Download - 4 Germinação E dormencia
Germinao As Regras para Anlise de Sementes RAS padronizam as anlises entre laboratrios credenciados pelos MAPA no BrasilCaptulo 5 trata do
teste de germinao
Nem todos procedimento podem ser imediatamente para as espcies florestais1. 2. Alta biodiversidade Poucas informaes existentes
transferidos
Sementes florestais x Sementes agrcolas
3.4. 5. 6. 7. 8. 9. 11.
Dificuldades na identificao botnicaProduo irregular Muitas espcies com grande sementes e/ou recalcitrantes Sementes com estruturas especficas de proteo/disperso Muitas necessitam longo tempo de germinao Muitas tem dormncia complexa Tem vida longa: anos - dcadas Temos espcies raras ameaadas de extino
10. Produo pequena - tamanho do lote pequeno
Como Construir um ensaio de germinao Definies Instalao dos testes de germinao Aspectos relacionados germinao Dormncia Conduo dos testes de germinao Clculos, interpretao e informao dos resultados Consideraes Finais
PREPARAO
PARA A GERMINAO
MATERIAIS PARA TESTE DE GERMINAO
Germinadores
MATERIAIS PARA TESTE DE GERMINAO Contadores de sementes
AMOSTRAGEM Caractersticas bsicas da amostra:
Tomada da poro semente pura da anlise de pureza Aleatoriedade
As RAS exigem amostras de 400 sementes, podendo ser divididas em:4 x 100 8 x 50 16 x 25
Para sementes muito pequenas, a amostra pode ser por peso de sementes
O restante da amostra deve ser armazenada para novos testes, caso sejam necessrios
400 sementes... ... para algumas espcies florestais isso muita semente!!!
AMOSTRAGEM
Baixa produtividade Dificuldade de coleta Sementes grandes Sementes de espcies raras e/ou ameaadas de extino Exemplo: Scleronema micranthum (cardeiro)1 Peso da amostra: 35,6 kg (400 sementes) O tamanho dos recipientes para cada uma das 16 subrepeties dever medir 42 x 42 cm, no mnimo.1. Camargo et al. 2008 Guia de Propgulos e Plntulas da Amaznia. Vol 1. Manaus; editora INPA. 168p.
SUBSTRATO Substrato tem a funo de prover o ambiente de germinao das sementes e desenvolvimento das plntulas
Recomendados pelas RAS: PAPEL AREIA SOLO - no recomendados para testes rotineiros pela dificuldade de estoques padronizados.
SUBSTRATO - PAPEL Tipos: de filtro, Papel germitest,
Pode ser usado das seguintes formas:SOBRE PAPEL (SP)
Entre papel (EP)
Rolo de papel (RP)
SUBSTRATO - PAPEL
PAPEL PLISSADO (PP)
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Especificaes dadas pelas RAS Deve ser esterilizada antes do usoPode ser usada das seguintes formas:SOBRE AREIA (SA) ENTRE AREIA (EA)
SUBSTRATO - AREIA
SUBSTRATO - VERMICULITA
VERMICULITA embora no citada pelas RAS, amplamente utilizadapelo setor florestal Boa capacidade de absoro e reteno de gua, aerao e possibilita bom desenvolvimento das plntulas Pode ser usada das seguintes formas: SOBRE VERMICULITA ENTRE VERMICULITA
ESPAAMENTO E SEMEADURA Uniforme e suficiente para permitir boa aerao entre as sementes, minimizar a competio e contaminao entre as sementes e evitar o entrelaamento das plntulas Deve-se levar em considerao o aumento do volume de algumas sementes 1,5 a 5,0 vezes o tamanho da semente
GERMINAO
GERMINAO a retomada do crescimento do embrio que se inicia com a embebio. A finalizao pode ser:
Fisilogos: protruso de parte do embrio, usualmente, a
raiz
primriaTecnologistas: formao de plntula normal com garantia de desenvolvimento
As RAS definem como sendo a emergncia e desenvolvimento de estruturas essenciais do embrio demonstrando sua aptido em
formar uma planta normal sob condies favorveis
Para que a semente germine so necessrias as seguintes condies: semente vivel; semente livre de dormncia; condies ambientais favorveis; condies mnimas de fitosanidade. O processo de germinao se encerra quando as razes j tem poder de absorver sais do solo e as folhas de realizar a fotossntese pela absoro de luz e CO2.
