UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
PEDAGOGIA
Juliana Thais De Oliveira
Letícia Reia
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO REGULAR
LINS – SP
2017
JULIANA THAIS DE OLIVEIRA
LETÍCIA REIA
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO
REGULAR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Pedagogia, sob a orientação da Profª Ma Fatima Eliana Frigatto Bozzo.
LINS – SP
2017
Oliveira, Juliana Thais; Reia, Letícia; A Inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular / Juliana Thais de Oliveira; Letícia Reia – – Lins, 2017.
54p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Pedagogia, 2017.
Orientador: Fatima Eliana Frigatto Bozzo
1. Deficiência Intelectual. 2. Inclusão. 3. Ensino Regular. I Título.
CDU 37
O47i
Juliana Thais de Oliveira
Letícia Reia
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIENCIA INTELECTUAL NO ENSINO
REGULAR
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium para obtenção do título de graduação
do curso de Pedagogia.
Aprovado em ________/________/________
Banca Examinadora:
Prof(a) Orientador(a): Prof.ª Ma Fatima Eliana Frigatto Bozzo
Titulação: Mestre em Odontologia - Saúde coletiva - Universidade do Sagrado
Coração - USC - Bauru.
Assinatura: _________________________________
1º Prof(a): Drª Fabiana Sayuri Sameshima
Titulação: Doutora em Educação pela UNESP/Marília
Assinatura: _________________________________
2º Prof(a): Daniela da Silva Garcia Regino
Titulação: Enfª Mestre pela Universidade de Guarulhos/ Guarulhos – SP
Assinatura: _________________________________
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho as minhas irmãs Tatiana Oliveira e Cristiana Oliveira, que
me apoiaram nesses quatro anos de faculdade, me ajudando e torcendo por
mim!
A memória da minha mãe Vera Lucia de Oliveira, que enquanto estava presente
sempre acreditou que eu conseguiria chegar a esse momento e conquistar meu
sonho!
A minha família, por sempre estarem torcendo pra mim, mesmo estando longe!
Aos meus professores, em especial a Professora, Orientadora Fatima, pelos
conselhos, broncas e pela linda amizade! Sentirei saudades!
Juliana Thais de Oliveira
Dedico esse trabalho aos meus pais por sempre acreditar na minha
potencialidade, sempre estar me apoiando em qualquer dificuldade, sempre
estar torcendo por mim, pelas minhas conquistas.
Aos meus irmãos, principalmente minha irmã querida, que sempre me apoiou e
acreditou na minha capacidade.
Dedico também ao meu amigo e namorado por estar sempre do meu lado,
com muita paciência, compreensão, por segurar as pontas comigo, me aguentar
nos dias das crises loucas minhas. E por acreditar em mim.
E também a minha querida Professora, Orientadora Fatima, que esteve comigo
nessa longa caminhada, obrigada por tudo, pelas broncas e pela amizade.
Letícia Reia
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus acima de todas as coisas, pois sei que sem ele nada disso
seria possível e por toda força que me deu durante essa jornada de quatro
anos!
Agradeço a minha família por todo o apoio, em especial minhas irmãs!
Agradeço a família Dombelle, que a partir do momento que os conheci,
sempre me apoiaram e oraram pelos meus estudos e pela minha vida!
Agradeço a todos os professores, em especial a professora e orientadora
Fatima por toda dedicação e orientações durante a execução desse trabalho
e durante todo o curso!
“Porque dele, por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois a
gloria eternamente. Amém” (Romanos 11: 36)
Juliana Thais de Oliveira
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus em primeiro lugar, acima de todas as coisas, porque sem
ele nada disso tinha acontecido, e por toda força que ele me deu durante
esses anos.
Agradeço aos meus pais, e irmãos que sempre me deram forças para me
ajudar no que sempre precisei e sempre estiveram a minha disposição para
tudo.
Agradeço ao meu namorado que sempre esteve do meu lado, nos dias difíceis
da minha caminhada. Sempre estando a minha disposição em tudo que
precisei.
Em especial a professora e orientadora Fatima, por todo auxilio,
orientações. Vou sentir muita falta de todos os momentos de alegria e de
descontração na sala de aula.
“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que
vence o mundo: a nossa fé”. 1João: 5:4
Letícia Reia
EPIGRAFE
RESUMO
Crianças com deficiências são como quaisquer outras crianças, com capacidade de avançar e dificuldades a serem superadas. Portanto toda criança tem direito à educação. Porém, para que o aluno com deficiência intelectual seja realmente incluído no ensino regular, a escola deve estar preparada e os docentes capacitados para receber os alunos, pois o professor tem um papel de suma importância na evolução desses alunos. Incluir as crianças com deficiência em uma sala do ensino regular aumenta suas oportunidades, desde que realmente haja a inclusão, tornando a criança mais autônoma e capaz de participar ativamente da sociedade, pois conviver com outras crianças normais irá fazer com que ela se desenvolva com mais facilidade. Sendo assim, o objetivo desse trabalho é conhecer a importância da inclusão de alunos com deficiência intelectual no ensino regular. Por meio de um questionário mostrou-se o olhar dos docentes para com a inclusão de alunos com deficiência intelectual, verificando seus sentimentos pelo ato de incluir e as estratégias utilizadas por eles. Desta forma, a conclusão que se chegou após a pesquisa, foi de que há profissionais que ainda não estão preparados para atender esses alunos, outros que nem acreditam que é possível haver inclusão em sala regular e, uma parte, que acredita, mas ainda encontra dificuldades, pois falta capacitação, mostrando, assim que não estão prontos, apesar de acreditarem, o que já é um grande avanço, já que antes e ,em alguns casos atuais há os que ainda não acreditam. Incluir é mais que integrar, incluir é aceitar, conviver, ajudar nas dificuldades e tornar-se igual diante das diferenças, pois o mundo é feito de diferenças e, saber conviver com elas, é crucial.
Palavra-chave: Deficiência Intelectual. Inclusão. Ensino Regular.
ABSTRACT Children with disabilities are like any other children, with the ability to move forward and difficulties to overcome. Therefore every child has the right to education. However, in order for the student with intellectual disabilities to be included in regular education, the school must be prepared and the teachers should be able to receive the students, since the teacher plays a very important role in the evolution of these students. Including children with disabilities in a regular classroom increases their opportunities, provided there is actually inclusion, making the child more autonomous and able to actively participate in society, because living with other normal children will cause it to develop with more facility. Therefore, the objective of this work is to know the importance of the inclusion of students with intellectual disabilities in regular education. Through a questionnaire, the teachers' view of the inclusion of students with intellectual disabilities was verified, verifying their feelings by including them and the strategies used by them. In this way, the conclusion reached after the research was that there are professionals who are not yet prepared to attend these students, others who do not even believe that it is possible to be included in a regular classroom, and a part that believes, but still finds difficulties, because they lack training, showing, so they are not ready, although they believe, which is already a great advance, since before and in some cases today there are those who still do not believe. To include is more than to integrate, to include is to accept, to live, to help in the difficulties and to become equal before the differences, because the world is made of differences and, knowing to live with them, is crucial. Keyword: Intellectual Disability. Inclusion. Regular education.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Resposta da Pergunta nº1 dos Professores...................................30
Figura 2- Resposta da Pergunta nº 2 dos Professores .................................31
Figura 3- Resposta da Pergunta nº3 dos Professores...................................32
Figura 4- Resposta da Pergunta nº4 dos Professores...................................33
Figura 5- Resposta da Pergunta nº5 dos Professores..................................34
Figura 6- Resposta da Pergunta nº6 dos Professores...................................35
Figura 7- Resposta da Pergunta nº7 dos Professores...................................36
Figura 8- Resposta da Pergunta nº8 dos Professores...................................37
Figura 9-Resposta da Pergunta nº9 dos Professores....................................38
Figura10-Resposta da Pergunta nº10 dos Professores.................................39
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Atuação profissional......................................................................31
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ONU- Organizações das Nações Unidas
AAMD- American Association of Mental Deficincy
DI- Deficiência Intelectual
CIDID- classificação Internacional de deficiências, Incapacidades e
Desvantagens.
QI- Quociente de Deficiência
DSM-IV-T2- Manual Diagnostico de transtornos mentais
ART- Artigo
MEC- Ministério da Educação
SEESP- Secretaria de Educação Especial
SP-São Paulo
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 12
CAPÍTULO I – DEFICIENCIA INTELECTUAL: HISTORIA CONCEITOS,
IMPLICAÇÕES ................................................................................................ 14
1 HISTORIA DA DEFICIENCIA INTELECTUAL ............................................. 14
2 CONCEITO E IMPLICAÇÕES DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ............. 15
CAPÍTULO II – INCLUSÃO: CONCEITO, HISTÓRIA E ESTRATÉGIAS PARA A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ................. 22 1 CONCEITO DE INCLUSÃO ....................................................................... 22
2 HISTÓRIA DA INCLUSÃO ......................................................................... 22
3 INCLUSÃO DO ALUNO DEFICIENTE INTELECTUAL ............................. 24
CAPÍTULO III – A PESQUISA ........................................................................ 31
1 METODOLOGIA ..................................................................................... 31
CONCLUSÃO....................................................................................................42
REFERÊNCIAS............................................................................................... 44
APÊNDICE...................................................................................................... 48
12
INTRODUÇÃO
A deficiência intelectual, de todas as deficiências, é a mais frequente e a
mais grave de todos, por afetar o indivíduo no que ele tem mais precioso: a sua
inteligência. Pensando nisso, essa pesquisa foi realizada com o intuito de
compreender a importância da inclusão do aluno com Deficiência Intelectual no
ensino regular e também a visão dos docentes no que diz respeito a essa
inclusão.
