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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM Faculdade Integrada PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” Um dilema das escolas técnicas privadas: a evasão escolar. Por: Eduardo Santos de Mendonça Orientador Prof. Dr. Antônio Fernando Vieira Ney Rio de Janeiro 2012 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM Faculdade Integrada

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

Um dilema das escolas técnicas privadas: a evasão escolar.

Por: Eduardo Santos de Mendonça

Orientador

Prof. Dr. Antônio Fernando Vieira Ney

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM Faculdade Integrada

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

Um dilema das escolas técnicas privadas: a evasão escolar.

EDUARDO SANTOS DE MENDONÇA

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez

do Mestre como requisito parcial para obtenção

do grau de especialista em Administração

Escolar.

Rio de Janeiro

2012

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AGRADECIMENTOS

A Deus em primeiro lugar, por nos dar a vida, a

minha mãe pelo apoio incondicional, ao meu irmão

pelos incentivos que possibilitaram a realização

deste trabalho acadêmico e ao diretor da Escola Rio

Petro, Ricardo Marinho e a Diretora da Escola

Técnica Status, Professora. Lúcia, por disponibilizar

suas instituições para a realização das pesquisas.

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DEDICATÓRIA

Dedico essa monografia a minha esposa, pela sua

dedicação e paciência, do tempo destinado aos

meus estudos.

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EPÍGRAFE

“... ensinar não é transferir conhecimento, mas criar

possibilidade para a sua produção ou sua

construção.” (FERREIRO, 1992 p.25)

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RESUMO

A evasão escolar é um grave problema para as escolas técnicas

privadas e precisa ser mitigado. O gestor necessita conhecer quais os motivos

que levam o aluno a evadir; os mais importantes e que estão ao seu alcance. O

objetivo desta monografia é analisar os fatores internos que levam a evasão e

apontar soluções. O maior motivo da evasão escolar apontado nos estudos

teóricos e de pesquisa de órgãos ligados ao ensino está relacionado com a

motivação, desta forma foi realizado uma pesquisa em duas escolas técnicas,

com alunos e professores para levantar de que maneira o administrador

poderia atenuar este problema. Esse trabalho de campo indica a realidade dos

alunos de um município, demonstrando suas percepções a respeito do ensino

ministrado nas instituições de ensino técnico de sua localidade. Com a análise

dos dados a conclusão é o caminho de uma gestão democrática, com

investimentos em laboratórios, infraestrutura confortável e recursos didáticos

destinados à prática, preocupado com a motivação dos alunos e a qualidade

das aulas com sustentação na criação e produção do conhecimento.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi baseada na leitura de livros, documentos de

órgãos públicos, estatísticas de diversas instituições especializadas em coleta

e análise de dados, trabalhos monográficos sobre administração e evasão

escolar, a Lei de Diretrizes e Base da Educação bem como pela experiência de

25 anos dedicados a administração de instituições de ensino profissionalizante

e uma pesquisa de campo. Essa investigação, segundo Alves-Mazzotti (1999),

tem o objetivo de observar uma realidade, não buscando apenas um resultado

estatístico numérico, logo se trata de uma metodologia qualitativa.

O procedimento para realização da pesquisa de campo foi composto de

três questionários do tipo descritivo, sendo o primeiro com seis questões

dedicadas aos alunos onde se avaliará suas opiniões no tocante a instituição

de ensino e suas expectativas sobre o curso escolhido. O segundo

pesquisaremos sobre a didática, a relação teoria e prática e os recursos

materiais utilizados. O terceiro questionário é direcionado para os professores

onde será questionado sobre sua experiência em docência do ensino técnico,

motivação das aulas e relação teoria e prática no aprendizado técnico.

Os questionários foram respondidos por setenta alunos, em duas

turmas, sendo uma da Escola Técnica Status e outra da Escola Técnica Rio

Petro, ambas localizadas no município de Rio das Ostras, no estado do Rio de

Janeiro, com idades entre 16 e 48 anos e 10 professores que atuam nestas

instituições com experiência superior a cinco anos de magistério do ensino

técnico profissionalizante no período de 30 dias.

Os principais temas abordados nos questionários foram: motivação,

didática, recursos materiais, estrutura física da instituição e a relação teoria x

prática.

Os fatores externos à escola estão mais distantes do alcance do

administrador escolar e dependem de vários fatores sociais e econômicos do

país. Neste estudo voltaremos as análises dos de ordem interna à instituição,

onde o administrador possui real capacidade de fomentar uma modificação e

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obter resultados positivos no tocante a redução da evasão escolar nas escolas

técnicas privadas. Bourdieu, Cunha, Charlot, Fukui, Brandão e Gatti são

defensores que os fatores internos são determinantes pelo sucesso ou

fracasso dos alunos nas escolas.

EVASÃO

CAUSAS INTERNAS

RH

DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

INFRAESTRUTURA

CAUSAS EXTERNAS

ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS

VOCAÇÃO DOS ALUNOS

PROBLEMAS ORDEM SOCIAL

Fonte: Adaptada de PAREDES, 1994.

Autores como Adelphino, Chiavenato, Mota & Pereira, Paro,

Lucky e Alves tratam o assunto sob a ótica do administrador (gestor) escolar.

Com a pesquisa de campo teremos uma visão do pensamento do aluno

e do professor a cerca principais motivos da evasão escolar e poderemos

direcionar algumas atividades do gestor com objetivo de mitigar este problema,

salientando que as soluções são muito mais complexas e esse método apenas

norteará nosso caminho, segundo a percepção destes alunos e professores do

município em tela, porém poderão servir de espelho para todo universo escolar

brasileiro.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I - A evasão escolar nas escolas técnicas 12

CAPÍTULO II - O papel do Administrador na mitigação da evasão escolar

das escolas técnicas privadas 21

CAPÍTULO III – Investigação de uma realidade 26

3.1 Pesquisa de Campo 26

3.2 Análises da coleta de dados 39

3.3 Propostas para diminuição da evasão escolar 46

CONCLUSÃO 48

BIBLIOGRAFIA 51

WEBGRAFIA 54

ANEXOS 55

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INTRODUÇÃO

A evasão escolar é um grande problema para as escolas privadas

brasileiras, além de afetarem financeiramente a instituição, deixam milhares de

alunos no meio do caminho de sua formação profissional, que trará reflexos

negativos na sociedade.

Em busca da qualidade na educação técnica, torna-se necessário

trazer a tona os fatores que fazem os alunos abandonarem os cursos,

detectando os mais e menos estimulantes, buscando ferramentas que

diminuam a evasão e que estejam ao alcance da instituição de ensino.

