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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
MÃO DE OBRA NO SETOR DE INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO
Por: Dalton Nagata
Orientador
Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2014
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
MÃO DE OBRA NO SETOR DE INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão no setor de Petróleo
e Gás
Por: Dalton Nagata
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AGRADECIMENTOS
... Aos meus pais, aos meus parentes e
aos amigos do trabalho.
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DEDICATÓRIA
... Dedico ao meu pai (meu exemplo de
vida), à minha mãe, à minha esposa e à
minha filha Nicole, que é o principal
motivo da minha busca pelo crescimento
pessoal e profissional.
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RESUMO
Devido ao bom momento vivido pela economia o setor de petróleo e
gás tem se posicionado como um dos mais promissores, principalmente após
as descobertas do pré-sal e a construção de novas refinarias por parte da
Petrobras. Como consequência imediata, a demanda por profissionais para as
diversas áreas que envolvem seus processos – da exploração à
comercialização nos mercados internacionais – cresceu bastante e deve
permanecer em alta, pelo menos, até 2020. Em contrapartida, o número de
pessoas qualificadas para esse tipo de trabalho ainda é bastante inferior à
necessidade apresentada. Considerando este crescimento do setor de
petróleo e gás e o crescimento na quantidade de equipamentos necessários
para acompanhar este crescimento é possível afirmar que o setor de Inspeção
de Fabricação é diretamente envolvido nesta situação.
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METODOLOGIA
Para o desenvolvimento desta monografia foram utilizados:
1) Definição de Inspeção de fabricação
- ABC DA INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO
- NORMA ABNT NBR 16278
2) Cenário Atual
- Pesquisa nos principais fabricantes de equipamentos nacionais e alguns no
exterior.
- Pesquisa em revistas especializadas.
- Pesquisa nos sites dos principais de equipamentos nacionais e
internacionais.
- Jornais e Revistas – apoio para a determinação do cenário atual e futuro do
mercado de inspeção de fabricação.
2) Conclusão
- experiência profissional
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SUMÁRIO
1) INTRODUÇÃO 12
2) CAPÍTULO I - Inspeção de Fabricação 13
3) CAPÍTULO II – Atividades do Inspetor 14
4) CAPÍTULO III - Situação atual 21
5) CONCLUSÃO 23
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INTRODUÇÃO
Durante a crise brasileira na década de 90, enquanto a Europa e a
América do Norte continuavam crescendo a passos largos e a Ásia trilhava seu
caminho do desenvolvimento, as empresas brasileiras não tinham fôlego nem
para se manter tecnologicamente atualizadas, e muitas vezes sequer em
funcionamento. Se na década de 70 o Brasil era um dos líderes da indústria
naval mundial, na década de 90 a indústria naval praticamente desapareceu.
Grandes empresas de projetos industriais encerraram suas atividades.
Consequentemente, quase todo o conhecimento tecnológico
acumulado a partir dos anos 60 foi durante os 30 anos seguintes,
sistematicamente, se perdendo. Com a quebra do monopólio da Petrobras e a
retomada dos investimentos no final dos anos 90, boa parte das encomendas
foram realizadas em Cingapura, China, Coréia, Espanha, França, Inglaterra e
EUA. A indústria nacional se encontrava muito enfraquecida em função dos 20
anos em que foi sucateada, logo, não poderia se tornar competitiva em tão
pouco tempo.
Agora, com o reaquecimento da economia nacional no início dos anos
2000 e com a descoberta dos campos de pré-sal, o que se nota é uma
disponibilidade insuficiente de mão de obra qualificada para atender a
demanda de equipamentos para o pré-sal prevista para os próximos anos.
Para solucionar este problema que ocorre nos dias atuais, será necessário
compreender como se criou esta lacuna entre os profissionais disponíveis e a
defasagem tecnológica necessária ao pleno desenvolvimento das inspeções
de equipamentos da indústria de óleo e gás, identificando as possíveis causas,
as consequências, as soluções a serem empregadas, e o que está sendo
realizado para manter a demanda contínua e estruturada, para evitar que o
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quadro desenvolvido nos anos 80 e 90 não se repitam.
Considerando que praticamente todos os equipamentos que são
fabricados para área de petróleo e gás, necessitam de inspeção, pode-se
afirmar que esta situação impacta diretamente este setor, pois do total de
inspetores nem 30% possui o certificado de qualificação técnica.
Sem outra opção o mercado contrata inspetores não qualificados e
esta situação gera um aumento no risco de acidentes, sejam eles sociais
econômicos e/ou ambientais.
A situação da falta de inspetores qualificados em inspeção de
fabricação no Brasil não é simples e várias ações devem ser tomadas para
aumentar a quantidade e com isto garantir a segurança de todos envolvidos
neste processo.
Algumas ações estão sendo realizadas para aumentar a quantidade de
inspetores qualificados, como aumento de cursos técnicos, criação de normas
específicas, melhoria na qualidade dos cursos técnicos.
Porém, para se chegar à resolução do problema é necessário entender
o que é Inspeção de Fabricação, quais são as atividades desenvolvidas pelos
inspetores e a situação atual.
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CAPÍTULO I
INSPEÇÃO DE FABRICAÇÃO
1- Definição
Inspeção de Fabricação: é a atividade desenvolvida por profissionais
qualificados com o objetivo de verificar, nas instalações dos fabricantes a
conformidade dos produtos fabricados com os documentos contratuais.
Desta maneira o cliente final obtém uma garantia de que receberá um
equipamento na forma em que foi projetado, atendendo a todos os requisitos
técnicos do projeto e com isto a confiabilidade na instalação, atendimento à
necessidade de processo e segurança e em um custo previamente estimado.
Este profissional atua como um agente fiscalizador do processo de
fabricação de um determinado bem, mediante a análise de documentos
técnicos, testemunha de testes, baseando-se nos planos de inspeção e testes
propostos. Sua presença é necessária em função do seu conhecimento
técnico, possibilitando o levantamento, a proposição e a resolução de
problemas e desvios técnicos passíveis de acontecer durante a fabricação. O
conhecimento técnico requerido por este profissional é muito grande em
função da contínua intervenção que mantém durante as diversas fases e
setores de fabricação.
O benefício para o mercado produtivo é o desenvolvimento do patamar
tecnológico da qualidade.
