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APOSTILA

PARTE 2

INTRODUÇÃO

A

EDUCAÇÃO FÍSICA

Profa. Rosely Conceição de Oliveira

UNIPAC/GV. 2014

Rua Manoel Byrro, 241|Vila Bretas \ Governador Valadares–MG \ Telefone: (33) 32126700 - www.unipacgv.com.br

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HISTÓRIA DO ESPORTE

1- INTRODUÇÃO

Não é de todo equivocada a afirmação de que o esporte é um dos fenômenos mais expressivos do século XX – e

a prosseguir pelo século XXI. Sem dúvida, o esporte faz hoje parte, de uma ou de outra forma, da vida da maioria das

pessoas em todo o mundo. Tão rápida e tão “ferozmente” quanto o capitalismo, o esporte expandiu-se a partir da Europa

para o mundo todo e tornou-se a expressão hegemônica no âmbito da cultura corporal de movimento. Hoje ele é, em

praticamente todas as sociedades, uma das práticas sociais de maior unanimidade quanto a sua legitimidade social. No

entanto, em meio ao “boom” esportivo levantam-se algumas vozes, principalmente no meio acadêmico, que expressam

dúvidas quanto aos valores humanos e sociais deste fenômeno.

Serve o esporte como reforço à hegemonia das classes dominantes, ou é, antes, um espaço de articulação de

contra-hegemonia? É ele reflexo das relações sociais “coisificadas”, ou espaço de auto-realização criadora do indivíduo?

Controle e repressão erótica do corpo, ou revalorização da sensibilidade? Elemento da cultura industrial que transforma

os indivíduos em objetos consumidores, ou espaço para a criação cultural? Deve-se festejar a ampliação da prática e

consumo do esporte como acesso a um importante produto social e, na ótica liberal, encarar a “cultura de massas” como

expressão da democracia cultural criada/propiciada pelos meios de comunicação, símbolos vivos da liberdade de

pensamento e expressão, ou dela desconfiar, suspeitando da manipulação das necessidades, dos desejos, da

subjetividade, enfim, do indivíduo?

É inegável o potencial de mobilização que o esporte apresenta na contemporaneidade. Não precisamos de muito

esforço para identificar que na sociedade atual, esta prática corporal constituí-se como um espaço social a mobilizar

pessoas de diferentes etnias, gêneros, idades, classes sociais, credos, possibilidades físicas; sejam como praticantes ou

espectadores. Os eventos esportivos são exemplares dessa afirmação; pois neles podemos visualizar uma espécie de

expressão pública de emoções socialmente consentidas: o frenesi, o congraçamento, a rivalidade, a explosão em

aplausos e lágrimas de sentimentos que fazem vibrar a alma dos sujeitos e das cidades no exato momento em que

vivificam a tensão entre a liberação e o controle de emoções individuais.

A passagem pelos primórdios das práticas esportivas nos faz possível entender o porque do “fenômeno”esportivo

ocupar tão importante lugar entre os homens.

O estudo das práticas Pré-esportivas e tradicionalmente esportivas, ainda muito desconhecidas, ao serem

resgatadas, proporcionará a compreensão das lógicas esportivas anteriores e as mudanças por que passaram até deixar

marcas profundas como o melhor meio de convivência humana.

A história do Esporte consiste em uma trajetória de criações, manifestações estéticas e éticas que remete à

afirmação de que o Esporte é um fenômeno humano sociocultural incomparável.

Segundo Tubino (2008), O Esporte , ao longo da História , pode ser classificado em:

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- Esporte Antigo

- Esporte Moderno

- Esporte Contemporâneo.

2-ESPORTE ANTIGO

A origem do esporte, segundo Ueberhorst, justifica-se pela busca do conhecimento do homem sobre o próprio

homem e também pelo questionamento sobre a importância que o homem deu ao corpo.

Carl Diem afirma que cada época tem seu Esporte e a essência de cada povo nele se reflete.

Numa leitura pedagógica do Esporte Antigo, tomaremos como referência o estudo apresentado por Tubino

(Dicionário Enciclopédico do Esporte/ 2008), que destaca pontos em comuns, identificados :

a) O caráter competitivo é o componente psicossocial fundamental do Esporte;

b) O Esporte precisa de uma visão interdisciplinar, para que continue na perspectiva do progresso do homem;

c) O Esporte, por usar suas regras e códigos, pressupõe um autocontrole que é um dos princípios básicos da

convivência humana;

Na Antiguidade, pode-se afirmar, NÃO ocorreram práticas esportivas como as atuais. O que de fato ocorreu,

excetuando-se a Grécia, foram práticas pré-esportivas com caráter utilitário para a sobrevivência, tais como: natação,

corrida, caça, pesca, equitação, esgrima, arco e flecha e outros. A perspectiva das guerras também levava guerreiros a

atividades esportivas como marchas, caminhadas, lutas e lançamentos, etc.

Nesse efeito, Tubino divide o Esporte Antigo em:

2.1 Práticas Pré-Esportivas Chinesas – São registros remontados de 2.500 a.C. Muitas lutas marciais são

registradas na história dos chineses, dentre elas o Kung-Fu. Praticavam também: Esgrima de sabre, boxe chinês, tiro ao

arco e o T’su – Chu ( jogo de bola com os pés).

Segundo Penna Marinho, quando os sábios chineses conseguiram levar os chineses a uma filosofia de vida

baseada na meditação, as atividades físicas e práticas pré-esportivas começaram a declinar.

2.2 Práticas Pré-Esportivas Japonesas – Os japoneses, por sua configuração geográfica, tiveram suas antigas

atividades pré-esportivas, ligadas ao mar: natação, navegação e pesca.

2.3 Práticas Pré-Esportivas Egípicias – Suas atividades pré-esportivas foram registradas nos desenhos em

tumbas e vasos: arco e flecha, corridas, saltos, arremessos, equitação, esgrima, luta, boxe, natação, corridas, ginástica

acrobática e jogos de bola.

2.4 Práticas Pré-Esportivas Hititas – Povo que habitavam a Mesopotâmia ( atual Iraque), tinham suas ações

sempre montados em cavalos, o que permitiu que fossem colocados como participantes das atividades pré-esportivas da

equitação. Também praticavam natação, remo, esgrima e luta.

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. 2.5 Os Jogos Gregos – Os Jogos Gregos eram festas populares, religiosas, nas quais tomavam parte um

grande número de cidades gregas. Realizavam-se sob a perspectiva do humanismo grego e muitas vezes

acompanhavam cerimônias fúnebres. Outros eram disputados em homenagem e honra a chefes e deuses, chegando a

expressar ritos religiosos.

Devido à fragmentação política do território grego, ocorriam diversas guerras e disputas territoriais. Em função

destes conflitos, a organização social das cidades gregas valorizava a militarização, e em muitas delas o cidadão era

criado com o propósito de servir aos objetivos da sociedade e sua educação era voltada para a preparação militar.

As atividades atléticas e ginásticas eram amplamente utilizadas neste contexto educacional. Como exemplo, na

cidade estado de Esparta, o jovem espartano, dos 07 aos 21 anos, freqüentava instituições escolares estatais cujo

currículo valorizava predominantemente as práticas esportivas com fins militares.

Dentre todos os Jogos disputados na Grécia Antiga, o mais importante foram os Jogos Olímpicos.

2.5.1 Os Jogos Olímpicos - foram criados em 776 a.C, num tratado político de paz, assinado entre as principais

cidades–estado da Grécia; sendo proposta sua realização na cidade de Olímpia a cada quatro anos, com objetivos de

louvar a Zeus, a maior divindade da mitologia grega, e paralisar guerras, na proposição de celebração da paz entre as

cidades gregas.

Assim durante doze séculos, numa periodicidade de 04 em 04 anos, imperou na Grécia uma trégua sagrada; as

guerras cessavam, para que os gregos pudessem disputar e assistir os jogos sagrados de forma harmoniosa.

Dentro de uma regulamentação precisa, os jogos eram dirigidos pelos “helenóices”, magistrados de olhar certeiro,

de conceito ilibado e de grande envergadura moral, cujas atribuições principais consistiam no treinamento de atletas, na

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organização das provas, no julgamento dos vencedores, no policiamento e administração de Olímpia durante o período

das competições. Eles inspiravam completa confiança quanto à imparcialidade.

Participar dos jogos constituía grande honra, pois o atleta ao se inscrever deveria satisfazer as seguintes

exigências: ser homem livre e de origem grega, ser filho legítimo, estar de posse de todos os direitos civis, não

ser culpado de irreverência com a religião, de crime de morte, de falta com o Estado, inclusive impostos, multas

e não cumprimento do serviço militar em época de guerra. Ademais, ficava excluído todo aquele que houvesse

perturbado a paz olímpica e deixado de pagar sansões olímpicas a ele atribuídas. Tudo isso devia ser confirmado em

juramento diante da estátua de Zeus.

Os árbitros também eram submetidos a uma preparação técnica, levando vida em comum com os atletas.

Aprendiam a conhecer os competidores e estes seus futuros juízes.

Próximo das competições os atletas eram transportados para Olímpia, onde se alojavam, sendo despedidos com

as seguintes palavras: “Para Olímpia! Ide ao estádio e mostrai-vos como homens capazes”. Os competidores chegavam

a Olímpia um mês antes do início oficial dos Jogos e passavam por um treinamento moral, físico e espiritual sob a

supervisão dos juízes.

Os Jogos Olímpicos reuniam a elite da sociedade, não somente os atletas da escol, como a fina flor da cultura

literária e artística da época; pois representações teatrais constavam também no programa.

Na 1ª edição dos Jogos Olímpicos, foram disputadas apenas provas de corridas de velocidade, com a inclusão

gradativa de novas modalidades a cada nova edição.

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Corridas de velocidade.

Pentatlo (competição formada por cinco modalidades atléticas incluindo luta livre, salto de distância, corrida,

lançamento de disco e lançamento de dardo)

Pancrácio (combinação de boxe e luta livre).

Corrida de carros (Bigas).

Combates armados

Luta Livre

Arco e Flecha

Arremesso de Peso

Corridas de Longa Distância

Os vencedores recebiam um ramo de palma e uma coroa de oliveira, além de outras possíveis recompensas de

sua cidade, para a qual a vitória representava grande glória. De volta à terra natal eram triunfalmente acolhidos,

podendo inclusive, receber alimentação gratuita pelo resto de suas vidas. A homenagem podia consistir até na ereção

de uma estátua do vencedor, além de poemas que poderiam ser escritos por Píndaro, poeta lírico que produziu diversas

obras, destacando-se hinos em louvor às vitórias de atletas gregos.

Como os Jogos Olímpicos era um festival dedicado a ZEUS, não era permitida a participação, como também a

presença de mulheres; além de que, os atletas competiam NUS. Porém, nas competições de Corridas de Bigas, fora das

áreas sagradas, a presença feminina era permitida; mas às mulheres casadas estava interditada essa presença, salvo as

sacerdotisas, às solteiras não havia restrições. Os bárbaros e escravos podiam assistir às competições, às infrações

eram castigadas com a morte.