Esta monografia analisa qual a contribuição do administrador escolar

para mitigar a evasão escolar nas escolas técnicas e buscou uma base de

informações dos entes envolvidos nesse processo educacional. Com base

nestas informações, verificam-se as causas apontadas para este problema e

apresentam-se possíveis soluções a fim de fornecer subsídios para o gestor na

tomada de decisões.

No capítulo I estudamos a evasão nas escolas técnicas, objetivando

levantar os principais motivos que estejam ao alcance da administração da

instituição de ensino para mitigar esse problema. Através das pesquisas

realizadas por diversos órgãos ligados à educação e pelos conteúdos gerados

pelos pesquisadores limitam-se as áreas de atuação do gestor.

O capítulo II analisa o papel do administrador na mitigação da evasão

escolar nas escolas técnicas privadas, estudando sua postura frente a esse

grande problema enfrentado pelas instituições de ensino e delimitando os

motivos principais e possíveis caminhos a serem trilhados pela instituição sobre

seu comando .

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A pesquisa de campo foi realizada em conformidade aos fatores

previamente estudados, analisada, no capítulo III, que consistiu na coleta de

dados das respostas dadas, análise e conclusão de propostas que o gestor

poderá utilizar para reduzir a evasão escolar de sua instituição.

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CAPÍTULO I - A EVASÃO ESCOLAR NAS ESCOLAS

TÉCNICAS

A evasão escolar é um grande problema na sociedade atual e para as

escolas técnicas privadas uma preocupação a mais, pois necessitam iniciar

turmas com um bom número de alunos para que ao final do curso possam ser

economicamente viáveis.

Com a atual situação econômica do país, a demanda por cursos

técnicos vêm aumentando consideravelmente, iniciando as turmas com um

bom número de alunos, porém no decorrer dos estudos a desistência é um

fator preocupante e deve ser analisado e combatido pelos gestores

educacionais.

A Educação Profissional Técnica de Nível Médio visa uma preparação

geral do indivíduo para o trabalho, terão diplomas registrados com validade

nacional e habilitarão para os estudos na educação superior (Brasil, 1996).

Segundo FGD - Fundação de Desenvolvimento Gerencial, MEC (2012):

“A educação profissionalizante é dividida em três modelos de cursos técnicos:

integrado, concomitante e subsequente à educação profissional”.

Através do INEP, o censo escolar apurou quais as matrículas de cada

modalidade de ensino da educação profissional, conforme a tabela abaixo:

Médio Integrado Concomitante Subsequente Total

40.629 291.521 415.742 747.892

Fonte: Anuário Estatístico 2010, Base 2009, Unicamp.

Observamos que a modalidade subsequente possui a maior procura,

sendo desenvolvida após o indivíduo concluir o ensino médio. Possibilita

também a obtenção de certificados de qualificação para o trabalho, após a

conclusão com aproveitamento (Brasil, 1996).

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De acordo com o Censo Escolar de 2010, o Brasil tem 1,14 milhão de

matrículas nesse tipo de educação, sendo 920 mil em educação profissional e

215 mil em cursos de ensino médio integrado com o técnico, com 56,5% na

rede privada e 44,5% na rede pública.

De acordo com o relatório do censo escolar realizado pelo INEP (2006),

sobre a Educação Profissional Técnicas de Nível Médio, podem observar

alguns fatores interessantes que irão nortear o gestor em suas ações de

mitigação da evasão escolar.

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Fonte: MEC/Inep - Censo Escolar 2003 a 2005

A evolução das matrículas das mulheres ultrapassando as dos homens,

de 2003 a 2005.

Fonte: MEC/Inep - Censo Escolar 2003 a 2005

.

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Os jovens de 15 a 25 anos são a maioria dos matriculados na educação

profissional.

O INEP divulgou o número de concluintes nos Cursos de Educação

Profissional em todo o Brasil no ano de 2005 é de 244.058, onde 104.402 do

sexo masculino e 139.656 do sexo feminino. Segundo a tabela abaixo,

observamos que em 2003 houve 589.383 matrículas e em 2004 676.093, no

entanto em 2005 somente 244.058 concluintes.

2003 2004 2005

MATRÍCULAS 589.383 676.093 747.892

Fonte: MEC/Inep - Censo Escolar 2003 a 2005

É difícil delimitar as responsabilidades relacionadas à evasão escolar,

pois é um problema muito complexo e resulta de um conjunto de fatores

coordenados, sem que nenhum deles isoladamente fosse a consequência da

evasão (BRASIL, 2006).

Balzan (1989) afirma que a educação, sendo parte da sociedade, não

está isolada de todo o contexto social, político e econômico, encontrando-se ai

a raiz do problema educacional: “tudo pode e nada pode fazer”.

Para Arroyo (1997, p.23), “na maioria das causas da evasão escolar a

escola tem a responsabilidade de atribuir a desestruturação familiar, e o

professor que o aluno não tem responsabilidade de aprender, tornando-se um

jogo de empurra”. Arroyo (1997, p.39) ainda salienta que o aluno, ao evadir,

deixa um espaço e uma oportunidade que lhe foi oferecida, por motivos

pessoais e familiares, logo ele mesmo é o responsável e o professor não

assume culpa de nada.

Uma visão interessante de Freire (1997) é que a evasão escolar é uma

expulsão causada pela própria estrutura que camufla problemas sérios de

qualidade de ensino.

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Para Ferreiro (1992, p.25), “[...] ensinar não é transmitir conhecimentos,

mas criar possibilidades para sua produção ou sua construção”.

Segundo Neri (2009), são quatro principais motivos da evasão escolar:

a- restrição de oferta de serviços educacionais, dificuldade de acesso

(21%);

b- falta de interesse/motivação dos pais e alunos sobre a educação

ofertada (40,3%);

c- restrições de renda e do mercado de crédito ( 27,1%), e

d- outros motivos ( 21,7%).

Fazendo um quadro comparativo entre 2004 e 2006 (NERI, 2009)

podemos observar uma pequena evolução dos índices de falta de renda e

outros motivos, enquanto a falta de interesse e a oferta têm um pequeno

decréscimo.

Motivos da Evasão 2006 (%) 2004(%)

Falta de Renda 27,09 22,75

Oferta 10,89 11,14

Falta de interesse 40,29 45,12

Outros motivos 21,73 20,77

Fonte: CPS/FGV a partir dos micros dados dos suplementos da

PNAD/IBGE

Essa pesquisa foi baseada nas 6 principais regiões metropolitanas do

Brasil, focando um público entre 15 e 17 anos.

