ÍNDICE
1. Caracterização da Província de Sofala........................................................................11.1. Características Demográficas................................................................................11.2. Potencialidades da Província................................................................................21.3. Principais Zonas Agro-ecológicas........................................................................3
2. Introdução....................................................................................................................43. Enquadramento............................................................................................................44. Objectivos....................................................................................................................5
4.1. Geral......................................................................................................................54.2. Específicos............................................................................................................5
5. Resultados esperados...................................................................................................56. Metodologia.................................................................................................................67. Principais produtos a serem monitorados por Distrito................................................78. Balanço Alimentar Previsional da Província...............................................................79. Balanço Alimentar por Distritos..................................................................................810. Distritos Excedentários e Deficitários.......................................................................12
10.1. Cereais.............................................................................................................1210.2. Hortícolas........................................................................................................1410.3. Leguminosas....................................................................................................1510.4.Tuberculos.............................................................................................................15
10. Necessidades das indústrias moageiras.....................................................................1511. Circuito da troca de excedentes.................................................................................16
11.1. Circuito de cereais...........................................................................................1611.2. Circuito de Hortícolas.....................................................................................2311.3. Circuito de leguminosas..................................................................................24
12. Caracterizacao dos Intervenientes Infra-estruturas de Armazenagem e Conservação25
12.1. Lista de Intervenientes.....................................................................................2512.2. Quantidades Adquiridas pelos Intervenientes da comercialização Agrícola. .27
13. Lojas Rurais...............................................................................................................2714. Rede privada de Armazéns e Silos............................................................................2815. Rede Pública de Armazéns e Silos............................................................................2916. Vias de acesso............................................................................................................3017. Estradas em risco na época chuvosa..........................................................................3018. Coordenação Institucional.........................................................................................3119. Financiamento a Comercialização.............................................................................3220. Logistica e Transporte...............................................................................................3221. Plano de Acção Geral................................................................................................3222. Proposta de incentivos...............................................................................................3423. Considerações Finais.................................................................................................3424. Principais desafios.....................................................................................................3525. Proposta de incentivos...............................................................................................4826. Considerações Finais.................................................................................................4927. Principais desafios.....................................................................................................49
ii
Província de Sofala
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1. Caracterização da Província de Sofala
Sofala goza de uma localização estratégica no País (um verdadeiro coração de Moçambique), no
contexto da economia nacional assim como da região e uma autêntica porta a nível da SADC.
Possui uma vasta diversidade sociocultural, abundância de recursos naturais e infra – estruturas
sócio-económicas estratégicas. Continua a registar um crescimento económico assinalável.
Tem potencialidades para se posicionar entre as Províncias com as mais elevadas taxas de
desenvolvimento sócio-económico. Sofala é uma Província de Moçambique situada na região
centro do país entre os paralelos 16°47’10”S, 21°30’10”S (Latitudes), 35°51’37”E 34º01’47” E
(Longitudes). No Sul faz limite com a Província de Inhambane, através do Rio Save, no Oeste
com a Província de Manica, no Norte com as Províncias da Zambézia e Tete através do Rio
Zambeze e a Este com o Oceano Índico.
A sua capital é a cidade costeira da Beira, que localizada a cerca de 1190 km a norte da Cidade
de Maputo e é classificada como do nível B.
Sofala possui 13 Distritos, com uma área de 67 753 km², nomeadamente, Chemba (4.388km2),
Marínguè (5.085km2), Caia (3.477km2), Marromeu (5.810km2), Cheringoma (8.739km2),
Gorongosa (7.659km2), Muanza (5.731km2), Nhamatanda (3.975km2), Dondo (2.443km2),
Beira (633km2), Búzi (7.409km2), Chibabava (8.012km2) e Machanga (4.657km2). Tem 5
municípios, Cidades da Beira e do Dondo, Vilas de Marromeu, Gorongosa e de Nhamatanda e 21
Sedes de Posto Administrativo e 67 sedes de localidades.
1.1. Características Demográficas
A Província de Sofala tem uma de superfície 68.018 Km2, com uma população de 2.150.770
sendo; homens 1.043.958 e mulheres 1.106.811. Existem 2 maiores grupos socioculturais
nomeadamente os Ndaus e os Senas e o Subgrupo de Magorongoses, representam um grupo
sociocultural de confluência entre Senas e Ndaus (Shona).
As línguas locais mais faladas na Província são Sena, Ndau, Mabangue, Mateve, Macaia e
Gorongosa. Há que registar a prática de manifestações culturais relacionadas com a cultura
predominante; Utse, valimba, Ndocodo, Ngetequete, Mapadza, Ndjole, Marimba, Banque,
1
Magune, Nhacaemba, Mafue, Manhaire, Xidumue, entre outras, as principais confissões
religiosas são católica romana, islâmica, hindu e protestantes (pentecostal, zione, adventista,
metodista, evangélica, presbiteriana, e Baptista).
A Província é dominada pelas grandes bacias dos rios, ricos em recursos hídricos e terras férteis
a saber:
Zambeze (norte), abrange os Distritos de Chemba, Caia e Marromeu.
Púnguè (centro), abrange os Distritos de Marínguè, Gorongosa, Nhamatanda, Cheringoma,
Muanza e Dondo;
Save (Sul),a margem esquerda abrange o Distrito de Machanga;
Búzi (Sul) tem os seus principais afluentes em território nacional, os rios Revúe e Lucite, que
atravessam os Distritos de Chibabava, Machanga e Búzi.
Para além destes, destacam-se ainda outros cursos de água de nível intermediário,
nomeadamente, Gorongosa, Chissanga, Chiniziua, Condue, Zuni, Corona, Sambese,
Sanguisse, Savane, Sambadzou, Muredze, Chiveve, Revuè, Muda e Mucumbezi.
Os rios correm nas direcções Sul-Norte e Oeste-Este.
É principalmente nestas regiões onde ocorrem os maiores riscos de inundações e erosão.
Não obstante, é onde a produção agrícola é assegurada pela população durante todo o ano.
1.2. Potencialidades da Província
A Província de Sofala tem uma superfície de 67.750.000 hectares destes; 380.522 são ocupados
por comunidades, urbes, zonas de domínio público e recursos hídricos; 3.270.000 ha são aráveis;
3.304.900 ha ocupados por florestas; 1.675.900 ha por pastagem e área disponível para
investimento 408.654 hectares. Nesta senda, as potencialidades da Província de Sofala
encontram-se assim caracterizadas:
Infra-Estruturas Socio – Economicas Corredor de Desenvolvimento da Beira; Gasoduto;
Porto; Aeroporto Internacional; Terminal oceânico de combustíveis e de carvão.
Agropecuárias 3.270.000 hectares são terras aráveis; 3.304.900 hectares ocupados por
florestas, 1.675.900 hectares para a pastagem; 408.654 hectares disponíveis para
investimento.
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Pesca e Aquacultura sete (07) Distritos são banhados pelo Oceano Índico e fazem parte do
Banco de Sofala.
Florestais Possui um potencial de exploração anual que varia de 53.000 m³ (mínimo) a
81.000 m³ (máximo) de madeira de alto valor comercial.
Minerais e Hidrocarbonetos Fluorite, calcite, ouro aluvionar, gesso, guano, rochas
decorativas, pedras ornamentais, calcário, pedras e areias para construção.
Turísticas e Faunísticas Parque Nacional de Gorongosa; Reserva Nacional de Marromeu,
possui 8 Fazendas de Bravio Chibabava (1), Cheringoma (2), Muanza (2), Marromeu (1),
Chemba (1) e Beira (1).
1.3. Principais Zonas Agro-ecológicas
A Província possui três principais zonas agro- ecológicas: R4 constituída pelos Distritos de
Gorongosa, Nhamatanda com precipitação entre 1000-1200 mm propícia para milho, mapira,
mandioca, feijão-nhemba, batata reno, soja, girassol, hortícolas e pecuária- bovinos.
R6 compreendendo os distritos de Chemba, Caia, Marínguè e Cheringoma, com a precipitação
de 500-800 mm e 1200-1400 mm sendo; as principais culturas o milho, mapira, mexoeira,
algodão, mandioca, gergelim, arroz, pecuária- caprinos e suínos.
R5 que compreende os Distritos do Búzi, Dondo, Beira, Muanza e Machanga, com uma
precipitação que varia entre 1000-1400mm, sendo as principais culturas praticadas; arroz, milho,
mapira, mexoeira, batata-doce, mandioca, feijão nhemba, castanha de cajú, ananás, algodão,
pecuária- bovinos e aves.