A utilização política nas atividades atléticas abrangia, além do uso das mesmas para preparação militar, a

realização de Jogos para promover um relacionamento político saudável entre as cidades-estado. O estabelecimento da

paz sagrada, a grande difusão cultural e religiosa durante os jogos, simbolizava o contrato entre governos das cidades-

estado, e dava um sentido de identidade entre os povos gregos.

Poetas e oradores aproveitavam-se do grande afluxo de pessoas para tornarem-se mais conhecidos através da

declamação de suas obras. Outros ainda aproveitavam o momento, para diversificar seus negócios, realizados numa

grande feira. Pode-se fazer uma idéia aproximada do número de pessoas presentes no festival, considerando o fato de o

estádio de Olímpia comportar 40 mil pessoas sentadas.

Para os gregos cada idade tinha a sua própria beleza e a juventude tinha a posse de um corpo capaz de resistir a

todas as formas de competição, seja na pista de corridas ou na força física. A estética, o físico e o intelecto faziam parte

de sua busca para perfeição, sendo que um belo e forte corpo, era tão importante quanto uma mente brilhante.

O filósofo Sócrates registra a importância do esporte para a sociedade da época: “Nenhum cidadão tem o

direito de ser um amador na matéria de adestramento físico, sendo parte de seu ofício, como cidadão, manter-se

em boas condições, pronto para servir ao Estado sempre que preciso. Além disso, que desgraça é para o

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homem envelhecer sem nunca ter visto a beleza e sem ter conhecido a força de que seu corpo é capaz de

produzir”.

O exemplo maior do conhecimento dessa capacidade física, foi realizado pelo soldado Feidípedes, que correu de

um lugar chamado Marathon até Atenas, para informar ao seu povo a vitória de seu exército fazendo um percurso de

aproximadamente 41km, e ao chegar só teve tempo e forças para dizer “vencemos”, e cair morto seguidamente. Assim,

em homenagem a esse feito histórico, o qual ressaltava o ideal grego de força e superação,nos Jogos Olímpicos da Era

Moderna instituiu-se uma prova de corrida denominada Maratona, tornando-se a mais nobre das provas do atletismo.

O caráter festivo dos jogos foi alterado a partir da segunda metade do século V a C., quando a rivalidade entre as

cidades, principalmente entre Esparta e Atenas, resultou numa guerra civil conhecida na história como Guerra do

Peloponeso. Originalmente sem unidade, o mundo grego estava mais do que nunca esfacelado e enfraquecido, abrindo

caminho para o domínio macedônio e para o imperialismo romano.

Com a conquista da Grécia Antiga pelos romanos, os jogos olímpicos entram em declínio. A proposta inicial

romana, de integrar os cidadãos em competições marcadas pela cordialidade, cede espaço para disputas desleais, pois

os romanos passaram a disputar os jogos, e competindo com um povo que haviam subjugado e dominado não admitiam

derrotas, preparando-se à “sua maneira” para disputar as competições.

Também foi instituído o advento do soldo aos atletas, e pela primeira vez na história, homens passaram a ser

pagos para se dedicar exclusivamente ao esporte. Os atletas viam as Olimpíadas como um reforço no orçamento,

além de que Roma passou a subornar adversários, com dinheiro e mulheres, garantindo assim sua supremacia nas

provas.

A última Olimpíada da Era Antiga aconteceu em 393.d.C, quando o imperador romano Teodósio I, convertido ao

cristianismo, proibiu em todo o território do Império Romano, a realização de festas pagãs para adoração de deuses.

2.6 Práticas Pré-Esportivas Romanas e os Jogos Romanos – Os estudos apresentam uma divisão entre as

atividades pré-esportivas praticadas pelos antigos romanos, de acordo com o período histórico :

2.6.1 De 573 a.C até 510 a.C – exercícios físicos para preparação militar: marchas, corridas, saltos, arremesso

de dardo, arremesso de disco, esgrima, lutas, pugilismo, exercícios eqüestres, natação e remo.

2.6.2 De 510 a.C até 30 a.C – Como haviam dominado a Grécia em 476 a.C, os romanos aproveitaram nesse

período a prática desportiva grega, conforme já citado no penúltimo parágrafo do item 2.51

2.6.3 De 30 a.C até 476 d.C - Período em que se realizaram os Jogos Públicos Romanos.

Os romanos, como os gregos tiveram a realização de seus Grandes Jogos, que foram caracterizados como

circenses e também tinham caráter religioso. Eram grandes festas populares. As disputas aconteciam em Roma e em

outras cidades, às vezes ao mesmo tempo. Foram construídos anfiteatros para a disputa desses jogos, dentre eles o

mais famoso : o Coliseu - Maior e mais famoso símbolo do Império Romano, o Coliseu era um enorme anfiteatro

reservado para combates entre gladiadores ou opondo esses guerreiros contra animais selvagens. Suntuoso,

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era mais confortável do que muitos estádios modernos. Sua construção foi iniciada no ano 72 d.C., por ordem do

imperador Flávio Vespasiano, que decidiu erguê-lo no local de um antigo palácio de Nero, seu antecessor no

comando do império. As obras levaram oito anos para serem concluídas e, quando tudo ficou pronto, Roma já

era governada por Tito, filho de Vespasiano.

Esses jogos iniciaram com Corridas de Bigas, quando os lutadores caiam dos carros, tinham que sobreviver ao

ataque de outros contendores. Mas as corridas de bigas, foram sendo substituídas pouco a pouco pelas lutas de

gladiadores (Militares/ Escravos/ Ladrões/ Cristãos/ Bárbaros), homens armados com espadas e outros artefatos, que

combatiam oponentes e animais. Esses jogos eram oferecidos pelos governantes romanos ao povo e serviam para

aliviar as tensões sociais.

Os jogos tiveram papel importante durante o Império. Nesta época de grandes conquistas territoriais e

expansão externa, as políticas sociais internas muitas vezes eram sonegadas, causando a ira da população. Para evitar

rebeliões e levantes populares, os imperadores adotaram a “Política do Pão e Circo”, ação que conforme a

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necessidade de “controle” do povo ,faziam com que o calendário dos jogos fosse expandido, chegando ao número de

175 dias festivos, quando eram oferecidos além dos jogos , cotas de pães à população.

Ao contrário dos Jogos Olímpicos, repletos de honra e disputas leais, os Jogos Romanos eram caracterizados por

espetáculos bizarros e sangrentos, contendo lutas armadas que se prolongavam até a morte dos gladiadores, lutas

contra animais selvagens e execução de criminosos e cristãos.

2.7 Idade Média , Os Torneios e as Justas - Chama-se Idade Média o período da história compreendido

aproximadamente entre a queda do Império Romano e o período histórico determinado pela afirmação do capitalismo

sobre o modo de produção feudal, o florescimento da cultura renascentista e os grandes descobrimentos (476 até 1450).

Após a queda do Império Romano, as práticas desportivas sofreram enorme decadência. Verificava-se uma

acentuada diferenciação entre as atividades das classes sociais, enquanto os nobres se dedicavam a desenvolver

aptidões guerreiras em torneios e combates, além de praticar a equitação e a caça, o povo tinha grande apego aos jogos

de bola.

Esse declínio do esporte deve-se muito à concepção religiosa; a igreja tinha um entendimento de que corpo e

espírito eram independentes e separados, considerando que as “fraquezas” do corpo impediriam a purificação da alma e

a salvação. Por isso, o que estava ligado ao corpo no sentido de causar prazer, como a dança, a farta alimentação, a

prática sexual e as competições esportivas, eram considerados pecado. Assim , o corpo ficava relevado nos dogmas da

igreja, servindo mais à penitência do que ao desenvolvimento de aptidões físicas.

Os exercícios físicos nos séculos XI, XII e XIII foram base da preparação militar dos soldados, que lutavam nas

Cruzadas empreendidas pela igreja. Nesse período aconteceram:

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Justas Medievais – Disputas entre 2 cavaleiros com armaduras, escudos e lanças.

Soule – Esporte popular de pelota de grande violência, participavam principalmente homens do campo.

Torneios Medievais – Competição que caracterizava uma verdadeira batalha. Os competidores, além de cavalos,

usavam espadas e lanças. Duas equipes, em campo aberto, lançavam-se contra a outra , muitas vezes, após o primeiro

confronto, muitos homens caiam mortalmente abatidos. Participavam a nobreza e alguns profissionais conhecidos como

“trapaceiros” ou batoteiros ( pessoas mentirosas que conseguiam “ entrar” na nobreza, através de espertezas e técnica,

para obter vantagens indevidas e, consequentemente, benefício ilícito)

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Entre os séculos XIV e XVIII, ocorreu um período de transição histórica ( Média – Moderna), onde se destacaram

03 grandes movimentos :

a) Humanista - Movimento social europeu, que recolocou o homem como centro de toda ação e como agente principal

no processo de mudanças sociais. Se antes ( Idade Média) DEUS e a Igreja guiavam o Homem e seus passos, agora o

Homem, por si só, obedecia a reflexão mais aprofundada para discernir seus caminhos. O pensamento humanista fez

ressurgir na cultura européia a filosofia greco-romana, a retomada de diversas atividades, dentre elas a redescoberta

da importância da atividade física.

b) Renascença – movimento iniciado na Itália, e que se estendeu por toda Europa. Foi um período, em que muitas

crenças arraigadas e tomadas como verdadeiras, foram postas em discussão e testadas através de métodos científicos.

Como o homem sempre teve interesse no seu próprio corpo, o período da Renascença fez explodir novamente a cultura

física, as artes, a música, a ciência e a literatura. A beleza do corpo, antes pecaminosa, é novamente explorada pelos

grandes artistas, além da criação de instrumentos e conceitos de estudos, como Leonardo da Vinci , responsável pela

criação de desenho com medidas antropométricas do corpo humano.

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A inclusão da Educação Física Escolar como disciplina, aconteceu também nesse período, Vitório de Feltre que

em 1423 fundou a escola "La Casa Giocosa" incluiu no conteúdo programático os exercícios físicos.

c) Iluminismo - Movimento surgido na França no século XVII, e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica

que dominava a Europa na Idade Média. Contra o abuso do poder no campo social prolongou-se até o século XVIII, com

o lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Como destaque para a atividade física dessa época, os alfarrábios

apontam: Jean-Jaques Rousseau e Johann Pestalozzi . Rousseau propôs a Educação Física como necessária às

crianças para desenvolverem relações com o meio externo. Segundo ele, pensar dependia extrair energia do corpo em

movimento. Pestalozzi foi precursor da escola primária popular e sua atenção estava focada na influência formativa do

exercício físico, no desenvolvimento integral do indivíduo.

