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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
IMPLANTAÇÃO DE UNIDADES DE REFORMA DE
PNEUS DE CAMINHÕES E ONIBUS
Por: José Ricardo Leal Paraíba
Orientador
Prof.ª Úrsula Gomes
Rio de Janeiro
2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
IMPLANTAÇÃO DE UNIDADES DE REFORMA DE
PNEUS DE CAMINHÕES E ONIBUS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em gerenciamento de projetos.
Por: José Ricardo Leal Paraíba.
DEDICATÓRIA
À minha família.
4
Resumo
O objetivo deste estudo é implantar o gerenciamento de projetos para a
implantação de unidades reformadoras de pneus em todo Brasil. Bem como,
através dos conceitos baseados no (PMBOK - Project Management Body Of
Knowledge) propor técnicas e ferramentas que suportem os grupos de
processos de gerenciamento, reduzindo assim as taxas de insucesso deste
modelo de negócio, melhorando a desempenho do projeto com ênfase nos
prazos e custos e qualidade dos projetos de implantação das unidades
reformadoras de pneus, executando um tratamento eficaz de problemas,
redução de fugas, retrabalhos e outras formas de desperdício através da
elaboração de indicadores de controle de orçamento, gerenciamento de tempo,
e marcos de avaliação do projeto, além da criação de planos de ações para
corrigir os desvios que ocorrerem durante a execução do projeto.
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METODOLOGIA
O método usado para a elaboração deste estudo é o de pesquisa
aplicado através de teorias e de conhecimentos científicos e detalhada cada
etapa de aplicação deste.
O objetivo é aplicar a metodologia de implantação de projetos, através
de um conjunto de informações sobre os processos necessários para a
execução de um projeto bem sucedido e por meio de entrevistas com os
gerentes responsáveis pelas áreas envolvidas com a implantação de projetos,
contribuindo não só para os gestores da área aperfeiçoarem seus
conhecimentos em gerenciamento de projetos em situações práticas, mas se
tornando um referencial teórico para uso prático em empresas em condições
semelhantes.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O cenário da recapagem no Brasil 09
CAPÍTULO II - Estruturando o projeto 11
CAPÍTULO III – Vantagens com a estruturação 34
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
ÍNDICE 37
FOLHA DE AVALIAÇÃO 38
7
INTRODUÇÃO
As crescentes mudanças ocorridas constantemente nos dias atuais,
onde desafios e oportunidades são renovados a todo tempo, levaram as
empresas a terem que se reinventar de maneira cada vez mais frequente,
criando novos produtos, renovando as estratégias, desenvolvendo novos
serviços, aplicando novos processos e aprimorando suas estruturas
organizacionais. Essas constantes mudanças levam as empresas a
necessidade de sucesso na gestão de seus projetos.
O crescente interesse das empresas no assunto reflete a importância
do desenvolvimento de metodologias adaptáveis às necessidades de cada
organização, reduzindo a possibilidade de falhas nessa gestão, aumentando a
taxa de projetos bem sucedidos.
“Os projetos são os principais veículos de mudanças e podem criar o
futuro de uma empresa.” (BLOCK; FRAME, 1998).
Muitas organizações, grandes ou pequenas, estão percebendo os
benefícios que um constante acompanhamento de seus projetos pode lhes
proporcionar.
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CAPÍTULO I
O CENÁRIO DA RECAPAGEM NO BRASIL
O Brasil apresenta o 2º mercado mundial de reforma de pneus, atrás
apenas dos Estados Unidos. No país norte-americano, a reforma não só
atende a população e as empresas de transporte, mas toda a frota do exército,
além dos carros oficiais e dos veículos do sistema de transporte público.
Há mais de 60 anos, o processo de reforma é praticado no Brasil com o
nível técnico de padrão internacional. A tecnologia é proveniente dos EUA e
dos países da Europa, o que proporciona altos índices de qualidade.
Atualmente, existem no Brasil cerca de 1.200 reformadoras de pneus e
Aproximadamente, 18 fabricantes e fornecedores de matéria-prima, sendo 13
nacionais e 5 multinacionais; 52 fabricantes de equipamentos para o setor. As
atividades do setor geram mais de 50.000 empregos diretos, e se for
consideradas as demais empresas provenientes desse segmento, tais como
revendedores, borracharias e fornecedores, esse número chega a quase
160.000 postos de trabalho.
O setor de transporte apresenta números importantes sobre a reforma
de pneus, pois o pneu é o 2º ou o 3º maior custo do transporte rodoviário. O
pneu reformado possui rendimento quilométrico semelhante ao novo. No
entanto, o valor é 75% mais econômico para o consumidor e apresenta uma
redução de 57% no custo/km para o setor de transporte.
Os dados a seguir demonstram como é significativa a economia gerada
pelos pneus reformados.
Se dois terços dos pneus de carga em uso são reformados:
• Repõe-se no mercado mais de 8 milhões de pneus da linha
caminhão/ônibus por ano enquanto a indústria de pneus
novos repõe 6 milhões para o mesmo setor;.
• Proporciona-se uma economia ao setor de transportes em
torno de 7 bilhões de reais/ano.
• Ocorre uma economia de 57 litros de petróleo por pneu reformado na linha caminhão/ônibus, e de 17 litros para a
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linha automóvel, economizando no total 600 milhões de litros/ano.
Os números não só confirmam a vantagem econômica ao utilizar um
pneu reformado, mas também a sua relevância no aspecto ecológico. Esses
dados demonstram um prolongamento da vida útil do pneu, material que, se
descartado incorretamente, é nocivo ao meio ambiente.
Ao contrário do que muitos dizem, essa prática não é poluidora. E seus
resíduos sólidos são reciclados, gerando outras atividades e produtos.
As carcaças inservíveis – aquelas que não podem ser mais reformadas
pelas condições que se encontram após sua retirada de uso – têm uma
destinação própria junto a outros resíduos provenientes da atividade de
reforma de pneus, tais como raspas de borracha, pó de borracha e lascas de
pneus obtidos na raspagem.
Vale citar que a reutilização dos materiais desenvolve uma cadeia
econômica que alimenta outras indústrias.
Para se iniciar um bom negócio deve se ter uma implantação de projeto
bem sucedida e eficiente, um excelente guia para tal, é o guia PMBOK, uma
ótima ferramenta para tornar o resultado duradouro.
Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A natureza temporária dos projetos indica que eles têm um início e um término definidos. O término é alcançado quando os objetivos do projeto são atingidos ou quando o projeto é encerrado porque os seus objetivos não serão ou não podem ser alcançados, ou quando a necessidade do projeto deixar de existir. Um projeto também poderá ser encerrado se o cliente (cliente, patrocinador ou financiador) desejar encerrá-lo. Temporário não significa necessariamente de curta duração. O termo se refere ao engajamento do projeto e à sua longevidade.
