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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Os desafios e o futuro do mercado bancário frente ao crescimento das FinTechs na era digital Gabriel Rocha dos Santos ORIENTADOR: Prof. Jorge Vieira Rio de Janeiro - RJ 2018 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Os desafios e o futuro do mercado bancário frente ao

crescimento das FinTechs na era digital

Gabriel Rocha dos Santos

ORIENTADOR:

Prof. Jorge Vieira

Rio de Janeiro - RJ

2018

DOCUMENTO P

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UTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM como requisito

parcial para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa.

Por: Gabriel Rocha dos Santos

Os desafios e o futuro do mercado bancário frente ao

crescimento das FinTechs na era digital

Rio de Janeiro - RJ

2018

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, irmão e esposa, que sempre

estão ao meu lado em todos os momentos.

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DEDICATÓRIA

Dedica-se ao pai, mãe, irmão e esposa e aos

professores que foram muito importantes na

construção do conhecimento.

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RESUMO

O presente trabalho tem o objetivo de analisar o contexto de

adaptação das principais instituições bancários que atuam no Brasil, dentro de

um cenário de mudança constante, gerado pelo surgimento e fortalecimento

das fintechs, baseado no avanço da tecnologia, desburocratização e

diminuição de custos para o consumidor.

Sabendo da necessidade de mudança e com intuito de transformar

ameaças em oportunidades, os principais bancos do país já projetam parcerias

com as fintechs, com objetivo de manter o nível de resultado dos últimos anos,

visando sempre o aumento constante dos lucros. Sendo assim, dentro deste

contexto, temos como objetivo analisar o que já está sendo feito e qual será o

futuro do mercado bancário brasileiro.

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METODOLOGIA

Os métodos que levam ao problema proposto são baseados nas

minhas experiências empíricas como gerente de relacionamento do Banco do

Brasil, além de pesquisas em sites das principais instituições bancárias do

país, sites com matérias relacionadas às principais startups e fintechs que

surgiram nos últimos anos no contexto do mercado financeiro Brasileiro,

relacionado a literatura existente sobre o assunto.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

O que são Fintechs e como atuam no mercado financeiro do país 09

CAPÍTULO II

O mercado bancário brasileiro, com foco no Banco do Brasil 13

CAPÍTULO III

Desafios e parcerias entre os bancos e as FinTechs 18

CONCLUSÃO 27

BIBLIOGRAFIA 29

ÍNDICE 30

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INTRODUÇÃO

Ano após ano os principais bancos do Brasil apresentam resultados

financeiros fantásticos e demonstram que mesmo com a grande crise que

assola o país, são extremamente sólidos. Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do

Brasil e Santander Brasil, depois do ano de 2016, onde apresentaram rara

queda na rotina de resultados em alta, voltaram a crescer, apresentando juntos

um lucro de 64,9 bilhões de reais no ano de 2017. Representando alta de 21%

em relação ao ano de 2016. Para o ano de 2018 a previsão é de um resultado

ainda maior, com alta de 10% em relação ao ano anterior.

O resultado apresentado impressionou não só pelo contexto de crise

econômica que atinge o país, mas também pela conjuntura de redução da taxa

Selic, com consequente redução do spread bancário. Ainda assim os bancos

apresentaram aumento de resultado, muito em função da redução das

despesas com provisões contra possíveis inadimplentes, além do aumento das

receitas com tarifas. Para o ano de 2018 novamente a previsão é de

crescimento, muito em função da retomada do crédito e pela continuidade da

redução da inadimplência.

Contudo, com o crescimento das Fintechs, que são startups que

prometem revolucionar o mercado financeiro apresentando inovações nos

serviços disponibilizados pelos bancos, com processos mais acessíveis e

simplificados, mais veloz e com um custo mais baixo, o futuro das principais

instituições financeiras pode estar ameaçado. Portanto, dentro deste cenário

veremos os principais desafios e o que os principais bancos estão fazendo

para se adaptarem ao novo contexto da era digital com intuito de manter a

perenidade do negócio, com continuidade de resultados financeiros robustos.

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CAPÍTULO I

O que são Fintechs e como atuam no mercado

financeiro do país.

FinTechs são startups que estão trazendo novidades para o

mercado financeiro e para seus respectivos produtos e serviços

disponibilizados. As principais características são ofertas de processos mais

acessíveis e simplificados, com redução da burocracia, atendimento

personalizado, mais veloz, com estruturas reduzidas que permitem

proporcionar melhores condições de preços.

