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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA MÃO DE OBRA NO SETOR DE INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO Por: Dalton Nagata Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

MÃO DE OBRA NO SETOR DE INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO

Por: Dalton Nagata

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

MÃO DE OBRA NO SETOR DE INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão no setor de Petróleo

e Gás

Por: Dalton Nagata

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AGRADECIMENTOS

... Aos meus pais, aos meus parentes e

aos amigos do trabalho.

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DEDICATÓRIA

... Dedico ao meu pai (meu exemplo de

vida), à minha mãe, à minha esposa e à

minha filha Nicole, que é o principal

motivo da minha busca pelo crescimento

pessoal e profissional.

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RESUMO

Devido ao bom momento vivido pela economia o setor de petróleo e

gás tem se posicionado como um dos mais promissores, principalmente após

as descobertas do pré-sal e a construção de novas refinarias por parte da

Petrobras. Como consequência imediata, a demanda por profissionais para as

diversas áreas que envolvem seus processos – da exploração à

comercialização nos mercados internacionais – cresceu bastante e deve

permanecer em alta, pelo menos, até 2020. Em contrapartida, o número de

pessoas qualificadas para esse tipo de trabalho ainda é bastante inferior à

necessidade apresentada. Considerando este crescimento do setor de

petróleo e gás e o crescimento na quantidade de equipamentos necessários

para acompanhar este crescimento é possível afirmar que o setor de Inspeção

de Fabricação é diretamente envolvido nesta situação.

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METODOLOGIA

Para o desenvolvimento desta monografia foram utilizados:

1) Definição de Inspeção de fabricação

- ABC DA INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO

- NORMA ABNT NBR 16278

2) Cenário Atual

- Pesquisa nos principais fabricantes de equipamentos nacionais e alguns no

exterior.

- Pesquisa em revistas especializadas.

- Pesquisa nos sites dos principais de equipamentos nacionais e

internacionais.

- Jornais e Revistas – apoio para a determinação do cenário atual e futuro do

mercado de inspeção de fabricação.

2) Conclusão

- experiência profissional

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SUMÁRIO

1) INTRODUÇÃO 12

2) CAPÍTULO I - Inspeção de Fabricação 13

3) CAPÍTULO II – Atividades do Inspetor 14

4) CAPÍTULO III - Situação atual 21

5) CONCLUSÃO 23

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INTRODUÇÃO

Durante a crise brasileira na década de 90, enquanto a Europa e a

América do Norte continuavam crescendo a passos largos e a Ásia trilhava seu

caminho do desenvolvimento, as empresas brasileiras não tinham fôlego nem

para se manter tecnologicamente atualizadas, e muitas vezes sequer em

funcionamento. Se na década de 70 o Brasil era um dos líderes da indústria

naval mundial, na década de 90 a indústria naval praticamente desapareceu.

Grandes empresas de projetos industriais encerraram suas atividades.

Consequentemente, quase todo o conhecimento tecnológico

acumulado a partir dos anos 60 foi durante os 30 anos seguintes,

sistematicamente, se perdendo. Com a quebra do monopólio da Petrobras e a

retomada dos investimentos no final dos anos 90, boa parte das encomendas

foram realizadas em Cingapura, China, Coréia, Espanha, França, Inglaterra e

EUA. A indústria nacional se encontrava muito enfraquecida em função dos 20

anos em que foi sucateada, logo, não poderia se tornar competitiva em tão

pouco tempo.

Agora, com o reaquecimento da economia nacional no início dos anos

2000 e com a descoberta dos campos de pré-sal, o que se nota é uma

disponibilidade insuficiente de mão de obra qualificada para atender a

demanda de equipamentos para o pré-sal prevista para os próximos anos.

Para solucionar este problema que ocorre nos dias atuais, será necessário

compreender como se criou esta lacuna entre os profissionais disponíveis e a

defasagem tecnológica necessária ao pleno desenvolvimento das inspeções

de equipamentos da indústria de óleo e gás, identificando as possíveis causas,

as consequências, as soluções a serem empregadas, e o que está sendo

realizado para manter a demanda contínua e estruturada, para evitar que o

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quadro desenvolvido nos anos 80 e 90 não se repitam.

Considerando que praticamente todos os equipamentos que são

fabricados para área de petróleo e gás, necessitam de inspeção, pode-se

afirmar que esta situação impacta diretamente este setor, pois do total de

inspetores nem 30% possui o certificado de qualificação técnica.

Sem outra opção o mercado contrata inspetores não qualificados e

esta situação gera um aumento no risco de acidentes, sejam eles sociais

econômicos e/ou ambientais.

A situação da falta de inspetores qualificados em inspeção de

fabricação no Brasil não é simples e várias ações devem ser tomadas para

aumentar a quantidade e com isto garantir a segurança de todos envolvidos

neste processo.

Algumas ações estão sendo realizadas para aumentar a quantidade de

inspetores qualificados, como aumento de cursos técnicos, criação de normas

específicas, melhoria na qualidade dos cursos técnicos.

Porém, para se chegar à resolução do problema é necessário entender

o que é Inspeção de Fabricação, quais são as atividades desenvolvidas pelos

inspetores e a situação atual.

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CAPÍTULO I

INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO

1- Definição

Inspeção de Fabricação: é a atividade desenvolvida por profissionais

qualificados com o objetivo de verificar, nas instalações dos fabricantes a

conformidade dos produtos fabricados com os documentos contratuais.

Desta maneira o cliente final obtém uma garantia de que receberá um

equipamento na forma em que foi projetado, atendendo a todos os requisitos

técnicos do projeto e com isto a confiabilidade na instalação, atendimento à

necessidade de processo e segurança e em um custo previamente estimado.

Este profissional atua como um agente fiscalizador do processo de

fabricação de um determinado bem, mediante a análise de documentos

técnicos, testemunha de testes, baseando-se nos planos de inspeção e testes

propostos. Sua presença é necessária em função do seu conhecimento

técnico, possibilitando o levantamento, a proposição e a resolução de

problemas e desvios técnicos passíveis de acontecer durante a fabricação. O

conhecimento técnico requerido por este profissional é muito grande em

função da contínua intervenção que mantém durante as diversas fases e

setores de fabricação.

O benefício para o mercado produtivo é o desenvolvimento do patamar

tecnológico da qualidade.