3
2. Introdução
Em Março do ano de 2016, o Governo apreciou e avaliou o Balanço Alimentar dos principais
produtos produzidos no País e constatou a existência de défices em alguns produtos básicos
predominantemente nos cereais e hortícolas. Como forma de suprir o défice apurado no Balanço
Alimentar, o Governo decidiu tomar um conjunto de medidas para minimizar a situação e dentre
elas a concepção de uma proposta do Plano Operacional da Comercialização Agrícola 2017.
Por forma a dar resposta ao esforço de intensificação da produção agrária 2016/2017, tendo em
conta as plataformas de orientação governativa, o MIC irá orientar as suas acções na vertente de
interligação dos principais intervenientes que intervêm na cadeia de valor da comercialização
agrícola. Para o efeito, foi feito o mapeamento dos principais intervenientes no processo da
comercialização agrícola, por Províncias e igualmente o mapeamento das principais indústrias de
agro-processamento, para assegurar o aprovisionamento de matéria-prima para o seu
funcionamento usando matéria-prima nacional.
Paralelamente à interligação dos centros de produção com o mercado, o MIC irá intensificar o
incentivo da realização de feiras agrícolas para permitir oportunidades de negócio aos produtores
de pequena escala.
A implementação do plano operacional da comercialização agrícola passa necessariamente pela
realização de acções inter-sectoriais articuladas a nível central, provincial e distrital.
3. Enquadramento
Na 36ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros foi apreciado e aprovado o Balanço da
Comercialização Agrícola de Janeiro a Setembro de 2016. Na mesma Sessão foram apreciados
os Planos de Acção para a Produção de Alimentos para 2017.
Para assegurar a comercialização dos excedentes agrícolas da campanha de comercialização
2017, foi recomendado ao MIC, a necessidade de apresentar uma proposta do Plano Operacional
da Comercialização Agrícola para 2017.
Reunido no dia 08 de Novembro de 2016, na 37ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros,
o Conselho de Ministros apreciou e aprovou o Plano Operacional da Comercialização Agrícola
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2017. Da apreciação, foi recomendada a inclusão de conteúdo consubstanciado à aspectos
essenciais, nomeadamente:
1. Como assegurar que os intervenientes irão comprar os excedentes;
2. Caracterização dos intervenientes e das infraestruturas de armazenagem e conservação;
3. Como assegurar a monitoria dos excedentes agrícolas nas zonas fronteiriças;
4. Como transformar os intervenientes da comercialização agrícola em fomentadores da
produção e envolvimento dos intervenientes locais.
Na 38ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, foram apresentadas e apreciadas as
respostas dos aspectos essenciais recomendados na sessão anterior, que constituem parte
integrante deste plano.
4. Objectivos
4.1. Geral
Garantir absorção total da produção dos camponeses pelo mercado interno.
4.2. Específicos
Assegurar a comercialização de todo o excedente agrícola;
Evitar situações de perdas de produção excedentária por falta de compradores;
Assegurar a distribuição regular de produtos agrícolas das zonas de maior produção para o
mercado nacional;
Criar um sistema transparente de negociação entre os produtores agrícolas e os grandes
compradores (indústrias nacionais, casas de frescos e supermercados, distribuidores,
consumidores, etc.);
Fazer a ligação entre os produtores e as grandes superfícies que actuam nas zonas urbanas.
5. Resultados esperados
Assegurada reserva física de produtos agrícolas para segurança alimentar por províncias;
5
Garantido o escoamento e comercialização dos excedentes agrícolas;
Monitorado o processo da comercialização agrícola;
Criadas as ligações de mercado entre os produtores, as industrias e as grandes superfícies
que actuam nas zonas urbanas através de contratos de produção e fornecimento de
produtos agrícolas entre os produtores e as indústrias nacionais;
Organizado o processo da comercialização agrícola;
Assegurada a transparência nas transacções entre os produtores agrícolas e os grandes
compradores dos produtos agrícolas;
Assegurado o aprovisionamento de matéria-prima (milho) às indústrias de agro-
processamento;
Reduzida a importação de milho pelas indústrias de agro-processamento nacionais;
Assegurado o registo das quantidades comercializadas para fins estatísticos.
Neste contexto, para operacionalizar o plano acima referido a Direcção Provincial da Industria e
Comercio elaborou o presente Plano Operacional de Comercialização Agrícola da Província de
Sofala e reajustou o seu plano de comercialização agrícola 2017.
6. Metodologia
A elaboração do Plano Operacional para a Comercialização passou necessariamente pela
realização das seguintes acções articuladas a nível central, provincial e distrital.
Mapeamento dos distritos com excedentes de produtos agrícolas;
Identificação dos potenciais intervenientes da comercialização agrícola por distrito e suas áreas de cobertura;
Levantamento das condições de armazenamento e escoamento existentes por distrito;
Identificação das indústrias existentes por distrito que podem absorver os excedentes agrícolas;
Identificação das fontes de financiamento que podem ser capitalizadas para comercialização agrícola nos distritos;
Identificação do estado das vias de acesso dos locais excedentários e deficitários;
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Identificação dos centros logísticos, lojas e cantinas que podem absorver os excedentes.
7. Principais produtos a serem monitorados por Distrito
O quadro abaixo mostra os principais produtos a serem monitorados por distritos na Província de
Sofala na Campanha Agrícola 2017.
Distrito Segurança Alimentar Exportação
Beira Hortícolas Dondo Arroz, Outras Hortícolas Feijão BoerNhamatanda Milho, Amendoim, Hortícolas Fejão Boer e GergelimBúzi Arroz, Feijão Nhemba, Milho e Hortícolas GergelimChibabava Milho, Feijão Nhemba, Feijão bóer e
HortícolasCastanha de cajú, Gergelim e Feijão Boer
Machanga Hortícolas Gorongosa Milho, Mandioca, Batata reno, Hortícolas,
Feijão Manteiga, Feijão bóer e MapiraFeijão Boer, Algodão, Gergelim
Muanza Mandioca Cheringoma Mandioca, Milho, Feijão Nhemba e
Hortícolas Maríngué Milho e Mapira Algodão, GergelimMarromeu
Mandioca e HortícolasAçúcar
Caia Milho, Batata-doce e Hortícolas GergelimChemba Milho, feijões e Hortícolas Algodão
8. Balanço Alimentar Previsional da Província
No cumprimento da orientação para a massificação da produção, priorizando eleição de
determinadas culturas para garantir a segurança alimentar e por forma a facilitar o processo de
escoamento dos excedentes agrícolas a seguir apresenta-se o balanço alimentar da província
visualizando as respectivas culturas prioritárias para identificação das zonas excedentárias e
deficitárias, assumindo que a Província é habitada por 2.150.770 pessoas.
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Produto Produção Prevista (ton/distrito)
Necessidades (ton/distrito)
Excedente/Defice (Ton/distrito)
Milho 489 215,0 321 862,7 167 352,3Mapira 152 964,0 252 508,6 (99 544,6)Arroz 222 739,0 321 862,7 (99 123,7)Mexoeira 10 643,0 252 508,6 (241 865,6)Amendoim
12 328,0 31 401,2 (19 073,2)
Feijoes 42 510,0 31 401,2 11 108,8Mandioca 375 923,0 612 324,2 (236 401,2)Bata doce 374 266,0 612 324,2 (238 058,2)Bata reno 26 909,0 612 324,2 (585 415,2)Horticolas 591 869,0 39 251,6 552 617,4Total 2 299 366,0 3 087 769,3 (788 403,3)
Da avaliação dos dados de produção e necessidades de consumo para 2016/2017, constata-se que
a Província de Sofala possui um total de excedentes de 731.078.5 toneladas sendo 167.352
toneladas de milho, 11.109 toneladas de feijões e 552.617 toneladas de hortícolas e deficitária
nas restantes culturas.
9. Balanço Alimentar por Distritos
O quadro abaixo mostra os balanços alimentares dos treze Distritos da Província de Sofala.
