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Avaliação Nutricional do Idoso
O Brasil e os demais países em desenvolvimento apresentam taxas elevadas de crescimento dessa população
Crescente campo de pesquisa e atuação na área de nutrição.
Introdução
Aumento do % de idosos.
da expectativa de vida vem gerando mudanças na distribuição etária da população mundial
Brasil (IBGE, 2014)
Introdução
A expectativa de vida no país aumentou cerca de três anos entre 1999 e 2009 (73,1 anos).
74,9 anos.
EstadoNutricionaldo Idoso
Grau de dependência eincapacidade
Tempo de convalescença
em doenças agudas
Risco demorbidade
Capacidadeimunológica
Estadofuncional
Condiçãosocial
e psicológica
Risco de mortalidade
Introdução
Comprometimento doestado nutricional
do idosos
Introdução
Solidão
Podendo causar
hiporexia ou anorexia
Perda do cônjuge e familiares
Depressão
Isolamento social
Outros fatores relacionados ao estado nutricional e à saúde dos idosos
Dificuldades financeiras
Podendo provocar a redução no poder de compra dos alimentos
Aposentadoria insuficiente
Desemprego
Tabus alimentares
Podendo levar a um consumo inadequado de alimentos
Hábitos alimentares baseados em crenças e
tradições
Presença de doenças
Podendo gerar restrições alimentarese alterações no estado de saúde e nutrição
Como infecções, Diabetes Mellitus, H.A., demências e
outras
Uso de múltiplos medicamentos
Podendo ocorrer interação entre drogas e nutrientes e efeitos colaterais tais como diarréia, náuseas, vômitos, hiporexia, perda ponderal,
desidratação, etc.
Redução na Taxa de Metabolismo Basal
Possíveis causas
Alterações anatômicas e funcionais comuns do envelhecimento
Alterações na
composição corporal
Redução na AF
Redução na Taxa de Metabolismo Basal
Alterações na composição corporal:
Após os 40-50 anos:
massa muscular, massa óssea, água corporal Até 70 anos:
progressivo do peso ( gord. corporal) Após 70 anos: peso
Redução na Taxa de Metabolismo Basal
Redução da Massa Muscular
•Em caso de perda de peso e estados hipercatabólicos, as ingestões recomendadas podem chegar até 1,5g/kg de peso.
• As ingestões recomendadas de proteínas podem ser menores no caso de alterações hepáticas e renais (ARBONÉS, 2003).
Redução da Massa Óssea
Aumento na excreção renal de Ca;
Redução na absorção intestinal de Ca; Menor ingestão de alimentos fontes de CaIntolerânciasCafé
Possíveis causas
Principais conseqüências
alimentares/nutricionais
Redução da Massa Óssea
Osteoporose
Menor capacidade de controle da homeostase da água
da água total do corpo (em decorrência da de massa muscular e de tecido adiposo);
Declínio na capacidade de concentração da urina;
Redução na sensação de sede.
Possíveis causas
Principais conseqüências
alimentares/nutricionais
Desidratação
Menor capacidade de controle da homeostase da água
Menor Capacidade Mastigatória
Ausência de dentes ou presença de cáries e doenças periodontais, decorrentes de higiene oral inadequada ou xerostomia;
Presença de próteses inadaptadas ou em péssimo estado de conservação.
Possíveis causas
Menor Capacidade Mastigatória
Principais conseqüências
alimentares/nutricionais
no consumo de alimentos;
Anorexia e Desnutrição.
Possíveis causas
Xerostomia (dificultando a mastigação e a deglutição)
Utilização de medicamentos (que, muitas vezes, provocam inibição do fluxo salivar);
Presença de enfermidades que reduzem a secreção salivar.
Possíveis causas
Xerostomia
no consumo de alimentos;
Anorexia e Desnutrição.
Principais conseqüências
alimentares/nutricionais
Aumento da sensibilidade da mucosa oral (a alimentos quentes ou frios)
na espessura do epitélio bucal e lingual; Superfície da mucosa oral torna-se mais lisa.
Possíveis causas
Prejuízos na capacidade digestiva e absortiva e alterações no metabolismo dos nutrientes
Atrofia da mucosa gástrica com produção de ácido clorídrico e de fator intrínseco; do tempo de esvaziamento gástrico; Atrofia da mucosa intestinal e produção de lactase; Função pancreática reduzida em situações de estresse.
