Download - AssociaÇÃo Portuguesa de Homeopatia - Aph
ESTUDOS DE HOMEOPATIA CLÁSSICA
HOMEOPATIA - PEDIATRIA
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE HOMEOPATIA - APH
Professor João Miguel Novaes (ND, DIH)
Qual é a melhor Homeopatia?
Unicismo hannemaniano ? Unicismo elizaldiano ?
A miasmática de marcadores de Ortega ? A organicista ?
A de Paschero ? Hahnemann com seus antipsóricos ?
No fim de sua vida , com LM ? A constitucional francesa?
Leon Vannier e os seus drenadores ? A da tipologia francesa? A de abordagem anatomo-patológica e fisiopatológica ?
A dos sintomas mentais ? A abordagem filosófica ? A mitológica e dos sonhos ? A homeopatia popular?
Qual delas, senhoras e senhores ?
A resposta é… a bem feita.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
• ASMA NAS CRIANÇAS • PAPEIRA NAS CRIANÇAS • RUBÉOLA NAS CRIANÇAS • SARAMPO NAS CRIANÇAS
• REMÉDIOS COMPLEXISTAS
• DIARREIA NAS CRIANÇAS
• TOSSE CONVULSA
PEDIÁTRICO
ACONITUM
BELLADONNA
CHAMOMILLA
GELSEMIUM
POSOLOGIA – DOSES EM CRIANÇAS
Em casos agudos: Em casos crónicos:Grânulos Grânulos
< de 3 anos < de 3 anos
Gotas Gotas
2 grânulos 5 X dia 2 grânulos 3 X dia
> de 3 anos > de 3 anos
Não usar mais do que 12 grânulos por dia em < que 3 anos
3 grânulos 6 X dia 3 grânulos 3 X dia
< de 3 anos
3 gotas 5 X dia 3 gotas 2 X dia
3 gotas 7 X dia
< de 3 anos
> de 3 anos
Em caso de agravação homeopática, diminuir a toma ou baixar a dose
> de 3 anos
3 gotas 3 X dia
O tratamento Homeopático pode ser:
Diatésico Constitucional Etiológico Sintomático :
Geral Local Psíquico
Sintomas raros e peculiares Modalidades – aversões e desejos
As doses poderão ser prescritas em:
Centesimal ou decimal
CH – 3, 5, 7, 9, 12, 15, 30, 200
DH – 3, 6, 12, 30, 60, 200
D6, D12, D30, D200
M, DM, XM, LM
PATOLOGIA: ASMA NA CRIANÇA
Este quadro clínico, independentemente da sua origem, é a base do tratamento homeopático. É conveniente reencontrá-lo na patogenesia dos remédios da crise
de asma. A jovem criança, com mais de seis meses, que ainda está a adquirir a sua imunidade, apresenta geralmente um estado febril infeccioso ao qual está
associada à dispneia asmática. O Homeopata Clássico deve também considerar, para dirigir a sua terapêutica, a patogenesia, a etiologia e os resultados das análises biológicas de cada indivíduo.
Remédios principais que abrangem a totalidade dos elementos clínicos da asma: o espasmo, o edema e a hiper-secreção mucosa dos brônquios, tais como são apresentados na criança: Ipeca, Pulsatilla, Arsenicum album, Kalium carbonicum, Sambucus, Chamomilla e Antimonium tartaricum.
É útil em todos os períodos da crise de asma. O espasmo e o edema do início da crise estão na sua patogenesia, tal como a hipersecreção mucosa do período terminal. A criança tem uma respiração sibilante, um incómodo expiratório e uma tosse seca.
Está cianosada e fica rígida momentaneamente. Manifesta ansiedade. Sob a acção de Ipeca, a crise vai ser mais curta ou passar facilmente à fase terminal que é caracterizado por uma excessiva acumulação de muco, que incomodam a respiração e provocam uma tosse convulsa com expectoração. Esta fase será
também melhorada e encurtada por Ipeca.