Com base na tabela acima apresentada por Neri (2009) o maior índice

de evasão se baseia na falta de interesse, neste item o gestor possui um

grande poder de modificação, pois detém todos os meios de mitigar seus

efeitos.

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Os fatores externos à instituição não serão analisados neste estudo,

logo pesquisaremos os fatores internos, os quais o gestor poderá modificar

juntamente com sua equipe técnica-administrativa.

Ainda para Charlot (2000) não existe fracasso escolar e sim alunos em

situação de fracasso, pois não conseguem aprender o que se quer ensinar a

eles e por esse motivo naufragam e reagem com retração, desordem e

agressão.

Segundo Luck está havendo uma mudança de paradigma de

administração para gestão no contexto das organizações e sistemas de ensino

voltados para a melhoria da qualidade de ensino com a articulação do talento

humano e a sinergia coletiva.

Gestão caracteriza-se pelo reconhecimento da importância da participação consciente e esclarecida das pessoas nas decisões sobre a orientação e manejamento de seu trabalho. Está associada ao fortalecimento da ideia de democratização do processo pedagógico, entendida como participação de todos nas decisões e em sua efetivação. (Martins, 1991, p.166)

Em Bourdieu (1998), deve-se levar em consideração o capital cultural

de cada aluno, pois “os professores partem da hipótese que existe, entre o

ensinante e o ensinado, uma comunidade linguística e de cultura, uma

cumplicidade prévia de valores, o que só ocorre quando o sistema escolar está

lidando com seus próprios herdeiros”.

Costuma-se indicar o professor como responsável pelo fracasso

escolar, segundo Rosenthal e Jacobson (1994 p 114), é quando o professor

percebe um comportamento que não espera deles, considerando-os “como

deficientes”.

Para Fukui (in BRANDÃO et al, 1983) “o fenômeno da evasão e

repetência longe está de ser fruto de características individuais dos alunos e

suas famílias. Ao contrário, refletem a forma como a escola recebe e exerce

ação sobre os membros destes diferentes segmentos da sociedade”.

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Segundo GATTI (in BRANDÃO et al, 1983:47), "o fenômeno da

profecia auto realizadora é mais provável de ocorrer numa escola que abrange

crianças de níveis econômicos díspares, o que enseja comparações e

preferência dos professores favoráveis às crianças que lhes são mais próximas

em termos culturais".

Freire (1982) afirma que o ato de estudar necessita de persistência e

atenção, remetendo a uma atividade mental que também está presente na

maior parte das ações sociais, deste modo existem influências internas e

externas a serem consideradas na evasão escolar.

Ainda segundo Freire (1992) o professor deve problematizar os

conteúdo para seus alunos e não entrega-los como algo pronto e acabado.

O processo de conhecimento não é fácil e exige do aluno domínio da

leitura, vontade ou necessidade de aprender e do estabelecimento de ensino

ligar o novo conhecimento com os adquiridos anteriormente, onde sua

ausência muitas vezes é causa da evasão escolar, gerando desestímulo

segundo Vasconcellos (1995).

A UNICAMP, no seu Anuário estatístico 2010(base 2009) apresenta

uma pesquisa dos anos de 1999 a 2009, referente aos seus alunos do ensino

técnico médio, onde podemos verificar a evasão escolar em diversos tipos de

cursos técnicos em uma instituição pública, onde a princípio, o fator financeiro

não seja o motivo predominante, pois os cursos são gratuitos.

1- Colégio Técnico de Campinas (COTUCA)

COTUCA 2008 2009

INGRESSANTES 780 780

CONCLUÍNTES 539 575

Fonte: Anuário Estatístico 2010, Base 2009, Unicamp.

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Abaixo demostra

Técnico de Campin

evasão na ordem de

Em 2009 temos u

para 26,28%, confor

2- Colégio Técnic

COTI

INGR

CONC

ostra-se o gráfico de ingressantes e conclui

ampinas (COTUCA) no ano de 2008 e ob

em de 30,89%.

Fonte: Anuário Estatístico 2010, B

mos uma redução pequena na evasão escola

conforme o gráfico a seguir.

Fonte: Anuário Estatístico 2010, B

Técnico de Limeira (COTIL)

COTIL 2008 2009

INGRESSANTES 600 600

CONCLUÍNTES 560 544

Fonte: Anuário Estatístico 2010, B

780; 59%539; 41%

INGRESSANTE

CONCLUÍNTES

780; 58%575; 42%

INGRESSANTES

CONCLUÍNTES

19

oncluintes do Colégio

e observamos uma

0, Base 2009, Unicamp.

escolar desta unidade

0, Base 2009, Unicamp.

0, Base 2009, Unicamp.

NTES

TES

TES

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Essa outra unid

6,66% em 2008.

Em 2009 a eva

abaixo.

Segundo Werthe

evasão escolar das uni

no entanto a instituição

física para todas as eta

de contribuir por quatro

Observando ess

com os envolvidos nes

para mitigar a evasão e

uma instituição de ens

objetivos, que poderá

unidade da UNICAMP em 2008 possuiu u

Fonte: Anuário Estatístico 2010, B

a evasão subiu para 9,33%, conforme demo

Fonte: Anuário Estatístico 2010, B

erthein (2012) e o Censo da Educação Su

s universidades privadas foi de 24,5% e das

tuição dever manter todo o aparato de laborató

as etapas de ensino, “se o aluno evade no prim

uatro anos”.

o esses dados podemos efetuar uma pesqu

s neste processo, a fim de determinar poss

são escolar e pelo ponto de vista do gestor a

e ensino da rede privada propor ações pa

se dar por várias vertentes.

600; 52%

560; 48% INGRESSANTES

CONCLUÍNTES

600; 52%544; 48% INGRESSANTE

CONCLUÍNTES

20

suiu uma evasão de

0, Base 2009, Unicamp.

demonstra o gráfico

0, Base 2009, Unicamp.

ão Superior 2009, a

das públicas 10,5%,

boratórios e estrutura

o primeiro ano, deixa

pesquisa juntamente

r possíveis caminhos

or administrativo de

es para alcançar os

NTES

TES

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CAPÍTULO II - O PAPEL DO ADMINISTRADOR NA

MITIGAÇÃO DA EVASÃO ESCOLAR DAS ESCOLAS TÉCNICAS

PRIVADAS

Segundo Aquino (1997), as causas da evasão escolar são imputadas as

casualidades, distantes do ambiente escolar, atribuídas a problemas sociais e

outros motivos particulares, no entanto o gestor não pode sustentar que

simplesmente esse seria uma boa argumentação para manter-se imóvel e não

responder à evasão com determinação e sabedoria.