O sucesso da inclusão escolar vai depender, em grande medida, do
trabalho pedagógico do professor da classe comum, pois este deve ser
qualificado para responder as necessidades diferenciadas de seus alunos,
propondo situações de ensino-aprendizagem satisfatórias para todos: "Uma
política de formação de professores é um dos pilares para a construção da
inclusão escolar, pois a mudança requer um potencial instalado, em termos de
recursos humanos, em condições de trabalho para que possa ser posta em
prática". (MENDES, 2004, p. 227)
A inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais vem mobilizando a comunidade escolar e a sociedade, pois todos os
alunos devem estar incluídos nas salas de aula do ensino regular.
O trabalho em parceria entre professores da classe comum e os
profissionais da Educação Especial poderá auxiliar os professores a
elaborarem seus métodos de diferenciação de ensino para os alunos com
necessidades educacionais especiais:
[...] para garantir o êxito dos trabalhos na escola inclusiva, algumas considerações devem ser consideras: apoio de especialistas, unificando os dois sistemas e adaptando-os às necessidades de todos os alunos; potencialização das formas de intervenção, isto é, aplicação dos sistemas consultivos e de intervenção direta em sala de aula comum por meio do ensino cooperativo; adoção de uma nova organização escolar, propondo a colaboração, o ajuste mútuo, as formas interdisciplinares e o profissionalismo docente. (DENARI, 2004 apud RODRIGUES, 2006, p.36)
De acordo com a Declaração de Salamanca (BRASIL,1994), o conceito
de inclusão é um desafio para a educação, uma vez que estabelece que o
direito à educação é para todos e não só para aqueles que apresentam
necessidades educacionais especiais.
13
A inclusão é o eixo norteador do processo na vida da criança com
deficiência Intelectual. Sendo assim, os professores do ensino regular devem
estar preparados para atender as necessidades dos alunos com a deficiência
intelectual.
Os objetivos dessa pesquisa foram conhecer a importância da inclusão
de alunos com deficiência intelectual no ensino regular; conhecer os avanços
que a ela possibilita para esses alunos; verificar metodologias utilizadas pelos
professores através do questionário aplicado; aplicar um questionário para os
docentes, a fim de conhecer-lhes o olhar dos docentes diante da inclusão de
alunos com deficiência intelectual.
O problema se restringe em "Como incluir o aluno deficiente intelectual
em uma turma do ensino regular?”. Para a hipótese justifica-se que a inclusão
desse aluno necessita de mudanças comportamentais dos profissionais da
educação do ensino regular.
Segundo Mantoan (1997), o processo de inclusão exige da escola novos
recursos de ensino e aprendizagem, concebidos a partir de uma mudança de
atitudes dos professores e da própria instituição, reduzindo todo o
conservadorismo de suas práticas, em direção de uma educação
verdadeiramente interessada em atender às necessidades de todos os alunos.
Esse trabalho foi dividido em três capítulos, contemplando teoria e
pesquisa.
O primeiro capitulo enfoca a deficiência intelectual, sua história, seus
conceitos, e suas ampliações.
No segundo, aborda a inclusão, o seu conceito, um pouco da história e
as estratégias que devem ser usadas para que sejam incluídos os alunos com
deficiência intelectual no ensino regular. Também se tratou da importância da
família, da escola e dos professores nessa etapa de inclusão.
No terceiro capítulo foi realizada a pesquisa desse trabalho, quando foi
entregue a onze professoras do ensino fundamental um questionário sobre a
inclusão dos alunos deficientes intelectuais na sala de ensino regular, com a
elaboração de gráficos que mostraram o olhar dos docentes para com a
inclusão.
14
CAPÍTULO I
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: HISTÓRIA CONCEITOS E IMPLICAÇOES
1 HISTÓRIA DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Antigamente, na Grécia, os deficientes intelectuais eram abandonados
ou assassinados por não atenderem os ideais de beleza e perfeição. Na idade
Média por apresentarem sinais de malformação física ou mental, os deficientes
intelectuais eram considerados filhos de satanás, sendo queimados em
fogueiras. (CARVALHO, 2004)
Entretanto, por conta do advento do cristianismo, os deficientes
intelectuais também eram protegidos como inocentes de Deus, uma vez que
apresentavam a inocência e a pureza. (CARVALHO, 2004)
No século XVII, houve o interesse da ciência no estudo da deficiência
com a obra “Opera Omnia” de Nicolau Tamaturgo, que hoje é conhecido como
São Nicolau, padroeiro dos deficientes. (CARVALHO, 2004)
As pessoas com deficiência intelectual passaram a ser consideradas
passíveis de serem educadas somente no século XIX, graças ao trabalho do
médico Jean Itard (1774-1838) — considerado o primeiro teórico de Educação
Especial — com o menino Victor de Aveyron, conhecido como “menino
selvagem”. (CARVALHO, 2004)
Atualmente, houve uma grande mudança na maneira de tratar a pessoa
com deficiência, não mais usando os termos do passado com significados
negativos.
Segundo Pessotti (1984.p.25):
Deficiência Intelectual veio substituir conotações e termos errôneos como “débil mental”, “idiota”, “retardado mental”, excepcional, “incapaz mentalmente”, “maluco” ou “louco”, construídos e utilizados por médicos, em determinados períodos históricos da sociedade europeia.
A declaração dos direitos dos deficientes aprovados pela ONU, em 13
de dezembro de 1975, diz em seu artigo 4ª: “O deficiente tem os mesmos
direitos civis e políticos dos demais seres humanos”.
15
Sendo assim, está-se promovendo uma conscientização na sociedade,
buscando a inclusão dos deficientes intelectuais, para que possam ter um
futuro promissor.
2 CONCEITO E IMPLICAÇÕES DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Deficiência vem da palavra deficientia do latim e sugere algo que possua
falhas, imperfeições, que não é completo. É o termo usado para definir a
ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica.
Diz respeito à biologia da pessoa.
A convenção da Guatemala, internalizada à Constituição Brasileira
pelo Decreto nº 3.956/2001, no seu artigo 1º, define deficiência como [...] “uma
restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que
limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida
diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”
Segundo a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e
Desvantagens (CIDID), (1989 ):
Deficiência- perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente. Incluem-se nessas a ocorrência de uma anomalia, defeito ou perda de um membro, órgão, tecido ou qualquer outra estrutura do corpo, inclusive das funções mentais. Representa a exteriorização de um estado patológico, refletindo um distúrbio orgânico, uma perturbação no órgão. Incapacidade- restrição, resultante de uma deficiência, da habilidade para desempenhar uma atividade considerada normal para o ser humano. Surge como consequência direta ou é resposta do indivíduo a uma deficiência psicológica, física, sensorial, ou outra. Representa a objetivação da deficiência e reflete os distúrbios da própria pessoa, nas atividades e comportamentos essenciais à vida diária. Desvantagens- prejuízo para o indivíduo, resultante de uma deficiência ou uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho de papéis de acordo com a idade, sexo, fatores sociais e culturais. Caracteriza-se por uma discordância entre a capacidade individual de realização e as expectativas do indivíduo ou do seu grupo social. Representa a socialização da deficiência e relaciona-se às dificuldades nas habilidades de sobrevivência.
O conceito de deficiência intelectual passou por várias modificações até
chegar a essa denominação atual. Já foram utilizadas outras nomeações como
retardo mental, excepcional, retardado, deficiente, entre outros. Porém hoje o
termo correto a ser utilizado é “pessoa com deficiência”, para qualquer
16
deficiência, e no caso da deficiência cognitiva o termo correto a ser utilizado é
“pessoa com deficiência intelectual”. (SASSAKI, 2002)
Seu diagnóstico necessita do envolvimento de grupos de fatores
biomédicos, etiológicos, comportamentais, sociais e educacionais.
O diagnóstico de deficiência mental está a cargo de médicos e psicólogos clínicos, realizando-se em consultórios, hospitais, centros de reabilitação e clínicas. Equipes interdisciplinares de instituições educacionais também o realizam. De um modo geral, a demanda atende propósitos educacionais, ocupacionais, profissionais e de intervenção. (CARVALHO et al., 2003, p.25. )
Sendo assim um dos desafios da deficiência intelectual é estabelecer
claramente a sua origem ou causa. Em cerca de 30% a 50%%,não é possível
determinar exatamente qual a causa. No entanto existem fatores de risco que
podem levar à deficiência, e esses fatores são multifatoriais, compostos por
quatro categorias: biomédicas, sociais, comportamentais e educacionais.
Portanto.