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3-ESPORTE MODERNO

No último quarto do século XVIII, em meados de 1760, ocorreu na Inglaterra uma grande evolução científica ,

tecnológica e econômica, a Revolução Industrial. Foram inventadas máquinas que produziam muito mais que o trabalho

manual : máquinas de fiação e tecelagem. E para atender a demanda de trabalho nessas fábricas, houve um grande

êxodo rural, o qual favoreceu o crescimento urbano; pois essa frente de “mão de obra”, era formada por homens,

mulheres e até crianças .

A Revolução Industrial influenciou a mudança na forma de se pensar o mundo. O pensamento racional foi

direcionado a formas de otimização da produção, através de processos que visavam ao acúmulo de capitais.

O esporte moderno se desenvolveu paralelamente ao processo de industrialização herdando dele a

racionalização, sistematização e a orientação ao resultado. A origem do esporte na Inglaterra está em jogos e recreações

populares (jogos com bola), assim como em algumas atividades lúdicas da nobreza britânica (caça, remo, equitação).

Desde o século XVIII até meados do século XIX, ocorriam na aristocracia disputas esportivas, principalmente

corridas curtas, lutas e provas de remo, que serviam para apostas dos disputantes e dos assistentes. Na primeira metade

do século XIX, Thomas Arnold, pedagogo inglês resolveu codificar os jogos existentes, dando-lhes regras e competições,

era o início do Esporte Moderno.

Com a prática esportiva nas escolas aristocráticas inglesas regulamentada, torna-se componente curricular

fundamental , que visava atribuir valores de liderança e disciplina aos futuros dirigentes ingleses.

Porém, a prática de atividades físicas e jogos também aconteciam na classe operária, e num percentual

quantitativo muito maior do que na aristocracia, posto que o crescimento urbano desse período era exacerbado e

desordenado, assim uma regulamentação esportiva também deveria atingir a baixa classe. A prática dos jogos com bola

( futebol), tinha necessidade de regras; afinal sem normas, essa atividade tornar-se-ia um verdadeiro massacre.

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Em conseqüência, foram instituídas nas fábricas atividades físicas regulamentadas, e a burguesia industrial inglesa

usou habilmente os princípios educativos do esporte para desenvolver junto à classe proletária valores como disciplina,

hierarquia, rendimento. Assim, a prática esportiva dos trabalhadores atendeu aos interesses de doutrinação da

burguesia, que sob o pretexto de melhoria e manutenção da saúde e combate aos vícios, visavam na realidade o

aumento da produção e diminuição das faltas.

As fábricas fundaram diversas equipes constituídas por seus operários. A disputa esportiva entre as empresas

gerou a idéia de fidelidade entre o trabalhador e a fábrica; a discussão esportiva desviava a mente dos trabalhadores de

problemas empregatícios e de organizações sindicais. Os operários que se destacavam nas equipes esportivas recebiam

benefícios, horários para treinar, dias de folga e bonificações.

O esporte atingiu na Inglaterra todos os segmentos da sociedade e teve a igreja e as escolas estatais como

agentes propagadores de grande importância. As igrejas, com o objetivo de atraírem fiéis , construíram campos de

futebol em seus arredores, onde eram disputadas partidas após as cerimônias nos finais de semana. As escolas estatais

incluíram o esporte em seus programas seguindo determinações do governo e foram importantes agentes de

massificação da prática esportiva.

No último quarto do séc.XIX, com o desenvolvimento das atividades esportivas, instituiu-se um sistema esportivo,

com a criação de federações e associações, que normatizaram as regras , instituíram recordes, enfim organizaram o

esporte, de maneira tal que foi difundido a outros países. Com o surgimento de ligas e campeonatos, nasceu a figura do

espectador esportivo, provocando a construção de estádios que abrigavam grande número de torcedores. Em fins do

século XIX, o esporte arrastava multidões aos estádios. Os órgãos governamentais perceberam então o poder e

abrangência do esporte e passaram a fazer uso de suas estruturas. Ocorreu uma estatização de entidades esportivas,

fato que trouxe ao esporte o sentimento de patriotismo e representação nacional, sobretudo com a convocação de

seleções para disputa em campeonatos internacionais.

A Inglaterra se firmou no séc.XIX como a grande potência imperial do mundo. Esta posição possibilitou a

exportação de tecnologia e empresas para suas áreas coloniais, sobretudo nas áreas têxteis, de energia elétrica e

ferroviária, e junto com essas empresas, foi exportado para o mundo todo o modelo esportivo inglês.

Segundo Brohm (2003), a gênese do esporte moderno sugere que a origem deve ser buscada

concomitantemente com a consolidação do modo de produção capitalista e da ideologia burguesa.

Isso gerou transformações de performance, medição de resultados e comparações dos mesmos, que não eram

observadas no esporte antigo. A melhoria do desempenho do organismo humano, começou a ser tratada por um sistema

científico. Com efeito o esporte materializou de forma abstrata a performance humana.

4- OLIMPISMO

O Olimpismo é uma filosofia de vida que defende a formação de uma consciência pacifista, democrática,

humanitária, cultural e ecológica por meio da prática esportiva. O objetivo do Olimpismo é colocar o esporte a serviço do

homem, a partir da criação de um estilo de vida baseado na alegria do esforço físico e no respeito entre os cidadãos,

contribuindo para o desenvolvimento do indivíduo e fortalecendo a compreensão e a união entre os povos.

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Baseado nos ideais dos Jogos Olímpicos Gregos da Idade Antiga, e no modelo do esporte inglês, que tinha por

preceitos a competição, a regulamentação das atividades e o jogo limpo “fair play”; no final do séc.XIX (1894) , um

aristocrata francês, o Barão Pierre de Coubertin, organizou e realizou um Congresso Internacional Atlético em Paris, no

qual foi criado o COI ( Comitê Olímpico Internacional).

Nesse Congresso, Coubertin buscou instituir um conjunto de idéias nobres denominado Olimpismo; cujo preceito

básico era o amadorismo, que pregava uma prática desinteressada das atividades esportivas, não sendo permitida a

remuneração dos participantes em função de sua atuação esportiva. Tendo como principais objetivos:

1. Promover o desenvolvimento das qualidades físicas e morais que são a base do esporte;2. Educar a juventude através do espírito esportivo para um melhor entendimento e amizade entre os

povos, ajudando a construir um mundo melhor e mais pacífico;3. Espalhar os princípios olímpicos pelo mundo, criando a amizade internacional;4. Unir os atletas do mundo a cada quatro anos em um grande festival esportivo: os Jogos Olímpicos.

Na atualidade, integram o Movimento Olímpico: o Comitê Olímpico Internacional (COI), os Comitês Olímpicos

Nacionais ( no caso do Brasil o COB) , as organizações esportivas, os atletas e todos os que aceitam a Carta Olímpica.

4.1 JOGOS OLÍMPICOS DE VERÃO OU OLÍMPIADAS:

Com a restauração dos jogos, criou-se a idéia de representação esportiva nacional , esta condição gerou um

sentimento patriótico nos atletas e na população dos países participantes. O esporte exaltou elementos simbólicos, tais

como bandeiras e hinos, que foram exibidos ostensivamente nas cerimônias de abertura e de premiação. Percebendo o

grande poder convocatório e nacionalista do esporte, os governos passaram a investir na preparação de seleções

nacionais em busca do prestígio obtido com vitórias esportivas para seus respectivos regimes políticos.

1. Athenas 1896

Primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, que foram realizados em 1896, em Atenas, com a

participação de 285 atletas que integravam delegações de 13 países. Nessa primeira Olimpíada da Era Moderna o

atletismo destacou-se como principal esporte, sendo realizadas 12 provas, entre corridas, saltos e arremessos.

2. Paris 1900 Diferentemente dos primeiros Jogos, quando a população de Atenas participou com entusiasmo de todos os

eventos, as Olimpíadas de 1900 passaram despercebidas para os parisienses, principalmente por causa da falta de

informação e organização. Além disso, os Jogos concorreram como coadjuvante diante de outro evento: Paris se

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preparava para organizar uma grande Feira Mundial (atual Expo), tendo a Torre Eiffel como porta de entrada da

exposição industrial e tecnológica.

O acúmulo de eventos fez com que os Jogos Olímpicos acabassem sendo disputados em longos cinco meses,

tendo a França, como era de se esperar, como grande vitoriosa nos Jogos.

A presença de mulheres nos Jogos (em Atenas-1896 só participaram homens) causou uma grande polêmica no

meio intelectual e esportivo.

3. St. Louis 1904A Olimpíada de Saint Louis, nos Estados Unidos entrou para a história como a pior de todos os tempos. A péssima

organização do evento e o baixo desempenho dos atletas fizeram dos Jogos um espetáculo deprimente, beirando o

ridículo. Apenas 12 países mandaram representantes para os EUA. A interferência política fez com que Coubertin

ficasse decepcionado com os organizadores dos Jogos e não comparecesse à cerimônia de abertura.

De forma positiva , pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, os vencedores foram premiados com medalhas de ouro,

os segundos levaram a prata e os terceiros, o bronze.

4. Londres 1908 Nos Jogos Olímpicos de Londres a participação feminina tornou-se definitiva - 36 mulheres, houve também uma

mudança no percurso da prova da MARATONA, para que a família real britânica pudesse assisti-la do Castelo de

Windsor. Desde então, os 41km de prova, passaram oficialmente para 42,195 Km.

Essa foi a última edição dos Jogos em que o país sede definiu a arbitragem; pois devido a inúmeros equívocos e

parcialidade dos juízes em prol das equipes do país sede, o COI apropriou-se dessa função para todos as edições

seguintes.

5. Estocolmo 1912Com a participação de 2407 atletas de 28 países (recorde até então), os Jogos de Estocolmo-1912 tiveram 14

esportes no programa - a edição anterior contou com 22 esportes, em sua maioria já extintos. Para abrigar as

principais provas do atletismo, os suecos construíram um estádio Olímpico que mais lembrava uma fortaleza

medieval, com seus tijolos de cor cinza-vulcânica. A natação feminina entrou pela primeira vez nas Olimpíadas,

tornando irreversível a participação das mulheres nos Jogos.

6. Antuérpia 1920 Criação da bandeira olímpica por Pierre de Coubertin, os cinco anéis entrelaçados simbolizavam os cinco

continentes, com seus desportistas enfrentando – se numa competição justa. As cinco cores , sobre um fundo

branco , estavam compostas originariamente em todas as bandeiras do Mundo.

Foi a Primeira Participação do Brasil em Olimpíadas, com a conquista da Primeira Medalha Ouro Individual com

Guilherme Paraense na Prova de Tiro.

7. Paris 1924Com a participação de 2956 atletas, entre eles 136 mulheres, representando 44 países, um recorde até então, para

felicidade e glória de Pierre de Coubertin, que via os Jogos voltarem à sua terra natal, após vinte anos, bastante

revigorados, com a presença de 1000 jornalistas e a primeira transmissão radiofônica das provas.

