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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
EMPREENDEDORISMO NO BRASIL EM CRISE
Paulo Fabiano Ferreira
ORIENTADOR: Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro 2016 (2017)
DOCUMENTO P
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em (MBA Gestão Estratégica de Vendas e Negociação).
EMPREENDEDORISMO NO BRASIL EM CRISE
Rio de Janeiro 2016 (2017)
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AGRADECIMENTOS
Aos amigos e parentes, colegas de classe, com
os quais pude compartilhar experiências,
conhecimentos e alegrias.
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DEDICATÓRIA
Dedico este produto aos meus pais e a minha
esposa e todos que me apoiaram nesta trajetória
e me apoiaram ao longo deste aprendizado.
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RESUMO
Este trabalho tem a proposta de apresentar ao leitor algumas
abordagens e pontos de vista sobre o mercado empreendedor e também como
este se comporta em meio a uma crise que impacta diretamente o Brasil,
através do que foi dito, baseado em estudos e pesquisas, também expondo
técnicas de empreendedorismos e modelos de negócio que se destacam pelas
oportunidades identificadas.
Existem várias descrições de modelo de empreendedorismos e o
que os novos empresários tem feito para superar a crise, bem como as
características comuns do indivíduo chamado empreendedor, dependendo da
ótica abordada e ponto de vista de cada um.
Ao longo do estudo será possível encontrar conceitos de
empreendedorismo, alguns deles estabelecidos no decorres dos anos, sobre o
que viria a ser o empreendedorismo, e como hoje pode ser aplicado para tentar
driblar a crise em que o Brasil se encontra e entender um pouco como o Brasil
chegou nesta crise.
Iremos abordar também as dificuldades encontradas pelo novo
empreendedor, seus anseios e estilos e a busca para estabelecer um negócio
promissor e que possa trazer lucro. Mostraremos quais os modelos de
negócios estão em alta em meio a crise e os pontos de atenção para este novo
mercado.
Conforme será possível verificar no conteúdo do trabalho exposto,
uma possível solução para a problemática de superação da crise através do
empreendedorismo e como se comportam estes novos empresários. Como
trabalhar para fazer uma crescente carteira de clientes e como fidelizar os
existentes para que os lucros possam ser crescentes.
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METODOLOGIA
Os métodos que levam ao problema proposto, tem o intúito de
fornecer alguns dados para que se possa conhecer um pouco do mercado
empreendedor em meio a crise tão agravante no Brasil, e que possa servir de
base para estudos mais aprofundados.
As páginas a seguir foram elaboradas com base em pesquisas em
livros (discriminados na bibliografia), pesquisas Web e experiência pessoal.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Início do empreendedorismo no Brasil e suas dificuldades 11
CAPÍTULO II
As grandes oportunidades de empreendedorimos em tempos de crise 20
CAPÍTULO III
Como dar valor agregado ao negócio e se destacar em tempos de crise 30
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 38
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INTRODUÇÃO
No Brasil o cenário econômico fica cada vez mais volátil com o
decorrer dos anos, depois da crise mundial de 2008 este país enfrenta uma
crise própria, decorrente de um longo período de políticas equivocadas, mesmo
assim o número de micro e pequenas empresas cresce a cada dia. No mundo
onde muitos preferem tentar uma recolocação no mercado de trabalho dentro
de empresas Nacionais e Multinacionais, repletos de benefícios e direitos,
existe uma dúvida que paira. Porque muitos empreendedores em tempos de
crise insistem em investir em novos negócios?
Muitas dificuldades encontradas por estes “visionários” podem ser
encontradas em divesas biografias, se tornando um tema muito interessante e
atual para ser abordado neste momento em que o país vive tantas incertezas,
podendo assim aprender junto ao estudo em questão. Com objetivo de tentar
esclarecer este questionamento, observamos que existem muitas outras
dúvidas na questão do empreendedorismo e todas suas histórias e mitos
dentro deste perfil que por muitas vezes é questionado e por outras
glamurizado, dependendo do nível de sucesso de cada empreitada.
Se olharmos um pouco para traz, perceberemos que existiam dois
modelos econômicos dentro do empreendedorismo, o velho e o novo. No velho
os recursos escassos eram os materiais raros, a força do trabalho era um
grande diferencial, grandes barreiras de entradas e os ativos eram físicos. Já
no modelo novo, os recursos escassos já não são mais materiais e sim a
imaginação e o conhecimento que se tornam o grande diferencial, e com isso
baixas barreiras de entrada, os mais rápidos e criativos tornam-se os melhores.
Hoje vivemos em um país em crise, onde o que se trata hoje é por
quanto tempo ela inda irá durar, já que parece que se chegou ao pior patamar
de todos os tempos, a retomada da credibilidade é um fator crucial para que a
economia ingrene novamente, pois a grande inflação, alta do dólar, restrição de
crédito, falta de confiança dos investidores pela perda de notas de agências de
risco são pontos que levaram o Brasil a esta grande crise e falta de confiança.
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O empreendedor neste país é obrigado a arcar com uma grande
carga tributária, tanto na abertura da empresa quanto depois em que a mesma
esta em pleno funcionamento, sem mencionar a difícil mão de obra que existe
nos grandes centros e as leis trabalhistas totalmente voltadas para o
empregado, gerando assim uma falta de confiança para o empresário que quer
investir em um novo negócio.
O empreendedorismo é primordial para o crescimento e
desenvolvimento de um país, o papel do empreendedor é identificar
oportunidades e desenvolver produtos ou serviços que venham a suprir as
necessidades geradas dentro desta oportunidade, transformando em um
negócio lucrativo. Se formos criar um conceito em torno do
empreendedorismo, diríamos que o empreendedor é aquele que cria algo
diferente com valor agregado, dedicando o tempo e esforço para o
desenvolvimento, assumindo riscos calculados, sejam eles, financeiros,
psicológicos, sociais e posteriromente recebendo as recompensas por seus
esforços, em forma financeira e de satisfação.
Hoje quando falamos em empreendedor, temos que falar em crise
no Brasil, não imaginamos que ela começo por uma série de fatores e não
apenas um, se compararmos com a crise de 1931 quando o governo mandava
queimar o café em Santos Litoral Paulista, afim de destruir estoques e tentar
forçar o aumento do preço do grão no mercado internacional, a economia
nacional encolheu a um ritmo médio de 1,4% ao ano, já no triênio de 2014 a
2016, a economia encolheu a um ritmo médio de 2,4% ao ano. Podemos dizer
que esta crise atual é a pior de todos os tempos no Brasil, pois ela irá durar por
um bom tempo. Para que um país com o nível de pobreza e o perfil
demográfico do Brasil prospere realmente, a produção precisa crescer num
ritmo médio de 2,5% ao ano, no mínimo, durante vários anos consecutivos.
Alguns fatores contribuíram fortemente para a instauração desta
crise, como as políticas econômicas no governo Dilma, manipulação de preço
da luz e gasolina, desajustes nas contas públicas maqueando o problema das
contas, alta escala de corrupção dentro do congresso, políticas sociais
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desenfreadas utilizando bancos públicos para financiar, com intuito de reeleger
a ex-presidente Dilma e manter o PT frente ao governo, com isso tudo a
economia travou aumentando cada vez mais o desemprego.