• Fatores biomédicos ou genéticos: são aqueles que dizem respeito aos
processos biológicos. • Fatores ambientais: síndrome da criança maltratada, violentada,
golpeada, abusada, negligenciada. • Fatores educacionais: associados ao não atendimento das exigências
de apoio e suporte que certas crianças necessitam para o seu desenvolvimento intelectual e habilidades adaptativas.
• Fatores sociais: dizem respeito à interação familiar e social. (VIEGAS, 2004 apud BARROS, 2015, p.29).
Porém, de acordo com Almeida (2007, p. 34), as mais comuns são:
Fator pré-natal-Condições genéticas: O atraso cognitivo é causado por genes hereditários, que durante suas combinações, podem sofrer algumas alterações de natureza genética. A exemplo disso tem-se: a síndrome de down ou a fenilcetonúria. Problemas durante a gravidez: podem resultar da má formação do feto ou embrião durante o período gestacional, resultante de problemas que podem ocorrer no momento da divisão das células. Problemas de saúde: podem-se citar também a sífilis, a rubéola e a toxoplasmose, que, se acometer a mãe nos três primeiros meses de gestação, podem causar DI ao bebê. Fator Perinatal- problemas ao nascer. Se, durante o parto, houve a falta de oxigênio para o bebe, este está propício a desenvolver um atraso intelectual. Fator Pós-natal- problemas de saúde: algumas doenças infecciosas, como a meningite ou sarampo, que aflijam a mãe ou bebe, assim como, a exposição a produtos tóxicos e a má-nutrição, podem ocasionar problemas graves no desenvolvimento intelectual.
17
Portanto nenhuns desses fatores implicam as deficiências intelectuais
sozinhos, e sim, as situações de risco que devem ser consideradas.
A deficiência intelectual é uma das deficiências mais encontradas em
crianças e adolescentes, caracterizadas pela redução no desenvolvimento
cognitivo, ou seja, no QI, normalmente abaixo do esperado para a idade
cronológica da criança ou adulto, acarretando, muitas vezes, um
desenvolvimento mais lento na fala, no desenvolvimento neuropsicomotor e em
outras habilidades. (SASSAKI, 1999)
"A deficiência intelectual não é considerada uma doença ou um
transtorno psiquiátrico, e sim um ou mais fatores que causam prejuízo das
funções cognitivas que acompanham o desenvolvimento diferente do cérebro".
(HONORA & FRIZANCO, 2008, p. 103)
A deficiência intelectual, segundo DSM-IV tr,( 2003) se resume em:
a. funcionamento intelectual inferior à média: QI de aproximadamente 70 ou
abaixo;
b. déficits ou prejuízos concomitantes no funcionamento adaptativo atual, em
pelo menos duas das seguintes áreas: comunicação, cuidados pessoais, vida
doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários,
independência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança; e
Início anterior aos 18 anos.
Para se considerar uma pessoa com deficiência intelectual, é necessário
haver comprometimento tanto na questão cognitiva da criança/ adulto como na
questão adaptativa, pois se houver incapacidades em apenas em uma das
questões, não se considera como deficiente intelectual. (SASSAKI, 1999)
Durante a infância, as características da deficiência são percebidas nas
dificuldades apresentadas desde os primeiros meses de vida do bebe: a
demora para firmar a cabeça, para sentar, andar e falar. (SASSAKI, 1999)
Ao passar tempo essas dificuldades passam a ser notados em outros
aspectos, como na compreensão de ordens simples, regras, raciocínio logico e
normas, gerando assim dificuldades na aprendizagem. (SASSAKI, 1999)
As principais características apresentadas são:
A falta de concentração, entraves na comunicação e na interação, além de uma menor capacidade para entender a lógica de funcionamento das línguas, por não compreender a representação
18
escrita ou necessitar de um sistema de aprendizado diferente. (RODRIGUES, 2009 apud ROSITO, 2015, p.29).
Uma pessoa com deficiência intelectual, devido às suas limitações
cognitivas não distingui entre o certo e o errado, apresentando características
que tornam sua situação com o meio menos sociável.
“O aprendizado é mais do que a aquisição de capacidade para pensar; é
a aquisição de muitas capacidades especializadas para pensar sobre várias
coisas.”(VYGOTSKY, 1991, p.55)
Queirós (2007) diz:
Uma pessoa com deficiência mental apresenta perturbações no comportamento adaptativo, possuindo determinadas características: *não é capaz de perspectivar o futuro, nem gerir comportamentos; *não estabelece relações entre situações nem sabe contextualizar significados; *tem dificuldades no nível do comportamento emocional, nos trabalhos de grupo e cumprimento de regras sociais; (QUEIRÓS, 2007 apud RIBEIRO, 2008, p.6).
Sendo assim, cada pessoa que tem a deficiência intelectual tem suas
próprias dificuldades, tendo maior ou menor autonomia em situações do dia-a-
dia.
As maiores dificuldades que os deficientes intelectuais enfrentam estão
relacionados à descoberta de novos conhecimentos, aptidões e nas resoluções
de problemas.
Telford e Sawrey (1977, p.301), citam:
1.Nas aptidões sensórios motoras (virar-se, engatinhar, andar, manipular objetos). 2. Nas aptidões de comunicação (sorriso social, gesticulação, fala). 3. Nas aptidões de autoajuda (comer, vestir-se, cuidar da higiene intima, tomar banho). 4. Na socialização (os jogos imitativos, as brincadeiras com outras crianças, cooperativamente ou em paralelo dependendo da idade). Durante a infância e o início da adolescência, os déficits no comportamento adaptativo podem refletir-se: 1. Na aprendizagem acadêmica. 2.Nos juízos e raciocínios ao lida com o ambiente. 3.Nas aptidões sociais (participação em atividades grupais e relacionamentos interpessoais eficazes). No final da adolescência e na idade adulta, os déficits no comportamento adaptativo podem refletir-se: 1.Na competência ocupacional. 2.Na família e nos deveres sociais.
Assim também, como diz Ampudia (2011, p.1).
19
Pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva costumam apresentar dificuldades para resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades cotidianas-como, por exemplo, as ações de autocuidado.
A deficiência intelectual não se esgota na sua condição orgânica e
intelectual e nem pode ser definida por um único saber. Ela é uma interrogação
e objeto de investigação de inúmeras áreas do conhecimento.
Pessoas com deficiência intelectual também são educáveis apesar de
pensamentos contrários que atribuem a estas pessoas apenas uma educação.
Voltada para desenvolverem hábitos de autonomia e independência,
neste caso, definir bem o papel que cada um tem na interação com o deficiente
intelectual é fundamental, para que se favoreça sua educação integral, ou seja,
proporcionar a essas pessoas possibilidades de se desenvolverem por si
mesmas, sem que haja superproteção o que é comum entre familiares que, no
intuito de auxiliar e acolher, acabam por torná-las dependentes e com pouca
iniciativa. (MANTOAN, 1989)
Mantoan (1997), principal colaboradora em estudos sobre a deficiência,
em seu experimento sobre a construção da inteligência de alunos com
deficiência intelectual, baseada no referencial piagetiano, descreveu o
desenvolvimento intelectual como um processo sequencial comum a todos os
seres humanos. Este experimento teve como principal objetivo comprovar se
deficientes intelectuais seriam capazes de construir estruturas lógicas,
condições vistas como necessárias, para que o sujeito sistematize suas ideias
sobre o mundo, segundo a teoria piagetiana.
Segundo Piaget, o ser humano, ao nascer, possui apenas as condições biológicas necessárias para construir a sua inteligência. Em outras palavras, as estruturas sensoriais e neurológicas do organismo humano constituem uma herança específica da espécie, que impõem limitações estruturais à inteligência, facilitam ou impedem o seu funcionamento, em si. Mas a relação entre biologia e inteligência não acaba aí. Para Piaget, herdamos igualmente o funcionamento intelectual, ou seja, o modo pelo qual o sujeito, ao estabelecer trocas com o meio em que vive, constrói o conhecimento. Esse funcionamento intelectual, a que Piaget chamou de hereditariedade geral, está presente durante toda a vida e é através dele que as estruturas cognitivas vão sendo geradas e modificadas. (MANTOAN, 1989, p.129)
20
As experiências foram realizadas com 52 alunos deficientes intelectuais,
cuja faixa etária era de 9 a 26 anos, que passaram por testes de aplicação das
provas Piagetianas como: conservação das quantidades discretas e contínuas,
inclusão de classes e seriação de bastonetes. Os resultados comprovaram que
os deficientes intelectuais são capazes de construir sua inteligência, do mesmo
modo que as pessoas “normais”, ou seja, são capazes de se beneficiar de
procedimentos educacionais que têm por base a abstração, processo pela qual
se estrutura o conhecimento, segundo a autora. (MANTOAN, 1989)
O deficiente mental apresenta avanços manifestados pelo acesso a períodos de desenvolvimento cognitivo progressivamente mais evoluídos e por condutas adaptativas cada vez complexas e objetivas frente aos desafios do meio. (MANTOAN 1989, p.86).