Foi também a primeira vez que os atletas se instalaram numa pequena vila olímpica, formada de várias pequenas

casas de madeira.

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8. Amsterdã 1928Pela primeira vez na história, uma edição das Olimpíadas foi realizada sem a presença do Barão de Coubertin.

Criador dos Jogos Olímpicos Modernos e então presidente do COI, o Barão afastou-se do cargo em 1925,

acreditando que sua missão estava cumprida. Coubertin também estava desiludido com a crescente

profissionalização do esporte, que desvirtuava o ideal olímpico pregado pelo francês, e se refugiou na Suíça.

9. Los Angeles 1932 A crise da bolsa de 29 fez o mundo duvidar do poderio econômico dos EUA e a economia norte-americana só

começaria a se recuperar em 1933, com o New Deal do presidente Roosevelt. No esporte, porém, a resposta veio já

em 1932, com os Jogos Olímpicos de Los Angeles.

A crise financeira no Brasil também fez a diferença nos Jogos. O Governo Brasileiro financiou a viagem dos atletas

para Los Angeles em troca de trabalho. A delegação brasileira embarcou com 50 mil sacas de café em um navio e

tinha de vender a semente pelo caminho. Quem não vendesse, não competiria. Dos 69 atletas que foram para os

Estados Unidos, 24 acabaram retornando. Além dos atletas que superaram a "eliminatória do navio", outros 13

atletas viajaram por conta própria, completando a equipe. Entre os 58 atletas brasileiros, havia apenas uma mulher.

A nadadora Maria Lenk, que se tornou a primeira atleta sul-americana a competir numa Olimpíada. Lenk participou

da prova dos 100 m livre, 100 m costas e 200 m peito, na qual foi eliminada nas semifinais. A atleta aprendeu a

nadar no rio Tietê e ficou conhecida no país por introduzir por aqui o nado borboleta.

10. Berlim 1936 Nesse período a Alemanha era governada pelo nazismo tendo como líder supremo e totalitário : Adolf Hitler. A

ascensão do nazismo na Alemanha foi favorecida pelas humilhações sofridas pelo povo em função das imposições

do Tratado de Versailles após a primeira guerra mundial, que responsabilizou a Alemanha pelo conflito, obrigando-a

a pagar pesadas reparações, crises econômicas e o temor da revolução comunista que acontecia na Rússia.

Assim, após assumir o poder, Hitler inicia uma campanha de perseguição e combate aos opositores do regime

nazista, e ao mesmo tempo combateu frentes de desemprego com frentes de trabalho e incentivos à indústria.

Em 1931, a Alemanha apresentou intenções de sediar as Olimpíadas de 1936 na cidade de Berlim, num interesse

de exaltar a honra do povo e divulgar internacionalmente a imagem poderosa da Alemanha Nazista. A intensa

participação do Estado Nazista e do Exército alemão na organização dos jogos, fez surgir nos EUA, França,

Inglaterra e em outros países europeus, suspeitas quanto à intenção de utilização política dos jogos. Foram iniciadas

campanhas de boicote; pois outro receio era a perseguição racial sofrida pelos judeus na Alemanha, e alguns países

sentiam-se inseguros em levar seus atletas de origem negra e judaica aos jogos, sendo revertido após uma série de

medidas e compromissos firmados pelo governo alemão junto ao COI.

A máquina do Estado Nazista, realizou a melhor edição dos jogos até então, a população foi orientada a receber

bem os participantes, dando uma visão de exaltação de honra e glória ao regime nazista. Hitler também tinha a

intenção de comprovar a supremacia da raça ariana nas provas atléticas dos jogos. No entanto, a hegemonia alemã

foi ameaçada pela equipe de atletismo dos EUA, composta entre outros, por dez atletas negros que conquistaram

oito medalhas de ouro. Com destaque para o atleta Jesse Owens, ganhador de quatro dessas medalhas de ouro,

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nos 100 e 200 metros rasos, revezamento 4x100 metros e salto em distância, prova em que derrotou o campeão

europeu e alemão Luz Long. Após a vitória de Owens, Hitler deixou o estádio irritado, sem cumprimentá-lo como

havia feito até então com os campeões.

Todavia, a anfitriã, com a maior delegação dos jogos, conquistou o maior número de medalhas olímpicas, 90 contra

56 dos EUA.

Também foi nessa edição doa jogos que aconteceu o 1° Revezamento da Tocha Olímpica.

11. Londres 1948

Ainda abatida pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial, Londres voltou a receber os Jogos Olímpico em 1948,

doze anos após a última edição realizada. A capital inglesa, mesmo parcialmente destruída e sem muita verba para

organização, hospedou todos os atletas e cumpriu com eficiência a tarefa de ser sede. O Brasil conquistou a

primeira medalha no esporte coletivo : bronze no basquete masculino.

12. Helsinque 1952

O conflito entre duas potências mundiais, EUA e a União Soviética, denominado Guerra Fria, teve início após o término

da Segunda Guerra Mundial. Este embate se estendeu pela segunda metade do séc.XX , em uma grande disputa

ideológica e armamentista.

As pressões resultantes da Guerra Fria foram sentidas nas disputas esportivas, a URSS iniciou sua participação em

Helsinque, 1952, disposta a mostrar ao mundo a excelências do comunismo; pois nos quatro anos que antecederam

esses jogos foram destinados grandes recursos a projetos esportivos, visando formar atletas de alto nível que

representasem a ideologia comunista nos jogos. Assim a partir desses jogos, iniciou-se uma disputa paralela à

Olimpíada, o confronto ideológico entre dois blocos antagonistas dentro de recintos esportivos, resultando boicotes dos

EUA e aliados , e da URSS e bloco socialista .

A Guerra Fria foi um combate de tensões e ameaças apocalípticas que deixaram o mundo à sombra da guerra até o

final da década de 80 com a queda do muro de Berlim e o declínio e esfacelamento da União Soviética.

Neste contexto o esporte foi usado como instrumento ideológico e de propaganda por ocasião de competições

internacionais e Jogos Olímpicos. Foi uma arma simbólica dos blocos opostos, transformando piscinas, ginásios e

estádios em campos de batalha. As vitórias esportivas foram usadas para reafirmar o prestígio político e a soberania

de cada regime.

Nessa edição também o atleta brasileiro Adhemar Ferreira da Silva, bateu o recorde olímpico do salto triplo e

conquistou sua 1ª medalha de ouro.

13. Melbourne 1956

Esta foi a primeira vez que os Jogos Olímpicos foram disputados no hemisfério sul. E tiveram uma peculiaridade: as

provas de hipismo não aconteceram em Melbourne, mas em Estocolmo. As severas leis de quarentena da Austrália

atrasariam a autorização da entrada de cavalos estrangeiros e a solução encontrada pelos organizadores foi transferir

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as provas da modalidade para a Suécia, cinco meses antes do início dos Jogos. O time americano de basquete

liderado por Bill Russel e K.C. Jones impôs a performance mais dominante da história Olímpica. Os americanos

marcaram mais que o dobro de pontos que os seus adversários e venceram todos os jogos com pelo menos 30

pontos de vantagem. Pelo Brasil, Adhemar Ferreira da Silva conquistou o bicampeonato Olímpico no salto triplo.

Adhemar Ferreira da Silva

14. Roma 1960

Os Jogos Olímpicos Roma 1960 foram os primeiros a serem transmitidos pela televisão, ao vivo, para 20 países.

Cerca de 200 milhões de pessoas assistiram às competições sem sair de casa.

A capital italiana também testemunhou as vitórias do norte-americano Cassius Clay, que mais tarde seria imortalizado

como Muhammad Ali, seu nome muçulmano. O pugilista foi campeão Olímpico na categoria meio-pesado.

O Brasil conquistou duas medalhas de bronze: uma na natação, outra no basquete.

15. Tóquio 1964

Tóquio recebeu os primeiros Jogos Olímpicos do continente asiático. Grandes investimentos foram feitos para a

construção de ginásios e complexos esportivos, além de melhorias no transporte público da cidade. Foi lá que o judô e

o vôlei (primeiro esporte coletivo disputado por mulheres) passaram a fazer parte dos Jogos.

A ginasta russa Larisa Latynina adicionou seis novas medalhas à sua incrível coleção. Em três Jogos Olímpicos ela

conquistou nove medalhas de ouro, cinco de prata e quatro de bronze, um total de 18 medalhas. A seleção brasileira

masculina de basquete conquistou sua terceira medalha olímpica de bronze.

16. México 1968

A Cidade do México recebeu os primeiros Jogos Olímpicos realizados na América Latina, onde se apresentaram ao

mundo a dois tipos de doping. O primeiro, natural, resultado da altitude: disputados a 2.240 metros do nível do mar,

com resistência do ar menor e 30% de oxigênio a menos, os Jogos tiveram 68 recordes mundiais e 301 recordes

olímpicos quebrados.

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O segundo, artificial. A Cidade do México viu, pela primeira vez, o controle antidoping em Olimpíadas. Somente um

atleta foi eliminado por testar positivo a substâncias proibidas - o sueco Hans-Gunnar Liljenvall, do pentatlo moderno,

por excesso de álcool.

Além disso, testes de comprovação de sexo para as provas femininas foram adotados, pelas suspeitas sobre as

características físicas de algumas campeãs dos países do bloco socialista. Nenhuma mulher foi desclassificada, mas

muitas atletas importantes não se inscreveram para os Jogos.

O Brasil aproveitou os primeiros Jogos disputados na América Latina para conseguir seu melhor desempenho olímpico

da década. No México, foram uma medalha de prata e duas de bronze.

No atletismo, o salto triplo novamente rendeu medalha ao Brasil, foi a vez de Nelson Prudêncio conquistar a prata. Ele

saltou 17,27m, novo recorde mundial. Na última tentativa, quando o brasileiro já saboreava a vitória, o soviético Viktor

Saneyev atrapalhou a festa verde-amarela e saltou 17,39m, conquistando o ouro.

No boxe, o paulista Servílio de Oliveira conquistou a primeira e única medalha da modalidade, bronze nos meio-

médios, após perder as semifinais pelo mexicano Ricardo Delgado.

A terceiro medalha veio em uma modalidade que, no futuro, se tornaria a mais vitoriosa do país em Olimpíadas, a vela.

Na classe Flying Dutchmann, Reinald Conrad e Burkhard Cordes ganharam o bronze.

17. Munique 1972

A Olimpíada de Munique ficou marcada pela matança de 18 pessoas, entre atletas israelenses, terroristas palestinos e

policiais. Pela primeira vez, o maior evento esportivo do mundo foi paralisado. Cogitou-se suspender os Jogos, mas o

COI decidiu manter a programação original.