Mesmo assim, o números de empreendedores cresce dia após dia,
sejam eles por oportunidade ou aqueles que criam um novo negócio por falta
de opção de emprego, chamamos estes de empreendedor de necessidade.
Historicamente, os momentos de dificuldades econômicas tem sido o berço de
ótimos negócios, a questão é como identificar uma oportunidade em meio ao
desânimo das notícias do dia a dia. Com o objetivo de esclarecer algumas
questões como as citadas anteriormente ainda iremos mostrar quais setores e
segmentos mais crescem nestes tempos de crise e o que estes
empreendedores fazem para poder fortificar seu negócios dada as grandes
dificuldades e adversidades impostas para eles.
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CAPÍTULO I
O INÍCIO DO EMPREENDEDORISMO NO BRASIL E
SUAS DIFICULDADES
O empreendedorismo é a base para o desenvolvimento sócio
econômico do país, pois com ele geram oportunidades de emprego para a
população, desenvolvimento, progresso tecnológico, crescimento do mercado e
inovação de produtos e serviços. A década de 90 foi a década do
empreendedorismo nos EUA e em muitos outros países ao redor do globo,
como: Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Israel, França, entre outros. Nesta
década os EUA desfrutaram de oito anos de crescimento econômico,
aproveitando a disseminação da internet, foi o período mais longo de
crescimento contínuo do século XX. Já no Brasil este processo também se
iniciou, com a criação de algumas entidades como: SEBRAE (Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para
Exportação de Software), mas com muitas dificuldades como o ambiente
político e econômico do país e as poucas informações ainda dispostas para a
jornada do novo empreendedor.
Mas com o avanço da internet no Brasil, tudo ficou mais fácil, a
explosão do movimento de criação de empresas de internet ou baseadas neste
advento ficou e esta ficando cada vez mais popular. Outro ponto que facilitou
foi o surgimento de entidades como o instituto e-cobra, de apoio aos
empreendedores das ponto.com (empresas baseadas na internet), com cursos,
palestras e até prêmios de melhores planos de negócios de empresas start ups
de internet, desenvolvidas por jovens empreendedores.
Foi na década de 90 que o empreendedorismo no Brasil ganhou
força e se popularizou, logo após a crise global de 2008, quando a bolha
imobiliária estourou nos EUA levando uma onda de desemprego e crise por
vário países, incluindo o Brasil. Ainda na década de 90 o SEBRAE se envolveu
mais ativamente na questão para ajudar a desenvolver e auxiliar os novos
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empreendedores do Brasil, pois antes disso o tema empreendedorismo era
praticamente desconhecido e a criação de pequenas empresas era limitada
dado o fato do ambiente político econômico desfavorável para tal ousadia. Para
SEBRAE, (2015, p.18) “na avaliação de especialistas, faltam políticas públicas
adequadas as necessidades dos empreendedores e há excesso de burocracia
para abertura, funcionamento e encerramento de negócios. Os negócios
também enfrentam alta carga tributária e complexidade da legislação brasileira,
que aumentam os custos de operação e tornam os negócios menos
competitivos.” A educação e a capacitação em geral nos níveis básico são
fatores que também limitam o empreendedorismo no Brasil.
Segundo o relatório da GEM (Global Entrepreneurship Monitor,
2011, p.9), “entre 24 países considerados eficientes tendo o nível de economia
sido divididos em 3 (Inovadores, Industriais e eficientes), o Brasil é o país onde
os empreendedores de sucesso se destacam, pois é o país onde existem
maiores intenções de se iniciar um negócio”.
Já neste momento de crise, as alternativas para desenvolver
negócios existentes aparecem principalmente cuidando da base de clientes
tentando fidelizar, ou ampliando a prospecção para compensar aqueles clientes
que serão perdidos inevitavelmente, com isso mantendo o mesmo nível. Tentar
ampliar o mix de produtos vendidos, verificando o perfil dos clientes dentro dos
produtos ou serviços que eles já compram, se existe mais algum outro item no
seu mix que poderia se encaixar com as necessidades ao perfil deste cliente,
assim aumentando a lucratividade em tempos de clientes escassos. Para que
as oportunidades se ampliem, é importante ter uma equipe de vendas
preparada com incentivos extras para vendas extras, ou seja, para que os
vendedores vendam mais é necessário existir uma política de remuneração
para ganhos extras para que o vendedor nunca fique estagnado e sempre
queira ganhar mais.
Em pesquisa realizada pela IBM em 2009 na crise nos EUA, as
empresas aumentaram em 33% o contato com os clientes ativos, seja por
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email, telefone, pessoalmente ou newsletter, não apenas mantiveram as
vendas a esses clientes, como em muitos casos também venderam mais.
O atendimento personalizado é um dos pontos primordiais para que
consiga manter a base de clientes ou até mesmo aumentar. Para ter um
atendimento excelente e que garanta a fidelização da carteira, é preciso investir
em treinamento e é necessário entender o que os clientes querem e o que eles
pensam a respeito da empresa, em resumo o atendimento personalizado é
primordial para que o empreendedor se destaque e tenha sucesso em tempos
de crise, não se pode fazer o mesmo esperando um resultado diferente, já que
o cliente fica mais seletivo e exigente em meo a crise.
1.1 Perfil do empreendedor no Brasil
Segundo SEBRAE a taxa de empreendedores iniciais teve um
aumento de 2014 de 17,2% para 2015 com 21%, se observarmos desde 2012
o crescimento parte de 15% até chegarmos aos percentuais de 2015 com 21%,
quando a crise começou a se agravar, isso significa que em tempos de crise os
empreendedores aparecem em maior número, seja por visão de oportunidade
ou por simples necessidade, dentre estes dois ainda temos os
empreendedores em estágio inicial com menos de três meses que ainda não
geraram pró-labore e os empreendedores em estágio estabelecido com mais
de três meses, este já pagou salários e gerou pró-labore.
No estágio inicial:
O perfil dos mais ativos são: Homens e mulheres, com faixa etária
entre 25 aos 34 anos, com escolaridade de segundo grau completos, renda
familiar entre 6 a 9 salários mínimos.
O perfil dos menos ativos são: Homens e mulheres, com faixa etária
entre 55 aos 64 anos, com escolaridade de superior completo, renda familiar
inferior a 6 salários mínimos.
No estágio estabelecido:
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O perfil dos mais ativos são: Homens, com faixa etária entre 45 aos
54 anos, com escolaridade inferior ao primeiro grau, renda familiar entre 3 a 6
salários mínimos e acima de 9 salários.
O perfil dos menos ativos são: Mulheres de 18 a 24 anos, com curso
superior completo e renda inferior a três salários mínimos.
1.2 Mentalidade empreendedora
A característica de mentalidade disciplinada, disposto a corres
riscos, inovador, ou seja, resiliente, é o que mais favorece ao empreendedor
brasileiro, mesmo numa conjuntura de incertezas na época de crise, este novo
empreendedor busca a informações que hoje existem gratuitos na internet,
eventos e organizações de fomento e apoio ao empreendedorismo e até
mesmo o SEBRAE que da apoio e acompanhamento para quem quer abrir um
negócio próprio. Observamos que a partir de 2015 o jeito de pensar do novo
empreendedor se modificou um pouco com relação aos anos anteriores, agora
eles concordam que no Brasil abrir um negócio é uma opção desejável de
carreira, alcançar o sucesso como empreendedor tem um status perante a
sociedade, tudo isso ao fato da mídia apresentar com frequência histórias de
novos negócios bem sucedidos, também afirmam ter habilidade e experiência
necessária para iniciar um novo negócio.