Possíveis causas
Prejuízos na capacidade digestiva e absortiva e alterações no metabolismo dos nutrientes
Sensibilidade reduzida da vesícula biliar;
Pequeno decréscimo funcional do fígado (redução das propriedades de regeneração, síntese protéica e gliconeogênese e distúrbios no metabolismo de drogas).
Possíveis causas
Principais conseqüências
alimentares/nutricionais
Constipação intestinal
na atividade física; Imobilidade; nos movimentos peristálticos; do tônus da musculatura abdominal; Baixo consumo de alimentos ricos em fibras e água; Processos patológicos e uso de medicamentos.
Possíveis causas
Redução no consumo de alimentos;
Desconfortos GI (flatulência).
Constipação intestinal
Principais conseqüências
alimentares/nutricionais
Alterações na percepção sensorial
Redução da sensibilidade pelos gostos primários: doce, amargo, ácido e
salgado;
Diminuição na percepção olfativa;
Prejuízo da visão
Possíveis causas
Alterações na percepção sensorial
no consumo de alimentos; Anorexia; na capacidade de preparar o alimento; Ingestão de sal e/ou açúcar; Desnutrição.
Principais conseqüências
alimentares/nutricionais
• História clínica detalhada;
• Exame físico;
• Antropometria;
• História alimentar atual;
• Pesquisa de antecedentes alimentares;
• Exame bioquímicos.
Avaliação clínico- nutricional
• Estado geral;• Estado de consciência;• Saúde emocional;• Corado ou hipocorado;• Hidratado ou desidratado;• Eupnéico ou dispnéico;• Acianótico ou cianótico;• Anictérico ou ictérico;• Afebril ou febril;• Pele;• Pressão arterial;• Sinais de deficiências nutricionais;• Capacidade funcional.
Exame físico
• Massa corporal (peso)
• Idoso acamado
Peso - Equação de Chumlea (1985)
Homem = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69
Mulheres = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35
CP = circunferência da panturrilha; AJ = altura do joelho; CB = circunferência do braço; PCSE = prega cutânea subescapular
Antropometria
• Adequação de massa corporal (%)
% = MC atual x 100
MC ideal
Adequação da MC (%) Estado Nutricional
≤ 70 Desnutrição grave
70,1 - 80 Desnutrição moderada
80,1 - 90 Desnutrição leve
90,1 - 110 Eutrofia
110,1 - 120 Sobrepeso
> 120 ObesidadeFonte: Blackburn &Thornton, 1979
Antropometria
• Perda de MC (%)
% = (MC usual – MC atual) x 100
MC usual
Tempo Perda significativa (%) Perda grave (%)
1 semana 1 -2 > 2
1 mês 5 > 5
3 meses 7,5 > 7,5
6 meses 10 > 10
Fonte: Blackburn & Bistrian, 1977
Antropometria
• Edema
Grau de edema Local atingido Total de peso a ser subtraído
+ Tornozelo 1 Kg
++ Joelho 3 – 4 Kg
+++ Raiz da coxa 5 – 6 Kg
++++ Anasarca 10 – 12 Kg
Fonte: Materese, 1997
Antropometria
• Estatura (cm): estadiômetro para adultos• Diminui com a idade• Idosos acamados: Altura do joelho perna
flexionada, formando ângulo de 90º.