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2 - Principais atividades do Inspetor de Fabricação As principais atividades do inspetor de fabricação são: 2.1 Análises de documentação técnica contratual a) Normas Técnicas

Interpretar os requisitos de normas técnicas, tais como: especificações,

padronizações, procedimentos e códigos de projeto e construção;

b) Documentação Técnica

Verificar o cumprimento das exigências constantes da documentação

contratual;

i) Verificar se a documentação técnica contratual está aprovada por órgão

competente do cliente;

ii) Verificar se os procedimentos de ensaios não-destrutivos estão aprovados

por inspetor devidamente qualificado e adequados às normas aplicáveis;

iii) Verificar se o plano de soldagem, procedimentos e as instruções de

execução e inspeção de soldagem estão aprovados por inspetor de soldagem

qualificado e se são adequados às normas aplicáveis;

2.1.1 Qualificação de Procedimento e de Pessoal a) Verificar se o certificado de qualificação dos soldadores e operadores de

soldagem foi aprovado por inspetor de soldagem devidamente qualificado;

b) Verificar se os inspetores de ensaios não-destrutivos e de soldagem estão

qualificados;

c) Verificar se os inspetores de controle dimensional, pintura, teste por pontos

e estanqueidade estão qualificados;

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2.1.2 Matérias Primas e Componentes a) Analisar se os certificados materiais estão em conformidade com as

especificações constantes dos documentos contratuais;

b) Analisar certificados de homologação ou teste de protótipo de componentes;

c) Verificar, por comparação, a marcação existente na matéria prima com os

respectivos certificados apresentados (rastreabilidade);

d) Verificar os resultados dos ensaios visual e dimensional comparando os

resultados com os desenhos de fabricação;

e) Verificar se as condições de controle, manuseio, secagem e

armazenamento de matéria prima e componentes estão de acordo com o

especificado;

f) Verificar a aplicação do plano de amostragem na inspeção de recebimento e

em outras fases do processo de fabricação;

g) Sempre que necessário, identificar de modo inequívoco, a matéria prima e

os componentes inspecionados. A identificação deve ser efetuada de maneira

a não prejudicar o material ou o produto;

É conveniente ressaltar que toda a documentação que demonstra a qualidade

das matérias primas e dos componentes, apresentadas ao inspetor, devem

estar legíveis e serem reproduzíveis; preferencialmente, a via original de todos

os documentos deve ser apresentada pelo fornecedor. O inspetor, após

análise e constatação da conformidade dos dados contidos nos documentos

com as especificações e normas aplicáveis, deve rubricar, datar e identificar-

se com seu carimbo.

2.1.3 Equipamentos de Inspeção, Medição e Ensaios a) Verificar a disponibilidade dos equipamentos de inspeção, medição e

ensaios e se estão sendo utilizados e armazenados adequadamente;

b) Verificar se os equipamentos de inspeção, medição e ensaios usados na

fabricação, inspeção e teste, estão com suas calibrações atualizadas.

2.1.4 Métodos e Processos de Fabricação

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a) Analisar os métodos e processos de fabricação, montagem, ensaios,

calibração e inspeção, verificando se as normas técnicas contratuais para

cada caso estão sendo obedecidas;

b) Verificar se toda a documentação técnica aprovada ou certificada para o

fornecimento é a que está sendo empregada durante a fabricação;

c) Verificar a transferência de marcação da matéria prima, para garantir a

rastreabilidade;

d) Verificar se as condições de execução do corte estão de acordo com o

processo específico (por ex. pré-aquecimento, método de corte);

e) Verificar se o componente, após conformação, apresenta-se com o grau de

acabamento compatível e se o método de conformação mecânica é o

especificado.

2.1.5 Pré-Montagem a) Verificar se os dispositivos auxiliares de montagem são adequados;

b) Verificar se as dimensões, ajustagem, limpeza e preparação de juntas

soldadas estão de acordo com as normas técnicas, os procedimentos de

soldagem e desenhos aprovados;

c) Verificar se as marcações dos componentes estão corretamente

correlacionadas e identificadas de modo indelével e inequívoco;

d) Verificar se os registros dimensionais encontram-se atualizados;

e) Verificar se os elementos de fixação são provisórios, devendo o fabricante

demonstrar que tais elementos serão substituídos quando do envio ao cliente.

2.1.6 Soldagem a) Verificar se a soldagem está sendo conduzidas de acordo com o plano,

procedimentos, instruções de execução de soldagem e inspeção aprovadas e

qualificadas;

b) Verificar se a soldagem está sendo executada por soldadores ou por

operadores qualificados;

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c) Verificar se os relatórios dos ensaios visual, não-destrutivos e dimensionais

da soldagem final atendem às normas técnicas e desenhos aprovados, bem

como se estão assinados por inspetor qualificado;

d) Executar a inspeção visual e dimensional.

2.1.7 Tratamento Térmico a) Verificar se os tratamentos térmicos são conduzidos de acordo com

procedimentos aprovados ou normas técnicas aplicáveis;

b) Verificar se a calibração dos registradores de temperatura encontra-se

atualizada;

c) Analisar o registro do tratamento térmico realizado;

d) Verificar a identificação de corpos de prova retirados dos materiais sob

tratamentos térmicos; devem estar identificados de modo indelével e

inequívoco;

e) Analisar o resultado dos ensaios destrutivos (ensaio de tração, dobramento

e outros), bem como dos ensaios de dureza subseqüente ao tratamento

térmico.

2.1.8 Ensaios Não-Destrutivos a) Verificar a compatibilidade dos ensaios não destrutivos com as normas

aplicáveis à fabricação ou quando exigidos pelos documentos contratuais;

b) Verificar se os ensaios não destrutivos estão sendo aplicados conforme

procedimentos qualificados;

c) Verificar se os ensaios não destrutivos são realizados por inspetores

corretamente qualificados, em conformidade com as normas de referência;

d) Analisar os resultados nos relatórios dos ensaios não destrutivos.

2.1.9 Outros ensaios a) Verificar os certificados de ensaios de pressão e estanqueidade conforme

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procedimentos aprovados ou normas técnicas aplicáveis;

b) Verificar os certificados de ensaios de prova de carga e ruptura, conforme

procedimentos aprovados ou normas técnicas aplicáveis;

c) Verificar os certificados de ensaios funcionais e de desempenho conforme

procedimentos aprovados ou normas técnicas aplicáveis;

d) Verificar os certificados de homologação ou de ensaios de protótipos

exigidos pelos documentos contratuais ou norma técnica aplicável;

e) Verificar os certificados de ensaios de calibração, linearidade e

repetibilidade, exigidos pelos documentos contratuais ou norma técnica

aplicável.

2.1.10 Inspeção Dimensional e Visual a) Analisar o relatório de inspeção dimensional e visual emitido pelo

fornecedor e com mão de obra devidamente qualificada;

b) Executar a inspeção dimensional e visual.