1.3 Características do empreendedor no Brasil
O empreendedor possui características que vão além dos atributos
de planejar, gerenciar, controlar, liderar, que são atributos básicos do
administrador, este tem que ter idéias inovadoras onde possam proporcionar
uma revolução até mesmo no modo de fazer um procedimento corriqueiro na
sua empresa no dia a dia, pois de uma idéia surge inovação e desta uma nova
empresa. A habilidade de implementar seu sonhos é uma forte característica
de diversos empreendedores, ou seja, eles são visionários, olham para o futuro
e compreendem como devem ser sua empresa daqui a alguns anos ou meses.
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Os visionários não são aqueles que tem as ideias primeiro, e sim
aqueles que conseguem decodificar o que todos conseguem ver, mas não
identificam algo prático para transformar em oportunidade e utilidade. Para
Kirzner (1973), o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando
uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja,
identifica oportunidades na ordem presente e ainda afirma que o empreendedor
é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e
atento as informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu
conhecimento aumenta.
O otimismo e a determinação andam lado a lado na vida de um
empreendedor, eles trabalham em média 24 horas por dia, 7 dias da semana,
pois sempre estão pensando no seu negócio e onde podem melhorar a cada
dia, o foco e a determinação é o principal combustível que os mantem sempre
na direção que eles acreditam ser a mais correta, além do amor pelo que
fazem. O otimismo fazem com que sempre enxerguem o sucesso ao invés do
fracasso, até mesmo nos momentos mais difíceis. Eles querem ser
independentes e não empregados, o que os força a sempre tentar superar suas
ideias e as dos outros, pensando o que podem fazer para melhorar aquilo que
já é bom. Ganhar dinheiro é consequência do bom trabalho desenvolvido e
ficar rico não é o principal objetivo, mas quando acontece é o reflexo do
sucesso dos negócios.
Ser líder esta dentro das características do empreendedor no Brasil,
pois eles tem que saber estimular, recompensar, recrutar os melhores,
principalmente nos campos onde ele não tem o domínio, com isso ele pode ser
auxiliado pelo seu subordinado. São bem relacionados também com sua rede
de contatos (networking), fornecedores e stakeholders, para poderem ter o
auxilio externo do ambiente de empresa.
Sabem fazer planejamento e vender seu negócio como ninguém,
são sedentos por saber e aprender continuamente, pois compreendem que
quanto mais conhecimento de seu negócio, mais são as possibilidades de
êxito. Assumem riscos diariamente, mas o bom empreendedor assume riscos
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calculados e sabe gerenciar os risco. O bom empreendedor sabe utilizar o
capital humano e seu próprio capital intelectual ao seu favor, para criar valor
para a sociedade gerando empregos e melhorando a vida das pessoas.
Segundo Hisrich (1998), existem diferenças entre as características
dos empreendedores para os gerentes tradicionais, a motivação principal para
os gerentes é o foco na promoção e outras recompensas tradicionais da
corporação, como secretária, Status e poder, enquanto na visão do
empreendedor a independência, oportunidade para criar algo novo, ganhar
dinheiro são objetivos mais relevantes, já com referência ao tempo, os gerentes
pensam a curto prazo gerenciando orçamentos semanais, mensais e com
horizonte de planejamento anual, já os empreendedores pensam em sobreviver
e atingir cinco a dez anos de crescimento do negócio, com relação a atividade
o gerente delega e supervisiona, já o empreendedor envolve-se diretamente,
no quesito Status o gerente se preocupa diretamente, já o empreendedor não,
ao se tratando de riscos, o gerente o vê com cautela, já o empreendedor
assume risco porém calculados, os gerentes tentam evitar falhas e erros, já os
empreendedores aprendem com estes, as decisões são concordadas pelo
gerentes quando elas são tomadas por seus superiores, já no caso do
empreendedor segue seus sonhos para tomar as decisões, os gerentes servem
aos seus superiores, já o empreendedor serve a si próprio e a seus clientes,
quando se trata de relacionamento com outras pessoas, os gerentes tem a
hierarquia com a base para estes relacionamentos, já o empreendedor entende
que as transações e acordos são a base para eles.
Para Joseph Schumpeter (1949), o empreendedor é aquele que
destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e
serviços, pela criação de novas de organização ou pela exploração de novos
recursos e materiais, mas ele pode inovar também dentro de uma empresa já
existente.
Já Kirzner (1973) tem uma abordagem diferente. Para este autor, o
empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara
e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica
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oportunidades na ordem presente. Porém, ambos são enfáticos em afirmar que
o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um
indivíduo curioso e atento as informações, pois sabe que suas chances
melhoram quando seu conhecimento aumenta.
De acordo com Dornelas (2001, pg. 38) “o empreendedor
revolucionário é aquele que cria novos mercados, ou seja, o indivíduo que cria
algo único, como foi o caso de Bill Gates, criador da Microsoft, que
revolucionou o mundo com o sistema operacional Windows. No entanto a
maioria dos empreendedores cria negócios em mercados já existentes, não
deixando de ser bem-sucedidos por isso”.
1.4 Empreendedor nato e inato
Existiam algumas dúvidas com relação se o empreendedorismo
poderia ser ensinado ou se era primordial que o indivíduo fosse um
empreendedor nato, esta questão hoje em dia já foi descartada, pois o
empreendedorismo tanto pode ser ensinado que o sucesso depende de uma
gama de fatores decorrentes de seus conhecimentos e aprendizados no
decorrer de sua vivência e além disso os fatores internos e externos ao
negócio, como ele administra as adversidades que encontra no dia a dia de seu
empreendimento. Para Dornelas (2001, pg.38) “os empreendedores inatos
continuam existindo, e continuam sendo referência de sucesso, mas muitos
outros podem ser capacitados para a criação de empresas duradouras. Isso
não garante que apenas pelo ensino do empreendedorismo serão gerados
novos mitos como Bill Gates, Sílvio Santos, Olavo Setúbal e Antônio Ermírio de
Moraes. No entanto com certeza o ensino de empreendedorismo ajudará na
formação de melhores empresários, melhores empresas a na maior geração de
riquezas ao país”.
As habilidades de um empreendedor podem ser classificadas em
três ares:
-Técnicas: Saber ouvir as pessoas e captar as informações
necessárias para seu negócio, saber escreve e se comunicar como sendo um
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bom orador, possuir conhecimento técnico na sua área de atuação, saber
liderar e trabalhar em equipe
-Gerenciais: Estas estão ligadas ao desenvolvimento e
gerenciamento de uma nova empresa, áreas de criação, marketing,
administração, finanças, tomada de decisão, operacional, produção, ser um
bom negociados e controlar a ações da empresa.