O termo temporário normalmente não se aplica ao produto, serviço ou resultado criado pelo projeto; a maioria dos projetos é empreendida para criar um resultado duradouro.(PMBOK 5° EDIÇÃO 2013,P 3)
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CAPÍTULO II
Estruturando o projeto
A preocupação em se renovar constantemente em seus produtos,
processos e estratégias tem sido um assunto comum entre todas as empresas
do ramo de projetos, devido as constantes mudanças de desafios e
oportunidades que vem ocorrendo atualmente, e ainda mais comum tem sido à
busca dessas empresas por um modelo de gestão de projetos com resultados
bem sucedidos, diminuindo os riscos de falhas baseado nisso apresentaremos
um modelo de gerenciamento de projetos por meio dos cinco grupos de
processos descritos pelo PMBOK:.
• Grupo de processos de iniciação. Os processos executados para definir um novo projeto ou uma nova fase de um projeto existente através da obtenção de autorização para iniciar o projeto ou fase. • Grupo de processos de planejamento. Os processos necessários para definir o escopo do projeto, refinar os objetivos e definir a linha de ação necessária para alcançar os objetivos para os quais o projeto foi criado. • Grupo de processos de execução. Os processos realizados para executar o trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto para satisfazer as especificações do projeto. • Grupo de processos de monitoramento e controle. Os processos exigidos para acompanhar, analisar e controlar o progresso e desempenho do projeto, identificar quaisquer áreas nas quais serão necessárias mudanças no plano, e iniciar as mudanças correspondentes. • Grupo de processos de encerramento. Os processos executados para finalizar todas as atividades de todos os grupos de processos, visando encerrar formalmente o projeto ou fase.
2.1 Grupo de processos de iniciação
Para o PMBOK, no grupo de processos de iniciação temos a definição
do escopo inicial do projeto, além de identificar as partes interessadas,
documentar as informações relacionadas ao interesse, envolvimento e impacto
do projeto, e caso ainda não tenha definido, o gerente de projeto é selecionado.
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É elaborado um termo de abertura pelo gerente de projeto selecionado
pela diretoria, os dados de aquisição de máquinas, equipamentos, serviços e
produtos e detalhada as informações de processos, e produtos, Quando o
termo de abertura é assinado por ambas às partes, o projeto se torna
oficialmente autorizado.
Após a assinatura do contrato são elaborados dois documentos que
marcam essa etapa do projeto, são eles:
• Questionário Preliminar: Este documento é elaborado pelo
gerente comercial e é usado como evidência do pedido de projeto. Abordam os
dados gerais do cliente, tanto básicos, como nome da planta, endereço, pontos
de referencia e responsável pela planta, quanto dados mais específicos, como
previsão de quantidade de pneus que serão recapados, dimensões e
esculturas de carcaças que serão utilizadas e previsão de salário para os
efetivos do licenciado.
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Figura 1 - Questionário Preliminar Página 1
QUESTIONÁRIO PRELIMINAR PARA INSTALAÇÃO DE UMA OFICINA DE RECAPAGEM PARA PNEUS DE CARGA
QUESTÕES PRELIMINARES DOC.REF. Emitente: GERENTE COMERCIAL Setor: Data: Rubrica: ............................................. QUESTÕES GERAIS: 1 Nome do cliente: 2 Endereço da Sede: 3 Pessoa habilitada a assinar o contrato de licença para o cliente:
3.1 Nome:
3.2 Titulo e função da pessoa na empresa: 4 O empreendimento será composto de :
Vendas de pneus novos ___ pneus/mês Estoque ___ pneus /mês Serv.de geometria e borracharia: Nº de Box:
Dimensão do maior caminhão: .
QUESTÕES REFERENTES À OFICINA DE RECAPAGEM 5 Endereço do lugar de implantação da oficina :
5.1 Endereço:
5.2 Tel.:
5.3 Fax:
6 Tipo de pneus a recapar:
6.1 Proporção de pneus radiais:
6.2 Proporção de pneus convencionais:
7 Objetivo anual de pneus a recapar:
7.1 Um turno: __ - Dois turnos (2 x 8h): __ - Três turnos (3 x 8h): __
7.2 Pneus convencionais :
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Figura 2- Questionário Preliminar Página 2 • Ficha Projeto: Este documento é elaborado pelo gerente de projetos,
nele estão contidos o titulo, a origem do pedido e os documentos que
evidenciam esse pedido, os objetivos e limites do projeto, descreve as
responsabilidades do contratado e do contratante, a previsão de marcos de
aprovação das demais etapas, assim como a definição do comitê de pilotagem
7.2.1 Carga :
7.2.2 Camionete:
7.3 Pneus radiais :
7.3.1 Carga: 7.3.2 Camionete:
8 Repartição por dimensão e por escultura:
ESCULTURA DE ORIGEM ESCULTURA DE RECAPAGEM
Escultura e dimensão Quantidade % (1) Tipo de banda % (1)
Nota: (1) % em relação ao número total de pneus recauchutados 9 Repartição por dimensão e por escultura :
ESCULTURA DE ORIGEM ESCULTURA DE RECAPAGEM Escultura e dimensão Quantidade % (1) Tipo de banda % (1)
Nota: (1) % em relação ao número total de pneus recauchutados 10 Salário anual com todos os encargos incluídos :
10.1 De um operário: ....................................................................................................... 10.2 De um contramestre : ...............................................................................................
10.3 De um condutor de camionete (coletador)
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e a equipe do projeto. Para formalização deste documento temos a assinatura
do gerente do projeto e do responsável pela atividade da empresa contratante
(licenciante).
Figura 3 - Ficha Projeto Página 1
Título do Projeto: UNIDADE REFORMADORA DE PNEUS Data do Documento: Responsável pela Atividade: Visto: Gerente de Projeto: Visto:
1 Descrição sucinta : Implantar uma Unidade Reformadora de Pneus, capaz de ofertar um serviço de recapagem a frio para pneus de ônibus e caminhões, destinados a atender o mercado regional.
2 Finalidade : Ampliar o portfólio de serviços e produtos que contribuam para mobilidade dos bens e pessoas.
3 Documentos de referência: Questionário Preliminar e Contrato de Licenciamento
4 Objetivos : Implantar uma Recapadora para ampliar o portfólio de serviços, destinados a atender ao mercado da região e adjacências.
