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8/3/2019 AS RODOVIAS COMO BLOQUEADORAS DO DESLOCAMENTO NATURAL DA FAUNA
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EDUARDO RATTON
AS RODOVIAS COMO
BLOQUEADORAS DO
DESLOCAMENTO
NATURAL DA FAUNA
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AS RODOVIAS COMO BLOQUEADORAS DODESLOCAMENTO NATURAL DA FAUNA
A rodovia causa a fragmentao de reas naturais contnuas ou de reasfuncionais para o deslocamento da fauna.
FATO
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AS RODOVIAS COMO BLOQUEADORAS DODESLOCAMENTO NATURAL DA FAUNA
Um grande nmero de atropelamentos de animais, notadamente demamferos de mdio e grande porte que exigem grandes territrios para odesenvolvimento de seu ciclo de vida.
PROBLEMA
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AS RODOVIAS COMO BLOQUEADORAS DODESLOCAMENTO NATURAL DA FAUNA
PROPOSTA
As passagens para a fauna so medidas mitigadoras que podem auxiliar nodeslocamento da fauna e devem ser convenientemente estudadas,dimensionadas e exigidas pelos rgo competentes, tanto em nvel de projetoquanto em sua implementao e monitoramento.
MAS
No existem estudos sobre as dimenses, tipose forma destas passagens para ecossistemasneotropicais;
Mas quaisquer resultados somente podero serobtidos a partir de experincias concretas,monitoradas e continuamente readequadas.
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IMPACTOS DAS RODOVIAS SOBRE AS REAS DEDESLOCAMENTO DA FAUNA
CONSEQNCIAS NEGATIVAS
Mortalidade por atropelamento; Perda de habitat, destruio de locais de reproduo, alimentao; Degradao das condies necessrias sobrevivncia em
consequncia do aumento dos nveis de perturbao e de poluio;
Efeito barreira e fragmentao do habitat e eventuais consequnciasgenticas e demogrficas; Criao de novos nichos (ex. aumento de predao).
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FATORES QUE INFLUENCIAM O NMERO DEATROPELAMENTOS
A gradao do vermelho claro para o escuro corresponde a maior influncia do fator,respectivamente. Adaptado de Seiler (2001).
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SOLUESSOLUO RADICAL
Implantao de cercas emtoda a extenso do
empreendimentotendo
como conseqncia aobstruo da livre passagemdos animais, interceptandoos corredores biolgicos econseqentemente seus
espaos de vida;
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SOLUES
SOLUORACIONAL
Implantao depassagens,
superiores ouinferiores, que garantama manuteno doscorredores de fauna,necessrios para a
conservao da vidasilvestre.
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TIPOS DE PASSAGENS
EXCLUSIVAS PARA A PASSAGEM DA FAUNA
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TIPOS DE PASSAGENS
EXCLUSIVAS PARA A PASSAGEM DA FAUNA
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TIPOS DE PASSAGENS
EXCLUSIVAS PARA A PASSAGEM DA FAUNA
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TIPOS DE PASSAGENS
ASSOCIADAS AO RESTABELECIMENTO DE COMUNICAES VIRIAS DE
BAIXA UTILIZAO (CAMINHOS FLORESTAIS E AGROPECURIOS) OU DEDRENAGEM
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TIPOS DE PASSAGENS
ASSOCIADAS AO RESTABELECIMENTO DE COMUNICAES VIRIAS DE
BAIXA UTILIZAO (CAMINHOS FLORESTAIS E AGROPECURIOS) OU DEDRENAGEM
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A CONCEPO E O DIMENSIONAMENTO DASPASSAGENS DE FAUNA
As dimenses destas passagens, sua localizao, freqncia ou espaamento entre
estruturas semelhantes, dependem de estudos especficos
caracterizao e recenseamento da fauna existente;
estudo regional das reservas florestais e dos corredores de fauna;
produo agrcola da regio de vizinhana;
definio hierrquica das zonas vitais para a fauna local;
identificao dos locais de passagem, favorecidos pela conformao deterreno e pela facilidade de implantao de obras;
definio dos dispositivos de segurana que impeam a travessia indevidados animais;
dimensionamento fsico, locacional e paisagstico
das passagens de fauna;
concepo de medidas de monitoramento;
parcerias com as comunidades locais
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PADRES EUROPEUS DE DIMENSIONAMENTOGERAL
PASSAGENS SUPERIORES, a largura mnima da plataformadeve ser de: 7,0m a 12,0m para animais de pequeno porte; 12,0m a 25,0m ou mais para os de maior porte.