GERMINAO
Fatores inerentes ao ambiente:
gua Oxignio
Temperatura
Luz
Para que ocorra a germinao, o metabolismo das sementes deve estar ativo... ...sendo a gua fator determinante Durante o final do perodo de maturao... Sementes tolerantes ao dessecamento (ortodoxas) passam por secagem
ainda na planta-me e so dispersas com baixo teor de gua (5 10 %bu) Sementes sensveis ao dessecamento (recalcitrantes) no passam por secagem e so dispersas com alto teor de gua (50 70 % bu)
A) FASE I: EMBEBIO REATIVAO DO METABOLISMO Entrada de gua: 8 a 16 horas; Incio Respirao Incio Digesto das Reservas: sntese e atividade enzimas B) FASE II: PROCESSO BIOQUMICO PREPARATRIO / INDUO DO CRESCIMENTO Digesto Respirao Translocao AssimilaoII: C) FASE III: CRESCIMENTO Formao da plntula
EMBEBIO Possui um padro tipicamente trifsico
Fase III Peso Fresco
Fase II
Fase I
Tempo
EMBEBIO entrada de gua no interior da semente A embebio condio essencial para a germinao por atuar nessa retomada das atividades fisiolgicas das sementes
A velocidade do processo de embebio depende de fatores como:
disponibilidade de gua natureza do tegumento composio qumica da semente temperatura
OXIGNIO
A exigncia de oxignio pela semente aumenta aps a primeira fase deembebio devido ativao do metabolismo
Baixa disponibilidade de oxignio pode retardar a germinao A maioria das espcies no exigem concentraes maiores que 10%, facilmente suprida pela atmosfera (com cerca de 20% de oxignio)1 Espaamento de 1,5 a 5 vezes o tamanho das sementes
1. Marcos Filho, 2005. Fisiologia de Sementes de Plantas Cultivadas. Piracicaba: Fealq. 495p
TEMPERATURA Assim como todo processo biolgico, a germinao influenciada pela temperatura... Afeta, por exemplo: A respirao das clulas A velocidade de embebio Velocidade das reaes fisiolgicas Superao de dormncia Induo de dormncia secundria Desta forma, a temperatura influencia na porcentagem, velocidade e uniformidade da germinao
TEMPERATURA Temperatura tima = mximo de germinao em menor tempo
Geralmente est relacionada com temperatura do habitat natural nomomento do evento
Temperatura
Tempo de germinao
Germinao
LUZ Para espcies pioneiras da regio de Manaus apresentam padro semelhante 1
Bellucia grossularioides
1,00
Isertia hypoleucaVismia cayennensis Cecropia sciadophylla Jacaranda copaia Croton lanjouwensis Byrsonima chrysophylla
1,000,92 1,00 1,00 0,74 0,70
1. Aud 2008 Efeito de luz, temperatura e fumaa na germinao de sementes de espcies pioneiras na Amaznia Central Dissertao INPA PPG Ecologia PPG-BTRN 58p.
