CARTA NÁUTICA Se gostou deste vai
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Inventory of inspection and
repair techniques of navigati-
on structures (steel, concre-
te, masonry and timber) both
underwater and in-the-dry
[Documento eletrónico] / In-
land Navigation Commission
(PIANC), 2013
Neste número
Engenharia e Arquitetu-
ra Naval - Óscar N. F.
Mota
Barcos, memórias do
Tejo - Câmara Municipal
do Seixal
Coleção de revistas Géo-
technique
A construção naval no
Porto de Lisboa
Foto: Navio português
"Príncipe Perfeito" e o
petroleiro "Esso Norway"
na doca seca do Estalei-
ro Naval da Lisnave
Das últimas aquisições
Engenharia e Arquitetura Naval - Óscar N. F. Mota
O livro “Engenharia e Arquitetura Naval”, uma
edição do Autor, em parceria com a Lisnave-
Estaleiros Navais S. A., é um manual dedicado
ao navio, abordando o projeto, a construção e
a reparação.
Os conteúdos tratados nesta obra dividem-se
em 5 partes: Hidrostática, Resistência Estrutu-
ral, Hidrodinâmica e Mecânica Eletrotecnia e
Regulamentação e Projeto. Trata-se de uma
obra de referência, útil a profissionais, mas
também a leitores com interesse na conceção e
vida útil de navios.
Boletim do Centro de Documentação e Informação Junho 2017
Das nossas estantes
Barcos, memórias do Tejo - Câmara Municipal do Seixal
Este catálogo da exposição “Barcos, memórias
do Tejo”, organizada pelo Ecomuseu do Seixal
em 2005, é resultado de um prolongado estu-
do, documental e de terreno, sobre as comu-
nidades marítimas do estuário do Tejo no sé-
culo XX.
Abordando diversos temas, como sejam, a
construção naval, as embarcações e a navega-
ção tradicionais, a pesca e as festividades liga-
das ao rio, esta publicação da Câmara Municipal do Seixal, em comple-
mentaridade com a já referida exposição, contribuiu para a valorização e
divulgação do património e da cultura flúvio-marítimos do estuário do
Tejo.
Publicação do mês
Coleção de revistas Géotechnique
O património documental relativo a publicações periódicas deste
Centro de Documentação e Informação foi recentemente enri-
quecido com um conjunto de revistas Géotechnique, que nos foi
gentilmente cedido por um colega já aposentado, o Dr. Carlos
Cruz, a quem muito agradecemos, que por sua vez tinha recebi-
do a referida coleção do então responsável pela Divisão de Estu-
dos e Projetos da AGPL, o Eng.º José Perestrelo.
Trata-se de uma conceituada publicação científica da área da
engenharia geotécnica, em língua inglesa, editada pela Institu-
tion of Civil Engineers, desde 1948 até aos nossos dias. A cole-
ção agora pertencente ao acervo do CDI abrange os anos de
1955 a 1973.
Boletim Bibliográfico
O Boletim Bibliográfico é editado pe-
riodicamente pelo Centro de Docu-
mentação e Informação.
A sua finalidade é dar a conhecer ao
leitor todas as publicações, sob a for-
ma impressa ou digital, e informação
relevantes selecionadas pelo CDI no
mês anterior.
A apresentação da informação é te-
mática, estando repartida pelos gran-
des temas adotados na biblioteca.
Na parte final, havendo legislação
selecionada, terá acesso direto ao
documento (DRE ou JOUE).
Ligação Interessante
Na página oficial da Lisnave—Estaleiros Navais, S.A. pode ficar a conhecer
um pouco mais sobre esta empresa, sua missão e políticas de segurança, de
qualidade e ambiental, bem como sobre os seus 80 anos de história. Pode
também ficar a conhecer as suas instalações atuais e saber mais detalhes
sobre os principais serviços prestados, nomeadamente de reparação de diversas componentes do navio,
limpeza e pintura de navios.
