DIVISÃO LEGISLATIVA
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481º Ano da Fundação do Povoado e 65º de Emancipação Político Administrativa
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QUE ME FOI APRESENTADO
Margareth Reis A. A. Feitoza Chefe da DVL/Substituta
ATA DA 3ª SESSÃO SOLENE DO 2º ANO LEGISLATIVO DA 16ª LEGISLATURA
REALIZADA EM 27 DE JUNHO DE 2014
PRESIDÊNCIA - Sr. César da Silva Nascimento.
ORADOR OFICIAL - Sr. Manoel Herzog Chainça.
- Às 20h05m, sob a Presidência do Sr. César da Silva Nascimento,
é instalada a presente Sessão Solene.
O SR. PRESIDENTE - Em nome de Deus e da Lei,
declaro instalada a Sessão Solene comemorativa à "Semana Afonso Schmidt",
em cumprimento ao Decreto Legislativo nº 80, de 08 de junho de 1993, de
autoria do ex-Vereador João Ivaniel de França Abreu e às suas alterações pelos
Decretos Legislativos números 82/93 e 85/94. Convido as integrantes do Corpo
Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão introduzirem no
Plenário da Casa, o Exmo. Sr. Luiz Marcelo Moreira, DD Presidente
da 121ª Subseção da OAB de Cubatão.
- Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa,
onde toma assento à Mesa, o Sr. Luiz Marcelo Moreira.
O SR. PRESIDENTE - Convido as integrantes do
Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão
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introduzirem no Plenário da Casa, o Exmo. Dr. Agrimaldo Rocha da Silva, DD
ex-Vereador e autor do Decreto Legislativo que denominou o saguão superior da
Câmara como “Salão Afonso Schmidt”.
- Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa,
onde toma assento à Mesa, o Sr. Agrimaldo Rocha da Silva.
O SR. PRESIDENTE - Convido as integrantes do
Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão
introduzirem no Plenário da Casa, o Exmo. Sr. Welington Ribeiro Borges, DD
Secretário Municipal de Cultura.
- Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa,
onde toma assento à Mesa, o Sr. Welington Ribeiro Borges.
O SR. PRESIDENTE - Convido as integrantes do
Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão
introduzirem no Plenário da Casa, o Exmo. Sr. Wagner Moura dos Santos, DD
Prefeito Municipal de Cubatão.
- Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa,
onde toma assento à Mesa, o Sr. Wagner Moura dos Santos.
O SR. PRESIDENTE - Convido as integrantes do
Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão, para em Comissão
introduzirem no Plenário da Casa, o Ilmo. Sr. Dr. Manoel Herzog Chainça, DD
Orador Oficial desta solenidade.
- Sob palmas, a Comissão nomeada introduz no Plenário da Casa,
onde toma assento à Mesa, o Sr. Manoel Herzog Chainça.
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O SR. PRESIDENTE - Às demais autoridades
presentes, considerem-se fazendo parte da Mesa principal. Solicito ao
Cerimonial, que anuncie a presença das demais autoridades.
A SRA. MESTRE DO CERIMONIAL - Boa noite
a todos. A Câmara agradece pela presença às seguintes autoridades: Sr. “Tico
Barbosa”, Secretário Municipal de Governo, Sra. Rosa Apolinário, Secretária
Municipal de Educação, Sr. José Eduardo Limongi França Guilherme,
Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos, Sr. Fernando Alberto Henriques
Júnior, Secretário Municipal de Comunicação Social, Sr. Luiz Carlos Costa,
Secretário Municipal de Turismo, Sr. Genivaldo Linhares Brandão, Secretário
Municipal de Assistência Social, Sr. Carlos Alberto Benincasa, Secretário
Municipal de Emprego e Desenvolvimento Sustentável, Sr. Paulo Roberto
Bonavides, Secretário Municipal de Auditoria e Controladoria Interna, Sr. João
Marcos Pires Correa, Secretário Municipal de Saúde, Sr. Luiz Carlos Lopes,
Diretor de Relações de Emprego, Sr. Júlio César do Carmo, Diretor da
Secretaria Municipal de Saúde, Sra. Simone Lopes, Presidente do Conselho
Municipal de Assistência Social, Sra. Maria Aparecida Dias, Presidente da
Soroptimist Internacional de Cubatão, Sr. Josiel Rodrigues de Brito, Diretor
Jurídico da ACIC, representando neste momento o Presidente Antônio Teixeira,
Professor Clóvis Pimentel, Diretor do Instituto Histórico e Geográfico de
Santos, Sr. Geraldo Soares Galvão, Vereador da cidade do Guarujá, Sr. Anselmo
de Paula Silveira, do Lions Clube de Cubatão, Sr. Arnaldo Fiuza Junior, Gerente
Geral da Caixa Econômica Federal, Sr. João Hilário Filho, representando neste
momento o Presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Sr. Luiz
Carlos Mendonça Correa, Presidente do CAMP, Sr. Alessandro Donizete de
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Oliveira, Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Dra. Lucimar Vieira de
Faro Melo, da OAB de Cubatão, Dra. Sara de Jesus Vieira, da OAB de Cubatão,
Sra. Olivia de Jesus Silva, da Associação Luzo Brasileira de Cubatão, Sr.
Dilermando Mendes Galdino, Presidente do Rotary Clube de Cubatão, Sr.
Sinésio Delgado Martins, ex-Vereador desta Casa, representando neste ato o Lar
Fraterno de Cubatão, Sr. Mário Canelas, ex-Vereador e ex-Presidente desta
Casa, Sr. Sebastião Carlos Henriques Silva, ex-Vereador e ex-Presidente desta
Casa e Sra. Maria Aparecida dos Santos, Presidente do Instituto Histórico e
Geográfico de Cubatão.
O SR. PRESIDENTE - Ouviremos agora, a
execução do Hino de Cubatão e a seguir do Hino Nacional Brasileiro.
- Respeitosamente, a Casa ouve a execução do Hino de Cubatão e
do Hino Nacional Brasileiro, respectivamente.
O SR. PRESIDENTE - Neste instante, concedo a
palavra ao Vereador Ivan da Silva, para em nome deste Poder Legislativo,
proceder a saudação ao Orador Oficial desta solenidade, o Ilmo. Dr. Manoel
Herzog Chainça, DD Poeta e Romancista cubatense.
O SR. IVAN DA SILVA - (Lê).
“Exmo. Sr. Prefeito Wagner Moura dos Santos,
Exmo. Sr. Presidente César da Silva Nascimento,
Exmo. Sr. Manoel Herzog, Orador Oficial desta solenidade,
Exmos. Srs. Vereadores,
minhas senhoras e meus senhores,
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Nesta Sessão Solene à Semana Afonso Schmidt, coube-me a honra
de saudar aquele que será nosso Orador Oficial, o Sr. Manoel Herzog Chainça,
Advogado, Poeta e Romancista.
É uma honra falar de um intelectual cubatense que muito nos
orgulha com seu trabalho literário.
Manoel Herzog nasceu em 24 de setembro de 1964. O fato de ter
nascido na Santa Casa de Santos não retira seu título de legítimo cubatense, do
qual sente muito orgulho.
Filho de Manoel Chainça e Miriam Herzog Chainça.
Herzog sempre estudou em escola pública. Passou pelo Externato
Paranapiacaba, pela Escola Municipal Antonio Ortega Domingues e pela Escola
Estadual Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, ambas no Jardim
Casqueiro.
Uma Professora que marcou sua infância foi Maria Auta Ventura,
uma das primeiras Vereadoras desta Casa Legislativa. É bem verdade que a
lembrança fica mais pela palmatória como instrumento de aprendizagem do que
pela transmissão de conhecimentos.
Desde criança, Herzog já se arriscava no mundo das palavras,
transformando ideias em textos. Uma vez escreveu uma redação especialmente
para o Dia das Mães. Essa produção, de tão complexa, se tornou objeto de
preocupação para o Diretor e para as Pedagogas da escola.
Quando tinha dezesseis anos, Herzog venceu um concurso de
contos de ficção, sendo premiado com uma máquina de escrever. Mas o que ele
mais gostou nesta premiação foi conquistar o direito de participar do programa
‘O Globinho’, da Apresentadora Paula Saldanha, grande vedete da TV no final
dos anos 70.
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Aos 19 anos, trabalhou na Carbocloro. Nesse mesmo período,
ingressou no Curso de Direito na Universidade Católica de Santos. Conciliar as
duas atividades foi desafiador e a válvula de escape encontrada foi na Literatura.
Nessa época, escrevia poesias, que resultariam em 1987, no livro ‘Brincadeira
Surrealista’.
Herzog se tornou um respeitado Advogado Trabalhista, sendo
Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Cubatão, entre 2001
e 2003.
Depois de mergulhar de cabeça na carreira, Herzog decidiu realizar
uma viagem à Amazônia para repensar a vida. Dessa experiência, nasceu o livro
‘Fuga à Amazônia de Mim’, finalista do Prêmio SESC de Literatura, edição
2009. O romance inédito conta a história de um Gerente de Banco em crise, em
meio a índios, selvas e barcos flutuantes.
Em 2012, Herzog lança ‘Os Bichos’, pela Editora Realejo. O livro
faz uma crítica contundente à política municipal e nos premia com uma obra que
traça um paralelo entre o comportamento voraz dos urubus e o refastelamento
dos agentes públicos.
Um ano depois, surge ‘CBA - Companhia Brasileira de Alquimia’,
livro publicado pela Editora Patuá. Nele, Herzog conta a história de Germano
Quaresma, operário que transforma chumbo em ouro. O personagem encontra
refúgio na Literatura para lidar com a rotina da indústria e seu relacionamento
familiar. Por essa obra, Herzog concorre esse ano ao Prêmio Portugal Telecom,
na categoria de Melhor Romance.
Tendo Afonso Schmidt como referência literária, Herzog considera
o Escritor cubatense universal e acredita que sua coleção deveria ser descoberta
por todos.
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Herzog ministra oficinas literárias e escreve crônicas
quinzenalmente para o site Cine Zen. O Escritor, que mantém o hábito de levar
um bloco de anotações em suas andanças, afirma que seu único compromisso
com a literatura é ser verdadeiro.
Verdadeiro com seus valores e a utopia de uma sociedade justa,
idealizada na visão romântica e otimista de Afonso Schmidt no clássico Zanzalá.
Filho desta terra e herdeiro literário de Schmidt, eis Manoel Herzog,
nosso homenageado nesta Sessão Solene”.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Senhoras e senhores, tenho a
honra de conceder a palavra ao Orador Oficial desta solenidade, o Ilmo. Dr.
Manoel Herzog Chainça, DD Poeta a Romancista cubatense.
O SR. MANOEL HERZOG CHAINÇA - Boa
noite. Dentro da classificação já tão conhecida de Montesquieu, que coloca o
Poder Executivo como a cabeça do triângulo, eu vou me permitir saudar
primeiramente meu querido Presidente da Câmara, pois eu estou na Casa dele,
muito honrado de ver aqui meus concidadãos. Então, DD Presidente da Câmara
Municipal de Cubatão, desta Casa Legislativa, Sr. César da Silva Nascimento.
Apenas por esta questão protocolar, também saúdo aqui o meu Prefeito em
exercício, meu amigo Wagner Moura, que aqui representa o Poder Executivo.
