fixada no projeto.

A determinação da adesividade deve ser definida pelos seguintes en-saios:

a) Métodos DNER-ME 078/94 e DNER 079/95, após submeter o ligante asfáltico contendo o dope no ensaio RTFOT (ASTM

– D 2872); ou o ensaio ECA(ABNT-MB 425 – ASTM D – 1754);

b) Método de ensaio para determinar a resistência de misturas asfálti-cas compactadas , à degradação produzida pela umidade (AASHTO 283/89). Neste caso a razão da resistência à tração por compressão diame-tral estática (CP s -ME 138/94).

NOTA: CP = corpo de provas, moldados pela DNER-ME 043

5.2 Composição da mistura

A composição do concreto asfáltico reciclado deve satisfazer aos re-quisitos do quadro seguinte com as respectivas tolerâncias no que diz respeito à granulometria (DNER-ME 083) e aos percentuais do ligante asfáltico determinados pelo projeto da mistura.

A faixa usada deve ser aquela, cujo diâmetro máximo é inferior a 2/3 da

espessura da camada.

No projeto da curva granulométrica, para camada de revestimento, de-ve ser considerada a segurança do usuário, especificada no item 7.3 – Condições de Segurança.

As porcentagens de ligante referem-se à mistura de agregados, consi-derada como 100%. Para todos os tipos a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deve ser inferior a 4% do total.

a) devem ser observados os valores limites para as características es-pecificadas no quadro a seguir:

Page 121: Dnit -Estradas

b) as Especificações Complementares podem fixar outra energia de compactação;

c) as misturas devem atender às especificações da relação betu-me/vazios ou aos mínimos de vazios do agregado mineral, dados pela seguinte tabela:

5.3 Equipamentos

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequa-dos aos locais de instalação das obras, atendendo ao que dispõem as especificações para os serviços.

Devem ser utilizados, no mínimo, os seguintes equipamentos:

a) Depósito para ligante asfáltico;

Os depósitos para o ligante asfáltico devem possuir dispo-sitivos capazes de aquecer o ligante nas temperaturas fixadas nesta Norma. Estes dispositivos também devem evitar qual-quer superaquecimento localizado. Deve ser instalado um sistema de recirculação para o ligante asfáltico, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador, durante todo o período de operação. A capaci-dade dos depósitos deve ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

b) Fresadora;

Equipamento para remoção do pavimento a frio.

c) Silos para agregados adicionais e para o material removido (fresado) do pavimento;

Os silos devem ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capa-cidade do misturador e ser divididos em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar, adequadamente, as frações apropriadas do agregado. Cada compartimento deve possuir dispositivos adequados de descarga. Deve haver um silo adequado para o filer, conjugado com dispo-sitivos para a sua dosagem.

d) Usina para misturas asfálticas;

A Usina a ser utilizada será uma usina do tipo tam-bor/secador/misturador, de duas zonas (convecção e radiação), provida de: coletor de pó, alimentador de “filer”, sistema de descarga da mistura asfálti-ca, por intermédio de transportador de correia com comporta do tipo “clam-shell” ou alternativamente, em silos de estocagem.

A usina deve possuir silos de agregados múltiplos, com pesagem di-nâmica e deve ser assegurada a homogeneidade das granulometrias dos diferentes agregados.

A usina deve possuir ainda uma cabine de comando e quadros de for-ça. Tais partes devem estar instaladas em recinto fechado, com os cabos de força e comandos ligados em tomadas externas especiais para esta aplicação. A operação de pesagem de agregados e do ligante asfáltico

deve ser semi-automática com leitura instantânea e acumuladora , por meio de registros digitais em “display” de cristal líquido. Devem existir potenciô-metros para compensação das massas específicas dos diferentes tipos de ligantes asfálticos e para seleção de velocidade dos alimentadores dos agregados frios.

e) Caminhões basculantes para transporte da mistura;

Os caminhões, tipo basculante, para o transporte do concreto asfáltico usinado a quente, devem ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura à chapa. A utilização de produtos susceptíveis de dissolver o ligante asfáltico (óleo diesel, gasolina etc.) não é permitida.

f) Equipamento para espalhamento e acabamento;

O equipamento para espalhamento e acabamento deve ser constituído de pavimentadoras automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento definidos no projeto. As acabadoras devem ser equipadas com parafusos sem fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além de marchas para a frente e para trás. As acabadoras devem ser equipadas com alisadores e dispositivos para aquecimento, à temperatura requerida, para a colocação da mistura sem irregularidade.

g) Equipamento para compactação;

O equipamento para a compactação deve ser constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem ou rolo vibratório.

Os rolos pneumáticos, autopropulsionados , devem ser dotados de dis-positivos que permitam a calibragem de variação da pressão dos pneus de 2,5 kgf/cm² a 8,4 kgf/cm² .

O equipamento em operação deve ser suficiente para compactar a mis-tura na densidade de projeto, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deve ser vistoriado antes do início da execução do serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que, não deve ser autorizada a sua utilização.

5.4 Execução

5.4.1 Pintura de ligação

Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do revestimento, ou no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda ter sido a imprimação recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deve ser feita uma pintura de ligação.

5.4.2 Temperatura do ligante

A temperatura do cimento asfáltico empregado na mistura deve ser de-terminada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o cimento asfálti-co apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 a 150 SSF, “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), indicando-se, preferencialmente, a visco-sidade de 75 a 95 SSF. A temperatura do ligante não deve ser inferior a 107°C nem exceder a 177°C.

5.4.3 Aquecimento dos agregados

Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10°C a 15°C acima da temperatura do ligante asfáltico, sem ultrapassar 177°C.

5.4.4 Produção do concreto asfáltico reciclado

A produção do concreto asfáltico é efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente especificado.

5.4.5 Transporte do concreto asfáltico reciclado

O concreto asfáltico produzido deve ser transportado, da usina ao pon-to de aplicação, nos veículos especificados no item 5.3 quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada. Cada carregamento deve ser coberto com lona ou outro material aceitável, com tamanho suficiente para proteger a mis tura.

5.4.6 Distribuição e compactação da mistura

A distribuição do concreto asfáltico reciclado deve ser feita por equipa-mentos adequados, conforme especificado no item 5.3.

Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas devem ser sanadas pela adição manual de concreto asfáltico, sendo esse espa-lhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.

Após a distribuição do concreto asfáltico, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura

Page 122: Dnit -Estradas

asfáltica possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso.

Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual deve ser aumentada à medida que a mistura seja compactada, e, conseqüentemente, suportando pressões mais elevadas.

A compactação deve ser iniciada pelos bordos, longitudinalmente, con-tinuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a supere-levação, a compactação deve começar sempre do ponto mais baixo para o ponto mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta na seguinte, de pelo menos metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

Durante a rolagem não são permitidas mudanças de direção e inver-sões bruscas da marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém – rolado. As rodas do rolo devem ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

5.4.7 Abertura ao tráfego

Os revestimentos recém–acabados devem ser mantidos sem tráfego, até o seu completo resfriamento.

6 Manejo ambiental

Para execução de concreto asfáltico reciclado a quente no local são necessários trabalhos envolvendo a utilização de asfalto e agregados, além da instalação de usina misturadora.

Os cuidados a serem observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção e aplicação de agregados, o estoque e operação da usina.

NOTA: Devem ser observadas as prescrições estabelecidas nos Pro-gramas Ambientais que integram o Projeto Básico Ambiental – PBA.

6.1 Agregados

No decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras e a-reais devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

Caso utilizado areal comercial, a brita e a areia somente serão aceitas após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal, cuja cópia deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

Não deve ser permitido a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

Planejar adequadamente a exploração da pedreira e do areal, de modo a minimizar os impactos decorrentes da exploração e facilitar a recuperação ambiental após o término das atividades exploratórias.