O que se passou por aqui
A construção naval no Porto de Lisboa
Em junho de 1967, há precisamente 50 anos, era inaugurado o estaleiro naval da Lisnave, em Cacilhas (saiba
mais aqui). Este importante estaleiro naval foi um dos maiores e mais modernos estaleiros do mundo, dotado de
4 docas secas, e com capacidade para receber navios-tanque de 1.000.000 tdw. No ano 2000, este estaleiro foi
desativado tendo a sua atividade sido transferida para a Mitrena, em Setúbal.
Aproveitando esta ocasião, importa recordar a história e a importância da
construção naval no estuário do Tejo. Desde o início da nacionalidade, ins-
talaram-se em ambas as margens do rio diversos estaleiros navais e a
construção naval apresentou-se, assim, desde os primeiros reinados, como
uma atividade primordial no Porto de Lisboa. Na área de Lisboa, a constru-
ção naval iniciou-se com as tercenas medievais, mas também na margem
sul do Tejo, nomeadamente no Seixal e Barreiro, se instalaram diversos
estaleiros, aproveitando os braços de rio, que ofereciam bons abrigos natu-
rais para as embarcações.
Com o fomento da navegação marítima, os nossos monarcas aperceberam-
se cada vez mais da importância das medidas de proteção à construção
naval. Mas foi D. Manuel quem deu maior impulso à construção naval no Porto de Lisboa, expandido os estalei-
ros já existentes, principalmente o da Ribeira das Naus, que se constituiu, como é sabido, como a principal base
de apoio dos Descobrimentos Portugueses.
Séculos depois, a utilização do ferro na construção naval, em substituição da madeira,
reduziu consideravelmente a indústria nacional da construção naval. Na transição do
século XIX para o XX, as obras de melhoramento do Porto de Lisboa, refletiram-se,
igualmente, no desenvolvimento da indústria de construção e reparação de navios. O
porto foi equipado com recursos oficinais suficientes que permitiam a reparação de to-
dos os tipos de navios. Assim, ao lado dos estaleiros navais tradicionais que construíam
e reparavam as embarcações de madeira, estabeleceram-se grandes e modernos esta-
leiros: o Estaleiro Naval da Rocha do Conde de Óbidos, o Arsenal do Alfeite (ambos ain-
da em atividade) e o Estaleiro da Lisnave, entre outros.
Fontes: 100 Anos do Porto de Lisboa (APL); Referências Históricas do Porto de Lisboa (APL); Agenda Cultural de Almada, n.º
169 (CMA); site Lisnave—Estaleiros Navais, S.A.
Ribeira das Naus (Fonte: Marinha de
Guerra Portuguesa blogspot)
Sabia que…
Hoje em dia, as caravelas e naus portuguesas são comparáveis ao Space Shuttle?
saiba mais
Fonte: PPlware
Construção de um navio no Estaleiro da Rocha, 1941
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10 45/64/74; 21 392 22
24
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Endereço postal – Edifício
Infante D. Henrique,
Doca de Alcântara,
1399-012 Lisboa
Foto Final
Navio português "Príncipe Perfeito" e o petroleiro "Esso Norway" na doca
seca do Estaleiro Naval da Lisnave
s.d.
Acervo do CDI
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Poesia pelo porto
ODE MARÍTIMA
E vós, ó coisas navais, meus velhos brinquedos de sonho!
Componde fora de mim a minha vida interior!
Quilhas, mastros e velas, rodas do leme, cordagens,
Chaminés de vapores, hélices, gáveas, flâmulas,
Galdropes, escotilhas, caldeiras, coletores, válvulas;
Caí por mim dentro em montão, em monte,
Como o conteúdo confuso de uma gaveta despejada no chão!
Poema de Álvaro de Campos
Aguarela “Estaleiro da Mutela, Almada” de Carlos Pinto Ramos