Para Anísio Teixeira “Somente o educador ou o professor pode fazer

administração escolar.” (TEIXEIRA, 1968, p.14), implicando que a instituição de

ensino não é uma mera fornecedora de serviços, que entrega um material

pronto e acabado, ela deve cuidar da educação e formação do profissional sob

uma visão global, verificando as diferenças e aparando as arestas, pois cada

aluno tem sua formação, dificuldade e bagagem cultural, logo um pacote pronto

não atenderá a qualidade desejada e nada melhor que um profissional

experiente no tato com os alunos e que sabe detectar todos estes fatores. Ele

explica que existem dois tipos de administração: a mecânica e escolar. Na

primeira o planejamento é o principal e a execução é mínima, estamos falando

da fábrica. Na segunda o elemento principal é o professor, que deverá ter as

condições propícias para realização de seu trabalho, oferecidas pelo gestor.

Segundo Ribeiro (1952), a administração escolar é complexa, pois suas

funções se entrelaçam, não somente entre si, mas também com outras

instituições que educam.

O gestor deve estar comprometido com a transformação social,

buscando nos princípios de sua instituição os métodos e técnicas adequados

ao bom desempenho das atividades educacionais, pois não está vendendo um

produto simples e acabado, ao contrário constrói um trabalho coletivo, com

todos os participantes do processo escolar.

Administrar não é mandar ou chefiar, é coordenar seus colaboradores,

para construir, com criatividade, ações pedagógicas e administrativas com

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responsabilidade, compromissos com a educação, deve ter boa relação com

todos, entre outros atributos, proporcionando o crescimento da esquipe,

incentivando os profissionais para mudança, com autoridade, competência e

liderança. Essa mudança é demonstrada no pensamento de Luck (2000):

A Administração Escolar é o instrumento que explica a estrutura e a dinâmica de funcionamento da instituição de ensino individualizando-a através de sua concepção de educação, de sua missão, de sua proposta pedagógica e pelas relações entre aluno, professores, outros profissionais da escola e comunidade local (Luck, 2000, p.23).

Não deverá estar vinculado àquela imagem de centralizador e ditador,

senhor de tudo e de todos. Hoje necessitamos de uma administração

democrática, dinamizada e coordenada para atender as demandas

educacionais desta sociedade dinâmica, inclusive prevista na Constituição

Brasileira de 1988 como princípio do ensino público.

A relação educativa deve ser uma mediação entre o ideal e o real, com

um empenho no professor em ensinar e o aluno em aprender, sendo que a

escola “pode e deve ser agradável, mas não de lazer” (AZANHA, 1987).

Podemos analisar o fracasso escolar sob três tipos principais de fatores:

1- Psicológico com fatores cognitivos e psicoemocionais dos alunos

(BRASIL, 2006);

2- Socioculturais com fatores da situação social do aluno e das

características de sua família (OLIVEIRA, 2001), e,

3- Institucionais com os fatores e métodos de ensino inapropriados,

currículo e políticas públicas para a educação (AQUINO, 1997).

O primeiro fator poderá ser observado pelo orientador pedagógico e

pelos professores, sendo trabalhada tecnicamente a fim de levar o aluno à

superação de suas dificuldades, analisando caso a caso os métodos utilizados,

por se tratar da individualidade de cada um.

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O segundo fator, por se tratar de um fator externo, não será abordado

neste estudo, no entanto o administrador, dentro de seu alcance, poderá

executar ações específicas para proporcionar o acesso e manutenção dos

estudantes com dificuldades financeiras, permitindo que possuam as mesmas

condições dos demais alunos e possam concluir o seu curso com êxito e desta

maneira, com o fruto do seu trabalho, supere os problemas sócio-culturais da

desigualdade presente em nossa sociedade.

O terceiro fator, no tocante aos métodos de ensino e currículo, possibilita

ao gestor educacional a propriedade de analisar e propor mudanças e

adequações para o melhor desenvolvimento educacional e a busca da

mitigação da evasão escolar.

O gestor não poderá se contentar na perspectiva de mera preparação

para o mundo do trabalho, segundo Santos (1997, pag. 198), “ ... acima de tudo

que as instituições os submeta ( os jovens ) a experiências pedagógicas que,

independentemente do curso escolhido, criem flexibilidade, promovam o

desenvolvimento pessoal e agucem a motivação individual”. O sistema

educacional aplicado deve valorizar a busca de competências que o aluno

desejar, despertando a busca pelo conhecimento, pela criatividade, rompendo

as barreiras do mesmo, da inércia e da mera transferência de conhecimentos,

que desestimulam e levam ao abandono do curso por parte do educando.

Deste modo poderá proporcionar ao aluno um ambiente agradável de

estudo, buscando tornar a escola atrativa que desperta no aluno a vontade de

aprender e buscar novos conhecimentos, neste sentido deve propor a todos os

envolvidos pensarem qual a melhor maneira de implementar esse tipo de

escola, dentro dos recursos materiais disponíveis ou economicamente viáveis.

O gestor deve, em conjunto com todos os envolvidos na educação

escolar, buscar a compreensão das causas da evasão, indo mais além do que

apontar um ou outro responsável. Uma análise mais ampla de Charlot (2000,

P.14), onde:

A problemática remete para muitos debates que tratam sobre aprendizado, obviamente, mas também sobre a eficácia dos docentes, ... , sobre a igualdade das “chances”, sobre os recursos que o país deve investir em seu sistema educativo,

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24

sobre a “crise”, sobre os modos de vida e o trabalho na sociedade de amanhã, sobre as formas de cidadania.

No caso específico do nosso estudo sobre a evasão escolar nas escolas

técnicas deve-se verificar mais um ponto preocupante, pois estas instituições

possuem um aumento em suas despesas em relação aos cursos tradicionais

de ensino médio, pois demanda a utilização de laboratórios para realizarem as

práticas e que representam um custo bem razoável, tanto para sua instalação,

bem como para sua manutenção, no entanto é indispensável este investimento,

para fornecer a qualidade de ensino, que é necessária na formação do futuro

profissional. Colaboram para um ambiente criativo, pois permitem a realização

dos experimentos solicitados pelos professores, proporcionado aos alunos

verificarem seus conhecimentos, buscarem o novo e adquirirem segurança nos

trabalhos realizados, simulando o ambiente de trabalho que futuramente

enfrentarão.