TIPOS DE GERMINAOClassificao em quatro aspectos distintos:
local de protruso da radcula e da parte area posio dos cotildones relativa a superfcie exposio dos cotildones da semente forma e funo dos cotildones
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TIPOS DE GERMINAO1. Local de protruso da radcula e da parte area
Unipolar - a protruso do embrio ocorre em somente um lado da semente, na regio
da micrpila
Bipolar - a raiz e a parte area emergem em lados opostos da semente. Nestas o hipoctilo o rgo de armazenamento e os cotildones so rudimentares ou ausentes32
ESTRUTURAS ESSENCIAIS permitem que uma plntula possa se desenvolver at a formao de uma planta normal. Inclui o sistema radicular e a parte rea
Primeiras Folhas Epictilo Cotildones Hipoctilo Raiz primria Razes secundrias
DEFINIES
PLNTULA NORMAL apresentam capacidade de desenvolvimento em uma planta normal sob condies favorveis
PLNTULA ANORMAL apresentam defeitos que impossibilitam o desenvolvimento em uma planta normal, favorveis34
mesmo
que
sob
condies
SEMENTES NO GERMINADAS Podem ser: Sementes duras no embebem durante o teste Sementes dormentes embebem, mas no germinam
devido algum tipo de dormncia Sementes mortas
TIPOS DE GERMINAO
Posio dos cotildones relativa posio da semeaduraHipgea (H) - os cotildones permanecem na altura da semeadura, quer dizer no h crescimento do hipoctilo;
Epgea (E) - o crescimento do hipoctilo eleva os cotildones acima do solo
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TIPOS DE GERMINAO 3. Exposio dos cotildones da semente Criptocotiledonar (C) - os cotildones permanecem no interior da semente
Fanerocotiledonar (P) - os mesmos emergem da semente
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DORMNCIA
A dormncia o processo que distribui a germinao no tempo como resultado da estratgia evolutiva das espcies.Dormncia germinao no ocorre mesmo em condies favorveis gua Oxignio
Temperatura
Luz uma caracterstica da semente40
DORMNCIA Tem funo ecolgica Permite que a semente reconhea se o ambiente favorvel germinao e sobrevivncia Evita germinao ainda na planta-me Sincroniza favorveis a germinao com ambientes e clima
Distribui a germinao ao longo do tempo
O tipo de dormncia est intimamente vinculado com o habitat da espcie e s condies ambientais na poca
da disperso41
DORMNCIA Muitas espcies florestais possuem sementes dormentes?8%
dormente 23%
Processo complexo e com muitas interaes => muitos aspectos ainda
precisam ser esclarecidosno dormente 69 %
Classificao de 60 espcies de interesse madeireiro ocorrendo em floresta primria de terra-firme perto de Manaus 1
1. FERRAZ et al. 2004. Acta Amazonica. 34 (4) 621-633
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DORMNCIA Pode ser classificada por trs aspectos: Primria Secundria
1. Momento
2. Local
EndgenaExgena Fsica
Qumica3. Causa Mecnica
FisiolgicaMorfolgica44
DORMNCIA FSICA Causa: Impermeabilidade do tegumento gua
Relativamente comum em muitas espcies florestaisSuperao: Tornar o tegumento permevel gua Escarificao qumica
Escarificao mecnica
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DORMNCIA MECNICA Causa: estruturas externas ao embrio impedem mecanicamente sua
expanso e, consequentemente, sua protrusoPode ser confundida com dormncia fsica, porm as sementes conseguem embeber
Superao: enfraquecer a resistnciamecnica do tegumento
DORMNCIA FISIOLGICA Causa: processos fisiolgicos no embrio que bloqueiam a germinao Superao: permitir que os eventos fisiolgicos para germinao ocorram, pode ser: Pr-esfriamento
Pr-aquecimento Armazenamento em locais secos Irrigao do substrato com Nitrato de Potssio (KNO3) Irrigao do substrato com cido giberlico (GA3) Germinao sob baixas temperaturas Luz
DORMNCIA MORFOLGICA
Causa: sementes dispersas com embrio ainda imaturo
Superao: permitir que o embrio termine seu desenvolvimento e
alcance a maturidade
Deve-se atentar ao ambiente de armazenamento, pois, sementes recalcitrantes tropicais, podem perder a viabilidade em temperaturas < 15C
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Qual tipo de germinao apresenta esta plntula?
Phaseolus sp
http://botit.botany.wisc.edu/images/