Segundo a Associação Brasileira de Startups

(https://abstartups.com.br/), “Startups são empresas em fase inicial que

desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido

crescimento. É um momento na vida de uma empresa, onde uma equipe

multidisciplinar, busca desenvolver um produto/serviço inovador, de base

tecnológica, que tenha um modelo de negócio facilmente replicado e possível

de escalar sem aumento proporcional dos seus custos.”

Uma característica fundamental para uma startup é sua capacidade

de ganhar escala rapidamente, possibilitando que seus produtos ou serviços

sejam utilizados por um grande número de usuários em pouco tempo. Para que

seja possível e viável o ganho de escala, utilizam de forma intensiva a

tecnologia, notadamente tecnologia da informação e internet. Além disso,

possuem outras características de destaque, como exemplo: Inovação,

flexibilidade, agilidade, custo acessível e escalabilidade.

Ainda segundo a Associação Brasileira de Startups em

https://abstartups.com.br/2017/07/05/o-que-e-uma-startup/: O termo startup

nasceu nos Estados Unidos há algumas décadas mas só se popularizou no

meio empreendedor brasileiro a partir da bolha da internet ou bolha pontocom,

entre os anos de 1996 e 2001. Para muitas pessoas ligadas à área, como

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empreendedores e investidores, toda empresa no seu estágio inicial pode ser

considerada uma startup. Porém, para Yuri Gitahy, investidor-anjo e fundador

da Aceleradora e conselheiro da ABStartups “é um grupo de pessoas à procura

de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de

extrema incerteza”.

Essa definição nos permite explorar em mais detalhes o universo ao

redor de uma startup: a busca por um modelo de negócios que seja lucrativo

como principal objetivo do negócio, independentemente da sua indústria.

Porém, quando uma empresa busca por um modelo que seja repetível e

escalável quer dizer que também está buscando por uma espécie de

automação do seu modelo. Ou seja, independentemente do número de clientes

que ela conquiste, o custo da operação não se eleva na mesma proporção.

1.1. Principais Fintechs

No Brasil boa parte da população não possui acesso aos serviços

financeiros disponibilizados pelos bancos, muito em função da burocracia

elevada e das altas taxas de juros. Sendo assim as Fintechs surgem como uma

alternativa mais flexível e com menores custos. De acordo com o blog Magnetis

em https://blog.magnetis.com.br/fintechs-no-brasil/, uma pesquisa realizada

pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento demonstrou que, apesar de já

existirem em 2011, apenas em 2014 as fintechs começaram a ganhar mais

força no mercado brasileiro, representando 33% do mercado de fintechs da

América Latina.

Segundo a FintechLab (Fintechlab.com.br), as principais áreas de

atuação das fintechs são: Meios de pagamento; Gestão financeira;

Empréstimos; Multisserviços; Funding; Seguros e negociação de dívidas.

Muitas empresas já estão mexendo com o mercado e alterando a forma de

relacionamento bancário. Podemos citar alguns exemplos de fintechs que já

estão mudando rotinas básicas do sistema financeiro. São elas:

Nubank: Emissão de cartões de crédito sem tarifas com juros

relativamente baixos, burocracia reduzida e com intenso uso

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de tecnologia digital. A empresa já possui mais de 800 mil

clientes e conta com mais de R$ 600 milhões em

investimentos. Além disso, em outubro de 2007 a empresa

lançou sua conta digital, a Nuconta, oferecendo mais um

serviço diferenciado para seus cliente.

Guia Bolso: É um aplicativo que pode ser baixado tanto para

IOS quanto para Android, que já possui mais de 1 milhão de

usuários e tem como principal função a de organizar as

finanças do consumidor auxiliando no planejando financeiro

de seus clientes.

Magnetis: Trata-se de uma consultoria de investimentos

online que auxilia seus clientes a identificar o melhor tipo de

investimento de acordo com o perfil de cada usuário. Já conta

com mais de 60 mil clientes espalhados pelo Brasil.

Biva: A plataforma basicamente atua na área de empréstimos,

prometendo taxas mais reduzidas, atuando no seguimento

P2P (Peer to Peer Lending), uma opção de empréstimos

coletivos onde a empresa atua na intermediação entre

investidores que buscam melhores retornos de capital e

tomadores que visam taxas mais reduzidas.

Creditas: Com um dos juros mais reduzidos do mercado a

plataforma oferece empréstimos online com garantia, maior

prazo de pagamento e boas margens de crédito. Já possui

mais de 3,5 milhões de clientes.

1.1.2. Mudança na regulamentação

As Fintechs começaram a surgir no Brasil há menos de 10 anos e

até então funcionavam com intermediação de bancos e financeiras, tendo

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como base a regulamentação do tradicional mercado financeiro, o que nem

sempre atendia às demandas do mercado.