Distrito Produto Produção NecessidadeDéfice (-)
Excedente (+) (Ton)
Beira
Milho 43,0 69 354,1 (69 311,1)Arroz 57 794,0 69 354,1 (11 560,1)Amendoim 10,0 6 766,3 (6 756,3)Feijão Nhemba 15,0 6 766,3 (6 751,3)Mandioca 15 895,0 131 941,9 (116 046,9)Batata Doce 82 464,0 131 942,9 (49 478,9)Outras Hortícolas 63 030,0 8 457,8 54 572,2
Dondo
Milho 22 347,0 27 072,4 (4 725,4)Mapira 7 401,0 27 072,4 (19 671,4)Arroz 32 649,0 27 072,4 5 576,6Amendoim 1 793,0 2 641,2 (848,2)Feijão Nhemba 1 310,0 2 641,2 (1 331,2)Feijão Vulgar 1 207,0 2 641,2 (1 434,2)
8
Feijão Boer 360,0 2 641,2 (2 281,2)Mandioca 31 529,0 51 503,7 (19 974,7)Batata Doce 17 977,0 51 503,7 (33 526,7)Batata reno 128,0 51 503,7 (51 375,7)Outras Hortícolas 28 240,0 3 301,5 24 938,5
Nhamatanda
Milho 94 506,0 45 175,4 49 330,6Mapira 35 350,0 45 175,4 (9 825,4)Arroz 5 170,0 45 175,4 (40 005,4)Mexoeira 195,0 45 175,4 (44 980,4)Amendoim 4 743,0 4 407,4 335,6Feijão Nhemba 2 120,0 4 407,4 (2 287,4)Feijão Vulgar 1 998,0 4 407,4 (2 409,4)Feijão Boer 1 920,0 4 407,4 (2 487,4)Mandioca 61 110,0 85 943,5 (24 833,5)Batata doce 45 120,0 85 943,5 (40 823,5)Batata reno 120,0 85 943,5 (85 823,5)Outras Hortícolas 29 561,0 5 509,2 24 051,8
Buzi
Milho 66 180,0 29 790,4 36 389,6Mapira 8 332,0 29 790,4 (21 458,4)Arroz 99 114,0 29 790,4 69 323,6Mexoeira 530,0 29 790,4 (29 260,4)Amendoim 1 436,0 2 906,4 (1 470,4)Feijão Nhemba 4 010,0 2 906,4 1 103,6Feijão Vulgar 21,0 2 906,4 (2 885,4)Feijão Boer 908,0 2 906,4 (1 998,4)Mandioca 25 712,0 56 674,4 (30 962,4)Batata doce 24 160,0 56 674,4 (32 514,4)Batata reno 223,0 56 674,4 (56 451,4)Outras Hortícolas 24 570,0 3 633,0 20 937,0
Machanga
Milho 5 743,0 9 824,2 (4 081,2)Mapira 4 111,0 9 824,2 (5 713,2)Arroz 4 956,0 9 824,2 (4 868,2)Mexoeira 3 136,0 9 824,2 (6 688,2)Amendoim 186,0 958,5 (772,5)Feijão Nhemba 157,0 958,5 (801,5)Feijão Vulgar 44,0 958,5 (914,5)Feijão Boer 55,0 958,5 (903,5)Mandioca 9 780,0 18 690,0 (8 910,0)Batata Doce 15 715,0 18 690,0 (2 975,0)Outras Hortícolas 51 277,0 1 198,1 50 078,9
ChibabavaMilho 24 070,0 20 906,1 3 163,9Mapira 9 948,0 20 906,1 (10 958,1)Arroz 17,0 20 906,1 (20 889,1)
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Mexoeira 212,0 20 906,1 (20 694,1)Amendoim 1 320,0 2 039,6 (719,6)Feijão Nhemba 2 512,0 2 039,6 472,4Feijão Boer 2 164,0 2 039,6 124,4Mandioca 9 900,0 39 772,6 (29 872,6)Batata Doce 7 486,0 39 772,6 (32 286,6)Batata reno 130,0 39 772,6 (39 642,6)Outras Hortícolas 14 233,0 2 549,5 11 683,5
Muanza
Milho 6 606,0 16 012,6 (9 406,6)Mapira 1 252,0 16 012,6 (14 760,6)Arroz 167,0 16 012,6 (15 845,6)Mexoeira 72,0 16 012,6 (15 940,6)Amendoim 22,0 586,6 (564,6)Feijão Nhemba 33,0 586,6 (553,6)Feijão Vulgar 19,0 586,6 (567,6)Feijão Boer 412,0 586,6 (174,6)Mandioca 36 145,0 11 438,7 24 706,3Batata Doce 700,0 11 438,7 (10 738,7)Batata reno 30,0 11 438,7 (11 408,7)Outras Horticolas 66,0 733,2 (667,2)
Cheringoma
Milho 24 024,0 10 793,8 13 230,2Mapira 10 221,0 10 793,8 (572,8)Arroz 68,0 10 793,8 (10 725,8)Mexoeira 278,0 10 793,8 (10 515,8)Amendoim 241,0 1 053,1 (812,1)Feijão Nhemba 2 747,0 1 053,1 1 694,0Feijão Vulgar 545,0 1 053,1 (508,1)Feijão 1 558,0 1 053,1 505,0Mandioca 54 217,0 20 534,6 33 682,4Batata Doce 8 127,0 20 534,6 (12 407,6)Outras Horticolas 2 739,0 1 316,3 1 422,7
Gorongosa
Milho 82 706,0 25 496,0 57 210,0Mapira 41 400,0 25 496,0 15 904,0Mexoeira 860,0 25 496,0 (24 636,0)Amendoim 1 063,0 2 487,4 (1 424,4)Feijão Nhemba 1 304,0 2 487,4 (1 183,4)Feijão Vulgar 2 349,0 2 487,4 (138,4)Feijão Boer 6 215,0 2 487,4 3 727,6Mandioca 53 456,0 48 504,6 4 951,4Batata doce 37 947,0 48 504,6 (10 557,6)Batata reno 26 174,0 48 504,6 (22 330,6)Outras Horticolas 18 273,0 3 109,3 15 163,7
10
Caia
Milho 44 893,0 23 243,6 21 649,4Mapira 5 998,0 23 243,6 (17 245,6)Arroz 7 709,0 23 243,6 (15 534,6)Mexoeira 375,0 23 243,6 (22 868,6)Amendoim 119,0 2 267,7 (2 148,7)Feijão Nhemba 710,0 2 267,7 (1 557,7)Feijão 671,0 2 267,7 (1 596,7)Feijao Boer 499,0 2 267,7 (1 768,7)Mandioca 15 512,0 44 219,6 (28 707,6)Batata doce 52 091,0 44 219,6 7 871,4Batata reno 65,0 44 219,6 (44 154,6)Outras Horticolas 16 192,0 2 834,6 13 357,4
Maringue
Milho 81 981,0 14 558,6 67 422,5Mapira 14 653,0 14 558,6 94,5Arroz 98,0 14 558,6 (14 460,6)Mexoeira 356,0 14 558,6 (14 202,6)Amendoim 907,0 1 420,4 (513,4)Feijão Nhemba 670,0 1 420,4 (750,4)Feijão Vulgar 492,0 1 420,4 (928,4)Feijão Boer 673,0 1 420,4 (747,4)Mandioca 4 794,0 27 696,8 (22 902,8)Batata doce 5 904,0 27 696,8 (21 792,8)Batata reno 40,0 27 696,8 (27 656,8)Outras Horticolas 17 581,0 1 775,4 15 805,6
Marromeu
Milho 20 706,0 27 361,0 (6 655,0)Mapira 2 610,0 27 361,0 (24 751,0)Arroz 15 000,0 27 361,0 (12 361,0)Mexoeira 1 110,0 27 361,0 (26 251,0)Amendoim 246,0 2 669,4 (2 423,4)Feijão Nhemba 290,0 2 669,4 (2 379,4)Feijão Vulgar 209,0 2 669,4 (2 460,4)Feijão Boer 1 964,0 2 669,4 (705,4)Mandioca 56 580,0 52 052,6 4 527,4Batata doce 16 575,0 52 052,6 (35 477,6)Outras Horticolas 5 905,0 3 336,7 2 568,3
Chemba
Milho 15 410,0 12 274,4 3 135,6Mapira 11 737,0 12 274,4 (537,4)Mexoeira 3 492,0 12 274,4 (8 782,4)Amendoim 239,0 1 197,5 (958,5)Feijao Nhemba 629,0 1 197,5 (568,5)Feijão Vulgar 1 601,0 1 197,5 403,5Feijão Boer 124,0 1 197,5 (1 073,5)Mandioca 1 026,0 23 351,4 (22 325,4)
11
Batata doce 60 000,0 23 351,4 36 648,6Outras Horticolas 16 502,0 1 496,9 15 005,1
10. Distritos Excedentários e Deficitários
10.1. Cereais
A Província espera arrecadar um excedente de 342.431 toneladas de cereais sendo 251.532
toneladas de milho, 74.901 toneladas de arroz e 15.998 toneladas de Mapira, distribuído por oito
Distritos nomeadamente, Búzi (36,390 tons), Nhamatanda (49.331tons), Gorongosa (57.210
tons), Caia (21.649 tons), Cheringoma (13.230 tons), Chemba (3.136 tons), Chibabava (3.164
tons), e Maringué (67.422 tons).