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2 - Principais atividades do Inspetor de Fabricação As principais atividades do inspetor de fabricação são: 2.1 Análises de documentação técnica contratual a) Normas Técnicas
Interpretar os requisitos de normas técnicas, tais como: especificações,
padronizações, procedimentos e códigos de projeto e construção;
b) Documentação Técnica
Verificar o cumprimento das exigências constantes da documentação
contratual;
i) Verificar se a documentação técnica contratual está aprovada por órgão
competente do cliente;
ii) Verificar se os procedimentos de ensaios não-destrutivos estão aprovados
por inspetor devidamente qualificado e adequados às normas aplicáveis;
iii) Verificar se o plano de soldagem, procedimentos e as instruções de
execução e inspeção de soldagem estão aprovados por inspetor de soldagem
qualificado e se são adequados às normas aplicáveis;
2.1.1 Qualificação de Procedimento e de Pessoal a) Verificar se o certificado de qualificação dos soldadores e operadores de
soldagem foi aprovado por inspetor de soldagem devidamente qualificado;
b) Verificar se os inspetores de ensaios não-destrutivos e de soldagem estão
qualificados;
c) Verificar se os inspetores de controle dimensional, pintura, teste por pontos
e estanqueidade estão qualificados;
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2.1.2 Matérias Primas e Componentes a) Analisar se os certificados materiais estão em conformidade com as
especificações constantes dos documentos contratuais;
b) Analisar certificados de homologação ou teste de protótipo de componentes;
c) Verificar, por comparação, a marcação existente na matéria prima com os
respectivos certificados apresentados (rastreabilidade);
d) Verificar os resultados dos ensaios visual e dimensional comparando os
resultados com os desenhos de fabricação;
e) Verificar se as condições de controle, manuseio, secagem e
armazenamento de matéria prima e componentes estão de acordo com o
especificado;
f) Verificar a aplicação do plano de amostragem na inspeção de recebimento e
em outras fases do processo de fabricação;
g) Sempre que necessário, identificar de modo inequívoco, a matéria prima e
os componentes inspecionados. A identificação deve ser efetuada de maneira
a não prejudicar o material ou o produto;
É conveniente ressaltar que toda a documentação que demonstra a qualidade
das matérias primas e dos componentes, apresentadas ao inspetor, devem
estar legíveis e serem reproduzíveis; preferencialmente, a via original de todos
os documentos deve ser apresentada pelo fornecedor. O inspetor, após
análise e constatação da conformidade dos dados contidos nos documentos
com as especificações e normas aplicáveis, deve rubricar, datar e identificar-
se com seu carimbo.
2.1.3 Equipamentos de Inspeção, Medição e Ensaios a) Verificar a disponibilidade dos equipamentos de inspeção, medição e
ensaios e se estão sendo utilizados e armazenados adequadamente;
b) Verificar se os equipamentos de inspeção, medição e ensaios usados na
fabricação, inspeção e teste, estão com suas calibrações atualizadas.
2.1.4 Métodos e Processos de Fabricação
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a) Analisar os métodos e processos de fabricação, montagem, ensaios,
calibração e inspeção, verificando se as normas técnicas contratuais para
cada caso estão sendo obedecidas;
b) Verificar se toda a documentação técnica aprovada ou certificada para o
fornecimento é a que está sendo empregada durante a fabricação;
c) Verificar a transferência de marcação da matéria prima, para garantir a
rastreabilidade;
d) Verificar se as condições de execução do corte estão de acordo com o
processo específico (por ex. pré-aquecimento, método de corte);
e) Verificar se o componente, após conformação, apresenta-se com o grau de
acabamento compatível e se o método de conformação mecânica é o
especificado.
2.1.5 Pré-Montagem a) Verificar se os dispositivos auxiliares de montagem são adequados;
b) Verificar se as dimensões, ajustagem, limpeza e preparação de juntas
soldadas estão de acordo com as normas técnicas, os procedimentos de
soldagem e desenhos aprovados;
c) Verificar se as marcações dos componentes estão corretamente
correlacionadas e identificadas de modo indelével e inequívoco;
d) Verificar se os registros dimensionais encontram-se atualizados;
e) Verificar se os elementos de fixação são provisórios, devendo o fabricante
demonstrar que tais elementos serão substituídos quando do envio ao cliente.
2.1.6 Soldagem a) Verificar se a soldagem está sendo conduzidas de acordo com o plano,
procedimentos, instruções de execução de soldagem e inspeção aprovadas e
qualificadas;
b) Verificar se a soldagem está sendo executada por soldadores ou por
operadores qualificados;
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c) Verificar se os relatórios dos ensaios visual, não-destrutivos e dimensionais
da soldagem final atendem às normas técnicas e desenhos aprovados, bem
como se estão assinados por inspetor qualificado;
d) Executar a inspeção visual e dimensional.
2.1.7 Tratamento Térmico a) Verificar se os tratamentos térmicos são conduzidos de acordo com
procedimentos aprovados ou normas técnicas aplicáveis;
b) Verificar se a calibração dos registradores de temperatura encontra-se
atualizada;
c) Analisar o registro do tratamento térmico realizado;
d) Verificar a identificação de corpos de prova retirados dos materiais sob
tratamentos térmicos; devem estar identificados de modo indelével e
inequívoco;
e) Analisar o resultado dos ensaios destrutivos (ensaio de tração, dobramento
e outros), bem como dos ensaios de dureza subseqüente ao tratamento
térmico.
2.1.8 Ensaios Não-Destrutivos a) Verificar a compatibilidade dos ensaios não destrutivos com as normas
aplicáveis à fabricação ou quando exigidos pelos documentos contratuais;
b) Verificar se os ensaios não destrutivos estão sendo aplicados conforme
procedimentos qualificados;
c) Verificar se os ensaios não destrutivos são realizados por inspetores
corretamente qualificados, em conformidade com as normas de referência;
d) Analisar os resultados nos relatórios dos ensaios não destrutivos.