Ausente qualquer representante direto do Poder Judiciário, tenho a grande
felicidade de saudar um membro livre e informal deste Poder Judiciário, o meu
querido irmão Luiz Marcelo Moreira, DD Presidente da Ordem dos Advogados
de Cubatão. Srs. Vereadores, Sr. Secretário de Cultura, meu não menos amigo
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Welington Ribeiro Borges, companheiro de militância cultural, povo de
Cubatão, ao qual pertenço com muito orgulho. Quero fazer uma saudação muito
especial aos Escritores cubatenses, que eu sei que estão aqui presentes: meu
irmão espiritual Marcelo Ariel, meu querido Itamar. Não sei se o Alessandro
Atanis está aí, mas é uma pessoa que faço questão absoluta de citar. Cícero, que
tem se revelado um grande Teatrólogo, Roze de França Abreu, Carlos, grande
Biógrafo e talvez a pessoa que mais entenda de Afonso Schmidt na cidade. Se
eu me esqueci de alguém, perdoem-me, talvez seja o nervosismo da situação,
mas eu saúdo todos os representantes da comunidade literária daqui da minha
cidade, com muito gosto. Numa breve pesquisa que fiz, cheguei a um dado
muito interessante, que talvez não tenha, a princípio, nada a ver com o que
vamos falar na noite de hoje, mas o Poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage,
que era português, a despeito do sobrenome francês, uma figura conhecidíssima
do folclore por suas piadas, mas o Bocage se tornou um herói popular pela arte e
pela malandragem e talvez sintetize bem o espírito do Brasil. Dizem que Bocage
jurava de pés juntos que tinha recebido uma iluminação e que ele era uma
reencarnação de Luiz de Camões, o grande Poeta português. É um dado
interessante, porque eu já vi vários desses meus amigos que citei se arrogarem
serem a reencarnação de Afonso Schmidt, o sucessor de Afonso Schmidt ou
aquele que iria trilhar na Literatura da cidade de Cubatão o mesmo caminho
inicialmente pavimentado por Afonso Schmidt. Essas coisas têm relação com
um dado histórico muito importante. Homero, que foi a primeira referência da
Literatura do mundo ocidental – Homero, o Poeta grego cego, que escreveu
“Ilíada” e “A Odisseia” – sendo ele o primeiro, não teve quem copiar. Ele foi
muito levado, enquanto paradigma, por Virgílio, que foi o grande Poeta que
escreveu a história do Império Romano. Virgílio, ao seu turno, foi tão
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reverenciado por Dante Alighieri, que ele é até personagem de “A Divina
Comédia”. Quando Dante desceu aos infernos foi acompanhado de Virgílio, seu
mestre, que tinha vivido muitos séculos antes dele, mas ele projetou essa
situação e Dante o acompanhava e se existe hoje uma cultura italiana, se existe
hoje um idioma italiano, é graças a Dante. Luiz de Camões, por seu turno,
também referenciou a Dante, a Virgílio e a Homero. Então, a Literatura
realmente é uma sucessão de experiências, onde o que vem depois
necessariamente é obrigado a render tributos aos seus nobres antecessores. Por
conta disso, acho que é de suma importância para o Município de Cubatão, ter
uma iniciativa desse porte e reservar dentro do seu Calendário Oficial uma noite,
uma ocasião especial para se falar do grande Escritor que foi Afonso Schmidt.
Isso nós podemos, por dever e tributamos aqui ao meu amigo presente,
Agrimaldo Rocha da Silva, que foi autor do projeto de lei que instituiu a
“Semana Afonso Schmidt”. Agradeço muito por essa iniciativa, que acho de
suma importância, porque a Literatura, conquanto seja uma arte tão desprezada
– lamentavelmente no Brasil nós lemos muito pouco – ela é base da
humanidade. Não existiria toda a cultura grega, todo o pensamento filosófico do
qual nós somos herdeiros, se não tivesse havido Homero, porque Homero
escreveu três séculos antes do primeiro Filósofo pré-socrático. Então, antes de
Sócrates, que foi quem lançou a base da Filosofia, Homero escreveu quatro
séculos antes. Nós temos notícias do Império Romano, todo nosso Direito e toda
nossa Legislação decorrem da sabedoria legislativa que foi instituída no Império
Romano, mas não existiria o Império Romano se Virgílio não tivesse escrito
“Eneida”. O Império Português, que foi de tão suma importância para a
humanidade e que legou, dentre outras coisas, ao mundo, a nossa civilização
brasileira, que é metade da América Latina. Embora a América Latina esteja
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toda dividida em várias nações que falam espanhol, ela é um conglomerado uno,
unificado, de vários Estados, que equivalem a todas aquelas nações, que é o
nosso Brasil, que fala Português. Essa história nós devemos, necessariamente, a
Luiz de Camões. É por conta disso que o Bocage valoriza tanto e se achava tão
importante em fazer as suas poesias, muitas delas de viés erótico, pornográfico e
cômico, mas também era um grande Poeta lírico. O Bocage também reverenciou
Luiz de Camões. Nessa linha de sucessão toda, nós temos os grandes Escritores
brasileiros: Machado de Assis e o nosso querido Afonso Schmidt. Eu já escutei
absurdos da maior amplidão. Já ouvi meu amigo Marcelo Ariel, que é um
visionário, um louco, um Poeta e não estou falando isto porque seja menos louco
que ele, devido a essa poesia toda, mas ele acha que é o sucessor de Afonso
Schmidt. Pobre Marcelo Ariel! O sucessor de Afonso Schmidt sou eu. Ouviu
também, Itamar? Todos nós vamos necessariamente arrogar esse título, de
sermos o sucessor do grande Escritor que firma as bases de uma sociedade que
nós pretendemos justa, que nós pretendemos uma cidade humana, que dê
oportunidades iguais aos que nela vivem. A base disso está realmente no
primeiro grande Escritor que nós tivemos, que foi Afonso Schmidt. Eu vou
pautar a minha fala numa questão profética. A Literatura tem um caráter de
profecia. Embora os grandes Escritores tenham contado a história de suas
civilizações e essa história tenha chegado a nós através deles, porque ninguém
aqui vai me falar da Atlântida, ninguém vai me falar da Mesopotâmia, porque
talvez não tenhamos um registro histórico, mas nós sabemos de Roma, nós
sabemos da Grécia, nós sabemos do Império Português glorioso, graças ao fato
de ter havido grandes Escritores que fizeram esses registros. Talvez, num futuro
distante, nós iremos saber do que foi Cubatão, por conta dos que vêm lutando no
sentido de escrever a história desta civilização. A Literatura, além do caráter de
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registrar o passado, tem também uma função primordial e mágica, de profetizar
o futuro e é onde eu gostaria de pautar a minha fala nesta solenidade. Afonso
Schmidt escreveu uma obra de ficção científica muito importante, chamada
“Zanzalá”, a qual naturalmente é do conhecimento de todos. Há na Literatura
universal uma infinidade de situações em que a Literatura previu eventos e
invenções que se viriam a realizar muito depois, mas a Literatura já os
preconizou. Eu não pesquisei a história, mas um exemplo disso é o submarino,
que eu creio que tenha sido inventado no século XX, mas ele já foi previsto nas
“Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Júlio Verne. Eu me lembro do nascimento
do primeiro bebê de proveta, mas a fertilização “in vitro” vem da obra do inglês
Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo”, que foi uma obra escrita entre a
Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Essa fantasia de nós sermos vigiados, de
nós termos os nossos passos monitorados por um sistema de conhecimento de
dados, de nós vivermos num mundo escravo da informação e de nós não
sabermos fazer nada sem estarmos vigiados por uma sociedade autoritária, vem
também de uma obra escrita entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que é
“1984”, escrita por George Orwell, do qual temos uma derivação bastante triste,
esse lamentável programa de televisão, “Big Brother”. Inclusive era o título
desse grande estadista que sabia da vida de todo mundo. Hoje nós temos as
nossas vidas monitoradas por câmeras, qualquer passo que se dá é registrado.
Então, isso que nós vivemos hoje já foi previsto pela Literatura. Pois bem,
Afonso Schmidt, no ano de 1929, previu que uma civilização instalada no sopé
da Serra do Mar, seria dali a 100 anos, portanto, no ano de 2029, uma cidade
pautada pelo desenvolvimento científico e artístico, onde os habitantes eram a
essência de um mundo novo, a América. Sociedade essa que tinha por base a
generosidade e o respeito às relações humanas. Sociedade essa que era um
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celeiro de grandes Artistas, onde a Música, o Teatro, a Literatura e as grandes
Artes eram cultivadas na rua. Vou-me permitir ler um pequeno trecho da obra
“Zanzalá” que o Schmidt escreveu. Naquela época Cubatão não era um
Município autônomo, era uma vila polonizada basicamente por imigrantes
portugueses. O Schmidt devia ter uma origem alemã, creio eu, mas já naquele
tempo, ele via com muita reserva a questão da colonização europeia. Ele achava
que a América viria a frutificar uma sociedade nova, onde o conceito do europeu
seria totalmente sepultado, aquela coisa do imigrante vir, colonizar, explorar,
tirar a riqueza o máximo que pudesse. Então, ele falava do imigrante europeu na
sociedade que estaria formada em 2029. Ele chamou os europeus de caborés.
Um trecho do “Zanzalá” diz o seguinte: “Embora hoje não pareça, a Europa já
foi um continente civilizado. As ruínas que lá ainda podem ser vistas dão ideia
do seu antigo esplendor. Como se sabe, a rápida decadência começou em 1914 e
acentuou-se com as guerras que se sucederam. Em 1950, era um montão de
ruínas fumegantes. Dali pra cá ficou sendo uma espécie de museu em um ponto
grande, onde os estudantes de outros continentes vão veranear todos os anos e
consultar os arquivos. Hoje a Europa vive das glórias do passado. Nas
conversas, os europeus falam com voz tremida, de Descobridores, de Poetas e de
Filósofos, mas tudo isso passou, está perdido na distância. Só resta um povo
envenenado, inadaptável, que a América e a África recebem com justificada
reserva. Essa gente era encontrada em grande número no litoral, mas a sua
atitude tornou-a, há muitos anos, mal vista nos centros populosos. Por isso, ela
isolava-se em povoações perdidas nas dobras da Serra do Mar. Homem
civilizado não tinha comércio com europeu. No entanto - e isso era muito da sua
conduta - alguns caborés arriscavam-se em frequentes incursões nos distritos
mais próximos, fazendo valer armas, que ainda eram a sua preocupação, apesar
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de a humanidade ter evoluído muito no cumprimento do Sermão da Montanha”.