-Características pessoais: Ser disciplinado, ser orientado as
mudanças, inovador, ser visionário e persistente, assumir riscos calculados e
ser apaixonado pelo seu negócio
Com isso, a decisão de tornar-se empreendedor pode acontecer por
acaso, como a perda do emprego ou a insatisfação como o mesmo, ainda
assim a vontade de buscar uma satisfação pessoal que por muitas vezes não é
encontrada em um emprego tradicional como subordinado dentro de uma
empresa. Outros fatores que podem contribuir para esta tomada de decisão é o
fator sociológico de networking, onde o indivíduo é muito bem relacionado e ao
invés de procurar se projetar em uma nova empresa como empregado, ele
busca utilizar sua rede de contatos e relacionamento para empreender em seu
negócio, buscando os melhores profissionais para trabalhar para ele ou
simplesmente em busca de novos parceiros de negócios e fornecedores.
Segundo Dertouzos (1999), existem quatro fases do processo
empreendedor que devemos entender, a primeira é identificar e avaliar a
oportunidade, a segunda é desenvolver o plano de negócios, a terceira é
determinar e captar os recursos necessários para desenvolver o negócio e a
quarta é gerenciar a empresa criada. Mesmo que estas quatro fases sejam
apresentadas de maneira sequencial, não é necessário que elas tenham que
seguir a sequência e nenhuma delas precisa ser completamente concluída
para que se inicie a outra. Em muitas vezes ocorre que o empreendedor
elabora seu primeiro plano de negócios e, em seguida apresenta para um
capitalista de risco, que faz várias críticas e sugere ao empreendedor mudar
toda a concepção da empresa antes de vir procura-lo novamente. Neste caso o
processo chegou até a terceira fase e voltou novamente para a primeira,
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recomeçando um novo ciclo sem ter concluído o anterior. O empreendedor não
deve desanimar diante dessa situação, que é muito frequente. O
empreendedor precisa ser resiliente, enxergando sempre uma oportunidade,
mesmo que tenha que adequar suas idéias para viabilizar o projeto, pois os
bons projetos são aqueles que se adequam melhor com as oportunidades
impostas pela economia atual.
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CAPÍTULO II
AS GRANDES OPORTUNIDADES DE
EMPREENDEDORISMO EM TEMPOS DE CRISE
É muito importante saber diferenciar ideias de oportunidades, pois
por muitas vezes isso se confunde, talvez um dos maiores mitos a respeito de
novas ideias de negócios é que elas devem ser únicas, o fato de uma ideia não
ser única não importa, o importante é como o empreendedor utiliza sua ideia de
forma a transformá-la em um produto ou serviço que faça sua empresa crescer.
As oportunidades sim em geral são únicas e o empreendedor pode ficar vários
anos sem aproveitar uma oportunidade e um dia aproveitar uma única
oportunidade e desenvolver um novo produto ou serviço que se tornará um
sucesso.
Uma ideia isolada não tem valor se não for transformada em algo
viável de implementar, visando atender um público-alvo que faz parte de um
nicho de mercado mal explorado, isso é detectar a oportunidade. Alguns pontos
de atenção com relação as ideias temos que mencionar, como no caso da ideia
certa no tempo errado, no caso de ideias relacionadas a tecnologia, que hoje
em dia evolui muito rapidamente e com isso o ciclo de vida do produto de base
tecnológica é cada vez mais curto. As ideias brilhantes em um mercado onde o
empreendedor conhece muito pouco também são pontos de atenção, pois as
chances de sucesso neste caso são mínimas, a não ser que um dos sócios
conheça um pouco ou já tenha trabalhado no ramo.
As formas de geração de novas ideias podem vir de algumas
maneiras, já que hoje em dia temos acesso a informação o tempo todo, através
de televisão, radio, revistas, jornais, livros, internet, outras pessoas de seu
relacionamento diário, fornecedores, compradores, entidades de classe,
governo, entre outros. O importante é saber segmentar e selecionar o que é
relevante para se extrair boas ideias através da enxurrada de informações que
temos acesso no dia a dia, um técnica utilizada é o Brainstorming, que se
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baseia no fato de as pessoas serem estimuladas a gerar novas ideias quando
estão em grupos.
Outras formas de gerar ideias são conversar com pessoas de todas
as idade e níveis sociais sobre os mais variados temas para ter ideias em
vários nichos de mercado, pesquisar novas patentes de produtos em áreas
onde o empreendedor tem intenção de atuar, estar atento as tendências e os
acontecimentos de sua região, mudança no padrão de vida das pessoas e
hábitos dos jovens, participar de congressos e conferências de áreas de
interesse, visitar empresas, universidades e feiras de negócios.
Estes são os vários métodos que podem ser utilizados para
estimular a criatividade na geração de novas ideias. A segunda faze depois da
ideia gerada é saber se a ideia é viável de ser implantada ou não, com isso
alguns critérios mais racionais devem ser utilizados como fazer as seguintes
perguntas: Qual mercado ela atende? Qual retorno econômico ela
proporcionará? Quais as vantagens competitivas ela trará ao negócio? Qual é a
equipe que transformará esta oportunidade em negócio? Até que ponto o
empreendor esta comprometido com o negócio? Depois de respondidas estas
perguntas é necessário fazer uma análise de alguns pontos como:
Dentro do mercado quais são as necessidades destes clientes que
devem ser atendidas, o valor gerado a estes usuários, qual será o ciclo de vida
deste produto, a estrutura competitiva deste mercado, o tamanho que o
mercado abrange, qual tamanho de participação de mercado é possível.
Dentro da análise econômica qual a margem esperada de lucro após
impostos, tempo do ponto de equilíbrio, retorno potencial sobre o investimento,
qual o tamanho e necessidade de capital inicial e de giro.
Dentro das forças competitivas e necessário avaliar os custos fixos
de produção, marketing, distribuição, controle de preços, fornecedores viáveis,
barreiras de entrada, equipes e seus diferenciais e a motivação de cada
funcionário com o negócio.
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2.1. Os segmentos que mais crescem em tempos de crise
Historicamente em tempos de crise e dificuldades econômicas tem
sido um berço de oportunidades de novos negócios, o que parece desfavorável
pode acabar proporcionando ótimas opções de investimento, enquanto todos
estão pensando na crise, alguns pensam em soluções e oportunidades de
sanar a necessidade que são geradas. Nestes tempos de vacas magras, as
pessoas procuram não gastar muito comprando coisas novas, pelo simples fato
de não terem certeza se estarão empregadas no próximo mês, com isso muitas
pessoas optam em consertar aquilo que já tem, ao invéz de comprar algo novo,
que custaria muito mais caro.
Com isso muitos mercados estão crescendo, como consertos e
pequenos reparos de roupas, mercado de alimentos intinerantes como os Food
Trucks, lojas de alugueis e vendas de bicicletas e seus acessórios, oficinas
mecânicas, revenda de carros usados, concertos e reparos de calçados,
comercio pela internet (E-commerc), entre outros.
Para o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de
Consumo (Ibevar), em tempos em que o cenário econômico reflete um volume
menor de dinheiro no bolso do consumidor, oficinas mecânicas e de autopeças,
assistência de celulares, sapatarias, costureiras, lojas de concerto de
máquinas, e de eletrodomésticos passam, aos poucos, a ver o movimentos
crescer. A queda real da renda das famílias brasileiras (que está em torno de
10%), os aumentos das taxas de juros e do desemprego, agravados pela
insegurança dos níveis de empregos no futuro, tem contribuído para uma
queda nas vendas do varejo, que deve chegar a 3% (real) no final do ano de
2016. No ainda é mais prudente por parte do consumidor fazer a opção de
reformar e concertar, a realizar a compra de um produto novo, pelo fato dos
motivos já mencionados.