A autora destaca as contribuições de Vygotsky , em que o sujeito com
deficiência intelectual pode se beneficiar, apropriando-se do conhecimento por
meio da mediação dos instrumentos da cultura e da zona de desenvolvimento
proximal, ou seja, tudo aquilo que o indivíduo pode fazer com o auxílio de
terceiros e que irá realizar sozinho, com o passar do tempo. O que Vygotsky
conceitua como zona de desenvolvimento real, em outras palavras, é que o
contato com a cultura faz com que o sujeito se modifique. (MANTOAN, 1989)
Para compreender o deficiente intelectual e implementar o seu processo
educativo, é preciso aceitar a condição de que o deficiente é, como todo o
homem, um ser humano com possibilidades, deveres e direitos. (MANTOAN,
1989)
Por tal, deve-se partir do princípio que o deficiente intelectual é um ser
humano com possibilidades em nível educacional e social, pelo que deve ser
estimulado a um nível do desenvolvimento cognitivo e nunca excluído das
ações sociais diárias. (MANTOAN, 1989)
Os deficientes intelectuais podem conseguir aquisições muito complexas
em todos os níveis. Todos eles aprendem, basta que as condições sejam
favoráveis, uma vez que a adaptação às situações passa por um equilíbrio e
uma organização entre os processos de assimilação e de acomodação.
Conforme Kirk e Gallagher, (2000, p.138)
[...] os indivíduos DI sentem mais o fracasso do que as crianças normais e conseqüentemente, desenvolvem maiores expectativas generalizadas ao fracasso. [...] crianças DI entram em situações
21
novas com desempenho geralmente debilitado, até mesmo abaixo de sua habilidade mental. As crianças DI tendem menos do que as “normais” a aumentar seu rendimento após um pequeno fracasso.
É necessário que se crie currículos que estejam assentados nas teorias
do desenvolvimento, tendo sempre em conta os períodos críticos da criança.
Deste modo, o conhecimento das sequências de desenvolvimento apresenta-
se imprescindível, apesar de haver alguma variação. Há unanimidade quanto à
integração/inclusão, o mais possível, do indivíduo na vida normal de uma
sociedade. (PERRENOUD, 1999)
O currículo escolhido para uma criança deficiente terá de respeitar o seu
nível de aptidão, deve se adequar ao seu perfil interindividual, garantindo assim
que os objetivos a atingir partam de pressupostos concretos. Surgem, então, os
currículos alternativos e funcionais que se destinam a desenvolver
competências que permitam à criança deficiente funcionar de forma autônoma
e eficaz nos diferentes ambientes em que se insere. (PERRENOUD, 1999)
O currículo deve, em todas as suas áreas, orientar-se numa linha de
análise de tarefas, pela simples razão de que o insucesso gera frustração,
confusão, desinteresse, desvalorização entre outros sentimentos negativos.
(PERRENOUD, 1999)
A análise de tarefas é um sistema de observação e de (re) avaliação de
acordo com o desenvolvimento da criança, evitando, desta forma, colocá-la
perante tarefas demasiado fáceis, o que provoca desinteresse, ou muito
difíceis, levando à frustração. Para evitar esta situação deve-se elaborar, para
a criança deficiente intelectual, um bom programa educacional que, no
concreto, vise à prevenção dos efeitos secundários da deficiência intelectual.
(SASSAKI, 1999)
22
CAPÍTULO II
INCLUSÃO: CONCEITO, HISTÓRIA E ESTRATÉGIAS PARA A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL.
1 CONCEITO DE INCLUSÃO
Inclusão quer dizer estar um com o outro, cuidar um do outro, inclusão
quer dizer juntar, inserir, introduzir.
Mas o que de fato é a inclusão?
Inclusão é o termo que se encontra para definir uma sociedade que considera todos seus membros como cidadãos legítimos. Uma sociedade com que há inclusão é uma sociedade em que existe justiça social, em que cada membro tem direitos garantidos e em que sejam aceitas as diferenças entre as pessoas como algo normal (FONSECA, 1995.P.141).
Em suma, inclusão é garantir a todos os cidadãos a igualdade, a
liberdade de expressão, independente das diferenças.
2 HISTÓRIA DA INCLUSÃO
Enquanto “algumas culturas simplesmente eliminavam as pessoas
deficientes, outras adotaram a prática de interná-las em grandes instituições de
caridade, junto com doentes e idosos.” (SASSAKI, 1997, p.1)
Na história da educação inclusiva brasileira, Mazzota (2009) destaca
dois períodos:
1º período:
1854 a 1956 (iniciativas isoladas)
Em 1874, o Hospital Estadual de Salvador passa a dar assistência às
pessoas com deficiência intelectual, tratava-se possivelmente, de atendimentos
médicos. (MAZZOTA, 2009)
No primeiro período da história da educação inclusiva no Brasil,
percebem-se grandes avanços, pois, em 1950, havia quarenta instituições
especializadas em atendimentos aos deficientes intelectuais e oito
especializadas nas outras deficiências. (MAZZOTA, 2009)
23
Percebe-se que esse primeiro período da história da educação inclusiva
no Brasil, foi um período, principalmente, das instituições especializadas, como
centros de habilitações e reabilitações, que atendiam os deficientes. Nestas
instituições, era priorizada a internação das pessoas com deficiência, as quais
não participavam de uma vida cotidiana normal, pois passavam os dias sendo
assistidos, como se não tivessem a condição de participar de atividades e
lugares para pessoas ditas normais. (MAZZOTA, 2009)
2º Período
1957 a 1993 (iniciativas oficiais)
Em 1973 criou-se o Centro Nacional de Educação Especial (Cenesp),
sendo que os alunos que acompanham o ensino regular permaneciam em suas
salas, e os demais eram separados e encaminhados para a educação especial.
(MAZZOTA, 2009)
As pessoas com deficiência ganham atendimento oficializado em nível
nacional, pelo governo federal. (MAZZOTA, 2009)
Posteriormente, forma-se a organização das próprias pessoas com
deficiência, as quais levam aos órgãos públicos, federais e estaduais, suas
verdadeiras necessidades. (MAZZOTA, 2009)
A Constituição Federal de 1988 tem como objetivo “promover o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação”. - “Educação para todos” (art.3º inciso IV).
Em 1994, as diretrizes apontadas pelo Conselho Nacional de Educação,
leis, decretos e resoluções instituem as ações básicas para a implementação
das propostas de educação inclusiva. Para definição de uma política nacional
para educação, as ações governamentais buscam estratégias efetivas, visando
à garantia dessas ações em nível federal, estadual e municipal. (BRASIL,
2007).
O sistema público direciona políticas orientando-se pela inclusão,
enquanto as instituições de ensino comprometem-se a mudar em seus projetos
político-pedagógicos, os quais precisam dessas mudanças para incluir e não
excluir os alunos com deficiência intelectual. (MAZZOTA, 2009)
24
Para Carvalho, (2006), a elaboração de determinada política educacional
deve ser considerada como condição necessária para “fazer acontecer”, o que
não se constitui em condição suficiente.
Segundo Voivodic (2007), a inclusão, historicamente, também está
ligada a movimentos de pais de crianças com deficiência. As famílias dos
deficientes colaboraram, e ainda colaboram, muito para as conquistas e direitos
dos deficientes, e mesmo os deficientes hoje sabem seus direitos e brigam por
eles.
3 INCLUSÃO DO ALUNO DEFICIENTE INTELECTUAL
A inclusão escolar obteve avanços significativos no decorrer de sua
história, mas ainda há a necessidade de envolvimento político, institucional e
familiar para que esses avanços continuem ocorrendo e pensando sempre na
criança especial, pois se está lidando com pessoas, seres únicos, que
possuem sentimentos e expectativas. (MANTOAN, 1989)
O princípio básico da inclusão escolar consiste em que as escolas reconheçam diversas necessidades dos alunos e a elas respondam, assegurando-lhes uma educação de qualidade, que lhes proporcione aprendizagem por meio de currículo apropriado e promova modificações organizacionais, estratégias de ensino e uso de recursos, dentre outros quesitos. (UNESCO apud MENDES,2002, p. 56 )
A inclusão é um processo que contribui para a construção de um novo
tipo da sociedade, com transformações nos ambientes físicos, como: espaços
internos e externos, equipamentos, aparelhos, meios de transportes, entre
outros, e na mentalidade de todas as pessoas, porque ninguém carrega sua
deficiência nas costas e de vez em quando descansam delas. O ser humano
existe com suas limitações e possibilidades, sendo deficiente ou não, por isso
a sociedade não deve pensar na ilusão de descansar também. (MANTOAN,
1989)
A meta da inclusão é, desde o início, não deixar ninguém fora do sistema escolar, que deverá adaptar-se às particularidades de todos os alunos[...] à medida que as práticas educacionais excludentes do passado vão dando espaço e oportunidade à unificação das modalidades de educação, regular e especial, em um sistema único de ensino, caminha-se em direção a uma reforma educacional mais ampla, em que todos os alunos começam a ter suas necessidades
25
educacionais satisfeitas dentro da educação regular (MANTOAN, 1997,p. 56).
A família e a escola são à base de formação para um cidadão. A
inclusão de uma criança com deficiência começa na família.