Neste sentido o controle da evasão escolar contribui na manutenção da

estabilidade da receita durante o decorrer do período letivo, sendo de suma

importância para que a situação financeira da instituição fique sempre saneada

para não comprometer a qualidade dos seus cursos.

Segundo Rafael Villas BÔAS (2012), podemos observar alguns fatores

que podem levar a evasão, tais como o desgaste do relacionamento devido ao

inadimplemento, a falta de interesse no curso e oferta melhor de outra

instituição de ensino. “É possível desenvolver ações de retenção...” (BÔAS,

2012), nesse ponto ele enfatiza a satisfação e ações preventivas: 1- evitar que

o aluno fique inadimplente, 2-evitar o cancelamento da matrícula, 3- maximizar

a relação do estudante com a escola e 4- reacender os alunos inativos.

Uma boa equipe de pós-matrícula é importante para cuidar do aluno e

mantê-lo na instituição. Deverá controlar a frequência, manter contato com o

aluno de potencial característica de evasão, tratando caso a caso os problemas

que os mesmos poderão ter no decorrer do curso, mantendo a direção

informada e possibilitando a esta aplicar soluções para a permanência do aluno

na instituição. Observar as faltas, que são o principal indicativo de evasão, por

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25

tanto devem ser feitas com rigidez pelos professores e verificadas

constantemente com os coordenadores. Atrasos nas aulas e faltas nos últimos

tempos podem denotar falta de interesse. Atraso nos pagamentos das

mensalidades pode apontar para uma falta de priorização. Notas baixas,

recebimento de reclamações e comentários em rede sociais também são itens

passíveis de análise por parte do gestor a fim de evitar o problema maior,

tentando reverter a potencial evasão, antes que ela ocorra.

Na gestão democrática deve-se dar abertura para a comunidade escolar

estar presente na instituição, a participação dos pais poderá ser o diferencial no

sucesso desta gestão, fazendo com que a comunidade se familiarize com todo

o processo, passando a colocar o aluno como um integrante e responsável

pelo seu próprio sucesso, ajudando a alcançar as metas pretendidas.

É preciso que a escola seja adequadamente estruturada para atingir objetivos educativos em seu todo, quer em relação as suas atividades-meio (direção, serviços de secretaria, assistência escolar e atividades complementares como zeladoria, vigilância, atendimento de alunos e pais) quer no que diz respeito à produtividade-fim, representada pela relação ensino-aprendizagem que se dá predominantemente (mas não só em sal de aula) (Paro, 1997, p.18).

A participação da comunidade tem sentido quando a família passa a

fazer parte do processo educacional em que seu filho se encontra.

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CAPÍTULO

O primeiro ques

distribuído em número

os resultados em porc

gráficos, para análise n

iniciais da busca pelo c

curso, fatores positivos

melhorar a qualidade da

1- Qual o motiv

Complementar

renda

Mu

13,1

LO III – Investigação de uma rea

3.1- Pesquisas de Campo

Primeiro Questionário

questionário, com seis questões, dedicado

mero de trinta e cinco e a seguir colocarei as

porcentagem das respostas coletadas e s

lise no próximo capítulo. Este questionário ab

pelo curso, suas expectativas, sua visão após

itivos e negativos e sugestões feitas por eles,

ade da instituição de ensino.

motivo que fez você procurar um curso profiss

Mudança de Área

de atuação

Entrar no mercado

de trabalho m

26,1 17,3

26

a realidade

icado aos alunos, foi

rei as perguntas com

s e seus respectivos

rio aborda os motivos

após a conclusão do

eles, com o intuito de

profissionalizante?

Buscar mais

conhecimento e

melhoria do currículo

43,5

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2- Qual era a su

antes de iniciar o curso?

Aulas práticas e/ou

estágio

43,5

3- Após o término

suas expectativas? Jus

Parcialmente

Correspondido

65,2

a sua expectativa e o que pretendia encon

curso?

e/ou Formação Teórica

Formação

para o me

21,7

rmino do curso pretendido, o que foi dado c

? Justifique.

Satisfatoriamente

Correspondido

Foi t

Corre

19,6

27

encontrar na escola,

ação teórica e prática

o mercado de trabalho

34,8

ado correspondeu as

Foi totalmente

Correspondido

15,2

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4- O que a escola

Poucas aulas

práticas

Aument

horá

65,2 4,

scola poderia ter feito a mais, em sua opinião?

umento carga

horária

Mais aulas

teóricas

Foi totalmente

correspondido

4,4 4,4 4,4

28

inião?

ente

dido Outros

21,6

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5- Você poderia su

Mais

práticas

Aumento

carga

horário

56,6 4,3

6- Quais os fatores

Limpeza

Atendimen

to adminis

trativo

12,45 21,15

eria sugerir alguma modificação positiva?

Recursos

áudio

visuais

Melhoria

material

didático

Aumentar

interatividade

professor/aluno

nece

mud

4,3 8,7 8,7

fatores positivos e negativos do curso concluíd

Fatores Positivos

imen-

inis-

Incentivo

participação

de

concursos

Sala de

aula

climatizada

Cadeiras

acolchoadas

Professores

capacitados

5,92 8,55 10,27 25,47

29

Não

necessita

mudança

outros

8,7 8,7

ncluído?

sores

tados

Boa

localização Lanche

10,27 5,92

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Poucas Aulas Práticas

Falta de Refrigeração no Laboratório

Lanc

La

32,5 12,5

Fatores Negativos

Lanche para as aulas de

Laboratório

Muitas Avaliações

Professores com ênfase em aulas

teóricas

Distribuição de Material didático

Pouca carga horária

2,5 5 7,5 25 2,5

30

uca Desvio do

conteúdo da

Ementa

Pouco tempo de intervalo

Outros

2,5 7,5 2,5

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31

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1- Nas aulas teórica

Sim

63

2- Qual a sua opiniã

Base Conhecimento

para iniciar a prática M

67,4

Segundo Questionário

teóricas você se sente motivado?

Não Parcialm

13

opinião sobre as aulas teóricas? Explique.

Mais resumidas Maior conteúdo prá

10,8 8,8

32

rcialmente Motivado

24

Aulas teóricas e

práticas em conjunto

13

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3- Como você gosta

4- Como voc

alcançados os objetivos e

Temas Relacionados com o curso escolhido

D

13,1

gostaria que fossem as aulas práticas?

o você se sentiu após a realização das aulas

tivos e expectativas?

