Download - A Dor No Doente Com Ferida
A dor no doente com ferida por
Anbal JustinianoCirurgio Geral Presidente da Associao Portuguesa de Tratamento de Feridas Prof. Adjunto do Instituto de Cincias da Sade da Universidade Catlica Portuguesa
DOR no Doente com Ferida
A cicatrizao das feridas est alterada
A qualidade de vida dos doentes afectada.
DOR
A dor um sintoma, no
um sinal .Di, no di ?
A dor no um parmetro independente .Bill Stott
DOROrigemPoena ( latim ) Tormento, punio, castigo Definio Experincia sensorial e emocional desagradvel relacionada com uma leso real ou possvel num tecido ou descrita como um dano desse tipo. International Association for the Study of Pain
Antomofisiologia da DorCorno posterior Raiz posterior Gnglio espinal
AGRESSO Pele Msculos Vsceras Serotonina Histamina Prostaglandinas Potssio
Corno anterior
Raiz anterior
Feixe espinotalmico
Temperatura
DorTacto Presso
Receptores sensitivos da pele e tecido celular subcutneoEPIDERME ----------------- Clulas de Merkel.Tacto prolongado
DERME------------------------ Corpsculos de Meissner..Tacto mais fino
Corpsculos de Kraus.................. Frio
Tecido celular subcutneo
Corpsculos de Ruffini. Calor Corpsculos de Vater Pacini ...Vibrao Deformao mecnica
Antomofisiologia da Dor
Feixe espinotalmico directo - dirige-se directamente ao tlamo.Feixe espinotalmico indirecto - estabelece ligaes com o troncocerebral, antes de atingir o tlamo.
Antomofisiologia da Dor
O hipotlamo o regulador biolgico O tlamo o limiar da conscincia O crtex cerebral elabora a resposta consciente
Medo DORAnsiedadeEstmulos conscientes associados com a agresso
T.A.
HIPOTLAMOCatecolaminas
Citoquinas
Glucagon Glicognio
( adrenalina, noradrenalina )
CortisolMsculo
Insulina
Gordura
Glicose
Protenas
Tipos de DorDor nociceptiva Resposta fisiolgica apropriada a um estmulo doloroso.Di, no di ?
1. Aguda - Consequncia de deterioraotecidular, podendo ser limitada no tempo.
2. Crnica Inflamao persistentea) Hiperalgesia primria Dor na feridaBill Stott
b) Hiperalgesia secundria Dor na pele adjacente
Tipos de DorDor neuroptica Resposta inadequada provocada por :Di, no di ?
1. Leso primria - Leso nervosapor: a) Trauma, b) Infeco, c) Alterao metablica, d) Cancro.
Tipos de DorDor neuroptica Resposta inadequada provocada por : 2. Disfuno do sistema nervosoRelacionada com sensaes alteradas ou desagradveis. - ALODINIA
DORCausas Dor de fundo Dor em repouso:1. Contnua 2. Intermitente - Factores locais da ferida : - Isquemia. - Infeco. - Macerao.
- Patologia relevante:- Neuropatia diabtica. - Doena vascular perifrica. - Artrite reumatide. - Alteraes dermatolgicas.
DORCausas Dor ocasional:- Com a mobilizao, - Com a tosse - Com a deslocao do penso.
Dor durante o penso- Ao retirar o penso, - Na limpeza da ferida - Na aplicao de novo penso.
Dor operatria Por seco de tecidos ou manipulaoprolongada.
DOR no Doente com FeridaAvaliao inicial1. Histria da dor ( dor de fundo, ocasional,tratamento, operatria? )
2. Localizao.
3. Experincia anterior de dor. 4. Significado da dor para o doente. 5. Impacto na qualidade de vida diria
DOR no Doente com FeridaEscalas de Registo
DOR no Doente com Ferida
Avaliao contnua Antes Durante Aps
DORInqurito Internacional a Profissionais de SadePasFrana Canad Finlndia Inglaterra USA Sua Sucia Espanha ustria
N de profissionais1672 413 404 373 315 183 162 136 108
DinamarcaAlemanha
7775
Total
3919CJ Moffatt, PJ Franks, H Hollinworth, EWMA, 2002
DORMudana de Penso Evitar o traumatismo da ferida
Evitar a dor Evitar a infeco Evitar a leso cutnea Outras
CJ Moffatt, PJ Franks, H Hollinworth, EWMA, 2002
DOR no Doente com FeridaFactores contribuem para a dor
DORMudana de Penso- Factores que contribuem para a dor Penso seco Produtos que aderem Pensos adesivos Limpeza Experincia prvia Medo de magoar
Penso de gaze
CJ Moffatt, PJ Franks, H Hollinworth, EWMA, 2002
DORIntensidade lceras de perna Queimaduras superficiais Feridas infectadas lceras de presso Cortes e abrases Feridas cavitadas
Feridas fungidesCJ Moffatt, PJ Franks, H Hollinworth, EWMA, 2002
DORMudana de Penso Gaze Gaze gorda
Pensos filme Gaze parafinada Compressas de baixa aderncia Hidrocolides Pensos de espuma Silicone Algnatos
Hidrofibras HdrogelCJ Moffatt, PJ Franks, H Hollinworth, EWMA, 2002
DORConhecimento do material de penso pelos profissionais de sade
Alemanha83%Finlndia.73% Suissa...73% U.S.A46% Frana..39% Dinamarca19%CJ Moffatt, PJ Franks, H Hollinworth, EWMA, 2002
DORLiberdade de escolha de penso pelos profissionais de sade * Inglaterra62% ustria.52% Sucia...51% Sua30% Alemanha.29% Canad.25%
* - Dependente do sistema de reembolso dos diferentes PasesCJ Moffatt, PJ Franks, H Hollinworth, EWMA, 2002
Atitudes prticas para eliminar a dor no Tratamento das Feridas
Promover o conforto e o bem estar do doente.
Fazer o penso no pico mximo do efeito do analgsico administrado.
Fazer o penso quando o doente estiver psicolgicamente preparado
Atitudes prticas para eliminar a dor no tratamento das feridas
Promover o conforto e o bem estar do doente.
DorFazer o penso no pico mximo do efeito do analgsico administrado.
Escala Analgsica da O.M.S.1 Degrau No opiide + adjuvante(cido acetilsalicclico, Paracetamol, Ibuprofeno, Diclofenac, Indometacina, Ceterolac, Naproxeno, Tenoxicam, Piroxicam, Celecoxib, Rofecoxib)
2 Degrau
Opiide para dor ligeira a moderada.(Codena, Dihidrocodena, Tramadol)
3 Degrau Opiide para dor moderada a grave.(Petidina, Buprenorfina, Fentanil, Morfina)
Atitudes prticas para eliminar a dor no tratamento das feridas Fazer o penso quando o doente estiver psicolgicamente preparado
1 Atitudes Prticas para Eliminar a Dor no Tratamento das Feridas Limpeza da feridaTemperatura ambiente adequada; Proteger as margens da ferida; Utilizar solutos aquecidos; Evitar o uso de agentes tpicos citotxicos e qumicos agressivos Irrigao das feridas limpas a baixa presso; Irrigao das feridas infectadas a presso elevada;
2
Atitudes Prticas para Eliminar a Dor no Tratamento das Feridas
Limpeza da feridaRemover o tecido necrtico com o mtodo de desbridamento mais adequado; Controlar o exsudato, mantendo a cicatrizao em ambiente hmido .
Utilizar o penso mais adequado a cada ferida e ao seu estado de cicatrizao.