2.1.11 Pintura, Armazenamento, Embalagem, Preservação e Preparação para Embarque a) Verificar se o procedimento de pintura encontra-se elaborado e aprovado

por inspetor devidamente qualificado;

b) Verificar se a preparação superficial e a pintura foram realizadas conforme

procedimento aprovado ou norma técnica aplicável, registrados nos relatórios

adequados;

c) Testemunhar os testes específicos de pintura de espessura e de aderência

de película, em conformidade com procedimentos previamente aprovados,

registrando os valores encontrados e comparando-os aos resultados nos

relatórios emitidos por inspetores qualificados;

d) Verificar as condições e respectiva adequação ao produto sob inspeção de:

i) Limpeza;

ii) Proteção;

iii) Armazenamento de componentes avulsos;

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iv) Preservação;

v) Embalagem;

vi) Transporte.

2.1.12 Registros da Qualidade a) Analisar os registros da qualidade gerados durante o processo de

fabricação;

b) Verificar se os relatórios de não conformidade (RNC) emitidos pelo

fabricante encontram-se corretamente tratados:

i) Verificar se o controle dos RNC encontra-se atualizado;

ii) Verificar se os responsáveis técnicos pelo projeto do produto indicaram as

disposições a serem implementadas e se as mesmas foram efetivamente

implementadas;

iii) Verificar se as ações corretivas indicadas nos RNC emitidas pelo fabricante

foram efetivamente implementadas;

iv) Verificar se as ações preventivas foram indicadas e efetivamente

implementadas.

c) Verificar o relatório de dados técnicos do equipamento e documentação

correlata (documentação final de fabricação ou "Data-Book") encontra-se

compilada e devidamente indexada.

2.2 Inspeções durante a fabricação

Genericamente, a inspeção durante a fabricação objetiva verificar se os

procedimentos documentados são efetivamente aplicados e que eventuais

defeitos no produto não sejam descobertos quando é tarde demais.

O inspetor de fabricação deverá, antes do início da inspeção:

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a) Conhecer a abrangência do fornecimento e da inspeção;

b) Conhecer o Plano da Qualidade e em particular, o Plano de Inspeção e

Testes estabelecido pelo fornecedor e aprovado pelo cliente;

c) Questionar sobre não conformidades e seu tratamento durante a fabricação

do produto;

d) Verificar a qualificação da mão de obra naquelas atividades que são

exigidas na documentação contratual;

e) Verificar os registros da qualidade do fornecedor, incluindo os registros de

exames visuais e dimensionais;

f) Verificar os procedimentos de rastreabilidade e sua efetiva implementação;

g) Verificar a qualificação dos procedimentos dos processos especiais.

A inspeção deverá sempre restringir-se ao estabelecido no Plano de Inspeção

e Testes, que deverá definir claramente a atuação do inspetor.

2.2.1 Plano de Inspeção e Testes (PIT) O PIT deve definir, relativamente ao produto:

a) A parte sob inspeção;

b) Qual a atividade a ser desenvolvida;

c) Quem deve acompanhar a atividade e qual o tipo de participação;

d) A obrigatoriedade ou não do acompanhamento da atividade;

e) O registro da qualidade a ser gerado;

f) O procedimento, a instrução técnica ou ainda a norma de referência a ser

utilizada;

g) Eventual plano de amostragem;

h) O critério de aceitação da atividade.

Deverá o PIT enfim, estabelecer claramente todas as condições necessárias e

suficientes para a realização de determinada inspeção, em que as partes

envolvidas conheçam antecipadamente tais condições.

2.3 Emissões de relatório

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Durante a inspeção de fabricação, é de suma importância que o inspetor

de fabricação registre todos os fatos relevantes ocorridos, registrando tais

fatos de modo claro e objetivo, no relatório de inspeção.

Esse relatório deve ser emitido em conveniente periodicidade, caso a

inspeção tenha longa duração, podendo ser diária, semanal, mensal ou uma

combinação qualquer delas, em função da complexidade do fornecimento, da

quantidade de inspetores envolvidos e das exigências contratuais.

O relatório é, sem dúvida, o produto final da inspeção; é o fiel registro

do trabalho realizado pelo inspetor, já que os interessados, principalmente o

cliente, tomarão como base o descrito nos relatórios para, muitas vezes, tomar

decisões sobre os diversos aspectos que envolvem a relação técnica e

comercial com o fabricante.

O relatório deve, portanto, ser conciso, objetivo, claro, profissional,

imparcial. Em linhas gerais, nele deve constar:

a) Lista dos documentos de referência utilizados durante a inspeção, com as

respectivas indicações de revisão;

b) Identificação do produto inspecionado;

c) Relato minucioso de todas as atividades desenvolvidas durante a inspeção,

indicando toda e qualquer ocorrência adversa ao estabelecido na

documentação contratual de referência;

d) Lista de todos os documentos da qualidade e respectiva revisão, quando

couber, que foram apresentados pelo fornecedor e verificados pelo inspetor,

incluindo as normas técnicas, os procedimentos e instruções técnicas;

e) Indicação do critério de amostragem utilizado, quando a inspeção por

amostragem estiver especificada;

f) Lista dos instrumentos e suas respectivas identificações, bem como a

indicação da validade da calibração;

g) Descrição detalhada das eventuais não conformidades encontradas e as

ações tomadas pelo fornecedor;

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h) Lista dos documentos anexados ao relatório (como regra geral, devem ser

anexados todos os documentos que tenham sido assinados pelo inspetor);

i) Evidenciar qualquer tipo de problema que tenha sido encontrado e que deva

haver a interferência do cliente para a solução do mesmo;

j) Indicar se o produto foi identificado pela marca do Bureau Veritas e em que

local, no produto, a marca foi colocada;

k) Toda e qualquer identificação exigida pelo cliente deve ser evidenciada no

relatório.

2.4 Segurança

O inspetor de fabricação deve ter consciência de que sua atuação é

realizada nas dependências de um fornecedor, devendo respeitar os preceitos

estabelecidos pelo referidofornecedor.

Claro está que o inspetor de fabricação deverá preservar sua saúde

seja qual for a situação, por meio do uso dos Equipamentos de Proteção

Individual (EPI). Considerando que o inspetor respeita essa condição,

utilizando os EPI recomendados para o particular trabalho, além das

recomendações particulares que o fornecedor indica, é imperativo que o

inspetor

de fabricação esteja sempre atento.

Durante os ensaios, o produto ou o equipamento utilizado para a

realização desses ensaios podem vir a falhar de modo inesperado e

catastrófico.