2.2. Consertos e pequenos reparos de roupas e calçados
Nestes tempos incertos as pessoas preferem consertar algumas
roupas e calçados que ainda tem jeito, a comprometer o orçamento comprando
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algo novo, é cada vez maior o numero de empresas de pequenos reparos de
roupas e calçadso que são abertas diariamente, visto uma concentração
grande perto de lojas e ateliês. Há dois anos o setor de concertos estava quase
parado, hoje o movimento é grande, o período é de readequação, o
consumidor esta avaliando antes, para ver se vale mais a pena consertar ou
comprar novo (KASPER, 2015). No passado o consumidor iria optar em
comprar algo novo, o descarte de uma roupa por estar fora de moda, por
exemplo, pode ser evitado com a adaptação da peça para um designer mais
moderno, a maior parte da demanda hoje é feita por boa parte das pessoas,
principalmente pela classe média alta que faz todo o tipo de reforma.
(PEREIRA, 2016).
Na questão do investimento para o novo empresário que resolve
investir neste setor, o investimento é pequeno se compararmos a maioria dos
comércios, pois para inicial é necessário uma sala e algumas máquinas que
variam entre R$ 900,00 a R$ 3.000,00, já o retorno é relativamente alto se
considerarmos que os consertos de bainha giram em média de R$ 15,00 a R$
25,00, já os ajustes de vestidos para festas custam de R$ 30,00 a R$ 50,00, já
os sapatos os concertos giram em torno de R$ 25,00 a R$ 50,00. O grande
segredo destes dois negócios é a divulgação e no caso de roupas a parceria
com um ateliê ou loja de uniformes escolares podem ajudar.
2.3. Mercado de Food Trucks
Outro modelo de negócio que tem crescido muito e até virou febre
são os Food Trucks, esta moda começou em Nova York em fução da crise de
2008 e chegou em São Paulo primeiramente, pois muitos empresários viram a
possibilidade de abrir seu primeiro restaurante em um modelo diferente do
habitual, com contato direto com o público, com isso, se extendendo para o
resto do Brasil, se tornando a febre do momento. Esta proposta cresce muito
em tempos de crise pelo fato de ser um negócio onde o empresário não precisa
de um grande capital para começar o processo, claro que precisa investir em
um carro, mas é diferente se tivesse que alugar um ponto comercial onde teria
um contrato de longo prazo com os custos fixos de aluguel, IPTU, água, luz, e
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os demias encargos, além de ficar preso aquele ponto podendo descobrir no
futuro que não era o melhor local para montar seu negócio. Já no caso do Food
Truck como a característica é justamente ser intinerante e investir em boa
comida por um preço justo e acessível, fica mais fácil achar o público alvo, que
geralmente estão em eventos onde os Food Trucks estão, os custos de um
Food Truck são diferentes de uma loja fixa ou de uma franquia, basicamente os
custos giram em torno de estacionamento, licenças da prefeitura, manutenção
do veículo são as principais despesas, depois do custo com os insumos para
confecção dos pratos.
Em uma recente pesquisa realizada nos EUA onde os Food Trucks
começaram descobrimos o perfil do empreendedor deste negócio e os
números, onde foram identificados que 40% dos donos de Food Truck tem
mais de 40 anos, do total de empreendedrores entrevistados 43,8%
trabalhavam no segmento completamente diferente do setor de alimenteção,
34,4% afirmou já ter trabalhado no segmento e 21,9% estava desempregado
ou nunca havia trabalhado antes, neste caso identificamos o empreendedor de
necessidade, como havíamos citado anterirormente. O dado que chama
atenção nesta pesquisa é o nível de satisfação dos empreendedores deste
ramos que chega a 97%.
Já no Brasil não é diferente, os números mostram como este
mercado esta se destacando em tempos de crise. Em recente pesquisa
realizada em São Paulo em fevereiro de 2016, 35% dos donos de Food Trucks
afirmaram que faturam entre R$ 5 mil a R$ 10 mil por mês, para 25% dos
entrevistados o faturamento fica entre R$ 10 mil a R$ 15 mil e 24% garantem
que conseguem faturar mais de R$ 20 mil por mês. Como vemos este mercado
é promissor e ainda está buscando seu ponto de equilíbrio, tem muito ainda
para evoluir, dado ao fato de que após um crescimento agressivo desde 2014.
Como todo novo segmento, também existem alguns entraves, como
a falta de preparo de organizadores de eventos de Food Truck e Food Parks,
altas taxas em participação em eventos e a burocracia para se conseguir o
Termo de Permissão de Uso (TPU), pois este termo é utilizado para o veículo
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poder parar nas ruas da cidade onde já existem 150 Food Trucks rodando pela
cidade de São Paulo já certificados.
2.4. Lojas de bicicletas e acessórios
Este mercado em plena expansão, vista como objeto de lazer e
diversão nas grandes cidades, em muitos lugares as bicicletas são
consideradas meios de transporte, principalmente pela grande ampliação das
malhas de ciclo vias em algumas cidades e pelo engarrafamentos nas grandes
cidades, muitas pessoas estão preferindo deixar seus carros em casa e optar
por este meio de transporte. Só em São Paulo foi implantada uma malha de
ciclovias de 400km em 2015. Outra iniciativa nesta mesma cidade já em
andamento é um bicicletário público com vestiário, manobristas, armários,
ferramentas de bicicletas e que está sendo criado próximo a estação do metrô
Faria Lima. Outra cidade que também está criando alternativas para os ciclistas
é Curitiba, onde mais de 55 mil pessoas aderiram à bicicleta como meio de
transporte, recebe o projeto Via Calma, que tem como objetivo criar ciclovias
nas principais vias da cidade. Certo de que ainda falta muito investimento e
conscientização no Brasil para que os motoristas tenham mais respeito com os
clclistas, mas ainda assim o número de ciclistas cresce a cada dia. Hoje no
Brasil são mais de 60 milhoes de bicicletas, metade usadas pela população
para ir ao trabalho, segundo origem e destino do metrô de São Paulo, o uso
deste tipo de deslocamento aumentou 18% entre 1997 e 2008. Nas cidades
como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Espíriot Santo, já contam com
o sistema de aluguem de bicicletas, resultado da parceria destas prefeituras
com alguns bancos. O projeto vem atraindo um grande número de adeptos, o
que acaba fomentando este mercado e estimulando a cada vez mais as
pessoas andarem de bicicleta, seja alugada ou própria.
Para o novo empresário que pensa em montar uma loja de
bicicletas, tem que ter em mente que este segmento cresce a cada dia,
deixando de ser apenas uma forma de transporte ou lazer, mais sim, um estilo
de vida, com isso a possibilidade de venda de produtos agregados como:
capacetes, cestinhas, cadeirinhas de criança, ferramentas, roupas especiais e
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temáticas, entre outros, torna-se cada vez mais viável e lucrativo, pois muitas
pessoas estão deixando seus carros em casa, pelo simples fato de que o
combustível esta muito caro, e em tempos de crise qualquer economia é
importante.
Em Nova York já existem cafeterias, padarias e restaurantes onde o
cliente tem um grande desconto se for ciclista, é só apresentar seu capacete na
hora de pagar que o cliente leva o desconto, com isso vimos a tendência deste
novo estilo de vida e ecologicamente correto, além de saudável.
O investimento para montar uma loja de bicicletas não é muito
grande se compararmos com outros segmentos, o empresário precisa de R$ 5
mil para a estrutura da loje e aproximadamente R$ 20 mil para estabelecer o
estoque inicial.
A escolha do ponto é um fator muito importante, pois é isso que vai
determinar o movimento e a visualização da loja, ela deve estar em local de
fácil acesso, de preferencia próximo a um centro comercial, metrô, onde o
número de passantes seja grande. É importante que a loja tenha um espaço
para carga e descarga, pois a maioria das pessoas que leva a bicicleta para
concetar, leva a mesma dentro do carro, e por se tratar de um produto
volumoso, pode demorar um pouco no embarque e desembarque.
2.5. Oficinas mecânicas
Com a crise o segmento de oficinas mecânicas só tem aumentado,
pelo simples fato de que as pessoas estão prefirindo consertar seus carro ao
invés de trocar por um carro 0KM muitas vezes. Agora este movimento esta
associado tanto para aquelas pessoas que estão consertando os veículos
quando ele apresenta um problema quanto para aqueles que querem prevenir
de algum imprevisto, já que neste momento tão difícil não se pode ter
surpresas e gastos desnecessários. Mais movimentos nas oficinas são
constatados dos por causa de pequenos consertos nos veículos antes e
depois das transações no mercado de veículo usados. As pessoas não estão
trocando os carros por meio da crise, estão fazendo revisão para garantir o uso
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por mais tempo. Ano passado, a média de gasto por visita à oficina era de R$
500. Já neste ano de 2016 o valor médio é de R$ 800. A média de
quilometragem dos veículos que dão entrada na oficina é de 50 mil km
rodados, esse é o tempo médio de uso de itens de segurança básico, como
correia dentada do motor. Antes da crise os clientes estavam acostumados a
trocar os carros em pouco tempo, quando vencia o prazo de garantia, agora,
pedem apenas para fazer o necessário, proque esperam que a situação
melhore, para trocar o carro no próximo ano (PUGLIESE, 2016).
O volume de serviços em oficinas mecênicas cresceu 26,3% de
janeiro a fevereiro em 2016. As pessoas tem ficado mais tempo com seus
carros ao invés de trocar (FIOLA, 2016).
2.6. Revenda de veículos usados
Segundo dados da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores) divulgados em abril de 2016, houve uma retração de
27,8% nas vendas de veículos novos no primeiro trimestre de 2016.
Segundo Fenauto (Federação Nacional das Associações dos
Revendedores de Veículos Automotores), houve um aumento de 84% nas
vendas de veículos usados neste ano de 2016, considerando de janeiro a
agosto, o mercado de usados está na contramão da crise no país, as vendas
somam R$ 7,8 bilhões, comparadas ao ano anterior que ficou em R$ 4,2
bilhões. Este levantamento é da plataforma AutoAvaliar, sistema de gestão de
vendas e estoques utilizado em mais de 1,3 mil concessionárias de veículos
em cerca de 20 mil revendedores multimarcas no país.
Os dados mostram ainda, que o custo médio de transações de
veículos seminovos e usados também subiu. No período de janeiro a agosto, a
média foi de R$ 22,5 mil por carro contra R$ 19,9 mil do mesmo período de
2015, crescimento de 13%.
O mercado de seminovos e usados está se beneficiando da crise, à
medida que os brasileiros buscam produtos mais baratos e estão de olho na
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relação custo-benefício. O consumidor tem preferido um seminovo, com valor
mais em conta, já que sabe que vai conseguir pagar, do que um veículo zero
quilômetro, cujas prestações podem ser bem mais onerosas.
2.7. Comércio pela Internet (E-commerce)
Houve um crescimento no mercado de E-Commerce de 20%
considerando 2014 para 2015, em 2014 foram 51 milhões de e-commerce. É
fundamental investir em aprendizado para combater as dificuldades. Toda a
vontade do empreendedor não é suficiente, é preciso conhecer o mercado e ir
a fundo para ter sucesso no mercao on-line (RIGONATTI, 2015).
Quem procura fazer compras na internet esta buscando qualidade,
preço e, claro, agilidade na entrega, com isso o novo empresário tem que estar
atento primeiramente a estes três pontos principais, pois a grande propaganda
do negócio do e-commerce são os próprios clientes que deixam seus
comentários na página, que podem ser positivos e alavancar as vendas com a
credibilidade de quem já experimentou, ou ser fortemente negativos, prejudicar
as vendas com apenas uma venda feita de maneira incorreta.
Um ponto muito importante é divulgar a marca, seja através de
experiências positivas de outros consumidores, ou através de investimento em
banners em mídias sociais, o que por muitas vezes tornam-se baratos com o
nível de acerto no cliente potencial.
Com a alta do dólar existe um aumento significativo no preço dos
produtos importados, o que gera uma oportunidade para o empreendedor
brasileiro, pois a procura por produtos nacionais cresce bastante, basta o
empresário ficar atento e ver quais são os produtos importados mais
procurados e trabalhar com algo similar que se encaixe no seu perfil de
negócio.
As promoções são primordiais para aumentar o fluxo de negócios,
como: pague dois e leve três, cupons de desconto, sorteios, frete grátis. Os
parcelamentos e facilidades na hora do pagamento também ajudam a ampliar o
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número de clientes dispostos a comprar. Muitos clientes são fisgados pelas
boas condições de pagamento, e muitas vezes, preferem comprar um produto
um pouco mais caro, mas que possa parcelar em muitas vezes. Neste caso
uma empresa intermediadora de pagamentos pode ficar responsável por todo o
trâmite burocrático do sistema.
2.8. Restauração de eletro domésticos e eletro eletrônicos
Nas lojas de concertos de celulares antes sobravam aparelhos
seminovos no balcão das assistências autorizadas, atualmente estes itens
estão faltando, a busca por reparos aumentou em 50%.
Localizada no zona norte de São Paulo, atualmente a empresa de
manutenção e concertos de aparelhos celulares esta sem nenhum seminovo
para venda (um dos nichos de atuação). Há três anos a empresária do ramo de
concerto de celulares havia proibido usados na troca, porque ninguém
comprava. Naquela época as pessoas tinham dinheiro para adiquirir aparelhos
novos. A empresária não tem dúvida de que o fenômeno está relacioando com
o fenômeno da recessão. É reflexo de um menor poder de compra. Quem
precisa apertar o cinto economiza mais mandando concertar do que
comprando um celular novo, uma vez que os modelos custam entre R$ 700,00
e R$ 1,3 mil. Os valores de assistência técnica para celulares variam entre R$
300,00 e R$ 700,00 em caso de concerto de tela quebrada, por exemplo. Mas
também há muita busca por reparo de placas e troca de componentes,
destacando que desde a metada de 2015 um maior número de consumidores
tem procurado também pelo concerto de tablets. Ela aproveita o momento de
alta para investir. A equipe de 30 colaboradores recentemente foi ampliada. Por
enquanto foi contratado apenas mais um atendente, mas eles pensam em
aumentar o número de colaboradores, porque recentemente foi implementado
o serviço de telebusca e com isso a demanda aumentou (FRANCK, 2016).