As doses 5 e 7 CH são geralmente as mais aconselháveis. Mas, quando o pequeno asmático apresenta também os sintomas principais de Ipeca, principalmente a persistência das náuseas, em que não há nada capaz de as aliviar, as doses 15 ou 30 CH terão um resultado mais rápido e mais durável.
Ipeca
Ipeca aplica-se perfeitamente a casos de asma, independentemente da hora de agravamento das suas manifestações.
Os quatro remédios que seguem (Pulsatilla, Arsenicum, Kalium carbonicum, Sambucus) são úteis nas crises de asma essencialmente nocturnas. São de aplicação frequente, porque o carácter nocturno da asma é verificado frequentemente.
Pulsatilla (MMB)
A dificuldade respiratória e a tosse de Pulsatilla agravam à noite, sobretudo se o pequeno doente ficar alongado. Também se levanta e passeia lentamente no seu quarto. Abre a janela porque não é friorento e o ar fresco provoca-lhe algumas melhorias, assim como a marcha lenta. É sabido que não é possível ver o aspecto das
mucosidades. A criança não expectora e engole o muco que produz. No entanto, o nosso pequeno asmático, do tipo Pulsatilla, tem frequentemente o nariz cheio de mucosidades viscosas, espessas, incolores ou amarelas esverdeadas que têm como característica o
facto de não irritarem as narinas. Se se tratar, por outro lado, de uma criança pouco friorenta, que nunca tem sede, chorosa e caprichosa de carácter variável e instável, Pulsatilla poderá ser prescrito
em alta diluição.
Podem-se utilizar ainda outros remédios em caso de asma, assim como o Allium Sativum, o Eucalyptus globulus, Thymus vugaris, etc...
Arsenicum album, Kalium carbonicum, Kalium carbonicum, Chamomilla, Antimonium tartaricmu, Cuprum, Ignatia, Stramonium, Bryonia, Apis mellifica, Opium
Arsenicum album As suas manifestações clínicas são acalmadas pelo calor e agravam-se a meio da
noite, entre a meia-noite e as 2 horas. Fica então sufocada e expira com dificuldade. A sua respiração é sibilante, a tosse é
convulsa e o seu olhar é ansioso. Senta-se na sua cama. Gostaria de se levantar e de andar mas tem de ser ajudada, porque se sente fraca e ofegante. Queixa-se de ardores no peito, na garganta, no estômago e mesmo na pele.
Esta apresenta frequentemente vestígios de um eczema que precedeu a asma e atenua-se desde o seu aparecimento. Paradoxalmente, todas estas sensações de
ardor melhoram com o calor. Arsenicum é caracterizado por mucosidades nasais abundantes mas são pouco viscosas, ficam geralmente incolores e provocam uma irritação ardorosa na entrada das narinas.
Se se tratar de uma criança friorenta e meticulosa, que reclama constantemente água para beber, contenta-se apenas com um ou dois goles, Arsenicum album será prescrito em alta diluição.
Kalium carbonicum
A crise asmática de Kalium carbonicum é ainda mais tardia que a de Arsenicum.
Ocorre aproximadamente entre as 3 e as 4 horas da manhã. A criança asfixiada senta-se na sua cama. Mas, permanece sentada, inclina-se para a frente ou balouça.
Acalma assim a sua dificuldade respiratória, mas não as pontadas, das quais de queixa um pouco por todo o lado, principalmente nas costas e na base direita do peito.
Se, ao mesmo tempo, as pálpebras superiores estiverem inchadas e se a criança não pode suportar que a toquem, Kalium carbonicum poderá ser prescrito em alta dinamização.
Sambucus nigra O agravamento da crise de Sambucus ocorre aproximadamente à meia-noite. A sua
patogenesia possui todos os sintomas da asma. Mas o espasmo, o edema e a hipersecreção estendem-se geralmente até à laringe
provocando um timbre rouco, ruídos respiratórios, sibilos e fervores, (como Spongia). No entanto, as crises puramente brônquicas acentuam Sambucus. Consistem numa asfixia que surge de forma brutal aproximadamente à meia-noite.