A Província de Sofala possui no total 7.972 estabelecimentos comerciais, sendo 1.554 grossistas,
4.594 retalhistas e 1.824 de prestação de serviços. Destes, 42 intervém no processo de
comercialização agrícola.
Em termos de indústrias de processamento de milho (necessidades de matéria-prima da indústria
moageira), foram identificadas 4 indústrias na Cidade da Beira (Merec, IK Moageiras, Master
Filhos e JAM) com capacidade de absorção de 55,350.00 toneladas de cereais.
O excedente de milho existente a nível da Província (342.431 toneladas) cobre o défice de milho
nas zonas menos produtivas (94.179 toneladas) e o excedente de arroz e mapira 74.901 toneladas
e 15.998 toneladas respectivamente não cobre o défice existente na província que é de 158.524
toneladas de arroz e 125.493 toneladas de Mapira, o que requere a importação destes últimos
dois produtos de fora da província.
Contudo há factores que podem condicionar a redistribuição equitativa do excedente tais como, o
estado das vias de acesso as zonas excedentárias paras as deficitárias, custo de transporte,
condições financeiras para conservação dos produtos em locais adequados como silos e
armazéns.
Os quadros abaixo mostram os Distritos excedentários e deficitários de cereais da Província de
Sofala.
12
Distritos Excedentários de Cereais
Milho
Nhamatanda 49,331Buzi 36,390Chibabava 3,164Cheringoma 13,230Goromgosa 57,210Caia 21,649Maringue 67,422Chemba 3,136
Sub-total 251,532Arroz Dondo 5,577
Búzi 69,324Sub-Total 74,901
Mapira Gorongosa 15,904Maringué 94.5
Sub-Total 15,998Total Geral 342,431
Distritos Deficitários de Cereais
Milho
Beira 69,311Dondo 4,725.4Machanga 4,081.2Muanza 9.406.6 Marromeu 6,655
Sub-total 94.179
Arroz
Beira 11,560.1Caia 15,534.6Chemba 12,274,4Cheringoma 10,725.8Chibabava 20,889.1Machanga 4,868.2Maringue 14,460.6Marromeu 12,361.0Muanza 15,845.6Nhamatanda 40,005.4
Sub-total 158,524.7
Mapira
Buzi 21,458.4Caia 17,245.6Chemba 537.4Chibabava 10,958.1Cheringoma 572.8Dondo 19,671.4Machanga 5,713.2Marromeu 24,751.0Muanza 14,760.6Nhamatanda 9,825.4
Sub-Total 125, 493.9
Mexoeira
Buzi 29,260.4Caia 22,868.6Chemba 8,782.4Cheringoma 10,515.8Chibabava 20,694.1Gorongosa 24,636.0Machanga 6,688.2Maringue 14,202.6Marromeu 26,251.0
13
Muanza 15,940.6Nhamatanda 44,980.4
Sub-total 224,820
10.2. Hortícolas
Em termos de hortícolas existem doze Distritos excedentários, sendo Beira, Dondo, Nhamatanda,
Búzi, Machanga, Chibabava, Cheringoma, Gorongosa, Marínguè, Marromeu e Chemba, e
Distrito Muanza deficitários na batata reno, conforme ilustram as tabelas abaixo.
Excedente de Hortícolas
Tomate, Batata, Couve, Repolho, Cebola, Alface
Beira 54,572.2Dondo 24,938.5Nhamatanda 24,051.8Buzi 20, 937.0Machanga 50,078.9Chibabava 11,683.5Cheringoma 1,422.7Gorongosa 15,164.0Caia 13,357.4Maringue 15,805.6Marromeu 2,568.3Chemba 15,005.1
Total 249,585
Deficitário de Hortícolas
Horticolas Muanza 667.2Sub-Total 667.2
10.3. Leguminosas
Para o amendoim o único Distrito que se mostra excedentário é Nhamatanda com 336 tons e os
restantes 12 Distritos são deficitários enquanto os feijões seis distritos têm défice e os restantes
sete mostra-se excedentários, os distritos de Búzi, Chemba, Cheringoma, Chibabava e
Gorongosa, conforme ilustra o quadro abaixo:
Excedente de Leguminosas
Amendoim e Feijões Búzi 1,103.6Chemba 403.5
14
Cheringoma 2,199.0Chibabava 596.8Gorongosa 3,727.6Nhamatanda 335.6
Total 8,366.1
10.4.Tuberculos
Excedente de Tuberculos
Mandioca, batata doce e reno
Caia 7,871.4Chemba 36,648.6Cheringoma 33,682.4Gorongosa 4,951.4Marromeu 4,527.4Muanza 24,706.3
Total 112,393.0
10. Necessidades das indústrias moageiras
Para o processamento de cereais a Província conta com as seguintes industrias de pequena,
média e grande dimensão, localizadas nos Distritos da Beira, Marromeu e Dondo.
Distrito Industrias Quantidades Adquiridas (Ton)2016 Previsão 2017
Beira (3 Industrias) Moageiras de milho 17.060 60.540
Dondo Açúcareira 63000 64.000
Marromeu Açúcareira 55000 58.000
Búzi AAA Búzi – Arroz 13.140 14.500
BeiraI.K.Moageiras – Farinha de Milho 1.800 2.160
BeiraMerec – Farinha de Milho 20.000 40.320
Beira ETG – Feijao Boer 15.000 22.000
Total 185.000 261.520
15
11. Circuito da troca de excedentes
11.1. Circuito de cereais
Tendo em conta os excedentes apresentados, o ideal seria que o fluxo de produtos (excedentes
agrícolas) assegurem em primeiro plano o abastecimento dos distritos e locais deficitários em
cereais dentro da província para segurança alimentar local e depois fluir para as indústrias
nacionais e para outras províncias deficitárias.
Tendo em conta a facilidade, por proximidade ou acessibilidade de transporte entre distritos
fronteiriços de províncias vizinhas, pode ser também privilegiada a troca de excedentes, em
primeiro plano, nesses distritos em detrimento dos distritos distantes, ainda que com défice.
O excedente de cereais existente a nível da província cobre o défice alimentar nas zonas menos
produtivas, contudo há factores que podem condicionar a redistribuição equitativa do excedente
tais como, o estado das vias de acesso das zonas excedentárias para as deficitárias, custo de
transporte, condições financeiras para conservação dos produtos em locais adequados como silos
e armazéns.