5 Limites (perímetro do projeto) : Respeitar todas as características de operação, métodos de controle de qualidade, software, especificações de equipamentos e produtos semi-acabados necessários à utilização do processo de Recapagem a frio. .
LICENCIANTE será responsável por:
- Desenvolvimento do projeto básico (layout) da Recapadora. - Documentação técnica com as orientações necessárias a implantação dos equipamentos da Recapadora. - Definir o fornecimento dos equipamentos. - Supervisão de montagem e instalação dos equipamentos. - Formação de know how para a equipe de processo.
LICENCIADA será responsável por:
- Contratação e execução da obra predial e infraestrutura. - Registros e legalizações junto às entidades fiscalizadoras locais. - Aquisição dos equipamentos fabricados por terceiros. - Contratação de recursos humanos. - Contratação dos serviços de montagem elétrica e pneumática para a instalação dos equipamentos na planta.
FICHA PROJETO
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Figura 4 - Ficha Projeto Página 2
No modelo apresentado, os clientes também são envolvidos durante a
fase de iniciação para aumentar as chances de sucesso do projeto, por meio
de esclarecimento do seu real interesse visando maior aceitação e satisfação
ao termino do projeto.
6 Obrigações : Licenciada deve atender a todos os requisitos dos órgãos fiscalizadores locais inerentes aos procedimentos e funcionamento da atividade de Recapagem.
7 Linhas-Guia : Projeto deverá respeitar os critérios de qualidade e segurança previstos no processo.
8 Situação inicial : O licenciado está presente no mercado de vendas de pneus.
9 Marcos, desenvolvimento provisional:
Etapas Previsão Inicial
Aprovação início do Projeto
Aprovação Projeto Básico
Aprovação Recepção Técnica Planta
Aprovação Fim do Projeto 10 Composição Equipe Projeto :
Gerente de Projeto: Responsável de Treinamento: Responsável de Qualidade: Responsável Técnico: Responsável Comercial e logístico:
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A Ficha Projeto aborda as informações requeridas, nos processos de
iniciação:
• Define o escopo inicial, quando aborda a finalidade inicial do projeto no
tópico 2 do documento;
• Identifica as partes interessadas ao retratar no topo do documento os
responsáveis da atividade da empresa licenciada e o gerente do projeto
da empresa licenciante,
• Aborda no tópico 5 as responsabilidades das partes interessadas ;
• Define a composição da equipe de projetos, no tópico 10 descrevendo o
gerente de projetos e os responsáveis por treinamento, qualidade,
técnico, comercial e logístico;
• Aborda os objetivos e delimita os critérios técnicos do projeto, nos
tópicos 4 e 6;
• Elabora uma estimativa de duração de cada fase de aprovação do
projeto, no tópico 9.
Segundo o PMBOK, é interessante para o gerenciamento que a fase de
iniciação seja elaborada não apenas no inicio do projeto, mas ao iniciar cada
fase subsequente, pois ajuda a manter o foco do projeto à necessidade ao qual
ele foi criado. Assim os critérios para o sucesso do projeto, a influência e o
objetivo das partes interessadas são analisados, e então é definido se o projeto
deve continuar, ser interrompido ou adiado. Na empresa estudada esse método
não é utilizado, os processos de iniciação são realizados somente no inicio do
projeto.
2.2 Grupo de processos Planejamento
O guia PMBOK, define como fase de planejamento os processos
realizados para estabelecer, definir e aprimorar os objetivos de um projeto e
desenvolver os planos de ações necessárias para se alcançar esses objetivos.
Nessa fase, o plano de gerenciamento do projeto e seus respectivos
documentos são desenvolvidos, devendo auxiliar no controle dos aspectos de
escopo, riscos, qualidade, custos e aquisições e tempo, de forma que à medida
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que o projeto avance, as informações e características do projeto sejam
atendidas. Ainda segundo o PMBOK, o planejamento bem desenvolvido gera
maior precisão em relação ao cronograma, as propostas de aquisições e outros
requisitos específicos facilitando o cumprimento do escopo predefinido e
tornando maiores as taxas de sucesso.
Na proposta a fase de planejamento é iniciada por uma visita de
avaliação técnica pelo gerente de projetos para fazer uma avaliação de todas
as atividades necessárias para a implantação da unidade recapadora de
pneus. É elaborado, durante essa visita, os cadernos de especificações
técnicas, onde constam todas as informações importantes de processos e
máquinas utilizados nesse modelo de negócio, o layout em função da planta
baixa do galpão onde será instalado a recapadora, o cronograma com as
estimativas de tempo necessário para a realização de cada etapa de
implantação e o planejamento da proposta de aquisições de maquinários, mão-
de-obra e serviços. Ao término dessa visita é feita uma reunião entre o gerente
do projeto e os responsáveis pela atividade da empresa contratante com o
objetivo de consolidar esses dados além de criar a Ata de Reunião de Start-up,
que descreve essas informações, sendo validada por uma assinatura de
ambos. Após a validação deste documento, formaliza-se a fase de
planejamento. Para cada etapa dessa fase temos alguns documentos que
marcam, são eles: Caderno de Especificação Técnica, Layout, Cronograma e
Proposta de Aquisições.
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Figura 4 - Ata de Reunião de Start-up
2.3 Gerenciamento de Escopo
O PMBOK define como gerenciamento de escopo o processo onde são
feitas as avaliações das necessidades do cliente e desenvolvida, sobre essas
necessidades, descrições detalhadas do projeto e do produto. Fazem parte
dessa fase do planejamento: o desenvolvimento de planos de gerenciamento
ATA / RELATÓRIO DE
REUNIÃO VISITA
Local Data Emitente Rubrica Folha: 05/11 a 07/11/12 Ata:
Assunto: ATA DE REUNIÃO DE START UP Objetivo: REALIZAR VISITA DE AVALIAÇÃO TÉCNICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UNIDADE DE RECAPAGEM DE PNEUS Participantes Srs.: Com cópia: Gerente de Projetos Licenciante Responsável QUA Responsável MAQ/SAT Respons. Atividade Licenciada Responsável PRO Responsável DIR
ITEM OCORRÊNCIA / PROVIDÊNCIA RESP. PRAZO OBJETIVO: Projeto – PJT – Gerente de Projetos – Empresa Licenciante
ü Definir layout para atender ao projeto; ü Definir todas as ações de adequação relacionadas à infra-estrutura local; ü Se possível definir com o cliente o cronograma de execução da infra-estrutura.