Demonstração das aulas teóricas

Prática do dia a dia da Profissão

Co

58,7 26

33

aulas práticas, forma

Como é realizado nas Empresas

2,2

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5- Dê a sua

profissionalizante e qu

utilizados no curso para

Sim71,7

Laboratório Visita Téc43,5 4,4

a sua sugestão de como desejaria que fo

e quais os materiais didáticos que gostar

o para facilitar o aprendizado?

Não Par13

ita Técnica Áudio Visual Projetos Material Didá4,4 21,6 4,4 19,6

34

ue fosse uma aula

gostaria que fossem

Parcialmente15,3

al Didático Outros6,5

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Terceiro Questionário

35

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1- Em sua ex

a relação entre a carga

Maior carga horária da

prática

65

2- Como man

Elaboraçao de Trabalhos

10

Terceiro Questionário

sua experiência na docência do ensino profissi

carga horária teórica e prática aplicadas no cu

ria da Maior eficiência das

aulas práticas

Labor

moderno

interação

25

o mantém a motivação dos alunos nas aulas t

Recursos áudio visuais

Propostas de Pesquisas em Aula

Inte

55 10

36

rofissionalizante, qual

no curso?

Laboratórios mais

dernos que permitam

eração com as aulas

teóricas

10

ulas teóricas?

Interdisciplinaridade

25

Page 37: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Fonte: CPS/FGV a partir dos micros dados dos suplementos da PNAD/IBGE Essa pesquisa foi baseada nas 6 principais regiões metropolitanas

3- Em sua op

e prática para obtermos

aprendizado?

Qualidade do docente

53

sua opinião, como deveremos trabalhar com a

ermos o máximo de motivação por parte do a

cente Sincronia Teoria/Prática Coorden

26

37

com as aulas teóricas

do aluno e o melhor

ordenação atuante

21

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4- Quais rec

uma aula de boa qualid

Material

didático bem

elaborado

Recursos

áudio visua

27 42

5- Se você

poderíamos aplicar? De

Alguns professore

de pesquisa em sala

solicitada, com isso a

excelentes, refletindo e

das notas nas avaliaçõe

is recursos didáticos seriam necessários pa

qualidade?

ursos

visuais

Internet

disponível

para aula

Lousa

digital Notebook

13 7 8

você já passou por uma experiência p

r? Descreva sucintamente.

ssores abordaram assuntos teóricos do prog

sala de aula, onde o aluno busca informaç

sso a interação com a disciplina e a maté

indo em um bom aprendizado global, inclusiv

liações.

38

ios para desenvolver

tebook Amplificador

Áudio

3

cia positiva, o que

programa em forma

ormações do que foi

matéria dada foram

clusive com aumento

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39

3.2- Análises da coleta de dados

Primeiro Questionário Questão 1

O principal motivo que os alunos descrevem quando procuram um curso

técnico é a busca pelo conhecimento, adquirir uma profissão que melhore seu

currículo.

Na região em que a pesquisa foi realizada o desenvolvimento do

petróleo faz aumentar as oportunidades de emprego, logo o segundo principal

motivo é a mudança de área de atuação, pois muitos profissionais buscam as

profissões que mais empregam, neste mercado de trabalho em ascensão, em

busca de melhores remunerações.

Deste modo observamos que estes cursos possuem alunos de todas as

faixas etárias e o item de menor peso é a complementação de renda, pois as

pessoas querem uma estabilidade, buscando um emprego fixo e melhor

remunerado do que atuar somente como uma opção extra de renda para a

família.

Questão 2

As expectativas da maioria dos alunos em relação aos cursos escolhidos

e oferecidos pela instituição é de encontrar um ambiente que lhe forneça a

prática e a possibilidade de estágios para iniciar sua entrada no mercado de

trabalho como novo profissional.

Em segundo, uma formação teórica e prática para o mercado de

trabalho é um desejo de boa parte dos alunos, mas não o motivo principal,

enquanto a minoria deseja uma formação teórica mais aprofundada.

Questão 3

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40

Esse questionário analisou indivíduos que terminaram o curso escolhido

e observamos que somente 15 % destes alunos acharam que suas

expectativas foram totalmente correspondidas, na maioria dos casos foi

parcialmente correspondido, ou seja, alguns fatores deixar a desejar, mas no

geral o curso atendeu aos anseios.

O interessante é que não tivemos a informação de alunos que

estivessem totalmente insatisfeitos.

Questão 4

Um desejo da grande parte dos alunos, que se formaram nas duas

instituições pesquisadas, é um aumento nas aulas práticas, pois ficam a

desejar pela quantidade de horas destinadas a elas.

Questão 5

No sentido de melhorar a instituição e os cursos apresentados, a

sugestão que mais foi descrita pelos formandos é o aumento de aulas práticas,

bem acima dos outros itens. Material didático com mais qualidade e uma

melhor interatividade do professor com o aluno são os pedidos seguintes.

Questão 6

Em fim, os fatores positivos elencados do maior ao menor são:

a- Professores capacitados – fator muito importante para os alunos.

b- Atendimento administrativo – um bom atendimento de toda equipe,

além do professor é bastante marcante para o estudante.

c- Limpeza da instituição – as condições de higiene locais estão na

terceira posição.

d- Localização e conforto – foram citados as estruturas de cadeiras

acolchoadas e climatização das salas de aula, elementos que corroboram para

o conforto e tranquilidade dos alunos.

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41

Dos fatores negativos apontados pelos alunos, o maior problema é a

pouca quantidade de aulas práticas, demonstrando a importância de suas

aplicações para os estudantes de escolas técnicas.

A segunda maior queixa é a distribuição de material didático, que deve

ser de boa qualidade e seu conteúdo atualizado e de acordo com a ementa de

teoria e prática aplicada pela instituição.

A terceira maior reclamação diz respeito ao conforto, por ser um lugar

quente, a refrigeração das salas é importante, influenciando a melhor qualidade

da aula, tornando o lugar mais agradável de estudar.

Os demais itens são relacionados ao intervalo dado em cada turno e

divergências correlacionados ao conteúdo dado.

Segundo Questionário

Questão 1

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42

Os alunos, de um modo geral, se sentem motivados em com as aulas

teóricas, no entanto cerca de um terço deles se sentem parcialmente

motivados.

Questão 2

As aulas teóricas são muito importantes para formarem a base do

conhecimento do indivíduo, tornando-o capaz de realizar as tarefas práticas

propostas compreendendo todas as etapas executadas.

Em segundo lugar, as opiniões sugeriram a possibilidade de interligar as

aulas teóricas e práticas, de forma que se complementem consecutivamente

durante todo o curso, deste modo melhora a compreensão das matérias dadas.