Um grupo de terroristas palestinos da organização Setembro Negro invadiu a Vila Olímpica de Munique e ingressou

nos dormitórios da delegação israelense. Duas pessoas foram assassinadas imediatamente e outras nove foram feitas

reféns do grupo. Os terroristas pediram a libertação de 200 árabes prisioneiros em Israel e ameaçaram executar dois

reféns a cada hora. No final, após uma estratégia errada da polícia alemã, os onze atletas israelenses foram mortos e

quase todos os seus agressores também. Após o triste incidente, ocorrido quase no final dos Jogos, as atividades

foram retomadas.

O grande nome de Munique e um dos maiores de todos os Jogos Olímpicos foi o do nadador norte-americano Mark

Spitz. Campeão olímpico de sete provas da natação, Spitz também quebrou o recorde mundial de todas elas, numa

façanha sem paralelos no mundo do esporte. O feito de Spitz, que assombrou o mundo, transformou-o num alvo

preferencial do terrorismo por ser judeu e ele foi retirado às pressas da cidade após o ataque à vila olímpica e enviado

de volta aos EUA. Essa edição é marcada também pela 1ª utilização de um Mascote Olímpico ( Waldi )

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O Brasil participou com quase o mesmo número de atletas da edição anterior, 89 contra 84 na Cidade do México.

Participando outra vez de 13 modalidades, os brasileiros conquistam duas medalhas de bronze. No atletismo, e mais

uma vez no salto triplo, o Brasil chegou ao pódio com Nélson Prudêncio, e no judô, com Chiaki Ishii, na categoria meio-

pesado.

18. Montreal 1976

A ginasta romena Nadia Comaneci, de apenas 14 anos de idade, encantou o mundo logo na sua primeira exibição, nas

barras assimétricas, com uma nota 10! A nota máxima nunca tinha sido dada a ninguém antes disso e essa foi a primeira

de uma série. Ao final das competições, a ginasta havia totalizado sete notas 10, três medalhas de ouro, uma de prata e

uma de bronze.

No Canadá, a delegação brasileira repetiu o desempenho de Munique-1972, conquistando duas medalhas de bronze.

Com uma delegação de 81 atletas, dos quais apenas sete mulheres, o Brasil participou de 13 modalidades.

Seguindo a tradição do atletismo, o salto triplo foi o destaque do país. Depois dos feitos de Adhemar Ferreira da

Silva e Nelson Prudêncio em edições anteriores dos Jogos, foi a vez de João do Pulo subir ao pódio para levar

o bronze.

João do Paulo chegou a Montreal como recordista mundial da prova, com a marca de 17,89 m do Pan do México-1975.

O brasileiro liderou a fase eliminatória, mas não conseguiu passar dos 16,90 m e foi superado pelo soviético Viktor

Saneyev, que faturou o ouro pela terceira vez consecutiva, com 17,29 m. O saltador, que morreu em 1999, participou

ainda da Olimpíada seguinte, em Moscou-1980, onde foi bronze.

O segundo bronze do Brasil foi na vela, com a dupla Reinaldo Conrad e Peter Ficker na classe Flying Dutchman,.

19. Moscou 1980

A Olimpíada de Moscou tinha tudo para ser grandiosa. Desde 1974, quando a escolha foi anunciada, a capital russa

preparou-se para apresentar ao mundo uma Olimpíada para a glória do regime comunista. Mas, no ano olímpico, as

diferenças políticas levaram a um boicote majoritário, que transformou e esvaziou o torneio.

A invasão das forças soviéticas ao Afeganistão em dezembro de 1979 fez o presidente dos Estados Unidos, Jimmy

Carter, anunciar um boicote aos Jogos. No total, 61 países aderiram ao apelo dos EUA. Com isso competições

aguardadas como basquete, atletismo e natação, perderam o brilho. Somente 80 países – o menor número desde

1956 – estiveram presentes (apenas 5.179 atletas, 4.064 homens e 1.115 mulheres).

O Brasil foi favorecido por tantas ausências e teve o seu melhor desempenho em Olimpíadas desde sua estreia, em

1920, em Antuérpia. Com duas medalhas de ouro e duas de bronze, o país termina em 17° na colocação final no

quadro geral de medalhas - a melhor posição em todos os tempos.

Após 24 anos, os brasileiros finalmente voltaram a ganhar o ouro olímpico. E pela primeira vez em dose dupla. Na

vela, Alexandre Welter e Lars Bjorkstrom ficaram em primeiro lugar na classe Tornado e Marcos Pinto Rizzo Soares e

Eduardo Penido venceram na classe 470.

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No atletismo, o Brasil ganhou um bronze com João Carlos de Oliveira, o João do Pulo. O saltador, que já tinha levado

o bronze em 1976, obteve a sexta medalha nacional no salto triplo. Essa foi a última participação de João do Pulo em

Olimpíadas. No ano seguinte, o atleta teve a perna direita amputada após um acidente automobilístico. Em maio de

1999, João do Pulo morreu de infecção generalizada.

20. Los Angeles 1984

Depois da debandada de Moscou, foi a vez de os soviéticos revidarem o boicote dos Estados Unidos. Mas nem a

ausência da União Soviética e seu bloco de aliados socialistas, como Cuba e a Alemanha Oriental, impediu que Los

Angeles obtivesse um número recorde de países participantes: 140. Os Jogos também marcaram a volta da China à

competição após 32 anos de ausência.

Após o bom desempenho em Moscou, o Brasil enviou uma delegação ainda maior para Los Angeles. Com 166

atletas, sendo 145 homens e 21 mulheres, o país dobrou o número de medalhas conquistadas, com oito no total, um

recorde até então: um ouro, cinco pratas e dois bronzes.

O brasiliense Joaquim Cruz foi o único vencedor do país e de quebra estabeleceu novo recorde olímpico nos 800 m

rasos, 1min43s00, que durou até Atlanta-1996. Já a seleção masculina de vôlei perdeu apenas para os anfitriões e foi

vice-campeã. William, Bernard, Montanaro, Xandó, Renan, Amauri e cia. ficaram conhecidos como a geração de

prata.

Na natação, o então recordista mundial Ricardo Prado conquistou a medalha de prata nos 400 m medley, com

4min18s45. O Brasil também manteve a tradição de pódios na vela e trouxe mais pratas, com Torben Grael e Daniel

Adler, na classe Soling. Outro esporte que rendeu medalhas foi o judô, com a prata de Douglas Vieira na categoria

meio-pesado e dois bronzes, de Walter Carmona (médio) e Luís Onmura (leve).

No futebol, a seleção foi à final pela primeira vez e acabou com o vice. Na primeira competição em que os

profissionais puderam atuar (desde que não tivessem participado de Copas do Mundo), o Brasil foi derrotado pela

França por 2 a 0.

21. Seul 1988

Depois de três edições tumultuadas, a grande maioria dos países filiados ao Comitê Olímpico Internacional (COI)

voltou a participar dos Jogos em Seul. Após os boicotes de africanos em Montreal-1976, norte-americanos em

Moscou-1980 e soviéticos em Los Angeles-1984, a Olimpíada enfim foi disputada pelas maiores potências do esporte,

com exceção de Cuba.

Se a organização foi impecável, um escândalo de doping manchou a Olimpíada. O canadense Ben Johnson,

vencedor dos 100 m rasos com 9s79, foi desclassificado três dias depois, após um exame apontar o uso de

esteróides anabolizantes. Estas foram as Olimpíadas do velocista americano Carl Lewis, figura mais popular dos

Jogos, que igualou o recorde de Jesse Owens em 1936, conquistando quatro medalhas de ouro nos 100, 200 e

revezamento 4x100m, além do salto em distância.

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O único ouro do Brasil veio no judô com Aurélio Miguel, que venceu cinco combates na categoria meio-pesado. No

atletismo, o então recordista olímpico Joaquim Cruz não repetiu o feito de Los Angeles e, com 1min43s90, ficou com a

prata. Já Róbson Caetano levou bronze nos 200 m, com o tempo de 20s4.

A segunda prata do Brasil veio com a seleção, que repetiu o resultado de quatro anos antes. Sob o comando de

Carlos Alberto Silva, o time, que teve Taffarel, André Cruz, Mazinho, Jorginho, Neto, Bebeto, Ricardo Gomes e Valdo

perdeu a final para a União Soviética por 2 a 1 na prorrogação. Romário foi o artilheiro do torneio.

Na vela, vieram mais dois bronzes, com Torben Grael e Nelson de Barros Falcão, na classe Star, e Lars Grael e Clinio

Freitas, na Tornado.

22. Barcelona 1992

Depois dos Jogos de Seul, em 1988, o mundo passou por grandes transformações na sua geopolítica. O apartheid foi

banido da África do Sul, o que possibilitou o retorno do país aos Jogos. Alemanha se reunificou após a queda do muro

de Berlim, em 1989. A União Soviética fragmentou-se em 15 novas repúblicas no ano da véspera da competição.

Voltaram as Jogos a Estônia, Letônia e Lituânia, ausentes há mais de meio século dos Jogos por causa da ocupação

soviética, também participaram.

As repúblicas da antiga União Soviética desfilaram em Barcelona sob o nome de Comunidade dos Estados

Independentes (CEI), mas quando subiram ao pódio os atletas tiveram içadas as bandeiras de seus próprios países.

A Albânia, livre da ditadura, voltou aos Jogos após 30 anos. Cuba, Coréia do Norte e Etiópia também encerraram seu

boicote. A Iugoslávia, sancionada pelas Nações Unidas pela agressão militar à Croácia e à Bósnia, foi proibida de

participar das competições por equipes, mas os atletas do país puderam competir como "atletas olímpicos

independentes". A chama olímpica foi acesa com uma flecha lançada pelo arqueiro paraolímpico espanhol Antonio

Rebollo.

Formada por Tande, Amauri, André, Carlão, Douglas, Giovane, Janelson, Jorge Édson, Marcelo Negrão, Maurício,

Paulão e Talmo, a seleção masculina de vôlei, comandada por José Roberto Guimarães, fez uma campanha

impecável e consagrou-se como a “Geração de ouro” ao vencer a Holanda por 3 sets a 0 na final.

Foi o primeiro ouro em esportes coletivos do Brasil, além do fim do jejum de oito anos que o país não subia mais

de uma vez ao lugar mais alto do pódio. No judô, Rogério Sampaio aumentou a lista com vitória dramática na

categoria meio-leve, em que derrotou o húngaro Jozsef Csak na contagem de pontos para levar o segundo ouro.

Gustavo Borges por pouco não conseguiu o terceiro, e levou prata nos 100 m livre.

Na natação, a conquista também foi sofrida. A prova foi bastante acirrada, com o russo Aleksandr Popov, Borges e o

francês Stephan Caron. Assim que os nadadores completaram a prova, o nome do brasileiro não apareceu no placar.

O chefe da delegação brasileira, pulou a mureta da arquibancada e foi reclamar. O nome de Borges apareceu na

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quinta colocação. Nunes continuou lutando e os fiscais resolveram assistir ao videoteipe da prova: prata para o

Brasil.