Neste ano o Banco Central publicou três resoluções que serão

fundamentais para o futuro do mercado de fintechs no Brasil. A resolução nº

4.656 criou dois tipos de empresas financeiras:

As Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP) ou Peer to Peer

são focadas em intermediar transações entre tomadores de crédito, que

precisam de recursos, e investidores, que querem emprestar dinheiro com um

retorno considerável, dispostos a correr mais riscos por um rendimento superior

aos investimentos tradicionais. Para esta modalidade o Banco Central

determiou um teto de 15 mil reais por CPF ou CNPJ e esse valor poderá

aumentar com o passar do tempo, pois foi estipulado especificamente para o

começo das operações de crédito. Outro tipo de fintech criada pela resolução é

a Sociedade de Crédito Direto (SCD). A empresa poderá atuar num mercado

que antes era restrito às instituições financeiras e bancos, como exemplo

seguros e análise de crédito.

Já a resolução nº 4.567 permitiu que as startups financeiras fossem

enquadradas nas regras para operar com custódia, venda de direitos

creditórios e securitização, mercado até então restrito às instituições

financeiras. Diferentemente das outras, a resolução nº 4.658 foi totalmente

pensada para proteger as informações cibernéticas. As novas regras estipulam

padrões que as fintechs devem seguir.

Portanto o crescimento destas empresas estão diretamente

relacionados a uma regulamentação que parece não só atender as demandas

específicas do segmento mas também procura fomentar a atividade. Segundo

Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank – banco digital e uma das maiores

fintechs do Brasil, em matéria publicada pela Folha de São Paulo em

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/05/regulamentacao-deixa-espaco-

para-fintechs-crescerem.shtml “nunca tivemos um Banco Central tão ativo, tão

entendedor do potencial da tecnologia de impactar o mercado de modo

positivo. Eu fiquei impressionada ao notar o Bacen tão engajado”.

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CAPÍTULO II

O MERCADO BANCÁRIO BRASILEIRO, COM FOCO NO

BANCO DO BRASIL

Um relatório divulgado em 17 de outubro de 2017 pelo Banco

Central do Brasil demonstrou que o poder dos 4 principais bancos do Brasil

nunca foi tão grande. Banco do Brasil, Bradesco, Caixa econômica e Itaú,

juntos, possuem 73% dos ativos totais do sistema. Ativo é tudo que uma

empresa tem, podendo ser um bem, um direito ou recursos. Se incluirmos o

Santander nesse grupo, a concentração fica ainda maior. Os dados são

referentes ao primeiro semestre de 2017, conforme exposto no gráfico abaixo:

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Segundo o Nexo Jornal em

www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/18/aconcentracaobancarianobrasil,

além da concentração de 73% dos ativos, existe uma enorme concentração no

poderio financeiro dos principais bancos, demonstrado também pela

concentração de serviços. “A cada R$ 10,00 depositados em um banco no

Brasil, R$ 7,67 vão para um dos 4 bancos. Na hora da concessão do crédito, a

concentração é ainda maior nas principais instituições. Banco do Brasil, Caixa

Econômica Federal, Itaú e Bradesco emprestam R$ 4,00 de cada R$ 5,00 de

todo o mercado.”

O histórico das principais instituições bancárias é parecido. Com a

crise de 2008, os principais bancos aproveitaram-se das fragilidades e

insegurança dos bancos menores para ganharem ainda mais força num

cenário de instabilidade. Foi nesse período por exemplo que o Itaú adquiriu o

Unibanco. Com a nova crise que teve início em 2014 a concentração voltou a

demonstrar força, como demonstrado no próximo gráfico:

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2.1. Histórico do Banco do Brasil

De acordo com o relatório Anual divulgado pelo próprio site do

Banco do Brasil em http://www45.bb.com.br/docs/ri/ra2010/port/ra/02.htm:

“Fundado em 12 de outubro de 1808, o Banco do Brasil S.A. foi a

primeira instituição bancária a operar no país e, em mais de 200 anos de

existência, acumulou experiências e colecionou inovações, participando

vivamente da história e da cultura nacionais.

A marca "Banco do Brasil" é uma das mais conhecidas e valorizadas pelos

brasileiros, que reconhecem na Instituição atributos como solidez, confiança,

credibilidade, segurança e modernidade. Por meio de atuação bastante

competitiva nos mercados em que atua, o Banco do Brasil é uma companhia

lucrativa alinhada a valores sociais.