Muitas vezes os ensaios visuais e dimensionais devem ser realizados

em locais de difícil acesso ou em condições adversas e que o inspetor deverá

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estar acompanhado por representante do fornecedor capacitado para atuar em

situação de emergência.

É importante lembrar que o inspetor não é imune a explosões, choques

elétricos e ruptura de componentes.

Normas de segurança em ensaios devem ser obedecidas; por exemplo,

ensaios pneumáticos não podem ser realizados sem que os executantes /

testemunhas estejam protegidos por anteparas e estejam à uma distância pré-

estabelecida.

De qualquer modo, caso determinada atividade não puder ser realizada

por questões de segurança, o inspetor de fabricação deverá indicar o fato

claramente no seu relatório.

2.5 Ética

A credibilidade das informações prestadas pelo inspetor de fabricação

depende diretamente do profissionalismo de cada inspetor.

É, portanto, imperativo que o profissional emita suas observações de

modo impessoal, informando no seu relatório de modo preciso, completo e

correto os resultados da inspeção e a metodologia utilizada, deixando claro

que tais resultados são, para o momento do término da inspeção, o real estado

do produto.

O inspetor não deve, sob qualquer circunstância, mesmo por solicitação

do cliente, alterar resultados, não informar desvios às especificações, deixar

de registrar não conformidades.

É importante lembrar que o fornecedor não é um amigo que não pode

ser contrariado. Entre o fornecedor e o cliente há uma relação comercial que

deve ser respeitada e o cliente espera que o inspetor, ao cumprir seu papel de

verificador da conformidade entre aquilo que o fornecedor efetivamente

oferece e o que o cliente especificou e adquiriu, assegure que o

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produto adquirido seja aquele que será recebido.

Algumas vezes, devido às pressões internas, os representantes do

fornecedor podem não apresentar ao inspetor os produtos que apresentam

não conformidades e que para corrigir tais problemas, podem custar ao

fornecedor grandes quantias. Caso seja necessário, o inspetor deverá reportar

tais atitudes ao cliente.

3 - A QUESTÃO DA MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA – UMA NOVA GERAÇÃO DE PROFISSIONAIS

Conforme já é realizado na sede das grandes empresas multinacionais,

a utilização de centros de treinamento com simuladores também é uma

realidade que está sendo utilizada por suas filiais brasileiras e em outras áreas

da indústria offshore, abrangendo desde operações de perfuração a manobras

de petroleiros.

Em abril de 2013, a Petrobras e o SENAI assinaram um convênio para o

desenvolvimento de 14 novos simuladores voltados a capacitação de

profissionais que irão atuar na área de óleo e gás. Os equipamentos serão

projetados para reproduzir operações relacionadas a plantas de

processamento, eletricidade e ambientes imersivos. Outra parceria da

Petroleira com a USP deu origem a um simulador marítimo hidroviário, capaz

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de reproduzir condições do mar e outras variáveis dos principais portos

brasileiros.

A empresa norueguesa Aker Solutions concluiu, em 2012, a ampliação

do seu centro de treinamento em Rio das Ostras, RJ, que hoje conta com 2

simuladores de sondas de perfuração. Também em 2012 a Transocean

inaugurou um centro de treinamento em Macaé, RJ. A unidade conta com

simuladores para operações de perfuração e com guindaste offshore. No

entanto o primeiro simulador de guindaste offshore instalado no país foi

desenvolvido pela empresa Virtually. Ele se encontra instalado na incubadora

de empresas da Coppe, no parque tecnológico da Cidade Universitária, RJ.

Atualmente a empresa está envolvida no desenvolvimento de um guindaste

para movimentação de cargas em plataformas, que será entregue ao SENAI de

Santa Catarina. A demanda por simuladores de guindastes offshore se

encontra muito aquecida, afirma o diretor da Virtually, Gerson Cunha.

Por outro lado, com o recente reaquecimento e com o desenvolvimento

da indústria de construção naval, seremos capazes de atender uma parcela

estratégica das necessidades de navios e plataformas de produção de

petróleo. A indústria naval vem nos últimos anos investindo pesadamente na

construção local de embarcações e em serviços de equipamentos de poços.

Segundo Ariovaldo Rocha, Presidente do SINAVAL, Sindicato Nacional

da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore, nos últimos dez

anos um novo setor produtivo passou a fazer parte das estatísticas, o setor da

construção naval e offshore, que atualmente emprega mais de 60 mil pessoas,

sendo mais de 25 mil nos estaleiros do Rio de Janeiro.

Porém segundo Sérgio Fontoura, coordenador do curso de Engenharia

de Petróleo da PUC-Rio, O Brasil não fez um planejamento de médio e longo

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prazo para suprir o mercado com esses profissionais, que não são mercadoria

de prateleira.

A construção naval é considerada mundialmente como uma indústria

estratégica, por ser uma indústria geradora de empregos, por sua capacidade

de promover desenvolvimento nas regiões onde se localiza e por gerar

negócios e renda na rede de empresas que fornecem aos estaleiros. A

construção naval é uma indústria montadora, grande consumidora de aço,

tubulações, equipamentos e sistemas eletrônicos de controle e comando, para

navios, petroleiros, plataformas offshore e também realiza a construção e

integração de módulos de produção para plataformas de produção.

Os 19 estaleiros instalados no Estado do Rio de Janeiro empregam

cerca de 29 mil pessoas, o que representa 41% do total do emprego do no

setor, no país, que exige uma mão de obra altamente qualificada entre

técnicos e engenheiros. Atualmente uma grande parte da demanda por navios,

plataformas e sondas são atendidas por estaleiros internacionais,

principalmente asiáticos. Os estaleiros locais estão começando a atender uma

parcela desta demanda. Segundo Antônio Muller, Diretor presidente da

Tridimensional Engenharia, será preciso investir ainda mais na qualificação

dos engenheiros para que eles possam interpretar e aplicar as tecnologias

disponíveis na elaboração do projeto básico e em seu detalhamento.

Em paralelo, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA)

investirá R$ 10 milhões para equipar com tecnologia de ponta, quatro

unidades do SENAI no Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do

Sul. O objetivo é capacitar inicialmente professores, que treinarão mão de obra

para quatro estaleiros japoneses que estão se instalando no Brasil: o

Ishikawajima-Harima Heavy Industries - que comprou 25% do Estaleiro

Atlântico Sul (EAS), o Kawasaky Heavy Industries, que está negociando

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estaleiros em Salvador, o Mitsubishi Heavy Industry, e o Japan Maritime

United.