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PADRES EUROPEUS DE DIMENSIONAMENTOGERAL
Passagens Inferiores, a altura H, em relao aocomprimento C dever estar prximo da relao:
E ainda a largura L dever
manter uma relao de:
Sendo recomendvel uma
altura mnima de 3,5m.
H = C / 10
L = 2 . H
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RECOMENDAES
quando a rodovia interceptar fluxos entre remanescentes florestais,deve ser implantado um corredor vegetal de proteo na entrada e nasada da passagem;
as passagens devero ser concebidas, preferencialmente, para a nicautilizao pela fauna, sendo admitidos outros usos quando estes forem
comprovadamente compatveis com a circulao da fauna em questo;exemplo: drenagens;
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RECOMENDAES
recomendvel que o leito da passagem seja constitudopor material arenoso, facilitando a identificao daspegadas dos animais, tanto para se avaliar a eficincia dodispositivo quanto para facilitar o recenseamento;
devem ser previstosanteparos que impeama passagem de veculos,porm que permitam oacesso para a gestodurante a operao;
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RECOMENDAES
a forma ideal para as passagens, tanto superiores como inferiores, a
de largura varivel, respeitando-se os valores mnimos na regio centrale medidas crescentes no sentido das extremidades, visando incentivare induzir a fauna local e utiliz-la;
dever ser prevista uma inclinao do terreno, lateral ou longitudinal,evitando-se o acmulo de guas;
quanto a gesto das passagens, visando garantir sua eficincia,recomenda-se a concepo de parcerias com as comunidades eproprietrios das reas lindeiras, para se disciplinar os usos da terrafora da faixa de domnio da rodovia.
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CARACTERSTICAS DE PASSAGENS INFERIORES DE ACORDO COMGRUPOS ANIMAIS MODELO EUROPEU
GERAIS - TODOS OS VERTEBRADOS TERRESTRES
A passagem de fauna deve ser coberta com terra ou vegetaoherbcea;
Entrada e sada devem ser planas, devendo a vedao e a vegetao
encaminhar a fauna para a passagem; Nas passagens hidrulicas, deve haver passadio seco; Requer manuteno e limpeza da passagem;
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CARACTERSTICAS DE PASSAGENS INFERIORES DE ACORDO COMGRUPOS ANIMAIS MODELO EUROPEU
Gerais - Todos os vertebrados terrestres A relao das dimenses largura (L) x altura (A)/ comprimento (C)
(ndice de abertura I.A) deve garantir boa visibilidade de umaextremidade a outra da passagem;
As dimenses devem ser suficientes para que a estrutura no fiquebloqueada com vegetao;
A distncia entre passagens, num trecho de rodovia ser em funo dasespcies presentes, do nvel de utilizao que as mesmas fazem darea, quando conhecido, e das caractersticas do habitat da rea doentorno: ex em um Parque Nacional do Canad est a estabelecer-seuma frequncia de uma passagem para fauna cada 1,6 a 1,9 km; em
reas muito midas recomenda-se a cada 250 e 500 m;
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CARACTERSTICAS DE PASSAGENS INFERIORES DE ACORDO COMGRUPOS ANIMAIS MODELO EUROPEU
GERAIS - TODOS OS VERTEBRADOS TERRESTRES
A relao das dimenses largura (L) x altura (A)/ comprimento (C) (ndice deabertura I.A) deve garantir boa visibilidade de uma extremidade a outra dapassagem;
As dimenses devem ser suficientes para que a estrutura no fique bloqueada
com vegetao; A distncia entre passagens, num trecho de rodovia ser em funo das
espcies presentes, do nvel de utilizao que as mesmas fazem da rea,quando conhecido, e das caractersticas do habitat da rea do entorno: ex emum Parque Nacional do Canad est a estabelecer-se uma frequncia de umapassagem para fauna cada 1,6 a 1,9 km; em reas muito midas recomenda-sea cada 250 e 500 m;
Localizao preferencial - Locais identificados como zonas de passagem deanimais, e/ou trilhos utilizados por estas espcies, zonas de habitatsfavorveis, corredores ecolgicos identificados, pontos conhecidos. Esteslocais devero ser identificados a prioriatravs de trabalho de campo.
C C S C S SS G S O S CO O CO
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CARACTERSTICAS DE PASSAGENS INFERIORES DE ACORDO COMGRUPOS ANIMAIS ADAPTADO DO MODELO EUROPEU E USA
Catetos - Dimenses mnimas: 7m (L)x 3,5m (A) Quando comprimento > 49m
aplica-se o I.A. (LxA/C) > 0,5;
Veados - Dimenses mnimas: 12 m (L)x 4 m (A) Quando comprimento > 48maplica-se o I.A. (LxA/C) > 1; Frequncia dependendo da importncia da rea -desde 315km.
