Download - 5- Relat-rio de Fisica Experimental II
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II
(CAMPO ELÉTRICO)
HEDHIO LUIZ FRANCISCO DA LUZ – RA: 29148
JOSÉ EDUARDO PADILHA DE SOUSA – RA: 29149
ROBERTO ROSSATO – RA: 29158
FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL II – TURMA: 31
MARINGÁ
SETEMBRO DE 2003
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 2
CAMPO ELÉTRICO
1 - RESUMO
Neste experimento vamos traçar as equipotenciais de um campo elétrico, em
uma cuba eletrolítica e determinar o campo elétrico, em módulo, direção e sentido,
devido a algumas distribuições de cargas elétricas, em seguida analisaremos o potencial
e o campo no interior de um anel metálico, isolado.
2 - INTRODUÇÃO
Um meio de explicar a força eletrolítica entre cargas é supor que cada carga
cria um campo elétrico no espaço ao seu redor. A força eletrostática exercida sobre
qualquer uma das cargas deve-se, portanto, ao campo elétrico criado no local da carga
considerada por todas as outras cargas.
Entre as muitas conseqüências práticas do conceito de campo eletromagnético,
citamos a invenção do rádio, o desenvolvimento do radar, da televisão e do forno
microondas, e um conhecimento amplo de um grande número de dispositivos
eletromagnéticos, tais como, motores, geradores e transformadores.
3 - TEORIA
Suponhamos que se fixe, num determinado ponto, uma partícula com carga
positiva , e, a seguir, coloquemos em suas proximidades uma segunda partícula
também positivamente carregada, . De acorda com a lei de Coulomb, sabemos que
exerce uma força eletrostática repulsiva sobre , e, com dados suficientes poderíamos
determinar o módulo, a direção e o sentido dessa força. O campo elétrico é a forma de
que a partícula sente a presença de .
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 3
Em qualquer ponto P desse espaço, o campo tem módulo, direção e sentido. O
módulo depende do módulo de q1 e da distancia entre P e q1. A direção e o sentido
dependem da direção da reta que passa por e P e do sinal elétrico de . Assim,
quando colocarmos no ponto P, interage com através do campo elétrico
existente em P.
O campo elétrico é definido, em qualquer ponto, em termos da força
eletrostática que seria exercida sobre uma carga teste positiva colocada naquele
ponto:
(1)
O campo elétrico é um campo vetorial: ele consiste em uma distribuição de
vetores, um para cada ponto na região ao redor de um objeto carregado, ou seja, para
definir o campo elétrico em alguma região, devemos medi-lo em todos os pontos da
região.
LINHAS DO CAMPO ELÉTRICO
A relação entre as linhas do campo e os vetores campos elétricos é a seguinte:
Em qualquer ponto, a direção de uma linha retilínea do campo ou da
direção da tangente a uma linha curva do campo dá a direção de
naquele ponto.
As linhas do campo são desenhadas de modo que o número de linhas
por unidade de área de um plano perpendicular às linhas seja
proporcional ao módulo de .
Assim sendo, nas regiões em que as linhas são próximas, é grande, e
nas regiões em que elas estão afastadas, é pequeno.
As linhas do campo elétrico se entendem apontando para fora de uma
carga positiva e para dentro de uma carga negativa.
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 4
CAMPO CRIADO POR UMA CARGA PUNTIFORME
O módulo do campo elétrico criado por uma carga puntiforme q0 a uma
distancia r da carga vale:
(2)
O campo elétrico aponta radialmente para fora da carga puntiforme se ela
for positiva e radialmente para dentro se ela for negativa.
CAMPO CRIADO POR UMA CHAPA INFINITA CONDUTORA
O módulo do campo elétrico criado por uma chapa condutora com uma
densidade de carga constante vale:
(3)
O campo elétrico é perpendicular ao plano da chapa e aponta para fora da
chapa se ela for positiva e para dentro se ela for negativa.
CAMPO DENTRO DE UM CONDUTOR ISOLADO
Qualquer carga colocada em um condutor isolado se moverá inteiramente para a
superfície do mesmo. Nenhum excesso de carga será encontrado dentro do condutor ou
sobre uma cavidade interna. Portanto, o módulo do campo elétrico dentro desse
condutor é , e o campo resultante na superfície do condutor é perpendicular a ele.
4 - PARTE EXPERIMENTAL
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 5
Para esta experiência foram utilizadas placas metálicas, um anel metálico, uma
cuba de vidro, papel milimetrado, um pouco de água, cabos de ligação, uma fonte de
alimentação DC variável com precisão de ± 0,1V da marca DAWER, um multímetro
digital marca Minipa modelo ET-1502, caneta, caderno e calculadora.
