BRUNA JACOBOWSKIInternato Médico
11a faseUNISUL
PUIC 2009 - JUNIC 2010
Conceitos
Histórico
Tendências Atuais
Introdução
Problemas Relacionados
Importância do Estudo
Introdução
Objetivos
“Avaliar a prevalência de automedicação entre os estudantes universitários do curso de de uma universidade do Sul do Brasil, avaliando os fatores associados a essa prática, como forma de ampliar o conhecimento sobre o assunto na literatura científica”.
Métodos
População do estudo
Seleção da Amostra
Método de Avaliação
Métodos Variáveis
1.1 Variáveis demográficas (idade, gênero, estado civil, semestre ao qual estava cursando, profissão dos pais),
1.2 Variáveis comportamentais e de saúde
(dados antropométricos, autoavaliação de saúde, atividade física, número de consultas médicas no ano anterior, internação hospitalar nos últimos seis meses, convênio médico, presença de doença aguda e crônica) e dados sobre uso de medicamentos (relação dos medicamentos utilizados nos últimos três meses e de uso contínuo, indicação clínica, forma de aquisição, se uso por prescrição médica ou automedicação e ocorrência de reações adversos à medicamentos).
1.2 Socioeconômicas (grupo étnico, renda familiar mensal),
1.4 Dados sobre uso de medicamentos
(relação dos medicamentos utilizados nos últimos três meses e de uso contínuo, indicação clínica, forma de aquisição, se uso por prescrição médica ou automedicação e ocorrência de reações adversos à medicamentos).
Análise estatística
1.1 EpiData
1.2 SPSS 16.0
Resultados Participaram do presente estudo 80 alunos do curso
de Direito noturno da Unisul.
94,3% eram de cor de pele branca, residiam com a família (87,5%) e possuíam algum trabalho remunerado (83,8%).
A média de idade foi de 22,8 (DP± 5,4) anos e a renda média familiar era 10,5 salários-mínimos.
Resultados Quanto aos hábitos de vida: 6,3% eram fumantes 52,3% praticavam exercícios físicos, sendo que 57,1%
mais de três vezes por semana 23,8% são sobrepeso e 6,3% obesos
Necessidade de consultas médicas nos últimos 12 meses: 55% necessitou de atendimento médico ambulatorial entre
1 e 2 consultas, 7,5% precisou mais de nove atendimentos. Internações hospitalares, 91,3% não estiveram
hospitalizados no último ano.
Resultados
Resultados Autoavaliação da sua própria saúde:
23,8% consideram ótima 58,8% regular 1,3% ruim 1,3% péssima. 17,5% apresentavam algum tipo de doença crônica -
doenças pulmonares (asma/bronquite) em 35,7% 7,1% t hipertensão arterial sistêmica, 7,1% depressão 36,3% utilizavam medicamentos de uso contínuo. Nenhum participante relatou ocorrência de doença
aguda nos três meses anteriores a entrevista.
Resultados
Figura2. Conduta mediante situação de doença.
Resultados
Figura3. Conduta feita pelos participantes mediante situação de doença como febre e/ou dor de garganta.
Resultados 22,7% já teve algum tipo de reação adversa a
medicamentos 78,8% utilizou alguma tratamento medicamentos nos
últimos três meses. Destes, 39,1% utilizaram medicamentos sem
prescrição médica. Foram citados 131 medicamentos diferentes,
resultando em 1,6 medicamentos por aluno 32,8% não cumpriram o tratamento farmacológico
recomendado em relação à dose, horário ou duração
Resultados
Figura 3: Indicação para utilização de medicamentos.
Resultados Quem indicou o medicamento: 20 (15%) por indicação de amigos ou parentes 11 (8%) indicada na farmácia 27 (20%) alunos usaram por já terem usado
anteriormente em outros tratamentos 5 (3,8%) afirmaram ter usado por influencia da
propaganda vinculada a imprensa. Dos que utilizaram medicamentos, 11 (8%) já o
possuíam em casa, 114 (87%) compraram na farmácia, 4 (3%) obtiveram algum tipo de amostra grátis e apenas 2 (1,5%) pegaram gratuitamente no posto de saúde.
Resultados Classe farmacológica n: 131(%)
Digestivo e Metabólico
3(2)
Cardiovascular
1(0,7)
Dermatológico
1(0,7)
Geniturinário
27(20)
Hormônio
2(1,4)
Antiinfeciosos
8(6)
Músculo esquelético
16(12)
Nervoso
62(47)
Respiratório
7(0,5)
Vários
4(0,3)
Total: 131
Discussão A prevalência de automedicação entre os estudantes
no presente estudo foi de 39,1 %, o que corrobora com os resultados dos estudos de Loiola Filho et. al (2002)10 e Ogawa et. al (1998)13 que apresentaram prevalência de automedicação de 26,7% e 48,6 % respectivamente.
De maneira semelhante a estudos conduzidos em países desenvolvidos14 e no Brasil2, os medicamentos atuantes no sistema nervoso, segundo a classificação ATC, dentre os quais se destacam os analgésicos comuns e os antitérmicos, foram os medicamentos mais utilizados pela população em estudo, apresentando nesse estudo, prevalência de 47%.
Discussão Com relação à indicação do uso de medicamentos
sem prescrição médica, a indicação de um parente ou amigo prevaleceu sobre outras formas de orientação na realização de automedicação. Dados similares foram evidenciados por Arrais et al. (1997)2 que revelou um prevalência de 51% nas indicações de automedicação por pessoas leigas.
De maneira controversa, dentre os entrevistados que referiram ter realizado automedicação nos últimos 90 dias, 54,9%% relataram ser portadores de convênio de saúde, aspecto condizente com os dados apresentados por Loiola et al. (2002)10. Essa situação contraria o conceito atualmente vigente do benéfico da automedicação como forma de autocuidado nas populações mais carentes.
Discussão A maior parte dos entrevistados no presente estudo se
autoavaliaram como portadores de boa condição de saúde, contrastando com o elavado índice de automedicação apresentado no estudo. Loiola, de maneira similar, reportou dados de influência negativa entre melhor autopercepção sobre o estado de saúde atual e automedicação.10
Beckerleg et al, (1999)14, bem como Vilarino et al. (1998)8 mostraram que o hábito de automedicação esta associado a presença de sinais e sintomas menores, sendo que doenças crônicas e doenças mais graves levaram ao uso de medicamentos prescritos por profissional médico, o que pode explicar a relação entre melhor percepção do estado de saúde e automedicação.
Conclusão Conclui-se que a automedicação é uma prática
extremamente prevalente entre os estudantes universitários do curso de direito, e que a importância da automedicação como uma forma de aliviar a carga sobre o sistema público de saúde, se mostra irracional, já que dentre os praticantes da automedicação, a grande maioria faz uso de sistemas privados de saúde. Novos estudos, com diferentes tipos de delineamento, ainda parecem ser necessário para caracterizar o padrão do uso de medicamentos na sociedade e poder inferir os reais fatores influenciadores dessa prática, para que assim possamos traçar medidas eficazes no combate à prática de automedicação.
BRUNA JACOBOWSKIInternato Médico
11a faseUNISUL
PUIC 2009 - JUNIC 2010