Impedir queimadas como forma de desmatamento.

Seguir as recomendações constantes da DNER-ES 279/97 para os caminhos de serviço.

Construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso.

6.2 Ligantes asfálticos

Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

Vedar o descarte do refugo de materiais usados na faixa de domínio áreas onde possam causar prejuízos ambientais.

Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução, imediatamente após a remoção da usina e dos depósitos e à limpeza de canteiro de obras.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

a) estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;

b) transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;

c) transporte e estocagem de filer;

d) transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

Os agentes e fontes poluidoras, compreendem:

Agentes e fontes poluidoras

AGENTE POLUIDOR FONTES POLUIDORAS

I. Emissão de partícu-las

A principal fonte é o secador rotativo.

Outras fontes são: peneiramento, transfe-rência e manuseio de agregados, balança,

pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II. Emissão de gases Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.

Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.

Aquecimento de cimento asfáltico: hidrocar-bonetos. Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidro-carbonetos.

III. Emissões Fugitivas As principais fontes são pilhas de estoca-gem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

NOTA: Emissões Fugitivas - São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar seu fluxo.

Em função destes agentes devem ser obedecidos os itens 6.3 e 6.4.

6.3 Quanto à instalação

Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente à uma distancia infe-rior a 200 m (duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, hospitais, clínicas, centros de reabilitação, escolas asilos, orfanatos creches, clubes esportivos, parques de diversões e outras cons-truções comunitárias.

Definir no projeto executivo, áreas para as instalações industriais, de maneira tal que se consiga o mínimo de agressão ao meio ambiente.

Atribuir à Executante responsabilidade pela obtenção da licença de ins-talação/operação, assim como manter a usina em condições de funciona-mento dentro do prescrito nestas especificações.

6.4 Operação

Instalar sistemas de controle de poluição do ar cons tituídos por ciclone e filtro de mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabele-cidos nas legislações vigentes.

Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições em chaminés que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto, para atender aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental.

Dotar os silos de estocagem de agregado frio de proteção laterais e cobertura, para evitar dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

Enclausurar a correia transportadora de agregado frio.

Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja fei-ta sem emissão visível para a atmosfera. Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação, para evitar emis-sões de partículas na entrada e saída do mesmo.

Dotar o misturador, os silos de agregado quente e as peneiras classifi-catórias de exaustão conectados ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

Fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem a seco.

Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de recicla-gem de pó retidos nas mangas.

Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipa-mentos de processo.

Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de controle.

Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medi-ções.

Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluido-ra (gás ou eletricidade) e o estabelecimento de barreiras vegetais no local, sempre que possível.

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7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

Todos os materiais utilizados na fabricação de Concreto Asfáltico Reci-clado a Quente na Usina (Insumos) devem ser examinados em laboratório, obedecendo a metodologia indicada pelo DNIT, e satisfazer às especifica-ções em vigor.

7.1.1 Cimento asfáltico

O controle da qualidade do cimento asfáltico consta do seguinte:

– 01 ensaio de penetração a 25ºC (DNER-ME 003), para todo carre-gamento que chegar à obra;

– 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar à obra (DNERME 148);

– 01 índice de susceptibilidade térmica para cada 100t, determinado pelos ensaios DNER-ME 003 e NBR 6560;

– 01 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra;

– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), para todo carregamento que chegar à obra;

– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004) a diferen-tes temperaturas, para o estabelecimento da curva viscosidade x tempera-tura, para cada 100t.

7.1.2 Agregados

O controle da qualidade dos agregados consta do seguinte:

a) Ensaios eventuais

Somente quando houver dúvidas ou variações quanto à origem e natu-reza dos materiais.

– ensaio de desgaste Los Angeles (DNER-ME 035) do agregado graú-do adicional;

– ensaio de adesividade dos agregados adicionais (DNER-ME 078 e DNERME 079). Se o concreto asfáltico contiver dope também devem ser executados os ensaios de RTFOT (ASTM D-2872) ou ECA (ASTM-D- 1754) e de degradação produzida pela umidade (AASHTO-283/89 e DNERME 138);

– ensaio de índice de forma do agregado graúdo adicional (DNER-ME 086);

b) Ensaios de rotina

– 02 ensaios de granulometria dos agregados adicionais , e de material fresado, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083);

– 01 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo adicional, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 054);

– 01 ensaio de granulometria do material de enchimento (filer), por jor-nada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083).

7.2 Controle da produção

O controle da produção (Execução) do Concreto Asfáltico deve ser e-xercido através de coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória de acordo com o Plano de Amostragem Aleatória (vide item 7.4).

7.2.1 Controle da usinagem do concreto asfáltico reciclado a quen-te

a) Controles da quantidade de ligante na mistura

Devem ser efetuadas extrações de asfalto, de amostras coletadas na pista, logo após a passagem da acabadora (DNER-ME 053).

A porcentagem de ligante na mistura deve respeitar os limites estabe-lecidos no projeto da mistura, devendo-se observar a tolerância máxima de ± 0,3%.

Deve ser executada uma determinação, no mínimo a cada 700m2 de pista.

b) Controle da graduação da mistura de agregados

Deve ser procedido o ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mis-tura dos agregados resultantes das extrações citadas na alínea "a". A curva granulométrica deve manter-se contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias especificadas no projeto da mistura.

c) Controle de temperatura

São efetuadas medidas de temperatura, durante a jornada de 8 horas de trabalho, da mistura, no momento da saída do misturador.

As temperaturas podem apresentar variações de ± 5ºC das especifica-das no projeto da mistura.

d) Controle das características da mistura

Devem ser realizados ensaios Marshall em três corpos -de-prova de cada mistura por jornada de oito horas de trabalho (DNERME 043) e tam-bém o ensaio de tração por compressão diametral a 25°C (DNER-ME 138), em material coletado após a passagem da acabadora. Os corpos –deprova devem ser moldados in loco, imediatamente antes do início da compacta-ção da massa.

Os valores de estabilidade, e da resistência à tração por compressão diametral devem satisfazer ao especificado.

7.2.2 Espalhamento e compactação na pista

Devem ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa imediatamente antes de iniciada a compactação. Estas tempera-turas devem ser as indicadas, com uma tolerância de ± 5°C.

O controle do grau de compactação - GC da mistura asfáltica deve ser feito, medindo-se a densidade aparente de corpos -de-prova extraídos da mistura espalhada e compactada na pista, por meio de brocas rotativas e comparando-se os valores obtidos com os resultados da densidade aparen-te de projeto da mistura.

Devem ser realizadas determinações em locais escolhidos, aleatoria-mente, durante a jornada de trabalho, não sendo permitidos GC inferiores a 97% ou superiores a 101%, em relação à massa específica aparente máxi-ma do projeto da mistura (conforme item 7.5, alínea "a").

As medidas do grau de compactação devem ser efetuadas a cada 700m2 de pista.

7.3 Verificação do produto

A verificação final da qualidade do revestimento de Concreto Asfáltico (Produto) deve ser exercida através das seguintes determinações, executa-das de acordo com o Plano de Amostragem Aleatório (vide item 7.4):

a) Espessura da camada

Deve ser medida por ocasião da extração dos corpos -de-prova na pis-ta, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos; antes e depois do espalha-mento e compactação da mistura. Admite-se a variação de ± 5% em rela-ção às espessuras de projeto.

b) Alinhamentos

A verificação do eixo e dos bordos deve ser feita durante os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação..

Os desvios verificados não devem exceder ± 5cm.

c) Acabamento da superfície

Durante a execução deve ser feito em cada estaca da locação o con-trole de acabamento da superfície do revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da superfí-cie, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas.