Foram montadas três configurações diferentes para a cuba eletrolítica,
conforme a Figura 1, e com a fonte foram polarizados os eletrodos e as placas
metálicas.
Figura 1 – Configurações da Cuba Eletrolítica
Na primeira parte colocou-se água na cuba de vidro, duas placas metálicas
foram suspensas pela borda da cuba e dois eletrodos foram colocados em contado com a
água. A fonte foi ligada e ajustada para 22V entre as placas e, conseqüentemente, entre
os eletrodos. Ligou-se o cabo comum do multímetro ao polarizador negativo, e com a
ponta positiva mediu-se o potencial nos diversos pontos do papel milimetrado colocado
abaixo da cuba (de A1 até P16).
Na segunda parte retiraram-se as duas placas metálicas, e mergulharam-se
outros suportes metálicos diretamente na água. A fonte foi ligada e ajustada para 25V
entre as placas. Ligou-se o cabo comum do multímetro a placa polarizada negativa, e
com a ponta positiva mediu-se o potencial nos diversos pontos do papel milimetrado
colocado abaixo da cuba (de A1 até H8).
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 6
Na terceira parte acrescentou-se um anel metálico no centro da cuba e com
o multímetro mediu-se o potencial nos diversos pontos do papel milimetrado colocado
abaixo da cuba (de A1 até P16).
5 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
As tabelas a seguir mostram os valores dos potenciais medidos durante a
experiência. Na primeira parte a fonte foi ajustada para 22V, já para as duas últimas ela
foi ajustada para 25V.
Note que, com as medidas dos potenciais, foi possível determinar as
superfícies eqüipotenciais e, com isso, determinar o campo elétrico formado pelas
cargas. As linhas eqüipotenciais foram esboçadas sobre a Figura 2.
Tabela 1 – Medidas do Potencial, em Volts(V), da Primeira Parte
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Tabela 2 – Medidas do Potencial, em Volts(V), da Segunda Parte
Tabela 3 – Medidas do Potencial, em Volts(V), da Terceira Parte
A Figura 2 representa um esboço das superfícies eqüipotenciais traçadas de
acordo com os dados colhidos no experimento. Como as linhas do campo elétrico são
perpendiculares às linhas eqüipotenciais, da para se ter uma idéia de como são as linhas
de campo no experimento.
Figura 2 – Esboço das Superfícies Eqüipotenciais
RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL II 8
6 - DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
Durante a experiência conseguiu-se demonstrar o campo elétrico com sucesso,
conforme previa a teoria exposta para cargas puntiformes e chapas condutoras.
Observando-se que as linhas de forças são perpendiculares às superfícies eqüipotenciais.
Na primeira parte, no caso das pontas metálicas que estavam parcialmente
imersas, as superfícies eqüipotenciais nos mostram semicírculos.
Na segunda parte, no caso das placas paralelas, as superfícies eqüipotenciais
são linhas retas paralelas as placas.
Quando introduzido um anel condutor em um campo elétrico uniforme
produzido por placas paralelas, verificamos que há uma indução de cargas na superfície
deste anel, e que no seu interior surgirá um campo de módulo igual e sentido opostos,
ao campo produzido pelas placas, portanto igual a zero. Por isso observamos que o
potencial no interior do anel deve ser constante. Embora no experimento o potencial
dentro do anel não fosse constante, ele ficou muito próximo disso, variando de menos
de um volt a uma distância de seis centímetros.
Observamos também, que as superfícies eqüipotenciais após a introdução do
anel passaram de linhas retas para curvas, isto também foi previsto, já que o campo deve
ficar perpendicular à superfície condutora. Ou seja, as superfícies eqüipotenciais devem
ser paralelas ao anel condutor. Observa-se essa tendência na Figura 2.
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7 - OUTRAS FONTES DE CONSULTA
1 HALLIDAY, D., RESNICK, R. Fundamentos de Física 3. Rio de Janeiro: LTC,
1991, 300p.
2 ANDREY, J. M. Eletrônica básica : teoria e prática. São Paulo: Rideel, 1999,
425p.
8 - OUTRAS FONTES DE CONSULTA
1 http://www.fisica.ufmg.br
2 http://www.fisica.ufc.br
3 http://www.fis.uc.pt
4 http://www.if.ufrj.br
5 http://www.if.sc.usp.br
6 http://www.if.ufrgs.br
7 http://www.fisica.ufsc.br
8 http://www.dfi.uem.br
9 http://webfis.df.ibilce.unesp.br/cdf
10 http://www.ifi.unicamp.br
11 http://www.if.usp.br