Os polos de Produção do distrito do Dondo são:
Produto Localidade Quilometragem para Sede
Estado da Via
Arroz Mandruz 8km IntransitaveisChipinde 28km IntransitaveisMaganda Futa 28km Intransitáveis
Milho Chibuabuabua 50km IntransitaveisChissange 70km Intransitaveis 45km Transitaveis e
15km intransitáveisMandioca Savane Sede 30km Intransitaveis
Chinamagongo 100km IntransitaveisHorticolas Val do Pungue Transitavel
Esquema do circuito provincial de cereais
Circuito de Cereais
16
Indústrias de Agro-
Processamento locais
Merec- 54.477 ton (milho)
AAA Búzi – 14.500 ton
(arroz)
I.K Moageira –2.160 ton
Nhamatanda 49.331tons
Principais Intervenientes:
- Abílio Antunes - Export Marketing- AAA Búzi- Afrisian- DECA- Assumos- My Trading
Vias em risco para a época chuvosa 2017
17
Indústrias de Agro-
Processamento locais
Merec- 54.477 ton (milho)
AAA Búzi – 14.500 ton
(arroz)
I.K Moageira –2.160 ton
Excedente de Sofala342.431
toneladas
Províncias de Maputo, Gaza InhambaneManica
Búzi 105.714 tons
Gorongosa 73.114 tons
Caia 21.649 tons
Principais Intervenientes:
- Abílio Antunes - Export Marketing- AAA Búzi- Afrisian- DECA- Assumos- My Trading
Maringué 67.518 tons
R1000 Nhamatanda – Metuchira, Tica, Lamego e Siluvo
Gorongosa – Casa Banana, Vunduzi e Nhamadze
N282 – Samacueza
N280 Guaragura – Nova Sofala
R565 – Chemba, Mulima
N280 Guaragura – Búzi
R283 – Sena, Chiramba e CanxixeDondo – Nhamacuequere e Nhamfo
Cheringoma 13.230 tons
Distritos Deficitários Beira 80.871 ton Dondo 4.725 ton Machanga 8.949,4 ton Chibabava 20.889,1ton Muanza 25.252,2 ton Marromeu 12.361 ton Caia 32.780,2 ton Chemba 12.274,4 ton Cheringoma 10.725,8 ton Maringue 14.460,6 ton Nhamatanda 40.005,6 Búzi 21.458,4 ton
Chibabava 3.164 tons
Dondo 5.576,6 tons
Chemba 3.136 tons
Esquema do circuito distrital de cereais
18
Indústria Merec 22.787,2 tonsNecessidade (40.320 ton )
Intervenientes- DECA- Export Marketing- Assumos- My Trading- Rubal commercial- Guro
Excedente de milho de Nhamatanda – 49.331 toneladas
Estradas em risco para a época chuvosa 2017
Sede – Licoma, Sombreira, Sombe, Candeia, Tchetcha Chibabava – Gonda e Muxunguè
Marromeu – Bubalassai, Nensa N1 – Rio Pembe, Divinhe, Chinheque, Maraponha, Beia
Mandruze (8 km,) Chipinde (28km), Manga fruta (28km) - intransitáveis
Chibuabuabua (50km) Chissange(70km) - Intransitaveis
Savane Sede (30km) Chinamagongo(100km) – Intransitaveis
19
(Deficitários = 18.212,8)
Dondo- 4.725 tonsMuanza- 9.406,6 tons Machanga -4.081,2 tons
Mercados Municipais –
8.331 tons
R1000 Nhamatanda - Metuchira, Tica, Lamego e Siluvo
Intervenientes- DECA- Export Marketing- Assumos- My Trading- Rubal commercial- Guro
Excedente de milho de Gorongosa – 57.210 toneladas
Mercados Municipais – 4.767,2 tons
Estradas em risco para a época chuvosa 2017
Indústria Merec –
17.442,8 tons
Gorongosa – Casa Banana, Vunduzi e Nhamadze
Marromeu Reforço – 6.655 tons
Excedente de milho de Búzi – 36.390 toneladas
Jam, Master Filhos e Industria da Beira 25.540 tons
Estradas em risco para a época chuvosa 2017
Intervenientes- Export Marketing- BigStore- Indo África- António José- Francisco Adamo- Augusto Dombe- Fernando
Intervenientes- Export Marketing- Chimpene Agro-comercial- Horácio J. Chozi- Mahomed Hadish- Agropema- BISSMILAH Comercial- C.Abdul Kalam- Mahommed Sorkhn-Nhamaze Comercial- UDAC- Associação KKG
Jam, Master Filhos e Industria da Beira 35.000 tonsNecessidade 60.540 tons
20
Mercados Municipais – 4.195 tons
N280 Guaragura – Nova Sofala
Intervenientes- Export Marketing- BigStore- Indo África- António José- Francisco Adamo- Augusto Dombe- Fernando
N281 Guaragura – Búzi
Excedente de milho de Maringuè – 67.423 toneladas
Estradas em risco para a época chuvosa 2017
ICM (Reserva Física) -
30.000 tonsDondo – Nhamacuequere e Nhamfo
Intervenientes- ICM (Promotor)
N282 - Samacueza
Mercados Municipais – 2.230 tons
Intervenientes- Chamimy Comercial- Saidy Comercial- Foridy Comercial- Anamul Hoque- Adamo Manuel- Avelino Feniasse- Carlos Brancos
Excedente de milho de Cheringoma 13.230 toneladas
Beira (reforço)
11.000 tons
Vias de Acesso Transitáveis
Beira (reforço) 42.423 tons
21
Intervenientes- Chamimy Comercial- Saidy Comercial- Foridy Comercial- Anamul Hoque- Adamo Manuel- Avelino Feniasse- Carlos Brancos
Excedente de milho de Caia – 21.649 toneladas
Mercados Municipais – 1.479 tons
Estradas em risco para a época chuvosa 2017
Beira (reforço)
–6.000 tons
Sede – Licoma, Sombreiro, Sombe, Candeia, Tchetcha
Intervenientes- Olam Moçambique- Drimz- Nhamacherene Comercial- Zacarias Z. Bugaio- FazBem Lapson- Jeremias V. Quembo- Khaleque Magid- Kafayt Ullah- Atanásio Rocha- Josefe B. Wane
Mercados Municipais – 1.400 tons
Intervenientes- ICM (Promotor)
Excedente de milho de Chemba – 3.136 toneladas
Beira (reforço) – 1.736 tons
R565 – Chemba, Mulima
Estradas em risco para a época chuvosa 2017
R283 – Sena, Chiramba e Canxixe
Pembe Industria de
Processamento 14.170 tons
11.2. Circuito de Hortícolas
Para as Hortícolas é esperado um excedente de 236.227.6 mil toneladas, distribuído por 12
distritos nomeadamente, Nhamatanda (24,051.8 tons), Búzi (20,937.0 tons), Machanga
(50,078.9 tons), Chibabava (11,683.5 tons), Cheringoma (1,422.7 tons), Gorongosa (15,164.0
tons), Maringue (15,805.6 tons), Marromeu (2,568.3 tons), Chemba (15,005.1 tons), Beira
(54,572.2 tons), Dondo (24,938.5 tons).
Esquema do Circuito de Hortícolas
22
Nhamatanda 24,051.8 tons
Mercados Municipais – 1.500 tons
Intervenientes- ICM (Promotor)
Excedente de milho de Chibabava – 3.164 toneladas
Beira (reforço) – 1.664 tons
Chibabava – Gonda e Muxungue
Estradas em risco para a época chuvosa 2017
Vias em risco para a época chuvosa 2017
23
R1000 Nhamatanda – Metuchira, Tica, Lamego e Siluvo
Excedente de Sofala236,227.6 Toneladas
Búzi 20,937.0 tons
Chibabava –11,683.5 tons
Cheringoma 1,422.7 tons
Gorongosa – Casa Banana, Vunduzi e Nhamadze
Principais Intervenientes:
Grandes Superfícies da cidade da Beira,
Supermercados Casas de frescos Mercados Municipais
Gorongosa –15,164.0 tons
Machanga50,078.9 tons
N282 – Samacueza
N280 Guaragura – Nova Sofala
R565 – Chemba, Mulima
Distritos Deficitários Gorongosa Maringue
N280 Guaragura – Búzi
R283 – Sena, Chiramba e CanxixeDondo – Nhamacuequere e Nhamfo
Maringue–15,805.6 tons
Marromeu2,568.3 tons
Chemba15,005.1tons
Rede Comercial Interna
Mercados Municipais
Beira54,572.2 tons
Dondo24,938.5 tons
11.3. Circuito de leguminosas
Esquema do Circuito de Leguminosas
Com excepção do distrito de Cheringoma, Buzi, Chemba, Chibabava, Gorongosa e
Nhamatanda que possui um excedente de 8,366.1toneladas, os restantes distritos da província
são deficitários.
Vias em risco para a época chuvosa 2017
24
Sede – Licoma, Sombreira, Sombe, Candeia, Tchetcha Chibabava – Gonda e Muxunguè
Marromeu – Bubalassai, Nensa N1 – Rio Pembe, Divinhe, Chinheque, Maraponha, Beia
Grandes Superficies da cidade da Beira,
Supermercados, Casas de fresco Mercados Municipais Rede Comercial
interna
R1000 Nhamatanda – Metuchira, Tica, Lamego e Siluvo
Excedente de Sofala
8,366.1tonelada
s
Gorongosa – Casa Banana, Vunduzi e Nhamadze
Principais Intervenientes:
- Export Marketing- DECA- Assumos- My Trading- Rubal Comercial- Guro Comercial- Gani Comercial- Robinho Comercial- Chipene Agro-Comercial- Floridy Comercial- Mahomed Hadish- AgroPema- BISSMILAH Comercial- Olam Moçambique- Mahomed Sorkhn- Nhamaze Comercial- UDAC- Associação KKG- Bigstore- Indo África- Nhamacherene Comercial- Olira Comercial- Augusto Dombe- Fernando Pafia- Omar Kadgi- Kamar Uddine- Associação Daque
N282 – SamacuezaN280 Guaragura – Nova Sofala R565 – Chemba, Mulima
Distritos Deficitários Beira Dondo Machanga Muanza Caia Maringue Marromeu
N280 Guaragura – Búzi
R283 – Sena, Chiramba e CanxixeDondo – Nhamacuequere e Nhamfo
R1000 Nhamatanda – Metuchira, Tica, Lamego e Siluvo N282 – Samacueza
Gorongosa – Casa Banana, Vunduzi e Nhamadze R565 – Chemba, Mulima
12. Caracterizacao dos Intervenientes Infra-estruturas de Armazenagem e Conservação
12.1. Lista de Intervenientes
A província de Sofala possui no total 7.972 estabelecimentos comerciais, sendo 1.554 grossistas,
4.594 retalhistas e 1.824 de prestação de serviços. Destes, 42 intervém no processo de
comercialização agrícola. A tabela abaixo mostra alguns dos principais intervenientes da
comercializacao agricola.