2.1.9 Outros ensaios a) Verificar os certificados de ensaios de pressão e estanqueidade conforme
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procedimentos aprovados ou normas técnicas aplicáveis;
b) Verificar os certificados de ensaios de prova de carga e ruptura, conforme
procedimentos aprovados ou normas técnicas aplicáveis;
c) Verificar os certificados de ensaios funcionais e de desempenho conforme
procedimentos aprovados ou normas técnicas aplicáveis;
d) Verificar os certificados de homologação ou de ensaios de protótipos
exigidos pelos documentos contratuais ou norma técnica aplicável;
e) Verificar os certificados de ensaios de calibração, linearidade e
repetibilidade, exigidos pelos documentos contratuais ou norma técnica
aplicável.
2.1.10 Inspeção Dimensional e Visual a) Analisar o relatório de inspeção dimensional e visual emitido pelo
fornecedor e com mão de obra devidamente qualificada;
b) Executar a inspeção dimensional e visual.
2.1.11 Pintura, Armazenamento, Embalagem, Preservação e Preparação para Embarque a) Verificar se o procedimento de pintura encontra-se elaborado e aprovado
por inspetor devidamente qualificado;
b) Verificar se a preparação superficial e a pintura foram realizadas conforme
procedimento aprovado ou norma técnica aplicável, registrados nos relatórios
adequados;
c) Testemunhar os testes específicos de pintura de espessura e de aderência
de película, em conformidade com procedimentos previamente aprovados,
registrando os valores encontrados e comparando-os aos resultados nos
relatórios emitidos por inspetores qualificados;
d) Verificar as condições e respectiva adequação ao produto sob inspeção de:
i) Limpeza;
ii) Proteção;
iii) Armazenamento de componentes avulsos;
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iv) Preservação;
v) Embalagem;
vi) Transporte.
2.1.12 Registros da Qualidade a) Analisar os registros da qualidade gerados durante o processo de
fabricação;
b) Verificar se os relatórios de não conformidade (RNC) emitidos pelo
fabricante encontram-se corretamente tratados:
i) Verificar se o controle dos RNC encontra-se atualizado;
ii) Verificar se os responsáveis técnicos pelo projeto do produto indicaram as
disposições a serem implementadas e se as mesmas foram efetivamente
implementadas;
iii) Verificar se as ações corretivas indicadas nos RNC emitidas pelo fabricante
foram efetivamente implementadas;
iv) Verificar se as ações preventivas foram indicadas e efetivamente
implementadas.
c) Verificar o relatório de dados técnicos do equipamento e documentação
correlata (documentação final de fabricação ou "Data-Book") encontra-se
compilada e devidamente indexada.
2.2 Inspeções durante a fabricação
Genericamente, a inspeção durante a fabricação objetiva verificar se os
procedimentos documentados são efetivamente aplicados e que eventuais
defeitos no produto não sejam descobertos quando é tarde demais.
O inspetor de fabricação deverá, antes do início da inspeção:
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a) Conhecer a abrangência do fornecimento e da inspeção;
b) Conhecer o Plano da Qualidade e em particular, o Plano de Inspeção e
Testes estabelecido pelo fornecedor e aprovado pelo cliente;
c) Questionar sobre não conformidades e seu tratamento durante a fabricação
do produto;
d) Verificar a qualificação da mão de obra naquelas atividades que são
exigidas na documentação contratual;
e) Verificar os registros da qualidade do fornecedor, incluindo os registros de
exames visuais e dimensionais;
f) Verificar os procedimentos de rastreabilidade e sua efetiva implementação;
g) Verificar a qualificação dos procedimentos dos processos especiais.
A inspeção deverá sempre restringir-se ao estabelecido no Plano de Inspeção
e Testes, que deverá definir claramente a atuação do inspetor.
2.2.1 Plano de Inspeção e Testes (PIT) O PIT deve definir, relativamente ao produto:
a) A parte sob inspeção;
b) Qual a atividade a ser desenvolvida;
c) Quem deve acompanhar a atividade e qual o tipo de participação;
d) A obrigatoriedade ou não do acompanhamento da atividade;
e) O registro da qualidade a ser gerado;
f) O procedimento, a instrução técnica ou ainda a norma de referência a ser
utilizada;
g) Eventual plano de amostragem;
h) O critério de aceitação da atividade.
Deverá o PIT enfim, estabelecer claramente todas as condições necessárias e
suficientes para a realização de determinada inspeção, em que as partes
envolvidas conheçam antecipadamente tais condições.
2.3 Emissões de relatório
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Durante a inspeção de fabricação, é de suma importância que o inspetor
de fabricação registre todos os fatos relevantes ocorridos, registrando tais
fatos de modo claro e objetivo, no relatório de inspeção.
Esse relatório deve ser emitido em conveniente periodicidade, caso a
inspeção tenha longa duração, podendo ser diária, semanal, mensal ou uma
combinação qualquer delas, em função da complexidade do fornecimento, da
quantidade de inspetores envolvidos e das exigências contratuais.
O relatório é, sem dúvida, o produto final da inspeção; é o fiel registro
do trabalho realizado pelo inspetor, já que os interessados, principalmente o
cliente, tomarão como base o descrito nos relatórios para, muitas vezes, tomar
decisões sobre os diversos aspectos que envolvem a relação técnica e
comercial com o fabricante.
O relatório deve, portanto, ser conciso, objetivo, claro, profissional,
imparcial. Em linhas gerais, nele deve constar:
a) Lista dos documentos de referência utilizados durante a inspeção, com as
respectivas indicações de revisão;
b) Identificação do produto inspecionado;
c) Relato minucioso de todas as atividades desenvolvidas durante a inspeção,
indicando toda e qualquer ocorrência adversa ao estabelecido na
documentação contratual de referência;
d) Lista de todos os documentos da qualidade e respectiva revisão, quando
couber, que foram apresentados pelo fornecedor e verificados pelo inspetor,
incluindo as normas técnicas, os procedimentos e instruções técnicas;
e) Indicação do critério de amostragem utilizado, quando a inspeção por
amostragem estiver especificada;
f) Lista dos instrumentos e suas respectivas identificações, bem como a
indicação da validade da calibração;
g) Descrição detalhada das eventuais não conformidades encontradas e as
ações tomadas pelo fornecedor;
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h) Lista dos documentos anexados ao relatório (como regra geral, devem ser
anexados todos os documentos que tenham sido assinados pelo inspetor);
i) Evidenciar qualquer tipo de problema que tenha sido encontrado e que deva
haver a interferência do cliente para a solução do mesmo;
j) Indicar se o produto foi identificado pela marca do Bureau Veritas e em que
local, no produto, a marca foi colocada;
k) Toda e qualquer identificação exigida pelo cliente deve ser evidenciada no
relatório.
