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Civilização BizantinaIntrodução
O Império Bizantino teve inicio em 330, ano em que o imperador Constantinus
I, mais conhecido como Constantino, definiu a cidade de Bizancio como a
capital do império romano do oriente. A civilização bizantina preservou para a
cultura universal grande parte dos conhecimentos do mundo antigo,
documentos relativos ao direito romano, fonte das normas jurídicas
contemporâneas e a literatura grega.
Enquanto o Império Romano do Ocidente de ruralizava, o Oriente se
desenvolvia cada dia mais em aspectos tecnológicos e econômicos.
As camadas mais pobres da sociedade bizantina viviam imensamente melhor
que a plebe ocidental, as religiões em dado momento se diferenciaram,
enquanto no ocidente havia os católicos no oriente havia os ortodoxos. Fatos
como esse tiveram grande influencia para que o Império Bizantino se tornasse
a Nova Roma.
Desenvolvimento
Antes de Roma cair em completa decadência seu território foi dividido em
Império Romano Ocidental com sua capital em Milão e Império Romano
Oriental com sua capital em Constantinopla. No Ocidente o império se
fragmentou em diversos reinos bárbaros e o poder estava nas mãos dos
senhores feudais enquanto no Oriente se consolidou a civilização bizantina
com o imperador tendo o poder centralizado.
Cultura
O Império Bizantino englobava a Grécia, o Egito e outras regiões de cultura
helenística. Por essa razão, o helenismo predominou em Constantinopla e o
grego transformou-se em língua oficial a partir do século VII d. C., a cultura e a
educação eram imensamente valorizadas, a sociedade era muito ligada à fé
cristã.
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A cultura bizantina reproduzia um enorme poder romano, grego e oriental. A
cultura coordenava o luxo e a riqueza do Oriente com o equilíbrio e a
sobriedade dos romanos. Uma das grandes artes está nas igrejas, coroadas
por majestosas cúpulas, distintas do estilo das basílicas romanas.
Uma das mais importantes construções da arquitetura bizantina é a Igreja de
Santa Sofia, em Constantinopla. Simples por fora, mais exuberante por dentro.
Os artistas cobriram-na de mosaicos azuis e verdes sobre fundo negro, com
figurinhas geométricas, retratando a imagem de Cristo e cenas do Evangelho.
A evolução da cultura bizantina decorreu do século IV ao século VII, numa luta
“encarniçada” entre o cristianismo e a herança antiga. A Igreja afirmava a sua
dominação espiritual.
Embora a história bizantina tenha abrangido um período equivalente ao da
Idade Média, o padrão cultural era bem diferente do que predominava no
Ocidente. A variedade de povos e culturas reunidas no Império dificulta uma
caracterização geral sobre a cultura dos bizantinos. Sendo assim, qualquer
tentativa de generalização torna-se precária.
Constantinopla, antes conhecida como Bizâncio tinha um intenso comércio
terrestre e principalmente marítimo, importando e exportando produtos como
especiarias, obras de arte e jóias com a Europa, a África e a Ásia e tornou-se
assim o centro comercial da Idade Média.
Sociedade
Em Constantinopla as classes sociais se misturavam pelas ruas e bairros, e
suas classes sociais eram demonstradas a partir de suas roupas.
Todos os cidadãos de Constantinopla tinham direito a escola e todos
tinham água que era transportada por aquedutos e armazenada em cisternas.
Os imperadores bizantinos eram vistos como representantes de Deus na
Terra e tinham poderes ilimitados sobre qualquer aspecto da vida social,
política, religiosa e econômica.
Imperador Justiniano I (527 – 565 d. C.)
O imperador Justiniano foi um dos mais importantes na história bizantina, ele
foi responsável pela culminância da civilização bizantina. Adotou uma política
expansionista que conseguiu conquistar o norte da África e as penínsulas
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Ibérica e Itálica. Ao longo de seu reinado, Justiniano conseguiu conter o avanço
militar dos persas e búlgaros sob a região balcânica. Logo depois, empreendeu
a expulsão dos vândalos do Norte da África. Mais tarde, deu fim à dominação
gótica na Península Itálica e tomou a Península Ibérica dos visigodos.
