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  • 1. Karina Amorim

2. A Higiene Ocupacional o conjunto de cincias e arte que objetiva, ANTECIPAO , RECONHECIMENTO, AVALIAO e o CONTROLE dos agentes ou fatores ambientais originados do ou no local de trabalho, que podem causar doena, comprometimento da sade e do bem-estar ou significante desconforto e ineficincia entre os trabalhadores ou membros da comunidade. 3. Em senso amplo, a atuao da higiene ocupacional prev uma interveno deliberada no ambiente de trabalho como forma de preveno da doena. Sua ao no ambiente complementada pela atuao da medicina ocupacional, cujo foco est predominantemente no indivduo. 4. Preveno da doena deve ser entendida com um sentido mais amplo, pois a ao deve estar dirigida preveno e ao controle das exposies inadequadas a agentes ambientais. 5. Os agentes ambientais que a higieneocupacional tradicionalmente considera so os chamados agentes FSICOS, QUMICOS BIOLGICOS. 6. A NR 09 da Portaria n 3214/78 institui oPPRA Programa de Preveno de Riscos ambientais, visando a preservao da sade e da integridade dos trabalhadores, atravs da Antecipao, Reconhecimento, Avaliao e consequente Controle da ocorrncia de Riscos Ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em considerao a proteo do meio ambiente e dos recursos naturais. 7. A NR 09, consideram-se Riscos Ambientais os Agentes Fsicos, Qumicos e Biolgicos existentes nos ambientes de trabalho que, em funo de sua natureza, concentrao ou intensidade e tempo de exposio, so capazes de causar danos sade do trabalhador 8. ANTECIPAO Istoenvolve identificar os riscos potenciais no local de trabalho antes que eles apaream. possvel identificar o perigo nessa fase quando a edificao, o processo produtivo da empresa, o posto de trabalho ou atividade a ser desenvolvida estiverem ainda em sua etapa de projeto, ou seja, quando o perigo ainda no foi instalado. 9. RECONHECIMENTO Acontece quando ele j est instaladoe, portando, existe de fato no ambiente, processo ou atividade. Isto envolve identificar o risco potencial que um agente qumico, fsico ou biolgico ou uma situao ergonmica adversa representa para a sade. 10. AVALIAO Os fatores ambientais identificados na fase de reconhecimento devero sofreruma avaliao para que se saiba, e se comprove, a ocorrncia, ou no, 11. CONTROLE CONTROLEdo agente qumico, fsico ou biolgico ou situao ergonmica adversa, por procedimento, engenharia ou outros meios onde a avaliao indique que necessrio. A higiene ocupacional, portanto, foca essencialmente em uma abordagem preventiva por meio da minimizao da exposio aos agentes qumicos, fsicos e biolgicos no ambiente de trabalho e a adoo de boas prticas ergonmicas. 12. So considerados riscos fsicos as diversas formas deenergia, tais como: - Rudos - Temperaturas excessivas; - Vibraes; - Presses anormais; - Radiaes; - Umidade. 13. Rudo As mquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem rudos que podem atingir nveis excessivos, podendo a curto, mdio e longo prazo provocar srios prejuzos sade. Dependendo do tempo de exposio, nvel sonoro e da sensibilidade individual, as alteraes danosas podero manifestar-se imediatamente ou gradualmente.Quanto maior o nvel de rudo, menor dever ser o tempo de exposio ocupacional. 14. Vibraes Na indstria comum o uso de mquinas eequipamentos que produzem vibraes, as quais podem ser nocivas ao trabalhador. As vibraes podem ser: Localizadas - (em certas partes do corpo). So provocadas por ferramentas manuais, eltricas e pneumticas. 15. Radiaes So formas de energia que se transmitem por ondaseletromagnticas. A absoro das radiaes pelo organismo responsvel pelo aparecimento de diversas leses. Podem ser classificadas em dois grupos: Ionizantes No Ionizantes 16. Radiaes Ionizantes Osoperadores de raios-X e radioterapia esto freqentemente expostos a esse tipo de radiao, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas. Radiaes no ionizantes - So radiaes no ionizantes a radiao infravermelha, proveniente de operao em fornos , ou de solda oxiacetilnica, radiao ultravioleta como a gerada por operaes em solda eltrica, ou ainda raios laser, microondas, etc. Efeitos so perturbaes visuais,conjuntivites, cataratas, queimaduras, leses na pele, etc. 17. Temperaturas extremas Calor Quente:-Altas temperaturas podem provocar: desidratao; erupo da pele; cimbras; fadiga fsica; distrbios psiconeurticos; problemas cardiocirculatrios; insolao. 