A criança respira e sobretudo expira com dificuldade. Torna-se azul. Um certo grau de
cianose faz ceder o espasmo brônquico. A criança adormece e depois é acordada devido a novas crises que se repetem até à madrugada.
O suor abundante, que ocorre quando acorda, substitui o calor seco da pele durante
o sono, o que é característico de Sambucus.
Chamomilla
A patogenesia de Chamomilla abrange os espasmos, hipersecreção mucosa e uma respiração acelerada, ansiosa e ruidosa acompanhada de uma dificuldade
expiratória. É importante nas crises de asma do período dentário, cuja forma consiste numa
tosse nocturna que não acorda a criança. A dose 7 CH é insuficiente. Mas se a criança possui o estado colérico e os grandes sinais nervosos e psíquicos de Chamomilla, é preferível uma alta diluição.
Antimonium tartaricum
Nenhum remédio tem uma respiração tão asfixiante como Antimonium tartaricum. Pode ser devido a espasmos ou a um edema, fazendo-se acompanhar de alguns sibilos secos, assim como à obstrução dos brônquios devido a uma superabundância
de mucosidades, o que provoca sibilos bulbosos. A criança está pálida e cianosada. Apresenta entorpecimento e parece ter dificuldade em expectorar.
O quadro clínico nem sempre é completo. Alguns tipos de asma são puramente
espasmódicos.
É a característica própria da asma dita intrínseca, porque tem uma origem interna,
metabólica, que pode ser constitucional ou adquirida. Esta asma intrínseca é reconhecida pela negatividade da pesquisa alergológica: a taxa de reaginina (IgE) permanece normal e os testes cutâneos são negativos. Por
outro lado, a eosinofilia é aumentada. Neste caso, o tratamento deve ser puramente espasmódico e os homeopatas devem prescrever os medicamentos cuja patogenesia abrange essencialmente o espasmo. Três dentre eles estão em primeiro lugar: Cuprum, Ignatia e Stramonium.
Cuprum metallicum
É o grande remédio da espasmofilia. Segundo Nash, corresponde, como Arsenicum, àquelas asmas que ocorrem pós uma erupção retraída, principalmente após um
eczema curado com pomadas. Ignatia
É o remédio das asmas de origem psíquica, os suspiros e uma expiração forçada
manifesta a sensação de obstrução na garganta, experimentada pela criança.
Stramonium
Não suporta a escuridão. Agita-se e delira, geralmente tem uma forte febre. Também podem utilizar outros oito remédios na asma espasmódica, conforme os seus próprios sintomas: Drosera, Kalium bromatum, Lobelia, Moschus, Psorinum,
Spongia, Valeriana e Zincum.
A asma extrínseca é provocada pelo edema seguido de hipersecreção da mucosa brônquica. Manifesta uma reacção de sensibilização aos alergénios mais diversos, conforme o estado constitucional, hereditário ou adquirido da criança.
A pesquisa alergológica confirma-a e a taxa das IgE (reagininas) é sempre aumentada. É um elemento precioso para distinguir a asma edematosa da asma espasmódica.
Existem três remédios do edema que podem ser úteis no período edematoso da
crise de asma: Bryonia e Apis. Bryonia
A secura das mucosas característica de Bryonia produz, ao nível dos brônquios um edema. A criança fica com dificuldade em respirar ao mínimo esforço, respira com um ruído sibiloso. Tem sibilos secos, que se estendem à auscultação. Tem muita sede.
Apis mellifica
Em oposição, Apis não tem sede, apesar da secura da sua língua que está normal e
muito vermelha.
A tosse asmática toma por vezes a forma de tosse convulsa com expectoração:
•Acessos de tosse seca sobretudo entre a meia-noite e as 3 horas, indicam Drosera. •Um horário menos preciso e a agitação no sono, indicam Cina.