Distrito Local Produto Intervenientes
Empresas Particulares
CaiaCaia sede,Sena,
Ndoro
Milho,
gergelim,
Feijões,
Namacherene
Comercial
Zacaria Zeca Bugaio,
Fazbem lapson, Jeremias
Vasco Quembo, Khaleque
Magid, Kafayt Ullah,
Atanasio Rocha , Josefe
Bingala Wane
Nhamatanda
Sede, Xiluvo,
Lamego e
Metuchira
Milho,
Gergelim,
amendoim,
feijões e mapira
Deca, ETG,
Assumos, My Trading,
Rubal Comercial, Guro
Comercial, Gani
Comercial, Robinho
Comercial
Gorongosa Sede, Nhamazi,
Canda, Vuduzi
Milho,
Gergelim e
Feijoes,
ETG, Chimpene
Agro-comercial,
Horacio J.Chozi, ,
Mahommed Hadish,
C, Abule Kalam,
Mahommed Sorkhn,
Nhamaze Comercial,
UDAC, Associação KKG.
25
Sede – Licoma, Sombreira, Sombe, Candeia, Tchetcha Chibabava – Gonda e Muxunguè
Marromeu – Bubalassai, Nensa N1 – Rio Pembe, Divinhe, Chinheque, Maraponha, Beia
, Agro-Pema,
BISSMILAH
Comercial
CheringomaNhaminga sed,
Nhamitanga
Milho,
Gergelim,
mapira,
mandioca
Chamimy comercial,
Saidy Comercial,
Foridy Comercial
Anamul Hoque, Adamo
Manuel, Carlos Brancos,
Avelino Feniasse.
Dondo
Dondo SedeMilho feijao,
Arroz
Associacao Daque,
Associacao Val do
Mandruz,
Associacao 7 de
Abril, Chipo China
Natalia, Sebastiao Viola,
Arlindo Catana e Fidel
Joaquim.oao Doio, Jorge
Jaque, Regina Dina, Arao
Chigamane, Domingos
Nguengue
Savane
Mandioca
Horticola,
Feijao, Milho
Chissange
Cebola, Batata
Doce, Milho,
Castanha
MutuaBatata Boce e
Castanha
Buzi
Estaquinha,
Inharongue,
Guaraguara,
Inharongue e
Bandua,
Gergelim,
Milho, Castanha
de Caju,
Bigstore, Indo
Africa, ETG,
Antonio Jose, Francisco
Adamo, Kamar Uddine,
Augusto Dombe, Fernando
Pafia, Omar Cadgi,
Marromeu
Mponda,Chupa
nga, Nessa,
Migugune,
Chueza, Vila
sede,
Malingapansi
Milho, arroz,
Mapira
Olira Comercial
Antonio Calenga, Rui
Manuel Rocha, Antonio
Augusto antonio, Pedro
Carlitos Machado
26
12.2. Quantidades Adquiridas pelos Intervenientes da comercialização Agrícola
Distrito Número de Intervenientes
Quantidades Comercializadas/a comercializar (Mil Ton)
2016 Previsão 2017Beira 10 19.938,3 56.150,2Buzi 6 31.694,0 33.521,2Caia 7 41.075.6 43.458,0Cheringoma 4 9.146,8 10.452.6Dondo 10 139,0 25.526,2Gorongosa 12 37.373,8 57.568.9marromeu 5 40.150,4 51.265,6Nhamatanda 8 47.458,6 80.968,4Maringue 5 23.377,4 63.702,5Total 62 250.343,9 392.613,6
13. Lojas Rurais
DistritoRetalhistas Vendidas Retalhistas por vender
Reabilitadas Por Reabilitar Total Vendidas Por vender TotalBeira Buzi 2 0 2 18 0 18 Caia 1 1 11 0 11 Cheringoma 22 0 22 12 0 12 Chibabava 5 0 5 Chemba 1 0 1 Dondo 2 0 2 Gorongosa 3 3 13 0 13 Machanga 3 0 3 Maringue 1 1 1 1 2 Marromeu 22 0 22 Muanza 2 0 2 Nhamatanda 8 0 8Total 28 1 29 98 1 99
14. Rede privada de Armazéns e Silos
Para conservação dos produtos a Província conta com 73 armazéns com uma capacidade de
150.560 tons, 29 silos com uma capacidade de 55.050 assim como 962 celeiros melhorados tipo
27
Gorongosa que garante a conservação de todo o excedente agrícola dos produtores que
posteriormente são comercializado nos mercados locais e de outras Províncias.
Distritos
Armazéns SilosCeleiros Tipo
Gorongosa Qtd
.
Cap.
Ton
Necessi
dadesLocal Qtd.
Cap.
Ton
Beira 25 125.000 22 49.000
Dondo 2 40 3Sede, Mafambisse e
savane (60t) 2
Nhamatanda 7 4.250 Sede, Siluvo,Bebedo
(80t) 395
Búzi 4 720 1 Nhamichindo (60 ton.) 170
Chibabava 2 10 2Sede e Muchungue(2500
ton) 8
Machanga 2 64 3Sede, Beia-pea e
Zimuala (40 ton) 10
Gorongosa 11 19.640 Municipio de
Gorongosa1
1 =50311
Muanza 4 80 3
Chenapamimba,
Derunde e Nhansato
(20ton)
Cheringoma 1 250 1 Mazamba (250t) 40
Maríngué 6 480 Palame, Nhamapaza,
28
Gumbalansai
Marromeu 5 60 3 sede(10t)
Caia 6 6 2 Sede (1000 ton) 1
Chemba 0 3 Sede Mulima e
Chiramba (500 t) 100
Total 75 150. 600 21 23 49.050 1.037
15. Rede Pública de Armazéns e Silos
Distritos Armazéns Publicos Silos Estado de Consevacao
Locatario
Quant. Capac. Ton
Local Estado de Conservacao
Quat. Capacidade ton
Nhamatanda 2 3000 Sede Bom 3 3,000 Bom BMM
Gorongosa 1 3000 Sede Bom 3 3,000 Bom BMM
Nhamatanda Armazém
Vila de Nhamatanda
840
ICM
Dondo 1 20.000 Dondo Sede Bom Educacao
Buzi Armazém - Ruínas Vila do Búzi
5,000
ICM
Gorongosa Armazém
Município de Gorongosa
350
Agro - Pema
Total 4 26.000 6 12,190
16. Vias de acesso
Tipo de Estrada Condições de Transitabilidade (Pavimentadas e Não Pavimentadas)
29
Extensão Total Boa Razoável Má Muito Má Intransitável
Estradas primarias 456 0 246.5 110 99.5 0
Estradas Secundarias 553 0 331 222 0 0
Estradas Terciarias 848 0 421 213 50 164
Estradas Vicinais 357 0 257 59 42 0
Nao Classificada 236 17 56 163 0 0
17. Estradas em risco na época chuvosa
Distrito Estrada
Buzi N280- Guara-guara/ Nova sofala, N281 Grudja e Inhamuchindo
Gorongosa Gorongosa/ Casa Banana, e / Vunduzi e Nhamadze
Maringue R565-Maringue /Mulima, R1005-Maringue / Licoma, Palame, Senga Senga
Nhamatanda R1000- Nhamatanda/Metuchira, Tica, Lamego, Siluvo, Macorococho
Marromeu Marrromeu/ Gubalansai, Nensa e N283-Chupanga, Malingapansi
Dondo Mandruzi, Nhamacuequere e Nhanfo, Chissange, Chinamacondo, Savane e N282-Samacueza,
Chibabava Goonda, Chinhica, Toronga, Madjaca e Muxungue
Chemba R565-Chemba/ Mulima, R283-Sena, Chiramba e Canxixe
Beira Crz N6/ Savane, Nhangoma
Machanga N1- Rio Ripembe, Divinhe, Chinheque/ Maropanha, Beia Peia I e II, e Rio Muar, Manguaze.