23. Atlanta 1996

Os Jogos do centenário das Olimpíadas deveriam ter sido realizados em Atenas, na Grécia. No entanto, acabaram

cedidos a Atlanta, na Geórgia, pela pressão exercida pela Coca-Cola, que tem sede na cidade. Com a participação de

mais de 10 mil atletas e de 197 países, os Jogos de 1996 deram novo passo ao gigantismo.

Com sua maior delegação na história das Olimpíadas, o Brasil conseguiu em Atlanta seu melhor desempenho nos

Jogos, desde sua estreia, em 1920. Com 225 atletas, o Brasil conquistou 15 medalhas (três ouros, três pratas e nove

bronzes).

Com direito a uma final nacional, Jacqueline e Sandra, do vôlei de praia, tornaram-se as primeiras brasileiras a ganhar

um ouro olímpico. Na decisão, a dupla venceu Mônica e Adriana Samuel, medalhistas de prata. Na quadra, a equipe

feminina ficou com o bronze ao derrotar a Rússia.

O esporte que mais rendeu pódios foi a vela: Robert Scheidt e Torben Grael (com Marcelo Ferreira) levaram o ouro nas

classes Laser e Star, e Lars Grael e Kiko Pellicano terminaram em terceiro lugar na Tornado. Pela terceira edição

consecutiva dos Jogos, o judô também fez uma boa participação. Aurélio Miguel, na categoria meio-pesado, e Henrique

Guimarães, entre os meio-leves, trouxeram dois bronzes.

No futebol, o time de Zagallo tinha Dida, Bebeto, Ronaldo, Aldair, Rivaldo e Roberto Carlos, mas não cumpriu as

expectativas. A seleção perdeu para a Nigéria, de virada, por 4 a 3 na semifinal e derrotou Portugal na decisão do

terceiro lugar.

Dois quartetos completaram a lista de medalhas brasileiras. Robson Caetano, André Domingos, Arnaldo de Oliveira e

Édson Luciano puseram o atletismo novamente no topo, depois da apagada atuação em 1992, e levaram o bronze no

revezamento 4 x 100 m. No hipismo, a equipe formada por Rodrigo Pessoa, Álvaro Affonso de Miranda Neto (Doda),

André Johannpeter e Luiz Felipe Azevedo também ficou em terceiro lugar nos saltos.

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24. Sidney 2000

A Olimpíada australiana pode ser considerada a Olimpíada dos números. Foram batidos os recordes de atletas

participantes, países, mulheres, jornalistas, voluntários, esportes, provas, medalhas, direitos de TV e espectadores.

Livre de boicote e atentados, o maior problema do evento foi o fuso horário, que prejudicou o maior público mundial, o

Ocidente. Os EUA, por exemplo, não transmitiram nenhuma prova ao vivo, muito também pela decisão da NBC, que

detinha os direitos de divulgação.

Pela primeira vez desde os Jogos de Montreal-1976, o Brasil ficou sem medalhas de ouro em uma Olimpíada. Em

contrapartida, os atletas brasileiros tiveram a segunda melhor campanha na história no total de medalhas, com 12, seis

pratas e seis bronzes, perdendo apenas para Atlanta-1996, com 15.

O vôlei de praia foi o esporte que mais conquistou medalhas: prata com Shelda/Adriana Behar, campeãs mundiais, e

bronzes com Zé Marco/Ricardo e Sandra Pires/Adriana Samuel. O judô e a vela, esportes em que o Brasil vinha

conquistando pódios desde 1968, deram ao país quatro medalhas. Foram duas pratas no judô (Carlos Honorato, na

categoria médio, e Tiago Camilo, na leve) e uma prata e outro bronze na vela (Robert Scheidt, segundo na classe

Laser, e Torben Grael e Marcelo Ferreira, terceiros na Star).

Com a conquista, Torben Grael tornou-se o brasileiro com o maior número de medalhas, ao lado do nadador Gustavo

Borges. Torben contabilizou prata em Los Angeles-1984, bronze em Seul-1988 e ouro em Atlanta-1996. Já Borges, que

ganhou bronze em Sydney no revezamento 4 x 100 m livre, foi prata em Barcelona-1992, e prata e bronze em Atlanta-

1996.

No atletismo, o quarteto brasileiro do 4x100 m rasos levou a medalha de prata. O time formado por Vicente Lima,

Édson Ribeiro, André Silva e Claudinei Quirino terminou a prova apenas atrás dos norte-americanos. No hipismo, a

equipe brasileira de saltos, que teve Álvaro Miranda Neto, André Johannpeter, Luiz Felipe de Azevedo e Rodrigo

Pessoa, ficou com bronze.

Duas seleções femininas trouxeram bronze: basquete e vôlei. No futebol, o time do técnico Vanderlei Luxemburgo

perdeu para Camarões nas quartas e manteve o tabu do ouro olímpico. No feminino, o país ficou em quarto.

25. Athenas 2004

A volta ao palco dos Jogos Olímpicos antigos também simbolizou a primeira vez na história em que todos os países do

mundo com um comitê nacional olímpico se inscreveram.

Estréia do norte-americano Michael Phelps, o novo fenômeno da natação, que conquistou seis medalhas de ouro e

duas de bronze, num total de oito ganhas, tornando-se o maior dos nadadores olímpicos depois do lendário compatriota

Mark Spitz.

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O Brasil teve em Atenas a sua maior participação na história olímpica, conseguindo cinco medalhas de ouro e um

inédito 16º lugar geral.

Foram cinco ouros: seleção masculina de vôlei, Torben Grael/Marcelo Ferreira (Star) e Robert Scheidt (Laser) na vela,

Emanuel e Ricardo no vôlei de praia, e Rodrigo Pessoa no hipismo. Este último de herança, só confirmado após o

doping do cavalo campeão.

O único revés ocorreu no último dia de competição, durante a maratona, para tristeza dos torcedores brasileiros. À

frente na disputa masculina, Vanderlei Cordeiro foi alvo do ataque de um manifestante religioso, o padre irlandês

Cornélius Horan, que furou a segurança. Com ajuda de outro espectador da prova, Vanderlei conseguiu voltar à

corrida, mas demorou para retomar seu ritmo e ficou com o bronze. O maratonista recebeu também a medalha do

Barão de Cobertin, e tornou-se o herói olímpico de Atenas.

26. Pequim 2008

Primeira edição dos Jogos Olímpicos realizada na China, foram os mais grandiosos e bem organizados Jogos de todas

as edições realizadas; proporcionaram a quebra de 43 recordes mundiais e 132 recordes olímpicos. Um total de 87

nações conquistaram medalhas durante os Jogos.

O Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro na natação, com o velocista César Cielo Filho, nos 50 metros livre.

E Maurren Maggi conquistou o primeiro ouro individual feminino, na prova do Salto em distância do atletismo.

Mas o grande atleta dessa Olímpiada, o nome que ninguém irá esquecer é Michael Phelps, que conquistou oito

medalhas de ouro, sete recordes mundiais e um olímpico na natação, tornando-se o maior campeão olímpico da era

moderna. Como reconhecimento pelo esforço de Phelps, o COI concede-lhe a medalha Pierre de Coubertin, a mais alta

honraria dada a um atleta olímpico.

27. Londres 2012 O Comitê Olímpico Internacional ao avaliar itens como segurança, saúde, transporte, serviços de hotelaria e infra-

estrutura, escolheu Londres como a sede Olímpica de 2012, vindo ser a primeira cidade a sediar 03 edições dos Jogos

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Olímpicos da Era Moderna

, com 205 países participantes, aproximadamente 10.500 atletas e 32 esportes.

Atletismo Badminton Basquete Boxe Canoagem Canoagem Ciclismo Slalon Velocidade

Esgrima Futebol Ginásticas Handebol Hipismo Lutas Maratona Aquática

Natação Remo Saltos Tae Kwon do Tiro com Arco Triathlo Vela

Hóquei Judô Levantamento Nado Pentatlo Moderno Pólo Tênis de Peso Sincronizado Aquático

Tênis Tiro Volei Volei de de Mesa Praia

O Brasil conquistou 17 medalhas nas Olimpíadas de Londres, sendo 3 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze, o que

representa um recorde para o nosso país, ficando na 22ª colocação do quadro de medalhas. Porém, mesmo valorizando

a marca alcançada, nós, brasileiros, esperávamos muito mais.

OURO : Sarah Menezes – judô , Arthur Zanetti – ginástica artística e Voleibol Feminino.

PRATA : Thiago Pereira – natação, Alison e Emanuel – vôlei de praia, Futebol Masculino , Esquiva Falcão – boxe,

Voleibol Masculino.

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BRONZE : Adriana Araújo – judô , Rafael Silva – judô, Mayra Aguiar – judô, Vela Classe Star , Cesar Cielo – natação,

Felipe Kitadai – judô , Juliana e Larissa – Volei de Praia, Yamaguchi Falcão – boxe, Yane Marques – Pentatlo Moderno.

Phelps foi a grande estrela da Olimpíada, mais uma vez. Apesar de longe do predomínio apresentado em Pequim

2008 até ficou fora do pódio dos 400 m medley -, bateu o recorde da ginasta Larissa Latynina, dona de 19 medalhas, e

chegou a 22 condecorações, sendo 18 delas de ouro. Desta vez foram seis medalhas, sendo quatro de ouro e duas de

prata.

Mas a grande imagem dos Jogos, o atleta de inegável carisma que atraiu todas as lentes para si, foi Usain Bolt que

tornou-se o primeiro bicampeão a vencer de maneira consecutiva, em duas olimpíadas, os 100 e os 200 metros.

4.2 SÍMBOLOS OLÍMPICOS

AROS OLÍMPICOS : talvez seja o mais forte símbolo olímpico. Os cinco aros interligados, nas cores azul, amarelo,

preto, verde e vermelho representam a união dos cinco continentes, e pelo menos uma de suas seis cores (aqui vale

também o branco, cor de fundo da bandeira), está presente na bandeira de cada um dos países filiados ao COI. Quem

foi o idealizador dos aros? Ele – Barão Pierre de Coubertin. Os aros existem desde 1913 e posteriormente, também

passaram a ser a marca do próprio Comitê Olímpico Internacional.

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TOCHA OLÍMPICA : Este é um dos momentos mais emocionantes da abertura dos Jogos. Não dá para não se arrepiar.

A tocha, que até então já percorreu diversos países sendo conduzida pelos melhores esportistas de seus respectivos

países, chega finalmente à pira olímpica.

Inspirada no fogo sagrado e purificador dos gregos antigos, a tocha apareceu pela primeira vez na Era Moderna dos

Jogos Olímpicos, em Berlim, 1936, idealizada pelo alemão Carls Diem.

MASCOTES OLÍMPICOS : A primeira mascote olímpica oficial foi o cãozinho Waldi, nos Jogos Olímpicos de Munique,

em 1972. Desde então, as mascotes se popularizaram como símbolo da alegria e da festa que são os Jogos Olímpicos.