18. Calor Frio: Baixas temperaturas podem provocar:- rachaduras e necrose na pele; - enregelamento: ficar congelado; - agravamento de doenas reumticas; - predisposio para acidentes; - predisposio para doenas das vias respiratrias. - Para o controle das aes nocivas das temperaturas extremas ao trabalhador necessrio que se tome medidas: - de proteo coletiva: ventilao local exaustora com a funo de retirar o calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio. - de proteo individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas especiais para trabalhar no frio). 19. Presses anormais H uma srie de atividades em que os trabalhadoresficam sujeitos a presses ambientais acima ou abaixo das presses normais, isto , da presso atmosfrica a que normalmente estamos expostos. Baixas presses: so as que se situam abaixo dapresso atmosfrica normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. 20. Umidade As atividades ou operaes executadas em locaisalagados ou encharcadas, com umidades excessivas, capazes de produzir danos sade dos trabalhadores, so situaes insalubres e devem ter a ateno dos prevencionistas por meio de verificaes realizadas nesses locais para estudar a implantao de medida de controle. 21. Breve histrico da Higiene Ocupacional Ao longo dos anos houve sempre quem se preocupasse com a sade dos trabalhadores, de forma que foram tomadas algumas iniciativas bastante modestas, mas sem o rigor tcnicocientfico necessrio. Na poca da Revoluo Industrial, na Inglaterra, alm de no se utilizar medidas de controle, o regime de trabalho, s vezes chegava a doze ou at dezesseis horas dirias. Algumas iniciativas de preveno das doenas do trabalho foram tomadas, como mostra a seguir: 22. 1556 - O pesquisador alemo GeorgiusAgricola, ou Georg Bauer, divulgou em sua obra Dere metallica (Dos Metais) publicada postumamente - a situao dramtica dos trabalhadores em minas subterrneas e descreveu mtodos de preveno de doenas utilizando a ventilao 23. 1700-Bernardino Ramazzini publica, em Modena, na Itlia, o livro, escrito em latim, De morbis artificum diatriba (As doenas dos trabalhadores), que descrevia um grande nmero de doenas originidas dentro dos ambientes de trabalho . 24. 1910A doutora Alice Hamilton, nos Estados Unidos, manifestou a preocupao com as doenas ocupacionais e a avaliao dos agentes e com o seu controle 25. 1914 - Criao da National Institute of Occupational Safety and Health (NIOSH), rgo de pesquisa em Segurana e Sade no Trabalho. Atualmente a metodologia de avaliao da exposio ocupacional utiliza no mundo todo a metodologia por ela estabelecida 26. 1938 - Criao da American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH), uma Associao dos Higienistas do Governo Americano e que desenvolver pesquisas sobre os Limites de Exposio Ocupacional para os agentes fsicos, qumicos e biolgicos e ndices Biolgicos de Exposio (IBE) 27. 1946 - Aps oito anos de pesquisas, aACGIH j possua uma listagem de 148 substncias com Limite de Exposio 28. 1966 - Criao da Fundao JorgeDuprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho Fundacentro, como um compromisso do Brasil perante a Organizao Internacional do Trabalho (OIT) de investimento em Segurana e Medicina do Trabalho. 29. 1978 - O Ministrio do Trabalho em8/6/1978 elabora a Portaria n 3.214 com 28 Normas Regulamentadoras sobre segurana e medicina do Trabalho 30. 1992- Introduo do mapa de riscos, possibilitando a participao dos trabalhadores no reconhecimento e na avaliao qualitativa dos ambientes de trabalho 31. 1994 - Criao da Associao Brasileira deHigienistas Ocupacionais (ABHO). Modificao da NR 09, transformando-a em um programa de preveno de riscos ambientais (PPRA), que um programa do nvel de ao, isto , se concentrao ambiental atingir a metade do limite de exposio, a empresa obrigada a introduzir medidas de controle. 32. So considerados riscos fsicos as diversas formas deenergia, tais como:- Rudos - Temperaturas excessivas; - Vibraes; - Presses anormais; - Radiaes; - Umidade.


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