CaiaSede/ Licoma, Sombreiro, Sombe, Candeia, Tchetcha, Ndoro, Padza, Nhambalo, Sena e Nhacuecha
MuanzaR282-Muanza/ Samacueza, Pedreira,Gorongo, Chinapamimba e Nhamassinzira
Cheringoma Maciamboza, Josina Machel, Dimba, Nhantsotsue, Mazamba, Nhantsole
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18. Coordenação Institucional
Colaboração interinstitucional efectiva (DPASA, DPEF, DPTC, DPTADER, DPOPHRH, DPICs e SDAEs, Sector Privado envolvido na cadeia de comercialização agrícola).
Instituição Informação a fornecer
DPASA
Dados de produção anual sistematizados por Distrito e polos de producao com Excedentes;
Associações que intervêm na produção agrícola.
DPEF Provisão de incentivos.
DPTC Obtenção de informação sobre o tipo de transporte da zona de produção para a de comercialização (Rodoviário e ferroviário).
DPIC Fornecimento de informação sobre Escoamento do excedente agrícola.
DPOPHRH (ANE) Informação sobre as vias de acesso transitáveis e intransitáveis interdistritais.
BOLSA DE MERCADORIAS DE MOÇAMBIQUE e ICM
Informação sobre o plano de compra na província e Armázens dos distitos de Nhamatanda e Gorongosa.
DPTADER Informação sobre as áreas disponíveis para produção e investimento
19. Financiamento a Comercialização
Relação de instituições de destaque que financiam e participam no apoio às actividades da
comercialização agrícola (financiamento directo e indicativo).
Gapi; Fundo do Desenvolvimento do Distrito-FDD; PRSP, Beira Corredor, Bolsa de
Mercadorias de Mocambique-BMM, FDA – Fundo do Desenvolvimento Agrario, FINAGRO
Linha de financiamento Valor
31
PRSP 14.889.892,00
GAP
FDA
20. Logistica e Transporte
O processo de escoamento de excedentes previsto no circuito de troca de excedentes agrícolas
integrados neste plano, contará com a prestação de serviços provenientes do sector privado
terrestre, dos serviços ferroviários prestados pelos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM),
incluindo os serviços de transporte marítimo (com enfoque para os cereais). A Província é
servida pelo Corredor de Desenvolvimento da Beira, dotado de um sistema ferroviário (Linha de
Sena (Província de Tete: Moatize – Província de Sofala: Cidade da Beira) e de Machipanda
(Província de Manica: Machipanda – Província de Sofala: Cidade da Beira), e uma rede viária
(N1 e N6)
21. Plano de Acção Geral
Acção Responsável
Monitorar o processo da comercialização agrícola MIC
Propor o modelo da Caderneta de Comercialização Agrícola MIC
Consolidar o sistema de feiras comerciais periódicas MIC
Intermediar ligações mercadas (produtor/grandes superfícies/indústrias) MIC
Promover a realização de fóruns de comercialização agrícola envolvendo todos os intervenientes do processo
MIC
Promover a comercialização agrícola para incentivar iniciativas privadas e locais de pequena escala, sobretudo nas zonas remotas;
MIC / ICM
Promover acções de parceria para assegurar o escoamento de produtos agrícolas, priorizando as zonas fronteiriças, caso necessário efectuar compras como operador de último recurso;
MIC / ICM
Monitorar o processo de comercialização nas províncias da zona centro e norte do país
MIC / ICM
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Classificar, armazenar e conservar mercadoria, com destaque aos produtos agrícolas MIC / BMM
Disponibilizar o Certificado de Depósito para o financiamento da Comercialização e/ou das campanhas agrícolas subsequentes (ex: 2a época)
MIC / BMM
Divulgar oportunidades de compra e venda de produtos agrícolas MIC / BMM
Intermediar a compra e venda de produtos agrícolas dentro e fora de Moçambique MIC / BMM
Implementar o kit integrado do CADUP para melhoria e aumento da competitividade dos produtos locais, que passará necessariamente por:
Diagnóstico e mapeamento dos beneficiários e de seguida;
Arranque e implementação da assistência nas áreas de gestão, marketing; e
Melhoria dos processos produtivos e acesso ao mercado.
MIC / IPEME
Apoiar na preparação dos dossiers para financiamento; MIC/IPEME
Assistir tecnicamente na celebração dos contratos entre os produtores e as grandes superfícies
MIC/IPEME
Assistir através do kit de tecnologia de gestão, os intervenientes locais da comercialização agrícola de modo a permitir a redução de ineficiências produtivas e melhorar vendas.
MIC/IPEME
Assistir através do kit de formalização e estruturação básica, os intervenientes da comercialização agrícola rurais e informais
MIC/IPEME
Certificar através da base de dados das PME’s, os intervenientes locais da comercialização agrícola
MIC/IPEME
22. Proposta de incentivos
Formalização dos principais intervenientes do processo de comercialização agrícola através da introdução de caderneta de comercialização de forma a facilitar o processo de movimentação de produtos de um ponto para outro sem constrangimentos de ordem fiscal e/ou outra;
Incentivar o uso da carta tecnológica (calculo de todos os custos incorridos durante o processo de produção) pelos produtores para permitir a remuneração justa da sua actividade;
33
Premiação dos melhores intervenientes no processo de comercialização agrícola.
Assistir aos intervenientes do processo de comercialização agrícola na obtenção de fundos a um preço competitivo;
Coordenar com todas as ONG’s que operam nas zonas rurais para participarem na produção e financiamento da comercialização agrícola;
Acelerar a formação da associação de produtores e comerciantes informais.
23. Considerações Finais
A implementação deste plano operacional da comercialização agrícola visa garantir o escoamento de
todo o excedente agricola, o abastecimento do mercado interno e criacao de uma reserva física de
produtos agricolas para segurança alimentar, e isto passa necessariamente pela realização de acções
intersectoriais articuladas a nível central, provincial e distrital.
O mecanismo ideal a adoptar para assegurar a absorção dos excedentes agrícolas é a
formalização, via contrato de fornecimento de produtos agricolas entre os produtores e as
indústrias de processamento, pelo que será amplamente incentivada e promovida esta prática.
24. Principais desafios
A implementação deste plano requer conhecimento / identificação dos principais produtores e
suas capacidades de produção por distrito, a manutenção rotineira das estradas que dão acesso às
zonas com maior excedente agrícola, a simplificação dos requisitos de acesso ao crédito pelos
bancos e agências de financiamento e massificação, divulgação de pacotes específicos para a
comercialização para fortificar a capacidade financeira de pequenos intervenientes e
formalização dos principais intervenientes do processo de comercialização agrícola.
34
Beira, 13 de Marco de 2017
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO
DIRECÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO INTERNO
35
Guião de Monitoria da Campanha de Comercialização Agrícola 2017
Maputo, Dezembro de 2016
36
1. Introdução
Por forma a dar resposta ao esforço de intensificação da produção agrária 2016/2017, CM aprovou
o Plano Operacional da Comercialização Agrícola para 2017 (POCA), onde o MIC irá orientar as
suas acções na interligação dos principais intervenientes da cadeia de valor da comercialização
agrícola.
Para o efeito, foi feito o mapeamento dos principais intervenientes no processo da comercialização
agrícola, por Províncias e igualmente o mapeamento das principais indústrias de agro-
processamento, para assegurar o aprovisionamento de matéria-prima para o seu funcionamento
usando produção nacional.
Paralelamente à interligação dos centros de produção com o mercado, o MIC irá intensificar os
incentivos para realização de feiras agrícolas que oferecem oportunidades de negócio aos
produtores de pequena escala.
A implementação do (POCA) passa necessariamente pela realização de acções intersectoriais
articuladas a nível central, provincial e distrital.
É neste contexto que trazemos o presente guião para monitoria da campanha da comercialização
agrícola 2017.
2. Objectivos
2.1. Geral
Verificar com base no Plano Operacional da Comercialização Agrícola aprovado na 37 ª
Sessão Ordinária do Conselho de Ministros como garantir a absorção total da produção dos
camponeses pelo mercado interno.