O acabamento longitudinal da superfície deve ser verificado por apare-lhos medidores de irregularidade tipo resposta devidamente calibrados (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182) ou outro dispositivo equivalente para esta finalidade. Neste caso o Quociente de Irregularidade – QI deve apre-sentar valor inferior ou igual a 35 contagens/km (IRI = 2,7).

d) Condições de segurança O revestimento de concreto asfáltico aca-bado deve apresentar Valores de Resistência à Derrapagem - VDR = 45 quando medido com o Pêndulo Britânico (ASTM-E 303) e Altura de Areia – 1,20mm = HS = 0,60mm (NF P-98-216-7).

Os ensaios de controle são realizados em segmentos escolhidos de maneira aleatória, na forma definida pelo Plano da Qualidade.

7.4 Plano de Amostragem - Controle Tecnológico

O número e a freqüência de determinações correspondentes aos diver-sos ensaios para o controle tecnológico da produção e do produto são estabelecidos segundo um Plano de Amostragem aprovado pela Fiscaliza-ção, de acordo com a seguinte tabela de controle estatístico de resultados (DNER-PRO 277):

Page 124: Dnit -Estradas

7.5 Condições de Conformidade e Não Conformidade

Todos os ensaios de controle e determinações relativos à produção e ao produto, realizados de acordo com o Plano de Amostragem citado em 7.4, devem cumprir as Condições Gerais e Específicas desta Norma, e estar de acordo com os seguintes critérios:

a) Quando especificada uma faixa de valores mínimos e máximos de-vem ser verificadas as seguintes condições:

X - ks < valor mínimo especificado ou

X + ks > valor máximo de projeto: Não

Conformidade;

X - ks = valor mínimo especificado

ou X + ks = valor máximo de projeto:

Conformidade;

Sendo:

– valores individuais

X – média da amostra

s - desvio padrão da amostra.

k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.

n - número de determinações.

b) Quando especificado um valor mínimo a ser atingido devem ser veri-ficadas as seguintes condições:

Se x - ks < valor mínimo especificado: Não Conformidade;

Se x -

Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO a qual estabelece que sejam tomadas providências para tratamento das “Não-Conformidades” da Produção e do Produto.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço só deve ser aceito se as correções executadas colo-carem-no em conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário deve ser rejeitado.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os critérios esta-belecidos no Edital de Lici tação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com as seguintes disposições gerais:

a) O concreto asfáltico reciclado a quente na usina deve ser medido em toneladas de mistura efetivamente aplicada na pista. Não serão motivos de medição: mão-de-obra, materiais (exceto cimento asfáltico), transporte da mistura da usina à pista e encargos quando estiverem incluídos na compo-sição do preço unitário;

b) A quantidade de cimento asfáltico aplicada é obtida pela média arit-mética dos valores medidos na usina, em toneladas;

c) O transporte do cimento asfáltico efetivamente aplicado deve ser medido com base na distância entre a refinaria e o canteiro de serviço.

d) Nenhuma medição deve ser processada se a ela não estiver anexa-do um relatório de controle da qualidade contendo os resultados dos ensai-os e determinações devidamente interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado.

NORMA DNIT 034/2005 – ES DNIT

Pavimentos flexíveis – Concreto asfáltico reciclado a quente no local –

Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser empregada na execução de camada do pavimento por meio da confecção de mistura asfáltica reciclada a quente no local utilizando cimento asfáltico, material de revestimento asfáltico removido de pavimento existente, agregados minerais e material de enchimento (filler) e agente de reciclagem. Estabelece os requisitos concernentes a material, equipamento, execução e controle de qualidade dos materiais empregados, além de conformidade, não conformidade e medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa, objetivando estabelecer as condições exigíveis para a execução de camada de pavimento em mistura asfáltica reciclada a quente no local, por equipamento apropriado utilizando ligante asfáltico, material de revestimen-to removido de pavimento existente, agregados minerais, material de en-chimento (filer) e agente de reciclagem. Está formatada de acordo com a norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 319/97.

1 Objetivo

Estabelecer os procedimentos a serem empregados no processo da reciclagem a quente no local, com equipamento apropriado, de materiais de revestimento dos pavimentos degradados, sua reutilização objetivando reconstituir as características mecânicas originais ou melhorá-las, atenden-do os alinhamentos, greide e seção transversal do projeto.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTEATION OFFICIALS. T 283-89: resistance of compacted bituminous mixture to moisture induced damage. In: _____. Standard speci-fications for transportation materials and methods of sampling and testing. Washington, D.C., 1986. v.2

b) AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM D 1754: effect of heat and air on asphaltic materials ( Thin-Film Oven Test ): test. In: _____. 1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

c) ______.ASTM D 2872: effect of heat and air on a moving film of as-phalt ( Rolling Thin-Film Oven Test ): test. In: _____. 1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

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d) ______ . ASTM E 303: pavement surface frictional properties using the British Portable Tester – Surface Frictional Properties Using the Britsh Pendulum Tester: test for measuring. In: _____. 1978 annual book of ASTM standards. Philadelphia, Pa., 1978.

e) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5847: materiais asfálticos - determinação da viscosidade absoluta. Rio de Janeiro, 2001.

f) _____. NBR 6560: materiais asfálticos – determinação de ponto de amolecimento – método do anel e bola. Rio de Janeiro, 2000.

g) ASSOCIATION FRANÇAISE DE NORMALISATION. AFNOR NF P-98-216-7: determination de la macrotexture - partie 7:

determination de hauteur au sable. Paris, 1999.

h) DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ISA 07: impactos da fase de obras rodoviárias – causas/ mitigação/ eliminação. In: _____. Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários. Rio de Janeiro, 1996.

i) _____. DNER-EM 204/95: cimentos asfálticos de petróleo: especifi-cação de material. Rio de Janeiro: IPR, 1995.

j) _____. DNER-EM 367/97: material de enchimento para misturas as-fálticas: especificação de material. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

k) _____. DNER-ME 003/99: material asfáltico – determinação da pene-tração: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1999.

l) _____. DNER-ME 004/94: material asfáltico – determinação da visco-sidade “Saybolt- Furol” a alta temperatura: método de ensaio. Rio de Janei-ro: IPR, 1994.

m) _____. DNER-ME 035/98: agregados – determinação da abrasão “Los Angeles” : método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1998.

n) _____. DNER-ME 043/95: misturas asfálticas a quente – ensaio Marshall: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1995.

o) _____. DNER-ME 053/94: misturas asfálticas – percentagem de be-tume: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

p) _____. DNER-ME 054/97: equivalente de areia: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1997.

q) _____. DNER-ME 078/94: agregado graúdo – adesividade a ligante asfáltico: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

r) _____. DNER-ME 079/94: agregado - adesividade a ligante asfáltico: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

s) _____. DNER-ME 083/98: agregados – análise granulométrica: mé-todo de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1998.

t) _____. DNER-ME 086/94: agregados – determinação do índice de forma: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

u) _____. DNER-ME 089/94: agregados – avaliação da durabilidade pelo emprego de soluções de sulfato de sódio ou de magnésio: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

v) _____. DNER-ME 138/94: misturas asfálticas – determinação da re-sistência à tração por compressão diametral: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

w) _____. DNER-ME 148/94: material asfáltico – determinação dos pontos de fulgor e combustão ( vaso aberto Cleveland ): método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

x) _____. DNER-ME 401/99: agregados – determinação de índice de degradação de rochas após compactação Marshall com ligante IDml e sem ligante IDm: método de ensaio. Rio de Janeiro: IPR, 1999.

y) _____. DNER-PRO 164/94 – Calibração e controle de sistemas de medidores de irregularidade de superfície do pavimento (Sistemas Integra-dores IPR/USP e Maysmeter);

z) _____. DNER-PRO 182/94: medição de irregularidade de superfície de pavimento com sistemas integradores IPR/USP e

Maysmeter: procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 1994.

aa) _____. DNER-PRO 277/97: metodologia para controle estatístico de obras e serviços: procedimento: Rio de Janeiro: IPR, 1997.

bb) DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT 011/2004-PRO: gestão da qualidade em obras rodoviárias: procedimento. Rio de Janeiro: IPR, 2004.