Elas são embaixadoras da alegria e mensageiras da amizade, representando elementos simbólicos do país ou da

cidade sede dos Jogos.

Waldi – Munique/1972 Atenas 2004 Pequim 2008

LEMA OLÍMPICO : Citius, Altius, Fortius (o mais rápido, o mais alto, o mais forte – em latim). Esta definição foi criada

pelo Padre Didon, amigo do Barão Pierre de Coubertin, e serve de lema do ideal olímpico. O lema traz em si a idéia de

superação do atleta em busca da conquista da medalha olímpica.

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JURAMENTO : "Em nome de todos os competidores, eu prometo participar nestes Jogos Olímpicos, respeitando e

cumprindo com as normas que o regem, no verdadeiro espírito esportivo, pela glória do esporte e em honra às nossas

equipes".

O juramento olímpico foi escrito pelo Barão de Coubertin e proclamado em uma cerimônia de abertura pela primeira vez,

em 1920, nos Jogos de Antuérpia, pelo esgrimista belga Victor Boin. Desde então, o juramento dos atletas é sempre feito

por um atleta anfitrião.

MEDALHAS : Toda medalha olímpica de premiação (ouro, prata ou bronze) deve ter, no mínimo, 60 mm de diâmetro e 3

mm de espessura. A medalha de 1º lugar deve conter, obrigatoriamente, 6 g de ouro puro, no mínimo. Além disso, todos

os atletas e oficiais, recebem também uma medalha de participação, oferecida pelo comitê organizador local.

4.3 COMITÊS

COI – Comitê Olímpico Internacional : O Comitê Olímpico Internacional(COI), com sede em Lausanne (Suíça), é a

entidade máxima do esporte mundial e tem como missão promover o Olimpismo e o Movimento Olímpico

Internacional,fazendo do esporte um meio de aproximação e congregação entre os diferentes povos, raças e religiões.

Organização não-governamental e sem fins econômicos, o COI é responsável pela realização dos Jogos Olímpicos

de Verão e dos Jogos Olímpicos de Inverno e atualmente, dos Jogos da Juventude, de verão e de inverno.

O Comitê Olímpico Internacional reúne 205 Comitês Olímpicos Nacionais, entre eles o do Brasil, e inúmeras

Federações Internacionais Esportivas.

É regido pela Carta Olímpica, documento que contém os princípios fundamentais do Olimpismo e que define a

organização e funcionamento do Movimento Olímpico, fixando ainda as condições para celebração dos Jogos Olímpicos.

O presidente atual é o belga Jacques Rogge, eleito em 2001.

COB – Comitê Olímpico Brasileiro : O Comitê Olímpico Brasileiro é um dos Comitês Olímpicos Nacionais mais antigos

da América do Sul.

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Fundado em 8 de junho de 1914, a entidade representa o país perante o Comitê Olímpico Internacional e é a

responsável pela organização e envio das delegações brasileiras aos Jogos Sul-americanos, Panamericanos e

Olímpicos. Um dos seus objetivos é propagar os ideais olímpicos no Brasil.

Tem trabalhado pelo desenvolvimento do esporte nacional. Desde 1995, a partir da implantação de uma

mentalidade moderna e inovadora na administração da entidade, o esporte olímpico brasileiro vem atingindo resultados

internacionais expressivos em diversas modalidades.

4.4 CICLO OLÍMPICO

Olimpíada e Jogos Olímpicos não significam a mesma coisa. Olimpíada é o intervalo entre cada uma das

edições dos Jogos, que são o evento esportivo propriamente dito. Exemplo: Entre os Jogos Olímpicos de Pequim

2008 e os de Londres 2012 vivemos o período de uma Olimpíada, este período corresponde ao ciclo olímpico.

Então numa Olimpíada ou Ciclo Olímpico temos a realização :

2008 Jogos Olímpicos de Verão PEQUIM2009 Jogos Olímpicos de Inverno VANCOUVER2010 Jogos Sul-americanos MEDELLÍN e Jogos Olímpicos de Verão da Juventude CINGAPURA2011 Jogos Pan-americanos GUADALAJARA2012 Jogos Olímpicos de Verão LONDRES e Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude

4.5 CURIOSIDADES :

1.Quando um esporte se torna Olímpico?

O COI exige que todo esporte olímpico seja praticado nas modalidades masculina e feminina: no mínimo em 75 países e

quatro continentes, no caso dos homens, e no mínimo em 40 países e três continentes, para as mulheres. Além disso, os

esportes devem ser admitidos no programa olímpico pelo menos sete anos antes dos Jogos em questão.

4.6 JOGOS OLÍMPICOS DE INVERNO :

Os Jogos Olímpicos de Inverno são os Jogos Olímpicos que reúnem as provas desportivas executadas no gelo ou na

neve, sendo um dos eventos mais importantes do mundo, assim como os Jogos Olímpicos de Verão. Os Jogos

Olímpicos de Inverno se realizam a cada quatro anos.

Os Jogos de Inverno nasceram em 1924 chamado de Semana Internacional de Desportos de Inverno realizado na

cidade de Chamonix, na França. Assim, o COI decidiu criar, separadamente, os Jogos Olímpicos de Inverno, não

ligados às Olimpíadas de Verão.

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A partir de então, os Jogos de Inverno se realizaram a cada quatro anos em conjunto com os Jogos de Verão, em 1986 o

COI decidiu realizar as Olímpiadas de Inverno nos anos pares em que não houvesse as Olímpiadas de Verão,

começando pelos Jogos de Lillehammer 1994.

As modalidades são: biathlon (esqui aliado ao tiro ao alvo), bobsledding (trenó na neve), patinação artística, patinação de

velocidade, esqui alpino, esqui nórdico, hóquei sobre gelo e tobogã.

4.7 JOGOS PAN AMERICANOS:

Nas Olimpíadas de 1932, em Los Angeles, EUA, alguns representantes de países latino-americanos no Comitê

Olímpico Internacional (COI) propuseram a criação de uma competição entre todos os países das Américas, com o

intuito de desenvolver o esporte na região.

Devido a 2ª Grande Guerra Mundial, a primeira edição dos Jogos Pan Americanos, só vieram acontecer no ano de

1951 na cidade de Buenos Aires.

Nos Jogos, são disputados esportes incluídos no Programa Olímpico e outros não disputados em Olimpíadas.

Acontecem a cada quatro anos e tradicionalmente seguem um rodízio entre as três regiões do continente: América

do Sul, Central e do Norte.

Das 15 edições dos Jogos Pan Americanos realizadas, os Estados Unidos venceu 13, com exceção da 1ª edição

realizada em Buenos Aires e vencida pela Argentina, e da 11ª realizada em Havana e vencida por Cuba.

O Brasil participou de todas as 15 edições do Jogos Pan Americanos, e foi sede duas vezes: São Paulo (1963) e Rio

de Janeiro ( 2007).

4.8 JOGOS PARALÍMPICOS:

Os Jogos Paraolímpicos ou Paralímpicos são o maior evento esportivo mundial envolvendo pessoas

com deficiência. Incluem atletas com deficiências físicas (demobilidade, amputações, cegueira ou paralisia cerebral),

além de deficientes mentais. Realizados pela primeira vez em 1960 em Roma, Itália, têm sua origem em Stoke

Mandeville, na Inglaterra, onde ocorreram as primeiras competições esportivas para deficientes físicos, como forma de

reabilitar militares atingidos na Segunda Guerra Mundial.

O sucesso das primeiras competições proporcionou um rápido crescimento ao movimento paralímpico, que em 1976 já

contava com quarenta países. Neste mesmo ano foi realizada a primeira edição dos Jogos de Inverno, levando a mais

pessoas deficientes a possibilidade de praticar esportes em alto nível. Os Jogos de Barcelona, em 1992, representam um

marco para o evento, já que pela primeira vez os comitês organizadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos

trabalharam juntos. O apoio do Comitê Olímpico Internacional após os Jogos de Seul, em 1988 proporcionou a fundação,

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em 1989, do Comitê Paralímpico Internacional. Desde então os dois órgãos desenvolvem ações conjuntas visando ao

desenvolvimento do esporte para deficientes.

Vinte e oito modalidades compõem o programa dos Jogos Paralímpicos, sendo que vinte e cinco já foram disputadas,

duas irão estrear na edição de 2016 e uma não tem previsão para a inclusão. Além de modalidades adaptadas,

como atletismo, natação, basquetebol, tênis de mesa, esqui alpino e curling, há esportes disputados exclusivamente por

deficientes, como bocha, goalball e futebol de cinco. Ao longo da história, diversos atletas com deficiência física

participaram de edições dos Jogos Olímpicos, tendo conseguido resultados expressivos. O único caso registrado de

atleta profissional que fez o caminho inverso, ou seja, competiu primeiro em Jogos Olímpicos e depois em Jogos

Paralímpicos, é o do esgrimista húngaro Pál Szekeres, que conquistou uma medalha de bronze em 1988 e, após os

Jogos, sofreu um acidente de carro que o deixou paraplégico. Szekeres já participou de cinco Jogos Paralímpicos.

O Brasil tem conseguido destaque nas últimas edições dos Jogos Paralímpicos. O país estreou em 1976 e conquistou

sua primeira medalha na edição seguinte. Em 2008, pela primeira vez encerrou uma edição entre os dez primeiros no

quadro de medalhas, ficando em nono lugar com 47 medalhas. Os nadadores Clodoaldo Silva e Daniel Dias e os

corredores Lucas Prado, Ádria Santos e Terezinha Guilhermina são alguns dos destaques para - esportivos do país.

5 - O ESPORTE CONTEMPORÂNEO

As transformações sociais e culturais que se instalaram pós-industrialização estavam baseadas nos conceitos de

padronização e racionalização, tendo no advento de regras universais e na aquisição da autonomia das práticas

esportivas e reprodução de seus fundamentos.

A instrumentalização do esporte seguiu uma tendência paralela ao desenvolvimento histórico da sociedade

mundial, foram desenvolvidos novos conceitos e significados culturais como competição, êxitos sociais, méritos

individuais, méritos coletivos, oportunidades, e outros. O esporte foi utilizado pela burguesia como elemento

disciplinador, higienista e alienador no berço da Revolução Industrial, procedente do capitalismo. Foi usado como

ferramenta de propaganda dos Estados, inflamando valores nacionalistas e até raciais, como no caso da Alemanha

nazista. Também serviu de instrumento de intimidação política, estratégica e ideológica durante a Guerra Fria, quando o

mundo se encontrava dividido em dois blocos políticos antagonistas. Finalmente foi incorporado ao mercado mundial

seguindo as tendências neo liberais da globalização.