Ainda que a relação de mãe e filho seja privilegiada, o pai e os irmãos
também devem cumprir suas funções. Pincies e Dare (1987, p.226) comentam
que:
[...], quanto mais às mães permitem a participação do pai no cuidado do bebê, e quanto mais o pai tem prazer nisso, menos provável será a isolamento e a depressão da mãe, e maior será a perspectiva de equilíbrio na família. A atitude do “novo pai” merece atenção especial pelo fato de ser ele um conhecedor de seus próprios sentimentos em relação ao filho.
Ter um clima de relação tranquilo e apoio de toda a família é a principal
meta para a criação de uma criança. A família tem um papel crucial para que a
inclusão aconteça, pois parte da conscientização da família, saber a
importância de a criança com deficiência estar em uma escola de ensino
regular.
A família e a escola devem caminhar juntas para que a criança seja
inserida nesse âmbito escolar.
Segundo o artigo 227 da Constituição Federal (1988):
É dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito a vida, a saúde, a educação, à cultura, ao lazer e a profissionalização, a liberdade, ao respeito, à dignidade e a convivência familiar e a comunitária, além de coloca-lo a salvo de toda forma de negligência, descriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
As crianças sem deficiência devem se sentir segura, e com as crianças
com deficiência não é diferente, ambas precisa de amor, carinho, segurança,
proteção, entre outras coisas.
A inclusão é uma possibilidade que se abre para o aperfeiçoamento da
educação escolar e para o benefício de todos os alunos, com ou sem
deficiência.
Toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter níveis adequados de aprendizagem, escolas regulares que possuem tal orientação inclusiva constitui os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos, além disso, tais escolas provêm uma educação afetiva à maioria das crianças e aprimoram a
26
eficiência em última instância o custo da eficácia de todo o sistema educacional. (SALAMANCA, 2000, p.134).
Uma escola inclusiva é aquela que atenda as necessidades de todos os
alunos, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais, entre outras, sendo seu maior desafio envolver uma pedagogia
focada no aluno, capaz de educar e incluir todos.
A escola deve garantir uma inclusão com sucesso e qualidade. O aluno
com deficiência deve se sentir acolhido, aceito, recebido pelo meio, tendo e
trocando experiência com os outros alunos.
Como diz Aranha (2004, p.27):
Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente da etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino significativo é aquele que garante o acesso conjunto sistematizado do conhecimento como recursos a serem mobilizados.
“A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos
alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de
todos, adotando novas práticas pedagógicas.” (BRASIL, 2010, p.9). A inclusão
não é apenas colocar alunos com deficiência dentro das unidades escolares e
achar que isso é o suficiente. O que muito acontece, nos dias de hoje, no
processo de inclusão, sempre há confusão entre os termos integração e
inclusão.
A noção de integração tem sido compreendida de diversas maneiras, quando aplicada à escola. Os diversos significados que lhe são atribuídos devem-se ao uso do termo para expressar fins diferentes, sejam eles pedagógicos, sociais, filosóficos e outros. O emprego do vocábulo é encontrado até mesmo para designar alunos agrupados em escolas especiais para deficientes, ou mesmo em classes especiais, grupos de lazer, residências para deficientes. Por tratar-se de um constructo histórico recente, que data dos anos 60, a integração sofreu a influência dos movimentos que caracterizaram e reconsideraram outras ideias, como as de escola, sociedade, educação. O número crescente de estudos referentes à integração escolar e o emprego generalizado do termo têm levado a muita confusão a respeito das ideias que cada caso encerra. (MANTOAN, 1997, p.2,). A noção de inclusão não é incompatível com a de integração, porém instituí a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática. O conceito se refere à vida social e educativa e todos os alunos devem ser incluídos nas escolas regulares e não somente colocados na "corrente principal". O vocábulo integração é abandonado, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos; a meta primordial da inclusão é a de não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo. As escolas inclusivas propõem um modo de se constituir o sistema
27
educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em função dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. O impacto desta concepção é considerável, porque ela supõe a abolição completa dos serviços segregados (DORÉ et al., 1996 apud MANTOAN, 1997,p.3 ). Resumindo, a integração escolar, cuja metáfora é o sistema de cascata, é uma forma condicional de inserção em que vai depender do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às opções do sistema escolar, a sua integração, seja em uma sala regular, uma classe especial, ou mesmo em instituições especializadas. Trata-se de uma alternativa em que tudo se mantém, nada se questiona do esquema em vigor. Já a inclusão institui a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou grupo de alunos que não foram anteriormente excluídos. A meta da inclusão é, desde o início não deixar ninguém fora do sistema escolar, que terá de se adaptar às particularidades de todos os alunos para concretizar a sua metáfora. (MANTOAN, 1997,p.3).
A inclusão implica uma mudança educacional, porque não se limita
apenas aos deficientes, mas sim a todos os alunos. Sendo assim, a escola é a
porta da inclusão, é o começo da vida social de qualquer cidadão.
As crianças com deficiência intelectual necessitam de credibilidade,
necessitam de que se acredite em seu aprendizado. Quando estimuladas e
incentivadas, elas nos mostram aprendizagens e desenvolvimentos
surpreendentes.
Porém chega-se a um impasse, pois nada adianta a família ter a
consciência de quão importante é matricular seu filho em uma escola regular,
nada adianta a escola regular estar apta à inclusão, se não houver profissionais
preparados para trabalhar com essas crianças.
Como afirma Morin (2001,p 197), “pois para reformar a instituição temos
de reformar as mentes”. [..].
Refletir sobre a inclusão do aluno deficiente no ensino regular sem
pensar no professor e em sua formação é inevitável. Frequentemente, em
palestras pelo Brasil, colocam-se em discussão: "Como um professor, mal
pago, vai assumir ainda outras responsabilidades entre elas, a de ter na sala
de aula comum, um ou mais alunos com deficiência”. (WERNECK. 1999,
p.177).
Porém, nas mesmas palestras, o contra-argumento, é assim: “Será que
remunerar melhor um professor ou qualquer outro profissional garante-se que
28
ele vá acreditar na inclusão? E que a execute? Com certeza, não!”
(WERNECK. 1999, p..176).
Um professor pode ter o melhor salário, mas ainda pode não acreditar
na possibilidade da inclusão dos alunos com deficiência no ensino regular. Por
isso, os profissionais da educação devem ser capacitados e motivados a
estabelecer estratégias para a inclusão do aluno com deficiência intelectual.
O trabalho do professor, no que diz respeito ao processo de alfabetizar
para incluir, tem encontrado alguns impasses, pois devido ao comprometimento
cognitivo, o aluno tem limitações significativas na aquisição do conhecimento, o
que acaba levando os professores a não acreditarem na capacidade de
alfabetização dos alunos com deficiência intelectual, acabando apenas por
deixar os alunos ali na sala, para dizer que estão sendo “incluído”, o que muitas
vezes não acontece de fato. (Claudia Werneck, 1999).
De acordo com Boraschi (2013, p.613-614):
O professor da sala de aula regular nem sempre está preparado para o trabalho com a criança com deficiência intelectual, fazendo das atividades diferenciadas tarefas para preenchimento de tempo e não para desenvolvimento harmônico e integral infantil. Utilizam propostas baseadas na repetição e na memorização em lugar de buscarem envolver a criança em situações de aprendizagem pautadas em experiências e vivências significativas. Esse modo de tratar a criança revela falta de crédito na capacidade de aprender do deficiente intelectual, ocasionando prejuízos para suas aprendizagens e seu desenvolvimento como ser humano.
Muitos professores se sentem despreparados para atender os alunos
com deficiência intelectual, devido à diversidade que esses grupos apresentam
em seu processo de apropriação do conhecimento.
A lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, no art.63, garante no inciso
lll: “Programas de educação continuada para profissionais de educação dos
diversos níveis”
Apesar do que está na lei, inúmeras falhas têm acontecido, o que tem
causado danos significativos, impedindo os alunos de estarem realmente
incluídos na turma regular.
O professor, na perspectiva da educação inclusiva, não é aquele que ministra um ensino diversificado para alguns, mas aquele que prepara atividades diversas para seus alunos (com ou sem deficiência) ao trabalhar um mesmo conteúdo curricular. As atividades não são graduadas para atender a níveis diferentes de compreensão, e estão disponíveis na sala de aula para que os alunos as acolham
29
livremente, de acordo com o interesse que têm por elas. (BATISTA, 2006, p. 13-14).
O aluno com deficiência intelectual tem limitações impostas pela própria
deficiência, mas isso não significa que o mesmo não tenha condições de ser
alfabetizado e incluso, tudo ao seu ritmo e tempo, e cabe o professor ter a
paciência de esperar e acompanhar cada avanço.
Para que o aluno com deficiência intelectual se beneficie do ensino
regular, começa por ele não estar somente matriculado e sim verdadeiramente
incluso. É necessário que o professor, como mediador e condutor da
aprendizagem na prática educacional, seja flexível, analisando e revisando seu
plano de ensino, e sempre que for necessário, estar fazendo alterações,
visando sempre ao desenvolvimento do aluno em todos os aspectos.
Cabe ao professor ter total conhecimento das estratégias que utilizará,
pois nem todos os alunos aprenderão com a mesma estratégia utilizada, ainda
que sejam todos deficientes intelectuais. A apropriação de conhecimento
acontece individualmente, pois cada aluno é único.