3 Definição

Concreto asfáltico reciclado a quente no local - é a mistura realizada por equipamento apropriado, utilizando-se como agregado o material do

revestimento asfáltico removido a frio ou a quente do pavimento existente, cimento asfáltico e agregados adicionais e, se necessário, material de enchimento (filer) e agente de reciclagem misturado, espalhado e compri-mido à quente.

4 Condições gerais

O concreto asfáltico reciclado no local pode ser empregado como re-vestimento, base, regularização ou reforço do pavimento.

Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Especifica-ção, em dias de chuva.

O concreto asfáltico reciclado a quente no local somente deve ser fa-bricado, e aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 10ºC.

Todo o carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve apre-sentar por parte do fabricante/distribuidor certificado de resultados de análise dos ensaios de caracterização exigidos pela especificação, corres-pondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento e transporte para o canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar de 10 dias.

Deve trazer também indicação clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de obra.

5 Condições específicas

5.1 Material

Os materiais constituintes de concreto asfáltico reciclado a quente no local são a mistura asfáltica a reciclar extraída a quente ou a frio, agregado mineral adicional, ligante asfáltico adicional, material de enchimento (filer) e agente de reciclagem quando necessário, os quais devem satisfazer estas Especificações, item 2 - Referências, e às especificações aprovadas pelo DNIT.

5.1.1 Ligante asfáltico adicional

O ligante asfáltico adicional poderá ser cimento asfáltico puro ou mistu-rado com agente de reciclagem, satisfazendo às especificações do projeto.

5.1.2 Agente de reciclagem

Podem ser empregados hidrocarbonetos puros ou misturados com ci-mento asfáltico de petróleo capazes de regenerar o ligante da antiga mistu-ra asfáltica à reciclar, restaurando suas características físicas e químicas iguais ou próximas do ligante original, ou de outro tipo de ligante definido no projeto, satisfazendo às Especificações para cimento asfáltico de petró-leo do DNIT. A quantidade adicionada à mistura asfáltica a reciclar será definida no projeto.

5.1.3 Agregados

5.1.3.1 Agregado graúdo adicional

O agregado graúdo adicional pode ser pedra, seixo rolado britado ou outro material indicado nas Especificações complementares. O agregado graúdo deve ser constituído de fragmentos sãos, duráveis, livres de torrões de argila, e de substâncias nocivas, e apresentar as características seguin-tes:

a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50% (DNER-ME 035); admi-tindo-se agregados com valores maiores, no caso de terem apresentado desempenho satisfatório em utilização anterior;

Nota: Caso o agregado graúdo a ser usado apresente um índice de desgaste Los Angeles superior a 50%, pode ser usado o Método DNER-ME 401/99 – Agregado – Determinação de degradação de rochas após com-pactação Marshall, com ligante IDML, e sem ligante IDM, cujos valores tentativas de degradação para julgamento da qualidade de rochas destina-das ao uso no Concreto Asfáltico são: IDML = 5% e IDM = 8%.

b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);

c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNERME 89);

5.1.3.2 Agregado miúdo adicional

O agregado miúdo adicional pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais devem ser resis tentes , livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deve apresentar: – equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054).

5.1.3.3 Mistura Asfáltica a reciclar

A mistura asfáltica a reciclar é obtida na remoção a quente ou frio da camada asfáltica do pavimento.

5.1.3.4 Material de enchimento (filer)

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Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, tais como pó de pedra, cimento Portland, cal extinta, pós-calcários etc; e que atendam à especificação DNER 367/97.

5.1.3.5 Melhorador de adesividade

Não havendo boa adesividade entre o ligante asfáltico e os agregados adicionais (DNER-ME 078 e DNER-ME 079), pode ser empregado melho-rador de adesividade na quantidade fixada no projeto.

A determinação da adesividade é definida pelos seguintes ensaios:

a) Métodos DNER-ME 078/94 e DNER 079/95, após submeter o ligante asfáltico contendo o dope no ensaio RTFOT (ASTM – D 2872); ou o ensaio ECA(ABNT-MB 425 – ASTM D – 1754);

b) Método de ensaio para determinar a resistência de misturas asfálti-cas compactadas à degradação produzidos pela umidade (AASHTO 283/89). Neste caso a razão da resistência à tração por compressão diame-

DNER-ME 138/94).

Nota: CP = Corpo de Prova moldado pela DNERME 043

5.2 Composição da mistura reciclada

A composição do concreto asfáltico reciclado deve satisfazer aos re-quisitos do quadro seguinte com as respectivas tolerâncias no que diz respeito à granulometria (DNER-ME 083) e aos percentuais do ligante asfáltico determinados pelo projeto da mistura.

A faixa usada deve ser aquela, cujo diâmetro máximo éinferior a 2/3 da

espessura da camada.

No projeto da curva granulométrica, para camada de revestimento, de-ve ser considerada a segurança do usuário, especificada no item 7.3 – Condições de Segurança.

As porcentagens de ligante referem-se à mistura de agregados, consi-derada como 100%. Para todas as faixas granulométricas, a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deve ser inferior a 4% do total.

c) devem ser observados os valores limites para as características es-pecificadas no quadro a seguir:

d) as Especificações Complementares podem fixar outra energia de compactação;

e) as misturas devem atender às especificações da relação betu-me/vazios ou aos mínimos de vazios do agregado mineral, dados pela seguinte tabela:

5.3 Equipamento

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deve ser e-xaminado, devendo estarem aptos para realizar os trabalhos constantes desta Especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes: a) Equipamento para remoção do pavimento

O pavimento asfáltico antes da reciclagem deve ser removido:

– Por escarificação ou fresagem do pavimento asfáltico previamente aquecido a temperatura suficiente e necessária para remoção, com o emprego de dispositivo que não provoque degradação ou oxidação do ligante residual;

– Por fresagem mecânica a frio do pavimento.

A fresagem mecânica ou a escarificação do pavimento deve modificar o mínimo possível às características granulométricas

da mistura asfáltica a reciclar.

O equipamento para remoção do pavimento deve ter dispositivo de re-gulagem de espessura da camada do pavimento que deve ser removida.

b) Usina móvel para reciclagem

A reciclagem da mistura asfáltica deve ser realizada no local com equi-pamento apropriado para esta finalidade em usina móvel tipo rolo-secador-misturador.

No equipamento para reciclagem (usina tipo rolo-secador-misturador autopropelida), o material removido do pavimento deve ser misturado com agregado mineral adicional, conforme projeto e concreto asfáltico removido a frio ou a quente, ligante asfáltico adicional e, se necessário, agente de reciclagem de acordo com o projeto. O equipamento deve estar acoplado com um dispositivo/equipamento para espalhamento e acabamento da mistura reciclada, sem irregularidades.

c) Depósito e transporte do ligante asfáltico para abastecimento da usi-na nova Os depósitos para o ligante asfáltico devem possuir capacidade adequada e dispositivos capazes de aquecer o ligante nas temperaturas fixadas nesta Especificação. Estes dispositivos também devem evitar qualquer superaquecimento localizado. Deve ser instalado um sistema de recirculação para o ligante asfáltico, de modo a garantir a circulação, de-sembaraçada e contínua, do depósito aos caminhões tanque transportando ligante, durante todo o período de operação.

d) Silos para o agregado adicional

De acordo com o projeto pode haver necessidade de instalações de si-los de agregados adicionais para armazenamento e distribuição em cami-nhões transportadores para abastecimento da usina móvel.

e) Equipamento para compactação;

O equipamento para a compactação deve ser constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem ou rolo vibratório.