Estatura (homens brancos) = (2,08 x alt. Joelho) + 59,01
Estatura (mulheres brancas) = (1,91 x alt. Joelho) – (0,17 x idade) + 75
Estatura (homens negros) = (1,37 x alt. Joelho) + 95,79
Estatura (mulheres negros) = (1,96 x alt. Joelho) + 58,72
Antropometria
• Altura do joelho segundo Chumlea (1987)
• Medida da envergadura do braço os braços devem
ficar estendidos formando um ângulo de 90º
• Meia envergadura do braço medida até o esterno
multiplicada por dois
Homens = 64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x AJ em cm)
Mulheres = 84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x AJ em cm)
Antropometria
• IMC - OMS (1995/1998)
IMC Kg/m² Classificação Nutricional
< 16 Magreza 3
16,99 – 16 Magreza 2
18,49 – 17 Magreza 1
< 18,5 Baixo Peso
18,5 – 24,9 Normal
≥ 25 Sobrepeso
25 – 29,9 Pré – obeso
30 – 34,9 Obeso Classe I
35 – 39,9 Obeso Classe II
≥ 40 Obeso Classe III
Antropometria
• IMC – SISVAN (2004)
Diagnóstico IMC Kg/m²
Desnutrição ou magreza ≤ 22
Eutrofia > 22 e < 27
Obesidade ou excesso de peso
≥ 27
Antropometria
• Circunferência da cintura (CC)
Risco de complicações metabólicas
Elevado Muito elevado
Homem ≥ 94cm ≥ 102cm
Mulher ≥ 80cm ≥ 88cm
Fonte: OMS, 1998
Antropometria
• Razão cintura-quadril (RCQ)
RCQ = Circunferência da cintura (cm)
Circunferência do quadril (cm)
Pontos de corte:
• Homens – RCQ > 1,0
• Mulheres – RCQ > 0,85
Antropometria
• Circunferência da panturrilha (CP)
Melhor medida de massa muscular em idosos;
Ponte de corte: < 31 cm
Chumlea e cols, 1995
Antropometria
• Circunferência do braço (CB)
% de adequação = CB obtida (cm) x100
CB percentil 50
Circunferência do braço (%) Estado Nutricional
< 70 Desnutrição grave
70-80 Desnutrição moderada
80-90 Desnutrição leve
90-110 Eutrofia
110-120 Sobrepeso
> 120 Obesidade
Fonte: Blackbum & Thornton, 1979
Antropometria
• Circunferência muscular do braço (CMB)
CMB = CB cm – (π x PCT mm)
• Prega cutânea tricipital (PCT)
• Prega cutânea biciptal (PCB)
• Prega cutânea subescapular (PCSUB)
• Prega cutânea suprailíaca (PCSI)
Antropometria
Antropometria• Somatório das quatro pregas PCB, PCT, PCSUB, PCSI;
• Equação de Siri (1956):
% gordura corporal total = 4,95 - 4,50 x 100
Densidade
Onde:
Para homem (50 ou mais): D = 1,1715 – 0,0779 x (log ∑)
Para mulher (50 ou mais): 1,1339 – 0,0645 x (log ∑)
• Valores de referência de gordura corporal
Gordura corporal (%)
Homens Mulheres
Risco de doenças associadas à desnutrição
≤ 5 ≤ 8
Abaixo da média 6 - 14 9 – 22
Média 15 23
Acima da média 16 - 24 24 – 31
Risco de doença associadas à obesidade
≥ 25 ≥ 32
Antropometria
Lohman e cols, 1992
Bioimpedância elétrica:• Decúbito dorsal;• Cabos vermelhos nas mãos e cabos pretos nos
pés, sendo que ambos possuem pontas vermelhas e pretas;
• Braços e pernas confortavelmente separados em torno de 45º;
• As medidas devem ser executadas do lado direito;
• A pele deve ser limpa com álcool no pontos de colocação do eletrodos;
• Remover jóias e objetos de metal que estejam nos locais onde serão colocados os eletrodos;
Antropometria
Bioimpedância elétrica
• Evitar comer ou beber a menos de quatro horas do teste;
• Não fazer exercício a menos de 12 horas do teste;
• Não consumir álcool a menos de 48 horas do teste;
• Não ingerir medicamentos diuréticos a menos de sete dias do teste;
• Não avaliar idoso com marca-passo.
Antropometria
• Fácil aplicação;
• Alta reprodutibilidade;
• Custo elevado;
• Muitas variáveis.
Antropometria
Bioimpedância elétrica
• Dificuldade com inquéritos que exigem memória;• Mais utilizados: recordatório de 24 horas, registro
alimentar, questionário de frequência alimentar e anamnese alimentar;
• Horário em que sente mais fome;• Caso não queira se alimentar, investigar se há razão
específica;• Alergias ou aversões alimentares;• Relação do horário da alimentação com o horário do uso
de medicamentos;• Uso de suplementos vitamínicos ou de minerais;• Investigação de líquidos ingeridos;• Observar consumo de óleo, açúcar e sal.
Investigação alimentar
• Os mesmos parâmetros que a avaliação bioquímica de adultos;
• Mais investigados: glicemia, albumina, transferrina, ferritina, hematócrito, hemoglobina, lifócitos, CT e frações, vit. B 12 e ácido fólico;
Avaliação bioquímica