Enfim, o Schmidt demonstra que a sociedade latino-americana dali a 100 anos
estaria sumamente desenvolvida, teria abdicado desses conceitos de exploração
do homem pelo homem e teria construído uma sociedade supostamente mais
justa, pautada no desenvolvimento da Ciência, da Arte e que nós seríamos essa
sociedade do futuro, onde haveria concertos ao sopé da Serra, os Maestros
regendo como se a Serra fosse um teatro. Não chegamos ainda aos 100 anos
para o cumprimento dessa profecia, mas eu particularmente penso que ela é
absolutamente impossível de se cumprir, pelo caminho que nós trilhamos em
muito mais de dois terços do que previu o Afonso Schmidt. Nós já corremos 85
anos desses 100 anos. Eu acho que o Schimdt, talvez num devaneio poético e
extremamente otimista, tenha projetado uma cidade infactível. Eu também vou
fazer referência a uma segunda obra do Afonso Schmidt, que me parece muito
mais próxima da realidade e foi onde ele não exerceu sua veia de ficcionista,
mas de Jornalista. Foi quando ele quis retratar um fato histórico de uma
experiência que ocorreu no Oeste do Paraná, no ano de 1890, que foi a “Colônia
Cecília”, um livro de Afonso Schmidt. Numa fase mais madura da carreira dele,
ele resolveu fazer um registro histórico de uma experiência anarquista, quando o
teórico Giovanni Rossi, da Itália, ganhou do Imperador do Brasil, Dom Pedro II,
o direito de fundar uma experiência anarquista em terras brasileiras. Fundou um
Estado próprio, uma gleba de terra onde era livre o amor, abolia-se o conceito de
família, abolia-se completamente o conceito de poder, a produção era comum e
todos produziam para todos. O Schmidt narra essa experiência da “Colônia
Cecília”, que veio sob as bênçãos de uma monarquia, que em 1890 se despedia
enquanto modelo de governo, para a entrada de uma república. Enfim, os
anarquistas receberam um dote de terra para se instalar e empreender a sua
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experiência e foram colhidos com uma mudança de modelo de poder de uma
república que se instalou no Brasil. É sabido de todos nós que a república em
terras brasileiras sempre foi pautada pelo militarismo, pela servidão ao
capitalismo, pela exploração predatória e por tudo isso que conhecemos nesses
séculos em que temos convivido com a experiência republicana. Não quero
absolutamente aqui fazer uma apologia à monarquia, até porque, o fim da
monarquia coincidiu com o fim de uma barbaridade humana monumental, que
era o fim da escravatura. A monarquia também é um sistema de poder que
privilegia poucos, em detrimento, do sofrimento de muitos. A experiência
republicana no Brasil, iniciada com governos militares, foi fatal para o
insucesso, para a frustração absoluta do projeto anarquista, o que fez com que o
Giovanni Rossi revisse diversas das suas posições. Creio eu, também fez com
que o próprio Afonso Schmidt, que era um comunista histórico, assim como o
meu querido “Agrimaldo”, estivesse na formação do Partido Comunista do
Brasil. Historicamente, há um registro de que Cubatão tinha um Delegado na
primeira reunião para a formação do Partido Comunista do Brasil e o Delegado
de Cubatão era o Afonso Schmidt. Em 1925, o Afonso Schmidt estava lá
novamente. A cidade de São Paulo tinha um e o Município de Cubatão, tão
pequeno, também tinha um, que era novamente o Afonso Schmidt. Talvez nos
anos que se seguiram e particularmente nos anos em que vivi, pois eu nasci em
1964, em franca ditadura militar, muito pouco de falou dessa faceta política do
Escritor Afonso Schmidt. No entanto, ele foi um comunista, que desencantado
com o poder humano, foi gradativamente tornando-se um anarquista. A
experiência anarquista, que era de imigrantes italianos, já começa privilegiando
uma classe de pessoas, em detrimentos de outra, que estava própria aqui. Nós
tínhamos acabado de libertar os nossos escravos e foi lançado à vala da miséria
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um contingente imenso de negros libertos, que não serviam mais para serem
explorados enquanto trabalhadores, mas também não podiam ser aproveitados
enquanto mão de obra assalariada. Esses negros foram lançados na absoluta
indigência, ao passo que o governo da República Federativa do Brasil fornecia
benesses para imigrantes. Claro que Dom Pedro II era casado com uma italiana e
talvez esse fato histórico tenha propiciado a cessão das terras para imigrantes
italianos, posteriormente imigrantes alemães. Graças a isto estou aqui, porque
sou um descendente deles. Quantos imigrantes japoneses? Quantos espanhóis?
Tudo isso forma o caldo cultural do qual nós todos aqui somos descendentes.
Agora, um fato histórico incontestável, é que negros e índios, nesta nação tão
injusta, sempre foram abandonados à absoluta miséria, enquanto o Estado
procurava privilegiar povoações que não tinham razão de ser, sob o argumento
de que o negro é vagabundo ou índio “eu não sei o quê” e toda esta história. Isso
se repete hoje. Se você pega Cubatão de hoje, você pega nossos industriais
locais com o mesmo discurso hipócrita daquela época, da mudança da
monarquia para república. O sujeito vai buscar o cidadão em Minas Gerais ou
nos rincões do Paraná, com salário mais baixo, sem apoio de Sindicato, sem
condição de trabalho alguma, ao argumento de que a mão de obra local não é
especializada. Isso é uma mentira. Isso é uma falácia. Em cima disto nós vimos,
lamentavelmente, construindo a nossa sociedade. Assim foi. Os próprios
anarquistas, dentro do contexto dos imigrantes italianos, eram mal vistos pelos
seus próprios compatriotas e a experiência da “Colônia Cecília” naufragou por
absoluta falta de apoio. Eu vou ler só um pequeno trecho do texto do Schmidt,
que, aliás, não é um texto com grande referência histórica. Eu tive a
oportunidade de pesquisar manuscrito do próprio Giovanni Rossi e o Schmidt
talvez tenha romantizado um pouco. Não é uma referência histórica, mas ele diz:
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“Cárdias...”, Cárdias era o nome do Giovanni Rossi, “esperava iniciar ali um
núcleo de Filósofos, Artistas e Poetas, tirando da terra, mediante escassos
trabalhos, o necessário para a subsistência. Mortos a propriedade, o
compromisso, a sanção, o preconceito, imaginou uma colônia de trabalho livre,
de amor livre e de vida livre. Seria uma humanidade nua, à claridade do bosque.
Os argumentos de Cárdias eram singelos. Dizia ele que o homem é um animal,
preguiçoso por instinto. Daí o desejo de tirá-lo do meio em que vive, dando-lhe
cenário natural de árvores, de campos, de plantações fáceis, onde possa fazer
tudo o que desejar, principalmente não fazer nada que não desejar. A vida
primitiva, simples e fácil, sem cansaço, sem preconceito, sem sanções e com
amor, sim, com amor. Esses homens, tocados pela nova filosofia, deveriam fugir
às populações das cidades velhas, onde a vida tem um ranço característico e
estabelecer-se em núcleos perdidos nos campos de outros continentes. Homens e
mulheres: nenhuma barreira para o amor, a não ser a vontade de cada um. Esse
sonho encontrou uma humanidade cansada, triste, que acreditou nele, não
porque fosse lógico, mas porque era doce acreditar. Um pouco de trabalho e
longas horas de amor. Era só estender o braço amorosamente e das sombras das
palmeiras sairiam as mulheres amadas. Canções, idílios, as artes cultivadas ao
infinito”. Obviamente essa utopia romântica de um Poeta não pode encontrar
eco num mundo onde Deus, segundo a nossa moral judaico-cristã, foi o primeiro
a vir amaldiçoar o homem e dizer: “Você só vai comer com o suor do seu rosto”,
mas, também, essa culpa judaico-cristã que emprega a nossa sociedade, que é
tão injusta e tão excludente, obriga-nos a trabalhar tanto, para quem? Por que o
homem é obrigado a render sua força de trabalho em troca de um salário de mil,
dois mil reais, três mil reais e produzir riquezas que ele não vai delas usufruir?
Eu creio que o sonho dos comunistas, o sonho dos anarquistas, ainda permanece
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vivo, com todo o respeito ao discurso dos que insistem em dizer que o muro de
Berlim caiu, “blábláblá” e toda essa coisa. Há 02 anos nós vimos a Bolsa de
Wall Street quebrar e o capitalismo, se não se socorre do Estado, também não
sobrevive. Eu vejo com uma profunda tristeza a absoluta impossibilidade, nesses
15 anos que nos faltam, de cumprirmos a profecia de termos uma sociedade
maravilhosa como o “Zanzalá” do Schmidt previa. Porque a nossa sociedade
política é pautada pela exploração do homem pelo homem, pelo servilismo,
porque os Poderes, Legislativo, Judiciário e Executivo, tão bem arquitetados nos
sonhos de Montesquieu, são todos os três, absolutamente reféns de um poder
oculto e maior, que ninguém fala: que é o poder econômico. Por que nós,
reiteradamente, fazemos vencer a licitação, todo ano, da mesma empreiteira, que
faz o mesmo serviço e que se apropria do bem público? Por que Schmidt morreu
no dia 03 de abril de 1964? Exatamente dois dias depois da implantação do
golpe militar em terras brasileiras. Schmidt talvez não tenha contato com isso,
porque se ele vivesse os anos que se deram na sequência, talvez tivesse revisto.
Ele talvez tivesse reconsiderado e visto que nós implantamos um polo industrial
sob a égide da predação, da exploração, do absoluto desrespeito aos valores
humanos, do absoluto desrespeito à natureza. Nós lançávamos aqui duzentos
milhões – não é isso, Agrimaldo? – aliás, vinte milhões de toneladas de produtos
químicos. Aí, nós temos, depois de não sei quantos anos de crianças nascendo
sem cérebro, de todo um escândalo nacional, que reverteu no fato da nossa
cidade ser vista ainda hoje com o estigma de uma terra injusta, insalubre. Nós só
revertemos isso para quantos? Para seis milhões? Ainda hoje, dizendo que nós
filtramos, não, nós estamos poluindo do mesmo jeito. Há outro escândalo
gravíssimo na sociedade de Cubatão, que é a corrupção, que domina de uma
maneira infame. No entanto, ao mesmo tempo em que eclodiu o problema da
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poluição em Cubatão nos anos 70, nós vivemos nesta Casa Legislativa um
escândalo de magnitude nacional, chamado “Mar de Lama”. Não vou ser injusto
de dizer que isso é uma praga exclusivamente cubatense, porque Cubatão, me
parece, é um reflexo do Brasil. Cubatão é um retrato 3x4 do Brasil. Do mesmo
jeito que o Brasil ficou impedido de eleger democraticamente seu representante
legal, Cubatão, com a “Lei de Segurança Nacional”, também ficou e teve que se
submeter a caudilhos, que fizeram o que quiseram aqui. Fizeram e aconteceram.
Depois, esses caudilhos, quando restaurada a democracia, foram reeleitos, da
mesma maneira que reelegemos José Sarney, que era um caudilho. Nós não
tivemos a competência de implantar uma democracia significativa e justa. Nós
temos vergonha de dizer que Afonso Schmidt era um comunista, porque isso
“não pega bem”. Então, eu acho que se o Schmidt tivesse visto a implantação de
um capitalismo tão predatório e tão injusto...! Porque Cubatão tem uma coisa:
ela é a prova material de que esse capitalismo industrial é um regime
absolutamente falido e injusto. É a cidade que tem o maior PIB “per capita” da
nação e onde 60%, 70% da população vivem em condições subumanas, sem
saneamento básico, vivem na favela. Ora! Srs. Vereadores, Sr. Prefeito, onde
nós falhamos? O que é que falta para a nossa cidade cumprir o destino de ter
uma sociedade justa, porque aqui é um celeiro realmente de bons Artistas?
Temos aqui pessoas maravilhosas produzindo: Maestro “Sadao”, Maestro
“Roberto”, “Manoelito”, “Lourimar”, que faz um trabalho digníssimo, tantos
Escritores, tanta gente de bem. Eu só vou encerrar a minha fala dizendo o que eu
acho. Só faço uma previsão, porque a Matemática de Albert Einstein me faz ser
um pouco cético com relação a isso, mas ao mesmo tempo eu sou um homem de
fé. Eu acho que 15 anos é um bom intervalo de tempo, para que nós tenhamos
um líder, que nós tenhamos alguém que surja disso e que não se submeta às
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mesmas empresas que dominam. O Vereador tem que chegar e ser independente
e o Prefeito também tem que chegar e ser. Nós temos que conseguir, com o
apoio da população, com o apoio dos intelectuais, com o apoio da sociedade
civil, da OAB, de todas as forças da nossa sociedade, pois eu tenho a esperança
que ainda temos condições de reerguer e fazer esta terra cumprir o destino
profetizado pelo nosso Escritor maior. Eu peço perdão se eu talvez tenha sido
um tanto amargo em uma noite que deveria ser de festa, mas eu acho que a
Literatura, acima de tudo, tem uma missão: a obrigação de ser verdadeira e falar
verdades de uma maneira poética. Foi isto que eu procurei fazer aqui. Muito
obrigado a todos. Eu agradeço, mais uma vez, pela imensa honra de ter vindo
aqui falar para vocês, porque eu estou no meio dos meus irmãos, da cidade onde
nasci, onde eu sou acolhido. Tudo que eu tenho conseguido na minha vida eu
devo a esta cidade. Uma boa noite a todos e que Deus nos ilumine a todos.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Convido os Srs. Vereadores
desta Casa, para juntamente com esta Presidência, em nome do Poder
Legislativo, prestarmos justa homenagem ao Ilmo. Dr. Manoel Herzog Chainça,
DD Poeta e Romancista cubatense.
- Sob palmas, o Sr. Presidente e todos os Vereadores presentes
prestam justa homenagem ao Sr. Manoel Herzog Chainça.
O SR. PRESIDENTE - Neste instante,
apresentaremos uma homenagem, em memória, do Ilmo. Afonso Schmidt.
- Os presentes assistem à apresentação de um vídeo.