A vocação do BB para políticas públicas tem foco no desenvolvimento

sustentável do país e no interesse comunitário, sendo um importante diferencial

da Empresa. Diferencial que pode ser conferido na Estratégia de

Desenvolvimento Regional Sustentável – DRS. Por meio da adoção de práticas

economicamente viáveis, ambientalmente corretas e socialmente justas, a

estratégia negocial DRS busca aperfeiçoar economias locais, gerar trabalho e

garantir renda de forma sustentável, inclusiva e participativa.”

2.1.1. Estratégia digital do Banco do Brasil

É possível perceber através do relatório anual de 2017 que o Banco

do Brasil demonstra bastante interesse estratégico em estar alinhado com as

inovações tecnológicas do mercado bancário. De acordo com o seu próprio site

em http://www45.bb.com.br/rao/ri/ra2017/index.html: “Nossa estratégia de

transformação digital nos permite entregar valor e aprimorar a experiência dos

clientes, o que está em linha com o objetivo de sermos percebidos como

fomentadores da inovação e da inclusão digital, o que fortalece os laços com a

sociedade brasileira. Também nos comprometemos, em 2017, com o desafio

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de promover a “Inclusão e Transformação Digital da Sociedade Brasileira”.

Queremos transformar o Brasil por meio de inovação e inclusão digital

promovendo a democratização do acesso aos meios digitais e às tecnologias

da informação. Assim, de forma integrada, nossa atuação está direcionada

para alcançar a transformação digital ao fomentar e financiar iniciativas que

contribuem para a jornada de nossos clientes e a inclusão tecnológica no

Brasil.”

O mesmo relatório demonstra que atualmente que mais de 1,5

milhões de contas foram abertas de maneira digital, através do aplicativo BB,

até o ano de 2017. O aplicativo do BB já conta com mais de 15 milhões de

usuários e a contratação de financiamento de veículo pelo APP já supera 1

bilhão de reais em desembolso.

De acordo com João Augusto Salles, economista da consultoria

Lopes Filho, para o site https://epocanegocios.globo.com, em

https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2017/01/bancos-dao-nova-

guinada-na-relacao-digital.html: "A principal razão para essa guinada é corte de

custos. A tecnologia permite reduzir o número de agências e de funcionários.

Com a entrada do Banco Original no mercado e o surgimento de inúmeras

fintechs, os bancos tradicionais tiveram de acelerar a estratégia que já vinham

adotando. Isso acompanha o comportamento dos clientes. Há dez anos,

quando os caixas eletrônicos já demonstravam bastante evolução, estudo de

nossa consultoria mostrou que 65% das transações já ocorriam por meios

eletrônicos. Hoje, representam 85%".

2.1.2. Último resultado do Banco do Brasil

O BB divulgou em seu site https://www.bb.com.br/pbb/pagina-

inicial/relacoes-com-investidores/informacoes-financeiras#/ o último resultado

do banco, referente ao segundo trimestre de 2018. O Banco do Brasil teve um

lucro de 3,13 bilhões de reais no período, representando alta de 19,7% em

relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação como primeiro

trimestre de 2018, o banco registrou aumento de 14%, saindo de um resultado

de 2,6 para 3,1 bilhões de reais.

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Já o lucro líquido ajustado do banco controlado pelo governo federal

foi de R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre, 22,3% maior que o do mesmo

período do ano passado e 7,1% superior ao do primeiro trimestre.

Segundo o próprio Banco do Brasil em comunicado oficial, o

resultado foi fortemente impactado pelo aumento das receitas com tarifas,

controle das despesas administrativas e menores provisões para despesas

com liquidações duvidosas, além do aumento das receitas com fundos de

investimentos.

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CAPÍTULO III

Desafios e parcerias entre os bancos e as

fintechs

As fintechs surgem num mercado dominado há décadas por poucos

atores e a solução para a ameaça causada por esses novos players parece ser

a parceria entre os bancos e as fintechs. Sendo assim, os principais bancos do

mercado brasileiro já começaram a anunciar seus investimentos e parcerias

com as fintechs.

3.1. Banco Bradesco – Inovações e parcerias

Pensando nisso, em fevereiro de 2018, o Bradesco inaugurou o

espaço InovaBra Habitat. De acordo com o próprio site (www.inovabra.com.br)

trata-se de um ambiente de co-inovação de 22 mil metros quadrados que é a

tradução de um ambiente de inovação onde empresas, startups, investidores,

mentores e empreendedores geram novos negócios e buscam soluções

inovadores com base no networking e na colaboração, pensado para aproximar

as demandas das grandes empresas às startups mais inovadoras, sob os olhos

de grandes investidores que possuem capital para investir, fazendo com que as

ideias aconteçam de fato. Fala ainda que o ambiente está sempre em contato

com as novas tecnologias disruptivas da atualidade e que o programa visa

novos modelos de negócio aplicáveis ou adaptáveis ao seus produtos e

serviços.