1 INFRA-ESTRUTURA: ü Recapadora será montada no galpão onde funcionava uma funilaria;
ü Prever construção de uma base de concreto para instalação e fixação do coletor de pó da raspa, de preferência no mesmo nível do piso interno da planta caso não seja deverá ser informado a diferença;
ü O fluxo de processo foi configurado de forma que a recepção das carcaças seja feita pela frente da recapadora, e sua expedição na outra extremidade;
ü Deverá ser feita uma porta nos portões de acesso a recapadora, para que os portões sejam mantidos fechados, só devendo ser aberto para recebimento de material (banda, produto cru...);
ü O Coletor de Pó da raspa será instalado na lateral do galpão de acordo com o layout; ü O compressor será montado aos fundos da recapadora em frente a autoclave,
afastado do processo para evitar ruídos e aquecimento; ü Sala fria existente prever instalação de 2 condicionadores de ar (15000 BTU), com
sistema de dreno para condensado; ü Durante a visita foi confirmada a condição do layout proposto durante a reunião de
startup; ü A Recapadora deverá providenciar junto aos órgãos oficiais locais a licença de
operação, Laudo dos bombeiros e Licença ambiental sem as quais existe o risco de impedimento de operação da recapadora;
ü Fornecida Especificação Técnica para início da obra civil e infra-esrutura devendo esta, também ser enviada junto à pasta projeto;
ü Toda instalação e distribuição da rede elétrica, pneumática e hidráulica deverão ser de forma aérea por questões de segurança e facilidade de manutenção;
ü A pneumática deverá ser feita em anel de acordo com layout para equilíbrio e balanceamento do sistema;
ü Prever sistema de ventilação na parte superior do fechamento lateral e telhado para extração do ar quente da planta;
ü Contratação dos operadores deverá ocorrer com até 1 mês de antecedência do final da obra para garantir que os mesmos estarão disponíveis durante a montagem;
ü Cronograma básico será enviado por e-mail e junto com a pasta projeto; ü Ficou acertado que será feito mezanino para escritório, sala de reunião e sala da
qualidade acima da sala fria e vestiário; ü Deverá ser feito piso para retirada do resíduo da raspa.
2 VALIDAÇÃO DO LAYOUT PRELIMINAR 3 ETAPAS CRÍTICAS DO PROJETO:
* Projeto de execução das obras do GALPÃO. * Compra do compressor de ar comprimido; * Compra dos equipamentos nos fornecedores homologados devido ao prazo de entrega; * Adequação do sistema de energia elétrica, água, rede, pneumática e telefone (insumos). * Documentação Legal (licença de Operação da Recapadora + licença Ambiental);
4 Reunião de Fechamento – 07/11/2012 – 10:00 Hs
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de projetos, como definir, preparar, integrar e coordenar todos os planos
auxiliares e a coleta dos requisitos do cliente, para definir e documentar as
necessidades das partes interessadas no sucesso do projeto.
A proposta é fazer esse gerenciamento durante a visita de avaliação
técnica, onde são elaborados alguns documentos para formalizar as
necessidades do projeto. São eles:
• Layout: Elaborado, com o objetivo de verificar as ações necessárias para
adequar a infraestrutura predial da empresa contratante às
necessidades do arranjo físico, distribuição elétrica e infraestrutura de
fluidos, exigidas pela unidade de recapagem de pneus;
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Figura 6– Layout da Empresa Licenciada • Caderno de Especificação Técnica: Esse documento visa fornecer a
contratante as informações técnicas necessárias à contratação das
empresas locais para a realização dos serviços do projeto, construção
do prédio, infraestrutura ou obras de reforma e adaptação, destinada à
operacionalização de uma unidade recapadora de pneus. Constam
nesse documento uma breve descrição do processo de recapagem de
pneus, do procedimento de trabalho para obras de adequação predial,
previsão de produção em curto prazo, descrições da potencia e tensão
de alimentação elétrica do prédio e dos equipamentos de recapagem,
dos rejeitos, de proteção contra incêndio, ventilação, informações
inerentes às autoridades locais, ao sistema de gestão e recomendações
gerais.
2.4 Gerenciamento de Riscos
Segundo o PMBOK, gerenciamento de riscos é o processo onde é
definido como as atividades para identificação dos riscos serão conduzidas.
Após a identificação é avaliada a maneira em que esses riscos podem afetar o
projeto, documentando suas características, considerando a probabilidade de
ocorrência e impacto destes, além de analisar numericamente os efeitos que
esses riscos podem causar nos objetivos gerais do projeto. Após a avaliação, é
necessário o desenvolvimento de ações para aumentar as oportunidades e
reduzir as ameaças dos riscos ao projeto.
O PMBOK defende que alguns grupos de processos dependem da
natureza do projeto e de sua especificidade, é o caso do gerenciamento de
riscos na empresa estudada, pois após a execução de um planejamento
significativo, há pouco ou nenhum risco identificável, tornando a avaliação dos
riscos constante e eliminando a necessidade de um gerenciamento específico.
2.5 Gerenciamento de Qualidade
Segundo o PMBOK, planejamento da qualidade é definido como o
processo de identificação dos requisitos e padrões de qualidade do projeto e do
produto, além da documentação da forma em que o projeto vai alcançar a
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conformidade. A proposta trata a qualidade como um assunto de vital
importância, durante essa fase são planificadas auditorias e validações da
qualidade na empresa licenciada.
2.6 Gerenciamento de Custos e Aquisições
O Guia PMBOK, considera como primordial para o sucesso de um
projeto, o gerenciamento eficiente de custos e prazos, pois a ineficiência destes
prejudica o retorno dos investimentos o que leva o aumento das chances de
insucesso. A proposta aborda, como uma opção considerável de estimativa de
duração e de custos das atividades, a estimativa paramétrica, onde são
considerados dados históricos de projetos anteriores, elaboradas estatísticas e
alcançada assim uma maior precisão de duração e orçamento de cada
atividade ou fase do projeto.
Para o PMBOK, gerenciamento de custos e aquisições é definido como
a estimativa dos recursos financeiros necessários para a execução do projeto.
Esses valores estimados são agregados ao trabalho para estabelecer uma
linha base de custos autorizada a fim de determinar os orçamentos.
Na fase de gerenciamento de custos, a empresa elabora um
planejamento de investimentos em máquinas, equipamentos, ferramentas e
serviços, através de dados históricos. No gerenciamento de custos com
serviços, são planejados gastos com os estudos básicos e coordenação do
projeto, considerando as visitas e suporte técnico da gerencia até a entrega da
unidade de reforma de pneus e instalação da oficina, visita da equipe de
assistência técnica para instalação de máquinas e equipamentos, visita da
equipe de formação para validação dos funcionários da empresa nos
processos industriais e manutenção dos equipamentos, assim como a
formação nos sistemas de gestão. Essa fase é marcada pela Proposta de
Investimentos e Aquisições, que aborda os valores de investimento e identifica
os fornecedores em potencial homologados pelo gerente de projetos,
responsável técnico e financeiro da empresa.