Para que a inclusão aconteça dentro da sala de aula, precisa-se fazer
com que o aluno esteja envolvido nas mesmas atividades que os restantes dos
alunos.
Assim, pontua a Secretaria de educação- (SÃO PAULO, 2012, p. 141):
• tratar o aluno de maneira natural, não adotando atitudes super protetoras, infantilizada ou de rejeição;
• respeitar sua idade cronológica, oferecendo atividades compatíveis relacionadas ao que está sendo ensinado aos demais alunos;
• incentivar autonomia na realização das atividades; • estabelecer objetivos, conteúdos, metodologias, avaliação e
temporalidade de acordo com a necessidade do aluno; • dividir as instruções em etapas, olhando nos olhos do aluno; • respeitar o ritmo de aprendizagem, oferecendo desafios
constantes; • repetir instruções/atividades em situações variadas, de forma
diversificada; • estabelecer regras junto com o grupo de alunos procurando
ressaltar a qualidade de cada; • reforçar comportamentos adequados; e • apresentar os espaços físicos construindo referencias que os
torne mais familiares.
Não existe um método especifico para incluir um aluno com deficiência
intelectual. Porém existem métodos que podem ser utilizados para contribuir na
30
aprendizagem desses alunos, como: currículo funcional, teacch, comunicação
alternativa, flexibilização curricular e tecnologia assistiva.
Sendo assim, faz-se necessária uma reflexão constante sobre métodos,
estratégias, práticas e adequações curriculares que auxiliem o aluno durante
esse processo de descobertas, pois as dificuldades estão presentes para
serem superadas.
Para que as pessoas com deficiência realmente pudessem ter participação plena e igualmente de oportunidade, seria necessário que não se pensasse tanto em adaptar as pessoas à sociedade e sim em adaptar a sociedade às pessoas. (JONSSON, 1994. p.61).
A escola tem um papel fundamental frente à sociedade, pois é nela que
a vida social de todos os cidadãos começa. A escola inclusiva deve
proporcionar aos alunos vivências do seu cotidiano ou daqueles que um dia
farão parte de suas vidas. Também situações problemas do dia-a-dia,
entrelaçando-as a situações de modo que se tornem significativas para o aluno.
A escola é o primeiro lugar onde a criança com deficiência intelectual
terá convívio com pessoas que não são de sua própria família. É por isso que a
escola inclusiva se torna tão importante!
31
CAPÍTULO III
A PESQUISA
1 METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesse trabalho de conclusão de curso consistiu
de um questionário entregue a onze professores da modalidade do ensino
fundamental de uma escola municipal localizada na cidade de Pongaí-sp.
O questionário foi preparado com 10 questões dissertativas referentes à
inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular.
Participaram dessas pesquisas apenas profissionais do sexo feminino,
entre 22 e 59 anos, sendo que das 11(onze) professoras que responderam ao
questionário, 9 (nove) possuem a graduação no curso de pedagogia, 2 (duas)
têm formação profissional em nível do magistério, 5(cinco) também possuem
outra graduação, 2(duas) possuem pós-graduação: uma na área de
alfabetização e a outra em psicopedagogia.
O tempo de atuação profissional na área entre as participantes da
pesquisa varia de 6 (seis) meses a 39 (trinta e nove) anos, sendo que das onze
professoras, 2 (duas) já trabalharam em escolas particulares, 5 (cinco)
trabalharam em escolas estaduais e as 11(onze) atualmente trabalham em
uma escola municipal.
Quadro1- Atuação profissional
PROFESSORES IDADE TEMPO DE ATUAÇÃO
P1 22 anos 2 anos e 6 meses
P2 29 anos 7 anos
P3 29 anos 4 anos e 3 meses
P4 54 anos 15 anos
P5 25 anos 3 anos
P6 42 anos 8 anos
P7 41 anos 6 meses
P8 44 anos 23 anos
P9 59 anos 39 anos
P10 33 anos 7 anos
P11 45 anos 12 anos
Fonte: elaborado pelos autores, 2017.
32
Quanto ao questionário, a primeira pergunta feita aos professores foi: “O
que é deficiência intelectual?” Obteve-se como resposta que seria um déficit,
uma limitação, uma dificuldade em aprender, e de não conseguir compreender
as coisas, resolver problemas, como nos depoimentos abaixo:
P10 “Deficiência intelectual é quando a pessoa não consegue compreender
as coisas, resolver problemas, tem dificuldades de aprendizagem, de seguir e
compreender regras e também dificuldades para se expressar.”
P11 “É um déficit da inteligência”.
P8 “É caracterizada pelo funcionamento cognitivo que não corresponde à
média esperada, ou seja, que esteja abaixo do considerado normal.”.
Figura 1 – Deficiência intelectual
9%9%
82%
É um Deficit dainteligência.
É caracterizada pelofuncionamento cognitivo.
É quando a pessoa nãoconsegue compreender ascoisas, tem dificuldade deaprendizagem.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017
Deficiência intelectual, de acordo com o Decreto nº 5.296, refere-se ao
funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com
manifestações antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais
áreas de habilidades adaptativas.
Quando perguntado: “Para você o que é inclusão?” Obteve-se como
resposta que incluir é acolher as pessoas, ter alunos com deficiência intelectual
em uma sala regular, e também conjunto de ações que garante participação de
todos na sociedade, independente das diferenças.
P9 “Quando incluímos um individuo com alguma dificuldade intelectual,
com alunos de sala regular para se integrar o seu papel na sociedade.”
33
P4 “Conjunto de ações que garante a participação de todos na
sociedade, independente da classe social, física do gênero, entre outros
aspectos.”
P3 “É acolher as pessoas independentemente de cor, classe social e
condições físicas e psicológicas.”
Figura 2 – Inclusão
37%
27%
36%
É acolher as pessoasindependentemente de cor,classe social.
Quando se inclui umindividuo com algumasdificuldade intelectual.
Ações que garantem aparticipação de todos nasociedade, independentedas diferenças.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017
Inclusão é o acolhimento de todas as pessoas, sem exceção, no sistema
de ensino, independentemente de cor, classe social e condições físicas e
psicológicas.
Mesmo tendo limitações e dificuldades as crianças com deficiência tem o
direito de fazer parte do mesmo mundo que as outras. Ser deficiente não é
uma escolha e sim uma realidade.
Quando perguntado: “Você acredita que a inclusão de um aluno com
deficiência intelectual da certo em uma sala regular?”. Obtiveram-se como
resposta, profissionais a favor e contra a inclusão do aluno deficiente intelectual
no ensino regular.
P11 “Não, pois precisam de atendimento educacional especializado”.
P5 “Sim, desde que a inclusão realmente aconteça com atendimento
especializado e atividades adaptadas”.
P3 “Deve-se incluir sim, pois é através do convívio com outras crianças
que irá desenvolver e interagir com maior exceto.”
P7 “Acredito que não, pois na sala regular já existem problemas de
aprendizagem, seria necessário outro professor para suprir as necessidades.”
P9 “Sim, pois ele se adapta muito bem com os outros alunos,
interagindo socialmente, desde que seu nível de deficiência seja de grau leve e
34
que tenha uma cuidadora da área para auxiliá-lo com as atividades de seu
nível de aprendizagem ou se interagir com atividades relacionadas à turma”.
Figura 3 – Inclusão em sala regular.
82%
18%
Sim, desde que ainclusão realmenteaconteça comatendimento
Não, pois na sala regularjá existem problemas deaprendizagem.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017
A inclusão do aluno com deficiência intelectual na escola é, sem dúvida,
um grande desafio ainda, mas no caso de se optar pelo uso exclusivo das
salas especiais, corre-se o risco de não aproveitar totalmente o potencial
cognitivo e social do aluno.
Sendo assim, a escola e os profissionais da educação devem estar
preparados e capacitados para que haja a inclusão desses alunos.
Quando perguntado: “As turmas que têm algum aluno com deficiência
intelectual teriam que ser menores? Por quê?”, Algumas respostas foram
afirmativas, pois isso facilitaria o trabalho. Houve também, respostas negativas,
porque haveria necessidade de disponibilizar um auxiliar para ajudar. Outra
resposta foi que dependeria da quantidade de alunos com deficiência
intelectual na mesma sala.
P7 “Sim, pois facilita o processo de aprendizagem e daria para o
professor ter um cuidado maior.
P3 “Depende da quantidade de alunos com deficiência intelectual na
turma.”
P2 “Não, apesar de o aluno precisar de uma ajuda maior, é
disponibilizado um auxiliar para sala”.
Figura 4 – Turmas com aluno deficientes intelectuais devem ser menores.
35
73%
18%
9%
Sim, pois facilitaria o processode aprendizagem e daria para oprofessor ter um cuidadomaior.
Não, apesar de o aluno precisarde uma ajuda maior, édesponibilizado um auxiliarpara sala.