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- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Dando prosseguimento à
solenidade, convido os integrantes do Coral Municipal Zanzalá, sob a regência
de Nailse Machado, para uma apresentação artística.
A SRA. MESTRE DO CERIMONIAL - O Coral
Municipal Zanzalá de Cubatão tem a regência de Nailse Machado e de Maria
Fernanda Tavares, que é a Regente Adjunta. O Coral brindará esta Sessão com
três canções compostas pelo ilustre Maestro Roberto Farias, tendo como letras
os poemas de Afonso Schmidt. A primeira das canções será “Cubatão é
Seresteira”, ao modo de Vila Lobos e terá como Solistas: Duda Abas e Marcos
Goulart. A segunda canção será “Caras e Bocas”, que denuncia na face das
crianças pobres e ricas a injustiça social já existente na época do Poeta. A
terceira canção será a “Simpatia”, que é um poema infantil inspirado no quadro
“Menino Felipe”.
A SRA. NAILSE MACHADO - Boa noite a todos.
Gostaria apenas de fazer uma observação, que essas três obras, esses três
poemas de Afonso Schmidt, musicadas também pelo grande cubatense Maestro
Roberto Farias, foram pensadas para um grande grupo instrumental e coro,
assim como a obra do Poeta também nos remete, como era o seu desejo, que
tivéssemos grandes grupos instrumentais. Então, originalmente, ela foi composta
para um grande grupo instrumental e coro. Hoje nós não teríamos como trazer
aqui um grupo instrumental, mesmo porque, estamos no espírito de Copa e
temos ouvido muito esse termo “hino à capela” ou “cantar à capela”, que é
cantar sem a ajuda do acompanhamento de instrumentos. Hoje nós faremos os
três poemas aqui à capela.
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- O Coral Municipal Zanzalá interpreta as canções: “Cubatão é
Seresteira”, “Caras e Bocas” e “Simpatia”, compostas pelo Maestro Roberto
Farias.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Convido o Cerimonial, para
proceder a saudação em memória do Poeta Leonardo Só.
A SRA. MESTRE DO CERIMONIAL - (Lê).
“A Câmara Municipal de Cubatão homenageia, nesta Sessão Solene
de Afonso Schmidt, outro Escritor que viveu na cidade e aqui produziu sua arte:
Leonardo Firmino dos Santos, conhecido como Leonardo Só.
Leonardo Só faleceu em abril de 2014, aos 62 anos. Por várias
vezes, foi vencedor do Mapa Cultural Paulista, na fase regional.
Era natural da Paraíba e aos 14 anos, mudou-se para Fortaleza, no
Ceará, onde começou a escrever poesias, contos e textos em prosa. No Nordeste,
Leonardo Só teve o primeiro contato com a Literatura, especialmente por meio
do Cordel.
Veio para Cubatão em 1980 e desde então, fortaleceu sua poesia,
participando de saraus e da Sociedade Amigos da Biblioteca, a SAB. Leonardo
Só foi finalista do Mapa Cultural Paulista em 2008, com o texto ‘Poema do
Adeus’. Em 2013, lançou junto com seu amigo e também Poeta, Natan Alencar,
o livro ‘Duplo Mergulho’.
Dono de uma escrita especial, em prosa, Leonardo Só era sensível e
em suas poesias, buscava o amor e a felicidade. Seus últimos poemas foram
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assinados com o codinome ‘Poeta Clandestino’, uma alusão ao modo simples de
viver e de encarar a vida e a Literatura”.
- Palmas.
O SR. PRESIDENTE - Neste momento, esta
Presidência, em nome deste Poder Legislativo, prestará justa homenagem, em
memória do Ilmo. Poeta cubatense Leonardo Só, neste ato representado pela sua
irmã, Raimunda Firmino.
- Sob palmas, o Vereador César da Silva Nascimento presta justa
homenagem, em memória, ao Sr. Leonardo Firmino dos Santos, representado
pela Sra. Raimunda Firmino.
O SR. PRESIDENTE - Está escrito: “Homenagem
do Poder Legislativo Cubatense ao Poeta Leonardo Só, em memória.
Homenageado na 39ª Semana Afonso Schimdt. Cubatão, 27 de junho de 2014”.
Concedo a palavra à representante do homenageado, Sra. Raimunda Firmino.
A SRA RAIMUNDA FIRMINO - Boa noite. Eu só
quero agradecer por toda esta homenagem ao meu irmão, que partiu. Sei que ele
está muito feliz e todos nós também estamos, toda a família dele. Eu creio que
ele está muito contente com esta homenagem. Muito obrigada.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Neste instante, este Poder
Legislativo tem a honra de convidar o Músico Everaldo Burgel, para uma
apresentação artística. Vocalista da “Banda Semelhança” há 20 anos, o Cantor
Gospel Everaldo Burgel gravou vários discos de músicas evangélicas, tendo sido
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também consagrado recentemente como Pastor da 1ª Igreja Batista de São
Vicente.
O SR. EVERALDO BURGEL - Boa noite. Quero
saudar todos os senhores e senhoras presentes aqui. É um prazer muito grande
poder estar aqui nesta noite, nesta homenagem tão maravilhosa ao Poeta Afonso
Schmidt. Quero já agradecer, em nome de todo o povo evangélico, de todos os
Pastores, de todos aqueles que têm constituído este povo de Deus, do qual eu
faço parte. Já quero agradecer também àqueles que não são evangélicos, pois
para mim é um motivo de grande alegria estar aqui nesta noite. As duas canções
que entoarei aqui são de minha autoria, que expressam o desejo de Deus nas
nossas vidas. A Bíblia diz que quando a nossa visão está ligada no Senhor, o
nosso caminho é um caminho de graça, um caminho de vitória. Eu quero
declarar isto nesta noite aqui nesta Casa: que é preciso caminhar olhando para
Jesus. Você pode dizer isto para o amigo que está aí ao lado: “Caminhe com o
Senhor Jesus”. Diga ao seu amigo ao lado. Amém.
- O Músico Everaldo Burgel interpreta a canção “Olha para Jesus”,
de sua autoria.
- Palmas.
O SR. EVERALDO BURGEL - Olhar para Jesus.
Nossa visão está ligada no Senhor. O nosso caminho é um caminho de vitórias,
mas para caminhar é preciso ter fé. A Bíblia diz que sem fé é impossível agradar
a Deus. Esta Casa precisa caminhar com fé. Esta é uma canção que Deus me deu
muitos anos atrás, do primeiro CD que nós gravamos.
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- O Músico Everaldo Burgel interpreta a canção “Caminhar com
Fé”, de sua autoria.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Dando prosseguimento à
solenidade, solicito ao nosso Cerimonial, que proceda a apresentação dos
homenageados.
A SRA. MESTRE DO CERIMONIAL - (Lê).
“Neste momento, a Câmara Municipal de Cubatão homenageia o
Sr. Benedito Rosalino, indicado pela Bancada do PDT.
Ter formado a Banda Sinfônica de Cubatão e ensinado o bê-á-bá
musical ao Maestro Roberto Farias já são motivos suficientes para que Benedito
Rosalino de Carvalho seja homenageado nesta noite, mas ele fez muito mais ao
longo de seus 80 anos, combinando seu talento e espírito empreendedor.
Benedito Rosalino de Carvalho chegou a Cubatão em 1938, aos 04
anos de idade. Lembra-se de seu primeiro endereço na cidade: Avenida
Principal, nº 67, a atual Nove de Abril.
Criança, vendeu peixes com seu pai. Aos 10 anos, foi trabalhar em
Santos, na Tinturaria Santista.
O pai se mudou para São José dos Campos e ali se estabeleceu. Na
cidade, Rosalino começou a ensinar Música. O primeiro instrumento que tocou
foi o flautim. Depois, foi para o violino e, em seguida, o trompete, instrumento
que tocou por 60 anos.
De volta a Cubatão, Sr. Benedito Rosalino formou a orquestra da
Igreja Assembleia de Deus, em 1959, regida por ele até 2002. Ainda hoje é
arranjador da orquestra.
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Em 1952, ingressou na Prefeitura de Cubatão, na época em que o
Executivo Municipal tinha apenas sete funcionários. Em 1965, foi nomeado
Chefe de Divisão de Cadastro Imobiliário da Prefeitura.
Sr. Benedito, em 1959, montou um ferro-velho para ajudar na renda
familiar. Seu empreendedorismo foi sendo demonstrado ao longo de sua vida.
Foi ele quem formou a Banda Municipal de Cubatão. Quando o
Secretário de Finanças era o Coronel José João Jorge, ele perguntou a Benedito
Rosalino se ele poderia formar uma banda. Lembrando-se dos Músicos da
Assembleia de Deus, disse que sim. Em São Paulo, comprou vários instrumentos
de percussão e alguns poucos de sopro.
Quando o Sr. Rosalino sugeriu um cachê aos Músicos, o Secretário
desistiu da banda na hora. A banda nasceu, então, com o Professor Salgado, na
Escola Afonso Schmidt. Em 1967, foi formada a primeira banda da cidade, cujo
1º Trompetista foi Roberto Farias, hoje famoso Maestro do Município.
Nos anos 70, o Sr. Benedito começou a trabalhar com moedas raras
e antigas, hoje as comercializa pela internet e ainda mantém uma barraca na
famosa Feira de Antiguidades da Praça Benedito Calixto, em São Paulo.
Além da Música, também se dedicou à Literatura, tendo escrito três
livros, um publicado. Outras duas obras estão em andamento. Uma sobre as
viagens anuais que faz pelo mundo. O nome desta obra demonstra a sua
personalidade e a determinação em continuar aprendendo. O nome da obra é
‘Estou Conhecendo o Mundo Antes que a Terra me Conheça’.
Por estas razões que o Sr. Benedito Rosalino é homenageado nesta
noite”.
- Palmas.
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O SR. PRESIDENTE - Convido os Vereadores
Aguinaldo Alves de Araújo e Ivan da Silva, para juntamente com esta
Presidência, procedermos a homenagem ao Sr. Benedito Rosalino de Carvalho,
indicado pela Bancada do Partido Democrático Trabalhista, PDT.
- Sob palmas, os Vereadores Aguinaldo Alves de Araújo, César da
Silva Nascimento e Ivan da Silva procedem a homenagem ao Sr. Benedito
Rosalino de Carvalho.
O SR. PRESIDENTE - Concedo a palavra ao
homenageado, Sr. Benedito Rosalino de Carvalho.
O SR. BENEDITO ROSALINO DE CARVALHO -
Sr. Prefeito de Cubatão, Sr. Presidente da Câmara Municipal, Srs. Vereadores,
demais Membros que compõem a Mesa, senhoras e senhores, para mim é um dia
marcante por estar recebendo esta homenagem, não pelo o que eu fiz, mas sim
pelo que eu ainda posso fazer. Eu gosto muito de música e sou arranjador. O
“Roberto”, quando passou pelas minhas mãos, tinha apenas 07 anos de idade,
mas eu já tinha cabelos brancos aqui atrás das orelhas, viu? Ele é o testemunho
vivo. Então, eu só tenho a agradecer. Afonso Schmidt tem um nome extensivo,
que no caso, veio colaborar com a formação da Banda, como já foi dito. Então,
não podemos esquecer, de jeito nenhum, de que o nome e o feito dessas pessoas
que partiram para a eternidade ainda permanecem vivos. Quando tenho a
oportunidade de falar, gosto muito de dizer que eu sei o nome de dois remédios.
Não vão se assustar, porque os nomes deles é um pouquinho comprido, mas eles
são benéficos à vida física. Um deles chama-se
“dimetilaminofenildimetilpirazolona”, esse remédio é simplesmente o
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“Melhoral”. Se vocês comprarem o “Melhoral”, vocês virão o que estará escrito
lá embaixo da caixa. O outro remédio chama-se “sulfanilamida
aminobenzenesulfonamide”, esse remédio é para corte, para ferida. Agora, são
dois nomes compridos, um para dor de cabeça e o outro para feridas, para cortes.
