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Carga, massa e spin do núcleo Núcleo: conjunto ligado de prótons e nêutrons. Nuclídeo: configuração particular de um núcleo. Algumas características: Elig ~ MeV; ρN ~ 1021 g/cm3 ~ 1021 ρÁtomo
designa o nuclídeo de um elemento X, com A nucleons, sendo Z prótons e (A – Z) = N nêutrons. XAZ
Nuclídeos com mesmo Z mas N ≠ ⇒ isótopos. mesmo A mas Z ≠ ⇒ isóbaros. mesmo N mas Z ≠ ⇒ isótonos.
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Carga nuclear Rutherford, 1911: carga positiva (convenção), concentrada em região de ~ 10 fm. Neutralidade da matéria ⇒ carga nuclear quantizada, com mesmo módulo e sinal oposto à carga eletrônica. Número atômico, Z, deve corresponder ao número de cargas no núcleo e na coroa eletrônica. Moseley, 1913: R–X característicos → EK ∝ Z – 1. Idéia inicial de núcleos compostos por A prótons e N e- abandonada por inconsistências com: 1) princípio da incerteza (energia dos e-‐); 2) momento de dipolo magnético do núcleo (magneton nuclear ~2000 vezes menor que o magneton de Bohr); e 3) momento angular do núcleo: o 14N, p. ex., tem j = 1, mas não poderia ter, caso fosse constituído de 14 prótons e 7 e-.
Carga, massa e spin do núcleo
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Rutherford, 1920: propõe a existência de uma partícula neutra, com massa parecida com a do próton, o nêutron. Quadro com as experiências de Bothe e Becker, Curie e Joliot e Chadwick.
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Propriedades dos nuclídeos Raio nuclear Tamanho? ⇒ borda? Átomo: Ψe cai suavemente.
Rutherford: espalhamento α.
Se d > 10-14 m ⇒ potencial coulombiano.
Se d < 10-14 m ⇒ desvios ⇒ ⇒ “contato” projétil/alvo ⇒ ⇒ potencial nuclear
O que estamos medindo?
→ distribuição das fontes de campos elétricos
→ distribuição das fontes de campos nucleares
Carga ↔ Matéria
208Pb
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Supondo que a interação forte se dê entre os nucleons independentemente do tipo, a diferença entre esses 2 nuclídeos se deve à energia eletrostática.
RqU2
0π41
53
ε=
O 15O é instável, decaindo por emissão β+. A diferença de energia é dada por:
A energia eletrostática de uma esfera uniformemente carregada é:
( )[ ]222
0
1π41
53
−−=Δ ZZReU
εcom Z = 8.
Decaimento β de nuclídeos espelho (aqueles em que Z1 = N2 e Z2 = N1)
Propriedades dos nuclídeos
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Medindo-se a diferença de energia, pode-se determinar R. Resultados obtidos para 18 pares de nuclídeos espelho indicam que o raio nuclear obedece à seguinte relação: R = R0A1/3, com R0 = 1,2(2) fm. Nota-se que os raios nucleares mudam pouco com o aumento do número de nucleons. Vejamos os casos do 4He e do 238U: RHe = 1,2(4)1/3 = 1,9 fm; RU = 1,2(238)1/3 = 7,4 fm.
Propriedades dos nuclídeos
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Distribuição de carga nuclear: espalhamento de elétrons
Mesmo padrão observado em espalhamento de fótons por um
anteparo circular
Propriedades dos nuclídeos
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R =1, 07(2)A1/3 fmΔρ = 0, 9ρ0 a 0,1ρ0 ⇒
t = 4,39d = 2, 4(3) fm
⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛ −+
=
dRr
rexp1
)( 0ρρ
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Fonte de íons
Feixe
Seletor develocidade
detectores
eletroímã
E
B
Determinação da massa nuclear
2átomo
22H
2lig
2núcl
222lig
cMcNmcZMMcE
cMcNmcZmMcE
n
np
−+=Δ=
−+=Δ=
Desprezando a energia de ligação dos e-.
Espectrômetro de massa
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A ~ 60 ⇒ Elig/A = (Elig/A)max ~ 8,7 MeV
A ~ 240 ⇒ Elig/A ~ 7,6 MeV
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Número de massa A
E lig
/A (M
eV)
A > 20 ⇒ curva bem comportada ~ constante ⇒ força nuclear saturada ⇒ nucleon interage apenas com vizinhos +
próximos ⇒ força de curto alcance.