2.4 Segurança
O inspetor de fabricação deve ter consciência de que sua atuação é
realizada nas dependências de um fornecedor, devendo respeitar os preceitos
estabelecidos pelo referidofornecedor.
Claro está que o inspetor de fabricação deverá preservar sua saúde
seja qual for a situação, por meio do uso dos Equipamentos de Proteção
Individual (EPI). Considerando que o inspetor respeita essa condição,
utilizando os EPI recomendados para o particular trabalho, além das
recomendações particulares que o fornecedor indica, é imperativo que o
inspetor
de fabricação esteja sempre atento.
Durante os ensaios, o produto ou o equipamento utilizado para a
realização desses ensaios podem vir a falhar de modo inesperado e
catastrófico.
Muitas vezes os ensaios visuais e dimensionais devem ser realizados
em locais de difícil acesso ou em condições adversas e que o inspetor deverá
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estar acompanhado por representante do fornecedor capacitado para atuar em
situação de emergência.
É importante lembrar que o inspetor não é imune a explosões, choques
elétricos e ruptura de componentes.
Normas de segurança em ensaios devem ser obedecidas; por exemplo,
ensaios pneumáticos não podem ser realizados sem que os executantes /
testemunhas estejam protegidos por anteparas e estejam à uma distância pré-
estabelecida.
De qualquer modo, caso determinada atividade não puder ser realizada
por questões de segurança, o inspetor de fabricação deverá indicar o fato
claramente no seu relatório.
2.5 Ética
A credibilidade das informações prestadas pelo inspetor de fabricação
depende diretamente do profissionalismo de cada inspetor.
É, portanto, imperativo que o profissional emita suas observações de
modo impessoal, informando no seu relatório de modo preciso, completo e
correto os resultados da inspeção e a metodologia utilizada, deixando claro
que tais resultados são, para o momento do término da inspeção, o real estado
do produto.
O inspetor não deve, sob qualquer circunstância, mesmo por solicitação
do cliente, alterar resultados, não informar desvios às especificações, deixar
de registrar não conformidades.
É importante lembrar que o fornecedor não é um amigo que não pode
ser contrariado. Entre o fornecedor e o cliente há uma relação comercial que
deve ser respeitada e o cliente espera que o inspetor, ao cumprir seu papel de
verificador da conformidade entre aquilo que o fornecedor efetivamente
oferece e o que o cliente especificou e adquiriu, assegure que o
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produto adquirido seja aquele que será recebido.
Algumas vezes, devido às pressões internas, os representantes do
fornecedor podem não apresentar ao inspetor os produtos que apresentam
não conformidades e que para corrigir tais problemas, podem custar ao
fornecedor grandes quantias. Caso seja necessário, o inspetor deverá reportar
tais atitudes ao cliente.
3 - A QUESTÃO DA MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA – UMA NOVA GERAÇÃO DE PROFISSIONAIS
Conforme já é realizado na sede das grandes empresas multinacionais,
a utilização de centros de treinamento com simuladores também é uma
realidade que está sendo utilizada por suas filiais brasileiras e em outras áreas
da indústria offshore, abrangendo desde operações de perfuração a manobras
de petroleiros.
Em abril de 2013, a Petrobras e o SENAI assinaram um convênio para o
desenvolvimento de 14 novos simuladores voltados a capacitação de
profissionais que irão atuar na área de óleo e gás. Os equipamentos serão
projetados para reproduzir operações relacionadas a plantas de
processamento, eletricidade e ambientes imersivos. Outra parceria da
Petroleira com a USP deu origem a um simulador marítimo hidroviário, capaz
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de reproduzir condições do mar e outras variáveis dos principais portos
brasileiros.
A empresa norueguesa Aker Solutions concluiu, em 2012, a ampliação
do seu centro de treinamento em Rio das Ostras, RJ, que hoje conta com 2
simuladores de sondas de perfuração. Também em 2012 a Transocean
inaugurou um centro de treinamento em Macaé, RJ. A unidade conta com
simuladores para operações de perfuração e com guindaste offshore. No
entanto o primeiro simulador de guindaste offshore instalado no país foi
desenvolvido pela empresa Virtually. Ele se encontra instalado na incubadora
de empresas da Coppe, no parque tecnológico da Cidade Universitária, RJ.
Atualmente a empresa está envolvida no desenvolvimento de um guindaste
para movimentação de cargas em plataformas, que será entregue ao SENAI de
Santa Catarina. A demanda por simuladores de guindastes offshore se
encontra muito aquecida, afirma o diretor da Virtually, Gerson Cunha.
Por outro lado, com o recente reaquecimento e com o desenvolvimento
da indústria de construção naval, seremos capazes de atender uma parcela
estratégica das necessidades de navios e plataformas de produção de
petróleo. A indústria naval vem nos últimos anos investindo pesadamente na
construção local de embarcações e em serviços de equipamentos de poços.
Segundo Ariovaldo Rocha, Presidente do SINAVAL, Sindicato Nacional
da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore, nos últimos dez
anos um novo setor produtivo passou a fazer parte das estatísticas, o setor da
construção naval e offshore, que atualmente emprega mais de 60 mil pessoas,
sendo mais de 25 mil nos estaleiros do Rio de Janeiro.
Porém segundo Sérgio Fontoura, coordenador do curso de Engenharia
de Petróleo da PUC-Rio, O Brasil não fez um planejamento de médio e longo
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prazo para suprir o mercado com esses profissionais, que não são mercadoria
de prateleira.
A construção naval é considerada mundialmente como uma indústria
estratégica, por ser uma indústria geradora de empregos, por sua capacidade
de promover desenvolvimento nas regiões onde se localiza e por gerar
negócios e renda na rede de empresas que fornecem aos estaleiros. A
construção naval é uma indústria montadora, grande consumidora de aço,
tubulações, equipamentos e sistemas eletrônicos de controle e comando, para
navios, petroleiros, plataformas offshore e também realiza a construção e
integração de módulos de produção para plataformas de produção.