Agora, eu conheço um nome bem pequenininho que cura o pé, a perna, as unhas,
o baço, o estômago, o intestino, o coração, o rim, o pulmão, o esôfago, a língua,
os olhos, o nariz, os ouvidos, a cabeça, o nome do remédio é Jesus.
- Palmas.
O SR. BENEDITO ROSALINO DE CARVALHO -
Um dia Jesus disse: “A minha paz vos dou”. Então, o remédio bem
pequenininho se chama paz. Paz para os homens de Cubatão. Paz para os
homens de São Paulo. Paz para os homens do Brasil. Paz para os homens do
mundo. Muito obrigado. Deus abençoe a todos.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Convido o Cerimonial, para
prosseguir com a saudação aos homenageados.
A SRA. MESTRE DO CERIMONIAL - (Lê).
“A Câmara Municipal homenageia agora o Sr. Itamar Esperanto,
que foi indicado pela Bancada do PSB.
Itamar Esperanto é o pseudônimo de Francisco Itamar da Silva,
Escritor cubatense, nascido em 23 de setembro de 1975. É formado em
Administração de Empresas, pós-graduado em Educação.
Itamar iniciou sua vida profissional em 1989, no CAMP, estagiando
na Companhia Santista de Papel, aonde viria a ser funcionário de 1993 a 2006.
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Pai de cinco filhos, já é avô e tem em sua neta Laura um exemplo
de força, essencial para a construção de sua Literatura.
Atualmente é funcionário público em Cubatão, tendo ingressado no
serviço público municipal em 2006, por meio de concurso, no cargo de Técnico
de Serviços Administrativos. Atua na Unidade Municipal de Ensino Padre José
de Anchieta, onde seus filhos estudam.
Possui três livros publicados: ‘O Período Saturniano’, ‘A
Onipresença Eterna’ e o último, ‘O Processo 14652 – Crônica de uma
Perseguição Política a 12 Servidores Públicos em Cubatão – Volume I’. O
último livro foi uma publicação independente, de 2013 e seu maior sucesso
editorial. Em menos de 10 dias, mais de 500 exemplares haviam sido vendidos.
Entre as influências literárias de Itamar Esperanto, estão o
cubatense Afonso Schimdt e nomes como Gabriel García Márquez e Franz
Kafka, além da própria mãe, Dona Carminha.
O autor já está trabalhando em mais dois livros, ambos em fase de
edição. Eles devem ser lançados ainda neste ano.
É por estas razões que Itamar Esperanto é homenageado nesta
noite”.
- Palmas.
O SR. PRESIDENTE - Convido o Vereador
Severino Tarcício da Silva, para proceder a homenagem ao Sr. Itamar Esperanto,
indicado pela Bancada do Partido Socialista Brasileiro, PSB.
- Sob palmas, o Vereador Severino Tarcício da Silva procede a
homenagem ao Sr. Itamar Esperanto.
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O SR. PRESIDENTE - Concedo a palavra ao
homenageado, Sr. Itamar Esperanto.
O SR. ITAMAR ESPERANTO - Boa noite.
Obrigado. Eu estou muito emocionado com o hino que foi tocado. Quando eu
era da igreja, eu cantava esse hino e a voz que vocês estavam escutando era a
minha. Aliás, sempre escutam a minha voz, inclusive para fazer barulho. Quero
cumprimentar com muita honra o Prefeito em exercício, Wagner Moura dos
Santos, o Presidente desta Casa, Vereador César da Silva Nascimento, um amigo
de longa data, o Secretário Municipal de Cultura, Welington Ribeiro Borges e
todos os integrantes da Mesa. Quero cumprimentar especialmente o Manoel
Herzog Chainça, um verdadeiro Mestre. Quero cumprimentar todos os
Vereadores: Fábio Oliveira Inácio, Fábio Alves Moreira, Jair Ferreira Lucas,
Ivan da Silva, Ricardo de Oliveira, Aguinaldo Alves de Araújo, Fábio Moura
dos Santos, Ademário da Silva Oliveira e Severino Tarcício da Silva, que fez
esta indicação. Também quero fazer justiça e cumprimentar o ex-Vereador
Welinghton Ribeiro da Silveira, que está presente às Galerias, pois foi onde tudo
começou. Se eu estou aqui hoje é graças ao senhor. Obrigado. Eu vou ser breve.
Eu escrevi um discurso de 02 minutos. (Lê).
“A verdadeira homenagem.
João Batista tinha razão: antes de os governos mudarem, os homens
precisam mudar.
O Escritor Manoel Herzog já não pertence mais a uma cidade ou a
um país, ele é um Escritor do mundo!
Se Afonso Schmidt estivesse vivo, hoje ele estaria vendo esta Casa
corrigir uma injustiça histórica. Desde o dia 26/11, depois da aprovação da Lei
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3622, prometi que não voltaria a este Plenário a não ser para ser homenageado.
Hoje cumpro a promessa e voltarei a frequentá-lo, pois o Legislativo
demonstrou grandeza e dignidade ao homenagear alguém que naquele 26/11 só
estava lutando pelos mais fracos, pois tentar sanar o problema histórico de uma
instituição, mesmo sabendo que os responsáveis por aquela não estão dispostos a
resolver e penalizando 80% dos servidores que ganham próximo do piso e que
não dispõem de uma política salarial digna, é no mínimo injusto. O verdadeiro
homenageado desta noite, através da minha pessoa, é o servidor público
cubatense.
Quem deveria ter a oportunidade de falar aqui, neste momento,
seriam os dez brilhantes e dedicados Professores que estiveram ao meu lado no
Processo 14652. A Professora Marilda já está aqui, sendo homenageada, com
muita justiça. A Magali também está ali. Dez litisconsortes da esperança, cujas
lágrimas, principalmente as das Professoras, este Escritor viu brotar, cair e
esvair-se pelo deserto de uma perseguição política jamais vista na história desta
cidade. E ainda que eu tenha registrado em livro a história, com o Volume I, e
em breve com o Volume II, que serão distribuídos para todo o país pela Livraria
Saraiva, a história, a verdadeira história, jamais esquecerá o que estes onze
Professores sofreram numa democracia que se considera estar entre as dez
maiores do mundo!
O Processo 14652 foi: 1) a prova inescusável do que Shakespeare
disse, o ressentimento é um copo de veneno que tomamos tentando matar nosso
inimigo; 2) a prova irrefutável do que disse Ernest Hemingway, o Nobel de
1954, não espere mais nada daqueles homens que caçam outros homens e disse
isto baseado numa experiência enquanto Correspondente na Guerra Civil
Espanhola, no livro Por Quem os Sinos Dobram; 3) a prova inquestionável do
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que disse Hannah Arendt, a Filósofa alemã, não há mais espaço no mundo para
políticos que semeiam ódio, perseguição e loucura.
Dedico esta medalha aos Professores e Mestres Carla França, Cintia
Bellini Fracassio, Fábio Gonçalves Ferreira, Fabíola Teixeira, Indra Justino,
Marcelo Pereira, Magali Pereira, José Alves Trindade, Roberta Petin e Veleda
Rebouças, que confirmaram, com suas competências e atuações, o que disse o
Filósofo italiano Domenico De Masi, quando você é perseguido, significa que
você está pregando um modelo novo.
Muito obrigado aos onze Vereadores, sem exceção. Que Deus
abençoe cada um de vocês pelo simples fato de terem humildade e de
reconhecerem o que eu, Talita, Maykon, Cibele, Rita Ribeiro, Enrico e outros
servidores só estávamos tentando evitar naquele 26/11: a ruina de toda uma
categoria. Aliás, fomos chamados de tudo o que é nome. Não ligamos para isso.
Deixo para esses que assim nos chamaram e principalmente para aqueles que me
chamaram de louco, uma frase de Oscar Wilde: Os loucos às vezes se curam. Os
imbecis nunca.
Agradeço ao Deputado Carlos Gianazzi pelo apoio incondicional e
aos Vereadores Doda, Ademário e César, por não terem se calado frente à
ditadura do processo mais kafquiano de todos os tempos.
Houve o comentário até de que eu ando armado. Realmente, a única
arma com a qual eu ando é o livro. Tem até três, para escolher. Esta é a minha
maior arma. Quem me conhece sabe da minha história e da paz que carrego no
meu coração. Agora, se as pessoas não gostam do que eu escrevo isso não é
problema meu.
Parabéns a todos os Esperantos e à Therezinha Rodrigues, Bia
Lemos, Maria Cláudia Ferreira Pinheiro, Elenizia Garcia, Nilza Maria Oliveira
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Pieruzzi, Lurdinha Cristo, que foi minha Professora, Marcos Rogério Fidélis,
Maria Aparecida Fernandes Ursini, Silvia Benatti, Márcia Andréa, Márcia
Vieira, Lilian Riechelmann, Kenaya, Eliane e Leandro, Nemias, Joyce, Sidney e
toda equipe da UME Padre José de Anchieta, ao Comitê de Solidariedade ao
Servidores Perseguidos Políticos de Cubatão, aos Professores Paulo Sebastião
Rodrigues e Elizangela Ferreira, irmãos que conheci nessa jornada, Luciana
Avelino Ramos e Jocely Alcover, Leandro Pinheiro, Jarino Jajá e Cindi, Telma
Viana e Fernando Carmo Viana e ainda, à Neide Mantovani, Ike Mantovani,
Wellington Antônio dos Santos, Cida Micossi, Mário Torres Filho, André
Cravo, André HQ, Celso Batista, Índia Ricardo, Maiko Santana, Manoel Filho,
Manoel Ramos e Izildinha Cabral Ferreira, cujos brilhos de luta têm inspirado
este Escritor.
Parabéns Mestre Manoel Herzog, por ter escrito seu nome entre os
grandes da Literatura mundial.
Se Schimdt estivesse vivo, neste momento gritaria a plenos
pulmões: Viva a segunda emancipação!
Peço a revogação da Lei 3622, a implantação da Lei 22, dos
Professores e a aprovação do Plano de Cargos e Salários para todos os
servidores!
Força, fé e foco sempre!
Mexeu com o servidor público e com a cidade, mexeu comigo!
Para aqueles que não sabem governar, sempre haverá um Esperanto
para voltar, afinal...
Um Esperanto sempre volta!
Obrigado”.
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- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Convido o Cerimonial, para
prosseguir com a saudação aos homenageados.
A SRA. MESTRE DO CERIMONIAL - (Lê).
“A Câmara homenageia neste momento a Professora Lúcia Celeste,
indicada pela Bancada do PT.
Lúcia Celeste de Melo Rodrigues divide seu tempo e seu coração
entre duas profissões: a Advocacia e o Magistério. Foi no segundo ofício que se
destacou com um trabalho merecedor da homenagem desta noite. É nas Oficinas
Literárias Cidadãs que a Professora Lúcia Celeste toca o coração de seus alunos,
combate a evasão escolar, incentiva a leitura e cria cidadãos melhores, mais
informados, conhecedores da cultura e das letras.
Como Professora, começou sua carreira na educação em 1983, na
Prefeitura de São Paulo.
Entre 1989 e 2000, foi sócia-proprietária de um escritório de
engenharia civil. Foi Auxiliar e Chefe Substituta do Cartório Eleitoral de
Cubatão e também advoga na área civil desde 2006.
Em 2004, retornou ao ensino, desta vez, em Cubatão, como
Professora de Educação Infantil II e Fundamental I.
Entre seus principais projetos, está ‘A Toca do Saci’, que visa
resgatar o folclore brasileiro e preservar a memória cultural.
Nas Unidades Municipais de Ensino Rui Barbosa e Dom Pedro I,
entre 2010 e 2012, Lúcia Celeste criou as Oficinas Literárias Cidadãs, salas de
leitura vivas, com rodas de leitura e atividades culturais à população, que visam
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à formação de leitores e apreciadores da arte e da cultura cubatense. O projeto
havia nascido na Ilha Caraguatá, em uma sala de uma Organização Não
Governamental, pois no bairro não havia nenhuma Biblioteca para atender a
população.