•Acessos de tosse convulsa com expectoração, aproximadamente entre as 23 e as 5 horas, com a eliminação – rara na criança – de mucosidades de um branco leitoso, caracterizam Coccus cacti que apenas age em alta diluição.
•Acessos de tosse convulsa com expectoração, aproximadamente entre as 23 e as 5 horas, com a eliminação – rara na criança – de mucosidades de um branco leitoso, caracterizam Coccus cacti que apenas age em alta diluição.
A patogenesia e a etiologia da asma podem assim guiar o tratamento homeopático.
Papeira 1º No período inicial
Poderão ser utilizados dois remédios: Belladona – Mercurius solubilis Belladonna
Tal como no período inicial da escarlatina e do sarampo, há o aparecimento súbito dos sintomas.
O doente apresenta um brusco aumento do volume da glândula parótida, que se torna quente e dolorosa, muito sensível à pressão, com dores lancinantes, agudas, intermitentes que irradiam até ao ouvido; frequentemente há um agravamento do
lado direito. Febre elevada com abatimento, transpiração, cefaleia congestiva com batimentos nas têmporas e sensação de rebentamento, tem frequentemente os olhos congestionados e midríase, boca seca, garganta dolorosa e vermelha, sente dor quando engole e sede intensa.
Por vezes existe um certo delírio com desejo de fugir da cama à noite, a gritar. Belladonna é portanto, um remédio para o período inicial, que aparece
bruscamente.
Mercurius solubilis
Aparecimento muito menos brutal do edema parótido.
Febre pouco elevada acompanhada de calor, arrepios, sede e por suores abundantes
que não aliviam o doente; estes sintomas são mais acentuados à noite. Boca húmida, salivação abundante, língua mole, inchada, coberta por uma camada
amarelada, guarda a impressão dos dentes, o hálito é fétido com gosto metálico Tem uma certa dificuldade em afastar os maxilares e tem dores quando engole. 2º No período crítico Mercurius solubilis
É o verdadeiro remédio homeopático específico para tratar a papeira
Mercurius cyanatus
Também poderá ser administrado.
3º No período de declínio Pulsatilla
A língua é muito branca, o hálito é fétido, a boca é seca, mas o doente não tem
sede. As dores persistem, são mais fortes à noite, quando se encontra deitado ou de manhã. A noite agrava os sinais de estase venosa, frequentemente demonstrada
pelo doente. Sulphur
Uma dose em 9 CH será benéfica no fim da doença.
4º Casos graves Rhus toxicodendron
Edema vermelho escuro nas regiões parótidas com ameaça de erisipela, ou até mesmo de supuração
Rhus toxicodendron (cont)
Afecta gravemente o estado geral, com agitação física extrema, sobretudo durante a noite: impossibilidade de permanecer tranquilo, devido à existência de dores e de cansaço generalizado, que agravam com o repouso.
A febre é elevada, com arrepios acompanhados de tosse seca.
Lachesis
Edema vermelho lívido ou azulado, grande sensibilidade ao toque e falta de dinâmica
(Adinamia). Bryonia
Boca seca, sede de grandes quantidades de água a longos intervalos.
6º Persistência do inchaço
Baryta carbonica
A inflamação prolonga-se, o inchaço torna-se mais duro. Com frequência muitos indivíduos apresentam amígdalas muito hipertrofiadas e inflamadas.
Conium maculatum
Os sinais inflamatórios dolorosos desapareceram. O endurecimento indolor persiste. É também importante: Phytolacca 5 CH
Rubéola
O tratamento é, em princípio o mesmo que o do sarampo, mas também se poderá
administrar: Badiaga 5 CH
se as adenopatias forem fortes e endurecidas.
Mercurius solubilis 6 CH
Quando a adenopatia apresenta características de ´condensação e dureza reduzida.
Os remédios homeopáticos mais eficazes no tratamento da rubéola na criança são: Aconitum, Belladona, Ferrum phosphoricum e Pulsatilla.
Aconitum
Em caso de febre, agitação, corrimento nasal, vermelhidão dos olhos, fotofobia, tosse seca, dores súbitas e lancinantes no peito.