Candeos silvestres - 7 (L) x 3,5 (A)m e I.A. (LxA/C) > 0,5 ou 4 x 15m (USA);De 4 em 4km se Passagens adequadas, caso contrrio maior frequncia(menor distncia entre passagens)
Carnvoros de pequeno porte -A maioria das referncias bibliogrficasindicam que 2,5m de dimetro para bons resultados em termos de uso dafauna. Tamanhos inferiores podero ser usados por carnvoros menosexigentes desde que o fim da passagem seja visvel. 1,2-2m de largura. De 1em 1km nas zonas de grande importncia e de 3 em 3km nas zonas poucoimportantes; Linhas de gua. Locais com habitat favorvel (vegetao mais
densa).
CARACTERSTICAS DE PASSAGENS INFERIORES DE ACORDO COM
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CARACTERSTICAS DE PASSAGENS INFERIORES DE ACORDO COMGRUPOS ANIMAIS ADAPTADO DO MODELO EUROPEU E USA
Anfbios - Tubos abertos nas bermas que recolhem os animais que a caem e
os encaminham uma passagem composta por dois tubos, um para cada direode movimento. 40cm de dimetro. Junto a zonas midas e Charcos.
CARACTERSTICAS DE PASSAGENS SUPERIORES DE
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CARACTERSTICAS DE PASSAGENS SUPERIORES DEACORDO COM GRUPOS ANIMAIS ADAPTADO DO MODELO
EUROPEU E USA
As passagens superiores visam garantir uma conectividade efetiva
entre populaes de vrias espcies em zonas de maior sensibilidadeecolgica corredores ecolgicos maiores dimenses. Podem ser construdas em ponte nas zonas onde a insero da
plataforma da estrada se faa em escavao ou em falso tnel; O acesso passagem deve estar ao mesmo nvel dos habitats
contguos. Deve ter forma parablica. Deve ser garantida uma continuidade de
vegetao natural, em particular nas franjas laterais (evitandoluminosidade do trnsito).
CARACTERSTICAS DE PASSAGENS SUPERIORES DE
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CARACTERSTICAS DE PASSAGENS SUPERIORES DEACORDO COM GRUPOS ANIMAIS ADAPTADO DO MODELO
EUROPEU E USA
Os melhores resultados de utilizao verificam-se a partir dos 7m de
largura, 18 metros, 25 metros ou mais, dependendo das espciesanimais e do porte da vegetao mas, no caso de afetar uma populaode um grande mamfero ameaado podero ser implementadas com adistncia de 1km entre si.
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VEDAES, TELAMENTO E CERCAS
As vedaes devem ser preferencialmente utilizadas emtrechos rodovirios de alta velocidade. Em trechos de baixa velocidade e com pouco trfego, acolocao de vedaes deve restringir-se a locais de alto riscopara a fauna;Dever ser garantido que no se criem armadilhas (queencurralem os animais) pela presena de vrias vedaessequenciais;
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VEDAES, TELAMENTO E CERCAS
As vedaes devem ser sempre construdas de ambos os lados da
rodovia;Devero ser colocados com regularidade pontos de sada do interior daestrutura linear para o exterior (escapatrias);
O tipo da vedao e a sua dimenso devero ser equacionadas de formaa impedir a passagem dos vrios animais alvo (exemplo: a vedao paraveados e pequenos mamferos dever apresentar malha mais fina embaixo;
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VEDAES, TELAMENTO E CERCAS
Em situaes de talude (de escavao ou aterro) a colocao das
vedaes dever ser feita preferencialmente no topo do talude;
A colocao das vedaes junto s passagens dever serimplementada de modo a que possam conduzir a fauna para aspassagens;
desaconselhvel, emparticular em reas maisimportantes, a utilizao de
arame farpado no extremosuperior da rede devido aorisco de mortalidade de avese morcegos.
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VEDAES, TELAMENTO E CERCAS
Adaptaes das especificaes Europias
Veados malha 15x15, altura min. 22 cm ideal 260-280 cm, fixada aosolo;
Catetos malha7-15x15, altura 120-140cm, enterrada no solo 30 a 50 cm .Distncias entre os postes 2 m com rede reforada na base com barra
metlica.Candeos - malha 4X4, altura 180 cm, enterrada ou fixada no solo, 30 a 40cm.Felinos malha 4x4, altura 200 a 250 cm, enterrada no solo, topo inclinadopara fora;
Lontra e rates do banhado
malha 4x4, altura > 150 fixada no solo;Lebre malha 4x4, altura 60 cm enterrada 30 cm.Micromamferos malha 1x1, altura 100 cm, enterrada 30 cm.Rpteis e anfbios malha 1x1, altura 50 cm,fixada ao solo.
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FIM