Os rolos pneumáticos, autopropulsionados , devem ser dotados de dis-positivos que permitam a calibragem de variação da pressão dos pneus de 2,5 kgf/cm² a 8,4 kgf/cm² .

O equipamento em operação deve ser suficiente para compactar a mis-tura na densidade de projeto, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.

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NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deve ser vistoriado antes do início da execução do serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que, não deve ser autorizada a sua utilização.

5.4 Execução

5.4.1 Pintura de ligação

Deverá ser realizada pintura de ligação (DNER-ES 307/97) antes da a-plicação da mistura reciclada , quando no processo de reciclagem a super-fície do pavimento não tenha sido previamente aquecida para sua remoção.

5.4.2 Temperatura do cimento asfáltico

A temperatura do ligante asfáltico, contendo ou não agente para reci-clagem, deve ser determinada para cada tipo de ligante em função da relação temperaturaviscosidade. A temperatura conveniente é aquela na qual o asfalto apresenta viscosidade situada dentro da faixa de 75 segun-dos e 150 segundos "Saybolt-Furol", (DNER-ME 004) indicando-se, prefe-rencialmente, a viscosidade de 75 segundos a 95 segundos "Saybolt- Furol". Entretanto a temperatura do ligante não deve ser inferior a 107 °C ou exceder a 177 °C.

5.4.3 Agregado adicional

O agregado mineral adicional, quando empregado no processo da reci-clagem para reconstituir ou modificar a curva granulométrica definida no projeto, deve satisfazer as características para agregados constantes das especificações.

A quantidade de agregado adicional é definida no projeto.

5.4.4 Ligante asfáltico adicional

O ligante asfáltico adicional de reciclagem empregado deve apresentar características definidas no projeto.

5.4.5 Agente de reciclagem

O agente de reciclagem quando empregado no processo da reciclagem deve estar de acordo com as especificações estabelecidas no projeto.

A quantidade de agente de reciclagem deve ser definido no projeto.

5.4.6 Distribuição e compactação da mistura

A distribuição do concreto asfáltico reciclado deve ser feita por equipa-mentos adequados, conforme especificado no item 5.3.

Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas devem ser sanadas pela adição manual de concreto asfáltico, sendo esse espa-lhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos metálicos.

Após a distribuição do concreto asfáltico, tem início a rolagem. Como norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso.

Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa pressão, a qual deve ser aumentada à medida que a mistura seja compactada, e, conseqüentemente, suportando pressões mais elevadas.

A compactação deve ser iniciada pelos bordos, longitudinalmente, con-tinuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a supere-levação, a compactação deve começar sempre do ponto mais baixo para o ponto mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta na seguinte de, pelo menos, metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

Durante a rolagem não são permitidas mudanças de direção e inver-sões bruscas da marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém–rolado. As rodas do rolo devem ser umedecidas ade-quadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

5.4.7 Abertura ao trânsito

Os revestimentos recém acabados devem ser mantidos sem trânsito até o completo resfriamento..

6 Manejo ambiental

Para execução de concreto asfáltico reciclado a quente no local são necessários trabalhos envolvendo a utilização de asfalto e agregados, além da instalação de usina misturadora.

Os cuidados observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção e aplicação de agregados, o estoque e operação da usina.

NOTA: Devem ser observadas as prescrições estabelecidas nos Pro-gramas Ambientais que integram o Projeto Básico Ambiental – PBA.

6.1 Agregados

No decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras e a-reais devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

a) Caso utilizado areal comercial, a brita e a areia somente serão acei-tas após apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal, cuja cópia deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

b) Não deve ser permitido a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

c) Planejar adequadamente a exploração da pedreira e do areal, de modo a minimizar os impactos decorrentes da exploração e facilitar a recuperação ambiental após o término das atividades exploratórias.

d) Impedir queimadas como forma de desmatamento.

e) Seguir as recomendações constantes da DNER-ES 279/97 para os caminhos de serviço.

f) Construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso.

6.2 Ligantes asfálticos

a) Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

b) Vedar o descarte do refugo de materiais usados na faixa de domínio áreas onde possam causar prejuízos ambientais.

c) Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução, imediatamente após a remoção da usina e dos depósitos e à limpeza de canteiro de obras.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

a) estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;

b) transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;

c) transporte e estocagem de filer;

d) transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

Os agentes e fontes poluidoras, compreendem:

Agentes e fontes poluidoras

AGENTE POLU-IDOR

FONTES POLUIDORAS

I. Emissão de partículas

A principal fonte é o secador rotativo.

Outras fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II. Emissão de gases

Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitro-gênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.

Misturador de asfalto: hidrocarbonetos.

Aquecimento de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento asfáltico: hidrocarbonetos.

III. Emissões Fugitivas

As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

NOTA: Emissões Fugitivas - São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar seu fluxo.

Em função destes agentes devem ser obedecidos os itens 6.3 e 6.4.

6.3 Quanto à instalação

a) Definir no projeto executivo, áreas para as instalações industriais, de maneira tal que se consiga o mínimo de agressão ao meio ambiente.

b) Atribuir à Executante responsabilidade pela obtenção da licença de instalação/operação, assim como manter o equipamento em condições de funcionamento dentro do prescrito nestas especificações.

6.4 Operação

a) Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ci-clone e filtro de mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos nas legislações vigentes.

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b) Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições em chaminés que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto, para atender aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental.

c) Dotar os silos de estocagem de agregado frio de proteção laterais e cobertura, para evitar dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

d) Enclausurar a correia transportadora de agregado frio.

e) Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem emissão visível para a atmosfera.

f) Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina esti-ver em operação, para evitar emissões de partículas na entrada e saída do mesmo.

g) Dotar o misturador, os silos de agregado quente e as peneiras clas-sificatórias de exaustão conectados ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

h) Fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

i) Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

j) Dotar os silos de estocagem de filler de sistema próprio de filtragem a seco.

k) Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partícu-las provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reci-clagem de pó retidos nas mangas.

l) Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipa-mentos de processo.

m) Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de controle.

n) Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medições.

o) Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos polu-idora (gás ou eletricidade) e o estabelecimento de barreiras vegetais no local, sempre que possível.

7 Inspeção

7.1 Controle dos insumos

Todos os materiais utilizados na fabricação de Concreto Asfáltico Reci-clado a quente no local (Insumos) deverão ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNIT, e satisfazer às especifica-ções em vigor.

7.1.1 Ligante asfáltico

O controle da qualidade do cimento asfáltico consta do seguinte:

– 01 ensaio de penetração a 25ºC (DNER-ME 003), para todo carre-gamento que chegar à obra;

– 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar à obra (DNERME 148);

– 01 índice de susceptibilidade térmica para cada 100t, determinado pelos ensaios DNER-ME 003 e NBR 6560;

– 01 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra;

– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), para todo carregamento que chegar à obra;

– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004) a diferen-tes temperaturas, para o estabelecimento da curva viscosidade x tempera-tura, para cada 100t.

7.1.2 Agregados

O controle da qualidade dos agregados consta do seguinte:

a) Ensaios eventuais

Somente quando houver dúvidas ou variações quanto à origem e natu-reza dos materiais.

– ensaio de desgaste Los Angeles (DNER-ME 035);

– ensaio de adesividade (DNER-ME 078 e DNER-ME 079). Se o con-creto asfáltico contiver dope também devem ser executados os ensaios de RTFOT (ASTM D-2872) ou ECA (ASTM-D- 1754) e de degradação produ-zida pela umidade (AASHTO-283/89 e DNERME 138);

– ensaio de índice de forma do agregado graúdo (DNER-ME 086);

b) Ensaios de rotina

– 02 ensaios de granulometria do agregado adicional, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083);

– 01 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo adicional, por jornada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 054);

– 01 ensaio de granulometria do material de enchimento (filer), por jor-nada de 8 horas de trabalho (DNER-ME 083).