Um levantamento feito pelo Sindicato Nacional da Indústria da

Construção e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL) aponta que já existem

390 obras em andamento ou com intenção de construção, que custarão R$

150 bilhões.

.

Recentemente a ONIP – Organização Nacional da Indústria do Petróleo

– divulgou um projeto aonde é mostrado que existem mais de 1.000

equipamentos desenvolvidos no exterior e instalados em petroleiros e FPSOs

que a indústria nacional poderá desenvolver. O objetivo principal é fomentar a

substituição das importações e elevar a nacionalização dos equipamentos.

Segundo Claudiana Guedes, economista e professora da Universidade

Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), entre as políticas que atuaram no

resgate da indústria naval brasileira no final dos anos 1990, destaca-se entre

outras o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás

Natural – Prominp (2003).

Essas políticas foram importantes porque começaram a se preocupar

com o que se chama de fornecimento mínimo de produção realizada no Brasil,

um índice mínimo de nacionalização.

Segundo dados da Revista World Pipeline Oilfield Technologies Brasil,

a empresa de consultoria Douglas-Westwood declarou que mais de US$ 91

milhões serão investidos em sistemas flutuantes de produção em todo o

mundo no período de 2013 a 2017, sendo 1/3 no Brasil. A consultoria destacou

que a política de conteúdo local vem aumentando consideravelmente os

investimentos, forçando as empresas a atender a demanda.

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4 - O BRASIL NO MERCADO ESPECIALIZADO E OS PRINCIPAIS FORNECEDORES DO PRÉ SAL

O horizonte de empresas prestadoras de serviços na área de óleo e gás

no Brasil é muito grande, basta acompanhar as edições das feiras

especializadas sendo realizadas, e a quantidade de expositores radicados em

solo brasileiro. A seguir será apresentado um estudo sobre os principais

fornecedores de equipamentos de exploração e produção e os contratos

atuais.

SUBSEA 7

A empresa norueguesa Subsea7 possui atualmente em seu portfólio

encomendas de três navios lançadores de linha, chamados de PLSVs, em

contratos estimados em US$ 1,6 bilhão, segundo divulgado por meio de

comunicado ao mercado. Este contrato contempla a construção das

embarcações, administração do projeto, serviços de engenharia e a instalação

de linhas de fluxo no empreendimento e tem a duração prevista de cinco anos.

A primeira das embarcações está prevista de ser entregue no terceiro

trimestre de 2016. O segundo navio deve ser entregue no quarto trimestre de

2016 e o terceiro, no segundo trimestre de 2017. Essas embarcações serão

projetadas para operações em alto-mar, em águas com profundidade de até 3

mil metros. A Subsea já possui outros contratos, com um valor de US$ 2,5

bilhão, para operar embarcações no Brasil, como o Seven Waves, a PLSV

Seven Phoenix e para a Normand Seven.

Em outubro de 2013 foram divulgados pela empresa outros contratos

negociados na ordem de US$ 600 milhões, para a operação das embarcações

de apoio Seven Mars e Seven Condor. Estes contratos terão a duração

aproximada de três anos, compreendendo a gestão de projetos, engenharia e

instalação de linhas de fluxo, umbilicais e equipamentos.

Segundo Victor Bomfim, vice-presidente sênior para o Brasil:

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Na sequência da renovação de contratos para o K3000, Phoenix e Normand Seven

Seven, a renovação dos contratos para Seven Mars e Seven Condor fortalecem a nossa

presença no Brasil.

Em paralelo com os contratos com embarcações, a Subsea 7 também

possui contratos para o fornecimento de veículos de operação remota (ROVs)

e serviços de posicionamento submarino para o PSV Far Saga. Este contrato é

da ordem de US$ 60 milhões e tem duração de seis anos, podendo ser

estendido por igual período.

O diretor da divisão i-Tech da Subsea 7, Bruce Masson, responsável

pelo setor de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, também

acredita que o acordo consolida a posição da empresa no mercado offshore

brasileiro, ressaltando que a unidade é uma das mais potentes da indústria e

possui uma proporção de peso e estrutura confiável para atuar em áreas de

grandes correntes.

Outro contrato consiste no uso de dois veículos de operação remota

(ROV) e dois ROV de suporte a embarcações (RSV) para posicionamento. As

embarcações Toisa Vigilant e Toisa Valiant foram contratadas com valores de

US$90 milhões e irão operar pelo prazo inicial de quatro anos prestando

serviços de intervenção remota, podendo ser renovados por mais quatro anos.

AKER SOLUTIONS

Outra empresa que atende o mercado nacional é a norueguesa Aker

Solutions, fornecedora de conjuntos de equipamentos de superfície e

submarinos, como risers de perfuração e BOP, para plataformas de perfuração

e navios sonda. Atualmente a empresa está investindo US$ 100 milhões para

a construção de um canteiro de equipamentos de perfuração de 335.000 m2, o

quarto da empresa no Brasil.

Segundo Marcelo Taulois, presidente da divisão subsea no Brasil e

country manager da Aker Solutions Brasil, no momento a empresa possui em

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carteira diversos contratos para atender ao pré-sal, sendo 75 ANMs, 9

unidades de bombeio, dezenas de sistemas de conexão e alguns PLETs, e

estes números irão dobrar até 2015.

Segundo dados divulgados em março de 2013, a Aker Solutions

também possui um contrato para o fornecimento de 40 árvores de natal

molhadas para operar em lâmina d´água de 2.500 metros nos campos de Iara

e Guará, da camada de pré-sal.

O valor do contrato é de aproximadamente USD 300 milhões, e engloba

o desenvolvimento de sistemas de controle submarinos multiplexados e 17

conjuntos completos de ferramentas. A entrega está prevista de ser realizada

até 2018. Mads Andersen, vice-presidente executivo da Aker Solutions,

destaca que:

Nos últimos anos, a Aker Solutions fez importantes investimentos no Brasil,... À mão

de obra altamente qualificada existente na Aker Solutions.

Também em março de 2013 foi anunciado um contrato no valor de US$

800 milhões, para o fornecimento de equipamentos de produção submarinos

para o desenvolvimento da bacia de Santos, a 300 km do litoral brasileiro no

período 2014-2018. Os equipamentos serão desenvolvidos na nova unidade

de produção da Aker Solutions em Curitiba.

Segundo dados divulgados no próprio site da empresa, em março de

2013, foram negociados um contrato para o fornecimento de 60 conjuntos de

árvores de natal submarinas verticais, sistemas de controle submarinos,

ferramentas e peças de reposição para fornecimento, para atendimento aos

campos do pré-sal. O valor deste contrato é de U$ 800 milhões e os

equipamentos deverão ser entregues entre 2014-2018.