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Estabilidade nuclear
De ~ 3000 nuclídeos conhecidos, apenas cerca de 290 são estáveis. Os outros sofrem algum tipo de decaimento radioativo, transformando-se em outro nuclídeo. Um gráfico de NxZ mostra que os nuclídeos estáveis se distribuem ao longo de uma curva, conhecida como linha de estabilidade (ou vale de estabilidade, pois corresponde a uma região de mínimo de massa). Essa curva é próxima da curva N = Z, para A baixo, tendendo a se afastar para N > Z, com o crescimento de A.
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Linha de estabilidade Z Número de prótons
Número de nêutrons N
Isótopos mesmo número de prótons
Isóton
os m
esmo
número de
nêu
tron
s N = Z
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Consideremos um conjunto de 7 nucleons em um poço de potencial 1D: se todos fossem nêutrons, estariam distribuídos como mostrado na figura da esquerda, com energia total de 44E1. Se A/2 deles forem de outro tipo, prótons, no caso, a distribuição fica como na Fig. da direita, com energia total de 16E1.
Dessa forma, vemos que a configuração N = Z = A/2 é a mais conveniente em termos de energia. À medida que A aumenta, a repulsão coulombiana faz com que N > Z.
Estabilidade nuclear
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O modelo da gota líquida Elig/A ~ constante; ρN ~ constante ⇒ gota Weizsäcker (~1930) propôs um modelo que permite calcular a massa de um núcleo a partir de A e Z. Fórmula semi-empírica de massa → analogia com gota líquida. Gota líquida sem gravidade e sem rotação ⇒ forma esférica para minimizar a energia (tensão superficial). Líquido incompressível ⇒ ρ = cte, (indep. de R) ⇒ R ∝ n1/3 (número de moléculas na gota). Molécula longe da superfície ⇒ Elig = a (devido às forças entre as moléculas). Elig = 0 quando muito afastadas. Tensão superficial ⇒ moléculas próximas à superfície são menos ligadas ⇒ E = an – 4πR2T, com T sendo a tensão superficial.
⇒ Elig = an – βn2/3.
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O modelo da gota líquida Se a gota está carregada ⇒ energia potencial eletrostática.
Q na superfície ⇒ R
QEC0
2
π8 ε=
Q uniforme no volume ⇒ R
QEC0
2
π203ε
=
Portanto Elig = an – βn2/3 – γQ2/n1/3 No caso do núcleo: • Esférico; • Interação entre os nucleons análoga à das moléculas na gota (forças de curto alcance – atrativas – e de alcance mais curto – repulsivas); • Densidade nuclear é constante Substituindo n → A e Q → Ze ⇒ Elig(Z,A) = aVA – aSA2/3 – aCZ2/A1/3
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Faltam coisas, pois temos maior energia de ligação para Z = 0. Decaimento β: n → p e p → n. Portanto, se isso valesse, núcleos com Z ≠ 0 sofreriam decaimento β → Z = 0. Processo ligado a efeitos quânticos. Vejamos o que acontece quando trocamos prótons por nêutrons:
Troca de p → n ⇒ ΔE. 2p → 2n ⇒ 2ΔE. Mas o 3º p ⇒ 3ΔE.
O modelo da gota líquida
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Dessa forma, temos: N – Z = 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, ... ⇒ ΔE x 1, 2, 5, 8, 13, 18, 25, ... A mudança de N – Z = 0 para N > Z, com N + Z = cte, necessita de uma energia ~(N – Z)2ΔE/8. Como, para um poço, ΔE ∝ V-1 (volume do poço) ⇒ ΔE ∝ A-1. Termo de assimetria: – aA(Z – N)2/A. Falta ainda o termo de emparelhamento: p e n ficam mais ligados quando aos pares (spins antiparalelos). Assim: • se A é ímpar (Z ímpar e N par, ou Z par e N ímpar) esse termo é nulo. • se A é par, temos 2 casos:
o ímpar-ímpar (caso 1) o par-par (caso 2)
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A energia de ligação é maior no caso 2 do que no 1. O termo de emparelhamento é então adicionado à energia de ligação para casos par-par e subtraído nos ímpar-ímpar:
δ(Z,A) = aP/A1/2 , com aP = 12 MeV 16 18 20 22 24 26 28 30 32
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Elig(Z,A)/A energia de ligação por nucleon
termo de volume
termo de superXcie
termo coulombiano
Número de massa, A
Energia de
ligação po
r nucleon
(MeV
)
Ficamos então, com a expressão para a energia de ligação: Elig = aVA – aSA2/3 – aCZ2/A1/3 – aA(A – 2Z)2/A ± δ(Z,A) , com: aV = 15,56 MeV; aS = 17,23 MeV; aC = 0,697 MeV; aA = 23,285 MeV; aP = 12 MeV.