Durante seu governo, Justiniano recuperou grande parte daquele que
foi o Império Romano do Ocidente. Dentre suas principais ações estão:
Expulsou os bárbaros do império;
Anexou territórios ao império (Norte da África, Sul da Espanha e Itália);
Construiu a famosa igreja de Santa Sofia;
Atualizou as antigas leis romanas (Corpus Juris Civilis);
Religião
A religião foi fundamental para a manutenção do Império Bizantino, pois as
doutrinas dirigidas a esta sociedade eram as mesmas da sociedade romana. O
cristianismo ocupava um lugar de destaque na vida dos bizantinos e podia ser
observado inclusive, nas mais diferentes manifestações artísticas. As catedrais
e os mosaicos bizantinos estão entre as obras de arte e arquitetura mais belos
do mundo. Os monges, além de ganhar muito dinheiro com a venda de ícones,
também tinham forte poder de manipulação sobre sociedade. Entretanto,
incomodado com este poder, o governo proibiu a veneração de imagens, a não
ser a de Jesus Cristo, e decretou pena de morte a todos aqueles que as
adorassem. Esta guerra contra as imagens ficou conhecida como A Questão
Iconoclasta. A igreja ortodoxa surgiu a partir de confrontos entre os dois pólos
cristãos, Constantinopla, capital do império romano do oriente tinha definições
contestadoras em relação as afirmações de Roma, uma diferença essencial era
onde o poder religioso se concentrava, se em Roma o papa tinha caráter
religioso, em Constantinopla o rei era completamente absoluto pois tinha
caráter religioso, sendo considerado um representante direto de Deus na terra.
A religião bizantina possuía algumas diferenças em relação ao catolicismo
romano.
Monófitas - não acreditavam na trinunidade (Deus Pai, Filho e Espírito
Santo). Jesus era único;
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Iconoclastia - condenação a adoração de imagens;
Cisma do Oriente. Em 1054 a Igreja é dividida entre Católica Apostólica
Romana e Igreja Cristã Ortodoxa.
Economia
A economia bizantina foi marcada por grande organização estatal, os artesãos
e os comerciantes estavam reunidos em corporações rigidamente
regulamentadas e supervisionadas, entretanto, mesmo com o comércio
extremamente importante, o Império teve como essência de sua economia a
agricultura, herança do Império Romano. Deste modo, com o alto controle
sobre o comércio, o Império limitava a iniciativa privada, a aristocracia não
investia nem no comércio, por ser de alto risco e nem na produção industrial,
onde o Estado intervém diretamente. Mesmo assim Constantinopla acumulou
muitas riquezas, fato ajudado por sua moeda ser estável de utilização no
comércio internacional.
Política
As estruturas políticas do império bizantino estavam intimamente ligadas à
visão religiosa, assim como Deus é o regulador da ordem cósmica, o imperador
como seu prolongamento humano deveria ser o regulador da ordem social.
Bizâncio teve como legado os últimos momentos do império romano, que
centralizou fortemente o poder do imperador, portanto, desde o início o império
bizantino constituiu-se em um estado autocrata, com o imperador sendo
basileus (aquele que dispões de verdade absoluta) e isapostólos (igual aos
apóstolos, representante de Deus). Todos poderiam concorrer ao trono,
excetuando-se os eunucos, os cegos, os hereges e as mulheres, entretanto,
apesar de não haver uma regra sucessória definida, o imperador ainda em vida
coroava seu sucessor, que geralmente tendenciava para que o poder ficasse
na mesma família. O imperador bizantino era o todo-poderoso na terra, mas
que tinha duas importantes restrições, a primeira é de que deveria
comprometer-se a respeitar os decretos dos sete concílios ecumênicos e os
direitos e privilégios da Igreja, a segunda restrição era a relação paradoxal de
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que o imperador ao mesmo tempo em que era a lei e as gerava, ele próprio
estava submetido a elas.
Conclusão
A Civilização Bizantina teve inicio com a divisão do grande império romano em
dois: Império Romano Ocidental e o Império Romano Oriental. O império
romano oriental tinha padrões de vida bem diferentes do ocidente, até mesmo
a religião ainda sendo cristã, tinha diferenças em relação ao catolicismo.
Enquanto no ocidente o clero tinha o controle da religião, no oriente o rei tinha
além de caráter administrativo o religioso. Pois era tido como o eleito de Deus.
A economia bizantina era estatizada. A Sociedade Bizantina deu seus
primeiros sinais de enfraquecimento na Baixa Idade Média. O movimento
cruzadista e a ascensão comercial das cidades italianas foram responsáveis
pela desestruturação do Império. No século XIV, a expansão turco-otomana na
região dos Bálcãs e da Ásia Menor reduziu o império à cidade de
Constantinopla. Finalmente, em 1453, os turcos dominaram a cidade e a
nomearam Istambul, uma das principais cidades da Turquia.
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Bibliografia:
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<http://www.starnews2001.com.br/bizantino/byzantine_culture.html>. Acesso
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MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História das Cavernas ao
terceiro milênio. 1 ed. São Paulo: Moderna V. 1 2005.
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