Aconitum é utilizada principalmente no período inicial da doença.
Belladona
Em caso de sintomas predominantes como a vermelhidão do rosto, uma cefaleia pulsátil e humidade da pele.
A criança é sonolenta, com tendência para o delírio, agrava com a luz e à mínima
agitação. Ferrum phosphoricum
É útil nas primeiras fases da doença, se Aconitum não produzir nenhum efeito e
quando Belladona não for o mais recomendável. Pulsatilla
Quando a febre é atenuada.
Há dois remédios principais que serão escolhidos conforme o carácter da febre. Sarampo
Aconitum
A febre é «seca», o doente nunca transpira, está agitado, ansioso, a pele está seca, quente, a tosse é seca, sem sinais objectivos na auscultação, por vezes tem laringo-traqueo-bronquite e a voz ligeiramente rouca.
A criança pode apresentar uma ligeira epistaxe, uma dor aguda no peito: pulsação cheia e rápida.
Desde o instante em que o doente começa a transpirar, a indicação de Aconitum
pára e, é possível portanto administrar outros remédios. Belladona
Febre elevada, a pele não está seca mas está húmida e quente. Belladona está completamente enfraquecido. Tem muito sono mas não consegue dormir.
Quando a temperatura corporal está elevada, a criança delira, quer «fugir» da cama
porque vê animais e figuras assustadoras em seu redor. A sua cabeça está congestionada, tem o rosto e as orelhas vermelhas, olhos congestionados, pupilas dilatadas, tem dificuldade em suportar a luz, coloração vermelha brilhante da faringe, com dificuldade na deglutição devido à constrição espasmódica da faringe;
com irradiações dolorosas nos ouvidos, tosse seca e tem frequentemente rouquidão e acessos de asfixia, pulsação rápida mas menos tensa que Aconitum.
Outros medicamentos: Ferrum phosphoricum
Febre sem agitação, ansiedade. Ataques congestivos. Sente arrepios cerca das 13 horas (Aconitum e Belladonna, ao fim do dia).
A febre aumenta, sendo acompanhada de secura das mãos, da face e de todo o corpo, os suores aparecerão apenas durante a noite, enquanto que durante o dia
verifica-se uma secura da pele. Sensação de «grãos de areia sob as pálpebras». A criança esfrega os olhos, tem o rosto vermelho, por vezes tem epistaxe e espirros.
Se por exemplo, o doente estiver frequentemente sujeito a ataques congestivos e
pulmonares, Ferrum phosphoricum impedirá o aparecimento desta complicação. Mercurius solubilis
Se existirem sinais de estomatite eritemato-pultácea: sede, hipersalivação, língua saburrosa, que guarda a impressão dos dentes, hálito fétido. Há uma agravamento
nocturno acentuado.
No período da erupção Se a erupção se manifestar convenientemente 1) Predominância dos sinais respiratórios
Bryonia
Tosse seca, convulsa, que agrava com o movimento, dores agudas no peito, melhoram com a pressão forte, a criança agarra frequentemente com a sua mão, a
cabeça e o tórax quando tosse. Secura das mucosas da boca, dos lábios, da língua, com sede de grandes quantidades
de água fria, por vezes tem náuseas com dores reumatismais nos membros. Todas as perturbações são agravadas com o movimento e melhoram com o repouso.
2) Predominância de erupções
Gelsemium
Erupção pouco desenvolvida com coloração lívida nas manchas, a criança fica estúpida, não responde quando lhe falam; sofre da cabeça, sobretudo na região
occipital, procura ver com a cabeça levantada.
O seu rosto está congestionado, vermelho ou lívido. Tem dificuldade em mostrar a língua que fica presa nas arcadas dentárias.
Queda das pálpebras superiores que parecem pesadas.
Coriza aquosa, irritante, que escoria as asas do nariz e o lábio superior. Tosse dilacerante com dor nos membros.
A criança tem tremuras.