Também foi divulgado que em função deste contrato de US$ 800

milhões e devido às previsões futuras, a empresa está estudando a

possibilidade da instalação de uma nova fábrica de equipamentos submarinos

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em Curitiba e uma nova unidade de serviços para o seu negócio de

equipamentos de perfuração em Macaé. Este novo centro de tecnologia em

Curitiba vai substituir a atual planta em 2015 e empregará cerca de 1100

pessoas, enquanto que a nova planta de Macaé irá atender ao mercado de

perfuração, sendo desta maneira a quarta instalação da Aker Solutions no

Brasil, juntamente com as unidades em Rio das Ostras, Curitiba e Rio de

Janeiro. O Centro de Treinamento da divisão Drilling Lifecycle Services da

Aker

Solutions será equipado com um simulador de perfuração FI Xfactor DES, com

tecnologia 3D em tempo real e formato domo de 240° de visão, aonde são

simuladas as condições reais de uma sonda de perfuração, sendo possível a

visualização das condições de perfuração como se fosse à realidade, fazendo

com que ele possa interagir com o ambiente de uma maneira quase 100% real.

Atendendo também as necessidades das IOCs no mercado brasileiro, a

subsidiária da Aker Solutions, Managed Pressure Operations (MPO), fornecerá

sistemas de perfuração com pressão gerenciada (Managed Pressure Drilling –

MPD) e serviços de tratamento do gás para a Repsol Sinopec Brazil, para

operação em águas ultra profundas na Bacia de Campos. O valor do contrato é

confidencial e os serviços serão realizados entre 2013 e 2016.

Em março de 2013 a Aker foi autorizada para iniciar o fornecimento dos

equipamentos submarinos para o desenvolvimento dos campos de pré-sal de

Sapinhoá e Lula Nordeste. O contrato é uma confirmação da segunda parte de

um acordo assinado em abril de 2010, que envolve o fornecimento de 20

conjuntos de árvores submarinas verticais, sistemas de controle submarinos,

ferramentas e peças de reposição para entrega no período de 2013-2015.30.

Da mesma maneira que a Aker e a Subsea7, a americana FMC Technologies,

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fabricante de árvores de natal submarinas, também possui diversos contratos

para atender o mercado brasileiro. Em abril de 2012 a empresa americana

anunciou o fechamento de um contrato de até US$ 1,5 bilhão para

fornecimento de 130 árvores de natal submarinas, destinadas à exploração de

petróleo na camada pré-sal, além do projeto pioneiro de um sistema de

separação submarina de água-óleo (SSAO), que vem sendo desenvolvida pela

FMC, em parceria com o CENPES e a Statoil. Em função do volume desta

encomenda, a FMC poderá impulsionar investimentos de outros fornecedores

de equipamentos para o setor de óleo e gás.

Com investimentos de R$ 200 milhões previstos no Brasil nos últimos

dois anos, a FMC afirmou que este contrato é o maior do mundo envolvendo

árvores de natal submarinas. Segundo o diretor comercial da empresa no

Brasil, José Mauro Ferreira, um dos principais desafios para a produção dos

equipamentos em grande quantidade é aumentar a capacidade dos

fornecedores.

Outro contrato anunciado em julho de 2013 pela FMC para atender ao

mercado brasileiro é referente ao fornecimento de três estações de

bombeamento subaquáticas para o Parque das Baleias, localizado no litoral do

Espírito Santo, na Bacia de Campos, com valor aproximando de US$ 40

milhões. Segundo Tore Halvorsen, vice-presidente sênior da FMC

Technologies:

A Estação de Bombeamento Horizontal para o projeto Parque das Baleias é a terceira

implementação desse tipo da FMC.

Em setembro de 2013 a FMC anunciou o fornecimento de 11 manifolds

submarinos para campos no pré-sal, localizados na costa brasileira. A

extensão total do contrato inclui a entrega de até 16 manifolds submarinos,

com um valor total estimado em aproximadamente US $ 650 milhões, com

entrega prevista para se iniciar em 2015.

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SAIPEM

Em abril de 2013 a Saipem, divulgou informações referentes aos novos

contratos internacionais de engenharia e construção, com valores aproximados

de cerca de US$ 500 milhões a serem desenvolvidos na América latina, em

atividades relacionadas à exploração de petróleo em áreas remotas e águas

profundas.

No Brasil serão desenvolvidos os sistemas Sapinhoá Norte e Iracema

Sul, na Bacia de Santos, no Brasil, a aproximadamente 300 km das costas do

Rio de Janeiro e de São Paulo. O trabalho envolve o fornecimento e a

instalação de dois oleodutos offshore, em profundidades de até 2.200 metros e

com 67 km de comprimento.

As atividades marítimas serão realizadas pelos navios Saipem 3000 e

Castoro, com o transporte e a instalação de uma plataforma de centro e duas

plataformas de satélites, com diâmetros de 30 polegadas, e de um oleoduto

Em paralelo estão previstos investimentos na ordem de US$ 300 milhões no

País para fornecer equipamentos no Brasil para o pré-sal e a construção de

um centro de tecnologia e produção de equipamentos para o segmento de óleo

e gás. A estimativa é que sejam criados 960 empregos diretos no centro de

tecnologia. O CTCO está localizado no Guarujá, litoral de São Paulo. Segundo

estimativas, a primeira etapa em desenvolvimento no CTCO será a criação de

uma base logística para oferecer suporte à construção de dutos submarinos de

gás. A segunda fase terá o foco na fabricação de equipamentos subsea

utilizados na operação dos dutos.

A Saipem ainda pretende incorporar pessoal qualificado originado de

convênios e de outras parcerias firmadas com o SENAI, para compor o

contingente de mão-de-obra nos próximos anos.

Segundo o presidente da Saipem no Brasil, Giorgio Martelli, a unidade faz

parte da estratégia de crescimento com foco na necessidade das empresas

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nacionais e de IOC`s como a Shell, a BP e a BG. Atualmente, o grupo italiano

possui em andamento aproximadamente seis contratos no Brasil para

fornecimento de equipamentos para plataformas e gasodutos.

Em março de 2013, a Cameron, empresa americana fundada em 1922,

anunciou um contrato da ordem de US$ 600 milhões para o fornecimento de

47 árvores de natal molhada (ANM) e outros equipamentos subsea. O início da

entrega dos equipamentos, que serão destinados à produção de petróleo no

pré-sal e no pós-sal brasileiro, está previsto para 2014.