7.2 Controle de produção

O controle da produção (Execução) do Concreto Asfáltico Reciclado a Quente no local será exercido através de coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória.

7.2.1 Controle da usinagem do concreto asfáltico

a) Controle da quantidade de ligante na mistura

– Devem ser efetuadas extrações de asfalto, de amostras da mistura coletada na usina móvel (DNER-ME 053). A porcentagem de ligante poderá variar, no máximo ± 0,3%.

b) Controle da graduação da mistura de agregados

– Será procedido o ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mistu-ra dos agregados resultantes das extrações citadas no item anterior. A curva granulométrica deve manter-se contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias, especificadas no projeto.

c) Controle de temperatura

Serão efetuadas medidas de temperatura, durante a jornada de 8 horas de trabalho, em cada um dos itens abaixo discriminados:

– do ligante, na usina móvel;

– da mistura, no momento, da saída da usina móvel.

especificadas.

d) Controle das características da mistura produzida pela usina móvel

– Devem ser realizados ensaios Marshall com três corpos -de-prova da mistura por cada jornada de oito horas de trabalho (DNER-ME 043) e também o ensaio de tração por compressão diametral a 25 °C (DNER-ME 138).

– Os valores de estabilidade da fluência e da resistência à tração por compressão diametral devem satisfazer ao especificado no item proposto. As amostras devem ser retiradas na saída do misturador.

7.2.2 Espalhamento e compressão na pista

Devem ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa imediatamente, antes de iniciada a compressão. Estas tempera-turas devem ser as indicadas para compressão, com uma tolerância de ± 5°C.

O controle do grau de compressão - GC da mistura asfáltica deve ser feito, preferencialmente, medindo-se a densidade aparente de corpos -de-prova extraídos da mistura espalhada e comprimida na pista, por meio de brocas rotativas e comparando as mesmas com os resultados da densidade aparente de projeto da mistura.

Podem ser empregados outros métodos para determinação da densi-dade aparente na pista, desde que indicada no projeto.

Devem ser realizadas determinações em locais escolhidos aleatoria-mente durante a jornada de trabalho, não sendo permitidos - GC inferiores a 97%, ou superiores a 101% em relação à massa específica aparente máxima do projeto.

As medidas do grau de compactação devem ser efetuadas a cada 700m2 de pista.

7.3 Verificação do produto

A verificação final da qualidade do revestimento de Concreto Asfáltico (Produto) deve ser exercida através das seguintes determinações , de acordo com o Plano de Amostragem Aleatório:

a) Espessura da camada

– Deve ser medida a espessura por ocasião da extração dos corpos -de- prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da mistura. Admite-se a variação de ± 5% em relação às espessuras de projeto.

b) Alinhamentos

– A verificação do eixo e bordos é feita durante os trabalhos de locação e nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação.

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Pode também ser à trena. Os desvios verificados não devem exceder ± 5cm.

c) Acabamento da superfície – Durante a execução deve ser feito em cada estaca da locação o controle de acabamento da superfície do revesti-mento, como auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectiva-mente. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas.

– O acabamento longitudinal da superfície deverá ser verificado por "a-parelhos medidores de irregularidade tipo resposta" devidamente calibrado (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182) ou outro dispositivo equivalente para esta finalidade. Neste caso o Quociente de Irregularidade - QI deverá apresentar valor inferior a 35 contagens/km (IRI = 2,7).

d) Condições de segurança

O revestimento de concreto asfáltico acabado deve apresentar Valores de Resistência à Derrapagem - VDR = 45 quando medido com o Pêndulo Britânico (ASTM-E 303) e Altura de Areia – 1,20mm = HS = 0,60mm (NF P-98-216-7).

Os ensaios de controle são realizados em segmentos escolhidos de maneira aleatória, na forma definida pelo Plano da Qualidade.

7.4 Plano de Amostragem - Controle Tecnológico

O número e a freqüência de determinações correspondentes aos diver-sos ensaios para o controle tecnológico da produção e do produto são estabelecidos segundo um Plano de Amostragem aprovado pela Fiscaliza-ção, de acordo com a seguinte tabela de controle estatístico de resultados (DNER-PRO 277):

7.5 Condições de Conformidade e Não Conformidade

Todos os ensaios de controle e determinações relativos à produção e ao produto, realizados de acordo com o Plano de Amostragem citado em 7.4, devem cumprir as Condições Gerais e Específicas desta Norma, e estar de acordo com os seguintes critérios:

a) Quando especificada uma faixa de valores mínimos e máximos de-vem ser verificadas as seguintes condições:

X - ks < valor mínimo especificado ou

X + ks > valor máximo de projeto: Não Conformidade;

X - ks = valor mínimo especificado ou X + ks = valor máximo de pro-jeto:

Conformidade;

Sendo:

Onde:

– valores individuais

X – média da amostra

s - desvio padrão da amostra.

k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.

n - número de determinações.

b) Quando especificado um valor mínimo a ser atingido devem ser veri-ficadas as seguintes condições:

Se x - ks < valor mínimo especificado: Não Conformidade;

Se x -

Conformidade.

Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO a qual estabelece que sejam tomadas providências para tratamento das “Não-Conformidades” da Produção e do Produto.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço só deve ser aceito se as correções executadas colo-carem-no em conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário será rejeitado.

8 Critérios de medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os critérios esta-belecidos no Edital de Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com as seguintes disposições gerais:

a) O concreto asfáltico recilado a quente no local, deve ser medido em toneladas de mistura efetivamente produzida e compactada na pista. Não serão motivos de medição: mão-de-obra, materiais (exceto cimento asfálti-co), transporte da mistura da usina à pista e encargos quando estiverem incluídos na composição do preço unitário;

b) A quantidade de cimento asfáltico aplicada é obtida pela média arit-mética dos valores medidos na usina móvel, em toneladas;

c) O transporte do cimento asfáltico efetivamente aplicado deve ser medido com base na distância entre a refinaria e o canteiro de serviço.

d) Nenhuma medição deve ser processada se a ela não estiver anexa-do um relatório de controle da qualidade contendo os resultados dos ensai-os e determinações devidamente interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado.

NORMA DNIT 035/2005 – ES DNIT

Pavimentos flexíveis – Micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero – Especificação de serviço

Resumo

Este documento define a sistemática a ser empregada na execução de camada do micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero para selamento, impermeabilização, rejuvenescimento e conser-vação dos pavimentos. Neste documento encontram-se definidos os requi-sitos concernentes a material, equipamento, execução e controle de quali-dade, além dos critérios para aceitação, rejeição e medição dos serviços.

Prefácio

A presente Norma foi preparada pela Diretoria de Planejamento e Pes-quisa, para servir como documento base na sistemática a ser empregada na execução de micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero. Está formatada de acordo com a norma DNIT 001/2002-PRO e cancela e substitui a norma DNER-ES 389/99.

1 Objetivo

Fixar a sistemática a ser usada na confecção e aplicação do micro re-vestimento asfáltico a frio utilizando emulsão modificada por polímero com o objetivo de selar, impermeabilizar ou rejuvenescer pavimentos asfálticos.