Entre 2011 e 2012, a Professora criou também o projeto Contadores
de Histórias Mirins, formando grupos de Contadores, de crianças, onde os
alfabetizados liam para quem ainda não sabia ler.
Outro projeto de destaque é a Oficina Literária Cidadã para o EJA,
Educação de Jovens e Adultos. Neste projeto, a Professora insere os estudantes
do EJA na vida cultural e social do Município.
Para a própria homenageada, a Poeta Cora Coralina exprime o
porquê de todo o seu trabalho: ‘Nada do que fazemos tem sentido se não
tocarmos o coração das pessoas’. Para ela, quando vivencia as atividades da
Oficina Literária Cidadã, o coração de cada participante é tocado e isso faz todo
o trabalho valer a pena.
Por estas razões, a Professora Lúcia Celeste é homenageada nesta
noite”.
- Palmas.
O SR. PRESIDENTE - Convido os Vereadores Jair
Ferreira Lucas e Fábio Oliveira Inácio, para procederem a homenagem à Sra.
Lúcia Celeste de Melo Rodrigues, indicada pela Bancada do Partido dos
Trabalhadores, PT.
- Sob palmas, os Vereadores Jair Ferreira Lucas e Fábio Oliveira
Inácio procedem a homenagem à Sra. Lúcia Celeste de Melo Rodrigues.
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O SR. PRESIDENTE - A Professora “Regina”
também entregará um buquê de flores à Professora Lúcia Celeste de Melo
Rodrigues, em nome dos colegas da UME Dom Pedro I.
- Sob palmas, a Sra. Regina procede a entrega do buquê à Sra. Lúcia
Celeste de Melo Rodrigues.
O SR. PRESIDENTE - Concedo a palavra à
homenageada, Sra. Lúcia Celeste de Melo Rodrigues.
A SRA. LÚCIA CELESTE DE MELO
RODRIGUES - Boa noite. Eu não esperava esta não, viu gente! Eu fiquei
emocionada. Apesar de ter aqui tantos amigos, de tantos anos. O “Doda” eu
conheço, nossa, há anos, não é, “Doda”? Do tempo de “Obras”. Eu queria
cumprimentar o Presidente da Câmara, o Prefeito, o Presidente da Ordem dos
Advogados, os Vereadores e todos os presentes. Quero agradecer minha mãe,
com quem eu aprendi a ajudar e a amar as pessoas. Agradeço também uma
pessoa que me trouxe para Cubatão em 1992. Foi pelas mãos dele, do meu
marido, o Engenheiro João Carlos Ribeiro Rodrigues, que ajudou a construir
esta cidade e que me fez conhecer tantas pessoas maravilhosas e a amar esta
cidade como se fosse minha. Porque eu considero Cubatão minha cidade, é a
minha cidade do coração. São as pessoas que me cumprimentam na rua, que em
abraçam, que me fazem ser mais feliz do que eu sou. Eu queria agradecer ao
Vereador Fábio Inácio, o que também não é de agora, pois me ajuda tanto como
Secretário de Educação, bem como a esta Prefeitura, que sempre me acolheu e
deu espaço para o meu trabalho. Este prêmio tão honroso e tão significativo eu
não posso dizer que é meu, porque não é. Eu o divido com várias pessoas que
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estão aqui. Eu não poderei jamais esquecer Nalva Leal. Jamais, Nalva, eu
poderei esquecer você. Você é uma pessoa que me fez amar mais ainda a
Literatura. Você é maravilhosa, assim como o “Francisco”, o Secretário
Welington, que proporciona essa “biblioteca viva” que existe em Cubatão. Há
espaço para todos e numa proposta sempre arrojada, sempre nova. Eu não posso
esquecer o Leonardo Só, porque ele sempre ligava para mim e falava: “Vem,
Professora. Vem na televisão, traga seus meninos” e ia lá ao “Dom Pedro”, ia
levar cultura. Eu não posso esquecer tanta gente que trabalha comigo todos os
dias e que faz com que esse trabalho seja maravilhoso. A minha casa, que é o
“Dom Pedro”. A minha Diretora “Denise”, não posso deixar de falar dela,
porque ela é linda por fora e por dentro, ela é ótima, ela me dá essa liberdade
para trabalhar. A “Magali” também, minha Coordenadora. Os Professores, que
não são colegas, são grandes amigos e parceiros. Agora, esta medalha aqui vai
para eles, meus amigos do EJA. Eu quero que vocês se levantem e recebam
comigo.
- Sob palmas, alunos do EJA, presentes às Galerias, ficam de pé.
A SRA. LÚCIA CELESTE DE MELO
RODRIGUES - Vocês são maravilhosos. Eu amo vocês. Muito obrigada por
virem aqui, para receberem comigo esta homenagem. Não é minha, é nossa.
Obrigada, gente! Obrigada a todos os meus amigos que estão aqui. Por todos
esses anos que eu estou em Cubatão, estiveram sempre comigo e vão estar
sempre no meu coração. Muito obrigada!
- Palmas prolongadas.
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O SR. PRESIDENTE - Convido o Cerimonial, para
prosseguir com a saudação aos homenageados.
A SRA. MESTRE DO CERIMONIAL - (Lê).
“A Câmara homenageia neste momento o Sr. Marcos Paulo
Nóbrega, indicado pela Bancada do PMDB.
O Músico Marcos Paulo Nóbrega nasceu em Cubatão e viveu
grande parte de sua vida na Vila Nova. A Música surgiu naturalmente para ele,
como uma curiosidade de adolescente. Entre os 13 e 14 anos, começava a
formar suas primeiras bandas.
Em 1986, começou fazer shows pela Baixada tocando Rock e MPB.
Foi componente da Banda Mr. Funk, tendo se apresentado em casas famosas
como o Blen Blen e o Sesc Santos. Também fez parte do grupo Jaztet, se
apresentando em casas de Jazz e vernissages. Foi Vocalista e Contrabaixista da
Banda de Blues Druidas.
Marcos é Cantor, mas também aprendeu a tocar violão e
instrumentos de percussão. Ao longo da carreira, já trabalhou acompanhando
Músicos, gravou jingles, cantou em corais, deu aulas e cantou embarcado em
navios.
Entre os Artistas com quem trabalhou, se destaca Sérgio Dias, ex-
membro da Banda Mutantes, com quem faz shows pelo Brasil. Atualmente, se
apresenta na turnê 2001 de Sérgio Dias, além de fazer shows com a Banda Mr.
Funk em casas noturnas de Santos e, ainda, ensinar técnica vocal.
Outro trabalho de destaque da carreira do Músico foi em navios de
cruzeiros. Atuou como Cantor, Violonista e Percussionista. Chegou a dirigir
alguns shows de entretenimento no navio, como espetáculos temáticos de natal.
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Fez temporadas no Island Escape e no Island Star, com temporadas
no Brasil e no Mediterrâneo.
Compôs trilhas sonoras para grupos de teatro e músicas originais
para peças e musicais. O trabalho em ‘Geração 70, um sonho de cristal’ lhe
rendeu o prêmio de Melhor Música Original do Festival Infanto-Juvenil de
Teatro da Amandre, de 1991.
Atuando na comunidade local ganhou prêmio de Revelação em
Música Popular pela Prefeitura de Cubatão. Obteve segunda colocação em
Canto Coral, no Concurso Mapa Cultural do Estado, com o Coral Zanzalá.
Também foi premiado como parceiro cultural do Governo do
Estado de São Paulo pela Oficina de Técnica Vocal com menores de rua. No
concurso Mapa Cultural do Estado, na categoria Composição Musical, foi
vencedor da etapa regional, em 1998.
Por estas razões e por todos estes prêmios, Marcos Paulo Nóbrega é
homenageado nesta noite”.
- Palmas.
O SR. PRESIDENTE - Convido os Vereadores
Fábio Alves Moreira e Ricardo de Oliveira, para procederem a homenagem ao
Sr. Marcos Paulo Nóbrega, indicado pela Bancada do Partido do Movimento
Democrático Brasileiro, PMDB.
- Sob palmas, os Vereadores Fábio Alves Moreira e Ricardo de
Oliveira procedem a homenagem ao Sr. Marcos Paulo Nóbrega.
O SR. PRESIDENTE - Concedo a palavra ao
homenageado, Sr. Marcos Paulo Nóbrega.
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O SR. MARCOS PAULO NÓBREGA - Senhoras e
Senhores, muito boa noite. Sr. Prefeito, Sr. Presidente, nobres Vereadores,
representantes da cidade. Muito mais do que o reconhecimento, que é muito
importante, vocês vão me perdoar, mas aquele “papai” ali é que me comove,
pois é da minha filha. Comove-me muito. Primeiro, eu queria dizer que toda
honra e toda glória é do Senhor Jesus. Então, para mim fica a medalha por ter
seguido essa orientação, no sentido de querer fazer o bem para as pessoas. Eu
acredito que Cultura vem nesse sentido. Eu acho que é função das pessoas que
estão aqui representando todo o povo, mas é muito importante que as pessoas
não se esqueçam de que Cultura é todo o conteúdo espiritual e material que nós
temos disposto no mundo. Então, precisamos de muita atenção, precisamos de
muito carinho, precisamos fazer com que as coisas da área cultural sejam
valorizadas. Nós precisamos de oportunidade, nós precisamos de prestígio, nós
precisamos de ferramentas para poder fazer ainda muito melhor do que
procuramos individualmente ou coletivamente traçar nos meios culturais de
Cubatão. Eu aqui faço minhas as palavras do Herzog. Eu sei que estou no meio
de companheiros de luta. Nós, na verdade, aqui militamos, em função da cultura
primeiramente instalada em Cubatão, ou seja, uma cultura industrial, uma
cultura que tem uma conotação de trabalhador e servir. Nós tivemos muitas
dificuldades no começo para poder atuar nessa área, mas acredito que hoje é um
momento diferente, um momento em que nós temos ferramentas, temos recursos
e profissionais muito bons em cada uma dessas áreas. Fica aqui apenas um
pedido para os senhores: percebam que Cultura é fundamental para você
conviver com seu vizinho, para você poder sair na rua, para você poder sentar-se
à mesa de um bar e conversar apropriadamente com alguém, sem que as pessoas
façam um metiê moderno e mesquinho, de ficar falando mal umas das outras.
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Percebam que quando se fala em Cultura, ninguém é desprestigiado, todos os
valores são colocados na mesa e divididos com todo mundo. Quero dividir esta
homenagem, esta medalha, que não é só minha. Acredito que eu tenha sido
indicado pelo trabalho que temos feito no Bistrô, que dá oportunidade a outros
Músicos ou Artistas. Inclusive o “Manoel” já lançou um livro lá. O Leonardo Só
fazia parte de um grupo de Poetas que se apresentava lá todos os finais de
semana. Temos a vantagem de sermos Músicos, de conhecermos outros Músicos
e poder trazê-los para que vocês prestigiem uma boa música, enfim, a boa
cultura musical, culinária e de dividir com o outro. Então, eu quero dividir este
prêmio com a “Patrícia”, que é a minha esposa e está presente. Pode levantar-se,
amor?
- Sob palmas, a Sra. “Patrícia”, presente às Galerias, fica de pé.
O SR. MARCOS PAULO NÓBREGA - Ela é a
minha companheira nessa trajetória, nessa luta que estamos enfrentando. Quero
agradecer à minha mãe imensamente por ter me dado à luz da vida. Esta é a
minha filha, o amor da minha vida. Ela que estava cantando durante a Sessão.
Vocês me perdoem. Eu ainda não a ensinei como se comportar numa Sessão.
Quero dividir esta homenagem também com outros Produtores Culturais, como
a Viviane Veiga Távora, com o “Projeto Vara para Pescar”, na área da Literatura
o Manoel Herzog, o Roberto Facouro, enfim, uma série de pessoas. Na área da
Música, nós temos excelentes Músicos, tanto na área popular quanto na área
erudita. Muito obrigado a todos. Esperamos continuar contribuindo com a
cidade. Nós somos de Cubatão, nós vivemos em Cubatão e tudo isso por opção,
não é por qualquer outro motivo. Estamos aqui depois de ter rodado o mundo
inteiro. Depois de ter conhecido todo o mundo, nós percebemos que o nosso
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local de nascimento, nosso local de formação cultural é quem mais nos
identifica e é por isso que estamos aqui, para poder fazer deste mundo um
mundo melhor. Aqui está a minha esperança. Então, muitíssimo obrigado
novamente. Agradeço a Deus. Parabéns a todos.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Convido o Cerimonial, para
prosseguir com a saudação aos homenageados.