Os 19 estaleiros instalados no Estado do Rio de Janeiro empregam
cerca de 29 mil pessoas, o que representa 41% do total do emprego do no
setor, no país, que exige uma mão de obra altamente qualificada entre
técnicos e engenheiros. Atualmente uma grande parte da demanda por navios,
plataformas e sondas são atendidas por estaleiros internacionais,
principalmente asiáticos. Os estaleiros locais estão começando a atender uma
parcela desta demanda. Segundo Antônio Muller, Diretor presidente da
Tridimensional Engenharia, será preciso investir ainda mais na qualificação
dos engenheiros para que eles possam interpretar e aplicar as tecnologias
disponíveis na elaboração do projeto básico e em seu detalhamento.
Em paralelo, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA)
investirá R$ 10 milhões para equipar com tecnologia de ponta, quatro
unidades do SENAI no Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do
Sul. O objetivo é capacitar inicialmente professores, que treinarão mão de obra
para quatro estaleiros japoneses que estão se instalando no Brasil: o
Ishikawajima-Harima Heavy Industries - que comprou 25% do Estaleiro
Atlântico Sul (EAS), o Kawasaky Heavy Industries, que está negociando
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estaleiros em Salvador, o Mitsubishi Heavy Industry, e o Japan Maritime
United.
Um levantamento feito pelo Sindicato Nacional da Indústria da
Construção e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL) aponta que já existem
390 obras em andamento ou com intenção de construção, que custarão R$
150 bilhões.
.
Recentemente a ONIP – Organização Nacional da Indústria do Petróleo
– divulgou um projeto aonde é mostrado que existem mais de 1.000
equipamentos desenvolvidos no exterior e instalados em petroleiros e FPSOs
que a indústria nacional poderá desenvolver. O objetivo principal é fomentar a
substituição das importações e elevar a nacionalização dos equipamentos.
Segundo Claudiana Guedes, economista e professora da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), entre as políticas que atuaram no
resgate da indústria naval brasileira no final dos anos 1990, destaca-se entre
outras o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás
Natural – Prominp (2003).
Essas políticas foram importantes porque começaram a se preocupar
com o que se chama de fornecimento mínimo de produção realizada no Brasil,
um índice mínimo de nacionalização.
Segundo dados da Revista World Pipeline Oilfield Technologies Brasil,
a empresa de consultoria Douglas-Westwood declarou que mais de US$ 91
milhões serão investidos em sistemas flutuantes de produção em todo o
mundo no período de 2013 a 2017, sendo 1/3 no Brasil. A consultoria destacou
que a política de conteúdo local vem aumentando consideravelmente os
investimentos, forçando as empresas a atender a demanda.
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4 - O BRASIL NO MERCADO ESPECIALIZADO E OS PRINCIPAIS FORNECEDORES DO PRÉ SAL
O horizonte de empresas prestadoras de serviços na área de óleo e gás
no Brasil é muito grande, basta acompanhar as edições das feiras
especializadas sendo realizadas, e a quantidade de expositores radicados em
solo brasileiro. A seguir será apresentado um estudo sobre os principais
fornecedores de equipamentos de exploração e produção e os contratos
atuais.
SUBSEA 7
A empresa norueguesa Subsea7 possui atualmente em seu portfólio
encomendas de três navios lançadores de linha, chamados de PLSVs, em
contratos estimados em US$ 1,6 bilhão, segundo divulgado por meio de
comunicado ao mercado. Este contrato contempla a construção das
embarcações, administração do projeto, serviços de engenharia e a instalação
de linhas de fluxo no empreendimento e tem a duração prevista de cinco anos.
A primeira das embarcações está prevista de ser entregue no terceiro
trimestre de 2016. O segundo navio deve ser entregue no quarto trimestre de
2016 e o terceiro, no segundo trimestre de 2017. Essas embarcações serão
projetadas para operações em alto-mar, em águas com profundidade de até 3
mil metros. A Subsea já possui outros contratos, com um valor de US$ 2,5
bilhão, para operar embarcações no Brasil, como o Seven Waves, a PLSV
Seven Phoenix e para a Normand Seven.
Em outubro de 2013 foram divulgados pela empresa outros contratos
negociados na ordem de US$ 600 milhões, para a operação das embarcações
de apoio Seven Mars e Seven Condor. Estes contratos terão a duração
aproximada de três anos, compreendendo a gestão de projetos, engenharia e
instalação de linhas de fluxo, umbilicais e equipamentos.
Segundo Victor Bomfim, vice-presidente sênior para o Brasil:
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Na sequência da renovação de contratos para o K3000, Phoenix e Normand Seven
Seven, a renovação dos contratos para Seven Mars e Seven Condor fortalecem a nossa
presença no Brasil.
Em paralelo com os contratos com embarcações, a Subsea 7 também
possui contratos para o fornecimento de veículos de operação remota (ROVs)
e serviços de posicionamento submarino para o PSV Far Saga. Este contrato é
da ordem de US$ 60 milhões e tem duração de seis anos, podendo ser
estendido por igual período.
O diretor da divisão i-Tech da Subsea 7, Bruce Masson, responsável
pelo setor de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, também
acredita que o acordo consolida a posição da empresa no mercado offshore
brasileiro, ressaltando que a unidade é uma das mais potentes da indústria e
possui uma proporção de peso e estrutura confiável para atuar em áreas de
grandes correntes.
Outro contrato consiste no uso de dois veículos de operação remota
(ROV) e dois ROV de suporte a embarcações (RSV) para posicionamento. As
embarcações Toisa Vigilant e Toisa Valiant foram contratadas com valores de
US$90 milhões e irão operar pelo prazo inicial de quatro anos prestando
serviços de intervenção remota, podendo ser renovados por mais quatro anos.
AKER SOLUTIONS
Outra empresa que atende o mercado nacional é a norueguesa Aker
Solutions, fornecedora de conjuntos de equipamentos de superfície e
submarinos, como risers de perfuração e BOP, para plataformas de perfuração
e navios sonda. Atualmente a empresa está investindo US$ 100 milhões para
a construção de um canteiro de equipamentos de perfuração de 335.000 m2, o
quarto da empresa no Brasil.
Segundo Marcelo Taulois, presidente da divisão subsea no Brasil e
country manager da Aker Solutions Brasil, no momento a empresa possui em
31
carteira diversos contratos para atender ao pré-sal, sendo 75 ANMs, 9
unidades de bombeio, dezenas de sistemas de conexão e alguns PLETs, e
estes números irão dobrar até 2015.