2 Referências

Os documentos relacionados neste item serviram de base à elaboração desta Norma e contêm disposições que, ao serem citadas no texto, se tornam parte integrante desta Norma. As edições apresentadas são as que

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estavam em vigor na data desta publicação, recomendando-se que sempre sejam consideradas as edições mais recentes, se houver.

a) -DNER-EM 396/99 - Cimento asfáltico modificado por polímero;

b) DNER-ME 002/98 - Emulsão asfáltica - carga da partícula;

c) DNER-ME 005/94 - Emulsão asfáltica - determinação da peneiração;

d) DNER-ME 006/94 - Emulsões asfálticas - determinação da sedimen-tação;

e) DNER-ME 035/98 - Agregados - determinação da abrasão “Los An-geles”;

f) DNER-ME 054/94 - Equivalente de areia;

g) DNER-ME 059/94 - Emulsões asfálticas - determinação da resistên-cia à água (adesividade)

h) DNER-ME 063/94 - Emulsões asfálticas catiônicas - determinação da desemulsibilidade;

i) DNER-ME 083/98 - Agregados – análise granulométrica;

j) DNER-ME 089/94 - Agregados – avaliação da durabilidade pelo em-prego de soluções de sulfato de sódio ou de magnésio;

k) ABNT-MB 581/71 - Viscosidade Saybolt- Furol de emulsões asfálti-cas;

l) ABNT-NBR 6568/84 - Determinação do resíduo de destilação de e-mulsão asfáltica;

m) ASTM-D 2172 - Misturas betuminosas - extração de butume;

n) ISSA-A 105/91 - Lama asfáltica (Slurry Seal);

o) ISSA-TB Nº 100/90 - Wet Track Abrasion Loss - WTAS;

p) ISSA-TB Nº 109/90 - Loaded Wheel Tester - LWT;

q) ISSA-TB Nº 114/90 - Wet Stripping Test - WST;

r) DNER-PRO 277/97 - Metodologia para controle estatístico de obras e serviços;

s) DNIT 011/2003-PRO - Gestão de Qualidade em Obras Rodoviárias.

3 Definição

Para os efeitos desta Norma é adotada a definição seguinte:

– Micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polí-mero – consiste na associação de agregado, material de enchimento (filler), emulsão asfáltica modificada por polímero do tipo SBS, água, aditivos se necessários, com consistência fluida, uniformemente espalhada sobre uma superfície previamente preparada.

4 Condições Gerais

O micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polí-mero pode ser empregado como camada selante, impermeabilizante, regularizadora e rejuvenescedora ou como camada antiderrapante de pavimentos.

Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.

Todo o carregamento de emulsão as fáltica modificada com polímero que chegar à obra deve apresentar certificado de resultados de análise dos ensaios de caracterização exigidos pela especificação, correspondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento e transporte para o canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar de 10 dias.

Deve trazer também indicação clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a fábrica e o canteiro de obra.

Nota: Vide item 7.1.1 - Emulsão asfáltica modificada com polímero.

5 Condições Específicas

5.1 Material

Os constituintes do micro revestimento asfáltico a frio são: agregado miúdo, material enchimento (filer), emulsão asfáltica modificada por políme-ro do tipo SBS, aditivos se necessários e água, os quais devem satisfazer as especificações aprovadas pelo DNER. O micro revestimento asfáltico a frio com emulsão polimerizada deve satisfazer aos requisitos exigidos nesta Especificação, a qual seguiu de uma maneira geral as indicações da ISSA - A 143 – Recomended Performance Guidelines for Micro-Surfacing.

5.1.1 Emulsão asfáltica modificada por polímero

Emulsão asfáltica modificada por polímero de ruptura controlada, catiô-nica.

5.1.2 Aditivos

Podem ser empregados aditivos para acelerar ou retardar a ruptura da emulsão na execução do micro revestimento asfáltico a frio.

5.1.3 Água

Deve ser limpa, isenta de matéria orgânica, óleos e outras substâncias prejudiciais à ruptura da emulsão asfáltica. Será empregada na qualidade necessária a promover consistência adequada.

5.1.4 Agregados

É constituído de agregados, pó-de-pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais devem ser resistentes, livres de torrões de argila, substâncias nocivas e apresentar as características seguintes:

a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER- ME 035) no agregado antes da sua britagem. Entretanto, podem ser admitidos valores de desgaste maiores no caso de desempenho satisfatório em utilização anterior;

b) durabilidade, perda inferior a 12% (DNERME 089);

c) equivalente de areia igual ou superior a 60% (DNER-ME 054);

5.1.5 Material de enchimento (filler)

Quando necessário deve ser constituído por materiais finamente dividi-dos, não plásticos, secos e isentos de grumos, tais como pó de pedra, cimento Portland, Cal extinta, pós-calcários, de acordo com a Norma DNER EM-367:

5.2 Composição da mistura

A composição granulométrica da mistura de agregados deve satisfazer os requisitos do quadro deste item, com as respectivas tolerâncias quando ensaiadas pelo Método DNER-ME 083.

Outras informações gerais sobre o as falto residual da mistura taxas de aplicação / espessuras e utilização, estão também apresentadas no quadro.

A dosagem adequada do micro revestimento asfáltico a frio é realizada com base nos ensaios recomendados pela ISSA - International Slurry Surfacing Association:

Um ajuste de dosagem dos componentes do micro revestimento asfál-tico a frio pode ser feito nas condições de campo, antes do início do servi-ço.

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NOTA: As tolerâncias constantes do quadro são permitidas desde que os limites da faixa não sejam ultrapassados.

5.3 Equipamento

5.3.1 Equipamento de limpeza

Para limpeza da superfície utilizam-se vassouras mecânicas, jatos de ar comprimido, ou outros.

5.3.2 Equipamento de mistura e de espalhamento

O micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polí-mero deve ser executado com equipamento apropriado que apres ente as características mínimas seguintes:

a) silo para agregado miúdo;

b) depósito separados para água, emulsão asfáltica e aditivos;

c) depósito para material de enchimento (filler), com alimentador auto-mático;

d) sistema de circulação e alimentação do ligante asfáltico, interligado por acoplagem direta ou não, com sistema de alimentação do agregado miúdo, de modo a assegurar perfeito controle de traço;

e) sistema misturador capaz de processar uma mistura uniforme e de despejar a massa diretamente sobre a pista, em operação contínua, sem processo de segregação;

f) chassi - todo o conjunto descrito nos itens anteriores é montado so-bre um chassi móvel autopropulsado, ou atrelado a um

cavalo mecânico, ou trator de pneus;

g) caixa distribuidora - esta peça se apóia diretamente sobre o pavi-mento atrelada ao chassi. Deve ser montada sobre borracha, ter largura

regulável para 3,50m (meia pista) e ser suficientemente pesada para garan-tir uniformidade de distribuição e bom acabamento.

5.4 Execução

Aplicação do micro revestimento asfáltico a frio com emulsão polímero deve ser realizada à velocidade uniforme, a mais reduzida possível. Em condições normais, a operação se processa com bastante simplicidade. A maior preocupação requerida consiste em observar a consistência da massa, abrindo ou fechando a alimentação d’água, de modo a obter uma consistência uniforme e manter a caixa distribuidora uniformemente carre-gada de massa.

5.5 Correção de falhas

As possíveis falhas de execução, tais como, escassez ou excesso de massa, irregularidade na emenda de faixas, devem ser corrigidas, imedia-tamente, após a execução. A escassez é corrigida com adição de massa e os excessos com a retirada por meio de rodos de madeira ou de borracha. Após estas correções, a superfície áspera deixada é alisada com a passa-gem suave de qualquer tecido espesso, umedecido com a própria massa, ou com emulsão.

6 Manejo Ambiental

Para execução da camada betuminosa do micro revestimento asfáltico a frio são necessários trabalhos envolvendo a utilização de emulsão asfálti-ca modificada e agregados.

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Os cuidados observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção, a estocagem e a aplicação de agregados, assim como a operação da usina.

NOTA: Devem ser observadas as prescrições estabelecidas nos Pro-gramas Ambientais que integram o Projeto Básico Ambiental – PBA.

6.1 Agregados

No decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras de-vem ser considerados os seguintes cuidados principais.

A brita e a areia somente são aceitas após apresentação da licença ambiental da pedreira/areal cuja cópia da licença deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da obra.

Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação ambiental.

Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a minimi-zar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos.

Impedir queimadas como forma de desmatamento.