Como exemplo de parceria entre Bradesco e Fintech, podemos citar,

de acordo com o site https://startse.com/noticia/conheca-as-iniciativas-dos-

grandes-bancos-em-fintech, a conta digital do banco que é aberta através do

aplicativo Next. Trata-se de uma plataforma independente, com uma

comunicação mais moderna, focada num público mais jovem, visando disputar

o setor com outros concorrentes.

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Segundo o site https://tecnoblog.net/234703/bradesco-next-conta-

corrente-gratuita/ o Bradesco lança o banco digital Next pensando nos jovens e

já conta com mais de 350 mil clientes. Pensando na expansão de carteira, o

Next decidiu oferecer conta corrente gratuita. O plano “na faixa” oferece alguns

serviços como saques e transferências ilimitadas para correntistas do Bradesco

e do próprio Next, com apenas um doc e ted para outros de bancos. Além

disso, o plano gratuito oferece alguns benefícios como desconto de 50 % em

ingressos no Cinemark, descontos do aplicativo de transporte uber, desconto

em livros na loja online da livraria cultura e etc. A conta possui um cartão

internacional com anuidade gratuita por tempo indeterminado, com direito a

seguro viagem, tudo de forma gratuita. Também possui linhas de crédito com

condições exclusivas para estudantes universitários.

Existem ainda 3 outros planos pagos. O “na medida” oferece tudo

que o plano “na faixa” disponibiliza, com transferências ilimitadas para outros

bancos e custa apenas R$ 9,95 por mês, sendo os 5 primeiros meses gratuitos.

O cartão de crédito também é o visa internacional. Já o plano “tem tudo”

oferece cartão visa gold, e o cliente participa do programa de relacionamento

Livelo, em que cada em que cada US$ 1 gasto no exterior vale 1,5 ponto, e

vale 1 ponto se for gasto no Brasil. Também oferece assistência viagem,

seguro para veículo alugado, proteção de compra e saque emergencial. O

plano custa R$ 29,95/mês (R$ 9,95 da conta Next e R$ 20 do cartão Visa). Os

primeiros cinco meses são gratuitos. A partir de R$ 500 em compras, você

ganha descontos que podem chegar a 100% da anuidade.

Por fim, o “Turbinado” oferece um cartão Visa Platinum. Além dos

benefícios acima — incluindo o programa de pontos Livelo — ele tem cobertura

de emergências na Europa, emergência médica internacional, e vantagens em

hotéis de luxo. Este plano custa R$ 39,95/mês (R$ 9,95 da conta Next e R$ 30

do cartão Visa). Os primeiros cinco meses são gratuitos. A partir de R$ 1.000

em compras, você ganha descontos que podem chegar a 100% da anuidade .

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3.2. Itaú Unibanco - Inovações e parcerias

O itaú possui no espaço de coworking Cubo, em parceria com a

Redepoint eventures, diversas startups residentes. De acordo com o próprio

site, cubo.network, O Cubo Itaú é o maior e mais relevante centro de

empreendedorismo tecnológico da América Latina e foi idealizado pelo Itaú

Unibanco, em parceria com a Redpoint eventures. Tem como objetivo desde

2015 conectar em um só lugar empreendedores, grandes empresas,

investidores e universidades para discutir sobre tecnologia, inovação, novos

modelos de negócios, novas formas de trabalhar e como desafiar o status quo,

visando um mundo melhor.

Para que uma startup se torne residente ou membro do Cubo ela

precisa oferecer uma solução que já tenha sido testada por cliente, com

potencial de escala. Ao se tornar residente existe uma garantia de conexão

entre ideias e pessoas brilhantes com vontade de transformar negócios, e de

constante networking com grandes empresas, investidores e universidades.

Além disso os residentes possuem maior visibilidade da marca e espaços fixos

de trabalho e salas de reunião.

Como exemplo de parceria podemos citar que, segundo o site

http://www.protestodetitulos.org.br/plataforma-de-renegociacao-de-divida-

amplia-parceria-com-itau/, A BLU365, antiga Kitado, ampliou seus negócios

como Itaú Unibanco. Agora qualquer correntista que esteja com débitos

pendentes há mais de 90 dias pode renegociar sua dívida diretamente na

plataforma da empresa. Até então as renegociações ocorriam dentro da

infraestrutura do Itaú e, passando para uma plataforma específica de

renegociação o banco pretende ganhar escala de eficiência, melhorando seus

resultados. A parceria foi iniciada dentro do centro de empreendedorismo

tecnológico do Banco citado acima, o Cubo Itaú. A operação ocorre em uma

plataforma online, incluindo negociação de prazo e condições de pagamento.