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Figura 7 - Proposta de Investimentos e Aquisições Página 1
Projeto :Data : 24 agosto, 2012 Validade (nota 3.1) :Referência: Divisa: R$Emissor: Gerente de Projetos Validadores: Resp. Técnico - Empresa Licenciada
ITEM SUB DESCRIÇÃOFORNECEDOR CREDENCIADO
PREÇO UNITÁRIO QUANT.PREÇO TOTAL
1.1 Mesa de Escareação (2):- Mesa de escareação pneumática. Com freio pneumatico acionado por pedal;- Luminária 2x40 com suportes;- Abridor manual para conserto interno;- Luminária para conserto interno;- Suporte giratório para esmerilhadeira elétrica;- Caixa de comando com botoeira, válvula pneumática e tomada comum.
FORNECEDOR CREDENCIADO
1.2 Mesa de Gomagem e Manchão (1):- Mesa de gomagem pneumática, com freio pneumatico acionado por pedal;- Luminária 2x40 com suportes;- Abridor manual para conserto interno;- Luminária para conserto interno;- Suporte giratório para esmerilhadeira elétrica;- Caixa de comando com botoeira, válvula pneumática e tomada comum.
FORNECEDOR CREDENCIADO
1.3 Cabina de Cola (1):- Cabina de cola de passagem;- Girador de pneus pneumático (Gast) com regulador de fluxo + Lubrifil;- Dispositivo pneumático para girar o conjunto girador para saída do pneu;- luminária 2 x 20w;- Exaustor (com filtro de carvão ativado sem chaminé) ou chaminé.
FORNECEDOR CREDENCIADO
1.4 Envelopadeira Pneumática Elevação e controle manual (1)
FORNECEDOR CREDENCIADO
1.5 Mesa dupla + Kit de montagem de rodas (1) FORNECEDOR CREDENCIADO
1.6 Gancho giratório curto tipo AUTOCLAVE (TROLEY DUPLO) (66) + Chapa de apoio para radial com inerlop (22).
FORNECEDOR CREDENCIADO
1.7 Coletor de pó para o material proveniente da Escareação (1);-Unidade de aspiração de 3 HP;-Filtro tipo mangas;-Reservatório com dispositivo de fácil remoção;-Atenuadores de ruído;-Conjunto de dutos diâmetro 200 mm
FORNECEDOR CREDENCIADO
1.8 Camara para Pintura de Pneus TCP-1, compreendendo:- Conjunto para aplicação de tinta com bomba de dupla menbrana;- Pistolas automáticas em aço inox, reguladores e lubrificadores;- Sistema de lavagem de todo o circuito de pintura;- Conjunto de exaustão acoplado;- Ciclo totalmente automatizado.
FORNECEDOR CREDENCIADO
28.900,00 1 28.900,00
1.9 Limpa Flancos TLP02;-Acionamento por motoredutor com roletes giratórios;-Duplo sentido de rotação para prolongar a vida das escovas;-Elevador pneumático para posicionar o pneus acionado por pedal;-Rampa de acesso dupla permite a entrada e saída do pneu por lados opostos.
FORNECEDOR CREDENCIADO
48.550,00 1 48.550,00
ESTUDOS BÁSICOS E DE COORDENAÇÃO
TOTAL DE INVESTIMENTOS EM EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS R$ 1.396.654,72
SERVIÇOS
Empresa Licenciante 2.709,00 1 2.709,00SERV-1
Realização dos estudos de implantação industrial, com utilização de ferramentas de gestão informatizada do projeto. O coordenador
OFICINA DE RECAPAGEM À FRIO
Unidade Recapadora de Pneus23 setembro, 2012
INVESTIMENTOS EM EQUIPAMENTOS
1 151.768,48 1 151.768,48
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Figura 8 - Proposta de Investimentos e Aquisições Página 2
2.7 Gerenciamento de Tempo
Após as fases de gerenciamento de escopo, qualidade, riscos e custos é
iniciada a fase de gerenciamento de tempo, estimando através de dados
históricos o período de cada etapa do projeto. Essa estimativa é definida até o
INSTALAÇÃO DA OFICINA (PJT + SAT + OFI)
FORMAÇÃO (SAT + PRO)
FORMAÇÃO QUALIDADE
FORMAÇÃO GRA
LICENCIADO RECAMIC
1 EQUIPAMENTOS 323.291,42
2 EQUIPAMENTOS 197.810,00
3 EQUIPAMENTO 171.886,32
4 EQUIPAMENTOS 703.666,98
5 EQUIPAMENTOS 87.723,07
6 EQUIPAMENTO 3.022,50
7 EQUIPAMENTO 468,75
8 EQUIPAMENTO 9.843,75
9 OUTROS FORNECIDOS PELO LICENCIADO (COMPRESSOR + OUTROS) 141.476,40
10 SERVIÇOS FORNECIDOS 38.240,00
TOTAL FORNECIDO PELA EMPRESA LICENCIANTE (A) - - 741.906,98
TOTAL FORNECIDO PELO LICENCIADO E FORNECEDORES CREDENCIADOS (B) 935.522,21 - -
TOTAL GERAL SEM IMPOSTOS E FRETE (A + B) 1.677.429,19
TOTAL GERAL COM IMPOSTOS 1.895.528,35
SERVIÇOS
SERV-6
Realização da formação tecnico-operacional na planta Refill do cliente. O técnico de formação GRA permanecerá na planta durante 1 semana coordenando as atividades teóricas e praticas, com a obtenção final do certificado de validação Refill por cada componente da equipe do cliente.
2.709,00 Empresa Licenciante
12.747,00
1
1
7.927,00
2.709,00
R$ 38.240,00TOTAL SERVIÇOS
12.148,00
12.747,00
Auditoria (Produto e processo) para a verificação do cumprimento das normas do "Know-How" e visita de certificação da planta (Marco de qualidade).Realização da formação tecnico-operacional na planta Refill do cliente. O supervisor de formação e montagem permanecerá na planta durante 4 semanas coordenando as atividades teóricas e praticas, com a obtenção final do certificado de validação Refill para cada componente da equipe do cliente,
Empresa Licenciante 12.148,00
Empresa Licenciante
NOTAS:
SERV-3
SERV-2
SERV-4
RESUMO GERAL
Mão-de-obra de instalação das máquinas e acessórios na sua fábrica (exceto compressor de ar). Na montagem estão inclusos os tempos necessários para treinamento operacional de seus empregados, bem como as instruções de manutenção.