Seguir as recomendações constantes na Norma DNERES 279/97 para Caminhos de Serviço.

Construir, junto às instalações de britagem bacias de sedimentação pa-ra retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carregamento para cursos d’ água.

Exigir a documentação atestando a regularidade das instalações pe-dreiras/areal/usina, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente, caso estes materiais sejam fornecidos por terceiros.

6.2 Emulsão asfáltica modificado por polímero Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

Vedar o refugo de materiais usados à beira da estrada e em outros lo-cais onde possam causar prejuízos ambientais.

Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução, mediante a remoção da usina e dos depósitos e à limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas misturadoras a frio englobam:

a) estocagem, dosagem, peneiramento e transporte dos agregados fri-os;

b) transporte e estocagem do filler;

c) transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e emul-são asfáltica modificada.

AGENTES E FONTES POLUIDORAS

AGENTE POLUIDOR

FONTES POLUIDORAS

I. Emissão de partícu-las

As fontes são: peneiramento, transferência e manuseio de agregados, balança, pilhas de estocagem e tráfego de veículos e vias de acesso.

II. Emissão de gases

Combustão do óleo: óxido de enxofre, óxido de nitrogê-nio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos. Aquecimento de emulsão asfáltica: hidrocarbonetos. Tanques de estocagem de óleo combustível e de cimento Asfáltico: hidrocarbonetos.

III. Emis-sões Fugitivas

As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego, área de peneiramento, pesagem e mistura.

NOTA: Emissões Fugitivas - São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar seu fluxo.

Em função destes agentes devem ser obedecidos os itens 6.3 e 6.4.

6.3 Quanto à Instalação

Definir no projeto executivo, áreas para as instalações industriais, de maneira a alcançar o mínimo de agressão ao meio ambiente.

Atribuir à executante responsabilidade pela obtenção da licença de ins-talação/operação.

6.4 Operação

Dotar os silos de estocagem de agregados de proteções laterais e co-bertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de capacidade.

Dotar os silos de estocagem de filler de sistema próprio de filtragem a seco.

Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de controle.

Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluido-ra (gás ou eletricidade) e os estabelecimento de barreiras vegetais no local, sempre que possível

7 Inspeção

7.1 Controle dos Insumos

Todos os materiais devem ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNIT, e aceitos de acordo com as especifica-ções em vigor.

7.1.1 Emulsão asfáltica modificada por polímero

O controle de qualidade da emulsão asfáltica consta do seguinte:

Para todo carregamento que chegar à obra:

– 01 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, (ABNT NBR-581);

– 01 ensaio de resíduo (ABNT NBR-6568);

– 01 ensaio de peneiramento (DNER-ME 005);

– 01 ensaio de carga de partícula (DNER-ME 002);

– 01 ensaio de recuperação elástica a 25ºC, no resíduo da emulsão, (DNER-ME 382) (Vide Nota);

Nota: Os ensaios assinalados são geralmente realizados na origem carregamento. Caso haja dúvidas quanto ao certificado dos mesmos o controle da obra deve providenciar a sua execução.

7.1.2 Agregados

O controle de qualidade dos agregados consta do seguinte:

a) ensaios de granulometria do agregado (DNER-ME 083);

b) ensaios de adesividade, DNER-ME 079 e DNER-ME 059);

c) ensaio de equivalente de areia, (DNER-ME 054).

7.2 Verificação da produção (Espalhamento / Execução)

A verificação da produção (execução) é exercido através de coleta ale-atória de amostras, ensaios e determinações.

7.2.1 Verificação do equipamento

Cada equipamento empregado na aplicação do micro revestimento as-fáltico a frio deve ser calibrado no início dos serviços através da execução de segmentos experimentais.

As verificações efetuadas são as seguintes:

a) Consistência da mistura espalhada;

b) Atendimento do projeto da mistura conforme os itens seguintes, 7.2.2 e 7.2.3;

c) Quantidade, espessuras e velocidades de aplicação para proporcio-nar o acabamento desejado. São calculadas através das taxas de aplica-ção obtidas por pesagem de bandejas ou outro dispositivo de área conheci-da.

Se ao final destas três verificações em segmentos experimentais os re-sultados esperados não forem alcançados, deve ser revisto todo o processo de calibração do equipamento.

7.2.2 Verificação da quantidade do ligante asfáltico modificado por polímero

A quantidade de ligante asfáltico deve ser determinada através da reti-rada de amostras aleatórias em cada segmento de aplicação, além da extração de betume com o aparelho Soxhlet (ASTM-D-2172). A percenta-gem de ligante residual pode variar, no máximo ± 0,3% da fixada no proje-to.

7.2.3 Verificação da graduação da mistura de agregados

A verificação da graduação da mistura de agregados é feito através da análise granulométrica da mistura de agregados provenientes do ensaio de extração do item anterior. As tolerâncias são dadas no traço fixado no projeto.

7.3 Verificação do Produto

7.3.1 Acabamento da superfície

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A superfície acabada é verificada visualmente devendo se apresentar desempenada e com o mesmo aspecto e textura obtidos nos segmentos experimentais.

7.3.2 Alinhamentos

A verificação dos alinhamentos do eixo e bordos nas diversas seções correspondentes às estacas da locação é feita utilizando a trena. Os desvi-os verificados não devem exceder ± 5 cm.

7.4 Plano de amostragem - Controle tecnológico

O número e a freqüência de verificação e de determinações correspon-dentes aos diversos ensaios para o controle tecnológico dos insumos, da produção e do produto deve ser estabelecido pelo Executante segundo um Plano de Amostragem Aleatória definido de acordo com a seguinte tabela de controle estatístico de resultados (DNER-PRO-277):

7.5 Condições de Conformidade e Não Conformidade

Todos os ensaios de controle e verificações para os Insumos a Produ-ção e o Produto realizadas de acordo com o Plano de Amostragem, devem cumprir as Condições Gerais e Condições Específicas do Capítulo 4 e Capítulo 5 desta Norma, e atenderem as condições de Conformidade e Não Conformidade de acordo com os seguintes critérios (DNER-PRO-277):

a) Nos ensaios ou verificações em que é especificada uma faixa de va-lores mínimos e máximos deve ser verificado o seguinte para atender as condições de Conformidade e Não Conformidade:

X - ks < valor mínimo especificado, ou X + ks > valor máximo de projeto - Não Conformidade;

X - ks = valor mínimo especificado ou X + ks > valor máximo de projeto Conformidade;

Sendo:

Onde:

- valores individuais

X - média da amostra s - desvio padrão da amostra. k - coeficiente tabelado em função do número de determinações. n - número de determinações.

b) Nos ensaios e verificações em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se verificar o seguinte para atender as condições de Conformidade e Não Conformidade:

Se X - ks < valor mínimo especificado Não Conformidade;

Se X - ks valor mínimo especificado Conformidade.

Os resultados do controle estatístico são registrados em relatórios peri-ódicos de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO a qual estabelece que sejam tomadas providências para tratamento das “Não-Conformidades” da Produção e do Produto.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço só deve ser aceito se as correções executadas colo-carem-no em conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário será rejeitado.

8 Critérios de Medição

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os critérios esta-belecidos no Edital de Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com as seguintes disposições gerais:

a) O micro revestimento asfáltico a frio é medido na pista através da área executada, em metros quadrados, incluindo todas as operações e encargos para a execução destes serviços, inclusive o armazenamento e transporte de agregados.

b) A quantidade de emulsão efetivamente aplicada é obtida através da média aritmética dos valores medidos na pista, em toneladas.

c) Deve ser medido o transporte da emulsão asfáltica efetivamente a-plicada entre a refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.

d) Nenhuma medição deve ser processada se a ela não estiver anexa-do um relatório de controle da qualidade contendo os resultados dos ensai-os e determinações devidamente interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado.