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VAZIOS NA CONCRETAGEM (BICHEIRAS) - 1

Os vazios podem afetar a durabilidade e a resistência dasestruturas de concreto, podendo sofrer deformações e atémesmo colapso. As principais causas são as falhasdurante o processo de concretagem (transporte,lançamento e adensamento).

Algumas vezes, porém, a patologia pode ser causada porerro no detalhamento de armadura, neste caso ocongestionamento de armadura retém a brita e deixapassar apenas a argamassa, formando a bicheira na partesuperior do elemento estrutural.

Bicheira em lateral de viga protendida

Os vazios também podem ser originários pela utilização de ag regados graúdos emlocais onde o espaçamento da armadura é insuficiente. As rel ações entre o tamanhomáximo do agregado, dimensões da peças estruturais e distân cias horizontais everticais entre as barras de aço devem respeitar algumas reg ras para que os vaziossejam evitados.

Preventivamente, é preciso garantir a dosagem, lançamento e adensamento adequadodo concreto. A vibração excessiva poderá gerar a segregação de componentes. O tipode vibrador, a freqüência e o tempo dependem da dimensão dos a gregados e dadensidade da armação.

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Bicheira na parte intermediária do pilar

PRINCIPAIS CAUSAS

Dosagem inadequada do concreto: concreto muito fluido e sem coesão, comexcesso de agregado graúdo, excesso de finos, etc.

Lançamento do concreto em alturas superiores a 3 m. Via de reg ra, em pilares quandofor superior a 1,5 m recomenda-se que o concreto seja bombead o.

Bicheira na parte inferior da viga

Erro no detalhamento da armadura: alta concentração de barr as.�

Excesso de vibração (decantação da brita pela maior densida de dentre os componentes.�

Fôrmas mal executadas, sem estanqueidade.�

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VAZIOS NA CONCRETAGEM (BICHEIRAS) - 3

Respeitar o detalhamento da

armadura com base armadura com base na norma técnica

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VAZIOS NA CONCRETAGEM (BICHEIRAS) - 4Uma concretagem difícil requer um concreto de slump elevado (8 ± 1 ou 8 ± 2) , outraopção viável, porém mais cara, seria a utilização de um concr eto autoadensável.

Por serem susceptíveis à formação de bicheiras as juntas fri as devem ser tratadas comhidrojateamento ou apicoamento manual, de forma a diminuir a incidência da falha.

A dosagem inadequada, mais comum quando o concreto possui qu antidadesinsuficientes de argamassa ou muito agregado graúdo.

REPAROS DE BICHEIRAS A primeira coisa a ser fazer é delimitar a falha com o desenho d e umquadrado ou retângulo, a partir daí o material solto deverá s erretirado com um ponteiro e um martelo até que se atinja ou concretoretirado com um ponteiro e um martelo até que se atinja ou concreto“sadio” ou homogêneo. Depois de limpo lavado e saturado, osubstrato deverá ser preenchido, impreterivelmente, com m aterial debase cimentícia e módulo de elasticidade semelhante ao conc retoexistente, isso garantirá a compatibilidade de deformação entre omaterial novo com e o antigo (utilizar produto para criar pon te deaderência entre o material novo e o velho, quando necessário ).O material de preenchimento poderá variar de um simples grau te aum concreto, de acordo com o tamanho do vazio a ser preenchido .Fôrmas do tipo “cachimbo” garantem um bom preenchimento defalhas mais profundas em superfícies verticais, como pilar es.

As pistolas de pressão podem ser ideais para reparar falhas s uperficiais. No concreto enas argamassa, aditivos e adições adequados conferem uma bo a coesão à mistura eaumentam a aderência do material ao substrato.

O material solto deverá ser retirado e a superfície

deverá receber um tratamento específico

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Em obras complexas, como a construção dos túneis daestação de metrôs, o uso de concreto auto-adensávelcontribui, sobremaneira, para a formação de uma estruturamais homogênea.

Nos túneis do corpo da Estação Chácaras Klabin, feitos pelaConstrutora Andrade Gutierrez, o concreto auto-adensávelrecebeu aditivos do tipo policarboxilato (da classe dossuperfluidificantes) para manutenção da trabalhabilidad e. Oplano de concretagem definiu, dentre outras coisas, oplano de concretagem definiu, dentre outras coisas, obombeamento do concreto em camadas na fôrma metálica,que foi vibrada externamente apenas para evitar a formaçãode bolhas de ar.

A opção por um concreto convencional, de traço não auto-aden sável, exigiria métodosdistintos de execução. A fôrma, no caso, deveriam conter jan elas para que a vibraçãoacontecesse pontualmente em diferentes trechos para adens amento total da estrutura.Dessa forma os resultados poderiam ser satisfatórios, mas h averia mais riscos para aformação de bicheiras e fissuras.

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CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL (CAA) - 6

Apesar de mais caro o concreto auto-adensável pode apresent ar vantagens que reduzemo custo final da obra. A partir de um estudo comparativo de sub stituição do concretoconvencional pelo CAA, realizado em 2004 pelos alunos da UFG em edifício residencial,concluiu-se alguns fatos:

A partir das mesmas condições oferecidas para o concretocom fck de 20 MPa constatou-se que a aplicação do CAAsolucionou todos os problemas apresentados anteriormente ,como o aparecimento de bicheiras e o acabamento nãosatisfatório . Além disso a mudança reduziu a mão de obra,satisfatório . Além disso a mudança reduziu a mão de obra,equipamentos e consumo de energia elétrica.

Em razão da maior trabalhabilidade o CAA aumentou avelocidade de execução da estrutura. A média de execuçãode uma laje com o concreto convencional era de quatrohoras, caindo para uma hora e meia com o CAA.

No entanto o custo final da obra acabou ficando 8% acima daque le que seria dispensadocom os métodos tradicionais. Com resistência de 20 MPa o CAA n ão tem boa viabilidadeeconômica por causa dos custos dos aditivos. Porém com fck ac ima de 25 MPa, commaior quantidade de cimento e menor consumo de aditivos, pod e-se obter uma melhorrelação custo-benefício (Eng. André Luis Geyer).

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Com fck de 40 MPa a diferença de preço entre os concretos cai pa ra 1,8% e o custo finalda estrutura ficaria em aproximadamente 5% mais vantajoso p ara o uso de CAA. Para seadequar a NBR 6118 construtoras cada vez mais utilizam concr etos acima de 30 MPa emregiões urbanas, favorecendo a utilização do CAA.

máx. de 60 cm

FÔRMAS / TREINAMENTO E DOSAGENS

Slump Flow Test com espalhamento de 60 cm

No caso da obra em questão não foi necessária qualquer altera ção estrutural para recebero CAA. Quanto aos cuidados, a conferência e a vedação das fôrm as é fundamental, outrocuidado é no preparo do concreto, os aditivos devem ser mistu rados imediatamente antesdo lançamento por um técnico da concreteira, segundo as quan tidades já estabelecidas. Acombinação dos materiais deve ser minuciosa para não compro meter o desempenho.

máx. de 60 cm

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Facilidade no espalhamento e nivelamento.

Fôrmas bem estanques antes do lançamento.

No projeto de estudo foi feito um treinamento de 8 horas e o núm ero de trabalhadores foireduzido de 13 (treze) para 4 (quatro). O controle tecnológi co do CAA são os mesmos parao concreto no estado endurecido, porém, no estado fresco o co ntrole não é feito peloSlump Test mas pelo Slump FLow Test considerando-se como satisfatório umespalhamento de 60 cm a 75 cm.

Mão de obra deve ser treinada para a execução do acabamento.

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RESPONSABILIDADE SOCIALA aplicação do CAA também é adequado para empresas preocupad as com as questõesdos impactos ambientais. Por utilizar os finos na sua produç ão, o CAA é uma boa soluçãopara a utilização do pó de brita que frequentemente não é apro veitado e, quando lançadonos rios causa assoreamento e poluição. No CAA este material substitui até 65% da areianatural, acarretando uma menor exploração das jazidas de ar eia.

Reduz a poluição sonora e redução de energia, visto que dispe nsa a utilização dosadensadores eletro-mecânico.

Isto não significa que o CAA vai substituir o concreto conven cional, pois existe fatias demercado específicas para ambos. Se você vai fechar apenas um buraco, trabalhar comestruturas pouca armadas ou de um acabamento não tão definid o, o CAA não é adequado.


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