A partir da década de 1950, observou-se um processo de mercantilização cultural, simultâneo a significativas

mudanças nas estruturas sociais, políticas e econômicas. As populações urbanas de alguns países passam a desfrutar

de padrões superiores ao que possuíam em outros períodos, e a prática esportiva começa a ganhar representação nessa

escala, como afirmação de sucesso pessoal e como vitrine numa sociedade de “status quo”, criando estilos de vida

esportivos, de novos comportamentos e difusão de gestos.

Assim o esporte reproduziu e reforçou esses novos valores, essa busca de eficiência, a busca do inatingível,

ajustando demandas do mundo moderno diversificou-se e refinou-se em quantidade, qualidade, oportunidade e formas

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de oferecimento. Os tradicionais esportes como atletismo, natação, arco e flecha, navegação, vela e outros, juntaram-se

pela imaginação do homem moderno os esportes radicais, alguns solicitando a tecnologia de ponta que criamos no

decorrer do tempo. Descer de jet-sky por corredeiras, ou subi-las na contra-corrente; pular despenhadeiro abaixo com

uma corda; surfar no ar após jogar-se de um avião, estão tornando-se atividades esportivas bem aceitas por um público

sedento por novidades, curiosidades e sobretudo atividades.

A década de setenta serviu de laboratório para a inclusão do esporte no mercado mundial, ampliando suas

estruturas mercantis ao ser organizado por confederações, federações e ligas, no objetivo de dar maior uniformidade dos

eventos esportivos. As grandes confederações esportivas internacionais, tais como a FIFA (Federação Internacional de

Futebol) e o COI (Comitê Olímpico Internacional), perceberam o crescente valor do esporte para a mídia e passaram a

negociar cifras cada vez maiores sobre os direitos de transmissão televisiva dos campeonatos internacionais e dos

Jogos Olímpicos.

A desestatização do esporte e a inclusão do mesmo no mercado mundial caracterizaram as mudanças impostas

pela globalização, onde os representantes esportivos passaram a negociar o esporte como um produto de consumo.

O processo de mercantilização do esporte transformou as federações internacionais e o COI em grandes

corporações financeiras, que teceram uma rede de filiais por todo o mundo, através dos comitês olímpicos e das

confederações nacionais. Estas corporações esportivas mantêm relacionamentos comerciais com grandes empresas

patrocinadoras, tais como a Coca-Cola, a Nike, a Adidas, etc.

O volume de capital envolvido nas transações de patrocínio de eventos de equipes e de vendas de direito de

transmissão, gera interesses que ultrapassam as necessidades da prática esportiva. São interesses voltados ao mercado

alvo, horários de transmissão, locais sede dos eventos, oportunidades comerciais. Estes interesses econômicos

provenientes das relações entre as instituições esportivas, empresas patrocinadoras e corporações de mídia, acabam

por influenciar diretamente a realização esportiva, proporcionando mudanças nas regras dos jogos, horários de partidas

desfavoráveis a prática esportiva; mas ideais para audiência televisiva, valorização excessiva do espetáculo e do show e

detrimento das características da modalidade esportiva.

Atualmente o esporte também é caracterizado como mercadoria da indústria cultural. O acesso a sua prática, ou

seja, seu consumo está baseado nas leis de mercado. Os grandes eventos esportivos são vitrines deste produto,

divulgados amplamente na mídia constroem heróis que alimentarão este mercado.

Contudo, apesar das influências sofridas e da utilização para fins políticos e econômicos, o esporte mantém sua

configuração primária, o embate esportivo, seus princípios fundamentais: a busca pelo ideal da vitória e o intuito de ser o

melhor. Estes fatores, apoiados na regulamentação esportiva, sustentam a legitimidade do esporte.

O esporte é plural e manifesta-se de diferentes maneiras, em diferentes culturas e tempos agregando nessas

manifestações múltiplos valores. Solidariedade, consagração, celebração, são palavras por demais positivas se

pensarmos nas zonas de sombra que também residem no interior do mundo esportivo. Nacionalismos exacerbados,

exploração comercial e econômica, corrupção, especialização precoce, doping, violência, discriminação sexual também

tem sido temas a fazer parte do cotidiano esportivo mesmo que, por vezes, os minimizemos e busquemos, a todo custo,

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recuperar a tradição e com ela fazer valer o quê do esporte pode ser identificado como promotor de uma humanidade

imanente a cada um de nós.

A busca por recordes e títulos faz com que organismos internacionais lancem manifestos denunciando a

exacerbação da competição, alertando os governos para suas novas responsabilidades, no que se refere às atividades

físicas, destacando a necessidade de garantir a população em geral, e não apenas aos atletas, condições que elevem à

democratização do esporte.

A última década do século passado começou acelerar uma revelação nas mudanças da prática esportiva,

consolidando a idéia de que o esporte é direito de todos. Destacando a garantia de acesso de grupos até então, pouco

atendidos na questão da atividade física. Dois exemplos dessa (transformação) foi o crescimento das atividades

esportivas para terceira idade e as pessoas com necessidades especiais. Ampliando-se o próprio conceito de esporte,

desmembrando-o em: esporte-participação e esporte de rendimento; provocando uma adequação nas políticas públicas

de esporte e lazer nas três esferas, contemplando recursos financeiros e humanos à pesquisa científica na área. Além

disso, no campo do alto rendimento, foi dada uma atenção especial e ampla às questões éticas, como o combate ao

doping.

6. O ESPORTE NO BRASIL

Os primeiros registros de atividades esportivas no Brasil, rememoram em Recife 1641, quando para comemorar

uma trégua entre holandeses e espanhóis, onde brasileiros, portugueses e holandeses competiram juntos. Foram

realizados torneios eqüestres; competições guerreiras que tinham um sentido mais de desafio pessoal de habilidades,

destreza e de força.

Dando-se um salto no tempo, na primeira metade do século XIX, em 1846 no Rio de Janeiro aconteceu a primeira

regata de remo. Após essa competição, foram criados diversos Clubes de Regatas no RJ, com algumas dessas

entidades permanecendo até hoje.

Em 1898, dois anos após a 1ª Olimpíada da Era Moderna, muitas modalidades esportivas começam a aparecer

devido ao reinício das competições olímpicas; no Brasil realiza-se a primeira competição de âmbito nacional, o 1°

Campeonato Brasileiro de Natação.

Nesse mesmo período, dois acontecimentos fortaleceram a prática esportiva em nosso país. O primeiro a imensa

defesa de Rui Barbosa em seus pareceres sobre a Reforma do Ensino e a importância da educação física e dos

esportes na formação da juventude brasileira.

O segundo foi a chegada em 1894 do inglês Charles Miller para trabalhar na Mala Real Inglesa, e sua bagagem:

duas bolas de um novo esporte que começava a se popularizar na Inglaterra, o futebol.

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Surgiu aí no Brasil a prática do esporte mais popular, amplamente divulgado e praticado nas zonas urbanas e

rurais do país, um verdadeiro fetiche nacional. Através do futebol, criou-se uma organização esportiva, ligas, clubes e

associações; firmou uma disciplina e pactuou sua utilização pela política.

Sem dúvida as ditaduras (Vargas e militares), souberam usar do futebol para instrumento de distração das massas

e de sutil objeto de criação de esperanças de promoção social. Construíram-se grandes estádios para polarizar as

massas. A mídia bombardeava a sociedade com notícias “futebolísticas”, que ampliavam –se do meio esportivo para a

divulgação da vida e do dia a dia dos jogadores mais bem sucedidos.

O país inteiro consumiu o padrão de conduta dos jovens jogadores de futebol. Seja ele qual for. E este de alguma

forma penetrou no pensar consciente e inconsciente de nossa população, especialmente no da nossa juventude.

Através do futebol, dirigentes demagógicos e jogadores freqüentemente despreparados foram guindados a altos

postos do poder. Existindo as naturais exceções à regra, nota-se que mesmo atualmente, esse continua sendo um bom

trampolim político: ser um bom dirigente ou jogador de um time de futebol que possui grande torcida.

Após o Brasil havia participado em 1920 de sua 1ª Olimpíada e em 1930 da 1ª Copa do Mundo, o esporte

começou a ter importância política reconhecida , em 1937 foi criada a Divisão de Educação Física no Ministério da

Educação e Saúde, e em 1941 criou-se o Conselho Nacional do Desporto ( CND), para orientar, fiscalizar e incentivar a

prática esportiva no país.

Em 1950 o Brasil sediou uma Copa do Mundo, e mesmo não sagrando-se campeão mundial no evento, uma onda

de desenvolvimento esportivo aconteceu no país; reflexos dos bi-campeonatos mundiais de futebol (1958 e 1962), de

basquetebol (1959 e 1963), o bi-campeonato olímpico de Adhemar Ferreira da Silva ( 1952 e 1956) e as inúmeras

vitórias de Maria Esther Bueno no Circuito Mundial de Tênis.

Ainda no período da ditadura militar:

Em 1971, criou-se a Loteria Esportiva, com objetivo de levantar recursos para o financiamento do esporte no país.

Em 1973 instituiu-se no país o programa “Esporte para Todos”, modelo utilizado na Europa para massificação do

esporte; o qual foi implementado enfaticamente no Brasil pelo SESI e SESC, atendendo prioritariamente a classe

operária e seus familiares.

Atualmente o desporto nacional possui 03 áreas distintas de promoção:

1. Desporto Educacional.

2. Desporto de Participação

3. Desporto de Rendimento.

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7 . CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante todos os períodos históricos, o homem teve manifestações corporais e atléticas usadas para fins outros

que não a prática em si. Com exceção dos Jogos Olímpicos, esse fato parece bastante comum nos tempos antigos,

quando essas atividades faziam parte de outras instituições sociais, tais como a religião, a preparação militar ou

guerreira, ou ainda a educação e preparação dos jovens para tarefas da vida adulta.

No entanto estas atividades antigas não podem ser consideradas como esporte, pois este é um fenômeno moderno

que surgiu da regulamentação de jogos populares e da institucionalização oriunda do associacionismo clubístico. Com

isso o esporte passou a representar um conjunto de atividades que possuem fins nelas mesmos. As atividades

esportivas modernas visam a melhor condição e desempenho humano, buscam o refinamento das habilidades com o

intuito da competitividade e da vitória.

Enfim, a “História do Esporte”, é compreender o esporte não como “algo em si”, mas sim como um produto

histórico e cultural sobre o qual foram atribuídas diferentes significações, através de narrativas e definições de

referenciais teóricos no transpassar dessa essência esportiva .

8. Referências Bibliográficas

BRANDÃO, Maria Gláucia Costa. Sousa, Eustáquia Salvadora. Educação Física Proposta Curricular da

Educação Básica. Belo Horizonte: SEE/MG 2005.

BRATCH, Walter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. São Paulo: Caderno Cedes,

ano XIX nº48 1999.

BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal do Esporte. São Paulo: Ícone 2003.

CASTELANNI, Lino Filho. A Educação Física no Sistema Educacional Brasileiro. Campinas: UNICAMP 1999.

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