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Além disso, seguindo tendência das fintechs, o Itaú se tornou,

segundo o site startupi.com.br, o primeiro banco tradicional a permitir abertura

de contas por aplicativo. O banco lançou o “Abraconta”, aplicativo que permite

abertura da conta de maneira 100% digital. Assim como ocorre em outras

fintechs que não possuem agências físicas, no aplicativo é possível transmitir

todas as informações necessárias para o cadastro, inclusive enviar fotos de

documentos pelo celular para que não haja necessidade do cliente comparecer

a uma agência física, trazendo facilidade e comodidade para o novo

correntista.

Ainda segundo o site startupi.com.br, a novidade foi lançada por por

Marco Bonomi, diretor de varejo do Itaú Unibanco, em evento da Fenabrave.

Por enquanto, o aplicativo está disponível apenas para smarphones iOS, mas

em breve usuários de Android também poderão baixar. “O Itaú já iniciou os

testes com um grupo de clientes para oferecer a possibilidade de abertura de

conta corrente de forma 100% online. O banco já disponibilizou o programa em

uma loja de aplicativos e em breve o serviço estará disponível”, disse o diretor

para o Startupi.

Segundo informações do Estadão Conteúdo, com este lançamento o

Itaú se torna o primeiro grande banco a seguir a resolução do Banco Central nº

4.480, que permite que contas-corrente passem a ser abertas por meio

eletrônico, sem a necessidade de comparecer a uma agência bancária.

Segundo Marco Bonomi, operações do banco junto a clientes digitais

já somam cerca de 45% do resultado do varejo do Itaú, o que torna este

segmento o principal gerador de lucro do banco.

Isso demonstra que os principais bancos estão se adequando as

novas realidades do mercado, transformando as relações com clientes e se

adaptando às novas necessidades do setor.

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3.3. Banco Santander - Inovações e parcerias

Praticamente no mesmo período da inauguração do InovaBra pelo

Bradesco, o banco Santander inaugurou, um pouco antes, o Farol Santander.

Como o próprio site (www.farolsantander.com.br) diz, pretende não só

relembrar o passado por meio de experiências de reconstrução da memória

histórica do lugar e das pessoas, como também pretende promover uma

conexão de experiências criativas visando fomentar discussões sobre a

reinvenção contínua dos processos produtivos e negócios com base no futuro

do trabalho e nas ideias de startups mais inovadoras do mercado.

Como exemplo de parceria entre o Santander e fintech, podemos

destacar o novo negócio do banco: A Superdigital. A empresa é fruto de uma

parceria entre o Santander e a HackerSpace3, área de inovação da Agência3.

Segundo o próprio site (superdigital.com.br) a ideia é facilitar a movimentação

de dinheiro, diminuindo a burocracia atual no setor bancário. O cliente poderá

fazer pagamentos, transferências e algumas transações apenas em alguns

cliques, pelo smartphone, através do seu aplicativo.

A Fintech do Santander demonstra a preocupação do banco em

atender um público que necessita de comodidade, rapidez e odeia burocracia.

O único requisito para abrir a conta é ter um cpf ativo e possuir mais de 18

anos. Não precisa comprovar renda, não tem análise de score de crédito e

também não possui consulta ao SPC e SERASA.

O cartão é enviado automaticamente para a casa do correntista

assim que ele efetua qualquer depósito na conta corrente. Trata-se de um

cartão Mastercard pré-pago sem anuidade e sem juros. O correntista deve

passar na função crédito e o dinheiro é debitado automaticamente da sua conta

corrente. Importante saber que não é possível parcelas as compras.

Além disso, também é possível utilizar um cartão virtual, que fica

habilitado dentro do próprio aplicativo e promete trazer maior segurança, já que

só é enviado para o cartão o valor que será utilizado na compra. Também é um

cartão sem anuidade que deve ser utilizado para compras na internet.

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Como o próprio Santander admite no site da superdigital.com.br, o

objetivo da conta digital, que antes era “contaSuper”, comprada pelo banco em

maio de 2017, é o de facilitar a entrada de novos correntistas no sistema

financeiro nacional. O banco entende que hoje ainda é muito burocrático abrir

uma conta corrente em uma instituição tradicional, seja pela falta de tempo de

ir à agência, filas enormes ou taxas elevadas.