Depende da quantidade dealunos com deficiênciaintelectual na turma.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017
Quando se tem, em uma sala regular algum aluno com deficiência, as
turmas devem sim, ser, menores, já que isso facilita o trabalho do professor,
pois o mesmo deve saber tudo o que acontece com seu aluno. Por isso o
profissional deve estar preparado e confiante para assim estar atendendo as
dificuldades do aluno e superando-as dia após dia, atingindo, portanto os
objetivos do ensino.
Quando perguntado “Como ocorre o trabalho com alunos com
deficiência intelectual na sala regular?” As respostas foram: a necessidade de
que sejam desenvolvidas diferentes estratégias e atividades paralelas.
Algumas professoras responderam que o trabalho é realizado normalmente,
apenas com uma atenção maior aos alunos com deficiência. Outra professora
respondeu que depende da escola e de cada professor.
P10 “É necessário que sejam desenvolvidas diferentes estratégias de
ensino aprendizagem de forma a proporcionar ao aluno melhor interação,
participação e desenvolvimento deste nas atividades propostas, possibilitando-
lhes o acesso ao conhecimento.”
P2 “Depende de cada professor e escola! Eu costumo trabalhar igual,
mas dando uma atenção maior e, se necessário, faço um caderno de tarefa
diferente”.
P9 “Ocorre de maneira normal, mas com atenção maior a eles”.
Figura 5 – Trabalho em sala regular com deficiência intelectual.
36
60%20%
10%
10%
Com diferentes estratégiasde ensino aprendizagem deforma a proporcionar aoaluno melhor interação.Ocorre de maneira normal,mas com atenção maior àeles.
Depende de cada professor eescola.
Não Respondeu.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017
O professor é o mediador e condutor da aprendizagem na sala de aula,
sendo assim, cabe a ele ter conhecimento das estratégias, ser flexível, analisar
e revisar o plano de ensino e, sempre que necessário fazer alterações, visando
ao desenvolvimento do aluno. Portanto o trabalho deve ser feito de maneira
que o aluno obtenha avanços significativos.
Quando perguntado: “O aluno com deficiência intelectual realiza as
mesmas atividades que os demais alunos?”, Algumas respostas foram que sim,
porém de acordo com as limitações. Também teve-se como resposta que não,
que os alunos com deficiência intelectual realizam atividades adaptadas, mas
com o mesmo objetivo que os demais alunos. Outra resposta foi que, na
maioria das vezes sim, apesar de muitas vezes se necessário interferir ou fazer
adaptações.
P10 “Sim, porém de acordo com suas limitações.”
P1 “Não, atividades adaptadas ao o aluno, mas com o mesmo objetivo
de toda a sala”
P6 “Em sua maioria sim, mas muitas vezes devemos interferir ou fazer
adaptações.”
Figura 6- Alunos com deficiência intelectual realizam a mesmas atividades na
sala regular.
37
36%
46%
18%
Sim, porém de acordocom suas limitações.
Não, atividade adaptadaao aluno, mas com omesmo objetivo de todasala.
Em sua maioria sim, mas,muitas vezes, deve-seinterferir, ai fazendoadaptações.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017
A utilização de materiais adaptados para a aprendizagem dos alunos
com deficiência intelectual, constituiu-se de uma ferramenta importante, pois
visa a facilitar o processo de ensino aprendizagem dos alunos.
Assim, para que o aluno se desenvolva, é necessário que o mesmo
esteja envolvido nas mesmas atividades que o restante da turma, mesmo que
seja com a utilização de material adaptado, porém com o intuito de atingir o
mesmo objetivo.
Quando perguntado: “Você acredita que alunos com deficiência
intelectual podem adquirir uma aprendizagem igual aos outros alunos?
Justifique.”. Varias foram às respostas: esses alunos podem sim, ter uma
grande evolução dependendo de cada indivíduo. Também, sim, porém com
maiores intervenções do professor, utilizando estratégias diversificadas. Houve
uma resposta negativa, porque segundo a professora a aprendizagem desse
aluno é limitada.
P6 “Eles podem ter uma grande evolução, mas nada impede que seja
igual, depende de cada indivíduo.”
P3 “Sim, pode, mas com maior intervenção do professor e estratégias
diversificadas para sanar suas necessidades.”
P9 “Não, sua aprendizagem é limitada, ele aprenderá por partes de
acordo com o seu tempo.”
38
Figura 7 – Alunos com deficiência intelectual podem adquirir uma boa
aprendizagem
50%
10%
40%
Sim, pode mas com maiorintervenção do profesor.
Não, sua aprendizagem élimitada de aprender porpartes, de acordo com oseu tempo.
Eles podem ter umagrande evolução, masnada impede que ele sejaigual, depende de cada
Fonte: Elaborado pelas autoras,2017
Independentemente de qualquer coisa, toda criança tem direito
fundamental à educação de qualidade, e deve ser-lhe dada a oportunidade de
atingir uma boa aprendizagem.
Alunos com deficiência intelectual podem atingir uma aprendizagem
igual aos demais alunos, se a dedicação e o tempo forem maiores. Toda
criança pode atingir suas metas, só depende da estimulação que recebe da
escola, dos professores e da família. Alunos com deficiência intelectual
precisam de carinho e compreensão.
Quando perguntado: “Alunos deficientes intelectuais atrapalham o
rendimento do restante da sala de aula regular? Como.?” Obtiveram-se como
respostas que depende do nível da deficiência intelectual. Apenas uma
resposta foi afirmativa, dita que devido à atenção maior que o professor tem
que disponibilizar para esse aluno, acaba por não conseguir ajudar os outros.
As demais respostas foram que não atrapalham, pois a interação acontece de
forma natural.
P7 “Sim, devido a atenção e cuidado maior que o professor precisa ter,
as vezes no intuito de ajudar esse aluno, consequentemente não consegue
ajudar os outros, por conta do desconhecimento de lidar com essa situação”.
P9 “Depende do nível de deficiência intelectual. Se for muito acentuada,
prejudica a classe, pois não se concentram e tumultua o interesse dos outros
39
alunos, mesmo com a monitora. Então deve ser encaminhado a uma instituição
adequada ao nível dele.”
P6 “Não acredito, pois em sua maioria, há uma interação com os
demais, é de uma forma natural e afetuosa.”
Figura 8 – Alunos com deficiência intelectual atrapalham uma sala regular
9%
73%
18%
Sim, devido á atenção ecuidado maior que o,professor precisa ter asvezes, no intuito deajudar esse aluno.Não acredito pois, emsua maioria há umainteração com osdemais.
Depende do nível dedeficiência intelectual.
Fonte: Elaborado pelas autoras,2017
A convivência que o aluno com deficiência intelectual tem com o restante
dos alunos é crucial para o seu desenvolvimento e, também ,dos demais, pois
todos aprendem a compreender e aceitar as diferenças. Desta forma, desde a
chegada do aluno deficiente, o professor deve explicar para a turma de uma
forma sucinta, que o novo aluno necessita de uma atenção maior, porém que
todos aprenderão juntos.
A formação dos professores não será para prepará-los para a
diversidade, mas para a inclusão, uma vez que as diferenças não são
incapacidades ou doenças.
Mesmo que o aluno com deficiência intelectual necessite de uma
atenção maior, o docente deve saber ministrar sua aula, de forma a não deixar
nenhum aluno sem atendimento.
Quando perguntado: “Você tem alunos com deficiência intelectual ou já
teve?.” A maioria das respostas foram positivas: que já tiveram ou que ainda
têm. Porém uma resposta apresentada foi que mesmo tendo o aluno incluso na
sala regular, afirmou-se a favor da sala especial. Outra resposta foi que o aluno
40
era deficiente intelectual, porém sem laudo. Outras três respostas foram
negativas, ou seja, não têm e nunca tiveram alunos deficientes intelectuais.
P11 “Sim, e sou a favor da ‘sala especial’ que, infelizmente, é tida como
um saco de problemas.”
P10 “Eu já tive sem laudo, e hoje também tenho.”
Figura 9 – Já teve ou tem alunos com deficiência intelectual?
73%
27%
Sim, e sou a favor da salaespecial que infelizmente é,tida como um saco deproblemas.
Não.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017.
Diante da resposta da questão número 9, percebe-se que mesmo com a
inclusão do aluno no ensino regular, ainda assim há referência, por parte de
uma das docentes, à permanência da criança em uma sala especial.
A sala especial priva a convivência do aluno deficiente com outros
alunos que não tenham nenhuma deficiência. Ao incluir uma criança deficiente
intelectual, ou com outra deficiência, no ensino regular, é mais um paradigma
quebrado diante de uma sociedade preconceituosa.
Quando perguntado “Qual é o seu olhar para o quesito de incluir alunos
com deficiência intelectual em uma sala de ensino regular?.”, Obtiveram-se
como respostas: a favor da inclusão, mas cada uma com suas particularidades
nas respostas, dizendo ser a favor de qualquer tipo de inclusão. Outras que é
trabalhar com as diferenças; que a inclusão e necessária, porém existem dois
problemas; que deve haver a inclusão, porém tendo auxílio no trabalho.
Também houve uma resposta contra a inclusão do aluno deficiente intelectual
no ensino regular.