A SRA. MESTRE DO CERIMONIAL - (Lê).
“A Câmara Municipal homenageia agora a Sra. Marilda Canelas,
indicada pela Bancada do PROS.
Desde muito jovem, as atividades de Marilda Canelas estiveram
ligadas ao mundo das Artes. Durante anos, integrou um grupo de teatro amador
presidido por Lamuel Camargo Martins. Além de cursos, participou de um dos
primeiros Festivais de Teatro Amador da Baixada Santista e ganhou a medalha
de Melhor Intérprete Feminina.
Como aluna do Conservatório Musical de Cubatão, participou da
criação e fundação do Coral Zanzalá e do Grupo Rinascita. Fez parte destes
grupos por mais de 10 anos.
Já ministrou aulas de Artes, História das Artes, História da Música.
Na Prefeitura, ocupou cargos importantes ligados à Cultura. Foi
Secretária de Cultura e Turismo, Diretora do Departamento de Cultura, Esportes
e Turismo, além de Chefe da Divisão de Cultura e Turismo. Como gestora nesta
área Cultural, teve grandes realizações e contribuições à cidade, como os Cursos
de Teatro que acabaram originando os principais movimentos teatrais de
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Cubatão. O antigo ‘Magia da Cidade’, por exemplo, se tornou o atual Teatro do
Kaos.
Sob sua gestão, também foram realizados festivais de música
popular, sertaneja e religiosa, além de concertos com artistas eruditos.
Marilda, juntamente com a sua equipe, esteve à frente da
organização de Salões de Artes Plásticas, alguns com abrangência nacional.
Também organizou Desfiles de Carnaval, Concursos de Passistas, de Samba-
Enredo e de Rainha do Carnaval.
Sua atuação na área não ficou restrita à Secretaria de Cultura,
tampouco a Cubatão. Quando trabalhou na Secretaria de Assistência Social do
Município de São Paulo, criou o Projeto Vivarte, que atende até hoje crianças e
jovens da região de Sapopemba, com aulas de Música, Teatro, Artes Plásticas e
Dança.
Marilda Canelas se destaca na área cultural e no poder público.
Também foi Secretária de Educação e Chefe do Serviço de Turismo, Lazer e
Recreação. Atuou ainda nas Prefeituras de Taboão da Serra e São Paulo.
É Presidente do Rotary Clube de Cubatão e da Executiva Municipal
do PSB.
Por estas razões que Marilda Canelas é homenageada nesta noite ”.
- Palmas.
O SR. PRESIDENTE - Convido o Vereador Fábio
Moura dos Santos, para proceder a homenagem à Sra. Marilda Canelas, indicada
pela Bancada do Partido Republicano da Ordem Social, PROS.
- Sob palmas, o Vereador Fábio Moura dos Santos procede a
homenagem à Sra. Marilda Canelas.
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O SR. PRESIDENTE - Concedo a palavra à
homenageada, Sra. Marilda Canelas.
A SRA. MARILDA CANELAS - Presidente César,
em seu nome saúdo todos os Vereadores desta Casa. Prefeito Wagner Moura,
em seu nome eu saúdo todos os integrantes desta Mesa e de uma maneira muito
especial o Manoel Herzog Chainça. Saiba que eu estaria aqui independente desta
medalha. Eu viria aqui só para te ver, só para te ouvir. Eu sabia que sairia daqui
maravilhada com as suas palavras, com as suas reflexões. Quero saudar o meu
pai, a minha mãe, os meus irmãos, “Marinho” e “Nancy”, meus queridos
amigos, a minha amiga irmã “Ana Paula”, o meu amigo “Lázaro”, as
Supervisoras “Marli” e “Solange”. Quero saudar a “Nina”, que eu sei que já
passou por aqui, o “Eloízio” que daqui a pouco estará voltando para Boston, o
“Serginho” meu amigo, companheiro de Rotary e o “Dilermando”, meu
Presidente do Rotary Clube, senhoras e senhores e colegas homenageados.
Ainda bem que o “Itamar” já falou sobre a parte ruim. Eu não conseguiria falar
aqui sobre aqueles dias que ocupávamos essas Galerias lutando por direitos.
Contudo, esses direitos foram transformados numa perseguição implacável, que
nos levou ao desespero, mas que sobrevivemos, senão não estaríamos aqui para
contar a história. Quero fazer uma retificação, porque eu não sou mais
Presidente do PSB, era um currículo antigo, que “misturaram as bolas”. Hoje eu
sou Vice-Presidente do Rotary Clube e o meu Presidente se chama Dilermando
Galdino. Há um tempo, há cerca, sei lá, eu acho que de 01 ano e meio, eu estava
numa conversa informal com o Maestro Roberto Farias, trocando aquelas ideias
e eu disse: “Poxa, Maestro, eu usava tanto as poesias do Schmidt para dar aulas
de Artes para os meus alunos”. Sempre imaginei que seria legal musicar as
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poesias de Schimdt, principalmente as infantis, para que a sua obra fosse mais
difundida, para que as pessoas pudessem ter mais acesso ao que ele escreveu.
Fiquei super feliz quando escutei a “Zanzalá”, que faz parte da minha história,
da minha casa. Não é, “Nailse”? Parabéns, porque aquela música chamada
“Simpatia”, que é a história de um menino e o seu robusto cão, o Maestro
dedicou a mim. Foi muito gostoso ouvir o coro cantando essa música. Foi uma
das homenagens mais bonitas que eu recebi na minha vida. Não que esta não
seja importante, viu Fábio Moura? Eu estou muito feliz e quero te agradecer
publicamente. Quando o Herzog começou a falar sobre “Zanzalá”, eu olhei para
o “Itamar” e disse: “Tá vendo, Itamar, era esse o meu raciocínio”. Naquela
“Zanzalá” que Schmidt projetou em 2029, ele pensou em tudo. Não é, Herzog?
Na “Zanzalá”, ele faz da nossa cidade, o desenvolvimento em absolutamente
todas as áreas, na área urbana, na área da medicina, ele aborda a questão
religiosa, filosófica, educacional. Ele já falava em escola em tempo integral
naquele tempo. No entanto, ele fala de uma maneira muito particular da questão
cultural. Nesse ponto, nós pensamos iguais, eu e ele. Eu não consigo ver uma
sociedade desenvolvida socialmente sem o desenvolvimento cultural. Isso é
impossível. Impossível. O “danado” do Schmidt já tinha percebido qual a nossa
vocação. A nossa vocação é a Arte. A vocação de Cubatão é a Arte, é a Música,
é a Literatura, é a Dança, é a Pintura. Nós temos um parque industrial que está
lá, produzindo riquezas ou não, gerando algum tipo de injustiça ou não com a
nossa população, mas é a Arte a nossa vocação. Quando é que vamos entender
isto e acordar para isto? O Schmidt dizia que no “Zanzalá” iria ter um Auditório,
que seria um verdadeiro estádio, porque teriam quarenta mil locais para
espectadores nesse Auditório. Nós teríamos quatorze Bandas e vinte e seis
Orquestras na cidade. Ele errou por pouco e eu vou dizer o seguinte pra vocês:
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olho o “Sadao” sentadinho ali, olho a “Nailse”, olho os representantes daqueles
que teimam em fazer a boa música na nossa cidade e fico aqui pensando na
Companhia de Dança, na linha de frente da Banda, na Escola Técnica de
Música. Meu Deus do céu, até hoje nós não temos um lugar para esse pessoal
poder expressar o seu trabalho de anos! Nós tínhamos até um Anfiteatro legal no
Parque Anilinas, né? Quem é que se lembra disso? Era um espaço privilegiado.
Conseguiram fazer uma obra e acabar com a única coisa que nós ainda
tínhamos, sendo que Cubatão deveria ter um espaço como aquele em cada bairro
da cidade. Cada bairro deveria ter um Auditório como aquele, ao qual tínhamos
acesso para a população. Nós não temos um palco com recursos técnicos.
Nossos Músicos ensaiam em locais insalubres, com protetores auriculares para
não ficarem doentes, gente e mesmo assim eles conseguem fazer a magia que
fazem. Eles conseguem ser a melhor banda Sinfônica do Estado, quiçá do país.
Eles conseguem ter a melhor Banda Marcial. Eles conseguem ter um Coral que
está indo para Nova York neste ano, representar-nos, porque é um Coral de
excelência. Tudo o que se faz em Arte nesta cidade é de excelente qualidade,
mas é sempre na base do sacrifício. Por incrível que pareça, o único Auditório
que a cidade tem hoje, com condições técnicas mínimas para um espetáculo
artístico, nasceu da teimosia de um sonhador “danado de bom”, que é o
“Lourimar”: o espaço do “Teatro do Kaos”. Fora isso, gente, não tem mais nada!
Então, eu quero aproveitar este momento e não vou falar aquela coisa de “ah, eu
não mereço”, mas eu realmente não acho que mereço, pois acho que esta
medalha é para quem produz. Para quem produz! Confesso que em grande parte
da minha vida eu fomentei a Arte e a Cultura, pois só se faz desenvolvimento
cultural com Arte, gente! É com Arte e ela está aí, nós temos os melhores aqui
na nossa cidade, então, vamos olhar para isso, vamos investir nesses espaços.
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Não precisa haver lá o “Concerto do nosso Maestro Flanela”, divulgado para o
mundo inteiro, mas a nossa Arte já está chegando ao mundo inteiro. Ela já está
chegando, porque hoje nós temos os meios de comunicação, como a internet,
que permitem que isso aconteça. Viva os nossos Artistas! Queremos espaços
para poder mostrar o nosso trabalho. Mais uma vez, muito obrigada pela
homenagem. Obrigada Fábio, de novo e obrigada a todos vocês. Viva a Arte!
Viva a Cultura! Obrigada.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Convido o Cerimonial, para
prosseguir com a saudação aos homenageados.
A SRA. MESTRE DO CERIMONIAL - (Lê).
“A Câmara homenageia neste momento o Sr. Orestes Correia Leite
Júnior, indicado pela Bancada do PSDB.
Orestes Correia nasceu em dezembro de 1960, em Santos. Viveu
com seus pais no acampamento do Departamento de Estradas de Rodagem, no
bairro do Curtume. Seu pai era funcionário do DER. No Curtume passou a
infância e adolescência ao lado de 11 irmãos.
Daquela época, Orestes se lembra dos bananais ao longo da linha da
Light, do Curtume até o Morro Cotia-Pará. Recorda-se do futebol no Campo do
Águia e do mergulho no Rio dos Camarões, além dos passeios até a Ponte Preta,
onde se realizava o ‘batismo nas águas’ da Igreja Cristã no Brasil, da qual seu
pai era membro.
A família se esforçou e Orestes completou os estudos. Passou pelo
Grupo Escolar de Vila Nova, hoje conhecido como Lincoln Feliciano e em
seguida, pelo Colégio Afonso Schmidt.
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Aos 14 anos, começou a trabalhar para ajudar a família, tendo
passado por bares, padarias e mercearias. No início da década de 80, trabalhou
na Constran, antiga Cosipa e depois na construção da marginal da Anchieta, no
trecho do Jardim Casqueiro.
Em 1984, após concurso, foi chamado para assumir vaga na
Prefeitura de Cubatão, na função de Vigilante. Orestes é casado com Maria José
de Lira Correia Leite, com quem tem dois filhos: Daniel e Gabriel.
Em 1992, Orestes foi para o Setor de Cópias Heliográficas no Paço
Municipal. Em setembro de 2001, participou da seleção de Agentes de Crédito
para o Banco do Povo Paulista de Cubatão, que estava sendo implantado no
Município em parceria com o Governo do Estado. Foi aprovado e está desde a
inauguração atuando no local.