Segundo dados divulgados em março de 2013, a Aker Solutions
também possui um contrato para o fornecimento de 40 árvores de natal
molhadas para operar em lâmina d´água de 2.500 metros nos campos de Iara
e Guará, da camada de pré-sal.
O valor do contrato é de aproximadamente USD 300 milhões, e engloba
o desenvolvimento de sistemas de controle submarinos multiplexados e 17
conjuntos completos de ferramentas. A entrega está prevista de ser realizada
até 2018. Mads Andersen, vice-presidente executivo da Aker Solutions,
destaca que:
Nos últimos anos, a Aker Solutions fez importantes investimentos no Brasil,... À mão
de obra altamente qualificada existente na Aker Solutions.
Também em março de 2013 foi anunciado um contrato no valor de US$
800 milhões, para o fornecimento de equipamentos de produção submarinos
para o desenvolvimento da bacia de Santos, a 300 km do litoral brasileiro no
período 2014-2018. Os equipamentos serão desenvolvidos na nova unidade
de produção da Aker Solutions em Curitiba.
Segundo dados divulgados no próprio site da empresa, em março de
2013, foram negociados um contrato para o fornecimento de 60 conjuntos de
árvores de natal submarinas verticais, sistemas de controle submarinos,
ferramentas e peças de reposição para fornecimento, para atendimento aos
campos do pré-sal. O valor deste contrato é de U$ 800 milhões e os
equipamentos deverão ser entregues entre 2014-2018.
Também foi divulgado que em função deste contrato de US$ 800
milhões e devido às previsões futuras, a empresa está estudando a
possibilidade da instalação de uma nova fábrica de equipamentos submarinos
32
em Curitiba e uma nova unidade de serviços para o seu negócio de
equipamentos de perfuração em Macaé. Este novo centro de tecnologia em
Curitiba vai substituir a atual planta em 2015 e empregará cerca de 1100
pessoas, enquanto que a nova planta de Macaé irá atender ao mercado de
perfuração, sendo desta maneira a quarta instalação da Aker Solutions no
Brasil, juntamente com as unidades em Rio das Ostras, Curitiba e Rio de
Janeiro. O Centro de Treinamento da divisão Drilling Lifecycle Services da
Aker
Solutions será equipado com um simulador de perfuração FI Xfactor DES, com
tecnologia 3D em tempo real e formato domo de 240° de visão, aonde são
simuladas as condições reais de uma sonda de perfuração, sendo possível a
visualização das condições de perfuração como se fosse à realidade, fazendo
com que ele possa interagir com o ambiente de uma maneira quase 100% real.
Atendendo também as necessidades das IOCs no mercado brasileiro, a
subsidiária da Aker Solutions, Managed Pressure Operations (MPO), fornecerá
sistemas de perfuração com pressão gerenciada (Managed Pressure Drilling –
MPD) e serviços de tratamento do gás para a Repsol Sinopec Brazil, para
operação em águas ultra profundas na Bacia de Campos. O valor do contrato é
confidencial e os serviços serão realizados entre 2013 e 2016.
Em março de 2013 a Aker foi autorizada para iniciar o fornecimento dos
equipamentos submarinos para o desenvolvimento dos campos de pré-sal de
Sapinhoá e Lula Nordeste. O contrato é uma confirmação da segunda parte de
um acordo assinado em abril de 2010, que envolve o fornecimento de 20
conjuntos de árvores submarinas verticais, sistemas de controle submarinos,
ferramentas e peças de reposição para entrega no período de 2013-2015.30.
Da mesma maneira que a Aker e a Subsea7, a americana FMC Technologies,
33
fabricante de árvores de natal submarinas, também possui diversos contratos
para atender o mercado brasileiro. Em abril de 2012 a empresa americana
anunciou o fechamento de um contrato de até US$ 1,5 bilhão para
fornecimento de 130 árvores de natal submarinas, destinadas à exploração de
petróleo na camada pré-sal, além do projeto pioneiro de um sistema de
separação submarina de água-óleo (SSAO), que vem sendo desenvolvida pela
FMC, em parceria com o CENPES e a Statoil. Em função do volume desta
encomenda, a FMC poderá impulsionar investimentos de outros fornecedores
de equipamentos para o setor de óleo e gás.
Com investimentos de R$ 200 milhões previstos no Brasil nos últimos
dois anos, a FMC afirmou que este contrato é o maior do mundo envolvendo
árvores de natal submarinas. Segundo o diretor comercial da empresa no
Brasil, José Mauro Ferreira, um dos principais desafios para a produção dos
equipamentos em grande quantidade é aumentar a capacidade dos
fornecedores.
Outro contrato anunciado em julho de 2013 pela FMC para atender ao
mercado brasileiro é referente ao fornecimento de três estações de
bombeamento subaquáticas para o Parque das Baleias, localizado no litoral do
Espírito Santo, na Bacia de Campos, com valor aproximando de US$ 40
milhões. Segundo Tore Halvorsen, vice-presidente sênior da FMC
Technologies:
A Estação de Bombeamento Horizontal para o projeto Parque das Baleias é a terceira
implementação desse tipo da FMC.
Em setembro de 2013 a FMC anunciou o fornecimento de 11 manifolds
submarinos para campos no pré-sal, localizados na costa brasileira. A
extensão total do contrato inclui a entrega de até 16 manifolds submarinos,
com um valor total estimado em aproximadamente US $ 650 milhões, com
entrega prevista para se iniciar em 2015.
34
SAIPEM
Em abril de 2013 a Saipem, divulgou informações referentes aos novos
contratos internacionais de engenharia e construção, com valores aproximados
de cerca de US$ 500 milhões a serem desenvolvidos na América latina, em
atividades relacionadas à exploração de petróleo em áreas remotas e águas
profundas.
No Brasil serão desenvolvidos os sistemas Sapinhoá Norte e Iracema
Sul, na Bacia de Santos, no Brasil, a aproximadamente 300 km das costas do
Rio de Janeiro e de São Paulo. O trabalho envolve o fornecimento e a
instalação de dois oleodutos offshore, em profundidades de até 2.200 metros e
com 67 km de comprimento.