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CAPÍTULO III
COMO DAR VALOR AGREGADO AO NEGÓCIO E SE
DESTACAR EM TEMPOS DE CRISE
Com ascensão as tecnologias digitais, os consumidores mudaram
muito de comportamento e com isso o jeito de fazer negócio e criar
credibilidade em tempos de crise também mudou. O consumidores de hoje
cada vez mais informados espera que as empresas façam mais do que se
conectar a eles, mais do que satisfazê-los e até mais do que encantá-los, eles
querem participar da empresa dando suas opiniões de alguma maneira. Eles
esperam compartilhar opiniões, para que os próximos consumidores tenham
alguma referência e histórico para se basear e assim por diante.
Quando as empresas pensam no consumidor, elas criam um elo
com o cliente, dando um valor agregado ao serviço ou produto, pois o cliente
não esta comprando apenas o produto quando busca uma loja física, mas sim
ele busca, produto, serviço, pessoal e imagem, ou seja, o ambiente da loja tem
que estar em prefeita sintonia com o tipo do produto oferecido, se tudo estiver
de acordo, será mais fácil criar este elo com o cliente.
Segundo Kotler (2006, p.141) “uma proposta de valor consiste em
todo um conjunto de benefícios que a empresa promete entregar; é mais do
que o posicionamento central da oferta.”
Procurar encantar o cliente é um detalhe que fará a diferença entre o
cliente passar esta experiência positiva para alguem, já quando ele apenas fica
satisfeito, poderá apenas não falar mal. Para que o cliente saia encantado é
necessário ter vendedores mutio bem treinados, mas o que muitas empresas
em tempos de crise fazem é congelar os treinamentos como se fosse um gasto
desnecessário, quando na verdade é um investimento em qualidade, que
poderá diferenciar dos demais concorrentes e trazer muitas indicações dos
clientes encantados.
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3.1. Gestão de qualidade total
De acordo com Kotler (2006) com intúito de maximizar a satisfação
do cliente, muitas empresas viram a importância em encantar o cliente com
seus produtos e serviços e adotaram a “Gestão de qualidade total” (total quality
management) – TQM, procurando maximizar as melhorias de processos,
produtos e serviços da empresa. Quando falamos em qualidade total, isso pode
ser adotado dentro de grandes corporações ou em pequenos comércios locais,
pelo simples fato de que o empreendedor deva ter em mente que a satisfação
do cliente é que irá gerar a próxima venda e assim por diante.
Para o ex-presidente da GE Welch (2006, p.146 apud Kotler, 2006
p.146) “a qualidade é nossa maior certeza de fidelidade dos clientes, nossa
mais forte defesa contra a concorrência estrangeira e o único caminho para o
crescimento e o lucro duradouros”.
A correta identificação das reais necessidades e exigências dos
clientes é o primeiro passo para se ter sucesso como empreendedor,
principalmente com o mercado em crise. Outro ponto importante é cumprir os
prazos estipulados no momento da contratação ou aquisição do produto ou
serviço, pois o cliente espera ser atendido com rapidez, um bom exemplo seria
a compra de um veículo, pois o momento mais importante da venda de um
veículo para o vendedor não é o mesmo momento para o cliente, a glória para
o vendedor é quando concretiza a venda, ja o cliente só irá ter seu momento de
glória quando pegar o seu veículo, que pode demorar até mais de uma
semana, dependedo do que é acordado entre as partes, o importante é que
seja cumprido o que foi acordado, pois ao contrário pode gerar frustrações para
o cliente e uma insatisfação, deteriorando a relação de confiança e
credibilidade com a marca ou a empresa que vendeu. A informação correta
para utilização do produto e assitênca técnica, o pós venda e contato posterior
com o cliente, são contribuições para a melhoria dos produtos e serviços
levando a satisfação do cliente, gerando qualidade e consequentemente
fidelidade e lucratividade.
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Para o novo empreendedor o esforço de marketing tem que ser
ainda maior que as empresas que já estão fuincionando e já tem sua carteira
de clientes. Em épocas de crise, o mais importante é ser lembrado e
conhecido pelos clientes, por isso não se pode economizar em marketing, claro
que direcionando ao seu público alvo para que este esforço de marketing tenha
retorno.
Com o mercado em crise os clientes ficam mais exigentes que o
normal, pois imaginam que se é necessário gastar os recursos que tem em
tempos difíceis, tem que valer a pena e os benefícios tem que ser ainda
maiores, refletindo na satisfação de ter suas necessidades atendidas ou de ter
conseguido pagar um preço obtendo vantagem.
3.2. Vantagem competitiva
A capacidade da empresa se destacar e apresentar um diferencial
perante a concorrência, onde os concorrentes não conseguem alcançar,
chamamos de “vantagem competitiva”, isso pode ser feito através de
promoções, precificação, qualidade, exclusividade, inovação. Toda vantagem
competitiva deve ser vista pelos clientes com vantagem para o cliente, por
exemplo o fato da empresa entregar mais rápido para os clientes que a
concorrência, não será percebida como uma vantagem para o cliente se este
não valorizar raídez.
A percepção de vantagem para o cliente é que irá gerar alto valor de
satisfação, aumentando a recompra, fidelização e lucrativadade para o
empreendedor.
A revolução industrial iniciou uma era de produção em massa, onde
as empresas passaram a fabricar bens padronizados e em escala, já com o
mercado em crise nos dias atuais vemos as empresas retrocedendo e
costumizando muitas vezes produtos ou serviços para seus clientes pelo
simples fato de querer fidelizar e aumentar o número de vendas, claro que em
uma indústria isso é difícil, mas saber ouvir o cliente é primordial para que as
empresas sobrevivam em tempos de crise. Já para o pequeno empreendedor
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iniciante esta é uma grande maneira de se destacar perante a concorrência,
pois cotumizar pode ser um diferencial e uma vantagem competitiva vista pelos
clientes.
Já em uma grande corporação, a ótica é vista de outra maneira,
mesmo que o conceito continue o mesmo, um bom exemplo é a Gillete, ela
concorre com ela mesma, já que as outras são insignificantes, existe uma
grande variação do mesmo tipo de produto, ou seja, lâmina de barbaer, isso
porque o cliente é cada vez mais exigente, e para cada tipo de cliente existe
um tipo de produto, para os mais exigentes que querem qualidade, tecnoligia e
podem pagar mais, existe as lâminas mais caras, já os que priorizam preço
existe as lâminas mais simples, isso é um exemplo de um grande fabricante
que sabe identificar as necessidades do cliente e transformar seus produtos em
vantagem competitiva com relação aso seus concorrentes, podendo cotumizar
mesmo em uma produção em massa.
Quando o empreendedor tem um produto em que o cliente veja uma
vantagem para ele, este cliente estará possivelmente satisfeito comprando este
produto ou serviço, e com isso pode ser um nício de uma grande possibilidade
do empreendedor conseguir encantar e fidelizar este cliente através de
vínculos mais fortes.