Realização da formação tecnico-operacional na planta Refill do cliente. O técnico de formação permanecerá na planta durante 6 semanas coordenando as atividades teóricas e praticas, com a obtenção final do certificado de validação Refill por cada componente da equipe do cliente, assim como a entrega e recepção dos manuais de "know-how", operação e manutenção da
Empresa Licenciante 7.927,00 1
1
24
fechamento do projeto, podendo existir replanejamentos durante o curso.
Nessa fase as atividades necessárias para a conclusão do projeto são
sequenciadas e suas respectivas durações estimadas, além da criação do
cronograma do projeto, onde é feita a analise da sequencia das atividades e
suas restrições, considerando a dependência entre cada atividade e se a
relação entre elas é sequencial, sobreposta ou iterativa.
Figura 9– Cronograma da Empresa Licenciada
2.8 Execução
Segundo o guia PMBOK, os processos de execução do projeto
consistem nas atividades realizadas para a conclusão do trabalho, cumprindo
os requisitos especificados no plano de gerenciamento do projeto. Este
processo envolve a coordenação de pessoas e recursos, além da integração e
execução das atividades do projeto atendendo as conformidades.
Durante essa fase, o cronograma inicial e os planejamentos poderão
sofrer alterações de acordo com o resultado das atividades, incluindo
mudanças, tanto positivas quanto negativas, na duração das atividades, na
disponibilidade dos recursos e orçamento previstos. Essas alterações podem
exigir uma análise detalhada e o desenvolvimento de respostas para os
imprevistos que surgem durante essa fase além de uma reprevisão do
25
orçamento, que em parte poderá ser consumido dependendo do grau em que o
gerenciamento de projetos será afetado com essas mudanças.
2.9 Aquisição de Máquinas e Equipamentos
Obtém-se a formalização desta etapa após a aprovação da fase de
planejamento, pela realização do pedido de fabricação dos equipamentos, junto
aos fornecedores homologados pela empresa licenciante. Esta etapa é de
responsabilidade do gerente de projetos, que realiza e acompanha os pedidos
de forma a assegurar que os tempos de fabricação coincidam com o planejado
no cronograma.
Neste momento a empresa contratante irá dispor de 30% do valor dos
equipamentos dispostos na proposta de aquisição, como adiantamento para
inicio da fabricação. O valor restante poderá ser financiado em quaisquer linhas
de crédito de instituições financeiras, pública ou privada, ou efetuada à vista ao
término da fabricação.
O transporte dos equipamentos desde o fornecedor até o local da
unidade de reforma de pneus é contratado pelo gerente de projetos e o
pagamento efetuado pelo responsável pela atividade da empresa contratante.
2.10 Coordenação dos Serviços de Montagem e Start-up dos Equipamentos
Essa etapa é validada com a visita de duas semanas do gerente de
projetos e responsável técnico à unidade de recapagem de pneus, para
coordenação da montagem, teste e verificação dos pré-requisitos especificados
aos fornecedores no pedido de fabricação das máquinas e equipamentos.
Nesta etapa também são realizadas as interligações elétricas,
pneumáticas, hidráulicas e o cabeamento de dados, além da definição do
posicionamento dos equipamentos de acordo com o layout definido durante a
fase de planejamento, bem como pintura e identificação dos postos de
trabalho, antes das etapas de treinamento e certificações para a obtenção de
qualidade.
Essas atividades têm como saída dois documentos, são eles.
26
• Ata de visita de Montagem – Documento que marca a visita técnica
realizada pelo gerente e responsável técnico do projeto. É elaborado ao
término das duas semanas de visita, na reunião de fechamento. Nesse
documento constam todas as informações que o gerente de projetos considere
importante com relação a máquinas, layout, processos e outras informações
específicas da empresa licenciada, além de engajar algumas ações de
acabamentos a serem realizados durante o treinamento, pelo responsável da
atividade da empresa contratante.
27
Figura 10 - Ata de visita de Montagem
• Ata de Start-up de Máquinas – Documento elaborado pelo responsável técnico
do projeto, ao final da segunda semana de visita à unidade de reforma de pneus. Este
documento consiste em um check-list de verificação de alguns pré-requisitos de
processo especificados no Know-how da empresa licenciada. Neste check-list
constam algumas verificações técnicas de funcionamento e alimentação das partes
elétricas e pneumáticas das máquinas. Caso os equipamentos não atendam os pré-
ITEM
1
2
REUNIÃO VISITAATA / RELATÓRIO DE
1.1
- Apoio para posicionamento, supervisão da interligação e interligação (elétrica, pneumática e hidráulica)e realização do start-up dos equipamentos.
RESP.
Gerente de Projetos - Licenciante
Responsável pela Atividade - Licenciada
Participantes Srs.:
Unidade Recapadora de Pneus___ / ___ / _____
Local Data Emitente Rubrica
ATA DE MONTAGEM – UNIDADE RECAPADORA DE PNEUS
Dissolução / Gomagem
- Instalado conforme previsto em projeto.
- Realizar a implementação de inovações e melhorias sobre os equipamentos.
Objetivos:
Máquinas – Responsável Técnico
2.5- Equipamento operando normalmente
2.3
OCORRÊNCIA / PROVIDÊNCIA PRAZO
Gerente de Projetos
Assunto: PROJETO UNIDADE RECAPADORA DE PNEUS
Objetivo: Montagem Planta
2.1
Inspeção Inicial – Limpa Flancos + TIP-3 com NDT.
- Instalado conforme previsto em projeto.
- Equipamento operando normalmente;
- Ficou pendente o eletroduto para passagem dos cabos de comando TLP/ Coletor de Pó
- Ficou pendente fixação eletroduto.
- Ficou pendente a instalação do conjunto lubrifil + turbineta para retirada do MEDE IN quando pneu NR,pois o mesmo já está comprado e aguadando sua chegado junto com os consumíveis.
1.2
Projeto – Gerente de Projetos
- Implantação do layout;
- Supervisionar as ações de adequação relacionadas à infra-estrutura local;
- Garantir o mínimo de impacto ao cliente durante a implantação.
2.2
Raspadora RP-01
- Instalado conforme previsto em projeto.
- Equipamento operando, porém não foi possível testar o comando Raspa/ Coletor, devido a atualizaçãodo softw are da Siemens.- Devido ao atraso do responsável pela instalação elétrica f ica pendente a passagem dos cabos peloeletroduto.