P10 “Sou a favor de qualquer tipo de inclusão, desde que tenha suporte
da escola, família e outros profissionais... E um trabalho que exige mais
41
atenção, paciência, carinho, dedicação, estudo. Tem-se que saber lidar com
os alunos para que não haja diferenças, discriminação. É muito trabalhoso,
porém pegar um aluno que não sabe nada e fazer parte da sua evolução é
100% satisfatório.”
P7 “Acredito que seja necessário a inclusão, porém existem dois
problemas, um deles é até que ponto esse aluno teria potencial cognitivo para
acompanhar a turma e o segundo e mais importante, os professores estariam
capacitados para atender as necessidades desses alunos sem prejudicar os
outros. É preciso pensar na inclusão e também na dificuldades que poderiam
surgir.”
P11 “Eu acho um absurdo, pois é tudo, menos inclusão. Sou a favor da
A.E.Especializado.”
Figura 10- O olhar para a inclusão do aluno deficiente intelectual na sala
regular
82%
9%9%
Sou a favor dequalquer tipo deinclusão,desde quetenha suporte daescola,familia, outrosAcredito que sejanecessária a inclusão,porém existem doisproblemas...
Eu acho um absurdo,pois é tudo, menosinclusão.
Fonte: Elaborado pelas autoras,2017
De acordo com as respostas da última questão, os docentes dessa
escola acreditam na inclusão de alunos com deficiência intelectual no ensino
regular. Alguns citam dificuldades encontradas, porém podem ser superadas.
Ao rever a única resposta que, definitivamente, não aceita a inclusão,
percebeu-se ser uma afirmação assustadora, já que a forma como este
docente se manifestou, dizendo que incluir um aluno deficiente intelectual no
ensino regular é tudo, menos inclusão. Isso é sem dúvida a prova de que a
inclusão começa no interior de cada um e, subsequente, de que deve
42
realmente ser capacitado para atender esses alunos que, diariamente, estão
sendo cada vez mais incluídos no ensino regular.
43
CONCLUSÃO
Vive-se em uma sociedade individualista, onde as pessoas se
preocupam com elas e muito pouco com os demais. A inclusão é o contrário
disso, é o cuidar do próximo, colocar no lugar dele, compartilhar dificuldades e
os avanços.
A inclusão de crianças com deficiência intelectual em salas da rede
regular de ensino tem provocado muito receio nos professores, por tratar-se de
uma deficiência defasada na capacidade cognitiva da criança. Este é o ponto
em que a escola vai atuar para o seu desenvolvimento.
A inclusão se realiza na prática e não na preocupação do sistema de
ensino, em que o aluno precisa cumprir uma meta de aprendizado. O professor
não deve estar preocupado em apenas cumprir o programa, mais sim em se
empenhar para que de fato, seus alunos alcancem um desenvolvimento
satisfatório. Quando o profissional da educação se preocupa em cumprir o
sistema, está se enquadrando em um modelo tradicional de ensino, em que os
alunos são um depósito de conhecimento. O professor deve se aprimorar em
seus conhecimentos e nas práticas de ensino, para que consiga atender as
necessidades de todos os alunos e deve sempre apoiado pela escola.
Porém não se devem responsabilizar somente os professores pela
insuficiência de aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual, apenas
mostrar a falta de capacitação esta que não lhes é oferecida.
A família é um instrumento muito importante na vida dessas crianças, a
aceitação e a rápida procura de apoio, ajudam no desenvolvimento delas,
ainda mais se for em uma escola inclusiva, onde realmente ocorra a verdadeira
inclusão, e não apenas a inserção. Por isso, família e escola devem andar
sempre juntas, todos com os mesmos objetivos, que é aceitar, conviver com as
diferenças de forma natural e, o principal, amar essas crianças.
Os alunos deficientes que são também filhos, não podem se sentir
inferiores aos demais, pois ser deficiente não é uma escolha deles e nem da
família, é apenas uma fatalidade, que pode ser recompensada com muito
carinho e cuidado.
Conclui-se que, incluir é um ato de amor, independentemente de qual
seja o tipo de inclusão. Aceitar as diferenças, valorizar as diferenças, aprender
44
com as diferenças é o que faz o individuo crescer. O mundo é feito de
diferenças, porque o normal é ser diferente.
45
REFERÊNCIAS
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46
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48
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49
APÊNDICE
_______________________________________
50
APENDICE A
QUESTIONÁRIO DOS PROFESSORES
1-O que é deficiência Intelectual?
2-Para você o que significa inclusão?
3-Você acredita que a inclusão de um aluno com deficiência intelectual da certo
em uma sala regular? Justifique.
4-As turmas que tem algum aluno com deficiência intelectual teriam que ser
menores? Por que?
5-Como ocorre o trabalho com alunos com deficiência intelectual na sala
regular?
6-O aluno com deficiência intelectual realiza as mesmas atividades que os
demais alunos?
7-Você acredita que alunos com deficiência intelectual podem adquirir uma
aprendizagem igual aos outros alunos? Justifique.
8-Alunos deficientes intelectual atrapalham o rendimento do restante da sala de
aula regular? Como?
9-Você tem alunos com deficiência intelectual ou já teve?
10-Qual é o seu olhar para o quesito de incluir alunos deficientes intelectual em
uma sala do ensino regular?
51
APENDICE B
TABELAS DOS RESULTADOS AS PESQUISA FEITA AOS PROFESSORES
Tabela 1- Pergunta nº 01 O que é Deficiência Intelectual?
É um déficit da
Inteligência.
É caracterizada pelo
funcionamento
cognitivo.
É quando a pessoa
não consegue
compreender as
coisas, tem
dificuldade de
aprendizagem.
1 1 9
Tabela1- Resposta do questionário da pergunta nº1
Tabela 2- Pergunta nº2 Para você o que significa Inclusão? É acolher as pessoas independentemente de cor, classe social.
Quando incluímos o indivíduos com algumas dificuldades intelectual.
Ações que garante a participação de todos na sociedade, independentemente da classe social.
4 3 4
Tabela 2- Resposta do questionário da pergunta nº2
Tabela 3- Pergunta nº 3 Você acredita que a inclusão de um aluno com deficiência intelectual da certo em uma sala regular? Justifique
Sim, desde que a inclusão realmente aconteça com atendimento especializado e com atividades adaptadas.
Não, pois na sala regular já existe problemas de aprendizagem.
9 2 Tabela 3- Resposta do questionário da pergunta nº3
52
Tabela 4- Pergunta nº4 As turmas que tem algum aluno com deficiência intelectual teriam que ser menores? Por que?
Sim, pois facilitaria o processo de aprendizagem e daria para o professor ter um cuidado maior.
Não, apesar do aluno precisar de uma ajuda maior é disponibilizado um auxiliar para a sala.
Depende da quantidade de alunos com deficiência intelectual na turma.
8 2 1
Tabela 4- Resposta do questionário da pergunta nº4
Tabela 5- Pergunta nº5 Como ocorre o trabalho com alunos com deficiência intelectual na sala regular?
Com diferentes estratégias de
ensino aprendizagem de
forma a proporcionar ao
aluno melhor interação.
Ocorre de maneira normal,
mais com atenção maior a
eles.
Depende de cada professor e
escola.
Não respondeu.
7 2 1 1
Tabela 5- resposta do questionário da pergunta nº5
Tabela 6- Pergunta nº6 O aluno com deficiência intelectual realiza as mesmas atividades que os demais alunos?
Sim, porem de acordo com suas limitações.
Não, atividade adaptada para o aluno mais com o mesmo objetivo de toda a sala.
Em sua maioria sim, mais muitas vezes devemos interferir ai fazer adaptações.
4 5 2
Tabela 6- Resposta do questionário da pergunta nº6 Tabela 7- Pergunta nº7 Você acredita que alunos com deficiência intelectual podem adquirir uma aprendizagem igual aos outros alunos? Justifique.
53
Sim, pode mais com maior intervenção do professor.
Não, sua aprendizagem é limitada de aprender por partes de acordo com o seu tempo.
Eles podem ter uma grande evolução, mais nada impede que ela seja igual, depende de cada individuo.
5 1 4 Tabela 7- Resposta do questionário da pergunta nº7
Tabela 8- Pergunta nº8 Alunos deficientes intelectual atrapalham o rendimento do restante da sala de aula regular? Como?
Sim, devido a atenção e cuidado maior que o professor precisa ter as vezes, do intuito de ajudar esse aluno.
Não acredito, pois em sua maioria é uma interação com os demais.
Depende do nível de deficiência intelectual.
1 8 2
Tabela 8- Resposta do questionário da pergunta nº8
Tabela 9- Pergunta nº9 Você tem alunos com deficiência intelectual ou já teve?
Não
8 3
Tabela 9- Resposta do questionário da pergunta nº9
Tabela 10- pergunta nº10 Qual é o seu olhar para o quesito de incluir alunos deficientes intelectual em uma sala do ensino regular?
Sou a favor de qualquer tipo de inclusão, desde que tenha suporte da escola, família, e outros profissionais.
Acredito que seja necessária a inclusão, porem existem dois problemas...
Eu acho um absurdo, pois é tudo, menos inclusão.
9 1 1
Tabela 10- Resposta do questionário da pergunta nº10
Sim, e sou a favor da sala especial que infelizmente é dita como saco de problemas.