Há divergências no tocante aos conteúdos das aulas teóricas, alguns

gostariam que aumentassem e outros que fossem reduzidas.

Questão 3

As aulas práticas devem acompanhar as teorias dadas em aula,

complementando o conhecimento adquirido e fixando sua aplicação prática.

Essa foi a opinião de mais de cinquenta pro cento dos alunos entrevistados.

A segunda preferência mais comentada é realizar práticas que se

assemelhem a vida do profissional, procurando simular situações que o aluno

encontrará em sua atuação como profissional.

Há ainda opiniões minoritárias, que sugerem a realização de práticas

menos específicas e ao contrário, que busquem ampliar os conhecimentos

teóricos recebidos, executando temas relacionados aos assuntos do curso

selecionado.

Questão 4

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43

Após a realização de aulas práticas, de um modo geral, os alunos

sentem-se bastante motivados, cumprindo seu papel educacional com

satisfação.

Questão 5

Na opinião da maioria dos alunos, as aulas dos cursos técnicos devem

ser dadas com recursos didáticos áudios visuais e com materiais didáticos

atualizados, sendo fundamentais as aulas práticas de laboratório para uma boa

qualidade de ensino e bom rendimento do aprendizado.

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44

Terceiro Questionário

Questão 1

A opinião foi unânime entre os professores entrevistados, que atuam nas

escolas técnicas, apontam a um caminho principal para o aumento da

motivação dos alunos, é se encontra nas aulas práticas, que influenciam

diretamente na qualidade dos serviços prestados pela instituição e no

aprendizado dos estudantes.

Questão 2

A motivação das aulas teóricas está muito relacionada com o professor,

responsável principal por despertar o interesse nos assuntos abordados, porém

com o auxilio da tecnologia atual pode-se melhorar muito as aulas que já são

boas pelo método expositivo, utilizando os recursos áudio visuais, notebooks,

internet e data shows, pois permitem a interação das matérias abordadas,

inserindo, filmes, pesquisas, demonstração de funcionamento de equipamentos

e etc.

O segundo item motivador das aulas teóricas é a interdisciplinaridade,

que permite a complementação das diversas disciplinas, umas com as outras,

em prol de um conhecimento mais próximo a realidade. Mas ainda há certa

resistência na aplicação desse método, pois necessitamos de uma interação

maior entre os professores, o que pode ficar difícil, devido à falta de horários

comuns.

Questão 3

Um ponto de coincidência entre os professores se encontra na qualidade

do professor em despertar no aluno o interesse desejado em sua aula, por isso

a importância na formação continuada deste profissional, que nos caso das

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45

escolas técnicas normalmente são profissionais das suas áreas de atuação,

sem o conhecimento de licenciatura que o cargo exige.

Outros pontos abordados são: sincronia entre teoria e prática e uma

coordenação mais atuante, que atenda as necessidades do docente.

O andamento correto das aulas de uma escola técnica pede que as

práticas sejam frequentes e de acordo com a teoria dada. O excesso de aulas

teóricas desestimulam os alunos e dificultam a fixação do conteúdo.

Uma coordenação atuante verifica as necessidades dos docentes e dos

alunos, interagindo entres estes e a direção, em busca da melhor qualidade de

ensino.

Questão 4

O uso das tecnologias são grandes aliadas para auxiliar o professor em

sua aula. A internet, a lousa digital, o amplificador e demais equipamentos

fornecem recursos para o docente abordar os assuntos das matérias de forma

bem criativa e interativa, com uma linguagem mais próxima ao jovem da

Geração Y.

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46

3.3- Propostas para diminuição da evasão escolar

O gestor com base nessas informações terá que atuar em duas áreas

diferentes: uma no trato com o docente e no outro lado investir nos recursos

materiais para a melhoria dos recursos didáticos tecnológicos e seus

laboratórios.

No tocante ao corpo docente:

a- Investir em formação continuada, proporcionando a realização da

complementação em licenciatura aos professores que são apenas profissionais

em suas áreas de atuação.

b- Manter um diálogo constante com a coordenação e o corpo docente,

recebendo o “feedback” das demandas solicitadas destes profissionais e seus

resultados.

c- Solicitar aos alunos, em canais próprios, que mantenham a direção

informada se suas necessidades e expectativas estão sendo correspondidas.

O investimento em recursos didáticos, que deveria ser feito pelo gestor

de uma maneira prioritária, de um modo geral, nas escolas técnicas privadas, é

negligenciado e deixado a segundo ou terceiro plano. Em grande parte, a

evasão escolar é devido a precariedade dos laboratórios e poucos materiais

que auxiliem os professores em suas aulas.

Conforme levantado na pesquisa os seguintes equipamentos e materiais

deveriam fazer parte dos recursos didáticos a disposição do professor:

a- Material didático atualizado e de acordo com os assuntos a serem

ensinados.

b- Data show para apresentação de filmes, programas e pesquisas.

c- Notebook ou computador, disponível nas salas para uso em aula.

d- Internet disponível para complementação das aulas expositivas feitas

pelo professor.

e- Lousa digital que oferece um gama de recursos bastante

interessantes.

f- Uso de amplificadores de áudio para apresentações que as

necessitem, bem como para diminuir o esforço vocal dos docentes.

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47

Por último a limpeza e o conforto gerado pela instituição também foi

abordado na pesquisa e é relevante no combate a evasão. Manter a instituição

limpa, salas de aula climatizadas, cadeiras acolchoadas e boa iluminação

proporcionam satisfação aos alunos, bem como a boa localização da escola,

facilitando ao aluno seu acesso.

O administrador deverá reservar em seu orçamento recursos para

manter e atender as necessidades de seus alunos, não se preocupando só em

trazer o aluno para matricular-se, mas uma vez o aluno em sua instituição

trabalhar a sua permanência e conclusão do curso.

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CONCLUSÃO

Esta monografia foi desenvolvida na busca da mitigação da evasão

escolar nas escolas técnicas privadas. No primeiro capítulo, pesquisa

realizada na leitura de livros, documentos de órgãos públicos, estatísticas de

diversas instituições especializadas em coleta e análise de dados, trabalhos

monográficos sobre administração e evasão escolar, a Lei de Diretrizes e Base

da Educação e pela experiência de 25 anos dedicados a administração de

instituições de ensino profissionalizante verificamos que existem causas

internas e externas à instituição. As causas externas não foram analisadas

nesse trabalho, dedicamo-nos ao estudo das causas internas, que podem ser

trabalhadas pelos gestores em buscas da redução da evasão escolar.