A encomenda será atendida pela fábrica da Cameron no Brasil, em

Taubaté, que está com planos de expansão de sua área fabril, segundo

informou o presidente da Cameron, Jack B. Moore.

5 – SITUAÇÃO ATUAL

Atualmente a disponibilidade de profissionais não é satisfatória, muito

inferior à demanda apresentada pelo setor de petróleo e gás, principalmente

após as descobertas do pré-sal.

A prova para se qualificar como inspetor de fabricação até 2009 era

realizado pela PETROBRAS e a partir de então passou a ser aplicada pela

ABENDI (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutíveis e Inspeção).

Esta qualificação é baseada na norma da Petrobras N-2033 (Inspeção

de Fabricação – Qualificação de pessoal), de domínio público e disponível no

próprio site da Petrobras.

Estudos do PROMINP indicam que o setor de inspeção de fabricação

possui 600 inspetores de fabricação atuando atualmente, sendo que desse

total apenas 160 são qualificados e estariam realmente aptos a atuar no

mercado.

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Os principais motivos desta baixa quantidade de profissionais atuando

no mercado se devem ao desconhecimento desta atividade por grande parte

da área técnica nacional e também devido a própria dificuldade dos

profissionais em se qualificar.

Dificuldades encontradas:

1) Longo período entre o momento da solicitação de prova e a data efetiva

desta prova. A média está em torno de 5 meses.

2) Conteúdo da prova em desacordo com a qualificação. Exemplo:

questões de elétrica aplicada nas provas de caldeiraria.

3) Alto valor de custo.

4) Complexidade da prova.

Devido a esta baixa quantidade de profissionais no mercado o grande

obstáculo das empresas de inspeção atualmente é contratar novos

profissionais já qualificados e manter os já qualificados em seu staff.

Para atender às necessidades do mercado as empresas de inspeção têm

tentado capacitar os seus profissionais para que eles possam se qualificar.

Esta capacitação está baseada no treinamento teórico e prático:

1) Teórico

- Verificação análise de documentação técnica aplicada aos processos

mais comumente utilizados.

- Metrologia

- Processos industriais

- Processos de soldagem

- Processos de END

- Processos de Pintura

- Elaboração de relatórios técnicos

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- ABC da Inspeção de Fabricação

- Postura perante o fabricante

2) Prático

- acompanhamento de inspeção junto com um inspetor experiente e

qualificado;

- acompanhamento de ensaios de impacto;

- acompanhamento de ensaios não destrutíveis.

Após o desgastante processo de qualificação, onde foram envolvidos o

conhecimento tecnológico da empresa e os custos, devido ao aquecimento do

mercado, além da alta competividade entre as empresas, não há a garantia de

que este profissional permanecerá na empresa onde foi treinado.

Devido ao desenvolvimento e ao descobrimento dos novos poços do Pré-

sal como a Petrobras não possui profissionais concursados suficientes para

atender a demanda ela vem utilizando grande parte do contigente deste tipo

de profissional através de contratos de prestação de serviço.

Existe uma clara diferença entre a inpeção e a qualidade.

O objetivo básico da inspeção é verificar a conformidade das propriedades

do produto com algum padrão ou especificação do solicitado pelo cliente. Ter

seu sistema da qualidade certificado pressupõe que não haverá grandes

problemas em seu processo produtivo, porém, não o livra de atender a um

plano da qualidade de um projeto especifico que prevê atividades de inspeção

do produto (ou serviço). Resumindo, a certificação do processo não livra o

fornecedor da certificação do produto.

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Em produções seriadas, as atividades de inspeção geralmente ficam a

cargo do Controle de Qualidade da empresa. É ele quem define por qual a

metodologia que os produtos serão inspecionados para garantir a

conformidade com o padrão. Quase sempre este controle fica junto à área

produtiva ou operacional, o que facilita o controle e a rápida intervenção caso

haja algum desvio em relação ao esperado.

Também é comum que produtos de produção seriada (como fogão,

automóvel, calças jeans, molho de tomate, cerveja, lâmpadas, aspirinas etc.)

sejam regulamentados por algum tipo de legislação, pois seus clientes é o

público em geral e não estão preparados tecnicamente para avaliar a

qualidade de produtos tão complexos.

Já em grandes projetos como construção de navios, metrô, plataformas

de petróleo, usinas de eletricidade, fábricas de celulose, siderúrgicas etc, os

produtos resultantes são únicos como também são, as maiorias de seus

equipamentos. Eles requerem grandes investimentos de capital e, em geral, o

tempo de construção e montagem é longo (meses ou anos) envolvendo na sua

construção um grande número de operários, técnicos e engenheiros.

Outra característica destes grandes projetos está no local da fabricação

dos equipamentos. Como estes são singulares, seus fornecedores se

localizam junto à fonte de matérias primas. É comum as siderúrgicas estarem

próximas às minas de extração de ferro ou a portos; produtos de alta

tecnologia próximos a centros de excelência como universidades ou pólos

científicos, fabricantes de alumínio junto às geradoras de energia elétrica. Isto

faz com que as localizações de fornecedores se ramifiquem por regiões

distantes umas das outras.

Além disso, os grandes projetos trabalham com altos volumes de

capitais e com cronogramas apertados fazendo com que qualquer atraso,

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retrabalho ou devolução de equipamentos, causem grandes prejuízos ao

empreendimento. Para evitar problemas as empresas contratam inspeção de

fabricação para assegurar que os produtos que fazem parte do

empreendimento, estão de acordo com os objetivos do projeto e no prazo

especificado. Além disso, pode garantir que se porventura houver alguma

falha, não seja muito tarde para poder corrigi-la.

A inspeção de fabricação quase sempre envolve a análise do produto a

ser fornecido como dimensão, composição e estrutura dos materiais,

funcionalidade, performance, acabamento entre outras tantas. Inclui também o

acompanhamento do processo de manufatura como o de soldagem, tratamento

térmico, tratamento superficial, processos de usinagem e outros similares.

Algumas destas análises são visuais, algumas requerem instrumentos simples

e outras, necessitam de apoio de laboratórios de análises sofisticados.

Quanto ao escopo, os trabalhos podem envolver todo o produto ou só

uma pequena parte deste.

Também podem estar abrangidos pela inspeção de fabricação, alguns

atributos do produto como, por exemplo: a segurança, o impacto para com a

saúde e o meio ambiente, a durabilidade, a confiabilidade, a rastreabilidade de

seus componentes e outros de mesma natureza.

Outra função importante da inspeção de fabricação é a avaliação de

plantas produtivas, a fim de constatar se estas têm condições de serem

fornecedora para um projeto específico.