3) As complicações
Nas otites
Arsenicum album
5 ou 7 CH.
Agitação ansiosa, agravamento após a meia-noite, melhoramento com o forte calor local, sensação de ardor.
Para renovar, em intervalos de 8 horas, alternando cada dia com Aurum metallicum
5 ou 7 CH. Aurum metallicum
Apresenta uma sensibilidade dolorosa dos ossos da região mastoideia; agrava com o frio e à noite.
Uma hora depois, alternar em intervalos de uma hora, um a dois remédios
particularmente aconselhados, dos quais se destacam
Ferrum phosphricum
Que possui uma acção particular no ouvido médio. É quase sempre indicado se este estiver congestionado, se houver um agravamento nocturno das dores ou se estas
forem latejantes e acompanhadas de cefaleias. Belladona
Face congestiva, vermelha e quente, grande sensibilidade do canal auditivo ao
toque.
Diarreia aguda nas crianças Mercurius dulcis
Com constantes necessidades de evacuar. Fezes biliosas, esverdeadas, misturadas
com sangue e mucosidades. Nas diarreias tóxicas Nux vomica
Diarreia de manhã, após ter havido excessos na véspera e abuso de purgativos, tem
“necessidades” constantes e insuficientes. Antimonium crudum, Bryonia, Podophyllum, China, Magnesia carbonica. Pulsatilla (pastelaria)
Diarreia aquosa, uma ou duas vezes durante a noite, precedidas por cólicas, com mucosidades esverdeadas.
Diarreia após ter ingerido frutos ou bebidas geladas. Não existem duas fezes
semelhantes em consistência e coloração.
Mercurius corrosivus, Veratrum album, Podophyllum, Rheum. Chamomilla
Diarreia à noite, fezes aquosas, quentes ou ardíferas, umas vezes verdes, outras
vezes com aspecto de ovos mexidos, mas sempre com odor a ovos podres. Borax
Com fezes frequentes, moles, com uma cor amarela clara, espumosas. No bebé notam-se gritos.
Aethusa cynapium
Fezes aquosas, verdes, viscosas, com cólicas e convulsões. Fraqueza e entorpecimento após cada evacuação.
Kreosotum
Diarreia irritante, muito corrosiva, fezes castanhas, por vezes sanguinolentas, sempre
com odor repugnante. Argentum nitricum
Diarreia verde nos bebés.
Diarreia mais grave
Colchicum
Diarreia disenteriforme, fezes abundantes contendo muco transparente como geleia e pequenos fragmentos de mucosa esbranquiçada.
Arsenicum album
Gelados, carnes variadas.
Veratrum album
Frutos, cogumelos.
Diarreias crónicas Todos os remédios das diarreias agudas podem ser utilizados, e ainda: Phosphorus
Fezes abundantes, fétidas, como se brotasse de uma torneira, com partículas gordurosas, esbranquiçadas.
Natrum sulphuricum
Flatulência abdominal excessiva com cólica e diarreia. Necessidade imperiosa, após o pequeno almoço. Fezes em jacto, ruidosas, aquosas, amareladas e gasosas. Diarreia
agravada pelo tempo húmido e chuvoso.
Iodum
Diarreia exaustiva, esbranquiçada, como leite. Espumosa, gordurosa, agravada de manhã, após ter bebido leite.
Ferrum
Diarreia mais frequente à noite, nunca sendo dolorosa, agravando-se depois de ter comido ou bebido, fezes aquosas com alimentos indigeríveis, acompanhadas de afrontamentos e de uma grande fraqueza.
Antimonium crudum, China, Phosphoricum acidum, Sulphur.
Aloe
Imediatamente após ter comido ou bebido. Fraqueza após a evacuação acompanhada de suores frios. Fezes involuntárias.
Calcarea carbonica
Diarreia ácida como vómitos.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
MATÉRIAS MÉDICAS DE:
•Boericke
•Allen
•Clark
•Kent
•Vannier
•Hahnemann
•Moreno
•Novaes