Sendo assim, o banco lança a superdigital em novembro de 2018

justamente para se adaptar a essa nova realidade e desburocratizar o acesso,

nascendo para facilitar a nova forma de se relacionar com seus correntistas.

Hoje, ainda segundo o próprio site da fintech, já possuem mais de 1,9 milhões

de conta correntes abertas, mais de 70 milhões de transações feitas ao redor

do mundo e mais de 2,9 milhões de cartões físicos e virtuais emitidos.

3.4. Banco do Brasil - Inovações e parcerias

Segundo o portal startse.com, o Banco do Brasil é, atualmente, o

banco que mais possui correntistas virtuais do país, contanto com mais de 1

milhão de contas virtuais. Em novembro de 2016, pensando no futuro e nas

inovações do mercado, o BB lançou o Laboratório Avançado Banco do Brasil

(LABB) no Vale do Silício. O local é utilizado tanto para incubar projetos de

inovação internos como para identificar oportunidades de investimentos em

startups que desenvolvam soluções para demandas da empresa.

BB é o primeiro banco da América Latina a promover o lançamento

de uma operação de Open Banking, modelo de plataforma aberta para troca de

informações entre bancos, por meio do portal do desenvolvedor, visando

operações mais eficientes e custos menores para seus clientes. Segundo o

próprio site do BB (https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/bb-digital/open-

banking-no-bb#/) Open banking são APIs disponibilizadas por uma instituição

financeira para que empresas e aplicativos possam prover serviços integrados

às contas de seus clientes. Com as parcerias com startups e empresas de

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tecnologia, o Banco do Brasil irá complementar a sua experiência atual com

novas formas de contato com o banco.

Utilizando OAuth (padrão internacional de segurança), o cliente do

Banco do Brasil colocará seus dados em uma página segura do BB e o banco

fornecerá os dados necessários e autorizados para o aplicativo parceiro. Ou

seja, assim como os logins sociais do Google e do Facebook, p Banco do

Brasil também criou seu OAuth.

Além disso, o BB possui diversos parceiros como a bxblue, que

segundo o próprio site bxblue.com.br é uma plataforma de negócios que ajuda

aposentados, pensionistas e funcionários públicos federais a compararem

taxas do consignado entre bancos, escolherem as melhores opções para eles e

contratarem a operação de forma digital. Por meio dessa parceria os clientes

podem simular e contratar operações de crédito diretamente pelo site da

Fintech, de forma ágil, segura, digital e sem burocracia. Permite que todo o

processo de contratação seja realizado em poucos minutos, enquanto as

operações para as demais instituições podem levar alguns dias, além de

necessidade de assinatura em contratos e documentos.

Além das soluções digitais a empresa possui uma equipe preparada

para prestar atendimento aos clientes, com objetivo de esclarecer as principais

dúvidas quanto ao processo e a contratação das operações de crédito. É

importante entender que trata-se de um novo modelo de negócio baseado no

Market place, ou seja, mercado aberto onde o cliente pode ter acesso a

diversas ofertas de variadas instituições financeiras, escolhendo a melhor

atende suas necessidades.

Também conta com a Ciclic, fintech de planos de previdência

privada controlada pelo BB. Segundo o próprio site da fintech

www.ciclic.com.br, A Ciclic é uma empresa brasileira, 100% digital, que nasceu

em dezembro de 2017 com o grande propósito de fazer com que as pessoas

tenham acesso a uma plataforma de proteção completa, seja ela individual ou

familiar.

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Promete descomplicar o universo de investimentos para que o

cliente tenha confiança em começar a planejar o mais rápido possível o seu

futuro. Possuem preocupação em operar com transparência, trazendo o melhor

custo benefício para o cliente. Tudo isso com foco na necessidade do cliente, e

tendo a experiência do Banco do Brasil como segurança para quem aplica seus

recursos com a fintech.

Portanto, os principais atrativos vendidos pela empresa são:

Rendimento (o dinheiro fica aplicado num plano de previdência com bom

histórico de rentabilidade); Taxa Zero (taxa de carregamento zerada em todos

os planos); Segurança (contam com a experiência do Banco do Brasil para

cuidar do dinheiro); Plataforma integralmente digital (o que significa que o

cliente tem mais comodidade e menos burocracia para aplicar seu dinheiro)

Possui parceira também com o programa de relacionamento DOTZ,

que conforme o seu site www.dotz.com.br define é um programa de

benefícios que agrega mais de 300 empresas, como bancos, supermercados,

livrarias, cinemas, postos de gasolinas drogarias, etc. Consiste basicamente no

acúmulo de pontos através de compras nestes estabelecimentos, para serem

trocados por prêmios e serviços oferecidos. Estes pontos ganham o nome de

DOTZ e se constituem como uma moeda de troca. Para participar do programa

DOTZ existem vários meios. Os estabelecimentos que possuem DOTZ fazem o

seu cadastro gratuitamente e na hora através do seu CPF. Você ganhará um

cartão DOTZ e começa a acumular pontos ali mesmo, caso faça alguma

compra. No portal DOTZ você também pode se cadastrar e começar a ganhar

pontos.