3.3. Desenvolvimento de vínculo forte com os clientes
Os clientes hoje em dia, não são mais como no passado onde os
mesmos aceitavam o que viam nos anúncios, com avanço da internet, os
clientes pesquisam mais sobre o produto e compartilha experiências com
outros consumidores, eles estão sempre conectados e com isso eleva o grau
de exigência, pois quando o cliente chega em uma loja física ele já sabe todas
as características do produto, as vezes mais que o próprio vendedor, o que
pode gerar uma frustração se o vendedor não for bem treinado e não
surpreender o cliente no momento da venda.
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Segundo Kotler (2006) o desafio não é deixar os clientes apenas
satisfeitos, pois vários concorrentes fazem isso, e sim, desenvolver um vínculo
forte com eles e com isso fideliza-los.
Para o novo empreendedor neste mercado em crise que pensa em
começar seu negócio e quer ter lucro crescente, deve investir tempo e recursos
na busca por novos clientes através de indicações de outros clientes, mas isso
só acontece quando os clientes indicadores tornam-se fiéis, com essa
perspectiva é que o novo empreendedor deve olhar. Muitas empresas possuem
uma alta rotatividade de clientes, ou seja, conquistam novos clientes, mas
perdem muitos deles, com o mercado em crise isso não pode acontecer, pois o
concorrente tem a oportunidade de fidelizar este cliente, aí a possibilidade de
lucros crescentes diminui a cada cliente indo embora. O melhor método é
entregar um alto grau de satisfação a ele, isso torna mais difícil para os
concorrentes ultrapassar essas barreiras simplesmente oferecendo preço
baixos.
Mais de 96 por cento dos clientes insatisfeitos não reclamam, muitos
apenas deixam de comprar, por isso é importante que o empreendedor tenha
um canal onde o facilite com que o cliente possa reclamar e dar sugestões,
pois só assim a empresa ficará sabendo que errou e que poderá perder estes
clientes se algo não for feito, pois o empreendedor tem a missão de melhorar a
cada sugestão e reclamação feita. Alguns fatos interessantes é que conquistar
novos clientes pode custar cinco vezes mais do que satisfazer e reter os já
existentes, uma redução de 5 por cento do índice de perda de clientes pode
aumentar os lucros de 25 a 85 por cento.
Para desenvolver vínculos fortes com seus clientes o empreendedor
pode dar acrécimo de benefícios financeiros, sociais e vínculos estruturais. Os
programas de frequência de compras é um método bem simples onde o
empreendedor pode dar a seus clientes a fim de que os mesmos retornem a
fazer novas compras, eles são planejados para oferecer recompensa aos
clientes que compra com frequência ou podem vir a comprar a fim de fideliza-
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los. Programas de frequência são vistos como uma maneira de construir um
relacionamento de fidelidade com os clientes.
Já os acréscimos de benefícios sociais são vistos como aumento do
vínculo com os clientes, onde os mesmos sentem-se prestigiados e com
orgulho de fazer parte de uma rede de clientes seletos, como por exemplo
clientes da Harley Davidson. Estes quando procuram a marca, não estão
procurando uma moto para comprar, mas sim um estilo de vida, este
fabricante conta hoje com mais de 650 mil associados. O cliente que compra
uma Harley Davidson ganha um pacote de benefícios juntos a sua moto, como:
uma revista (Hog Tales), um guia de turismo, atendimento de emergência em
rodovias, um programa de seguros especial, descontos em hotéis e um
programa que permite aos associados alugar motos Harley Davidson durante
as férias, além de ter uma rede de filiais onde promovem eventos todos os
finais de semana e encontros para os Harleiros, assim entitulados estes
clientes.
Os acréscimos de vínculos estruturais quer dizer aumentar a
propensão de recompra dos consumidores da empresa, como se fosse um
contrato de longo prazo onde o empreendedor tem que se esforçar diariamente
para que o cliente continue com este contrato vigente, cobrar menos dos
clientes que compram em maior quantidade ou os que compram
frequentemente também é uma estratégia de prolongar este contrato
imaginário.
Para que o empreendedor deste mercado em crise possa
desenvolver tais vínculos fortes com os clientes é necessário engajar todos os
departamentos no planejamento e no gerenciamento do processo de satisfação
e retenção dos clientes, integrar a “vóz do cliente” para capturar suas
necessidades declaradas e as não declaradas em todas as decisões do
empreendedor e do seu negócio, motivar seus colaboradores através de
incentivos de produção e de qualidade perante ao atendimento de excelência,
pois o negócio só irá prosperar se a fidelização dos clientes estiver em primeiro
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plano, para superar a crise é necessário muito mais esforço do que apenas ter
uma boa idéia.
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CONCLUSÃO
Podemos concluir que, ao longo de muitos anos a bases e
definições sobre empreendedorismo são praticamente as mesmas, o que
variam são as ocasiões, tecnologias e oportunidades do momento, e no caso
de nossos estudos, a crise no Brasil. Existem pontos primordiais para
identificarmos os empreendedores, dos que buscam montar algo por simples
desespero afetados pelo alto índice de desmprego gerado pela maior crise dos
últimos tempos no Brasil.
Decorrente dos estudos apresentados baseados em bibliografias
conhecidas vimos que, o bom empreendedor mesmo em tempos de crise
identifica as necessidades geradas e encontra uma lacuna no mercado para
poder empreender. Já os “empreendedores de necessidade” muitas vezes não
conseguem entender as necessidades e por simples vontade abrem um
negócio que não existe demanda ou desejo por conta dos clientes. Em tempos
de crise a sobrecarga de funções é ainda maior sobre os emrependedores,
pois não se pode ter uma grande equipe e sim uma empresa enchuta para que
se possa gerar lucratividade sem grandes custos fixos no início.
Vimos também que para manter o negócio lucrativo principalmente
em meio a crise é necessário além de inovar e conquistar novos clientes é
preciso fidelizar os já existentes, mas para que isso aconteça existem uma
série de pontos que devem ser tratados para que o cliente sinta-se além de
atendios, fiquem encantados, gerando recomendações e recompra.
Para um empreendedor conseguir se destacar em meio a
turbulência deste mercado vimos que é necessário saber aproveitar as
oportunidades que a crise nos mostra, pois existem necessidades a serem
preenchidas basta saber identificar onde estão as brechas do mercado e saber
preenche-las com perceverança, inovação, competência e credibilidade.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
O início do empreendedorismo no Brasil e suas dificuldades 11
1.1. O perfil do empreendedorismo no Brasil 13
1.2. Mentalidade Empreendedora 14
1.3. Características do empreendedor no Brasil 14
1.4. Empreendedor nato e inato 17
CAPÍTULO II
As grandes oportunidades de empreendedorismo em tempos de crise 20
2.1. Os segmentos que mais crescem em tempos de crise 22
2.2. Concertos e pequenos reparos de roupas e calçados 22
2.3. Mercado de Food Trucks 23
2.4. Lojas de bicicletas e acessórios 25
2.5. Oficinas Mecânicas 26
2.6. Revenda de veículos usados 27
2.7. Comercio pela internet (E-commerce) 28
2.8. Restauração de eletro domésticos e eletro eletrônicos 29
CAPÍTULO III
Como dar valor agregado ao negócio e se destacar em tempos de crise 30
3.1. Gestão de qualidade total 31
3.2. Vantagem competitiva 32
3.3. Desenvolvimento de vínculo forte com os clientes 33
CONCLUSÃO 37 BIBLIOGRAFIA 38 ÍNDICE 41
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