- Para aferição do sensor de EGL será utilizado turbineta da inspeção inicial.
- Pendente instalação de linha telefônica para acesso remoto.
Implantação
- Pendente tubulação de alimentação de água da rede de sprinklers do coletor.
2.4
Escareação Interna/ Externa
- Instalado conforme previsto em projeto.
- Equipamento operando normalmente
Coletor de Pó
- Instalado conforme previsto em projeto.
- Equipamento operando normalmente
2.9
Autoclave AE-22
- Instalado conforme previsto em projeto.
- Pendente rede para acesso remoto.
2.7
Envelopagem (envelopadeira pneumática)
- Instalado conforme previsto em projeto.
- Equipamento operando normalmente
Gerente de Processos de Fabricação
Gerente de Aquisições de Máquinas
Gerente de Qualidade
Com cópia:
___________________________________
___________________________________
Assinatura
2.8Bomba de Vácuo
- Instalada de acordo com o layout previsto.
- Montada luminária com lâmpada para sinalização de necessidade de dissolucionagem da carcaça..
2.6
Mesa de bandas
- Instalado conforme previsto em projeto.
- Equipamento operando normalmente
- Pendente furadeira reversível + haste para retirada do poliéster.
28
requisitos o gerente de projetos reporta os disfuncionamentos aos fornecedores, que
possuem trinta dias para retificação do problema ou troca do equipamento.
Figura 11 - Ata de Start-up de Máquinas Página 1
START UP DE MAQUINAS – UNIDADE RECAPADORA DE PNEUS
TESTE DE FUNCIONAMENTO DAS MÁQUINAS
1.Verificações de Máquinas
EFETUAR AS VERIFICAÇÕES: Bom Ruim- Realizar ciclos completos sobre 10 carcaças diferentes; (6 grandes e 4 pequenas).- Verificar sentido de giro da carcaça, a cada ciclo confirmar reversão- Verificar dispositivos de iluminação e segurança: (trava de segurança do cilindro desubida / descida e botão tipo soco) simular se impede o funcionamento quando um delesestiver acionado. Efetuar 3 simulações- Verificar pressão de trabalho (105lbs) e pressão das escovas (40lbs);
- Verificar interligação com o coletor de pó; (inicio do ciclo comanda o coletor em conjunto).
- Verificar se há vazamento de pó pela parte de baixo do coletor;- Verificar se as escovas e as carcaças estão girando no mesmo sentido durante o ciclo de limpeza.- Verificar funcionamento de detecção para carcaça (Radial e Convencional);
- Verificar comando e velocidade de trabalho do elevador de subida/descida de carcaça
- Verificar funcionamento das turbinetas e cardas.- Verificar funcionamento dos roletes de abertura de talão (estão girando livremente).- Verificar os dispositivos de segurança (Botões tipo soco: Painel operador, braçoarticulado, painel da extrusora e mesa de aplicação; Fotocélula da mesa de aplicação, doispara-choque de segurança, tapete de segurança). Verificar o movimento do braço articulado, repetir 3 vezes;- Abrir e fechar os wingsformers na cabeça de extrusão, repetir duas vezes;- Abrir e fechar as guias de banda na mesa de aplicação, repetir duas vezes;- Verificar se as alimentações elétricas e pneumáticas estão de acordo com a descrição doProjeto- Verificar se as alimentações elétricas e pneumáticas estão de acordo com a descrição doProjeto- TESTES EFETUADOS COM SUCESSO? Sim Não
OBSERVAÇÕES:
2.Preencher os Dados Abaixo:
Página 1/2
29
Figura 12 - Ata de Start-up de Máquinas Página 2
2.11 Monitoramento e Controle
Para o PMBOK esta etapa consiste nos processos necessários para o
acompanhamento e revisão do andamento e desempenho do projeto. Nela
verificamos todas as áreas que necessitam de melhorias e iniciamos as
Página 2/2
TELA DE CONFIGURAÇÃO 3:
Roletes Posição FechadaRoletes Posição Aberta
TELA DE DIAGNÓSTICO:a) Pot. Guia Linear 86R5:
Volt-minScal-minVolt-maxScal-max
b) Volt. Posição 72N1.1:
Volt-minScal-minVolt-maxScal-max
c) Volt. Posição 72N1.2:
Volt-minScal-minVolt-maxScal-max
3.Check list
CHECK-LIST DE START UP - EMPRESA: DATA: / /
Participante 3:Participante 2:Participante 1:
Participantes:
CHECK-LIST DE START UP realizado por:
Gerente de Projetos:Responsável pela atividade – Licenciada: Responsável Técnico:
START UP DE MAQUINAS – UNIDADE RECAPADORA DE PNEUS
30
mudanças correspondentes. Temos nessa etapa o monitoramento das
atividades do projeto em relação ao plano de gerenciamento, de forma a
controlar as mudanças e recomendar ações preventivas, influenciando os
fatores que podem prejudicar o andamento do projeto, implantando mudanças
quando necessário para melhoria de desempenho. Este acompanhamento
fornece à equipe do projeto uma visão mais ampla sobre o desenvolvimento e
identifica quais áreas necessitam de maior acompanhamento.
Durante essa fase, são feitas monitoramentos do processo da atividade
de recapagem de pneus, através dos Controles de Aplicação das fichas de
tolerância de produto e processo, além do acompanhamento do tempo e dos
custos, através dos indicadores de monitoramento e controle do trabalho do
projeto.
2.12 Monitoramento de Tempo, Custos e Despesas.
Nesta etapa de monitoramento e controle, a gerência de projetos
executa o acompanhamento dos custos, despesas e tempo previstos e
realizados do projeto, por meio de indicadores de acompanhamento. Esses
indicadores são elaborados pela equipe projeto durante o desenvolvimento do
projeto. O objetivo desse controle é verificar se a desempenho de tempo e de
custos está se desenvolvendo conforme previsto na fase de planejamento ou
se estão ocorrendo desvios nessas atividades.
• Monitoramento de Custos: Nessa atividade, o gerente do projeto
realiza o acompanhamento dos custos de máquinas e equipamentos,
fazendo um comparativo por meio de indicadores comparando os
valores previstos na proposta de aquisição de máquinas e
equipamentos durante a fase de planejamento, e o realizado durante
a execução do projeto, valores definidos na nota fiscal.
Nos indicadores de custos com máquinas e equipamentos são
considerados os custos de fabricação, levando em conta os impostos, gastos
com a produção, despesas de envio para a unidade de recapagem e outros
custos específicos do projeto. Também é realizada a analise do percentual da
margem bruta de lucro com a venda.