Através de várias pesquisas oficiais e de instituições de referência na

área técnica constatamos que os índices de evasão são altos, dados extraídos

do INEP, senso escolar e da Unicamp com seus cursos técnicos.

Em três tipos modalidades de ensino técnico, médios integrados,

concomitantes e subsequentes, observaram uma desistência de até 70%, pelas

pesquisas estudadas no capítulo I. Muito preocupante para o gestor, que

deverá tentar reverter essa situação, com os recursos que possui.

A FGV realizou uma pesquisa sobre os maiores motivos de evasão

escolar e constatou o seguinte:

1- Falta de Renda – 27%;

2- Oferta – 10,8%;

3- Falta de Interesse – 40,5%,

4- Outros – 21,7%.

Pelas pesquisas disponibilizadas verificamos que a situação financeira

não é predominante na evasão, pois escolas gratuitas possuem alto índice de

desistência, como os fatores externos não foram estudados nessa monografia,

logo observamos que a falta de interesse possui o maior índice de evasão,

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neste caso o gestor poderá trabalhar em conjunto com sua equipe a fim de

mitigar a evasão, trabalhando esse fator importante, apontado pelas pesquisas.

Ainda no capítulo I temos grandes estudiosos que abordaram as

grandes dificuldades de manter o aluno na escola, não adiantando culpar um

ou outro e sim trabalhar para a gestão democrática, com a participação de

todos, com ambiente criativo e participativo.

O administrador deve estar atendo, pois as funções se entrelaçam e

deve buscar na transformação social e nos princípios da instituição as técnicas

para o bom resultado das atividades educacionais, pois não está vendendo um

produto acabado e não deve ter a postura de um chefe mandão e sim de um

coordenador, que constrói com criatividade as bases de uma educação

moderna.

Segundo Aquino (1997), os fatores de fracasso escolar importantes são:

os institucionais e os métodos de ensinos, que estudamos nesta monografia no

capítulo II.

O gestor de promover ações de retenção do aluno na escola, pois se

gastam muitos recursos em propagandas para trazer o aluno à instituição, no

entanto não há equipes especializadas para mantê-lo estudando.

No capítulo III realizou-se uma pesquisa de campo em duas escolas

técnicas a fim de apurar a opinião dos alunos e professores na temática da

mitigação da evasão escolar, procurando achar soluções para os gestores,

para que possam implementar em suas instituições.

A análise das respostas dos alunos aponta para:

a- Infraestrutura;

b- Laboratório;

c- Práticas, e,

d- Recursos didáticos modernos.

A escola deve ter um conforto razoável, que dê prazer ao aluno de estar

na instituição, não que deva ser um ambiente de diversão, mas deve ser

agradável ao desenvolvimento educacional. Por exemplo, podemos citar a

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cadeira acolchoada, ar condicionado nas salas de aula e limpeza impecável

com fatores importantes para os alunos, no tocante a infraestrutura.

Como nesta monografia estamos estudando as escolas técnicas, um

laboratório bem equipado e moderno é fundamental para motivar o aluno,

observamos que os proprietários tendem a investir pouco, ou quase nada, nos

materiais destinados à prática, mas o gestor deve se conscientizar que para

atingir a qualidade desejada tem que fazê-lo.

As aulas práticas são solicitações da maioria dos alunos, que identificam

como precárias e com pouca carga horária. Indicam que as aulas teóricas

devem ser complementadas por aulas práticas, que ajudem a fixação da

matéria dada em aula.

O principal trabalho de motivação em sala de aula cabe ao professor,

com isso é importante a formação do docente em cursos de licenciatura e de

formação continuada, pois não possuímos formação de professores licenciados

para cursos técnicos, geralmente os profissionais da área suprem as

necessidades das instituições de ensino técnico.

Os recursos materiais tais como “data show”, internet, computadores,

lousas digitais entre outros são ótimas ferramentas para o novo aluno que

estamos encontrando hoje, devido a esta nova geração, que já nasce na era da

informática. Estes dispositivos aproximam os alunos do conteúdo desejado, no

entanto não podemos achar que eles substituem o professor, de maneira

alguma, são apenas complementos que dão mais qualidade a uma aula que já

é bem elaborada pelo mestre.

Finalmente uma última preocupação, por parte dos docentes, é a relação

entre estes e a coordenação/direção nas respostas as suas demandas.

Observa-se certo distanciamento entre os dirigentes e os professores, pois

estes estão em contato direto com os alunos e verificam mais rapidamente as

suas necessidades, no entanto a direção, mais distante, vê as solicitações dos

educadores como aumento de despesas e acham desnecessárias, como

consequência estamos diante de um cenário de altíssima evasão e grande

desinteresse por parte do educando.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Questionário 1;

Anexo 2 >> Questionário 2;

Anexo 3 >> Questionário 3;

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ANEXO I

QUESTIONÁRIO 1

1- Qual o motivo que fez você procurar um curso profissionalizante?

2- Qual era a sua expectativa e o que pretendia encontrar na escola, antes

de iniciar o curso?

3- Após o término do curso pretendido, o que foi dado correspondeu as

suas expectativas? Justifique.

4- O que a escola poderia ter feito a mais, em sua opinião?

5- Você poderia sugerir alguma modificação positiva?

6- Quais os fatores positivos e negativos do curso concluído?

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ANEXO II

QUESTIONÁRIO 2

1- Nas aulas teóricas você se sente motivado?

2- Qual a sua opinião sobre as aulas teóricas? Explique.

3- Como você gostaria que fossem as aulas práticas?

4- Como você se sentiu após a realização das aulas práticas, forma

alcançados os objetivos e expectativas?

5- Dê a sua sugestão de como desejaria que fosse uma aula

profissionalizante e quais os materiais didáticos que gostaria que

fossem utilizados no curso para facilitar o aprendizado?

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ANEXO III

QUESTIONÁRIO 3

1- Em sua experiência na docência do ensino profissionalizante, qual a

relação entre a carga horária teórica e prática aplicadas no curso?

2- Como mantém a motivação dos alunos nas aulas teóricas?

3- Em sua opinião, como deveremos trabalhar com as aulas teóricas e

prática para obtermos o máximo de motivação por parte do aluno e o

melhor aprendizado?

4- Quais recursos didáticos seriam necessários para desenvolver uma

aula de boa qualidade?

5- Se você já passou por uma experiência positiva, o que poderíamos

aplicar? Descreva sucintamente.