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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
Guntemberg Pereira OliveiraGustavo Vitória Gomes
RISO DE ALERTA:
um conceito social
Palmas – TO
2011
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Guntemberg Pereira OliveiraGustavo Vitória Gomes
RISO DE ALERTA:
um conceito social
Trabalho submetido à disciplina Práticas para Elaboração de Relatórios Técnicos, do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Tocantins, como atividade avaliativa.Prof. M. Sc. Mirella de Oliveira Freitas.
Palmas – TO
2011
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Dedicamos este trabalho às nossas
famílias e à escola, que nos
proporcionaram estar aqui hoje,
redigindo um trabalho de nível superior.
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, a Deus por nos dar a bênção de conseguirmos realizar esse trabalho.
A nossas famílias, por serem a base e por estarem próximas mesmo não estando por
perto fisicamente.
Em especial, à professora Mirella, que nos tirou várias dúvidas. Foram inúmeras
mensagens eletrônicas enviadas, todas bem esclarecedoras.
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O mundo é um espelho, pois se sorrires
para ele, ele sorrirá para ti.
Gustave Le Bon
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RESUMO
O riso tragicômico passa a ter um papel importante na construção de uma sociedade.
Simples charges são vistas como um alerta para os cidadãos, apesar do riso provocado,
o que se tem é como uma alerta, que pode contribuir na correção de erros comuns no
cotidiano, como principalmente na política e quanto a problemas sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Riso tragicômico. Cidadãos. Política. Problemas sociais.
Charge.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Chamada 8
Figura 2 – Grave 9
Figura 3 – O cirquinho da política 11
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SUMÁRIO
1. Humor trágico... 8
2. A verdadeira vocação 9
3. O Cidadão 10
4. A influência 10
5. Nada de braços cruzados12
Referências bibliográficas 13
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1. Humor, trágico...
Conforme exposto por Equipe Quir (2010), Chico Anysio definiu: “o humor
acusa, satiriza, descobre, desmoraliza, crítica, eleva, deforma, informa, destrói, constrói,
imortaliza, enterra, acaricia, açoita”. Assim, o humor assume diversas funções em uma
mesma situação, o que explica a existência do sorriso tragicômico, definido pelo
Dicionário Michaelis (2011), como um desastre seguido por um incidente cômico.
A charge, um tipo de humor clássico, geralmente foca suas “atividades” e
críticas, principalmente em paródias ao sistema político e aos problemas sociais. Essas
críticas podem provocar riso no leitor. Esse tipo de riso já é bem comum, mas não é um
riso qualquer, é criticador, é tragicômico por abordar situações que, a princípio,
deveriam causar descontentamento ao leitor. Entretanto, com a paródia, torna-se quase
que inevitável o riso. Logo abaixo seguem duas charges que exemplificam claramente o
que foi dito e classificado como riso tragicômico:
Figura 1 – Chamada
Fonte: Rizomas. Disponível em: <http://rizomas.net/charges-sobre-educacao.html>. Acesso em 29 set.2010.
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Figura 2 – GraveFonte: Jornal da cidadania. Disponível em: < http:/jca.apc.org/fome/cidadania/charge43.html>.
Acesso em 29 set.2010.
Assim, quando falamos de riso tragicômico, significa deixarmos de lado afeição,
ou seja, passar a rir de uma desgraça que, a princípio, não deveria ser considerada
cômica, conforme nos explica Bergson1 (1987 apud SANTINI 2007):
O maior inimigo do riso é a emoção. Isso não significa negar, por exemplo, que não se possa rir de alguém que nos inspire piedade, ou mesmo afeição: apenas, no caso, será preciso esquecer por alguns instantes essa afeição, ou emudecer essa piedade (BERGSON apud SANTINI, 2007, p.21).
2. A verdadeira vocação
Baseando nos conceitos de Travaglia (1990), a vocação básica do humor, que
aqui estudamos, é a crítica e a denúncia. A sua influência na vida de um cidadão não se
restringe apenas um simples riso cômico qualquer. O riso é provocado, mas o intuito do
autor de uma charge não é apenas provocar o sorriso do leitor, é também “abrir os
olhos” e transparecer de outra forma ao leitor o que acontece, por exemplo, em casos de
política e problemas sociais, principalmente.
1 BERGSON, Henri. O riso: ensaio sobre a significação do cômico. Tradução de Nathanael C. Caixeiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.
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3. O cidadão
Um cidadão, por mais que esteja participando da política, muitas vezes deixa de
ver o que parece óbvio, seja por má interpretação ou por ser leigo. Com isso, deixa de
analisar detalhes políticos importantes.
O riso pode se tornar uma forma de castigo, sendo uma maneira de punir aquele
que infringiu regras políticas, por exemplo. Bergson (1987 apud SANTINI 2007) alerta
para a verdadeira intenção do riso, que seria a de humilhar e de corrigir o erro exterior.
O homem ri conforme a gravidade com que enfrenta uma situação. Logo, a
importância do humor em tempos de política.
4. A influência
O riso estudado gera uma série de descontentamentos na sociedade. Essa revolta
serve de pressão para o acerto do erro exterior, por exemplo, a corrupção. Na charge a
seguir, analisaremos nossa reação de descontentamento e espírito de revolta por
melhorias:
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Figura 3 – O cirquinho da políticaFonte: Clube do pança. Disponível em:
<http://opanca.blogspot.com/2010_09_01_archive.html>. Acesso em 29 abr.2010
O que vemos é uma crítica para os políticos. Os leitores, como cidadãos, sentem-
se inconformados, apesar dos risos. A charge também deixa explícita a possibilidade de
mudança, esta direcionada aos próprios leitores (cidadãos).
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5. Nada de braços cruzados
As charges, as comicidades que na maioria das vezes revelam uma crítica, são
um alerta para os cidadãos, indispensáveis para entendimento do mundo e da realidade,
já que o “nada ao qual o riso nos dá acesso encerra uma verdade infinita e profunda, em
oposição ao mundo racional e finito da ordem estabelecida.” Alberti (1999 apud DAVI2,
[200-?], p. 2).
Cada charge, muitas vezes, tragicômica é um alerta para nós. Abra o olho! Leia
mais vezes e brigue por seus direitos. Ajude a construir uma sociedade melhor, com
menos politicagens ou problemas sociais que possam vir a ser criticado negativamente.
2 ALBERTI, Verena. O riso no pensamento do século XX. In: ______ . O riso e o risível na história do pensamento. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. p. 12.
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Referências bibliográficas
DAVI, Tania Nunes. Riso: a carnavalização da sociedade. [Uberlândia?]: EDUFU, [200-?] 13 p.
QUIR, Equipe. Brasil da piada pronta. QI Referências, [S.l.], sexta-feira, 9 abr. 2010. Disponível em: <http://www.qir.com.br/?p=3336>. Acesso em: 25 abr. 2011.
SANTINI, Juliana. Da derrisão à compaixão. In: ______ . Um mundo dilacerado entre o riso e a ruína: o humor na literatura regionalista brasileira. Araraquara: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2007. p.14 -23.
TRAGICÔMICO. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. [S.l.]: Melhoramentos, 2009. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=tragic%F4mico>. Acesso em 25 abr. 2011.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. O que é engraçado? Categorias do risível e o humor brasileiro na televisão. Estudos Linguísticos e Literários, Maceió, v. 5 e 6, p. 42‐79, 1989.