Por meio do Banco do Povo, Orestes financia investimentos que
fazem a cidade crescer em diversos setores. Os créditos liberados vão realizar os
sonhos de cubatenses, que de outra forma, não conseguiriam tirar seus projetos
do papel.
Ao longo desses anos, foram 1.790 contratos firmados e um
montante de mais de R$ 4.7 bilhões emprestados aos empreendedores da cidade.
Por estas razões e por todo esse trabalho, é que o Sr. Orestes
Correia é homenageado nesta noite”.
- Palmas.
O SR. PRESIDENTE - Convido o Vereador
Ademário da Silva Oliveira, para proceder a homenagem ao Sr. Orestes Correia
Leite Júnior, indicado pela Bancada do Partido da Social Democracia Brasileira,
PSDB.
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- Sob palmas, o Vereador Ademário da Silva Oliveira procede a
homenagem ao Sr. Orestes Correia Leite Júnior.
O SR. PRESIDENTE - Concedo a palavra ao
homenageado, Sr. Orestes Correia Leite Júnior.
O SR. ORESTES CORREIA LEITE JÚNIOR -
Boa noite a todos e a todas. É uma graça muito grande poder estar aqui, diante
da comunidade cubatense e receber este reconhecimento. Agradeço neste
momento a Deus, ao Presidente, Vereador César, ao amigo e Prefeito, Wagner
Moura e saúdo todos os Vereadores presentes, os Secretários, os funcionários
públicos, o meu Secretário, Carlos Alberto Benincasa, aqui presente e que “me
dá uma força” muito grande lá no Banco do Povo. Eu poderia falar muitas coisas
aqui sobre empreendedorismo, sobre pessoas que iniciaram suas atividades “do
nada”, num fundo de quintal e hoje têm uma empresa, graças ao trabalho feito
pelo Banco do Povo. Lá nós somos três Agentes de Crédito: eu, a “Joara” e a
“Ângela”. A princípio, o Banco do Povo é também um convênio do Estado com
a Prefeitura. Ao longo desses anos e são 13 anos no Banco do Povo, nós temos a
alegria de ver sonhos realizados. A maioria dos empreendedores do Banco do
Povo são senhoras, são pessoas que sobrevivem daquele pequeno
empreendimento e nós vamos a esses empreendedores, em todos os bairros.
Onde vocês imaginarem que há um empreendedor, o Banco do Povo, por meio
dos seus Agentes de Crédito, vai lá: seja na Vila Esperança, na Vila Natal, na
Mantiqueira, no Casqueiro, onde for. Então, eu sou realizado prestando esse
serviço e agradeço imensamente por esta homenagem, que eu divido aqui com a
minha esposa. Por favor, Maria José, levante-se.
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- Sob palmas, a Sra. Maria José de Lira Correia Leite, presente às
Galerias, fica de pé.
O SR. ORESTES CORREIA LEITE - Ela é o
sustentáculo. Minha esposa é tudo nas nossas vidas, na nossa família. Lá está
também o “Daniel”, meu filho. Então, eu só quero agradecer mesmo. Eu poderia
falar muitas coisas, mas é só agradecimento. Hoje é uma noite solene, uma noite
de ação de graças, de agradecer a Deus, porque nós tivemos uma pessoa com um
ideal. Nós tivemos uma pessoa com visão de futuro, uma pessoa que lutou por
esta cidade por meio da sua fala, por meio dos seus poemas, por meio da sua
literatura, que é Afonso Schmidt. Eu acredito que ao longo desses anos, o
mesmo espírito que moveu Schmidt tem movido também cada um de nossos
cubatenses. Esta é a terra de empreendedores, terra de gente que trabalha, de
gente que quer sempre o melhor. Muito obrigado a todos, às famílias presentes,
que estão aqui até agora. Deus abençoe a todos vocês. Obrigado.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Neste momento, concedo a
palavra ao Exmo. Prefeito Municipal de Cubatão, Sr. Wagner Moura dos Santos.
O SR. WAGNER MOURA DOS SANTOS - Boa
noite a todos e todas. Inicialmente eu gostaria de saudar e cumprimentar o
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal, César da Silva Nascimento. Saudar
meu Secretário de Cultura, Welington Ribeiro Borges, na pessoa de quem, eu
saúdo toda a equipe de governo, todos os Secretários aqui presentes. Saudar o
nosso Orador Oficial Manoel Herzog e parabenizá-lo pelas sábias palavras
faladas aqui hoje. Saudar e cumprimentar o nosso Presidente da OAB, Luiz
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Marcelo Moreira: um abraço para você e para toda a Advocacia de Cubatão.
Saudar o nobre ex-Vereador Agrimaldo Rocha da Silva, que foi Vereador
atuante da Câmara de Cubatão, autor do projeto de lei que originou esta Lei
muito importante, por meio da qual acontece esta Sessão Solene hoje. Saudar os
Vereadores Aguinaldo Alves Araújo, “Ricardo Queixão”, Ivan, “Jair do Bar”,
“Roxinho”, Fábio Inácio, Ademário, “Doda” e Fábio Moura. Saudar também os
homenageados: Leonardo Só, em memória, por meio da sua irmã, Raimunda
Firmino; Benedito Rosalino, Músico e Escritor, homenageado pelo PDT; Itamar
Esperanto, Escritor, homenageado pelo PSB; Lúcia Celeste, Advogada e
Professora, homenageada pelo PT; Marcos Paulo Nóbrega, grande Músico da
nossa cidade, homenageado pelo PMDB e quero saudar sua mãe aqui presente,
sua esposa e mandar um abraço para toda a família; minha amiga Marilda
Canelas, sempre amiga, junto com seu pai, que sempre acompanho, um exemplo
na cidade de Cubatão, presente em todas as entidades, presidiu várias entidades
de Cubatão. Uma pessoa muito importante para a cidade, o Sr. Mário Canelas.
Faço questão de falar publicamente isto. Saudar aqui o meu amigo de infância,
Orestes Correia Leite Júnior, funcionário público, homenageado pelo PSDB.
Quero dizer, Orestes, que tenho um carinho especial por você e por toda a sua
família. Saudar aqui as pessoas ligadas à Cultura: a “Nalva Leal” e o
“Francisco”, que estão lá em cima e fazem parte da Biblioteca. Eu estive
presente recentemente lá e vi o trabalho brilhante deles. Saudar o Maestro
“Sadao”, aqui presente. Quero mandar um abraço para você e para todos os
Músicos de Cubatão. Saudar o “Dilermando”, do Rotary, o “Arnaldo Fiuza”,
Gerente da Caixa Econômica Federal, o meu amigo “Luizinho”, o Engenheiro
“Luiz”, Presidente do CAMP de Cubatão, o “Anselmo”, que representa o Lions
Club de Cubatão. É um prazer imenso. Quero dizer a vocês que hoje é um dia
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muito especial, em comemoração à “Semana Afonso Schmidt”. Quero mandar
um abraço às minhas filhas “Andressa”, “Bruna” e “Stefanie” e à minha esposa
“Solange”. Eu escrevi um texto, de coração, que irei publicar depois e gostaria
que vocês ouvissem com muito carinho, neste dia tão especial, em que acontece
a Sessão Solene de Afonso Schmidt. (Lê).
“Senhoras e senhores, diversas vezes tive a oportunidade de
participar, nesta Casa Legislativa, de homenagens prestadas a um dos grandes
símbolos de nossa cultura e de nossa terra, Afonso Schmidt.
Mais do que justa, considero até obrigatório que Cubatão preste
homenagem a este Escritor e Poeta, que nasceu entre os nossos bananais e
ganhou o mundo, sem nunca esquecer sua terra natal, sempre citada e
reverenciada em seus inúmeros livros.
Cubatão é conhecida como um celeiro cultural, cada vez mais
reconhecida no Brasil e no exterior, especialmente pela sua Música e Dança.
Temos hoje, aqui, uma pequena amostra dessa grande produção
artística, como o Coral Municipal Zanzalá, regido por Neilse Machado e o
Corpo Coreográfico da Banda Marcial de Cubatão.
Igualmente quero destacar a Banda Semelhança, com seu Vocalista
Everaldo Burgel se apresentando para nós nesta noite.
Quero nesta oportunidade saudar o Orador Oficial desta Sessão
Solene, o Escritor Manoel Herzog, e em nome dele cumprimentar a todos os
presentes, em especial aos Colegas Vereadores e aos agraciados com a Medalha
Afonso Schmidt, um justo reconhecimento a quem tanto tem feito pelo
crescimento de nossa Cultura.
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Minha fala é breve, pois, como disse Schmidt a respeito de um dos
temas que ele deveria tratar: ‘Encontrei tanta coisa bonita, que fiquei com pena
de estragar o assunto’.
Desejo apenas, agora como Prefeito da cidade em que nasci, e na
primeira vez em que retorno a esta Casa nesta condição, reiterar o meu
compromisso em lutar para fazer do sonho de Afonso Schmidt uma realidade:
Zanzalá, a Cubatão do futuro – uma grande e desenvolvida cidade, centrada na
educação, no conhecimento, na inovação e na cultura.
Para isso, nossos desafios são enormes, mas temos de continuar
trilhando o caminho das mudanças e transformações, que precisam ser
aceleradas, precisam ser cada vez mais rápidas. O povo é sábio, tem pressa e
cada um de nós precisa ter isso bem claro.
É isso o que tenho procurado fazer e determinar à nossa equipe:
agilizar projetos, programas e obras que beneficiem a nossa comunidade e
melhorem a vida das pessoas. Tenho certeza de que esse é o desejo de todos nós.
Esta é a hora de unirmos toda a cidade, superarmos as diferenças,
para nos concentrarmos naquilo que nos une: o amor e a paixão por Cubatão.
Temos a chance de transformarmos este momento difícil que ainda enfrentamos
numa grande oportunidade de darmos um salto definitivo em direção a um
futuro cada vez melhor para Cubatão e todos os cubatenses que aqui nasceram
ou que aqui escolheram para viver.
Muito obrigado e mais uma vez meus parabéns a todos os
homenageados: Benedito Rosalino, Orestes Correia Leite Júnior, Lúcia Celeste,
Marilda Canelas, Itamar Esperanto, Marcos Paulo e o Poeta Leonardo Só, aqui
representado hoje pela sua irmã.
Parabéns a todos vocês. Parabéns, Cubatão.
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Fiquem com Deus. Um abraço”.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Neste instante, convidamos o
Músico Marcos Paulo Nóbrega, para nos brindar com uma apresentação
artística.
O SR. MARCOS PAULO NÓBREGA - Vai ser de
improviso e é assim que é bom fazer arte, de improviso. Assim você capta a real
alma da coisa. Vou interpretar duas canções e na primeira delas peço a liberdade
de poder mostrar uma canção que fiz para a minha esposa um tempo atrás.
- O Músico Marcos Paulo Nóbrega interpreta as canções: “Pra
Você”, de sua autoria e “Travessia”, de autoria de Milton Nascimento.
- Palmas prolongadas.
O SR. PRESIDENTE - Esta Presidência, em nome
de todos os Vereadores que integram este Poder, agradece ao Orador Oficial,
Ilmo. Dr. Manoel Herzog Chainça, pela vivacidade e magnitude dedicadas a esta
solenidade. Agradece ainda, pela presença do Exmo. Sr. Prefeito Municipal de
Cubatão, dos homenageados e seus familiares, das demais autoridades presentes
e agradece à comunidade em geral, pelo prestígio a esta Sessão Solene.
Agradece também pela participação do Coral Municipal Zanzalá, do Cantor
Everaldo Burgel, das integrantes do Corpo Coreográfico da Banda Marcial de
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Cubatão e do Poeta Natanael Alencar. Agradece por fim, ao Banco do Brasil e a
todos os funcionários desta Casa pelo apoio. Declaro encerrada a presente
Sessão Solene.
- LEVANTA-SE A SESSÃO. (22h42m).