Além disso, também contam com a parceria com a CONTAAZUL,

uma empresa de software brasileira que desenvolve e vende uma solução de

controle financeiro e gestão online para pequenas empresas. Ou seja, é uma

espécie de gerenciador financeiro digital para gestão de fluxo de caixa das

empresas, operando numa plataforma de negócios na nuvem, conectando a

empresa, contabilidade, governo, bancos, fornecedores, clientes e etc. como

objetivo de trazer facilidade para os clientes e melhorar a gestão das

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empresas. Entre as principais funcionalidades oferecidas estão a emissão de

boletos, nota fiscal, conciliação bancária, integração contábil e visão integral do

fluxo de caixa. A definição foi retirada do próprio site www.contaazul.com.br.

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CONCLUSÃO

A relação com os consumidores dos produtos e serviços financeiros

do setor bancário vem mudando ao longo dos anos. O cliente passa a exigir

maior facilidade e comodidade, com serviços desburocratizados e acessíveis,

além de custos mais baixos. Dentro deste cenário, para atender a demanda

dos novos consumidores, surgem as fintechs.

Mesmo que ainda não tenham se tornado dominantes no segmento

bancário do país, as Fintechs modificaram a estrutura, entrega e consumo dos

serviços financeiros no Brasil e no mundo. Sendo assim, concluímos que ainda

há um grande caminho a ser percorrido pelas Fintechs no sentido de que a

metamorfose aconteça por completa, contudo as mudanças começam a surgir

a todo instante.

Os principais bancos do país e do mundo perceberam a

necessidade de se adaptarem a nova realidade do sistema financeiro e estão

voltando esforços para novas parcerias que prometem disrupções no setor.

Nesse sentido, a experiência do consumidor passou a ser o ponto chave da

questão para que a instituição financeira se destaque frente a concorrência dos

meios digitais.

As principais instituições financeiras possuem a confiança do

mercado, o capital e a experiência para lidar com órgãos reguladores como

principal ponto forte na briga pela concorrência do setor, contudo, as Fintechs

possuem a facilidade no uso dos serviços, rapidez, baixo custo e

consequentemente a melhor experiência do usuário. Nessa disputa, os bancos

já entenderam que somar essas qualidades podem tornar um diferencial de

mercado e estão em busca de novas parcerias.

Portanto, a implementação de processos e serviços mais ágeis e

menos burocráticos, que funcionem em ambiente digital é uma necessidade e

já está sendo implementada em todos os bancos, uns mais rapidamente e

outros com maiores dificuldades. Contudo, fato é que só vai sobreviver nesse

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setor tão competitivo quem for capaz de se transformar e se adapatar às novas

realidades do mercado.

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BIBLIOGRAFIA

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2018.

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https://blog.magnetis.com.br/fintechs-no-brasil/

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/05/regulamentacao-deixa-espaco-

para-fintechs-crescerem.shtml

www.nexojornal.com.br/expresso/2017/10/18/aconcentracaobancarianobrasil

http://www45.bb.com.br/docs/ri/ra2010/port/ra/02.htm

http://www45.bb.com.br/rao/ri/ra2017/index.html

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 01 AGRADECIMENTOS 03

DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05

METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

O QUE SÃO FINTECHS E COMO ATUAM NO MERCADO FINANCEIRO DO PAÍS 09

1.1. Principais Fintechs 10

CAPÍTULO II

O MERCADO BANCÁRIO BRASILEIRO, COM FOCO NO BB 13

2.1. Histórico do Banco do Brasil 15

CAPÍTULO III

DESAFIOS E PARCERIAS ENTRE OS BANCOS E AS FINTECHS 18

3.1. Banco Bradesco – Inovações e parcerias 18

3.2. Itaú Unibanco – Inovações e parcerias 20

3.3. Santander – Inovações e parcerias 22

3.4. Banco do Brasil – Inovações e parcerias 23

CONCLUSÃO 27 BIBLIOGRAFIA 29