Dentro da área de grandes projetos, a inspeção de fabricação é o

melhor caminho para determinar se um produto, um serviço, um processo ou

uma instalação fabril atende os requisitos de um empreendimento.

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Normalmente estes requisitos são definidos em normas, regulamentos ou

especificações dos clientes.

6 - CONCLUSÃO

Atrativo para a carreira de inspetor de fabricação

O profissional deste setor encontra uma mistura de aspectos técnicos e

generalistas. O uso de técnicas que exigem conhecimento de normas e

processos de cada produto que será inspecionado e, ao mesmo tempo, a

observação de uma infinidade de outros que trazem combinações similares ou

distintas, conhecimento de diligenciamento.

Este profissional terá a oportunidade de unir a teoria à prática, porque

tudo aquilo que foi projetado, desenvolvido e criado no papel será aplicado na

fabricação do equipamento, desde o início com a chegada da matéria-prima, o

andamento dos processos até os testes finais e, por fim, a preparação do

embarque do material para a obra.

Benefício da Inspeção de Fabricação para o mercado

Do ponto de vista do cliente final há a garantia de que ele estará

recebendo um bem na forma em que foi engenhado, atendendo a todos os

requisitos técnicos de projeto, tendo-se a confiabilidade na instalação,

atendimento à necessida de processo e segurança e um custo previamente

estimado de manutenção. Já o benefício para o mercado produtivo é no

upgrade do patamar tecnológico de qualidade, na produção de equipamentos

e materiais, cada vez mais requeridos pelo mercado consumidor.

O Brasil está em um processo de investimentos por parte de empresas

nacionais e internacionais, que necessitarão de profissionais especializados e

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qualificados, que garantam a segurança e funcionamento das indústrias sem

grandes custos, e o Inspetor de Fabricação contribui com essa demanda.

O controle de uma etapa no processo de produção gera informações

antecipadas, e se o alvo for atingido, mesmo com a ocorrência de eventuais

desvios nos aspectos técnicos ou contratuais, como por exemplo, o

cumprimento do prazo, um trabalho bem executado gera redução de custos e

antecipação de medidas para prevenção e correção de não conformidades.

Perspectivas de trabalho para o Inspetor de Fabricação

A globalização, tendo como alicerces a qualidade, a sustentabilidade, o

respeito social ao meio ambiente e a segurança, entre outros aspectos, força o

Brasil a construir novas plantas industriais, a modernizar e ampliar as já

existentes, buscando um aumento de produção com qualidade para atender a

todas as demandas no mercado interno e externo.

Somando-se a enorme expectativa de crescimento do mercado de

trabalho para os próximos anos em função das recentes descobertas de

petróleo que projetam um mercado de trabalho altamente especializado.

Perspectiva de crescimento na carreira

Uma carreira não é feita somente de muito trabalho, mas também de

uma constante busca no aprimoramento profissional sempre com foco no

crescimento e reconhecimento que vêm automaticamente quando estes dois

quesitos andam juntos.

O mercado demanda mão-de-obra, e o profissional que ingressa na

carreira tem um horizonte enorme para atuar. Ele começa com inspeções mais

simples, se aprofunda, conhece equipamentos mais complexos e encontrará

uma gama enorme com maior tempo de atuação na área. A experiência prática

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torna o profissional melhor, podendo alcançar degraus mais altos e chegando

a supervisor, coordenador ou gerente de inspeção em grandes empresas.

Conforme informado anteriormente devido a sua importância no

mercado nacional, atualmente a Petrobras é a empresa que mais necessita da

mão de obra de inspeção de fabricação e devido a grande quantidade de

profissionais necessários para atender ao mercado nacional se torna

complicado obter profissionais concursados e sendo assim, para atender a

esta necessidade são realizadas licitações para a prestação deste tipo de

serviço.

Ocorrem que os contratos firmados têm sido firmados cada vez menos

vantajosos para as empresas de inspeção. Atualmente a quantidade de

inspetores é insuficiente para atender ao mercado e se mantendo este nível de

contratos a consequência será a diminuição no valor dos salários pagos e a

diminuição na quantidade de inspetores nesta área.

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7 REFERÊNCIAS MONTENEGRO, João. O lado bom da falta de pessoal, Brasil energia, n 367, p 46-48, jun 2011. VIGLIANO, Ricardo. Nacionalização gera bons negócios, Brasil energia, n 379, p 56-61, jun 2012. TEIXEIRA, Bia. Tecnologia caminha para processar hidrocarbonetos no fundo do mar. Petróleo e Energia, n 4, p 40-46, abr/mai 2011. TNPetroleo. Petrobras vai investir US$ 220,6 bilhões, 2014. Disponível em:< http://tnpetroleo.com.br/noticia/petrobras-vai-investir-us-2206-bilhoes/> Acesso em: 04 mar 2014 Petrobras. Plano de Negócios e Gestão, 2014. Disponível em:< http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/estrategia/plano-de-negocios-e-gestao/>Acesso em: 04 mar 2014 ONIP. SUBSEA 7 FATURA CONTRATOS DE PLSV, 2013. Disponível em:< http://www1.onip.org.br/noticias/sintese/subsea-7-fatura-contratos-de-plsv/> Acesso em: 18 jan 2014 Petronotícias. SUBSEA 7 RENOVA CONTRATOS PARA OPERAÇÃO DE NAVIOS DE APOIO NA COSTA BRASILEIRA, 2013. Disponível em:< http://www.petronoticias.com.br/archives/39764> Acesso em: 12 jan 2014 Petronotícias. SUBSEA 7 FECHA CONTRATO DE US$ 60 MILHÕES COM A PETROBRÁS, 2013. Disponível em:< http://www.petronoticias.com.br/archives/40443> Acesso em: 12 jan 2014 TNPetroleo. Subsea 7 fecha contrato com a Petrobras, 2014. Disponível em:< http://www.tnpetroleo.com.br/noticia/subsea-7-fecha-contrato-com-a-petrobras/> Acesso em: 01 mar 2014 Exame. Aker Solutions obtém contrato de US$ 800 MI com a Petrobras, 2013. Disponível em: < http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/aker-solutions-obtemcontrato-de-us-800-mi-com-a-petrobras> Acesso em: 12 jan 2014. Subseabrasil. Aker Solutions assina contrato com Repsol Sinopec Brazil, 2013. Disponível em:< http://www.subseabrasil.com.br/2013/07/aker-solutions-assinacontrato-com-repsol-sinopec-brazil/> Acesso em: 12 jan 2014 Subseabrasil. Aker Solutions dobrará sua capacidade de produção de equipamento submarino no Brasil, 2013. Disponível em:<

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