2.2. Específicos
Assegurar a comercialização de todo o excedente agrícola;
Evitar situações de perdas de produção excedentária por falta de compradores;
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Assegurar a distribuição regular de produtos agrícolas das zonas de maior produção para o
mercado nacional;
Criar um sistema transparente de negociação entre os produtores agrícolas e os grandes
compradores (indústrias nacionais, casas de frescos e supermercados, distribuidores,
consumidores, etc.);
Fazer a ligação entre os produtores e as grandes superfícies que actuam nas zonas urbanas.
3. Principais Produtos a serem monitorados por Distrito
Província______________________Campanha2017 Tabela1
Produto
Distrito SegurançaAlimentar Exportação
4. Balanço Alimentar Previsional por Província 2017
38
Provincia____________________________________ Mil Ton Tabela2Campanha2017
Produto Produção (2016/ 2017) Necessidadesde Consumo
Défice(-) ouExcedente (+)
5. Balanço Alimentar Provisional por Distrito 2017
Distrito ____________________________________ Mil Ton Tabela3Campanha 2017
Produto Produção (2016/ 2017)
Necessidadesde Consumo
Défice (-) ou Excedente (+)
6. Lojas Rurais existentes
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Distrito Número
NB: As lojas devem ter capacidade de armazenamento e de compra de produtos Agrícolas.
7. Frigoríficos existentes e a capacidade instalada
Distrito Capacidade Numero
40
8. Distrito com necessidades de monitoria redobrada
Cereais
Produto Distrito Quantidade (Mil Ton)
Leguminosas
Produto Distrito Quantidade (Mil Ton)
Hortícolas
41
Produto Distrito Quantidade (Mil Ton)
9. Principais aspectos a ter em conta durante a monitoria do plano operacional
Identificar as zonas excedentárias e deficitárias, por forma a facilitar o processo de
escoamento dos excedentes agrícolas;
Identificar os potencias produtores e intervenientes da comercialização agrícola e suas áreas
de cobertura;
Aferir ou apurar os planos de compras e destino dos produtos;
Verificar o estado das vias de acesso e dos locais excedentários para os deficitários;
Verificar as condições de armazenamento e escoamento;
Identificar os transportadores e meios usados;
Identificar as indústrias existentes que podem absorver a produção;
Identificar os centros logísticos, lojas e cantinas que podem absorver a produção;
Identificar as fontes de financiamento que podem ser capitalizados;
Desenhar o circuito da comercialização para dentro e fora da província.
10. Identificar os potencias intervenientes da comercialização agrícola e suas áreas de
cobertura,
42
Localização;
Perspectivas / Projecções de Compra;
Tipo de Produtos;
Área de intervenção ;
Nacionalidade.
11. Aferir ou apurar os planos de compras e destino dos produtos,
Quantidades adquiridas ( tons);
Preços de compra.
Mercado para a colocação do produto
12. Verificar o estado das vias de acesso e dos locais excedentários para os deficitários,
Estado das vias de acesso dos locais de produção para o mercado e zonas com bolsas de
fome (transitável / não transitável).
13. Identificar as indústrias existentes que podem absorver a produção
Localização;
Perspectivas / Projecções de Aquisição da matéria prima;
Capacidade instalada;
Tipo de matéria prima;
Quantidade necessária;
Especificação da matéria prima.
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14. Identificar os centros logísticos, lojas e cantinas que podem absorver a produção
Nº de Lojas;
Localização;
Capacidade de armazenamento;
Tipo de produtos.
15. Identificar as fontes de financiamento que podem ser capitalizados no Distrito
Tipo de fonte de financiamento (privados/ públicos).
16. Indústrias com as quais se deve assegurar ligações para absorção de excedentes agrícolas
Provincia/ Distrito Indústria
17. Intervenientes com os quais se deve assegurar absorção de excedentes
44
Provincia/ Distrito Intervenientes
18. Ficha de Monitoria e Avaliação da Comercialização Agrícola 2017
Nrº ProdutosLocalizacao
(por Distrito)
Quantidades Planificadas (Tons)Condicoes de Armazenamen
to
Destino
Producao ConsumoExcedentes/
Defice identificados
Provincia Distrito Outros
1Milho
2Mapira
3Mexoeira
4 Arroz
5 Trigo
6 Feijao
7 Amendoi
8 Madioca
9 Soja
10 Girasol
11 Gergelim
12
Castanha de Caju
13 Algodao
14 Pescado
19. Programa de trabalho
20. Equipas lideradas pelos membros do Conselho Consultivo
1. Encontro de cortesia com os Governadores Provinciais;
2. Reunião de apresentação e discussão do plano de monitoria provincial;
3. Visita e trabalho de campo (todos os distritos excedentários);
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4. Reunião de Balanço;
5. Elaboração e harmonização do relatório do resultado da monitoria.
20.1. Equipas lideradas pelos técnicos do nível central (DNCI, ICM e BMM)
1. Apresentação às DPIC´s;
2. Assistência técnica na elaboração dos planos de monitoria das DPCI´s;
3. Participação no trabalho de campo em todos os distritos excedentários e deficitários;
4. Participação na elaboração do balanço a ser apresentado ao MIC.
20.2. Equipas lideradas pelas DPIC´s (principais responsáveis pela monitoria constante do
processo)
1. Encontro de cortesia com os Administradores;
2. Reunião de apresentação e discussão do plano de monitoria distrital;
3. Visita e trabalho de campo (todos os distritos excedentários);
4. Visita de trabalho de campo nos distritos excedentários e deficitários;
5. Reunião de Balanço;
6. Elaboração e harmonização do relatório do resultado da monitoria;
7. Envio ao MIC dos relatórios periódicos de monitoria.
20.3 Equipas lideradas pelos SDAE´s
1. Equipa técnica por distrito para apresentação do plano de monitoria distrital;
2. Apresentação do plano na secção do Governo do distrito;
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3. Participação nos trabalhos de campo em todos os distritos excedentários e deficitários;
4. Elaboração do relatório distrital;
5. Envio dos relatórios periódicos de monitoria as DPICs.
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Apoiar na preparação dos dossiers para financiamento; MIC/IPEMEAssistir tecnicamente na celebração dos contratos entre os produtores e as grandes superfícies
MIC/IPEME
Assistir através do kit de tecnologia de gestão, os intervenientes locais da comercialização agrícola de modo a permitir a redução de ineficiências produtivas e melhorar vendas.
MIC/IPEME
Assistir através do kit de formalização e estruturação básica, os intervenientes da comercialização agrícola rurais e informais
MIC/IPEME
Certificar através da base de dados das PME’s, os intervenientes locais da comercialização agrícola
MIC/IPEME
25. Proposta de incentivos
Formalização dos principais intervenientes do processo de comercialização agrícola através da introdução de caderneta de comercialização de forma a facilitar o processo de movimentação de produtos de um ponto para outro sem constrangimentos de ordem fiscal e/ou outra;
Incentivar o uso da carta tecnológica (calculo de todos os custos incorridos durante o processo de produção) pelos produtores para permitir a remuneração justa da sua actividade;
Premiação dos melhores intervenientes no processo de comercialização agrícola.
Assistir aos intervenientes do processo de comercialização agrícola na obtenção de fundos a um preço competitivo;
Coordenar com todas as ONG’s que operam nas zonas rurais para participarem na produção e financiamento da comercialização agrícola;
Acelerar a formação da associação de produtores e comerciantes informais.
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26. Considerações Finais
A implementação deste plano operacional da comercialização agrícola visa garantir o
escoamento de todo o excedente agrícola, o abastecimento do mercado interno e criação de uma
reserva física de produtos agrícolas para segurança alimentar, e isto passa necessariamente pela
realização de acções intersectoriais articuladas a nível central, provincial e distrital.
O mecanismo ideal a adoptar para assegurar a absorção dos excedentes agrícolas é a
formalização, via contrato de fornecimento de produtos agrícolas entre os produtores e as
indústrias de processamento, pelo que será amplamente incentivada e promovida esta prática.
27. Principais desafios
A implementação deste plano requer conhecimento / identificação dos principais produtores e
suas capacidades de produção por distrito, a manutenção rotineira das estradas que dão acesso às
zonas com maior excedente agrícola, a simplificação dos requisitos de acesso ao crédito pelos
bancos e agências de financiamento e massificação, divulgação de pacotes específicos para a
comercialização para fortificar a capacidade financeira de pequenos intervenientes e
formalização dos principais intervenientes do processo de comercialização agrícola.
Maputo, 13 de Marco de 2017
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