As atividades marítimas serão realizadas pelos navios Saipem 3000 e
Castoro, com o transporte e a instalação de uma plataforma de centro e duas
plataformas de satélites, com diâmetros de 30 polegadas, e de um oleoduto
Em paralelo estão previstos investimentos na ordem de US$ 300 milhões no
País para fornecer equipamentos no Brasil para o pré-sal e a construção de
um centro de tecnologia e produção de equipamentos para o segmento de óleo
e gás. A estimativa é que sejam criados 960 empregos diretos no centro de
tecnologia. O CTCO está localizado no Guarujá, litoral de São Paulo. Segundo
estimativas, a primeira etapa em desenvolvimento no CTCO será a criação de
uma base logística para oferecer suporte à construção de dutos submarinos de
gás. A segunda fase terá o foco na fabricação de equipamentos subsea
utilizados na operação dos dutos.
A Saipem ainda pretende incorporar pessoal qualificado originado de
convênios e de outras parcerias firmadas com o SENAI, para compor o
contingente de mão-de-obra nos próximos anos.
Segundo o presidente da Saipem no Brasil, Giorgio Martelli, a unidade faz
parte da estratégia de crescimento com foco na necessidade das empresas
35
nacionais e de IOC`s como a Shell, a BP e a BG. Atualmente, o grupo italiano
possui em andamento aproximadamente seis contratos no Brasil para
fornecimento de equipamentos para plataformas e gasodutos.
Em março de 2013, a Cameron, empresa americana fundada em 1922,
anunciou um contrato da ordem de US$ 600 milhões para o fornecimento de
47 árvores de natal molhada (ANM) e outros equipamentos subsea. O início da
entrega dos equipamentos, que serão destinados à produção de petróleo no
pré-sal e no pós-sal brasileiro, está previsto para 2014.
A encomenda será atendida pela fábrica da Cameron no Brasil, em
Taubaté, que está com planos de expansão de sua área fabril, segundo
informou o presidente da Cameron, Jack B. Moore.
5 – SITUAÇÃO ATUAL
Atualmente a disponibilidade de profissionais não é satisfatória, muito
inferior à demanda apresentada pelo setor de petróleo e gás, principalmente
após as descobertas do pré-sal.
A prova para se qualificar como inspetor de fabricação até 2009 era
realizado pela PETROBRAS e a partir de então passou a ser aplicada pela
ABENDI (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutíveis e Inspeção).
Esta qualificação é baseada na norma da Petrobras N-2033 (Inspeção
de Fabricação – Qualificação de pessoal), de domínio público e disponível no
próprio site da Petrobras.
Estudos do PROMINP indicam que o setor de inspeção de fabricação
possui 600 inspetores de fabricação atuando atualmente, sendo que desse
total apenas 160 são qualificados e estariam realmente aptos a atuar no
mercado.
36
Os principais motivos desta baixa quantidade de profissionais atuando
no mercado se devem ao desconhecimento desta atividade por grande parte
da área técnica nacional e também devido a própria dificuldade dos
profissionais em se qualificar.
Dificuldades encontradas:
1) Longo período entre o momento da solicitação de prova e a data efetiva
desta prova. A média está em torno de 5 meses.
2) Conteúdo da prova em desacordo com a qualificação. Exemplo:
questões de elétrica aplicada nas provas de caldeiraria.
3) Alto valor de custo.
4) Complexidade da prova.
Devido a esta baixa quantidade de profissionais no mercado o grande
obstáculo das empresas de inspeção atualmente é contratar novos
profissionais já qualificados e manter os já qualificados em seu staff.
Para atender às necessidades do mercado as empresas de inspeção têm
tentado capacitar os seus profissionais para que eles possam se qualificar.
Esta capacitação está baseada no treinamento teórico e prático:
1) Teórico
- Verificação análise de documentação técnica aplicada aos processos
mais comumente utilizados.
- Metrologia
- Processos industriais
- Processos de soldagem
- Processos de END
- Processos de Pintura
- Elaboração de relatórios técnicos
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- ABC da Inspeção de Fabricação
- Postura perante o fabricante
2) Prático
- acompanhamento de inspeção junto com um inspetor experiente e
qualificado;
- acompanhamento de ensaios de impacto;
- acompanhamento de ensaios não destrutíveis.
Após o desgastante processo de qualificação, onde foram envolvidos o
conhecimento tecnológico da empresa e os custos, devido ao aquecimento do
mercado, além da alta competividade entre as empresas, não há a garantia de
que este profissional permanecerá na empresa onde foi treinado.
Devido ao desenvolvimento e ao descobrimento dos novos poços do Pré-
sal como a Petrobras não possui profissionais concursados suficientes para
atender a demanda ela vem utilizando grande parte do contigente deste tipo
de profissional através de contratos de prestação de serviço.
Existe uma clara diferença entre a inpeção e a qualidade.
O objetivo básico da inspeção é verificar a conformidade das propriedades
do produto com algum padrão ou especificação do solicitado pelo cliente. Ter
seu sistema da qualidade certificado pressupõe que não haverá grandes
problemas em seu processo produtivo, porém, não o livra de atender a um
plano da qualidade de um projeto especifico que prevê atividades de inspeção
do produto (ou serviço). Resumindo, a certificação do processo não livra o
fornecedor da certificação do produto.
38
Em produções seriadas, as atividades de inspeção geralmente ficam a
cargo do Controle de Qualidade da empresa. É ele quem define por qual a
metodologia que os produtos serão inspecionados para garantir a
conformidade com o padrão. Quase sempre este controle fica junto à área
produtiva ou operacional, o que facilita o controle e a rápida intervenção caso
haja algum desvio em relação ao esperado.
Também é comum que produtos de produção seriada (como fogão,
automóvel, calças jeans, molho de tomate, cerveja, lâmpadas, aspirinas etc.)
sejam regulamentados por algum tipo de legislação, pois seus clientes é o
público em geral e não estão preparados tecnicamente para avaliar a
qualidade de produtos tão complexos.
Já em grandes projetos como construção de navios, metrô, plataformas
de petróleo, usinas de eletricidade, fábricas de celulose, siderúrgicas etc, os
produtos resultantes são únicos como também são, as maiorias de seus
equipamentos. Eles requerem grandes investimentos de capital e, em geral, o
tempo de construção e montagem é longo (meses ou anos) envolvendo na sua
construção um grande número de operários, técnicos e engenheiros.