• Monitoramento de despesas: Nessa atividade, o gerente do projeto
realiza o acompanhamento das despesas com serviços prestados
31
pela empresa contratada à contratante, fazendo um comparativo
através do indicador de despesas com serviços entre o previsto na
proposta, durante a fase de planejamento, e as despesas reais com
serviços prestados durante a execução do projeto, por meio do
acompanhamento dos Relatórios de despesas e viagens, elaborado
por cada um dos recursos utilizados na execução do projeto, onde
constam todos os dados de despesas da viagem.
Nos indicadores de despesas são consideradas: passagem aérea,
hospedagem, alimentação, transporte, custo da mão-de-obra dos consultores e
analistas e outras despesas específicas dos serviços prestados ao projeto.
Esses indicadores são analisados ao final de cada etapa do projeto, verificando
a eficiência do planejamento dos custos na proposta de investimentos e
aquisições.
Figura 13 – Definição do Indicador de Despesas
• Monitoramento de Tempo: Nessa atividade, o gerente do projeto
realiza o acompanhamento do tempo de todas as atividades do
projeto, realizando por meio do MS Project um comparativo entre o
estimado no cronograma inicial durante a fase de planejamento e o
tempo real em que as atividades estão acontecendo durante a
execução do projeto.
No indicador de tempo são considerados os tempos previstos, verificando
o tempo para a realização da Iniciação, Financiamento, Ações da empresa
contratante, Fabricação de Máquinas, Montagem da oficina de recapagem,
Formações para a equipe e outras atividades especificas do projeto. Esses
indicadores são analisados ao final de cada etapa do projeto, verificando a
eficiência do planejamento de tempo do projeto.
Indicador de Despesas
MetaInd. ≥ 0,15% → BomInd. ˂ 0,15% → Ruim
Frequência Analisado ao final de cada fase do projeto
Definição do indicador Indica o custo previsto para cada setor / Custo real para cada setor
Fórmula do cálculo (Valor do custo previsto - Valor do custo real) / Valor do custo previsto
Fonte de dados Valor da proposta de serviços prestados de cada setor / RDeV de cada serviço prestado à licenciada
32
Podemos observar na figura 14, o gráfico de Gantt, onde a linha cinza
demonstra o tempo das atividades definidas durante a fase de planejamento no
cronograma inicial e a linha azul significa o tempo em que as atividades foram
realizadas durante a execução do projeto.
Figura 14 – Gráfico de Gantt de Acompanhamento de Tempo das Atividades do Projeto
2.13 Encerramento
Para o PMBOK, os processos de encerramento são executados para
finalizar todas as atividades do projeto, visando completar formalmente o
projeto. Nessa etapa é verificada a aceitação do cliente, elaborados os
documentos de encerramento, encerradas as aquisições, e finalizados todos os
processos.
Na proposta, temos o encerramento do projeto após a conclusão de
todas as atividades referentes à implantação da unidade reformadora de
pneus.
33
CAPÍTULO II
Vantagens com a estruturação
Em razão da sua importância, as indústrias de reforma de pneus têm
investido grandes somas em tecnologia o que lhes deu propriedade para
desenvolver e produzir produtos reformados de características iguais ou
superiores aos novos. Graças às inovações introduzidas, os produtos
desenvolvidos pelo setor podem gerar uma economia de até 57% no custo do
quilômetro rodado em relação a um produto novo, além de proporcionar
economia de matéria-prima e para que isso tudo se torne possível é preciso
que a implantação das unidades de reforma de pneus seja bem planejada,
executada e controlada uma vez que os recursos são cada vez mais escassos
e as instituições financeiras exigem cada vez mais uma boa estruturação e
garantias para a liberação de financiamentos por isso utilizamos o PMBOK
como modelo de implantação e gerenciamento de projetos de unidades de
reforma de pneus. Foi proposta a estruturação nos grupos de processo de
gerenciamento de projetos segundo as boas práticas indicadas pelo PMBOK.
Um projeto é uma organização de pessoas dedicadas visando atingir um
propósito e objetivo específico. Projetos geralmente envolvem gastos, ações
únicas ou empreendimentos de altos riscos os quais têm que ser completados
numa certa data por um montante de dinheiro, dentro de alguma expectativa
de desempenho. No mínimo todos os projetos necessitam terem seus
objetivos bem definidos e recursos suficientes para poderem desenvolver as
tarefas requeridas (TUMAN, 1983).
Foram apresentados os grupos de processos de gerenciamento de
projetos, assim como as ferramentas utilizadas e as atribuições das partes
interessadas em cada atividade da implantação do projeto. Com as
ferramentas e boas práticas descritas em cada área de conhecimento do
PMBOK.
Acredita-se que os resultados atingidos neste trabalho contribuem para a
geração de conhecimento voltado para a aplicação prática dos modelos e
propostas. Os resultados gerados pela aplicação do modelo baseado no
34
PMBOK para implantação de unidades de reforma de pneus são também uma
importante fonte de informação para as empresas do setor que pretendam
aprofundar o estudo dos processos de gerenciamento de projetos bem como
alavancar o investimento num setor que vem crescendo a cada dia no Brasil.
35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ABR - Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus, Em:
http://www.abr.org.br/dados.html. Acessado em 15de Novembro de 2015
TUMAN, G. J. Development and Implementation of Effective Project
Management Information and Control Systems. Em CLELAND, D. I; KING, W.
R. Project Management Handbook. New York: Van Nostrand Reinhold, 1983.
PMI Project Management Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de
Projetos (Guia PMBOK®). — Quinta edição. Newton Square: PMI, 2013
36
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
DEDICATÓRIA 3
RESUMO 4
METODOLOGIA 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I
O Cenário Da Recapagem No Brasil 8
CAPÍTULO II
Estruturando o projeto 10
2.1 - Grupo de processos de iniciação 10
2.2 - Grupo de processos Planejamento 16
2.3 - Gerenciamento de Escopo 18
2.4 - Gerenciamento de Riscos 20
2.5 - Gerenciamento de Qualidade 20
2.6 - Gerenciamento de Custos e Aquisições 20
2.7 - Gerenciamento de Tempo 23
2.8 – Execução 24
2.9 - Aquisição de Máquinas e Equipamentos 25
2.10 - Coordenação dos Serviços de Montagem
e Start-up dos Equipamentos 25
2.11 - Monitoramento e Controle 29
2.12 - Monitoramento de Tempo, Custos e Despesas 30
2.13 – Encerramento 32
CAPÍTULO III
Vantagens com a estruturação 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35
ÍNDICE 36