Outra característica destes grandes projetos está no local da fabricação
dos equipamentos. Como estes são singulares, seus fornecedores se
localizam junto à fonte de matérias primas. É comum as siderúrgicas estarem
próximas às minas de extração de ferro ou a portos; produtos de alta
tecnologia próximos a centros de excelência como universidades ou pólos
científicos, fabricantes de alumínio junto às geradoras de energia elétrica. Isto
faz com que as localizações de fornecedores se ramifiquem por regiões
distantes umas das outras.
Além disso, os grandes projetos trabalham com altos volumes de
capitais e com cronogramas apertados fazendo com que qualquer atraso,
39
retrabalho ou devolução de equipamentos, causem grandes prejuízos ao
empreendimento. Para evitar problemas as empresas contratam inspeção de
fabricação para assegurar que os produtos que fazem parte do
empreendimento, estão de acordo com os objetivos do projeto e no prazo
especificado. Além disso, pode garantir que se porventura houver alguma
falha, não seja muito tarde para poder corrigi-la.
A inspeção de fabricação quase sempre envolve a análise do produto a
ser fornecido como dimensão, composição e estrutura dos materiais,
funcionalidade, performance, acabamento entre outras tantas. Inclui também o
acompanhamento do processo de manufatura como o de soldagem, tratamento
térmico, tratamento superficial, processos de usinagem e outros similares.
Algumas destas análises são visuais, algumas requerem instrumentos simples
e outras, necessitam de apoio de laboratórios de análises sofisticados.
Quanto ao escopo, os trabalhos podem envolver todo o produto ou só
uma pequena parte deste.
Também podem estar abrangidos pela inspeção de fabricação, alguns
atributos do produto como, por exemplo: a segurança, o impacto para com a
saúde e o meio ambiente, a durabilidade, a confiabilidade, a rastreabilidade de
seus componentes e outros de mesma natureza.
Outra função importante da inspeção de fabricação é a avaliação de
plantas produtivas, a fim de constatar se estas têm condições de serem
fornecedora para um projeto específico.
Dentro da área de grandes projetos, a inspeção de fabricação é o
melhor caminho para determinar se um produto, um serviço, um processo ou
uma instalação fabril atende os requisitos de um empreendimento.
40
Normalmente estes requisitos são definidos em normas, regulamentos ou
especificações dos clientes.
6 - CONCLUSÃO
Atrativo para a carreira de inspetor de fabricação
O profissional deste setor encontra uma mistura de aspectos técnicos e
generalistas. O uso de técnicas que exigem conhecimento de normas e
processos de cada produto que será inspecionado e, ao mesmo tempo, a
observação de uma infinidade de outros que trazem combinações similares ou
distintas, conhecimento de diligenciamento.
Este profissional terá a oportunidade de unir a teoria à prática, porque
tudo aquilo que foi projetado, desenvolvido e criado no papel será aplicado na
fabricação do equipamento, desde o início com a chegada da matéria-prima, o
andamento dos processos até os testes finais e, por fim, a preparação do
embarque do material para a obra.
Benefício da Inspeção de Fabricação para o mercado
Do ponto de vista do cliente final há a garantia de que ele estará
recebendo um bem na forma em que foi engenhado, atendendo a todos os
requisitos técnicos de projeto, tendo-se a confiabilidade na instalação,
atendimento à necessida de processo e segurança e um custo previamente
estimado de manutenção. Já o benefício para o mercado produtivo é no
upgrade do patamar tecnológico de qualidade, na produção de equipamentos
e materiais, cada vez mais requeridos pelo mercado consumidor.
O Brasil está em um processo de investimentos por parte de empresas
nacionais e internacionais, que necessitarão de profissionais especializados e
41
qualificados, que garantam a segurança e funcionamento das indústrias sem
grandes custos, e o Inspetor de Fabricação contribui com essa demanda.
O controle de uma etapa no processo de produção gera informações
antecipadas, e se o alvo for atingido, mesmo com a ocorrência de eventuais
desvios nos aspectos técnicos ou contratuais, como por exemplo, o
cumprimento do prazo, um trabalho bem executado gera redução de custos e
antecipação de medidas para prevenção e correção de não conformidades.
Perspectivas de trabalho para o Inspetor de Fabricação
A globalização, tendo como alicerces a qualidade, a sustentabilidade, o
respeito social ao meio ambiente e a segurança, entre outros aspectos, força o
Brasil a construir novas plantas industriais, a modernizar e ampliar as já
existentes, buscando um aumento de produção com qualidade para atender a
todas as demandas no mercado interno e externo.
Somando-se a enorme expectativa de crescimento do mercado de
trabalho para os próximos anos em função das recentes descobertas de
petróleo que projetam um mercado de trabalho altamente especializado.
Perspectiva de crescimento na carreira
Uma carreira não é feita somente de muito trabalho, mas também de
uma constante busca no aprimoramento profissional sempre com foco no
crescimento e reconhecimento que vêm automaticamente quando estes dois
quesitos andam juntos.
O mercado demanda mão-de-obra, e o profissional que ingressa na
carreira tem um horizonte enorme para atuar. Ele começa com inspeções mais
simples, se aprofunda, conhece equipamentos mais complexos e encontrará
uma gama enorme com maior tempo de atuação na área. A experiência prática
42
torna o profissional melhor, podendo alcançar degraus mais altos e chegando
a supervisor, coordenador ou gerente de inspeção em grandes empresas.
Conforme informado anteriormente devido a sua importância no
mercado nacional, atualmente a Petrobras é a empresa que mais necessita da
mão de obra de inspeção de fabricação e devido a grande quantidade de
profissionais necessários para atender ao mercado nacional se torna
complicado obter profissionais concursados e sendo assim, para atender a
esta necessidade são realizadas licitações para a prestação deste tipo de
serviço.
Ocorrem que os contratos firmados têm sido firmados cada vez menos
vantajosos para as empresas de inspeção. Atualmente a quantidade de
inspetores é insuficiente para atender ao mercado e se mantendo este nível de
contratos a consequência será a diminuição no valor dos salários pagos e a
diminuição na quantidade de inspetores nesta área.
43
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